Você está na página 1de 52

Medidas de proteção no manejo da

COVID-19 na Atenção Especializada

Secretaria de Gestão do Trabalho Ministério


e da Educação na Saúde - SGTES da Saúde
Organizadores:
Sheila Rubia Lindner
Thays Berger Conceição
Carolina Carvalho Bolsoni
Deise Warmling
Dalvan Antonio de Campos

Medidas de proteção no manejo da


COVID-19 na Atenção Especializada

UFSC 2020
FLORIANÓPOLIS
COVID-19
GOVERNO FEDERAL

MINISTÉRIO DA SAÚDE
Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde - SGTES

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA


Reitor: Ubaldo Cesar Balthazar
Vice-Reitora: Alacoque Lorenzini Erdmann
Pró-Reitor de Pós-Graduação: Cristiane Derani
Pró-Reitor de Pesquisa: Sebastião Roberto Soares
Pró-Reitor de Extensão: Rogério Cid Bastos
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
Diretor: Celso Spada
Vice-Diretor: Fabrício de Souza Neves
DEPARTAMENTO DE SAÚDE PÚBLICA
Chefe do Departamento: Fabrício Augusto Menegon
Subchefe do Departamento: Lúcio José Botelho

Gestora geral do Projeto Sheila Rubia Lindner


Coordenação de Produção Elza Berger Salema Coelho
de Material

Organizadores Sheila Rubia Lindner


Thays Berger Conceição
Carolina Carvalho Bolsoni
Deise Warmling
Dalvan Antonio de Campos
COVID-19
Colaboradores na Revisão Técnica do Conteúdo Revisor
Antônio Fernando Barreto Miranda
Bethania Ramos Meireles
Coordenação-Geral de Ações Estratégicas, Inovação Equipe Editorial Thays Berger Conceição
e Avaliação da Educação em Saúde (CGIED) Carolina Carvalho Bolsoni
Departamento de Gestão da Educação na Saúde (DEGES) Deise Warmling
Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde (SGTES) Dalvan Antonio de Campos

Mariana Borges Dias Assessoria Pedagógica Márcia Regina Luz


Coordenação-Geral de Atenção Hospitalar e Domiciliar (CGAHD)
Departamento de Atenção Hospitalar e de Urgência (DAHU) Equipe Executiva Gisélida Garcia da Silva Vieira
Secretaria de Atenção Especializada à Saúde (SAES) Mariáh Silva Guzmãn
Eurizon de Oliveira Neto
Fernanda Almeida dos Santos
Gabinete/Secretaria de Atenção à Saúde (SAPS) Design Instrucional/ Soraya Falqueiro
Revisão de Português e ABNT/
Elaboração das questões avaliativas
COVID-19
Projeto Gráfico/Diagramação Laura Martins Rodrigues
Esquemáticos/Infográficos

Projeto Gráfico/Moodleface Pedro Paulo Delpino Bernardes

Esquemáticos/Infográficos Web Naiane Cristina Salvi

Desenvolvedor Web Paulo Lefol

Suporte Moodle Tcharles Dejandir Schimitt

Fonte para Imagem Adobe Stock, Iconfinder e Rawpixel


e Esquemáticos

Ficha catalográfica produzida pela Bibliotecária Rosiane Maria – CRB 14/1588

U588c Universidade Federal de Santa Catarina.


COVID-19 : medidas de proteção no manejo da COVID-19 na atenção especializada [recurso
eletrônico] / Universidade Federal de Santa Catarina; Sheila Rubia Lindner... [et al.] (Organizadores) --
Florianópolis : Universidade Federal de Santa Catarina, 2020.
4,9 Mb ; PDF.
Modo de acesso: www.unasus.ufsc.br
Conteúdo do módulo: Unidade 1: O novo coronavírus (SARS-CoV-2) e a COVID-19. – Unidade 2:
Estratégias de prevenção e controle de infecção na atenção a casos de COVID-19. – Unidade 3: Uso
de EPIs por pacientes e profissionais de saúde. – Unidade 4 - Manejo de amostras para testagem de
COVID-19. – Unidade 5 - Limpeza, higienização e manejo de resíduos nos serviços de atenção à saúde.
ISBN 978-65-00-03121-8
1. Atenção à saúde. 2. COVID-19. 3. Estratégias de enfrentamento. I. UFSC. II. Centro de Ciências da
Saúde. III. Departamento de Saúde Pública. IV. Lindner, Sheila Rubia. V. Conceição, Thays Berger.
VI. Bolsoni, Carolina Carvalho. VII. Warmling, Deise. VIII. Campos, Dalvan Antônio de. IX. Título.
CDU: 614.4
COVID-19
Apresentação 7 2.7.3 Transporte do corpo 30
2.7.4 Orientações para funerárias 30
U1 O novo coronavírus (SARS-CoV-2) e a COVID-19 9
U3 Uso de EPIs por pacientes
U2 Estratégias de prevenção e controle de e profissionais de saúde 31
infecção na atenção a casos de COVID-19 13 3.1 Máscaras 35
2.1 Atendimento pré-hospitalar móvel de 3.2 Luvas 38
urgência e transporte interinstitucional 14 3.3 Protetor ocular ou protetor de face 39
2.2 Atendimento ambulatorial 3.4 Capote/avental 39
e pronto atendimento 15 3.5 Gorro 40
2.3 Atendimento a pacientes em isolamento 17
2.4 Atendimento nos serviços de diálise 19 U4 Manejo de amostras para testagem
2.4.1 Orientações gerais 19 de COVID-19 41
2.4.2 Orientações diante de casos 4.1 Precaução padrão, de contato e respiratória,
suspeitos e confirmados de COVID-19 20 para coleta de material respiratório 42
2.5 Serviços de Atenção Domiciliar 23 4.1.1 Colocação dos EPIs 42
2.6 Atendimento nos serviços odontológicos 23 4.1.2 Retirada dos EPIs 43
2.6.1 Atendimento de urgências 4.2 Recomendações gerais para manipulação
e emergências 24 de material potencialmente infectante 43
2.6.2 Medidas de proteção em casos suspeitos
de infecção pelo novo coronavírus 24 U5 Limpeza, higienização e manejo de
2.6.3 Orientações para atendimento resíduos nos serviços de atenção à saúde 45
odontológicos de pacientes críticos em 5.1 Superfícies 46
Unidades de Terapia Intensiva (UTI) 25 5.2 Roupas 47
2.7 Cuidados após a morte 26 5.3 Tratamento de resíduos 47
2.7.1 Orientações 26
2.7.2 Autópsia 28 Encerramento do curso 48
Referências 49
COVID-19 Apresentação

Olá!

Seja bem-vindo ao curso Medidas de proteção no manejo da Neste micro curso, vamos abordar as medidas de proteção para
COVID-19 na Atenção Especializada! segurança pessoal e de demais pessoas envolvidos na Atenção
Especializada. Todo o conteúdo deste micro curso é baseado em
Este curso foi elaborado especialmente para você, pensando no
publicações oriundas do Ministério da Saúde, da Organização
desafio que será trabalhar no contexto da Atenção Especializa-
Pan-Americana de Saúde e da Organização Mundial da Saúde,
da, frente à pandemia do novo coronavírus, também chamado
e as referências de base se encontram ao final do documento.
SARS-CoV-2, que se instalou recentemente. Consciente dessa
realidade, o Ministério da Saúde, em parceria com a Universida- Atenção: estas orientações são baseadas nas informações
de Aberta do SUS (UNA-SUS), lançou diversos micro cursos para atualmente disponíveis sobre a COVID-19 e podem ser atua-
capacitação de estudantes e profissionais da saúde, para o en- lizadas à medida que mais informações estiverem disponí-
frentamento e a prevenção da COVID-19, sendo a Universidade veis ou que as necessidades de resposta mudem no país.
Federal de Santa Catarina (UFSC) uma parceira neste processo.
Por fim, para realização da leitura e compreensão das informa-
As evidências sobre a gravidade e outros fatores associados à ções abordadas a seguir, é necessária uma carga horária de 15
COVID-19 continuam sendo pesquisadas, por isso, as medidas horas.
de proteção se baseiam em protocolos de proteção a síndromes
Desejamos a você bons estudos!
respiratórias agudas. Enquanto as investigações estão em an-
damento em todo o mundo, a melhor maneira de prevenir essa
doença é adotar ações para impedir a propagação e diminuir
a exposição dos trabalhadores dos serviços de saúde ao vírus.
COVID-19 Apresentação

Objetivos de aprendizagem:

Ao final deste curso, você deverá ser capaz de:

•• Identificar a extensão da transmissão da infecção pelo


novo coronavírus e reconhecer seus fatores de risco entre
os profissionais da saúde.

•• Compreender a efetividade das medidas de prevenção e


controle de infecção por SARS-CoV-2.

•• Identificar o uso correto de Equipamento de Proteção


Individual (EPI) no atendimento de casos relacionados à
COVID-19.

•• Reconhecer o processo de coleta, acondicionamento e en-


caminhamento de amostra para testagem de COVID-19.

•• Identificar os procedimentos de desinfecção de superfí-


cies, roupas e tratamento de resíduos.

•• Entender e orientar os demais profissionais sobre as


recomendações de medidas de prevenção e controle da
disseminação

•• Reconhecer a infecção relacionada ao novo coronavírus na


assistência à saúde no âmbito da Atenção Especializada.
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U1 O novo coronavírus
(SARS-CoV-2) e a COVID-19

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, em 30 de


janeiro de 2020, que o surto da doença causada pelo novo
coronavírus, a COVID-19, constitui uma Emergência de Saúde
Pública de Importância Internacional – o mais alto nível de aler-
ta da organização, conforme previsto no Regulamento Sanitário
Unidade 1 Internacional. Em 11 de março de 2020, foi caracterizada pela
OMS como uma pandemia.

A COVID-19 é uma doença respiratória aguda causada por


O novo coronavírus
um novo coronavírus humano (SARS-CoV-2), que causa maior
(SARS-CoV-2) e a COVID-19 mortalidade em pessoas com idade superior a 60 anos e em
pessoas com condições médicas subjacentes, como doença
cardiovascular, doença respiratória crônica, diabetes e câncer.

O paciente com a doença COVID-19 apresenta geralmente os


seguintes sintomas e sinais:

•• febre (≥37,8°C);
•• tosse;
•• dispneia;
•• mialgia e fadiga;
•• sintomas respiratórios superiores; e
•• sintomas gastrointestinais, como diarreia (mais raros).

O quadro clínico, típico de uma Síndrome Gripal, pode variar


seus sintomas desde uma apresentação leve e assintomática
(não se sabe a frequência), principalmente em jovens adultos e
crianças, até uma apresentação grave, incluindo choque séptico
e falência respiratória.

