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ECONOMIA DE MERCADOS

ECONOMIA
DE MERCADOS
E sta disciplina foi desenvolvida
visando aspectos básicos da
Economia. Você deve estar acostumado
a discutir problemas da economia
brasileira em termos concretos ao nível
de macroeconomia, numa visão mais
geral do que acontece conosco,
cidadãos e consumidores.
Este trabalho está voltado ao estudo
da microeconomia, o que lhe dará
condições para um entendimento mais
específico das causas dos fenômenos
econômicos que afetam a sociedade
brasileira.

Instituto do Corretor

Democrata
Centro de Educação

Escola
República
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO À ECONOMIA
1.1. O Fluxo Econômico ........................................................ 169

1 1.2. Fatores de Produção ...................................................... 169


1.3. O Inter-Relacionamento da Economia ........................... 170
1.4. A Divisão da Economia ................................................... 170
1.4.1. Microeconomia .................................................... 170
1.4.2. Macroeconomia ................................................... 171
1.5. As Necessidades Humanas ........................................... 171

O SISTEMA ECONÔMICO
2.1. Conceito de Riqueza ...................................................... 173

2 2.2. Conceito de Valor ........................................................... 173


2.3. A Lei da Oferta e da Procura ........................................... 173
2.4. Conceito de Preço .......................................................... 174
2.5. Fatores de Produção ...................................................... 174
2.6. Valor Agregado x Valor Bruto da Produção ..................... 174
2.7. O Sistema Econômico .................................................... 175
2.8. O Sistema Capitalista ..................................................... 175
2.9. Preço ............................................................................. 175
2.10. Teorias da Microeconomia ........................................... 176
2.11. Curva da Demanda ...................................................... 176
2.12. A Produção .................................................................. 177
2.13. Curva da Oferta ............................................................ 177

OS MERCADOS
3.1. Conceito de Mercado ..................................................... 178

3 3.2. Classificação de Mercado .............................................. 178


3.3. Preço de Equilíbrio ......................................................... 178
3.4. Mercado de Fatores de Produção .................................. 178
3.4.1. Mercado de Trabalho ........................................... 178
3.4.2. Mercado Monetário .............................................. 179
3.4.3. Mercado Imobiliário .............................................. 179
3.5. Inflação .......................................................................... 181
3.6. O Poder Público ............................................................. 182
3.7. O Desenvolvimento Econômico ..................................... 185

168
talações que ocupam e distribuem lucros a seus pro-
prietários ou acionistas. São estas remunerações que

UNIDADE 1 permitem aos donos dos fatores de produção compra-


rem os bens e serviços de que necessitam.

A oferta e a demanda são as funções primordiais do


sistema econômico. Quando elas se encontram, esta-
INTRODUÇÃO À ECONOMIA belece-se o que se chama de mercado, situação em
que as pessoas que querem comprar se encontram
1.1. O FLUXO ECONÔMICO com aquelas que querem vender. É importante notar
que o termo “mercado” não significa obrigatoriamente
A economia pode ser analisada como um fluxo de tro-
lugar físico ou contíguo. Sua acepção é mais genérica,
ca de bens e mercadorias e o correspondente em
e significa realização de todas as compras e vendas de
moeda. Esse modelo, apesar de sua simplificação, aju-
um bem ou conjunto de bens.
da muito a entender os problemas decorrentes da dis-
tribuição dos fatores de produção numa sociedade,
O mercado imobiliário é constituído de todas as em-
bem como fornecer uma visão do funcionamento de
presas imobiliárias e seus vendedores; de todas as pes-
uma economia capitalista.
soas que querem vender; das que querem comprar e
dos imóveis a serem transacionados. As empresas em-
Nesse modelo as empresas ofertam mercadorias e as
pregam os fatores de produção (terra, trabalho, capital)
famílias ofertam seus serviços. As empresas deman-
para a fabricação de bens e prestação de serviços que
dam esses serviços e pagam como valores monetários
serão adquiridos pelas famílias (fluxo real). Com a re-
na forma de salários, rendas e juros. As famílias rece-
muneração paga pela venda dos fatores de produção
bem essas rendas e demandam as mercadorias das
(aluguéis, salários, juros e lucros), as famílias podem
empresas que recebem esse fluxo monetário na forma comprar os bens e serviços das empresas.
de receita. À medida que acontecem as atividades de As empresas, por sua vez, com a venda dos bens e ser-
produção, dois fluxos ocorrem simultaneamente: viços para as famílias, se capitalizam para adquirir no-
l O fluxo real ou de bens e serviços; vos fatores de produção e dar início a mais um ciclo pro-
l O fluxo monetário, também chamado fluxo nominal dutivo (fluxo monetário).
ou renda.

1.2. FATORES DE PRODUÇÃO O Governo é também um importante agente econômico


e transaciona com as famílias e as empresas. Das famí-
Fatores de Produção são os elementos necessários e lias e empresas recebe os impostos indiretos, quando
básicos para que haja produção de bens: incidem sobre bens e serviços e diretos, quando inci-
l Recursos naturais: são os recursos obtidos na natu- dem sobre a renda das
reza e que serão transformados através da indústria, pessoas ou empre-
como o ferro, madeira, petróleo e terras. sas. Com esses MERCADOS
l Trabalho: é a colaboração da energia humana, ma- recursos, o Go- DE BENS E
SERVIÇOS
nual ou intelectual, no processo de produção. verno pode
l Capital: é tudo aquilo que é fruto de poupança e que transferir
vai aumentar a produção. renda à po- FLUXO
EMPRESAS FAMÍLIAS
pulação ou ECONÔMICO
O fluxo de bens e serviços é decorrente da produção e às empre-
da consequente compra desses bens e serviços por sas. Nesse
parte dos consumidores. Ele é formado pelos bens e caso, ocorre MERCADOS
DE FATORES
serviços produzidos, constituindo a oferta da econo- uma tributação PRODUÇÃO

mia, ou seja, todos os bens e serviços que estão à dis- às avessas, são
posição dos consumidores. os impostos negativos,
mais conhecidos como sub-
O fluxo monetário ocorre quando, ao exercerem suas sídios ou incentivos fiscais, porque ao invés de cobrar, o
atividades, as unidades produtoras remuneram os fato- Governo oferece recursos às empresas para que os
res de produção empregados, juros de capital tomado custos de produção de determinados bens ou serviços
como empréstimo junto aos bancos, aluguel pelas ins- sejam reduzidos.

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Por fim, as famílias, as empresas e o Governo transa- l Racionalismo Econômico - As empresas, de um la-
cionam com agentes que estão fora do país. Nesse do desejando a maximização de seus lucros e o com-
caso, os agentes do país doméstico importam bens e portamento dos consumidores, de outro, buscando
serviços do resto do mundo e exportam bens e serviços obter a maior quantidade de bens com o mínimo de
para o resto do mundo. Com o processo de globaliza- dispêndio. Esse racionalismo encontra sua melhor
ção dos mercados, o agente econômico externo tende a solução quando o mercado está em harmonia perfei-
aumentar expressivamente de importância, exercendo ta e as informações estão à disposição de todos.
um papel de destaque cada vez maior nas economias
domésticas. l Economia e a História - Na compreensão do econo-
mista historiador, o estudo dos dados históricos deve-
1.3. O INTER-RELACIONAMENTO DA ECONOMIA
ria ser aplicado à economia. Assim criou-se a Econo-
Diante dos problemas que a economia se defronta mia Aplicada. A ligação entre história e economia per-
usam-se várias outras ciências de apoio para que a to- mite que muitas experiências do passado possam ser
mada de decisões seja a que obtenha o melhor resul- aproveitadas de maneira que os erros não se repitam
tado possível. A seguir, as principais relações que a e as experiências positivas sejam utilizadas.
economia mantém:
l Economia e a Antropologia - A Antropologia Cultur-
l Economia e Política - No mundo grego, a Economia, al estuda as crenças e os costumes e a influência
a Política e a Moral eram uma única ciência. No mun- desta cultura na estrutura social. Dessa forma, evi-
do romano ela subordinou-se inteiramente à política. dencia-se a velocidade das mudanças nas estruturas
Em uma economia estável, a política está inter-rela- produtivas que a sociedade está disposta a realizar.
cionada com a economia e as crises políticas tendem
a mostrar que a recíproca é sempre verdadeira e, por “A ordem
consequência, originarão fatalmente crises econômi- econômica
cas. Na fronteira do estudo da ciência econômica co- harmônica é
meçam a aparecer estudos sobre os ciclos políticos, fator importante
que evidenciam a influência da política na economia. para que haja
ordem social”
l Economia e Sociologia - A Sociologia se preocupa
em analisar como as relações sociais influenciam a
economia e como, por sua vez, a economia condi-
ciona a sociedade. Um dos maiores pensadores da Confúcio
história disse: “A ordem econômica harmônica é fator K’ung Ch’iu
importante para que haja ordem social” (Confúcio). K’ung Chunf-ni
(551 a.C. - 489 a.C.)
Na Idade Média as lutas entre classes eram conse-
quências de interesses econômicos conflitantes.
1.4. A DIVISÃO DA ECONOMIA
l Economia e Psicologia Social - A Psicologia Social O Sistema Econômico é a reunião dos diversos elemen-
estuda o comportamento do homem, portanto, liga- tos participantes da produção de bens e serviços que
se à economia que estuda a luta empreendida pelo satisfazem as necessidades da sociedade, organiza-
homem para satisfazer as suas necessidades (ilimi- das não só sob o ponto de vista econômico, social, jurí-
tadas), utilizando recursos escassos. A psicologia In- dico, etc. A economia se divide em duas grandes áreas
dustrial surgiu no início do século XX como resultado de estudo: Microeconomia e Macroeconomia.
da junção dessas ciências. Busca analisar o compor-
1.4.1. MICROECONOMIA
tamento dos agentes econômicos vinculados à in-
dústria de transformação. A microeconomia trata dos problemas do indivíduo e
da empresa dentro do Sistema Econômico. A microeco-
l Economia e Direito - É marcante o conflito perma- nomia é conhecida como o ramo da Ciência Econômica
nente entre os agentes da ação econômica em face voltada ao estudo do comportamento das unidades de
de seus interesses serem contraditórios. Apelou-se, consumo representadas pelos indivíduos e/ou pelas fa-
portanto, para a Ciência Jurídica na solução dos lití- mílias, ao estudo das empresas, suas respectivas pro-
gios constantes causados pelo que chamamos de duções e custos e, ao estudo da produção e preços dos
Racionalismo Econômico. diversos bens, serviços e fatores produtivos.

