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Curso de AFO (STJ) Analista Jud.

-Administrativa (Pacote)
Aula 02 - Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais
Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes

Aula 2

Olá pessoal. Vamos seguindo?

Sumário
Ciclo Orçamentário e Créditos Adicionais ................................. 01
Questões .......................................................................................... 21
Vale a Pena Estudar de Novo ....................................................... 36
Mapas Mentais ................................................................................ 37
Bibliografia ......................................................................................42
Exercícios Trabalhados ............................................................... 42
Gabarito ......................................................................................... 49

1.4 Ciclo orçamentário. 1.5 Processo orçamentário. 2.5


Outros planos e programas. 2.6 Sistema e processo de
orçamentação. 3 Programação e execução orçamentária e
financeira. 3.1 Descentralização orçamentária e financeira.
3.2 Acompanhamento da execução. 2.9 Créditos ordinários e
adicionais.
O item 2.5 foi ministrado na aula 1.
Ciclo Orçamentário é um processo contínuo, dinâmico e flexíve l, formado pela
elaboração/planejamento, discussão/aprovação, execução e controle/ava liação
da Lei Orçamentária.

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Elaboração

Avaliação Aprovação

Execução

Essa é a forma clássica de apresentação do ciclo orçamentário, contudo,


principalmente nas provas do CESPE, vocês precisam conhecer o ciclo
orçamentário ampliado.
Uma vez que o ciclo orçamentário também envolve a Lei de Diretrizes
Orçamentárias - LDO - e o Plano Plurianua l - PPA, a partir da Constituição de
1988, esse ciclo se estende em oito fases, quais sejam:
• formulação do planejamento plurianual, pelo Executivo;
• apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
• proposição de metas e prioridades para a administração e da política de
alocação de recursos pelo Executivo;
• apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
• elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;
• apreciação, adequação e autorização legislativa;
• execução dos orçamentos aprovados;
• avaliação da execução e julgamento das contas.
Essa abordagem com 8 fases é de autoria do Consultor de Orçamento da
Câmara dos Deputados, o Sr. Osvaldo Sanches, recentemente aposentado do
órgão.
Tais fases são insuscetíveis de aglutinação, dado que cada uma possui
ritmo próprio, finalidade distinta e periodicidade definida.
Diferentemente da Lei Orçamentária Anua l que possui duração de um exercício,
coincidindo com o ano civi l, o ciclo orçamentário não se limita ao período de

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um ano, pois, como vimos, envolve todas as etapas anteriores e posteriores à


execução orçamentária e financeira do orçamento.

1) (CESPE MPU 2010) As principais etapas do ciclo orçamentário são:


elaboração da proposta orçamentária; discussão, votação e aprovação
da lei orçamentária; execução orçamentária e controle e avaliação da
execução orçamentária.
Estão descritas as etapas do ciclo orçamentário de forma correta:
elaboração/planejamento, discussão/aprovação, execução e controle/avaliação.
Gabarito: e
2) (CESPE STF 2013) Nos termos da CF, o ciclo orçamentário desdobra-
se em oito fases, cada uma com ritmo próprio, finalidade distinta e
periodicidade definida.
Ok. As fases do ciclo orçamentário são insuscetíveis de aglutinação, dado que
cada uma possui ritmo próprio, final idade distinta e periodicidade definida.
Dessa forma, não podemos aglutinar em uma fase a elaboração da LDO e da
LOA, pois ocorrem em momentos distintos e com objetivos diversos.
Portanto, questão CORRETA.
Gabarito: e

ELABORAÇÃO
O processo de elaboração do projeto de Lei Orçamentária Anua l bem como de
outros planos e programas ocorre no âmbito do Sistema de Planejamento e de
Orçamento Federal, visto na aula anterior, compreendendo um conjunto
articulado de tarefas complexas e um cronograma gerencia l e operacional com
especificação de etapas, de produtos e da participação dos agentes. Esse
processo compreende a participação dos órgãos central, setoriais e das UOs