9
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U1 O novo coronavírus
(SARS-CoV-2) e a COVID-19

A doença apresenta fundamentalmente complicações respira- flexionado ou com um lenço e em seguida, higienizar as mãos,
tórias: pneumonia e Síndrome da Angústia Respiratória Aguda entre outras medidas de prevenção. A Anvisa recomenda que a
– SARA. desinfecção de superfícies seja feita com álcool a 70%, solução
clorada 0,5% a 1% ou outro saneante regularizado pela Agência
As definições de caso e critérios clínicos para a avaliação diag-
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) reduz significativa-
nóstica ainda não são consenso entre os especialistas. Entre-
mente e infectividade dos coronavírus. Quanto aos sinais e
tanto, pode-se avaliar o quadro da COVID-19 de maneira clínica
sintomas da COVID-19, em resumo, se uma pessoa tiver esses
e laboratorial. O quadro clínico inicial da doença é caracterizado
três sintomas: tosse ou dificuldade respiratória ou dor de gar-
como Síndrome Gripal, caracterizada pelos sinais e sintomas
ganta, com ou sem febre, deve procurar atendimento médico
citados anteriormente.
assim que possível.
O diagnóstico sindrômico depende da investigação clínico-epi-
demiológica e do exame físico. O diagnóstico laboratorial é
Link
realizado por meio das técnicas de transcriptase-reversa Poly-
merase Chain Reaction (RT-PCR) e sequenciamento parcial ou Acesse a Nota Técnica nº 04/2020 da GVIMS/GGTES/
total do genoma viral. ANVISA no link: <https://www.unasus.gov.br/especial/
covid19/pdf/23>
Não se sabe ao certo quanto tempo o vírus sobrevive nos dife-
rentes tipos de superficies. Evidências da literatura a respeito Acesse o link e veja uma ilustração da Organização Pana-
dos agentes SARS-CoV e MERS-Cov demonstram que os corona- mericana da Saúde (OPAS), para facilitar a compreensão
vírus humanos podem permanecer infectantes em superfícies sobre sintomas, formas de transmissões do vírus, medidas
inanimadas por até 9 (nove) dias. Além do tipo de superfície, a preventivas, tratamento e o público-alvo com mais riscos
temperatura e a umidade do ambiente podem influenciar no de se infectar:
<https://www.paho.org/bra/index.php?option=com_
tempo de sobrevivência desses vírus.
content&view=article&id=6101:covid19&Itemid=875>
As medidas de proteção são as mesmas utilizadas para prevenir
doenças respiratórias; lavar as mãos com água e sabão ou com
soluções à base de álcool – com concentrações entre 62-70%;
ao tossir ou espirrar, cobrir a boca e o nariz com o cotovelo

10
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U1 O novo coronavírus
(SARS-CoV-2) e a COVID-19

Veja algumas perguntas e repostas para melhorar o entendi-


mento sobre a COVID-19 e evitar informações equivocadas,
acompanhe.

Os coronavírus podem ser transmitidos O vírus que causa a COVID-19 pode


de pessoa para pessoa? ser transmitido pelo ar?

Sim, este é o meio mais importante de propagação juntamen- Estudos até o momento sugerem que esse vírus chamado
te com o contato de superfícies e objetos infectados por gotí- SARS-CoV-2 é transmitido principalmente pelo contato com
culas respiratórias. Ocorre geralmente após contato próximo gotículas respiratórias – e não pelo ar.
com um paciente infectado, por exemplo, em casa, no local
de trabalho ou em uma Unidade Básica de Saúde (UBS). É possível pegar COVID-19 de uma pessoa
que não apresenta sintomas?
Como o vírus responsável pela COVID-19 se propaga?
A maioria das pessoas com o novo coronavírus tem apenas
O vírus causador da COVID-19 pode se propagar de pessoa sintomas leves – particularmente nos estágios iniciais da
para pessoa por meio de gotículas do nariz ou da boca, que doença. Portanto, é possível pegar COVID-19 de alguém que
se espalham quando alguém com COVID-19 tosse, fala ou es- tenha, por exemplo, apenas uma tosse leve e não se sinta
pirra. Por isso, a importância de ficar a mais de 1 metro de mal. A OMS está avaliando pesquisas em andamento sobre o
distância de uma pessoa doente. A OMS está avaliando pes- período de transmissão da doença e continuará a comparti-
quisas em andamento sobre a maneira como o vírus causa- lhar descobertas atualizada
dor da COVID-19 é disseminado e continuará a compartilhar
descobertas atualizadas

11
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U1 O novo coronavírus
(SARS-CoV-2) e a COVID-19

Posso pegar COVID-19 de fezes de A seguir, selecionamos algumas informações sobre prevenção
alguém com a doença? e controle da infecção.

O risco de pegar COVID-19 de fezes de uma pessoa infecta-


da é aparentemente baixo. Embora as investigações iniciais
apontem que o vírus possa estar presente nas fezes em al-
guns casos, a disseminação por essa via não é uma das ca-
racterísticas principais da pandemia. Esse é mais um motivo
para limpar as mãos regularmente, depois de usar o banhei-
ro e antes de comer.

Existe uma vacina ou medicamento contra COVID-19?

Ainda não. Até o momento, não há vacina nem medicamen-


to antiviral específico para prevenir ou tratar a COVID-19. As
pessoas infectadas devem receber cuidados de saúde para
aliviar os sintomas. Pessoas que desenvolvem a forma grave
da doença devem ser hospitalizadas. A maioria dos pacientes
se recupera graças aos cuidados de suporte.
Atualmente, estão sendo investigadas possíveis vacinas e al-
guns tratamentos medicamentosos específicos, com testes
por meio de ensaios clínicos. A OMS está coordenando esfor-
ços para desenvolver vacinas e medicamentos para prevenir
e tratar a COVID-19.

Fonte: Organização Pan-Americana da Saúde, 2020.

12
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U2 Estratégias de prevenção e controle de
infecção na atenção a casos de COVID-19

Os serviços de saúde devem adotar medidas de prevenção


e controle de infecções. Deve-se garantir que todos os casos
suspeitos ou confirmados de infecção pelo SARS-CoV-2 ou outra

Unidade 2 infecção respiratória sigam os procedimentos de higiene das


mãos e etiqueta respiratória durante o período de permanência
no serviço de saúde. Para isso, esses serviços podem utilizar
de alertas visuais (cartazes, placas, pôsteres) na entrada e em
Estratégias de prevenção
locais estratégicos.
e controle de infecção na
Todos os pacientes que buscarem os serviços de saúde (Atenção
atenção a casos de COVID-19
Primária à Saúde, Unidade de Pronto Atendimento, Pronto So-
corro, Atendimento Pré-Hospitalar Móvel e Hospitalar) deverão
ser submetidos à triagem clínica, que inclui reconhecer um caso
suspeito e, se necessário, encaminhá-lo imediatamente para
uma área separada dos demais pacientes

É fundamental considerar as informações disponíveis até o


momento, que indicam a via de transmissão do novo corona-
vírus pelo contato direto, principalmente por meio de gotículas
respiratórias e pelo contato indireto por meio das mãos, ob-
jetos ou superfícies contaminadas, de forma semelhante com
que outros patógenos respiratórios se espalham. Portanto, os
profissionais da saúde e profissionais de apoio ao sistema da
saúde deverão redobrar a atenção.

13
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U2 Estratégias de prevenção e controle de
infecção na atenção a casos de COVID-19

2.1 Atendimento pré-hospitalar móvel de


Link
urgência e transporte interinstitucional
Para conhecer o fluxo de atendimento na Rede de Atenção
à Saúde para o novo coronavírus (2019-NCOV), acesse os Confira, agora, as medidas para o atendimento pré-hospitalar
fluxogramas elaborados pelo Ministério da Saúde: móvel de urgência relacionadas ao paciente, ao profissional da
saúde e quanto ao transporte interinstitucional.
Fluxograma de atendimento na APS:
<https://egestorab.saude.gov.br/image/?file=20200210_N_
EmktCoronaVirusFluxoV2_6121956549677603461.pdf> Medidas para o paciente:

Fluxograma de atendimento em pronto atendimento UPA •• Isolar precocemente pacientes suspeitos durante
24 horas e unidade hospitalar não definida como referência: o transporte. Os mesmos deverão utilizar másca-
<https://portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/ ra cirúrgica todo o momento, desde a identifica-
marco/05/Fluxogramas-COVID-19-SAES-1.pdf> ção até chegada ao local de isolamento.

•• Orientar pacientes e possíveis acompanhantes


Fluxograma de atendimento em hospital de referência quanto à importância da higienização frequente
para indivíduos por demanda espontânea: <https:// das mãos.
portalarquivos2.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/05/
Fluxogramas-COVID-19-SAES-2.pdf>

Medidas para o profissional:


Vamos conhecer, a seguir, quais são as principais medidas de
•• Utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI)
proteção a serem adotadas nos diversos tipos de atendimento quando em contato com o caso suspeito.
na Atenção Especializada.
•• Realizar higiene das mãos com preparação alcoó-
lica frequentemente.

•• Comunicar imediatamente aos profissionais dos


serviços de atendimento ambulatorial ou pronto
atendimento se caso suspeito ou confirmado.

14
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U2 Estratégias de prevenção e controle de
infecção na atenção a casos de COVID-19

Medidas para o transporte: 2.2 Atendimento ambulatorial e pronto atendimento

•• Melhorar a ventilação do veículo para aumentar a Na chegada ao serviço de saúde, instrua os pacientes e acompa-
troca de ar durante o transporte. nhantes a informar se estiverem com sintomas de alguma infec-
ção respiratória (tosse, coriza, febre, dificuldade para respirar)
•• Limpar e desinfetar todas as superfícies internas
do veículo após a realização do transporte. A de- e tomar as ações preventivas apropriadas como, por exemplo,
sinfecção pode ser feita com álcool a 70%, hipo- usar máscara cirúrgica a partir da entrada do serviço, se puder
clorito de sódio ou outro desinfetante indicado ser tolerada. Para indivíduos que não podem tolerar o uso da
para este fim e seguindo procedimento operacio- máscara cirúrgica devido, por exemplo, a secreção excessiva ou
nal padrão definido para a atividade de limpeza e falta de ar, deve-se orientá-lo a realizar rigorosamente a higiene
desinfecção do veículo e seus equipamentos. respiratória, ou seja, cobrir a boca e o nariz quando tossir ou
•• Reforçar a provisão de todos os insumos (más- espirrar com papel descartável e realizar a higiene das mãos
caras cirúrgicas, máscaras N95, sabonete líquido com água e sabonete líquido OU álcool gel 70%, imediatamente.
ou preparação alcoólica, lenços de papel, avental
impermeável, óculos de proteção e luvas de pro- Agora, acompanhe medidas necessárias quanto ao atendimen-
cedimento) do veículo de transporte. to ambulatorial ou pronto atendimento aos casos suspeitos ou
confirmados pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2).
•• Sempre notificar previamente o serviço de saúde
para onde o caso suspeito ou confirmado será
encaminhado.
Medidas para o serviço:

•• Estabelecer previamente critérios de triagem


Importante para identificação e atendimento dos casos.

Deve-se evitar o transporte interinstitucional de casos sus- •• Manter casos suspeitos em área separada até
peitos ou confirmados. Se a transferência do paciente for atendimento ou encaminhamento ao serviço de
realmente necessária, este deve utilizar máscara cirúrgica, referência (se necessário), limitando sua movi-
obrigatoriamente. mentação fora da área de isolamento.

15
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U2 Estratégias de prevenção e controle de
infecção na atenção a casos de COVID-19

•• Coordenar com o serviço de limpeza para que a desinfecção da Medidas para o paciente:
sala de espera e áreas comuns seja feita múltiplas vezes ao dia.
•• Disponibilizar máscara cirúrgica para pacientes sintomáti-
•• Realizar a limpeza e desinfecção das superfícies do consultório cos e orientar sobre a higiene adequada das mãos.
e de outros ambientes utilizados pelo paciente. •• Indicar, quando possível, que o acompanhante espere do
lado de fora do serviço de saúde.
•• Manter os ambientes ventilados.
•• Orientar os pacientes a cobrir boca e nariz ao tossir ou
•• Prover condições para higiene simples das mãos: lavatório/pia espirrar (com cotovelo flexionado ou utilizando-se de um
com dispensador de sabonete líquido, suporte para papel toa- lenço descartável para higiene nasal), evitar o toque em
lha, papel toalha, lixeira com tampa e abertura sem contato mucosas de olho, nariz e boca e realizar higiene das mãos
manual. frequentemente.