170
Preocupa-se em estudar o consumidor individual, que TEORIA DAS NECESSIDADES HUMANAS
se dirige ao mercado com uma determinada renda para
adquirir bens e serviços, e, também, a maneira como a Segundo o pensador MASLOW, as necessidades são
empresa emprega os fatores de produção para obter o deficiências fisiológicas ou psicológicas que uma pes-
maior lucro possível. soa sente ou se vê compelida a satisfazer e podemos
classificá-las assim:
1.4.2. MACROECONOMIA
l Fisiológicas: são as necessidades básicas da vida
Estuda o conjunto dos consumidores de uma socieda- como água, comida, abrigo, ar, vestuário, descanso,
de, assim como conjunto de empresas desta mesma etc. É a manutenção fisiológica;
sociedade. Seu interesse é determinar os fatores que l Segurança: as pessoas desejam estar, na medida
influenciam o nível total de Renda e do Produto do Sis- do possível, seguras de que no futuro não lhes falta-
tema Econômico. A macroeconomia se interessa pelo rão meios de satisfazer suas necessidades básicas.
estudo dos agregados como a produção, o consumo, o É a proteção e a estabilidade;
emprego, o desemprego e a renda da população como l Sociais: consistem no desejo, que todos sentem, de
um todo. A macroeconomia surgiu com o objetivo de participar de vários grupos e de serem aceitos por
viabilizar análises das variáveis que afetam todos os eles. Alguns desses grupos são o familiar, o escolar,
agentes econômicos, onde o comportamento de todos companheiros de trabalho; de lazer;
é influenciado pelas mudanças. Nesses indicadores, l Estima: o indivíduo deseja ser mais do que um mem-
chamados “variáveis macroeconômicas”, destacam-se bro do seu grupo. Todo indivíduo necessita de estima,
a inflação, a taxa de juros, o nível de renda, o nível de afeto, amor, valorização e reconhecimento;
consumo, a taxa de juros, etc. l Autorealização: está ligada ao sentimento do ser
humano de desenvolver e usar sua capacidade, suas
A microeconomia apresenta uma visão microscópica aptidões e habilidades, bem como de realizar seus
dos fenômenos econômicos e a macroeconomia uma planos. É o sentimento de vitória, desenvolvimento.
visão telescópica, isto é, esta última possui uma am-
plitude muito maior, apreciando o funcionamento da
economia no seu global. Se fosse considerada uma flo-
resta, a microeconomia estudaria as espécies vegetais Pirâmide de
que compõem individualmente, ou seja, estudaria a Maslow Auto
realização
composição dos itens da floresta; enquanto a macro-
economia preocupar-se-ía com o produto floresta como
um todo. Autoestima

1.5. AS NECESSIDADES HUMANAS


Necessidades Sociais
Necessidade, no sentido econômico, é o sentido de pri-
vação de um bem externo que se tende a possuir. Po-
dem ser: individuais ou coletivas. Necessidades de Segurança
l Individuais: precisam ser satisfeitas para garantir a
sobrevivência dos indivíduos.
Necessidades Fisiológicas Básicas
Exemplo: Alimentação, habitação, higiene etc.
l Coletivas: são decorrentes da vida do indivíduo em
sociedade. “As necessidades
Exemplo: Educação, transporte coletivo, segurança,
tendem a se
etc. Devido a essas necessidades coletivas ou so-
manifestar de
ciais exigirem um volume de recursos muito elevado,
forma hierárquica,
cabe ao Estado encarregar-se de satisfazê-las, atra-
vés dos serviços públicos, que podem ser: quando as outras
l Serviços públicos gerais: aqueles prestados para estão, ao menos
uso global pela população. parcialmente,
Exemplo: Serviço policial e saúde pública. atendidas”.
l Serviços públicos especiais: os consumidos indi-
vidualmente pelo cidadão. Abraham Maslow
Exemplo: Transporte ferroviário. (1908-1970)

171
Pensando e observando a vida das pessoas, percebe- A oferta e a demanda são as funções primordiais do
mos facilmente que as necessidades humanas são ili- sistema econômico. As empresas, com a venda dos
mitadas quanto ao número. Logo que alguém conse- bens e serviços para as famílias, se capitalizam para
gue dinheiro para saciar sua fome e para vestir-se, já adquirir novos fatores de produção e dar início a mais
pensa em adquirir sua casa própria. Quando já tem ca- um ciclo produtivo (fluxo monetário).
sa, quer decorá-la da melhor maneira possível.
O governo recebe das famílias e empresas os impostos
Depois, surge a necessidade de convidar os amigos pa- indiretos, quando incidem sobre bens e serviços e, dire-
ra conhecer a casa e ouvir os últimos Cd’s adquiridos. À tos, quando incidem sobre a renda das pessoas ou em-
medida que vamos satisfazendo as necessidades, ou- presas. No mundo grego a Economia, a Política e a Mo-
tras surgem: carros, viagens, cursos, roupas da moda, ral eram uma única ciência. Na fronteira do estudo da ci-
emprego melhor, e assim por diante. ência econômica começam a aparecer estudos sobre
os ciclos políticos, que evidenciam a influência da políti-
Como atender as necessidades ilimitadas se os recur- ca na economia.
sos são limitados? - A ciência econômica procura resol-
ver este problema atribuindo um grau de importância a A Sociologia se preocupa em analisar como as relações
cada necessidade e sugerindo a canalização dos recur- sociais influenciam a economia e como, por sua vez, a
sos para a satisfação das necessidades mais urgentes. economia condiciona a sociedade. A Psicologia Social
estuda o comportamento do homem portanto, liga-se à
Um indivíduo deve satisfazer suas necessidades, po- economia que estuda a luta empreendida pelo homem
rém, o alimento cotidiano e o lazer não têm a mesma para satisfazer as suas necessidades (ilimitadas), utili-
importância. De que adianta andar vestido na moda, se zando recursos escassos.
tem dificuldade em se alimentar? Também não tem a
mesma importância a necessidade de pagar a educa- MICROECONOMIA
ção dos filhos e o desejo de comprar um carro.
A microeconomia é conhecida como o ramo da Ciên-
cia Econômica voltada ao estudo do comportamento
das unidades de consumo representadas pelos indiví-
“Status é comprar uma determinada duos e/ou pelas famílias, ao estudo das empresas, suas
coisa de que você não precisa, com um respectivas produções e custos e ao estudo da produ-
dinheiro que você não tem, para mostrar ção e preços dos diversos bens, serviços e fatores pro-
a quem você não gosta, e tentar mostrar dutivos.
aquilo que você não é” MACROECONOMIA
Autor desconhecido

A macroeconomia estuda o conjunto dos consumido-


O dinheiro que um indivíduo dispõe serve para muita res de uma sociedade, assim como o conjunto de em-
coisa quando é abundante. Como, em geral, o dinheiro presas desta mesma sociedade. Seu interesse é deter-
é escasso, é preciso utilizá-lo muito bem, para que seja minar os fatores que influenciam o nível total de Renda
suficiente para o mais importante, ao mesmo tempo em e do Produto do Sistema Econômico.
que se procura melhorar a situação.
“Se comprares
aquilo de que não
Um país também tem muitas necessidades: estradas,
represas, hospitais, escolas, fábricas, etc. Diante da careces, não
elevada quantidade de necessidades o governo, geral- tardarás a vender o
mente, sente a falta de recursos disponíveis. que te é necessário.
O ganho é
A ciência econômica pode ser entendida como o estudo transitório e
da distribuição eficiente dos recursos escassos. O fluxo incerto, mas,
de bens e serviços é decorrente da produção e, conse-
durante a vida, a
quente, da compra desses bens e serviços por parte
dos consumidores. Ele é formado pelos bens e servi-
despesa é
ços produzidos, constituindo a oferta da economia, ou constante e certa”
seja, todos os bens e serviços que estão à disposição Benjamim Franklin
dos consumidores. (1706-1790)