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(Unidades Orçamentárias), o que pressupõe a constante necessidade de


tomada de decisões nos seus vários níveis.
A elaboração e apresentação da proposta das Leis Orçamentárias, PPA, LDO e
LOA, são competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo. Assim não pode
um parlamentar ou mesmo o Presidente do Supremo Tribunal Federal
apresentar o projeto de Lei Orçamentária Anual ao Congresso.
Os demais Poderes, Ministério Público e Tribunal de Contas encaminharão suas
propostas orçamentárias para o Poder Executivo, dentro dos limites impostos
pela LDO.
O Poder Executivo consolidará as propostas orçamentárias dos demais poderes
(Legislativo, Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas) e irá apresentá-
las ao Congresso Nacional na forma de um único projeto de Lei.
Esse sistema de elaboração do orçamento anual é gerido na esfera Federal pela
Secretária de Orçamento Federal – SOF, compreendendo ainda as Unidades
Setoriais e as Unidades Orçamentárias.
Caberá à SOF definir as estratégias e diretrizes do processo de elaboração da
LOA. Nesse sentido, as setoriais e unidades orçamentárias dos outros Poderes
e órgãos estarão vinculadas tecnicamente as diretrizes da SOF, apesar de não
estarem vinculadas hierarquicamente.
As setoriais são responsáveis por unificar as propostas das unidades
orçamentárias de um mesmo órgão ou poder, repassando esses dados à SOF
até trinta dias antes do prazo final de apresentação da proposta orçamentária.
Caso os demais Poderes, Ministério Público e Tribunal de Contas não
encaminharem as suas propostas no prazo acima, o Poder Executivo
considerará como proposta a Lei Orçamentária vigente, ajustando-a aos limites
impostos pela LDO aprovada.
Constitui unidade orçamentária o agrupamento de serviços subordinados ao
mesmo órgão ou repartição a que serão consignadas dotações próprias.
O Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento – SIOP é o sistema de
informação utilizado na esfera federal no processo orçamentário.

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Com o SIOP, os órgãos centrais, setoriais e as unidades orçamentárias do


Governo Federa l passam a ter um único sistema para alimentar e atua lizar o
cadastro de programas e ações .
Ele é utilizado para:
I - elaboração do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias;
II - elaboração do Projeto de Lei Orçamentária Anual;
III - elaboração e revisão do Projeto de Lei do Plano Plurianual;
IV - alterações orçamentárias: ferramentas para permitir os ajustes
necessários ao orçamento durante a execução: créditos suplementares,
créditos especiais, créditos extraordinários e ajustes em classificações;
V - acompanhamento das Estatais: ferramentas para permitir acompanhar a
execução orçamentária das Empresas Estatais; e
VI - acompanhamento orçamentário: ferramentas para permitir o registro
físico das Ações orçamentárias da União.
No SIOP, as Setoriais juntamente com a UOs, a partir dos referenciais
monetários definidos, irão realizar o detalhamento da proposta orçamentária
em consonância com a estrutura programática, em programas, com
detalhamento das respectivas atividades, projetos e operações especiais
(serão vistos com mais detalhe na aula sobre classificação da
clespesa).
De acordo com o MTO 2016, o processo de detalhamento da proposta setorial,
via SIOP, compreende três etapas (momentos) decisórias: UO (Unidade
Orçamentária), órgão setorial e Órgão Central. Cada momento é tratado
exclusivamente pelos atores orçamentários responsáveis pela respectiva etapa
decisória e não pode ser comparti lhado, o que confere privacidade e segurança
aos dados.
De maneira geral, podemos dividir a Elaboração da Proposta Orçamentária em
quatro fases : Planejamento (Diretrizes e Objetivos), Programação
(definição das atividades necessárias para atingir os objetivos), Projeto
(definição dos insumos - materiais e mão de obra - para real izar as atividades)

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e Orçamentação (definição dos custos e recursos para a execução de


projetos, os quais devem conter a definição da quantidade de produto a ser
ofertado à sociedade ao final de seu período de execução).
Abaixo, segue fluxograma do processo de elaboração da proposta orçamentária
com seus atores e missões, retirado do MTO/2016:

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3) (CESPE TC-DF 2014) Para a elaboração da proposta orçamentária


no governo federal, os órgãos setoriais e as unidades orçamentárias
devem utilizar o Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento.
Exato. O Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento - SIOP é o sistema
utilizado na esfera federal para elaboração, acompanhamento e avaliação de
planos, programas e orçamentos.
Gabarito: e
4) (CESPE CGE-PI 2015) No processo de elaboração do orçamento,
seguindo o modelo federal, o detalhamento da proposta setorial
compreende momentos em que os agentes compartilham os dados e as
informações de cada etapa decisória, visando imprimir credibilidade ao
planejamento.
Errado, de acordo com o MTO 2016, o processo de detalhamento da proposta
setorial, via SIOP, compreende três et apas/momento decisórias: UO (Unidade
Orçamentária), órgão setoria l e Órgão Central. Cada momento é tratado
excl usivamente pelos atores orçamentários responsáveis pela respectiva etapa
decisória e não pode ser compartilhado, o que confere privacidade e segurança
aos dados.

\ ~

Passada a etapa/momento decisório, o órgão e unidade poderão, ainda,


consultar os dados encaminhados ou, excepcionalmente, alterar apenas os
textos referentes à justificativa de sua programação.
Gabarito: E
5) (CESPE CGE-PI 2015) Na técnica de elaboração do orçamento
público, a orçamentação diz respeito aos valores financeiros de custos
e recursos disponíveis para a execução de projetos, os quais devem
conter a definição da quantidade de produto a ser ofertado à sociedade
ao final de seu período de execução.

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A orçamentação é a última etapa do processo de elaboração, sendo nessa


etapa feita a alocação dos recursos para colocar em prática a ação
governamental.
Gabarito: C

APROVAÇÃO
Finalizada a elaboração da Proposta, essa será apresentada ao Congresso
Nacional por meio de Mensagem Presidencial (instrumento oficial de
comunicação entre Presidente e Congresso), devendo conter:
I - resumo da política econômica do País e análise da conjuntura econômica,
com indicação do cenário macroeconômico e suas implicações sobre a proposta
orçamentária;
II - resumo das políticas setoriais do governo;
III - avaliação das necessidades de financiamento do Governo Central
relativas aos Orçamentos Fiscal e da Seguridade Social, evidenciando a
metodologia de cálculo e os parâmetros utilizados;
IV - indicação do órgão que apurará os resultados primário e nominal, para fins
de avaliação do cumprimento das metas;
V - justificativa da estimativa e da fixação, respectivamente, da receita e da
despesa; e
VI - demonstrativo sintético, por empresa, do Orçamento de Investimento das
Estatais (Programa de Dispêndios Globais), informando as fontes de
financiamento, bem como a previsão da sua respectiva aplicação, e o resultado
primário dessas empresas com a metodologia de apuração do resultado.
A proposta orçamentária, apesar da sua natureza de lei ordinária, possui rito
especial. Ela é discutida concomitantemente em ambas as casas do Congresso
Nacional (na forma do regimento comum do Congresso Nacional), na Comissão
Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização, prevista na Constituição.

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Ao contrário ao que ocorre em outras tramitações legislativas, as emendas


parlamentares serão todas apresentadas nessa comissão mista, que ficará
responsável por analisá-las e emitir parecer.
Qualquer emenda ao PLOA e a outros planos e programas deverá ser
apresentada à Comissão de Orçamentos. Para ser aprovada, a emenda deverá,
nos ditames constitucionais, seguir os seguintes preceitos:
 Sejam compatíveis com PPA e LDO;
 Indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de
anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre:
o Dotações para pessoal e seus encargos;
o Serviço da dívida;
o Transferências tributárias constitucionais;
 Sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões ou com
dispositivos do texto do PLOA.
As emendas apresentadas no Congresso podem ser individuais de cada
parlamentar, de comissão (das comissões existentes na Câmara e no Senado)
ou de bancada estadual.
Nesse ponto, é importante lembrar que as emendas também poderão alterar
as previsões da receita, desde que apresente os cálculos que sustentem a
revisão dos valores anteriormente definidos, e retificar incorreções e erros na
redação da LOA.
Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser
utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares,
com prévia e específica autorização legislativa.
É permitida a proposta de emenda ou modificação de algum projeto caso este
ainda não tenha sido analisado pela Comissão Mista de Orçamento.
E se o Chefe do Poder Executivo, nosso Presidente da República, desejar
realizar uma alteração no projeto de lei, será possível? Sim, a Constituição
determina que o Presidente poderá, por meio TAMBÉM de Mensagem ao

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Congresso Nacional, modificar o projeto, desde que não tenha se iniciado


votação sobre aquele item na Comissão Mista.