•• Prover dispensadores com preparações alcoólicas (sob as for- •• Eliminar ou restringir o uso de itens compartilhados por
mas gel ou solução) para a higiene das mãos nas salas de espe- pacientes como canetas, pranchetas e telefones.
ra e estimular a higiene das mãos após contato com secreções
respiratórias.
Medidas para o profissional:
•• Prover lenços descartáveis para higiene nasal na sala de espera
e lixeira com acionamento por pedal para o descarte de lenços. •• Orientar os trabalhadores dos serviços de saúde quanto
aos cuidados e medidas de prevenção a serem adotadas.
•• Assegurar a provisão de todos os insumos (máscaras cirúrgicas,
máscaras N95, PFF2 ou equivalente, sabonete líquido ou pre- •• Realizar a limpeza e desinfecção de equipamentos e pro-
paração alcoólica, lenços de papel, avental impermeável, gorro, dutos para saúde que tenha sido utilizado na assistência
óculos de proteção, luvas de procedimento, higienizantes para ao paciente.
o ambiente e outros) deve ser reforçada pelo serviço de saúde. •• Orientar os profissionais de saúde para que evitem tocar
superfícies próximas ao paciente e aquelas fora do am-
biente próximo ao paciente, com luvas ou outros EPIs con-
taminados ou mãos contaminadas.
•• Notificar a transferência do paciente previamente ao servi-
ço referenciado, se houver necessidade de encaminhamen-
to para outro serviço de saúde.

16
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U2 Estratégias de prevenção e controle de
infecção na atenção a casos de COVID-19

Para acessar as informações sobre os EPIs necessários para •• Os profissionais da saúde que atuarem na assistência di-
cada tipo de atividade e categoria profissional, veja a Unidade 3 reta aos casos suspeitos ou confirmados devem ser orga-
deste curso. nizados para trabalharem somente na área de isolamento,
evitando circulação para outras áreas de assistência.

Importante •• A área estabelecida como isolamento deverá ser devida-


mente sinalizada, inclusive quanto às medidas de precaução
Não se deve circular pelo serviço de saúde utilizando os a serem adotadas: padrão, específica (gotículas e contato ou
EPIs. Estes devem ser imediatamente removidos após a saí-
aerossóis) e empírica. Acompanhe no infográfico a seguir.
da do quarto, enfermaria ou área de isolamento.

PRECAUÇÕES PADRÃO
2.3 Atendimento a pacientes em isolamento Devem ser aplicadas no atendimento a todos os
pacientes, na presença de risco de contato com sangue;
São orientações referentes ao atendimento a pacientes em fluidos corpóreos, secreções e excreções (exceção: suor);
isolamento: pele com solução de continuidade; e mucosas.

•• O isolamento dos casos suspeitos ou confirmados de


PRECAUÇÕES ESPECÍFICAS
infecção pelo novo coronavírus deve ser realizado, pre- Elaboradas de acordo com o mecanismo de transmissão
ferencialmente, em quarto privativo com porta fechada e das patologias e designadas para pacientes suspeitos ou
bem ventilado. sabidamente infectados ou colonizados - por patógenos
transmissíveis e de importância epidemiológica - baseada
•• Caso o serviço de saúde não disponha de quartos privati-
em três vias principais de transmissão: transmissão por
vos em número suficiente para atendimento necessário,
contato, transmissão aérea por gotículas, transmissão
deve-se proceder com o isolamento por coorte, ou seja,
aérea por aerossóis.
separar em uma mesma enfermaria ou área os pacientes
com suspeita ou confirmação para COVID-19. PRECAUÇÕES EMPÍRICAS
•• Deverá ser respeitada distância mínima de 1 metro entre São indicadas em síndromes clínicas de importância
os leitos e restringir ao máximo o número de acessos à epidemiológica sem a confirmação da etiologia.

área (inclusive de visitantes).

17
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U2 Estratégias de prevenção e controle de
infecção na atenção a casos de COVID-19

PRECAUÇÕES PADRÃO PRECAUÇÕES ESPECÍFICAS


Devem ser seguidas para TODOS OS PACIENTES, Incluem as precauções de contato,
independente da suspeita ou não de infecções para gotículas e para aerossóis

PRECAUÇÕES
· Óculos
· Máscara DE CONTATO
· Avental
· Luvas
Higienização
das mãos

Higienização
das mãos · Avental
Quarto
privativo
· Luvas
PRECAUÇÕES Máscara cirúrgica Máscara PFF2 (N-95)
Caixa PARA AEROSSÓIS para o paciente para o profissional
pérfuro-cortante

Quarto Máscara cirúrgica


Higienização privativo ·para o profissional
das mãos ·para o paciente durante
o transporte
Higienização
das mãos

Quarto
PRECAUÇÕES privativo
PARA GOTÍCULAS

18
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U2 Estratégias de prevenção e controle de
infecção na atenção a casos de COVID-19

Além disso, deve-se orientar a obrigatoriedade do uso da


máscara de proteção respiratória (respirador particulado)
com eficácia mínima na filtração de 95% de partículas de
até 0,3μ (tipo N95, N99, N100, PFF2 ou PFF3) pelos profis-
sionais de saúde.

•• Normas e rotinas de procedimento deverão ser elabora-


das e disponibilizadas pelo serviço de saúde a todos os
profissionais envolvidos na assistência aos casos suspei-
tos ou confirmados de infecção pelo novo coronavírus.

•• A descontinuação das precauções e isolamento deverão


ser determinadas caso a caso, em conjunto com as autori-
dades de saúde locais, estaduais e federais.
•• Alguns procedimentos realizados em pacientes com infec-
ção suspeita ou confirmada pelo novo coronavírus podem
gerar aerossóis (como por exemplo, procedimentos que 2.4 Atendimento nos serviços de diálise
induzem a tosse, intubação ou aspiração traqueal, venti-
lação invasiva e não invasiva, ressuscitação cardiopulmo- Os serviços de diálise devem observar as orientações a seguir.
nar, ventilação manual antes da intubação, indução de
escarro, coletas de amostras nasotraqueais). Para esses 2.4.1 Orientações gerais
casos, utilizar precauções para aerossóis.
•• Como parte do programa de prevenção e controle de
•• Os procedimentos que podem gerar aerossóis devem ser
infecção, os serviços de diálise devem definir políticas e
realizados preferencialmente em uma unidade de isola-
práticas para reduzir a disseminação de patógenos respi-
mento respiratório com pressão negativa e filtro HEPA
ratórios contagiosos, incluindo o vírus SARS-CoV2.
(High Efficiency Particulate Arrestance). Na ausência desse
tipo de unidade, deve-se colocar o paciente em um quarto •• Os serviços de diálise devem reforçar aos pacientes
com portas fechadas (com janelas abertas) e restringir o instruções sobre higiene respiratória e etiqueta da tosse
número de profissionais durante esses procedimentos. e disponibilizar perto de poltronas de diálise e postos

19
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U2 Estratégias de prevenção e controle de
infecção na atenção a casos de COVID-19

de enfermagem suprimentos/insumos para estimular a •• Todos os pacientes e acompanhantes devem ser orienta-
adesão. Isso inclui lenços de papel e lixeira com tampa e dos a não compartilhar objetos e alimentos com outros
abertura sem contato manual. pacientes e acompanhantes.

•• Também devem reforçar importância e orientações sobre •• Permitir a presença de acompanhantes apenas de casos
higiene das mãos e prover preparação alcoólica (dis- excepcionais ou definidos por lei.
pensadores de preparação alcoólica a 70%) e com água
•• Quando houver suspeita ou confirmação de COVID-19,
e sabonete líquido (lavatório/pia com dispensador de
conforme definição de caso do Ministério da Saúde, o
sabonete líquido, suporte para papel toalha, papel toalha,
serviço de diálise deve fazer a notificação do caso suspeito
lixeira com tampa e abertura sem contato manual).
ou confirmado.
•• Os serviços de diálise devem implementar políticas, que
não sejam punitivas, para permitir que o profissional da 2.4.2 Orientações diante de casos suspeitos
saúde que apresente sintomas respiratórios seja afastado e confirmados de COVID-19
do trabalho.
Os serviços de diálise devem estabelecer estratégias para identifi-
•• Todos os pacientes e acompanhantes devem ser orientados
car pacientes suspeitos ou confirmados de apresentarem infecção
a não transitar pelas áreas da clínica desnecessariamente.
pelo novo coronavírus, antes mesmo de chegar ao serviço ou de
entrar na área de tratamento, de forma que a equipe possa se or-
ganizar/planejar o atendimento. Entre essas estratégias, sugere-se:

•• Os pacientes devem ser orientados a informar previa-


mente ao serviço de diálise, (por exemplo: por ligação
telefônica antes de dirigir-se à clínica, de preferência, ou
ao chegar ao serviço) caso apresentem febre e sintomas
respiratórios ou caso sejam suspeitos ou confirmados de
apresentarem COVID -19).

•• Antes da entrada na área de tratamento, ainda na recep-


ção, deve ser aplicado um pequeno “questionário” a todos

20
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U2 Estratégias de prevenção e controle de
infecção na atenção a casos de COVID-19

os pacientes com perguntas sobre o seu estado geral, pre- 2. quando existir a sala, mas o serviço não possui
sença de febre ou sintomas respiratórios, contato prévio pacientes com hepatite B.
com pessoas com febre ou sintomas respiratórios ou com
b. Se não tiver condições de colocar esses pacientes
COVID-19 suspeita ou confirmada.
em uma sala separada, os mesmos devem ser diali-
•• Os serviços de diálise devem organizar o espaço físico da sados no turno com o menor número de pacientes,
área de recepção, espera e diálise para que os pacientes sus- nas máquinas mais afastadas do grupo, e longe do
peitos ou confirmados de apresentarem COVID-19 fiquem a fluxo principal de tráfego, quando possível. Deve ser
uma distância mínima de 1 metro dos outros pacientes. estabelecida uma distância mínima de 1 metro entre
os pacientes.
•• Devem ser disponibilizadas máscaras cirúrgicas na entra-
da do serviço para que sejam oferecidas aos pacientes sus- c. Caso haja mais de um paciente suspeito ou confirmado
peitos ou confirmados de apresentarem COVID-19, logo de apresentar COVID-19 sugere-se realizar o isolamen-
na chegada ao serviço de diálise, as mascarás deverão ser to por coorte, ou seja, colocar em uma mesma área
utilizadas durante todo o período de permanência no ser- pacientes com infecção pelo mesmo agente infeccioso.
viço. Pacientes suspeitos ou confirmados de apresentarem Sugere-se ainda que sejam separadas as últimas se-
COVID-19 devem ser levados para uma área de tratamen- ções do dia para esses pacientes OU, no caso de haver
to o mais rápido possível, a fim de minimizar o tempo na muitos pacientes com COVID-19 confirmada, o serviço
área de espera e a exposição de outros pacientes. deve remanejar os turnos de todos os pacientes, de
forma a manter aqueles com COVID-19 suspeita ou
•• Pacientes suspeitos ou confirmados de apresentarem
confirmada dialisando em um turno exclusivo para
COVID-19 devem preferencialmente ser dialisados em
esses pacientes (de preferência o último turno do dia).
uma sala separada, bem ventilada e com a porta fechada,
respeitando-se a distância mínima de 1 metro:
Importante
a. As salas de isolamento de hepatite B podem ser
usadas para esses pacientes em diálise apenas se: A coorte não deve ser realizada entre pacientes com doen-
ças respiratórias de etiologias diferentes. Por exemplo, pa-
1. o paciente tiver antígeno de superfície da he- cientes com influenza confirmada e com COVID-19 não de-
patite B positivo ou vem ficar na mesma coorte.