172
O valor de troca é a capacidade do bem de poder ser
trocado por outro. O valor pode ser medido como sen-

2
do o produto entre preço e quantidade.
UNIDADE 2.3. A LEI DA OFERTA E DA PROCURA
É a lei que estabelece a relação entre a demanda de um
produto, ou a procura de um produto, e a quantidade
O SISTEMA ECONÔMICO que pode ser oferecida, ou que o produtor deseja ofe-
recer. Em períodos que temos grande oferta de um de-
INTRODUÇÃO
terminado produto, o seu preço cai. No entanto, se há
Os mercados funcionam ao agrupar muitos vendedo- uma grande demanda por um determinado bem, os pre-
res interessados e ao facilitar que os compradores po- ços tendem a subir. De tal modo que esse preço só vol-
tenciais os encontrem. Uma economia que depende pri- tará aos padrões com a chegada de uma concorrência.
mariamente das interações entre compradores e ven-
dedores para alocar recursos é conhecida como Econo- A Lei da Oferta e da Procura ou da Demanda des-
mia de Mercado. creve o comportamento preponderante dos consumido-
res na aquisição de bens e serviços em determinados
2.1. CONCEITO DE RIQUEZA períodos, quantidades e preços. Ao usar um raciocínio
A palavra riqueza lembra uma grande quantidade de rápido, podemos chegar à conclusão de que:
bens econômicos ou dinheiro. Em economia, qualquer l quanto menor o preço de um determinado servi-
bem útil, acessível e limitado, recebe o nome de rique- ço, maior a quantidade procurada ...
za. Adam Smith, economista inglês, escreveu que: l ... sendo o inverso também aplicável: quanto maior
“Riqueza é o conjunto de bens de que o homem efetiva o preço, menor a quantidade procurada.
e realmente pode dispor para fins econômicos”.
Mas, ao contrário do que pode parecer a princípio, esse
CONCEITO DE UTILIDADE DE UM BEM comportamento não é sempre influenciado apenas pe-
Utilidade é a qualidade que possuem os bens econô- los preços. O valor de um produto pode ser um estímulo
micos de satisfazer as necessidades humanas. positivo ou negativo para que os consumidores adqui-
O bem, porém, só é útil quando desejado pelo homem; ram os serviços que necessitam, mas não é o único.
utilidade é a qualidade que têm os bens de correspon- Existem outros elementos a ser considerados:
derem, às necessidades dos indivíduos, de forma que: l Os desejos e necessidades das pessoas;

l Possuam as qualidades físicas necessárias; l O poder de compra;

(utilidade de forma). l A disponibilidade dos serviços;

l Estejam no lugar onde são necessários; l A capacidade das empresas de produzirem determi-

(utilidade de lugar). nadas mercadorias com nível tecnológico desejado.


l Estejam disponíveis enquanto for preciso; Da mesma forma que a oferta exerce influência sobre a
(utilidade de tempo). procura dos consumidores, a frequência com que as
l Estejam na posse da pessoa que necessita. pessoas buscam determinados produtos também pode
(utilidade de posse). aumentar e diminuir os preços dos bens e serviços.
Utilidade, portanto, é um conceito mais subjetivo do que
objetivo. O grau de utilidade de um bem depende da ne-
“A sociedade é
cessidade de cada indivíduo. Um bem pode ser útil para
composta por duas
alguém e não o ser para outra pessoa.
grandes classes:
2.2. CONCEITO DE VALOR aqueles que têm
A noção de valor é de grande importância na econo- mais jantares que
mia. A utilidade é o elemento fundamental do Valor. apetite e os que
Existem várias formas de entender o conceito de Valor: têm mais apetite
l O valor de uso de um bem é capacidade que ele tem que jantares”
de satisfazer as necessidades de cada um. É muito
comum confundir-se o conceito de valor de uso com o Nicolas Chamfort
conceito de utilidade. (1740-1794)

173
Nesta época, os Estados Unidos passaram a emprestar
2.4. CONCEITO DE PREÇO
capitais excedentes a países carentes, para que pudes-
O preço é o valor dos bens e serviços expressos em sem comprar seus produtos. Ocorre que estes países
moeda. Existem diversos tipos de preços e que refle- começaram a adquirir máquinas e acessórios com vis-
tem a capacidade ou não de um determinado agente fi- tas ao reequipamento de seu parque industrial. Com re-
xar o preço segundo seus interesses. A flutuação de lação à produção agrícola americana, esta ficou esto-
preços é aquela produzida pela Lei da Oferta e da Pro- cada, criando grandes dívidas dos fazendeiros juntos
cura. aos agentes financeiros. Na segunda metade de 1929,
houve uma queda sensível nas exportações america-
O preço pode ser determinado de várias formas: nas, acentuadas pela volta da Inglaterra e da França ao
l Convencional: determinado pela vontade dos con- mercado internacional.
tratantes. Como consequência destes fatos, fazendas passaram
l De concorrência: quando ficam fixados pelas alter- a ser propriedade dos bancos, a redução da produção
nativas da Oferta e da Procura. industrial aumentou o nível de desemprego, generali-
l Legal: estabelecido por lei. zando-se séria crise econômico-social. O reflexo na
l Natural: produção, incluindo o lucro natural. Pode Bolsa de Valores foi imediato: quinta-feira, 24 de outu-
ser considerado corrente ou vulgar. bro de 1929 foram colocados à venda 13 milhões de
ações. No dia 29 de outubro, quatro dias após, deu-se o
2.5. FATORES DE PRODUÇÃO
famoso “Crack de Wall Street”.
Fator de produção é a agregação das unidades bási-
cas: trabalho, recursos naturais, capitais e tecnologias, Após análise desta cronologia de fatos, chegamos à
utilizadas para a confecção de um bem econômico: conclusão anunciada, na época da queda da Bolsa de
l Trabalho: medida do esforço humano na produção.
Nova York, com muita precisão pelo economista, psicó-
l Recursos Naturais: tudo que economicamente po-
logo e matemático John Maynard Keynes: “O pleno em-
de ser aproveitado da natureza.
prego não é necessariamente o nível de equilíbrio da
l Capital: reunião de bens (equipamentos, ferramen-
economia”. Em outras palavras, não há forças automá-
tas e máquinas) de um sistema.
ticas existentes para salvar a economia da depressão e
restaurar o pleno emprego, como se acreditava na teo-
Alguns economistas consideram também a Tecnologia
ria clássica, pensamento dominante até então. Dessa
e a Capacidade Empresarial como fatores de produ-
forma, para complementar sua teoria, Keynes propõe a
ção, pois são elas que decidem qual a melhor combina-
divisão da economia em macro e microeconomia.
ção para utilização destes fatores. Capacidade empre-
sarial é um dos fatores de produção mais difícil de men-
suração, mas que é de fácil compreensão quando se Com a divisão da economia em duas partes, o proces-
verifica a importância dos empresários na condução so produtivo, numa visão macroeconômica, passou a
das empresas. ser analisado através de três setores:
l Primário: responsável pela extração, ligado à terra
SAIBA MAIS!
ou à natureza (matérias-primas).
l Secundário: responsável pela transformação
A Origem da Teoria Econômica. Para melhor compre- (indústrias).
ender as implicações históricas sobre a economia e co- l Terciário: responsável pela distribuição de bens e
mo esses fatos determinaram as conclusões dos ana- serviços (comércio em geral).
listas e estudiosos, é necessário você relembrar alguns Cada um desses setores, isoladamente, forma uma
fatos da história recente. - Após a 1ª Guerra Mundial, agregação de fatores da produção, daí originando o
vários países europeus recomeçaram suas atividades aparelho produtivo.
industriais, ocasionando para os Estados Unidos um
2.6. VALOR AGREGADO x VALOR BRUTO
excedente de produção. Caracteriza-se como exce-
dente, o produto da economia de um país que não cons- l Valor Agregado - é o valor adicionado à economia,
egue ser absorvido inteiramente. Uma solução imediata em cada estágio da produção, ou seja, é a remunera-
seria a redução brusca dos níveis de atividade produ- ção paga pelo uso dos fatores de produção, que de-
tiva, acarretando crise econômica e social em curto pra- verá equivaler à renda da economia.
zo, reduzindo a lucratividade das empresas e, conse- l Valor Bruto da Produção - é a soma do valor agre-
quentemente, gerando desemprego. gado das diferentes fases do processo produtivo.