6) (CESPE TCU 2007) As emendas ao projeto de lei do orçamento anual


ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso
sejam compatíveis com o plano plurianual (PPA) e com a lei das
diretrizes orçamentárias (LDO).
Correto! Uma das condições para as emendas apresentadas é que sejam
compatíveis com PPA e LDO.
Gabarito: e
7) (CESPE TRT 10ª Região 2013) As emendas orçamentárias, que só
podem ser aprovadas caso estejam de acordo com o PPA e a LDO,
constituem um importante instrumento do Poder Legislativo para
influenciar a alocação de recursos públicos.
Seja na função de representante dos Estados/DF (Senadores) ou do povo
(Deputados), os parlamentares, por meio das emendas, buscarão alocar os
recursos para atenderem os pleitos dos seus assistidos, constituindo a emenda
ao orçamento importante instrumento do Poder Legislativo.
A importância desse tema pode ser demonstrada pela promulgação da Emenda
Constitucional n. 86, que trata do orçamento imposit ivo, que tornou as
emendas individuais dos parlamentares de execução obrigatória.
Gabarito: e

EXECUÇÃO
Após a etapa de discussão e aprovação da Lei Orçamentária, iniciam-se as
rotinas para viabilizar a execução do orçamento. Assim, trinta dias após
aprovação da Lei Orçamentária Anual, conforme disposto no art. 8º da LRF, o

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Poder Executivo publicará cronograma mensal de desembolsos de recursos


financeiros, por meio de Decreto.
Salvo as despesas com pessoal e encargos sociais, precatórios e sentenças
judiciais, os cronogramas anuais de desembolso mensal dos Poderes
Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública
da União serão repassados na forma de duodécimos. Isso está consignado no §
2º do art. 51 da Lei nº 13.080/2015 (LDO 2015).
De acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, bimestralmente todos os
poderes deverão verificar a compatibilidade entre os recursos financeiros
disponíveis e a execução orçamentária.
Caso seja verificada a possibilidade de incompatibilidade desse sistema, cada
Poder deverá preceder contingenciamento de despesas/empenhos, até que o
fluxo se reestabeleça. À medida que o fluxo se reestabelecer, deverá se
proceder o descontigenciamento proporcionalmente a essa recuperação.
O Poder Executivo publicará, até trinta dias após o encerramento de cada
bimestre, relatório resumido da execução orçamentária, abrangendo todos os
Poderes e o Ministério Público.
Observa-se que a finalidade do decreto de programação orçamentária e
financeira e de limitação de empenho e movimentação financeira
(contingenciamento) é garantir o cumprimento das metas de resultados fiscais
e de obter maior controle sobre os gastos públicos.
Na esfera federal esse processo é gerido pelo Sistema de Administração
Financeira Federal, sendo composto pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN),
como órgão central do sistema, e pelos órgãos setoriais.
Próximo passo para viabilizar a execução do orçamento é providenciar que os
créditos orçamentários e os recursos financeiros estejam disponíveis para as
unidades executoras.
Quando tratamos de orçamento utilizamos o termo crédito, já quando tratamos
de financeiro utilizamos o termo recurso.

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A transferência inicial de recursos financeiros do órgão central do Sistema


Financeiro às unidades setoriais é conhecida como Cota . A transferência desses
recursos aos órgãos da mesma estrutura é conhecida como Sub-repasse . Já
quando o recurso é transferido para outro órgão orçamentário essa transação é
conhecida como Repasse.
Vamos lá ...