21
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U2 Estratégias de prevenção e controle de
infecção na atenção a casos de COVID-19

•• O serviço de diálise deve avaliar a viabilidade de prestar o contato, incluindo a máquina, a poltrona, a mesa lateral, e
atendimento no domicílio do paciente suspeito ou confir- qualquer superfície e equipamentos localizados a menos
mado de apresentar COVID -19 (caso seja possível). de um metro da área do paciente ou que possam ter sido
tocados ou utilizados por ele.
•• Devem ser definidos profissionais exclusivos para o
atendimento dos pacientes suspeitos ou confirmados de
apresentarem COVID -19 (coorte de profissionais). Importante

•• As linhas de diálise e dialisadores utilizados em pacientes Os serviços de diálise devem garantir que o tratamento dia-
suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo corona- lítico continue sendo prestado. Portanto, não devem se ne-
vírus (SARS-Cov-2) devem ser descartadas após o uso, não gar a receber pacientes suspeitos ou confirmados de apre-
sentarem COVID-19 ou pacientes que estavam realizando o
podendo assim ser reaproveitados, nem mesmo para o
tratamento dialítico fora do seu domicílio (no mesmo esta-
próprio paciente. do ou em outro estado).
•• Utilizar produtos para saúde exclusivos para pacientes
suspeitos ou confirmados de apresentarem COVID-19
Os pacientes não podem ficar sem receber o tratamento dialíti-
(termômetros, esfigmomanômetros, etc). Caso não seja
co, dessa forma, cabe ao serviço de diálise ajustar os seus fluxos
possível, proceder a rigorosa limpeza e desinfecção após
para o manejo de casos e seguir as orientações do Ministério
o uso (pode ser utilizado álcool líquido a 70%, desde que
da Saúde de forma a realizar uma assistência segura para os
os produtos e equipamentos não sejam de tecidos).
pacientes e profissionais de saúde.
•• Devem ser instituídas as precauções de contato e de gotí-
culas, além das precauções padrão por todos os profissio-
Link
nais que forem prestar assistência a pacientes suspeitos
ou confirmados de apresentarem COVID-19. Isso inclui o Para mais informações sobre o atendimento no serviço de
uso adequado dos EPIs. diálise acesse o Anexo II da Nota Técnica nº 04/2020 da
GVIMS/GGTES/ANVISA no link:
•• Após o processo dialítico deve ser realizada uma rigorosa
<https://www.unasus.gov.br/especial/covid19/pdf/23>
limpeza e desinfecção de toda a área que o paciente teve

22
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U2 Estratégias de prevenção e controle de
infecção na atenção a casos de COVID-19

2.5 Serviços de Atenção Domiciliar 2.6 Atendimento nos serviços odontológicos

Nos municípios onde estão em funcionamento Serviços de A assistência odontológica apresenta um alto risco para a disse-
Atenção Domiciliar (SAD) pelo Programa Federal Melhor em minação do novo coronavírus, devido à grande possibilidade de
Casa, os profissionais deverão proceder a avaliação de casos exposição aos materiais biológicos proporcionada pela geração
em atendimento para avaliar possibilidade de espaçamento das de aerossóis durante os procedimentos.
visitas na medida do possível, de forma que não gerem risco de
agravamento e necessidade de reinternação destes pacientes.
Importante
Durante a pandemia de COVID-19 as equipes deverão focar
tanto no trabalho regular do SAD intensificando a desospitaliza- Com o objetivo de diminuir o número de infectados pela
ção para auxiliar na liberação de leitos hospitalares, quanto na COVID-2019, entendendo que os profissionais de saúde bu-
desospitalização precoce de casos estabilizados de COVID-19, cal realizam procedimentos que aumentam a probabilidade
mediante avaliação de condições clínicas. de contaminação cruzada, o Ministério da Saúde orienta a
suspensão dos atendimentos odontológicos eletivos, man-
tendo-se o atendimento das urgências odontológicas.
Link

Informações detalhadas, inclusive sobre as medidas de pro- Os profissionais de saúde bucal de nível superior (Cirurgiões
teção dos profissionais, encontram-se na Nota Técnica nº Dentistas) deverão auxiliar no atendimento através do FAST-
9/2020 da CGAHD/DAHU/SAES/MS, disponível no link: -TRACK COVID-19 na fase de avaliação de sintomas e notificação
<https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/24/ (se necessário), colaborando com os profissionais de enferma-
NOTA-T--CNICA-N----9-2020-CGAHD-DAHU-SAES.pdf>. gem de nível superior.

Link

Para conhecer o fluxograma de atendimento odontológico,


acesse: <https://saude.gov.br/images/pdf/2020/
marco/30/20200330-AtendimentoOdontologico-Fluxo-
ver002-Final.pdf>.

23
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U2 Estratégias de prevenção e controle de
infecção na atenção a casos de COVID-19

O atendimento à urgência odontológica deverá ocorrer indivi- •• Evitar radiografias intraorais (estimula a secreção salivar
dualmente, evitando-se o compartilhamento de espaços devido e a tosse). Optar pelas extraorais, como a panorâmica e a
à transmissão de microrganismos, principalmente quando há tomografia computadorizada, com feixe cônico.
uso de equipamentos que produzam aerossóis.
•• Em casos em que o isolamento com dique de borracha não
Deve-se atentar para atendimentos com maiores intervalos for possível, são recomendados dispositivos manuais, como
entre as consultas, com vistas a proporcionar maior tempo para as curetas para remoção de cáries e raspagem periodontal,
realizar adequada descontaminação dos ambientes. a fim de minimizar ao máximo a geração de aerossol.

•• Outras medidas para minimizar a geração de aerossol de-


2.6.1 Atendimento de urgências e emergências vem ser tomadas como: colocar o paciente na posição mais
adequada; nunca usar a seringa tríplice na sua forma em
Para atendimento das urgências e emergências, as seguintes névoa (spray) acionando os dois botões simultaneamente;
medidas devem ser adotadas a fim de reduzir o risco de conta- regular a saída de água de refrigeração; usar o dique de
minação: borracha sempre que possível; sempre usar sugadores de
alta potência.
•• Realizar frequentemente a higiene das mãos com água
e sabonete líquido OU preparação alcoólica (70%), usar •• Esterilizar em autoclave todos os instrumentais conside-
gorro, óculos de proteção ou protetor facial (preferencial- rados críticos, inclusive as canetas de alta e baixa rotação.
mente o protetor facial), avental impermeável, luvas de
procedimento, máscaras N95 (PFF2) ou equivalente.
2.6.2 Medidas de proteção em casos suspeitos
•• Antes e após a utilização de máscaras deve-se realizar a de infecção pelo novo coronavírus
higiene das mãos com água e sabonete líquido OU prepa-
ração alcoólica (70%). Todos os profissionais envolvidos de- •• Manter um ambiente limpo e seco irá ajudar a reduzir a
vem ser orientados sobre como usar, remover e descartar. persistência do coronavírus nas superfícies.

•• Deve ser realizada a sucção constante da saliva e se possí- •• Procedimentos com alta ou baixa rotação devem ser rea-
vel trabalhar a quatro mãos (EPI semelhante para ambos). lizados com isolamento absoluto (sempre que possível), e
protetores faciais ou óculos de proteção.

24
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U2 Estratégias de prevenção e controle de
infecção na atenção a casos de COVID-19

tomografia computadorizada do tórax deve ser prescrita,


para excluir suspeita de infecção.

•• Depois do tratamento deve-se realizar os procedimentos


de limpeza e desinfecção ambiental. Como alternativa, os
pacientes podem ser tratados em uma sala isolada e bem
ventilada ou salas com pressão negativa.

2.6.3 Orientações para atendimento


odontológicos de pacientes críticos em
Unidades de Terapia Intensiva (UTI)

•• Não realizar a oroscopia, a menos que o paciente apre-


sente sinais e sintomas de alterações bucais que gerem
implicações sistêmicas (infecções bucais agudas, lesões
em mucosa bucal, sangramento de origem bucal e trava-
mento mandibular) ou a pedido médico.
•• Aspiradores de saliva de alta potência podem ajudar a
•• Promover a avaliação e procedimentos odontológicos
minimizar o aerossol ou respingos em procedimentos
utilizando gorro, máscara N95 (PFF2) ou equivalente, pro-
odontológicos.
tetor facial (face shield), avental impermeável e luvas.
•• Para pacientes com contusão de tecidos moles faciais,
•• Suspender o uso de alta ou baixa rotação e spray de água
devem ser realizados desbridamentos e suturas de pre-
em procedimentos. Em casos de necessidade absoluta,
ferência com o fio absorvível. Recomenda-se enxaguar a
os mesmos devem ser realizados em centro cirúrgicos,
ferida lentamente e usar o sugador de saliva para evitar a
com o uso de isolamento absoluto, protetores faciais e
pulverização.
máscaras N95.
•• Casos com risco de morte, com lesões bucais e maxilofa-
ciais, devem ser admitidos em hospital imediatamente e a

25
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U2 Estratégias de prevenção e controle de
infecção na atenção a casos de COVID-19

•• Utilizar dispositivos manuais (como as curetas periodon- 2.7.1 Orientações


tais) para a remoção de cáries e raspagem periodontais, a
fim de minimizar ao máximo a geração de aerossóis. Orientações pós-óbito de pessoas com infecção suspeita ou
confirmada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2):
•• Utilizar aspirador descartável em todo atendimento.
•• Durante os cuidados com o cadáver, só devem estar
•• Evitar radiografias intra-orais.
presentes no quarto ou área os profissionais estritamente
necessários (todos com EPI).
Link
•• Considerando a possibilidade de monitoramento, reco-
Para conhecer mais sobre a classificação dos procedimen- menda-se que sejam registrados nomes, datas e atividades
tos odontológicos (urgência e emergência) e medidas a de todos os trabalhadores que participaram dos cuidados
serem adotadas a fim de reduzir o risco de contaminação,
post-mortem, incluindo a limpeza do quarto/enfermaria.
acesse o Anexo 4 da Nota Técnica nº 04/2020 da GVIMS/
GGTES/ANVISA, disponível no link: <https://www.unasus. •• Todos os profissionais que tiverem contato com o cadáver
gov.br/especial/covid19/pdf/23>. devem usar: gorro, óculos de proteção ou protetor facial,
avental impermeável de manga comprida, bota imper-
meável, luvas nitrílicas e máscara cirúrgica. ATENÇÃO:
2.7 Cuidados após a morte Se for necessário realizar procedimentos que geram ae-
rossol, como extubação, usar máscara do tipo N95, PFF2,
Como o SARS-COV2 é transmitido por contato, é fundamental ou equivalente. O descarte de todo o material e rouparia
que os profissionais sejam protegidos da exposição a sangue deve ser feito imediatamente e em local adequado.
e fluidos corporais infectados, objetos ou outras superfícies
•• Os tubos, drenos e cateteres devem ser removidos do
ambientais contaminadas. Assim, os princípios das precauções
corpo, tendo cuidado especial com a remoção de catete-
padrão de controle de infecção e precauções baseadas na trans-
res intravenosos, outros dispositivos cortantes e do tubo
missão devem continuar sendo aplicados no manuseio do corpo.
endotraqueal.