174
CONCEITO DE POPULAÇÃO NA ECONOMIA COMPOSIÇÃO DO SISTEMA ECONÔMICO
Entende-se por população o total de habitantes de de- Como se compõe o Sistema Econômico?
terminado território nacional e de estrangeiros. Uma im- O sistema econômico compõe-se de três setores fun-
portante divisão é quanto à capacidade de um país dis- damentais:
por de sua população para a produção. l Setor Primário: onde acontecem todas as atividades
l População Dependente - é aquela que não tem con- de extração. Pode ser de origem animal, vegetal ou
dições de oferecer força de trabalho e está compre- mineral.
endida entre 0 e14 anos e acima de 65. l Setor Secundário: responsável pela transformação.
l População Produtiva - é a parcela que está em ida- Neste setor, utiliza-se em maior quantidade o fator de
de de trabalhar, ou seja, está inserida entre 15 e 64 produção capital, combinado com o trabalho.
anos e subdivide-se em: l Setor Terciário: distribuição de tudo o que foi pro-
l População inativa: É a parcela produtiva que, em- duzido na economia. Basicamente são representa-
bora esteja em idade de trabalhar, não o faz, por dos pelos estabelecimentos comerciais, bancos, es-
exercer outra atividade não remunerada. colas, serviços em geral, etc.
l População economicamente ativa: É a parcela
2.8. O SISTEMA CAPITALISTA
que, embora tenha qualificação profissional e idade
de trabalhar, pode estar ou não trabalhando. Como se caracteriza o Sistema Capitalista?
l Desempregados: É a parcela da população eco- Em um sistema capitalista, a maioria dos meios de
nomicamente ativa que não tem lugar no mercado produção é possuída de modo privado por indivíduos e
de trabalho. por organizações, não pelo governo. Os indivíduos têm
l População ocupada: É a parcela da população liberdade para vender seus recursos em quantidades
que realmente produz para o sistema, ou seja, parte que julgarem adequadas e pelo mais alto preço que pu-
da população economicamente ativa que está tra- derem obter. Eles também têm liberdade para gastar
balhando. sua renda a fim de comprar bens e serviços que maxi-
mizem sua satisfação. A concorrência pura ou perfeita
2.7. O SISTEMA ECONÔMICO supõe a existência no mercado de muitos vendedores e
O sistema econômico é a reunião de diversos ele- compradores, cada qual muito pequeno para influir no
mentos que entram na produção de bens e serviços pa- preço dos bens e serviços. As funções do governo são
ra satisfazer as necessidades da sociedade. Como já estritamente limitadas à posição para a defesa de al-
vimos, os fatores de produção são os elementos mais guns serviços básicos e à imposição de regras gerais
genéricos que compõem a produção. Eles se encon- para protegerem as liberdades econômicas e políticas.
tram em todas as mercadorias ou serviços diretamente
ECONOMIAS MODERNAS
ou indiretamente (trabalho, recursos naturais, capital,
tecnologia e capacidade empresarial). Estes fatores de- Características das Economias Modernas:
vem ser organizados de tal maneira que sua combina- l Grande desenvolvimento tecnológico: O uso de
ção resulte na formação de um bem ou serviço. As ins- mão de obra especializada. Grande quantidade de
tituições onde se dão estas combinações são conheci- equipamento, de capital e tecnologia para produzir
das como: Unidades Produtoras. bens e serviços com um mínimo de treinamento aos
empregados.
CLASSIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO ECONÔMICA
l Grande divisão do trabalho e especialização na
A produção econômica pode ser classificada em três produção: Isto permite grandes aumentos em pro-
categorias: dutividade.
l Bens e Serviços de Consumo: aqueles que satisfa- l Mercado financeiro desenvolvido: Acesso fácil ao
zem as necessidades das pessoas quando são con- crédito e financiamentos.
sumidos no estado em que se encontram. Exemplo:
2.9. PREÇO
alimentos, roupas, cinema, sapatos, etc.
l Bens e Serviços Intermediários: são aqueles que Em economia e negócios, o preço é o valor monetário
sofrem transformação para atingir sua forma definiti- expresso numericamente associado a uma mercadoria,
va. Exemplo: trigo, petróleo, ferro, etc. serviço ou patrimônio. O conceito de preço é central pa-
l Bens de Capital: destina-se a aumentar a eficiência ra a microeconomia. É uma das variáveis mais impor-
do trabalho humano no processo produtivo. Exemplo: tantes na teoria de alocação de recursos (também cha-
torno mecânico, estradas, máquinas, etc. mada de Teoria dos Preços).

175
Como se comportam os preços nos
2.11. CURVA DA DEMANDA
Diferentes Tipos de Economia?
O que vem a ser a Curva da Demanda? - A escala da
l Na Economia de Livre Empresa - Somente as mer-
demanda de um indivíduo mostra as quantidades de
cadorias pelas quais os consumidores estão dis-
uma mercadoria que ele está disposto a comprar e pode
postos a pagar um preço unitário suficientemente alto
comprar, em dado período de tempo, a vários preços
para cobrir, pelo menos, o custo total da produção é
alternativos. A Lei da Procura (demanda) nos diz
que, no longo prazo, serão ofertadas pelos produto-
que: “Quanto maior for o preço de um bem, menor será
res. Pagando um preço mais alto, os consumidores
a quantidade procurada desse bem, contrariamente,
podem induzir os produtores a aumentar a quantida-
quanto menor o preço, maior a quantidade procurada”.
de de mercadoria ofertada em qualquer período de
tempo. Por outro lado, uma redução de preço resul-
P
tará em uma redução na quantidade ofertada. Curva da Demanda
10
9
l Na Economia Mista - Há interferência do governo
8 F
(por intermédio de impostos, subsídios, suas próprias
7
despesas, etc.), modifica e substitui a operação do
6
mecanismo de preços como um meio de determinar o G
5
que deve ser produtivo. 4
H
3
2.10. TEORIAS DA MICROECONOMIA 2
I
1
A microeconomia é dividida em: Q
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
l Teoria do Consumidor - que estuda o comporta-
mento das pessoas, quando compram bens e servi- Observa-se que a representação de uma Curva da De-
ços. Na Teoria Elementar da Demanda ou Teoria do manda típica. No eixo das abscissas encontra-se o pre-
Consumidor, o consumidor é o agente econômico ço “P” e no eixo das ordenadas encontram-se a quanti-
que necessita de bens e serviços para satisfazer as dade “Q”. Observe que quando o preço cai, aumenta a
suas necessidades e o empresário é aquele que pro- quantidade demandada. No sentido inverso, quando a
duz estes bens ou serviços. Demanda aumenta é necessário que o preço caia.

l Teoria da Empresa - que estuda o comportamento Elasticidade em Economia - É a forma de medir o im-
do empresário, ao produzir os bens e serviços que pacto na variação relativa ou percentual das quanti-
vendidos aos consumidores. dades procuradas pelos consumidores de um bem,
sempre que ocorrer uma variação, relativa ou percen-
l O que dizia a Teoria Cardinal - Esta teoria afirmava tual, no rendimento disponível para gastos. Normal-
que a utilidade podia ser medida cardinalmente em mente existe uma relação direta entre o rendimento e a
“utis” e que a utilidade de um bem não era influencia- quantidade procurada, ou seja, o valor da Elasticidade-
da pelo consumo de outros bens. A utilidade total da Preço é positivo. Neste caso falamos de bens normais.
cesta de mercadorias seria igual à soma das utilida- Excepcionalmente, existe uma relação inversa entre o
des de cada bem. rendimento e a quantidade procurada, ou seja, o valor
da Elasticidade-Preço é negativo. Neste caso, falamos
l O que diz a Teoria Ordinal - Conhecida como Teoria de bens inferiores. A Elasticidade-Preço estabelece
Ordinal do Comportamento do Consumidor, conside- qual a reação dos consumidores em relação a um au-
ra que a utilidade é decorrente do consumo combina- mento ocorrido no preço de determinado bem.
do e não individual dos bens. Além disso, a utilidade Sob o ponto de vista da Elasticidade-Preço, a Demanda
não é medida mas, sim ordenada. pode ser classificada em:
l Demanda Elástica: bens cuja Elasticidade-Preço da
Os economistas Edgewoth, Antonelli, Fischer e Pareto, demanda é maior do que 1 (um);
que deram forma à Teoria Ordinal, ao reconhecer que o l Demanda com Elasticidade Unitária: bens cuja
consumidor prefere alguns bens e serviços a outros, as- Elasticidade-Preço da demanda é igual a 1 (um);
similaram que existe uma ordem de preferência ou prio- l Demanda Inelástica: bens cuja Elasticidade-Preço
ridade para qualificar a utilidade. da demanda é menor do que 1 (um).

00
176
Como são classificados os A Leia da Oferta nos diz que: “Quanto maior for o pre-
Bens do ponto de vista do Consumidor? ço de um bem, maior será a quantidade ofertada desse
bem”. Isso significa que existe uma relação direta entre
l Substitutos são aqueles que, do ponto de vista do o preço de um bem e a quantidade ofertada desse bem.
consumidor, podem ser trocados no momento do
consumo, proporcionando igual satisfação ou satis- Como se comporta a
fação semelhante. Exemplo: café substituído pelo Elasticidade-Preço perante a Oferta?
chá; carne de vaca por carne de porco, etc.
l Complementares quando dois ou mais bens são A Elasticidade-Preço neste caso mede a reação dos
considerados do ponto de vista do consumidor, quan- empresários às variações de preço de um determinado
do precisam ser consumidos juntos, para que a satis- bem. Sob o ponto de vista da Elasticidade-Preço, a ofer-
fação do consumidor seja máxima. ta por ser classificada como:
Exemplo: pão com manteiga; arroz com feijão, etc. l Oferta com Elasticidade Unitária: é a curva de ofer-
ta de bens cuja resposta em termos de produção é
2.12. A PRODUÇÃO proporcional à variação do preço do bem, sendo a
Elasticidade-Preço da oferta igual a 1.
Produção é o ato de produzir coisas para colocar ao l Oferta Inelástica: é a curva de oferta de bens, cuja
mercado. A Teoria da Produção preocupa-se com o lado resposta em termos de produção é proporcionalmen-
da oferta do mercado, com os produtores que vão ofe- te menor do que a variação do preço do bem, sendo a
recer aos consumidores os bens e serviços por eles Elasticidade-Preço menor do que 1.
produzidos. A produção pode ser definida como o pro- l Oferta Elástica: é a curva de oferta de bens, cuja res-
cesso que combina e transforma os fatores de produ- posta em termos de produção, é proporcionalmente
ção adquiridos pela empresa, visando a criar bens e maior do que a variação do preço do bem, sendo a
serviços que serão oferecidos ao mercado. Ela é consti-
Elasticidade-Preço maior do que 1.
tuída por um bem econômico e todas as operações que
lhe agreguem valor. É a relação técnica entre as quanti-
Observe que a curva de oferta é positivamente inclina-
dades empregadas dos fatores de produção e as quan-
da, demonstrando que uma variação positiva nos pre-
tidades produzidas do bem ou do serviço.
ços “P” elevam as quantidades “Q” ofertadas. Por ana-
logia, uma queda nos preços resulta numa redução da
l O que são Custos da Produção? - Na produção o
oferta desse produto.
empresário, ao adquirir os fatores de produção, efe-
tua despesas para remuneração ou pagamento des-
tes fatores. Os custos de produção são apurados pelo
P Curva da Oferta
cálculo dos gastos dos empresários com os fatores
de produção. 10
l O que é Receita da Produção? - É a quantidade pro- 9
J
duzida multiplicada pelo preço de mercado do bem. A 8
receita mensal de uma empresa é o valor total recebi- 7
do de clientes pelas vendas efetuadas de produção 6
K
própria ou de mercadorias para revenda ou pelos ser- 5
viços prestados, no mês de referência, sem descon- 4
tar as despesas relativas ao desenvolvimento da ati-
L
3
vidade. M
2
l Qual o significado do Lucro? - É o elemento que
1
estimula a atividade empresarial, é a diferença entre
Q
os custos de produção e a receita do empresário. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

2.13. CURVA DA OFERTA O comportamento dos consumidores


O que vem a ser a Curva da Oferta? é usualmente conhecido como Demanda,
Os economistas, quando estabelecem uma relação en- enquanto que o comportamento
tre a quantidade ofertada de um bem e o seu preço de dos vendedores (produtores)
mercado, obtém a Curva da Oferta. é conhecido por Oferta.