• Transferência de recursos às unidades


setoriais

Sub-repasse • Transferências de recursos aos órgãos


relacionados

Repasse • Transferência de recursos para outro órgão


orçamentário

Para os Créditos Orçamentários os nomes são outros. Dotação é a


transferência do crédito inicial. Provisão é a descentralização interna de
orçamento, sendo a resposta da nossa questão. E Destaque é a
descentralização para outro órgão.
Então vamos lá de novo:

• Transferência do crédito inicial

• descentralização interna de orçamento

Destaque • descentralização para outro órgão

O Sistema Integrado de Admin istração Federa l (SIAFI) é o sistema de


informação utilizado na esfera federa l para controle diário da execução
orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos da Admin istração Pública,
tendo como objetivos :
1 - Prover os Órgãos da Administração Pública de mecanismos adequados ao
controle diário da execução orçamentária, financeira e contábil;

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2 - Fornecer meios para agil izar a programação financeira, otimizando a


utilização dos recursos do Tesouro Nacional, através da unificação dos recursos
de caixa do Governo Federal;
3 - Permitir que a Contabilidade Aplicada à Adm inistração Pública seja fonte
segura e tempestiva de informações gerenciais para todos os níveis da
Adm inistração Pública;
4 - Integrar e compatibilizar as informações no âmbito do Governo Federal;
5 - Proporcionar a transparência dos gastos públicos.

E se o orçamento não foi aprovado, como fica a execução? Anualmente, a LDO


aprovada prevê que, nos casos de a proposta orçamentária anual não for
aprovada no prazo estipulado, algumas despesas de caráter inadiáveis e outras
que são elencadas na LDO poderão ser executadas até que o projeto seja
aprovado.
É o que diz o art. 53 da LDO atual. Veja:
Art. 53. Se o Projeto de Lei Orçamentária de 2015 não for sancionado pelo
Presidente da República até 31 de dezembro de 2014, a programação dele
constante poderá ser executada para o atendimento de (Vejamos alguns
exemplos):
• ações de prevenção a desastres classificadas na subfunção Defesa Civil;
• formação de estoques públicos vinculados ao programa de garantia dos
preços mínimos;
• real ização de eleições e continuidade da implantação do sistema de
automação de identificação biométrica de eleitores pela Justiça Eleitoral;
• concessão de financiamento ao estudante;
• outras despesas correntes de caráter inadiável, até o limite de um doze
avos do valor previsto, multi plicado pelo número de meses decorridos
até a publicação da respectiva Lei .

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8) (CESPE MPU 2015) A programação financeira tem o objetivo de


ajustar o ritmo de execução do PPA ao fluxo provável de recursos
financeiros, de modo a executar os programas de trabalho.
A finalidade da programação financeira não é garantir a execução do PPA, mas
garantir recursos para a liquidação dos compromissos assumidos decorrentes
da execução da Lei Orçamentária Anual.
Gabarito: E
9) (CESPE MPU 2015) A programação orçamentária e financeira
consiste na compatibilização do fluxo dos pagamentos com o fluxo dos
recebimentos, visando o ajuste da despesa fixada às novas projeções
de resultados e da arrecadação.
Conceito exato da finalidade da programação orçamentária e financeira.
Gabarito: C
10) (CESPE CGE-PI 2015) No âmbito do Poder Executivo federal, o
decreto de programação financeira pode ser modificado, desde que
respeitados os limites consignados no orçamento anual.
Exato. De acordo com o Manual do SIAFI da STN, respeitados os limites
consignados no Orçamento Anual, o Decreto de programação financeira pode
ser modificado pela SOF/MPOG mediante solicitação efetivada até 31 de
outubro do exercício financeiro pelo Ministro de Estado interessado, no âmbito
do Poder Executivo.
Gabarito: C
11) (CESPE MPU 2015) A transferência de créditos orçamentários de
um órgão público a outro órgão que esteja em ministério ou estrutura
administrativa diferente deve ser feita por meio de repasse.