26
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U2 Estratégias de prevenção e controle de
infecção na atenção a casos de COVID-19

•• Descartar imediatamente os resíduos perfurocortantes •• Acondicionar o corpo em três camadas: 1ª - enrolar o


em recipientes rígidos, à prova de perfuração e vazamen- corpo com lençóis; 2ª - colocar o corpo em saco imper-
to, e com o símbolo de resíduo infectante. meável próprio; 3ª - colocar o corpo em um segundo saco
(externo) e desinfetar com álcool a 70%, solução clorada
•• Recomenda-se desinfetar e tapar/bloquear os orifícios de
0,5% a 1% ou outro saneante regularizado pela Anvisa,
drenagem de feridas e punção de cateter com cobertura
compatível com o material do saco.
impermeável.
•• Colocar etiqueta com identificação do falecido.
•• Limpar as secreções nos orifícios orais e nasais com com-
pressas. •• Identificar adequadamente o cadáver.

•• Tapar/bloquear orifícios naturais do cadáver (boca, nariz, ou- •• Identificar o saco externo de transporte com a informação
vido, ânus) para evitar extravasamento de fluidos corporais. relativa a risco biológico; no contexto da COVID-19: agente
biológico classe de risco 3.

•• Usar luvas descartáveis nitrílicas ao manusear o saco de


acondicionamento do cadáver.

•• A maca de transporte de cadáveres deve ser utilizada


apenas para esse fim e ser de fácil limpeza e desinfeção.

•• Após remover os EPI, sempre proceder à higienização das


mãos.

É essencial descrever no prontuário dados acerca de todos os


sinais externos e marcas de nascença/tatuagens, órteses, pró-
teses que possam identificar o corpo. Se for possível, o reconhe-
cimento do corpo deve ser por meio de fotografias, evitando
contato ou exposição. Caso contrário, limitar o reconhecimento
do corpo a um único familiar/responsável.

27
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U2 Estratégias de prevenção e controle de
infecção na atenção a casos de COVID-19

Não pode haver contato direto entre o familiar/responsável Quando, por motivos especiais, a autópsia tiver de ser realizada,
e o corpo, devendo-se manter uma distância de dois metros deverão ser observadas as seguintes orientações:
entre eles. Se houver necessidade de aproximação, o familiar/
•• Não é recomendado realizar tanatopraxia (formolização e
responsável deverá fazer uso de máscara cirúrgica, luvas e
embalsamamento).
aventais de proteção.
•• O número de pessoas autorizadas na sala de autópsia
Identificar adequadamente o cadáver, contendo sempre que
deve ser limitado às estritamente necessárias aos proce-
possível, o nome completo, número do prontuário, número do
dimentos. O ideal é ter apenas um técnico e um médico
Cartão Nacional de Saúde (CNS), data de nascimento, nome da
patologista.
mãe e CPF, utilizando esparadrapo, com letras legíveis, fixado
na região torácica. •• Devem ser realizados em salas de autópsia que possuam
sistemas de tratamento de ar adequados. Isso inclui sis-
Durante a embalagem, que deve ocorrer no local de ocorrência
temas que mantêm pressão negativa em relação às áreas
do óbito, manipular o corpo o mínimo possível, evitando
adjacentes e que fornecem um mínimo de 6 trocas de ar
procedimentos que gerem gases ou extravasamento de fluidos
(estruturas existentes) ou 12 trocas de ar (nova construção
corpóreos.
ou reforma) por hora.

•• O ar ambiente deve sair diretamente para o exterior ou


2.7.2 Autópsia
passar por um filtro HEPA.

As autópsias em cadáveres de pessoas que morreram com •• As portas da sala devem ser mantidas fechadas, exceto
doenças infecciosas causadas por patógenos das categorias de durante a entrada e saída.
risco biológico 2 ou 3 expõem a equipe a riscos adicionais que
•• Procedimentos que geram aerossóis devem ser evitados.
deverão ser evitados.
•• Considere usar métodos preferencialmente manuais,
para evitar que as secreções respinguem ou disseminem
Importante
pelo ar. Se for necessário o uso de serra oscilante, conecte
A autópsia não deve ser realizada e é desnecessária em uma cobertura de vácuo para conter os aerossóis.
caso de confirmação ante-mortem da COVID-19.

28
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U2 Estratégias de prevenção e controle de
infecção na atenção a casos de COVID-19

•• Preferir equipamentos que promovam menor lançamento •• Luvas não estéreis e nitrílicas ao manusear materiais po-
de fragmentos teciduais, como alicates, por exemplo. tencialmente infecciosos.

•• Quando necessário, coletar tecidos por meio de técnica de •• Se houver risco de cortes, perfurações ou outros ferimen-
autópsia minimamente invasiva. Esse método consiste em tos na pele, usar luvas resistentes sob as luvas de nitrila.
diagnóstico por imagem e intervenção percutânea.
Ao finalizar o procedimento:
•• A manipulação e exame de amostras menores, devem ser
•• Os EPI devem ser removidos antes de sair do conjunto de
feitas obrigatoriamente em Cabines de Segurança Biológi-
autópsia e descartados, apropriadamente, como resíduos
ca (CSB) classe 2.
infectantes (RDC nº 222/2018).
•• Os sistemas de tratamento de ar devem permanecer liga-
•• Imediatamente após retirar os EPIs, realizar a higienização
dos enquanto é realizada a limpeza do local.
das mãos.

Os EPIs para os profissionais que realizam a autopsia incluem: •• Artigos não descartáveis deverão ser encaminhados para
limpeza e desinfecção/esterilização, conforme rotina do
•• Luvas cirúrgicas duplas interpostas com uma camada de
serviço e em conformidade com a normatização.
luvas de malha sintética à prova de corte.
•• Os materiais descartáveis devem ser dispensados em sa-
•• Capote (resistente ou impermeável) a fluidos.
cos amarelos e encaminhados para incineração, conforme
•• Avental impermeável. gerenciamento de resíduos infectantes (grupo A1).

•• Óculos ou protetor facial.


Link
•• Capas de sapatos ou botas impermeáveis.

•• Máscaras de proteção respiratória tipo N95 ou superior. Para mais informações acesse o documento Manejo de cor-
pos no contexto do novo corona vírus (COVID-19), disponí-
vel em:
Os EPI para os profissionais que manipulam os corpos: <https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/25/
•• Máscaras N95 ou superior manejo-corpos-coronavirus-versao1-25mar20-rev5.pdf>.

29
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U2 Estratégias de prevenção e controle de
infecção na atenção a casos de COVID-19

2.7.3 Transporte do corpo •• De preferência, cremar os cadáveres, embora não seja


obrigatório fazê-lo.
Para o transporte do corpo, as orientações são as seguintes:
•• Deve-se limpar a superfície da urna lacrada com solução
•• O transporte do corpo deve ser feito conforme procedi- clorada 0,5%.
mentos de rotina, com utilização de revestimentos imper-
•• Após o uso, os sacos de cadáver vazios devem ser descar-
meáveis para impedir o vazamento de líquido, quando fei-
tados como resíduos enquadrados na RDC 222/2018.
to por carro funerário. Este também deve ser submetido
à limpeza e desinfecção de rotina após o transporte do
corpo.
Link
•• Todos os profissionais que atuam no transporte, guarda
Acesse a RDC nº 222, de 28 de março de 2018, no link:
do corpo e colocação do corpo no caixão também devem
<http://portal.anvisa.gov.br/documents/10181/3427425/
adotar as medidas de precaução, que devem ser mantidas
RDC_222_2018_.pdf/c5d3081d-b331-4626-8448-
até o fechamento do caixão. c9aa426ec410>

2.7.4 Orientações para funerárias

São orientações para as funerárias:

•• É importante que os envolvidos no manuseio do corpo,


equipe da funerária e os responsáveis pelo funeral sejam
informados sobre o risco biológico classe de risco 3, para
que medidas apropriadas possam ser tomadas para se
proteger contra a infecção.

•• O manuseio do corpo deve ser o menor possível.

•• O corpo não deve ser embalsamado.

30
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U3 Uso de EPIs por pacientes
e profissionais de saúde

O uso racional de EPI nos serviços de saúde é recomendado,


visto que o aumento da demanda global – impulsionado não
apenas pelo número de casos de COVID-19, mas também por
desinformação, compra de pânico e estocagem – resultará em
mais escassez de EPI globalmente. A capacidade de expandir
Unidade 3 a produção é limitada e a demanda atual por respiradores e
máscaras pode não ser atendida, especialmente se o uso inade-
quado generalizado de EPI continuar.
Uso de EPIs por pacientes
Recomenda-se que as atividades de cuidado sejam agrupadas
e profissionais de saúde para minimizar o número de vezes que se entra em contato com
um paciente com COVID-19 e para diminuir a quantidade de EPI
utilizada. Pode-se, por exemplo, verificar os sinais vitais durante
a administração do medicamento e programar procedimentos
perto do horário das refeições, assim a comida pode ser en-
tregue pelos profissionais de saúde enquanto eles executam
outros cuidados, etc.

Observe a seguir o quadro sobre uso de EPI recomendado


durante durante a pandemia de coronavírus, de acordo com a
configuração, a função e o tipo de atividade. Recomenda-se a
impressão deste material e fixação em local visível aos profis-
sionais.