177
MERCADO

UNIDADE 3 O equilíbrio “E” acontece com o preço de mercado “P”,


representado por 3 (três) e a quantidade de mercadori-
as transacionadas (Q), representada por 7 (sete).

Curva do Mercado
OS MERCADOS P
10
3.1. CONCEITO DE MERCADO 9 Demanda Oferta
8
O termo mercado refere-se a todas as compras e ven-
7
das realizadas no Sistema Econômico, tanto de bens de
6
consumo, intermediários e de capital, bem como de ser- 5
viços. A oferta e a procura são as duas funções mais 4 E
importantes de um sistema econômico, elas formam o 3
mercado, lugar onde se realizam as trocas. Mercado é o 2
encontro da Oferta com a Procura. 1

3.2. CLASSIFICAÇÃO DE MERCADO


Q
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Existem diversas maneiras de classificar o mercado.


Uma delas é quanto à concorrência.
O mercado pode ser assim classificado quanto à con- 3.4. MERCADO DE FATORES DE PRODUÇÃO
corrência:
l Concorrência Perfeita ou Pura: exige um número O mercado de fatores de produção é o conjunto de to-
grande de vendedores e compradores. O produto da a oferta e demanda de mão de obra, capital, recur-
oferecido neste mercado é homogêneo. sos financeiros, etc, com o objetivo de se produzir algu-
ma mercadoria ou serviço em uma economia. Esse
Exemplo: feira-livre.
mercado possui muitas peculiaridades, podendo ser
entendido como:
l Monopólio: apenas uma empresa vende um produ-
to, para o qual não existem bens substitutos. Quando 3.4.1. MERCADO DE TRABALHO
se tem apenas um comprador, chama-se Monopsô-
O mercado de trabalho é composto pelas pessoas e
nio. Exemplo: Serviços exclusivos do governo como
pelas empresas (agentes que se dispõe a contratar es-
abastecimento de água, eletricidade, etc.
sas pessoas).

l Oligopólio: onde existe um pequeno número de pro-


O mercado de trabalho é dinâmico, pois as pessoas
dutores. Os produtos ou bens produzidos, apesar de
estão sempre à procura de empregos melhores e os
perfeitamente substituíveis entre si, são diferencia-
empregadores procuram empregados mais produtivos.
dos, permitindo ao consumidor saber exatamente
A oferta de mão de obra depende de muitos fatores. A
que empresa o produziu. Quando existem poucos renda das famílias é um desses fatores.
compradores chama-se Oligopsônio. Exemplo:
Exemplo: Indústria automobilística. Se a pessoa que sustenta a família possuir uma boa
3.3. PREÇO DE EQUILÍBRIO renda, haverá um retardo da entrada de mão de obra,
pois a subsistência da família estará assegurada.
Preço de Equilíbrio é o preço onde se igualam as
quantidades ofertadas e demandadas no mercado. Porém, se a renda é baixa, a oferta de mão de obra ten-
Preço de Equilíbrio ou de Mercado é aquele cujo valor é de a aumentar. A oferta potencial também varia em fun-
igual tanto para a oferta como para a procura. As curvas ção da renda, mas em sentido oposto. Com o aumento
representativas da oferta e da procura de um mercado da renda, as famílias acreditam que podem aumentar
expressam uma relação entre preços e quantidades. seu tamanho, o que configura um aumento da oferta po-
Apesar disso, ao estudar isoladamente cada uma das tencial da mão de obra. A remuneração da mão de obra
curvas, não se pode determinar a quantidade e o preço é o salário. A demanda de mão de obra também possui
pelo qual cada bem será comprado e vendido. suas peculiaridades.

178
É óbvio que os compradores desses serviços preferem Em uma economia onde o governo possui um papel
aumentos da oferta desses serviços, pois pela lei da muito forte (como o caso do Brasil) a taxa de juros é in-
oferta e demanda podem pagar menos, caracterizando fluenciada pelo governo. E isso se deve à necessidade
uma economia nos seus custos. Porém, não basta ape- do governo de tomar recursos para fazer investimento
nas quantidade nesse mercado. quando as suas receitas não são suficientes e também
Exemplo: para pagar dívidas antigas. E o governo acaba criando
Para as empresas a qualidade da mão de obra é muito uma dívida que pode se tornar muito grande e acabar
importante, de modo que estão constantemente pres- influenciando a taxa de juros, que seria praticada na
sionando a população para que esta se qualifique. Para economia gerando taxas muito elevadas. O efeito é que
os trabalhadores isso significa mais rendimento na me- pode haver um deslocamento desses recursos, que iri-
dida em que sua produtividade aumenta. Para os em- am para atividade produtiva e acabam sendo utilizados
presários as economias e os ganhos de produtividade nos títulos da dívida pública.
mais que superam os custos de salários mais altos.
3.4.3. MERCADO IMOBILIÁRIO
3.4.2. MERCADO MONETÁRIO
O mercado monetário compreende todas as formas O mercado imobiliário tem função de ajustar a oferta e
de captação de recursos desde a moeda até as capta- a demanda por localizações ou por empreendimentos
ções via ações, passando pelo sistema de crédito ban- imobiliários, tanto para empresas quanto para famílias.
cário. O mercado monetário se caracteriza pela existên- A observação do movimento de preços dos interessa-
cia de pessoas que possuem valores monetários, que dos permite que o mercado vença a barreira da limita-
não estão sendo utilizados e, por pessoas que necessi- ção de terras. Essa limitação causa o que se convencio-
tam de recursos para aplicarem nas suas atividades. nou chamar de especulação imobiliária. Essa especu-
lação é em função da dificuldade dos agentes econô-
Existem muitas formas de captar os recursos do merca- micos conseguirem avaliar corretamente o valor de um
do financeiro. As empresas podem “abrir seu capital so- imóvel. Ao longo da história vários exemplos de desas-
cial”, ou seja, colocar ações no mercado financeiro que tres ocorreram nas economias por conta dessa dificul-
possibilitem a elas arrecadarem esses recursos. Outras dade.Nos momentos de crise existe uma busca por ati-
formas são também bastantes comuns, destacando-se vos reais e os bens imóveis estão entre os mais procu-
os empréstimos e os financiamentos que são diversos rados, porque oferecem uma maior garantia contra a
na economia. desvalorização, em oposição aos papéis. Pelo seu alto
valor sua liquidez (capacidade de venda rápida ou len-
DEFINIÇÃO DE MOEDA
ta) é baixa, mostrando que os investimentos nesse mer-
Moeda é todo o instrumento que serve para se interme- cado tendem a ser mais estáveis.
diar uma troca. A moeda surgiu com a necessidade de
CONTABILIDADE NACIONAL E O GOVERNO
facilitar e incrementar as trocas. Muitos produtos já ser-
viram de moeda como, por exemplo, o sal e o couro, po- A Contabilidade Nacional é um sistema contábil que
rém essas formas foram sendo abandonadas na medi- permite a avaliação da atividade econômica. Nesse sis-
da em que aumentou a necessidade de um sistema tema surgiram as chamadas Contas das Atividades
mais fracionário e mais durável. Econômicas e as Contas dos Setores Institucionais,
As funções da moeda são: que são subdivididas em:
l Reserva de valor. l Conta de Bens e Serviços;
l Meio de troca; l Contas de Produção, Renda e Capital;
l Unidade de conta. l Conta das Transações do Resto do Mundo.
´
TAXAS DE JUROS
A Contabilidade Nacional é de suma importância por-
A Taxa de Juros é o preço do dinheiro no tempo, é o que permite que uma nação possa acompanhar o de-
quanto um poupador ou investidor exige para empres- senvolvimento da economia e da distribuição da rique-
tar o dinheiro e é o quanto o tomador desse recurso está za e da renda nacional, permitindo que o governo reali-
disposto a pagar por ele. O equilíbrio do mercado mone- ze medidas econômicas voltadas para os setores onde
tário é dado pela taxa de juros. A taxa de juros é a remu- apresentem problemas. As contas nacionais ou sociais
neração da moeda. As instituições cobram um percen- são de extrema importância na análise da economia.
tual pela intermediação, pela distribuição dos recursos Pode-se dizer que elas refletem a saúde economica
entre os que procuram e os que ofertam moeda. de um país.