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Quando tratamos da transferência de créditos orçamentários de um órgão para


outro de outra estrutura usamos o termo DESTAQUE. O repasse é utilizado na
transferência de recursos financeiros.
Gabarito: E

CONTROLE
O Controle e Avaliação são classificados dependendo do órgão ou entidade que
exerce a fiscalização. Assim, quando o controlador for do mesmo Poder, o
controle será considerado interno (CGU controlando o MEC), quando o controle
for realizado por uma entidade externa aquele Poder (TCU controlando o MEC),
o controle será externo.
Apesar de ser considerado a última etapa do ciclo orçamentário, o controle e
avaliação do orçamento não precisam esperar o fim da execução orçamentária
para acontecer. Atualmente, o controle pode ser prévio (antes), concomitante
(durante) ou posterior (depois) à execução do orçamento.
O controle externo da União e das entidades da administração direta e indireta,
quanto à legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e
renúncia de receitas, será exercido pelo Congresso Nacional, com auxílio do
Tribunal de Contas da União.
Quanto ao controle interno, cada um dos Poderes (Executivo, Legislativo e
Judiciário) deve manter uma estrutura de controle interno, que, como o próprio
nome já indica, se refere à fiscalização dos atos de cada Poder, por uma
unidade ou sistema dentro da estrutura daquele Poder.
São objetivos do Controle Interno:
• avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a
execução dos programas de governo e dos orçamentos da União;
• comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e
eficiência, da gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos órgãos e
entidades da administração federal, bem como da aplicação de recursos
públicos por entidades de direito privado;

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• exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem como


dos direitos e haveres da União;
• apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional.
As pessoas responsáveis pelo controle interno de cada Poder, ao tomarem
conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, devem comunicá-la ao
TCU, sob pena de responsabilidade solidária.
A responsabilidade solidária se contrapõe à responsabi lidade subsidiária. Na
subsidiária, o responsável tem o benefício de ordem. E o que significa isso?
Significa que o responsável subsidiário só será cobrado após a cobrança do
responsável principal. No caso da solidária, como não há benefício de ordem, o
responsável solidário poderá ser cobrado primeiro, não há ordem de cobrança.
Desta forma, caso o servidor da área de controle interno não comunique uma
irregularidade ao TCU, poderá vir a ressarcir os cofres públicos,
independentemente da cobrança do responsável pela irregularidade.

Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato também poderá


também denunciar irregularidades e ilegalidades ao TCU. Atenção!
Diferentemente da pessoa responsável pelo controle interno, que é obrigado a
fazer essa comunicação, para essas outras pessoas, trata-se de faculdade, não
havendo responsabilização pela sua inércia.

f: ~
12) (CESPE MTE 2014) No momento da promulgação da lei
orçamentária anual, encerra-se a participação do Congresso Nacional
no ciclo orçamentário.
Depois da promulgação da lei orçamentária anual, durante a execução do
orçamento e depois, o Congresso Nacional é responsáve l por realizar o controle
externo desses gastos. Desta forma, a questão erra ao afirmar que a
participação do Congresso Naciona l se encerra com a promulgação da LOA.

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Gabarito: E

2.8 Créditos ordinários e adicionais.


Durante a execução do orçamento, é possível que ocorram situações não
previstas em sua fase de elaboração. Considerando isso, estão previstos a
utilização de créditos adicionais.
Temos três tipos de créditos adicionais:
 Suplementares: destinados a reforço de dotação orçamentária, são
utilizados nos casos em que o crédito inicial foi insuficiente para cobrir a
despesa realizada. (Autorizados por lei e abertos mediante Decreto)
 Especiais: destinados a despesas para as quais não haja dotação
orçamentária específica. (Autorizados por lei e abertos mediante Decreto)
 Extraordinários: destinados a despesas imprevisíveis e urgentes, como
em caso de guerra, comoção interna ou calamidade pública. (Abertos
mediante Medida Provisória ou por Decreto nos entes que não possuem
MP)
Da mesma forma que os créditos ordinários (orçamento propriamente dito), os
projetos de créditos adicionais (que alteram o orçamento) serão analisados em
ambas as casas do Congresso Nacional (na forma do regimento comum do
Congresso Nacional), na Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e
Fiscalização.
Os créditos suplementares deverão ser aprovados por lei e abertos mediante
decreto. Conforme falamos na aula anterior, pode haver uma autorização
prévia na Lei Orçamentária Anual para emissão desses créditos adicionais
(apenas para os suplementares!).
Os créditos especiais, da mesma forma que nos créditos suplementares,
deverão ser autorizados por Lei e abertos por meio de Decreto. Contudo, as
LDOs que vêm sendo instituídas afirmam que a Lei que institui o crédito já é
responsável pela abertura do mesmo.