31
COVID-19MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U3 Uso de EPIs por pacientes
e profissionais de saúde

Público Atividades Tipo de EPI

Instalações dos serviços de saúde


Quarto/salas/alas

•• Máscara cirúrgica
•• Avental impermeável de manga longa
Prestam cuidados diretos a pacientes com
•• Luvas
COVID-19
•• Protetor ocular ou protetor de face
•• Gorro
Profissionais da saúde
•• Máscara tipo N95 ou PFF2
•• Avental impermeável de manga longa
Realizam procedimentos geradores de
•• Luvas
aerossóis em pacientes com COVID-19
•• Protetor ocular ou protetor de face
•• Gorro

•• Máscara cirúrgica
•• Avental impermeável de manga longa
Profissionais que
•• Luvas
prestam serviços de Entrando no local com pacientes com COVID-19
•• Protetor ocular
limpeza
•• Botas ou sapatos fechados
•• Gorro

Triagem

Triagem preliminar que não envolve contato •• Manter uma distância espacial de pelo menos 1 metro
Profissionais da saúde
direto •• Avaliar a necessidade de máscara

Pacientes sem sintomas


-- •• Máscara cirúrgica deve ser fornecida ao paciente
respiratórios

32
COVID-19MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U3 Uso de EPIs por pacientes
e profissionais de saúde

Público Atividades Tipo de EPI

Triagem

Pacientes com sintomas


respiratótios (suspeita -- •• Máscara cirúrgica deve ser fornecida ao paciente
de COVID-19)

Laboratório

•• Máscara cirúrgica
•• Avental
Técnicos e farmacêuticos Manipulação de amostras respiratórias
•• Luvas
•• Protetor ocular

Áreas administrativas

Todo o staff inclusive os Tarefas administrativas que não envolvem


•• Não é necessário EPI
profissionais da saúde contato com pacientes com COVID-19

SAMU, ambulância ou veículo de transferência de pacientes

•• Máscara cirúrgica
•• Avental impermeável de manga longa
Transporte de pacientes suspeitos de COVID-19
Profissionais da saúde •• Luvas
para o serviço de referência de saúde
•• Protetor ocular
•• Gorro

•• Envolvido apenas na condução do paciente


com suspeita de COVID-19 •• Não é necessário EPI
Motorista
•• O compartimento do motorista é separado •• Manter uma distância espacial de pelo menos 1 metro
do paciente com COVID-19

33
COVID-19MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U3 Uso de EPIs por pacientes
e profissionais de saúde

Público Atividades Tipo de EPI

SAMU, ambulância ou veículo de transferência de pacientes

•• Máscara cirúrgica
•• Avental impermeável de manga longa
Auxiliar no carregamento ou descarregamento
•• Luvas
de pacientes com suspeita de COVID-19
•• Protetor ocular
•• Gorro
Motorista

Não tem contato direto com o paciente com


suspeita de COVID-19, mas o automóvel não
•• Máscara cirúrgica
possui separação entre os compartimentos do
motorista e do paciente

Pacientes com sintomas


respiratótios (suspeita Transporte para o serviço de saúde de referência •• Máscara cirúrgica deve ser fornecida ao paciente
de COVID-19)

•• Máscara cirúrgica
•• Avental impermeável de manga longa
Profissionais que Limpeza após e entre o transporte de pacientes
•• Luvas
prestam serviços de com suspeita de COVID-19 para a serviço de
•• Protetor ocular
limpeza saúde de referência
•• Botas ou sapatos fechados
•• Gorro

Fonte: Adaptado de OMS (2020).

34
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U3 Uso de EPIs por pacientes
e profissionais de saúde

A máscara de proteção respiratória deve ser usada quando o


Link profissional atuar em procedimentos com risco de geração de
aerossol nos pacientes com infecção suspeita ou confirmada
Acesse mais informações sobre o uso de EPIs na Nota
pelo novo coronavírus. Deve utilizar a máscara de proteção
Técnica da nº 04/2020 da GVIMS/GGTES/ANVISA, por meio
do link: respiratória (respirador particulado) com eficácia mínima na
<https://www.unasus.gov.br/especial/covid19/pdf/23> filtração de 95% de partículas de até 0,3 (tipo N95, N99, N100,
PFF2 ou PFF3). A máscara deverá estar apropriadamente ajus-
tada à face e nunca deve ser compartilhada entre profissionais.
Agora que você já sabe em quais situações deve utilizar os EPIs, A forma de uso, manipulação e armazenamento deve seguir as
vamos abordar como fazer o uso adequado de cada um deles. recomendações do fabricante.

3.1 Máscaras Vídeo

A máscara cirúrgica deve ser utilizada para evitar a contamina- Neste link você pode assistir a um vídeo com detalhamento
ção da boca e do nariz do profissional por gotículas respiratórias sobre a colocação e testes de vedação que o profissional
deve realizar ao utilizar a máscara de proteção respiratória:
quando o mesmo atuar a uma distância inferior a 1 (um) metro
<https://youtu.be/G_tU7nvD5BI>.
do paciente suspeito ou confirmado de infecção pelo novo co-
ronavírus (2019-nCoV).

Como vestir uma máscara corretamente:


Importante
1. Antes de tocar na máscara, limpe as mãos com um higie-
Nunca se deve tentar realizar a limpeza da máscara já utili- nizador à base de álcool ou água e sabão.
zadas com nenhum tipo de produto. As máscaras cirúrgicas
2. Pegue a máscara e verifique se está rasgada ou com bu-
são descartáveis e não podem ser limpas ou desinfectadas
para uso posterior e quando úmidas perdem a sua capaci- racos.
dade de filtração.
3. Oriente qual lado é o lado superior (onde está a tira de metal).

35
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U3 Uso de EPIs por pacientes
e profissionais de saúde

4. Assegure-se de que o lado correto da máscara está volta-


COMO VESTIR UMA MÁSCARA CORRETAMENTE
do para fora (o lado colorido).

5. Coloque a máscara no seu rosto. Aperte a tira de metal


SUPERIOR
ou a borda rígida da máscara para que ela se adapte ao
formato do seu nariz. FORA
6. Puxe a parte inferior da máscara para que ela cubra sua
boca e seu queixo. DENTRO
7. Amarre com segurança para minimizar os espaços entre a
face e a máscara. Higienizar as mãos antes Verificar o lado
de tocar a máscara correto da máscara
8. Enquanto estiver em uso, evite tocar na máscara.

9. Substitua as máscaras usadas por uma nova máscara lim-


pa e seca assim que esta tornar-se úmida ou danificada.

Após o uso, retire a máscara:

10. Remova as presilhas elásticas por trás das orelhas, man-


tendo a máscara afastada do rosto e das roupas, para evi-
tar o toque nas superfícies potencialmente contaminadas
da máscara. Colocar a máscara e Puxar a parte inferior
ajustar a tira de metal para cobrir boca e queixo
11. Não reutilize máscaras descartáveis, descarte-a em uma
lixeira fechada imediatamente após o uso.

12. Higienize as mãos depois de tocar ou descartar a máscara


- use um higienizador de mãos à base de álcool ou, se esti-
verem visivelmente sujas, lave as mãos com água e sabão.

36
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U3 Uso de EPIs por pacientes
e profissionais de saúde

Lembre-se: a máscara deve ser usada apenas por profissionais considerar as rotinas orientadas pelas Comissões de Controle
da saúde, cuidadores e indivíduos com sintomas respiratórios, de Infecção Hospitalar (CCIH) do serviço de saúde e constar no
como febre e tosse. Substitua as máscaras usadas por uma protocolo de reutilização.
nova máscara limpa e seca assim que esta tornar-se úmida ou
Este tipo de uso pode ser liberado APENAS devido à demanda
danificada.
urgente causada pela emergência de saúde pública da COVID-19.
Pode-se considerar utilizar as máscaras com prazo de validade Os usuários dessas máscaras que excederam o prazo de
vencido, porém como designado pelo fabricante podem não validade designado pelo fabricante devem ser orientados sobre
cumprir os requisitos para os quais foram certificados, pois com a importância das inspeções e verificações do selo antes do uso.
o tempo, componentes como as tiras e o material da ponte nasal
Além disso, devem tomar as seguintes medidas de precaução
podem se degradar, o que pode afetar a qualidade do ajuste e
antes de usar as máscaras N95 (além do prazo de validade
da vedação. Veja, a seguir, uma nota emitida pela Anvisa sobre
designado pelo fabricante) no local de trabalho:
utilização de respiradores ou máscaras N95, para atendimento
emergencial aos casos suspeitos ou confirmados da COVID-19. •• Inspecione visualmente a máscara N95 para determinar
se sua integridade foi comprometida (máscaras úmidas,
sujas, rasgadas, amassadas ou com vincos não podem ser
Importante
utilizadas).
As máscaras de proteção respiratória (N95/PFF2 ou equiva- •• Verifique se componentes como tiras, ponte nasal e ma-
lente) poderão, EXCEPCIONALMENTE, ser usadas por perío- terial de espuma nasal não se degradaram, o que pode
do maior e/ou por um número de vezes maior que o pre-
afetar a qualidade do ajuste e a vedação e, portanto, a
visto pelo fabricante, desde que pelo mesmo profissional e
cumpridos todos os cuidados necessários. eficácia da máscara.

•• Se a integridade de qualquer parte da máscara estiver com-


prometida ou se uma verificação bem-sucedida do selo do
Os serviços de saúde, por exemplo, devem definir um
usuário não puder ser realizada, descarte a máscara.
protocolo para orientar os profissionais de saúde sobre o uso,
retirada, acondicionamento, avaliação da integridade, tempo •• Os usuários devem realizar uma verificação do selo ime-
de uso e critérios para o descarte das máscaras. O número diatamente após colocar cada máscara e não devem usar
de reutilizações da máscara, pelo mesmo profissional, deve uma máscara que não possam executar uma verificação

37
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U3 Uso de EPIs por pacientes
e profissionais de saúde

bem-sucedida do selo do usuário (teste positivo e negativo


de vedação da máscara à face).

Importante

A máscara cirúrgica não deve ser sobreposta à máscara


N95 ou equivalente, pois além de não garantir proteção de
filtração ou de contaminação, também pode levar ao des-
perdício de mais um EPI, o que pode ser muito prejudicial
em um cenário de escassez. Nunca coloque a máscara já
utilizada em um saco plástico, pois ela poderá ficar úmida e
potencialmente contaminada.

Nunca se deve tentar realizar a limpeza da máscara N95 ou


equivalente já utilizadas, com nenhum tipo de produto.

3.2 Luvas

As luvas de procedimentos não cirúrgicos devem ser utilizadas


quando houver risco de contato das mãos do profissional com
As recomendações quanto ao uso de luvas por profissionais de
sangue, fluidos corporais, secreções, excreções, mucosas, pele
saúde são:
não íntegra e artigos ou equipamentos contaminados, de modo
a reduzir a possibilidade de transmissão do novo coronavírus •• As luvas devem ser colocadas antes da entrada no quarto
para o trabalhador de saúde, assim como de paciente para do paciente ou área em que o paciente está isolado.
paciente por meio das mãos do profissional.
•• Durante o contato com o paciente, se for mudar de um
Quando o procedimento a ser realizado no paciente exigir sítio corporal contaminado para outro limpo, ou quando
técnica asséptica, devem ser utilizadas luvas estéreis (de proce- esta estiver danificada troque de luva.
dimento cirúrgico).

38
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U3 Uso de EPIs por pacientes
e profissionais de saúde

•• Nunca toque desnecessariamente superfícies e materiais 3.3 Protetor ocular ou protetor de face
(tais como telefones, maçanetas, portas) quando estiver
com luvas. Os óculos de proteção ou protetores faciais (que cubram a fren-
te e os lados do rosto) devem ser utilizados quando houver risco
•• Troque as luvas sempre que for entrar em contato com
de exposição do profissional a respingos de sangue, secreções
outro paciente.
corporais e excreções. Devem ser de uso exclusivo para cada
•• O uso de luvas não substitui a higiene das mãos, proceder à profissional responsável pela assistência sendo necessária a hi-
higiene das mãos imediatamente após a retirada das luvas. giene correta após o uso. Sugere-se, para a desinfecção, o uso de
álcool líquido a 70%, hipoclorito de sódio ou outro desinfetante
•• As luvas devem ser removidas dentro do quarto ou área
recomendado pelo fabricante do equipamento de proteção.
de isolamento e descartadas como resíduo infectante.
Observe a técnica correta de remoção de luvas para evitar
3.4 Capote/avental
a contaminação das mãos:

1. Retire as luvas puxando a primeira pelo lado externo O capote ou avental deve ser impermeável e utilizado durante
do punho com os dedos da mão oposta. procedimentos em que há risco de respingos de sangue, fluidos
corpóreos, secreções e excreções, a fim de evitar a contamina-
2. Segure a luva removida com a outra mão enluvada.
ção da pele e roupa do profissional. Deve ser de mangas longas,
3. Toque a parte interna do punho da mão enluvada punho de malha ou elástico e abertura posterior. Além disso,
com o dedo indicador oposto (sem luvas) e retire a deve ser confeccionado com material de boa qualidade, não
outra luva. alergênico e resistente; proporcionar barreira antimicrobiana
efetiva, permitir a execução de atividades com conforto e estar
Importante disponível em vários tamanhos.