179
O CONSUMO O investimento tem um papel crucial para o desenvolvi-
mento da economia, quando o investimento cresce, a
O consumo pode ser considerado como a fase final do economia cresce. Mas uma importante questão é como
processo econômico. O consumo é a parte da renda da esse investimento está sendo distribuído ao longo da
economia que é efetivamente gasta com produtos e cadeia produtiva e como esse investimento está sendo
serviços, ou seja, ocorre quando uma pessoa ou em- financiado.
presa utiliza parte do seu dinheiro gastando-o. Portan-
to, o consumo varia positivamente em relação à renda, CADEIA PRODUTIVA
isto é, o consumo aumenta quando a renda aumenta. São todos os integrantes do processo produtivo, desde
a extração da matéria-prima até a comercialização do
Existem algumas diferenças entre o consumo dos produto final ao consumidor. No caso da construção ci-
agentes econômicos: vil, os primeiros elos são os fornecedores de madeira e
l Consumo pessoal: consumo para a satisfação das agregados, os fabricantes de cimento, aço, alumínio e
necessidades dos consumidores, tanto por parte dos os clientes finais, os compradores dos imóveis. Suas
indivíduos como do governo; inter-relações são chamadas de elos da cadeia, onde
l Consumo empresarial: (privado e governamental) é um integrante interage com outro. Desta forma, os elos
caracterizado pela não utilização direta dos bens, vão se interligando, formando a cadeia.
mas pelo aproveitamento das matérias-primas pelas
CAPITAL
empresas industriais privadas ou estatais.
É todo investimento em máquinas, equipamentos e
O Consumo Empresarial Privado ou contratação de pessoal que são utilizados na produ-
Governamental é também chamado de ção. As variáveis que influenciam no nível de investi-
Consumo Reprodutivo ou Insumo. mento são: liquidez ou facilidade de obter dinheiro, ren-
tabilidade ou oportunidades atrativas, propensão ao
POUPANÇA
consumo ou disponibilidade que as pessoas têm para
Qual o conceito e a importância da Poupança? consumir.
A parte da renda não consumida tem o nome de pou-
PADRÃO DE VIDA
pança. Uma das mais importantes discussões da eco-
nomia é quanto ao papel das poupanças. A discussão Padrão de Vida é o grau de conforto em que vive uma
principal é se as poupanças vêm antes do crescimento classe de pessoas, em dado momento, em determina-
da economia e desempenham o papel incentivador do do local. Esse conforto pode ser medido pela soma de
crescimento ou se elas são resultado do crescimento da utilidades econômicas e serviços à disposição das pes-
economia e, portanto, seriam mais um reflexo do que soas, necessários à sua subsistência e bem-estar. Se
uma fonte de crescimento. A existência de poupança houver um aumento na produção, proporcionalmente
reflete uma capacidade maior de investimento. maior do que o aumento da população, a renda per ca-
pita também será maior, implicando num padrão de vida
INVESTIMENTOS melhor. Isto se acompanhada de uma distribuição de
Qual o papel dos investimentos? renda mais igualitária, é claro.
São os gastos realizados para aumentar a capacidade
RENDA PER CAPITA
produtiva do sistema econômico. Trata-se da aplicação
das empresas ou do governo na aquisição de novas ca- A renda per capita é um indicador que ajuda a saber o
pacidades de produção ou capital. Os investimentos grau de desenvolvimento de um país e, consiste na divi-
realizados por pessoas físicas podem ser classificados são da renda nacional (Produto Interno Bruto – PIB me-
como imobiliários (casas, apartamentos, terrenos) ou nos os gastos de depreciação do capital e os impostos
mobiliários (ações, títulos, etc). indiretos) pela sua população. É um índice muito útil,
contudo, por se tratar de uma média, esconde várias
O investimento realizado pelo governo é, normalmen- disparidades na distribuição de renda.
te, em infraestrutura. Esse tipo de investimento atinge Por exemplo, um país pode ter uma boa renda per capi-
todos os setores da economia, sendo portanto, uma ta, mas um alto índice de concentração de renda e gran-
ação macroeconômica. Todo investimento deve vir de de desigualdade social. Também, é possível que um
maneira planejada para que haja desenvolvimento eco- país tenha uma baixa renda per capita, mas não haja
nômico, e que estes investimentos desfaçam os empe- muita concentração de renda, não existindo, assim,
cilhos que mantêm a economia estagnada. grande desigualdade entre ricos e pobres.

180
RENDA BALANÇA COMERCIAL
Renda é toda a remuneração que a economia gera num Balança Comercial ou Balança de Pagamentos é um
determinado período. Compreende: instrumento da contabilidade social referente à descri-
l Os salários; ção das relações comerciais de um país com o resto do
l Os juros; mundo. Ela registra o total de dinheiro que entre e sai de
l Os lucros; um país, na forma de importações e exportações de
l Receitas diversas. produtos, serviços, capital financeiro, bem como trans-
ferências comerciais. O resultado da diferença entre o
CUSTO DE VIDA
volume de recursos que entra menos o volume de re-
O que significa o Custo de Vida? - Consequência do cursos que sai de um país é o chamado saldo da balan-
nível dos preços dos bens e serviços indispensáveis à ça comercial. Este saldo pode ser positivo ou negativo.
população. No caso de um aumento generalizado de Efeitos da Inflação sobre a Balança Comercial:
preços, sem um aumento proporcional nos salários, l Os preços dos produtos ficam mais caros e dificultam
existirá fatalmente uma queda no poder aquisitivo das as exportações;
pessoas, resultando em queda do Padrão de Vida. As- l As importações ficam mais baratas;
sim sendo, o Padrão de Vida e o Custo de Vida depen- l Diminuição de investimentos pelas empresas, redu-
dem um do outro. O Custo de Vida está condicionado a zindo a capacidade produtiva devido ao aumento dos
vários fatores, sendo o mais importante a Inflação. As- preços e a incerteza quanto ao futuro.
sim, um menor Padrão de Vida acontece quando se
INFLAÇÃO DE DEMANDA
gasta uma maior parcela da renda com o Custo de vida.
A Inflação de Demanda o corre quando a produção
3.5. INFLAÇÃO não consegue acompanhar o aumento de renda da po-
pulação. Uma das causas pode ser pelo crescimento
A inflação é definida como uma situação em que há um dos meios de pagamentos (aumento de moeda em cir-
aumento contínuo e generalizado de preços. A inflação culação na economia), que não é acompanhado pelo
vem sendo medida através de diversos métodos. No crescimento do produto. Como a demanda é exercida
Brasil, são muito utilizados os seguintes números índi- através da moeda, pois é com o dinheiro que as pesso-
ces, que são fórmulas matemáticas indicadoras do por- as realizam suas compras, a inflação de demanda pode
centual de aumento nos preços dos bens e serviços ser entendida como excesso de dinheiro na economia.
num determinado período de tempo: Entretanto, para que a inflação possa ser identificada
l Índice do Custo de Vida (ICV): mede a evolução dos como de demanda, é necessário que a economia esteja
gastos de família, com renda até 5 salários mínimos, próxima do pleno emprego. Para combater este tipo de
com as despesas realizadas para que elas supram inflação, o Governo pode adotar medidas restritivas do
suas necessidades básicas; consumo:
l Índice de Preço por Atacado (IPA): considera a l Política Monetária - que se resume em medidas que
evolução dos preços ao nível de comercialização no visam a reduzir a quantidade de moeda em circula-
atacado; ção na economia;
l Índice Nacional de Custo da Construção Civil- l Política Fiscal - que consiste em medidas que objeti-
(INCC): acompanha a evolução dos preços dos ma- vam diminuir a demanda através da carga tributária.
teriais, equipamentos e da mão de obra empregados
INFLAÇÃO DE CUSTOS
na construção civil;
l Índice Geral de Preços-Mercados (IGP-M): média Inflação de Custos é o processo gerado pela elevação
ponderada dos índices anteriores, sendo que o IPA dos custos de produção, especialmente das taxas de ju-
tem peso 6, o ICV peso 3 e o INCC peso 1. ros, de câmbio, de salários ou dos preços das importa-
É a medida oficial de inflação no Brasil. ções. Esta tem suas causas nas condições de oferta de
bens e de serviços da economia assim, a demanda per-
Dentre as principais consequências da inflação po- manece inalterada, enquanto aumentam os custos de
demos destacar: produção, que são repassados para os preços das mer-
l Efeito sobre a distribuição de renda; cadorias. Os oligopólios e monopólios estão associa-
l Queda na renda do trabalhador; dos à inflação de custos. A política econômica mais ado-
l Concentração da renda; tada para combater este tipo de inflação é o controle de
l Diminuição do poder de compra. preços.