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Os créditos, em regra geral, têm a sua vigência adstrita ao exercício financeiro.


Entretanto, os créditos especiais e os extraordinários possuem uma
peculiaridade: se o ato de autorização desses dois créditos for promulgado nos
últimos 4 meses do exercício, os créditos poderão ser reabertos nos limites de
seus saldos, sendo incorporados ao exercício subsequente.
Vejam, por exemplo, o Decreto sem número de 28/1/15:

Ementa: “reabre, em favor dos Ministérios da Defesa e da Integração Nacional,


crédito extraordinário no valor de R$ 560.000.000,00, aberto pela Medida
Provisória nº 666, de 30 de dezembro de 2014”.
“Art. 1º Fica reaberto, em favor dos Ministérios da Defesa e da Integração
Nacional, até o limite dos saldos apurados em 31 de dezembro de 2014, no
valor de R$ 560.000.000,00 (quinhentos e sessenta milhões de reais), crédito
extraordinário aberto pela Medida Provisória nº 666, de 30 de dezembro de
2014, para atender à programação constante do Anexo.”

O artigo 43 da Lei n° 4.320/64 determina que a abertura dos créditos


adicionais dependa necessariamente da existência de recursos disponíveis,
salvo para abertura de créditos extraordinários. Os recursos para abertura de
créditos adicionais advêm das seguintes fontes:
 Excesso de arrecadação, computando-se a tendência do período e
excluindo-se os valores abertos com créditos extraordinários no
exercício;
 Superávit Financeiro apurado no Balanço Patrimonial do Exercício
anterior, excluindo-se os créditos adicionais transferidos e computando-
se as operações de crédito a esses vinculados;
 Operações de crédito, com exceção das Antecipações de Receita
Orçamentária;
 Reserva de contingência;
 Anulação total ou parcial de dotações orçamentárias ou de créditos
adicionais.

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Créditos Adicionais

·-· ··-···-·
orçamentária
Final do exercício
financeiro
Despesas para as Final do exercício Autorizado por
quais não haja financeiro, salvo Lei, aberto por
Especial dotação se o ato de Decreto
orçamentária autorização for
específica promulgado nos
últimos quatro
meses daq uele
exercício, caso Medida
Despesas urgentes
em que, Provisória ou
e imprevisíveis
reabertos nos Decreto nos
(guerra, comoção
Extraordinário limites de seus entes que não
intestina,
saldos, serão t iverem
calamidade
incorporados ao previsão de
pública)
orçamento do MP
exercício
subsequente

13) {CESPE MPU 2015) O crédito para despesas urgentes, e não


incluídas no orçamento, realizadas em função da ocorrência de
calamidade pública, deverá ser aberto por meio de medida provisória.
Exato, são os créditos extraordinários, destinados a despesas imprevisíveis e
urgentes, como em caso de guerra, comoção interna ou ca lamidade pública .
(Abertos mediante Medida Provisória) .
Gabarito: e
14) {CESPE CGE-PI 2015) Créditos especiais e extraordinários são
abertos para inserir novas dotações orçamentárias na LOA, podendo

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ser transferidos para a continuidade da execução no exercício seguinte,


se a autorização do Poder Legislativo ocorrer no mês de novembro.
Como vimos, tratando-se de créditos especiais e extraordinários autorizados
nos últimos quatro meses do ano (setembro, outubro, novembro e dezembro)
os saldos poderão ser reabertos no exercício subsequente. Logo, correta nossa
questão.
Gabarito: C