•• O capote ou avental sujo deve ser removido e descartado


Não devem ser utilizadas duas luvas para o atendimento
após a realização do procedimento e antes de sair do
dos pacientes, esta ação não garante mais segurança à as-
sistência, também não se deve utilizar novamente o mesmo quarto do paciente ou da área de assistência.
par de luvas.
•• Após a remoção do capote deve-se imediatamente pro-
ceder a higiene das mãos para evitar a transmissão dos

39
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U3 Uso de EPIs por pacientes
e profissionais de saúde

ção de precauções padrão constitui a


vírus para o profissional, pacientes
principal medida de prevenção da trans-
e ambiente.
missão entre pacientes e profissionais e
deve ser adotada no cuidado de todos os
3.5 Gorro pacientes (antes da chegada ao serviço
de saúde, na chegada, triagem, espera
O uso de gorros ou toucas descartáveis e durante toda assistência prestada)
proporciona barreira efetiva para o pro- independentemente dos fatores de risco
fissional, contra gotículas ou aerossóis, ou doença de base, garantindo que as
ou ainda, queda de fios de cabelo sobre políticas e práticas internas minimizem
a superfície de trabalho. Deve ser de ma- a exposição a patógenos respiratórios,
terial descartável e removido após o uso. incluindo o coronavírus.

Importante Vídeo

Todos os profissionais (próprios ou Lembre-se de que você também


terceirizados) deverão ser capacita- precisa tomar algumas medidas
dos para a prevenção da transmis- de precaução ao sair do ambiente
são de agentes infecciosos e treina- de saúde e retornar para sua casa!
dos para uso correto dos EPIs. Veja o vídeo no link a seguir, ele su-
mariza algumas informações sobre
EPIs: <https://www.unasus.gov.br/
O uso racional, correto e consistente do especial/covid19/video/56>.
EPI é uma medida efetiva na redução da
propagação de patógenos. A efetividade
dos EPIs depende fortemente de supri- Acompanhe na próxima unidade como
mentos adequados e regulares, treina- deve ser realizado o manejo de amostras
mento adequado da equipe e higiene das para testagem de COVID-19.
mãos. Lembre-se de que a implementa-

40
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U4 Manejo de amostras para
testagem de COVID-19

Todas as amostras coletadas para investigações laboratoriais de-


vem ser consideradas potencialmente infecciosas. O responsável
pela coleta, manipulação ou transporte deve aderir rigorosamen-
te às medidas de proteção pessoal e práticas de biossegurança
para minimizar a possibilidade de exposição a patógenos.
Unidade 4 Como abordado anteriormente, as medidas de proteção são
as mesmas utilizadas para prevenir doenças respiratórias;
portanto, para realizar procedimento de coleta e manejo das
Manejo de amostras para
amostras deve-se usar os EPIs apropriados elencados no tópico
testagem de COVID-19 relacionado ao tema neste curso. Veja os passos para realizar o
manejo das amostras para transporte:

•• Coloque as em sacos de amostras à prova de vazamentos


que tenham um bolso selável separado para a amostra, ou
seja, uma bolsa de amostras de risco biológico de plástico.
•• Identificar do lado de fora da caixa que é suspeito de
SARS-CoV-2.
•• Ficha de solicitação de análise Gerenciador de Ambiente
Laboratorial (GAL) impressa.
•• Ficha do Sistema de Informação de Agravos de Notificação
(SINAN) em anexo.

Importante

As instruções de coleta e materiais clínicos indicados po-


dem variar ligeiramente entre os laboratórios, portanto é
importante verificar e obedecer as instruções de coleta do
laboratório realizante.

41
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U4 Manejo de amostras para
testagem de COVID-19

4.1 Precaução padrão, de contato e respiratória, 4.1.1 Colocação dos EPIs


para coleta de material respiratório
Observe a seguir os passos que devem ser seguidos antes de
A utilização dos EPIs recomendados garante a sua segurança no entrar na sala onde será realizada a coleta.
atendimento de casos suspeitos ou confirmados de COVID-19.
O profissional que for realizar a coleta de material respiratório
Vestir o avental descartável de mangas
deve utilizar avental descartável, luvas, máscara N95, óculos de 1° passo
longas.
proteção e gorro (para procedimentos que geram aerossóis). O
serviço de saúde deve ter uma política para colocação, uso e re- 2° passo Colocar o gorro ou touca descartável.
tirada dos EPIs e a colocação e retirada deverão ser realizadas,
na ordem descrita a seguir, para minimizar o risco de exposição. 3° passo Colocar a máscara N95/PFFE.

4° passo Colocar os óculos ou o escudo de proteção.

Calçar as luvas, após a lavagem ou higieni-


5° passo zação das mãos, e ajustar sobre os punhos.
Trocar se houver contaminação.

Nota: A máscara conhecida como respirador


N95 refere-se a uma classificação de filtro para
aerossóis adotada nos EUA que equivale, no
Brasil, à PFF2 ou ao EPR semifacial com filtro
P2 — todos com níveis de proteção e resis-
tência equivalentes. A máscara N95 deve ser
posicionada antes de entrar no box de coleta,
e retirada após sair do box.

42
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U4 Manejo de amostras para
testagem de COVID-19

4.1.2 Retirada dos EPIs 4.2 Recomendações gerais para manipulação


de material potencialmente infectante
Veja os passos que devem ser seguidos para a retirada dos EPIs.
As instruções de estabilidade de amostra e temperatura de
Antes de deixar o local de coleta acondicionamento devem seguir as orientações do laboratório
realizante. A embalagem e o transporte das amostras biológicas
Retirar as luvas de modo a não contami- que possam conter o SARS-CoV-2 devem seguir as recomenda-
1° passo
nar as mãos com a parte exterior.
ções da legislação vigente (atualmente, como visto, a RDC No
2° passo Retirar os óculos ou escudo. 20, de 10 de abril de 2014, da Agência Nacional de Vigilância
Sanitária, para Substância Biológica Categoria B).
3° passo Retirar o gorro ou touca descartável.
Esta resolução considera profissional sob risco de exposição
Lavar e higienizar imediatamente as direta ao material biológico humano aquele que tenha entre
4° passo
mãos. suas atribuições a possibilidade de manipulação do conteúdo
interno da carga transportada. Observe os artigos do capítulo V
Retirar o avental com cuidado para não
das Responsabilidades, seção IV que abordam biossegurança:
5° passo tocar na parte frontal. Se isso ocorrer,
lavar e higienizar novamente as mãos. Art. 37. O transporte de material biológico humano deve
obedecer às normas de biossegurança e de saúde do
Após deixar o local de coleta trabalhador, de forma a prevenir riscos de exposição di-
reta dos profissionais envolvidos, dos transportadores, da
Retirar a máscara por trás, evitando tocar população e do ambiente ao material biológico humano.
5° passo
a região frontal.
Art. 38. O pessoal envolvido no processo de transporte
Lavar as mãos com água e sabão e deve dispor de Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC)
6° passo
higienizá-las com álcool-gel novamente. e Equipamentos de Proteção Individual (EPI), de acordo
com o risco envolvido nas atividades de manipulação do
Descartar o material usado em recipiente
7° passo material biológico.
de descarte de lixo infectante.

43
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U4 Manejo de amostras para
testagem de COVID-19

Art. 39. O transportador deve realizar e manter regis-


Link
tros atualizados do treinamento do pessoal envolvido
no processo de transporte para a correta utilização dos Você pode acessar a RDC nº 20, de 10 de abril
equipamentos necessários em situações de emergência, de 2014, no link: <http://portal.anvisa.gov.br/
acidente ou avaria. documents/10181/2867956/(1)RDC_20_2014_COMP.pdf/
fda4b2b9-fd01-483d-b006-b7ffcaa258ba>.
Art. 40. Todo o pessoal envolvido no processo de trans-
porte sob risco de exposição direta ao material biológico Acesse os itens sobre biossegurança no Guia de Vigilância
humano deve ser vacinado de acordo com as normas de epidemiológica integrada de síndromes respiratórias agu-
saúde do trabalhador. das Doença pelo Coronavírus 2019, Influenza e outros vírus
respiratórios, no link:
<https://www.saude.gov.br/images/pdf/2020/April/06/
Importante GuiaDeVigiEp-final.pdf>.

Em caso de acidente (Art. 41), avaria ou outro fato que expo-


nha o transportador, a população ou ambiente ao risco do
material biológico humano durante o trânsito, o transporta-
dor deve adotar as seguintes providências:
I. informar as autoridades locais competentes sobre o
fato;
II. comunicar ao remetente e ao destinatário o ocorrido;
III. dar destino aos resíduos gerados de acordo com as
informações fornecidas pelo remetente e demais me-
didas de proteção à população e ao meio ambiente,
quando couber;
IV. documentar, registrar e arquivar as medidas adotadas.

44
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U5 Limpeza, higienização e manejo de
resíduos nos serviços de atenção à saúde

O serviço de limpeza e desinfecção de superfícies em serviços


de saúde tem a finalidade de preparar o ambiente para suas
atividades, mantendo a ordem e conservando equipamentos
e instalações, evitando principalmente a disseminação de
microrganismos responsáveis pelas infecções relacionadas à
Unidade 5 assistência à saúde.

A limpeza, a higienização e o manejo dos resíduos nos serviços


de saúde deverão ser realizados de acordo com as característi-
Limpeza, higienização e
cas, finalidade de uso e orientação dos fabricantes e métodos
manejo de resíduos nos escolhidos, uma vez que, até o momento, não há uma orien-
serviços de atenção à saúde tação especial quanto ao processamento de equipamentos,
produtos para saúde ou artigos utilizados na assistência a casos
suspeitos ou confirmados da COVID-19.

Além disso, as determinações previstas na RDC nº 15, de 15 de


março de 2012, da Anvisa, que dispõe sobre os requisitos de
boas práticas para o processamento de produtos para saúde e
dá outras providências, deverão ser seguidas.

Link

Você pode acessar a RDC nº 15, de 15 de março de 2012, no


link: <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/
index.php/legislacao/item/rdc-15-de-15-de-marco-
de-2012>.

Acompanhe a seguir os procedimentos específicos para cada


finalidade.

45
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U5 Limpeza, higienização e manejo de
resíduos nos serviços de atenção à saúde

5.1 Superfícies

Não há recomendação diferenciada para a limpeza e desin-


fecção de superfícies em contato com casos suspeitos ou
confirmados pelo novo coronavírus. Os princípios básicos para
tal ação estão descritos na publicação Segurança do paciente
em serviços de saúde: limpeza e desinfecção de superfícies, da
Anvisa, destacando-se:

•• Medidas de precaução, bem como o uso de EPI, devem


ser apropriadas para as atividades a serem exercidas e
necessárias ao procedimento.

•• Nunca varrer superfícies a seco, pois esse ato favorece a


dispersão de microrganismos, que são veiculados pelas
partículas de pó. Utilizar varredura úmida, que pode ser
realizada com mops ou rodo e panos de limpeza de pisos.