181
OLIGOPÓLIO INFLAÇÃO ESTRUTURAL
Na economia, oligopólio é uma forma evoluída de mo- Inflação Estrutural é o processo gerado por desajus-
nopólio, no qual um grupo de empresas promove o do- tes na economia em todos os setores e segmentos, ca-
mínio de determinada oferta de produtos e/ou serviços. da um contribuindo para a sensação de insegurança,
fazendo com que os agentes econômicos reajustem
Existem quatro formas básicas de Oligopólio: preços visando proteger-se ou ainda para compensar
l Cartéis: é uma forma de oligopólio em que empresas gastos excessivos por desajuste de um segmento como
legalmente independentes, geralmente atuantes do infraestrutura, setor industrial, setor financeiro, setor
mesmo setor, promovem acordos entre si para pro- externo, obsolescência, endividamento.
mover o domínio de certa oferta de produtos ou ser-
3.6. O PODER PÚBLICO
viços.
Quais as principais funções do Poder Público?
l Trustes: é uma forma de oligopólio na qual as empre- São muitas e complexas as funções que o Estado mo-
sas envolvidas abrem mão de sua independência le- derno desempenha. No que tange ao aspecto econô-
gal para constituir uma única organização, com o in- mico-social, a atuação do Poder Público desenvolve
tuito de dominar determinada oferta de produtos. Po- três grandes campos de ação:
de-se definir Truste também como sendo uma organi- l Ação organizadora e normativa;
zação empresarial de grande poder de pressão no l Prestação de serviços de forma direta à coletividade;
mercado. l Distribuição da renda social.

l Conglomerado: é uma forma de oligopólio na qual As atividades que são desenvolvidas pelo sistema eco-
várias empresas atuantes em setores diversos se nômico podem ser divididas em duas áreas de atuação:
unem para tentar dominar certa oferta de produtos pública e privada. É de responsabilidade do Poder Pú-
e/ou serviços, sendo em geral administradas por uma blico traçar e pôr em ação normas que orientem as deci-
holding. sões e o comportamento dos indivíduos, das empresas,
enfim, da economia privada, além de organizar a sua
l Holding: Uma holding ou sociedade gestora de par- atividade própria. Também é papel do governo traçar e
ticipações sociais é uma forma de oligopólio no qual é definir o grau de relacionamento entre a ação da ativi-
criada uma empresa para administrar um grupo de- dade privada com atividade pública.
las, que se uniu com o intuito de promover o domínio
de determinada oferta de produtos e/ou serviços. Na Características de um Governo Intervencionista.
holding, essa empresa criada para administrar possui O governo participa investindo e norteando o desenvol-
a maioria das ações das empresas componentes de vimento da economia. Praticamente após a II Guerra
determinado grupo. Essa forma de administração é Mundial todas as economias, em maior ou menor grau,
muito praticada pelas grandes corporações. tiveram uma intervenção forte do estado na Economia.
Seja através do protecionismo das empresas que ficam
isoladas do resto da concorrência pelos estabeleci-
mentos de cotas de importação, seja por barreiras sani-
tárias ou pelos subsídios. O Brasil pode-se dizer que
“A inflação é o tem um governo intervencionista e controlador da eco-
pior inimigo da nomia, seja pela política econômica, seja pela partici-
sociedade. Ela pação do estado em empresas, as Estatais.
castiga os pobres,
os que não têm Assim o governo, através das estatais, possuiu recur-
instrumento de sos naturais, tem capital próprio, contrata e fornece ser-
viços, investe, produz bens e serviços da dinâmica do
defesa contra
aparelho produtivo, contribui para a formação do pro-
seus terríveis
duto nacional e da renda nacional, consome e gasta,
efeitos. Ela não
enfim, participa de toda a dinâmica do sistema econô-
confisca apenas
mico. Outro exemplo de economias intervencionistas
o salário:
são as economias socialistas e comunistas, como Cu-
confisca o pão”
ba, China e Rússia.

182
Subsídios governamentais fornecidos a empresas (co- LIBERALISMO
mércio e indústrias) possuem o intuito de baixar o preço
final dos produtos vendidos por tais companhias, para O liberalismo defende uma sociedade caracterizada
que estes produtos possam competir com produtos pro- pela livre iniciativa integrada num contexto definido. Tal
duzidos em outros países, que produzem estes mes- contexto geralmente inclui um sistema de governo de-
mos produtos a preços menores (entre outras razões, mocrático, o primado da lei, a liberdade de expressão e
por causa dos menores custos de mão de obra e de di- a livre concorrência econômica.
ferenças de taxas cambiais).
Adam Smith é considerado como o mais famoso dos
Governo Liberal - O governo, teoricamente, não parti- pensadores liberais. O escocês expôs a teoria de que
cipa da economia, e deve deixar que as próprias forças os indivíduos poderiam estruturar a sua vida econômi-
do mercado encontrem e resolvam seus problemas. ca e moral sem se restringirem às intenções do Estado
São governos que têm como orientação o Liberalismo e pelo contrário, de que as nações seriam tanto mais
Econômico. Na prática estes governos não existem, fortes e prósperas quanto mais permitissem que os indi-
pois todos os países que têm este discurso, EUA e In- víduos pudessem viver de acordo com a sua própria ini-
glaterra, são intervencionistas em sua própria econo- ciativa. Defendeu o fim das regulações mercantis e feu-
mia e pregam o liberalismo para os outros, pois têm um dais dos grandes monopólios estatais ou similares e é
discurso liberalizante, no entanto protegem ferrenha- encarado como o defensor do princípio do “laissez-
mente seus mercados com políticas protecionistas. faire” - o governo não deveria tomar posição no funcio-
Teoricamente, uma economia sem gastos de governo namento livre do mercado.
pode ser assim representada:
Adam Smith desenvolveu uma teoria de motivação pe-
Y = Renda
C = Consumo Y=C+I la qual tentou conciliar o interesse egoísta individual
com a desordem social. O seu famoso trabalho, a Ri-
I = Investimento
queza das Nações (1776), tentou explicar como o mer-
Ou seja, a renda é igual à soma dos consumos mais o cado com certas precondições naturalmente se autor-
investimento. Entretanto, se acrescentarmos à equa- regularia por intermédio da agregação das decisões
ção anterior os dispêndios do governo, teremos: individuais e produziria mais eficientemente do que os
pesados mercados regulados, que eram a norma no
Y = Renda seu tempo.
C = Consumo Y=C+I+G
I = Investimento As suas premissas eram as de que o papel do governo
G = Governo não deveria ter uma intervenção em áreas onde o lucro
Consequentemente, o nível de renda é igual ao consu- não poderia ser a motivação, e prevenir que os indiví-
mo, acrescido do investimento e dos gastos governa- duos usassem da força ou fraude para alterarem a livre
mentais. O Estado moderno realiza um bom nível de competição, comércio e produção.
gastos, razão pela qual a sua atividade influi bastante
Adam Smith defendia que os governos deveriam ape-
no comportamento da economia global do sistema eco-
nas intervir fiscalmente em áreas onde as mesmas não
nômico.
tivessem impacto nos custos econômicos, argumen-
tando que era a produção de capital e não o total de ou-
tro que representava a “riqueza” de uma nação.

“Onde quer que Quais as principais Ações Públicas do Governo?


predomine o l Manter a segurança;
capital, prevalece o l Construir escolas, estradas, edifícios públicos, infra-
trabalho; onde quer estrutura;
l Educar a população;
que predomine a
l Organizar a saúde pública, o sistema de abasteci-
renda, prevalece a
mento, o sistema de comunicação;
ociosidade.” l Organizar empresas públicas e de economia mista e;
Adam Smith l Equilibrar a conjuntura econômico-social, tanto na
(1723-1790) área privada, quanto na própria pública.

183
Quais as Normas de Quais são os Agentes
Ação do Poder Público? Distribuidores da Renda Social?

A ação normativa do Poder Público é expressa a partir Entende-se por distribuidor da renda social o empe-
da Constituição Brasileira, das leis em geral, dos decre- nho, despendido pelo Poder Público e pela iniciativa pri-
tos, das normas, etc. O Conselho Monetário Nacional, vada, no sentido de distribuir de forma mais equitativa a
quando deseja corrigir ou orientar certas tendências do renda nacional àqueles que participaram direta ou indi-
sistema monetário financeiro, baixa normas de ação. retamente na sua formação. No momento, o Brasil está
fortemente empenhado em solucionar este sério pro-
A ação normativa do governo se estende a todos os ele- blema, que envolve todos os países subdesenvolvidos
mentos da estrutura sócio-econômica-cultural do país. e alguns países em fase de desenvolvimento.
Exemplo: Educação, transporte, saúde, mercado, in-
vestimento, produção nacional, exportação, distribui- A distribuição da Renda Social pode se dar:
ção da renda social, segurança, etc. Via de regra, a l de forma direta, através de salário, 13º salário, abo-
ação normativa do governo atua no sentido de estimular no familiar, férias remuneradas, bônus sobre produ-
ou desestimular o comportamento de certos elementos ção, etc.
da conjuntura econômica, pretendendo, com isso, ori-
l de forma indireta, através de PIS, PASEP, FGTS,
entar e conduzir a economia nacional e manter a mes-
INPS, bolsa de educação, bolsa família, distribuição
ma em equilíbrio.
de cestas básicas, etc.
Como se vê, é uma tarefa de alto significado social e
Exemplo: Os incentivos fiscais, o PIS, o PASEP, o FG-
econômico.
TS, a maior ou menor pressão tributária, a criação da
taxa sobre o turismo internacional, etc. Toda ação nor-
Quem são os responsáveis pela
mativa do governo é institucionalizada. No caso brasi-
Produção de Bens e Serviços?
leiro ela emana dos Poderes Legislativo Federal, Esta-
dual e Municipal, e Órgãos com delegação de compe-
Já foi visto anteriormente que o Poder Público, com
tência, tais como: SUNAB, CMN, CACEX, Banco Cen-
igualdade de condições à iniciativa privada, é um agen-
tral do Brasil, etc.
te produtor de bens e serviços e proprietário de inúme-
PROGRAMA PLURIANUAL - PPA ros fatores. Exemplos:
l Bens produzidos pelo Poder Público:
A economia é planejada tendo em vista o desenvolvi-
estradas, escolas, edifícios públicos, viadutos, pro-
mento econômico e, para atingir tal objetivo, os gover-
dutos de consumo intermediário e final.
nos lançam planos estratégicos de desenvolvimento,
l Serviços produzidos pelo Poder Público:
baseados em ações organizadas macroeconômicas
visando antecipar necessidades futuras e criar o bem- ensino, segurança, justiça, abastecimento de água,
estar social juntamente com o desenvolvimento econô- saneamento, saúde.
mico. O Plano Plurianual (PPA) é responsável pelo Desta maneira o Poder Público participa decisivamen-
diagnóstico, pela análise, pelo planejamento, pela im- te na produção do Produto Interno Bruto (PIB) e da Ren-
plementação de programas de ação e pelo controle da da Nacional, bem como da Oferta Global.
execução da atividade sistêmica de uma nação.
Quem são os Agentes
É a ação organizadora que dá o efeito, o estilo e, até Consumidores de Bens e Serviços?
mesmo, cria o modelo de economia nacional. Abrange a
sistematização de atividades, tanto do Poder Privado, O Poder Público é um grande consumidor de bens e
quanto do próprio Poder Público. Você pode ler o PPA serviços, produzidos por si mesmo ou adquiridos da
no site: http://www.planobrasil.gov.br/PL_revisao.htm. iniciativa privada. Fácil se torna entender que, sendo o
Governo um agente produtor, necessita de insumos, de
ATENÇÃO! serviços, enfim, de fatores de produção.
Com isso, ele está consumindo e participando da de-
O Plano de Metas, o Plano Trienal, o PAEG, o Plano De- manda Nacional. Além disso, para cumprir com seus
cenal, o PED, e o I e II Plano Nacional de Desenvolvi- encargos sociais e econômicos, ele necessita consu-
mento são documentos representativos da ação organi- mir, daí porque ele se torna agente consumidor de bens
zadora da atividade conjuntural brasileira. e serviços.

184
Como são representadas l 2ª Etapa: As pré-condições para o arranco. A socie-
as Despesas Governamentais? dade tradicional serve de ponto de partida e, a partir
dela, iniciam-se os primeiros movimentos para a mu-
Para atender a todos esses encargos, o Poder Público dança, que tem, entre outras, as seguintes caracte-
realiza as chamadas Despesas Governamentais que rísticas: cresce a infraestrutura, há gestão e mobili-
s representam os gastos, ou os dispêndios do governo, zação de consciências, são criados mercados regio-
para que ele possa pagar o seu consumo e fazer o seu nais, a conjuntura inicia vibrando intensamente.
investimento. As despesas de consumo estão relacio-
nadas com o custeio de serviços e a formação bruta de l 3ª Etapa: Arranco (take-off). É a fase do crescimento
capital com novas obras, aquisição de equipamentos e normal, onde a sociedade arranca para o desenvol-
com a conservação e reposição de ambos. vimento. Vejamos algumas das características da fa-
se: posição de arranco, decolagem desenvolvimen-
CARGA TRIBUTÁRIA
tista, industrialização intensa, diversificação econô-
O Poder Público, para poder pagar os seus dispêndios, mica, consolida-se o mecanismo do desenvolvimen-
exerce certa pressão tributária, também chamada por to, desenvolve-se o associativismo, iniciam-se as re-
carga tributária, sobre o Poder Privado, e, com isso, lações internacionais, há uma forte política educa-
obtém a renda (parte da renda nacional) necessária a cional.
esse custeio. Em outras palavras, o Poder Público parti-
cipa compulsoriamente da renda nacional, tributando l 4ª Etapa: A marcha para a maturidade. Nesta altura
direta e indiretamente a economia privada. do processo, o país já está interessando na maturi-
l Os tributos diretos são os que incidem sobre rendas dade econômica. É capaz de produzir e consumir em
da propriedade, ordenados e salários, no momento massa. Há o florescimento tecnológico e o amadure-
em que os mesmos são percebidos pelas pessoas cimento global da economia. A população ativa, a
físicas e jurídicas. Exemplo: imposto de renda (IR); renda per capita, o Produto Nacional Bruto (PNB), en-
l Os tributos indiretos (impostos) incidem sobre as fim, todos os elementos da conjuntura se realizam em
mercadorias transacionadas. Exemplo: imposto so- níveis “ótimos”.
bre circulação de mercadorias (ICMS);
l As taxas são os pagamentos por serviços prestados l 5ª Etapa: A era do consumo em massa. Os setores lí-
pelo Estado. Exemplo: correio, telégrafo, água, etc. deres se transferem para os produtos duráveis de
consumo e de serviços. A renda real por pessoa au-
3.7. O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO mentou a tal ponto que um maior número de pessoas
conseguiu como consumidores, ultrapassar as ne-
O Desenvolvimento Econômico é o resultado das cessidades mínimas e básicas: modificou-se a estru-
ações políticas do Governo através de seus órgãos e de tura da força de trabalho. É alto o grau de bem-estar
seus Planos Plurianuais. São três as causas próximas social. É bom o grau de distribuição da renda social.
do desenvolvimento econômico: Há grandes transformações tecnológicas. As taxas
l A atividade econômica; de crescimento dos principais setores são elevadas.
l A acumulação do conhecimento;
l O aumento de capital. OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO
Define-se crescimento (ou desenvolvimento) econômi- O homem e a sociedade constituem a meta do desen-
co como um acréscimo, ao longo do tempo, da produ- volvimento.
ção per capita de bens materiais. Pode-se dizer tam- Assim é que o processo desenvolvimento busca:
bém que o progresso econômico pode ser definido co- l A elevação do padrão de vida;
mo uma melhoria de bem-estar econômico.
l O bem-estar social;
ETAPAS DO DESENVOLVIMENTO l O crescimento racional da conjuntura econômico-so-
cial;
São cinco as etapas do desenvolvimento:
l A estabilidade econômico-político-administrativa da
Nação.
l 1ª Etapa: A Sociedade Tradicional. Trata-se de uma
economia que não evolui, não cresce. Não há mu-
danças estruturais na economia, na cultura, na políti-
ca, na sociologia da nação. É uma sociedade que não
reage economicamente.

185
Quais as Coordenadas Sociológicas do l Sistema Monetário Internacional: de regras que
Desenvolvimento? definem o padrão dos pagamentos internacionais.
l Tarifa de Importação: imposto sobre importações.
l Transformação Ecológico-profissional - Enten- l Taxa de Câmbio: preço em moeda doméstica de
dendo-se por um processo cumulativo e acelerado de uma unidade de moeda estrangeira.
urbanização e por uma redistribuição profissional l Termos de Troca: razão de intercâmbio comercial ou
(transformação de ambiente de trabalho, estratifica- a taxa à qual uma mercadoria é trocada por outra.
ção social, mobilidade social).
l Transformações Demográfico-familiares - Envol- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
vendo a trajetória do fator demográfico e dos grupos
familiares através dos tempos, face às modificações FRANKENBERB, Louis. Seu Futuro Financeiro.
estruturais e sociais. JORGE, Fauzi Tímaco, 3ª edição.
l Transformações Ideológico-culturais - Onde são Rio Janeiro: Campus, 1999.
analisadas as variáveis: ideologia, sociologia e cul-
tura no decorrer da história. CAMPOS, José Otávio de.
Economia: Notas Introdutórias.
GLOSSÁRIO
São Paulo: Atlas, 1989.
l Depreciação: é o valor de mercado do capital consu-
mido na obtenção de um produto corrente. MANKIW, N. Gregory. Introdução à Economia:
l Investimento Bruto (IB): soma de todo o dispêndio Princípios de Micro e Macro Economia. Rio de Janeiro:
do setor privado em novas instalações, máquinas e Campus, 1999.
adições ao estoque durante um ano.
l Investimento Líquido (IL): soma do dispêndio bruto ROSSETTI, José Paschoal.
do setor privado, menos a depreciação. Introdução à Economia.
l Padrão Ouro: sistema monetário no qual a unidade 7ª ed. São Paulo: Atlas, 1997.
monetária de cada país está lastreada em ouro. Foi
encerrado em 1973. VICECONTI, Paulo Eduardo Vilchez.
l Produto Nacional Bruto (PNB): valor total de mer- Introdução à Economia. 2ª edição.
cado de todos os bens finais e de serviços produzidos São Paulo: Frase Editora, 1996.
em uma economia durante um ano.
l Produto Nacional Líquido (PNL): valor de mercado
de todos os bens finais e serviços produzidos em uma
economia durante um ano, ao alcance da sociedade
para seu consumo ou adição ao estoque de capital.
l Produto Real: na conta da renda nacional é a produ-
ção agregada medida em unidade monetária cons-
tante.
l Renda Nacional: soma da renda dos (ou pagamen-
tos aos) fatores de produção. Mede o custo para eco-
nomia obter o produto final durante um ano.
l Renda Pessoal Disponível: nas contas da renda
nacional é a soma da renda que as famílias têm para
dispender, depois do pagamento dos impostos pes-
soais.
l Renda Pessoal: nas contas da renda nacional, é a
soma da renda familiar durante um ano, antes do pa-
gamento dos impostos pessoais.
l Sistema de Taxa de Câmbio Fixa: sistema em que
as moedas domésticas e estrangeiras são fixadas.
l Sistema de Taxa de Câmbio Flexível: a taxa de
câmbio flutua livremente para encontrar seu nível de
equilíbrio na intersecção das curvas de demanda e de
oferta do mercado de divisas.

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