•• Para a limpeza dos pisos devem ser seguidas técnicas de


varredura úmida, ensaboar, enxaguar e secar. Os desinfe-
tantes com potencial para limpeza de superfícies incluem
aqueles à base de cloro, álcoois, alguns fenóis e iodóforos
e o quaternário de amônio.
Importante
•• Todos os equipamentos deverão ser limpos a cada término
da jornada de trabalho, ainda com os profissionais usando É recomendado o uso de kits de limpeza e desinfecção de
EPI e evitando contato com os materiais infectados. superfícies específicos para pacientes em isolamento de
contato.
A frequência de limpeza das superfícies pode ser estabelecida
para cada serviço, de acordo com o protocolo da instituição.

46
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA U5 Limpeza, higienização e manejo de
resíduos nos serviços de atenção à saúde

5.2 Roupas Link

Pode-se adotar o mesmo processo estabelecido para as roupas Acesse a Classificação de Risco dos Agentes Biológicos por
meio do link: <https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/
provenientes de outros pacientes em geral, não sendo neces-
classificacao_risco_agentes_biologicos_3ed.pdf>
sário nenhum ciclo de lavagem especial. Porém, na retirada da
roupa suja deve-se haver mínima agitação e manuseio, obser- Você também pode conferir a RDC nº 222, de 28 de
vando as medidas de precaução já citadas anteriormente. Em março de 2018, no link: <http://portal.anvisa.gov.br/
documents/10181/3427425/RDC_222_2018_.pdf/
locais onde haja tubo de queda, as roupas provenientes dos
c5d3081d-b331-4626-8448-c9aa426ec410>
isolamentos não deverão ser transportadas por esse meio.

Veja, agora, como os resíduos devem ser acondicionados:


5.3 Tratamento de resíduos
•• Em saco branco leitoso, que devem ser substituídos quan-
Conforme o que se sabe até o momento, o novo coronavírus do atingirem 2/3 de sua capacidade ou pelo menos 1 vez a
pode ser enquadrado como agente biológico classe de risco 3, cada 48 horas, e identificados pelo símbolo de substância
seguindo a Classificação de Risco dos Agentes Biológicos publi- infectante, com rótulos de fundo branco, desenho e con-
cada em 2017 pelo Ministério da Saúde, sendo sua transmissão tornos pretos.
de alto risco individual e moderado risco para a comunidade.
•• Os sacos devem estar contidos em recipientes de material
Portanto, todos os resíduos provenientes da assistência a pa- lavável, resistente à punctura, ruptura, vazamento e tom-
cientes suspeitos ou confirmados de infecção pelo SARS-CoV-2 bamento, com tampa provida de sistema de abertura sem
devem ser enquadrados na categoria A1, conforme RDC nº 222, contato manual, com cantos arredondados.
de 28 de março de 2018, da Anvisa.
•• Alguns serviços ainda normatizam que os sacos brancos
e a caixa de resíduos perfurocortantes, que são classifi-
cados como grupo E, devem ser posicionados dentro de
sacos vermelhos, e tratados antes da disposição final.

É importante que você se informe com o setor de gerenciamen-


to de rejeitos e resíduos do serviço em que trabalha.

47
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA

Prezados, chegamos ao final do curso sobre medidas de prote-

Encerramento ção no manejo da COVID-19 na Atenção Especializada.

Diante do cenário que estamos vivenciando, este curso foi


do curso uma estratégia que buscou instrumentalizá-lo para prestar
atendimento às pessoas com suspeita ou confirmação do novo
coronavírus, de maneira mais segura.

As orientações são as recomendadas pelo Ministério da Saúde


para que você, seus colegas e outras pessoas que não foram
diagnosticadas consigam se proteger e se prevenir do acometi-
mento da doença.

Desejamos que essas informações os auxiliem no seu trabalho,


tornando a sua assistência mais assegurada e preservada.

48
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA

ANVISA. Nota Técnica GVIMS/GGTES/ANVISA nº 04/2020.


Orientações para serviços de saúde: medidas de prevenção
e controle que devem ser adotadas durante a assistência
aos casos suspeitos ou confirmados de infecção pelo novo
coronavírus (SARS-CoV-2). Brasília, 2020. Disponível em:
<https://www.unasus.gov.br/especial/covid19/pdf/23>. Acesso
em: 10 abr. 2020.

Referências ANVISA. Nota Técnica RDC nº 15, de 15 de março de


2012. Dispõe sobre requisitos de boas práticas para
o processamento de produtos para saúde. Brasília,
2012. Disponível em: <https://www20.anvisa.gov.br/
segurancadopaciente/index.php/legislacao/item/rdc-15-de-15-
de-marco-de-2012>. Acesso em: 10 abr. 2020.

ANVISA. Nota Técnica RDC nº 20, de 10 de abril de 2014.


Regulamento sanitário para o transporte de material biológico
humano. Brasília, 2014. Disponível em: <http://portal.anvisa.
gov.br/documents/10181/2867956/(1)RDC_20_2014_COMP.
pdf/fda4b2b9-fd01-483d-b006-b7ffcaa258ba>. Acesso em: 10
abr. 2020.

ANVISA. Resolução da diretoria colegiada — RDC Nº


222/2018. Brasília, 2018. Disponível em: <http://portal.anvisa.
gov.br/documents/10181/3427425/RDC_222_2018_.pdf/
c5d3081d-b331-4626-8448-c9aa426ec410>. Acesso em: 10
abr. 2020.

49
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA

ANVISA. Segurança do paciente em serviços de saúde: limpeza Brasília, 2020. Disponível em: <https://www.saude.gov.br/
e desinfecção de superfícies. Brasília, 2012. Disponível em: images/pdf/2020/April/06/GuiaDeVigiEp-final.pdf>. Acesso em:
<https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/ 10 abr. 2020.
publicacoes/item/seguranca-do-paciente-em-servicos-de-saude-
BRASIL. Ministério da Saúde. Manejo de corpos no contexto
limpeza-e-desinfeccao-de-superficies>. Acesso em: 10 abr. 2020.
do novo coronavírus COVID-19. Brasília, 2020. Disponível
BRASIL. Ministério da Saúde. Classificação de risco dos em: <https://portalarquivos.saude.gov.br/images/pdf/2020/
agentes biológicos. Secretaria de Ciência, Tecnologia e marco/25/manejo-corpos-coronavirus-versao1-25mar20-rev5.
Insumos Estratégicos, Departamento do Complexo Industrial pdf>. Acesso em: 10 abr. 2020.
e Inovação em Saúde. 3. ed. Brasília, 2017. Disponível em:
BRASIL. Ministério da Saúde. Orientação sobre o uso de
<https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/classificacao_
máscaras de proteção respiratória (respirador particulado
risco_agentes_biologicos_3ed.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2020.
N95/ PFF2 ou equivalente) frente à atual situação
BRASIL. Ministério da Saúde. Doença pelo Coronavírus 2019. epidemiológica referente à infecção pelo SARS- COV- 2
Boletim Epidemiológico 08. Centro de Operações e de (COVID-19). Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento
Emergências em Saúde Pública - Covid 2019. Secretaria de de Imunização e Doenças Transmissíveis. Brasília, 2020.
Vigilância em Saúde. Brasília, 2020a. <https://www.unasus.gov. Disponível em: <https://www.unasus.gov.br/especial/covid19/
br/especial/covid19/pdf/121>. Acesso em: 10 abr. 2020. pdf/119>. Acesso em: 10 abr. 2020.

BRASIL. Ministério da Saúde. Fluxograma Atendimento BRASIL. Ministério da Saúde. Procedimento Operacional
Odontológico. Brasília, 2020. Disponível em: <https:// Padronizado (POP). Versão 2. Brasília, 2020. Disponível em:
saude.gov.br/images/pdf/2020/marco/30/20200330- <https://www.unasus.gov.br/especial/covid19/pdf/67>. Acesso
AtendimentoOdontologico-Fluxo-ver002-Final.pdf>. Acesso em: em: 10 abr. 2020.
10 abr. 2020.
BRASIL. Ministério da Saúde. Protocolo de Manejo Clínico
BRASIL. Ministério da Saúde. Guia de Vigilância para da Covid-19 na Atenção Especializada. Brasília, 2020.
Epidemiológica: Emergência de Saúde Pública de Importância Disponível em: <https://www.unasus.gov.br/especial/covid19/
Nacional pela Doença pelo Coronavírus 2019 Vigilância pdf/105>. Acesso em: 10 abr. 2020.
Integrada de Síndromes Respiratórias Agudas Doença pelo
Coronavírus 2019, Influenza e outros vírus respiratórios.

50
COVID-19
MEDIDAS DE PROTEÇÃO NO MANEJO DA
COVID-19 NA ATENÇÃO ESPECIALIZADA

BRASIL. Ministério da Saúde. Recomendações do Ministério WORLD HEALTH ORGANIZATION. Advice on the use of masks
da Saúde e da Anvisa para a operação de regresso. Brasília, in the community, during home care and in healthcare
2020. Disponível em: <https://portalarquivos2.saude.gov.br/ settings in the context of the novel coronavirus
images/pdf/2020/fevereiro/11/operacao-regresso-11fev-b. (COVID-19) outbreak. 2020. Disponível em: <https://www.
pdf>. Acesso em: 10 abr. 2020. who.int/publications-detail/advice-on-the-use-of-masks-in-the-
community-during-home-care-and-in-healthcare-settings-in-
PAHO. Organização Panamericana de Saúde – Brasil. Folha
the-context-of-the-novel-coronavirus-(2019-ncov)-outbreak>.
informativa – COVID-19. Disponível em: <https://www.paho.
Acesso em: 10 abr. 2020.
org/bra/index.php?option=com_content&view=article&id=6101
:folha-informativa-novo-coronavirus-2019-ncov&Itemid=875>. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Getting your workplace
Acesso em: 10 abr. 2020. ready for COVID-19. 2020. Disponível em: <https://www.who.
int/docs/default-source/coronaviruse/getting-workplace-ready-
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Home care for patients
for-covid-19.pdf?sfvrsn=359a81e7_6>. Acesso em: 10 abr. 2020.
with COVID-19 presenting with mild symptoms and
management of their contacts. Interim Guidance. 2020. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Rational use of personal
Disponível em: <https://www.who.int/publications-detail/ protective equipment (PPE) for coronavirus disease
home-care-for-patients-with-suspected-novel-coronavirus- (COVID-19). 2020. Disponível em: <https://apps.who.int/iris/
(ncov)-infection-presenting-with-mild-symptoms-and- bitstream/handle/10665/331498/WHO-2019-nCoV-IPCPPE_use-
management-of-contacts>. Acesso em: 10 abr. 2020.. 2020.2-eng.pdf>. Acesso em: 10 abr. 2020.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. Infection prevention and WORLD HEALTH ORGANIZATION. Infection prevention
control during health care when COVID-19 is suspected. and control of epidemic- and pandemic-prone acute
2020. Disponível em: <https://www.who.int/publications-detail/ respiratory infections in health care. Guideline - 2014.
infection-prevention-and-control-during-health-care-when- Disponivel em: <https://apps.who.int/iris/bitstream/
novel-coronavirus-(ncov)-infection-is-suspected-20200125>. handle/10665/112656/9789241507134_eng.pdf?sequence=1>.
Acesso em: 10 abr. 2020. Acesso em: 10 abr. 2020.

51
Secretaria de Gestão do Trabalho Ministério
e da Educação na Saúde - SGTES da Saúde

Você também pode gostar