Questões
15) (CESPE CGE-PI 2015) O projeto da lei orçamentária anual deve ser
encaminhado ao Congresso Nacional para exame por uma comissão
mista de deputados e senadores em até seis meses antes do
encerramento do exercício financeiro, de modo que sua devolução para
sanção ocorra até o encerramento da sessão legislativa, pois, caso
contrário, não haverá o recesso legislativo.
O Projeto de Lei Orçamentária é encaminhado até 31/8 (4 meses antes do
encerramento). Além disso, a disposição que trata da impossibilidade de
recesso legislativo é relativa à LDO.
Gabarito: E
16) (CESPE DEPEN 2015) Em observância ao princípio da separação de
poderes, o presidente da República não poderá propor modificações no
projeto de lei relativo ao PPA.
Até que seja iniciada a votação da parte que o Presidente deseja alterar, esse
poderá, por meio de mensagem ao Congresso Nacional, propor modificações
ao Projeto do PPA.
Gabarito: E
17) (CESPE DEPEN 2015) Se uma dotação orçamentária for cancelada
em decorrência de emenda parlamentar, e o valor da referida dotação
for destinado para uma despesa vetada pelo chefe do Poder Executivo,

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esse valor poderá ser empregado para abertura de crédito especial


durante o exercício de vigência da lei que tenha sofrido o veto.
Certo. Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do
projeto de lei orçamentária anual, fica rem sem despesas correspondentes
poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou
suplementares, com prévia e específica autorização legislativa .
Gabarito: e
18) (CESPE DEPEN 2015) O ciclo orçamentário inicia-se com a
formulação do planejamento plurianual pelo Poder Executivo e
encerra-se com a avaliação da execução e do julgamento das contas.
Correto . O CESPE voltou a usar a teoria do ciclo orçamentário ampliado, veja :
• formula Ç.ão do planej amento_plurianual, pelo Executivo;
• apreciação e adequação do plano, pelo Legislativo;
• proposição de metas e prioridades para a administração e da política de
alocação de recursos pelo Ex ecutivo;
• apreciação e adequação da LDO, pelo Legislativo;
• elaboração da proposta de orçamento, pelo Executivo;
• apreciação, adequação e autorização legislativa;
• execução dos orçamentos aprovados;
• avaliaçã o da execuÇ.ão e j ulgamento das contas.
Gabarito: e
19) (CESPE DEPEN 2015) Compete ao Poder Legislativo propor, no
ciclo orçamentário, as metas e as prioridades para a administração
pública.
Nada disso. O Poder Executivo é o respon sável por propor as metas e
prioridades da Administração Pública, por meio da Lei de Diretrizes
Orçamentárias. Aqu i também há clara referência ao ciclo orçamentário
ampliado. Fique de olho!
Gabarito: E

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20) (CESPE DEPEN 2015) As fases do ciclo orçamentário podem ser


aglutinadas de acordo com suas finalidades e periodicidades.
As fases do ciclo orçamentário não são passíveis de aglutinação, pois possuem
ritos próprios, finalidades e periodicidades específicas.
Gabarito: E
21) (CESPE DEPEN 2015) SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: Um deputado
apresentou proposta de emenda a projeto de lei de orçamento
indicando como recurso quantia proveniente de anulação de despesa
incidente sobre serviço da dívida. ASSERTIVA: Nessa situação, a
proposta de emenda é inconstitucional, e a despesa não deverá ser
executada.
Um dos requisitos para aprovação de emenda parlamentar sobre a despesa é a
apresentação da fonte do recurso, que deverão ser necessariamente
provenientes da anulação de despesa, contudo, excluído aquelas provenientes
dotações para pessoal e seus encargos, serviços da dívida e transferências
tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal. Logo, a
questão está correta.
Gabarito: C
22) (CESPE ANP 2013) O processo orçamentário, com duração de um
exercício financeiro, evidencia as etapas de elaboração, discussão e
aprovação da Lei Orçamentária Anual.
O processo orçamentário, envolvendo elaboração, discussão/aprovação,
execução e controle/avaliação é superior ao exercício financeiro. Basta lembrar
que a elaboração e a discussão/aprovação do orçamento de 2014 ocorreria
(deveria ocorrer, pois o orçamento ainda não foi aprovado) em 2014 e a
execução dessa peça dar-se-á ao longo do ano de 2015.
Gabarito: E
23) (CESPE TC-DF 2014) O gerenciamento do processo orçamentário é
papel exclusivo da Secretaria de Orçamento Federal.

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Errado. O gerenciamento do processo orçamentário não é papel exclusivo da


Secretaria de Orçamento Federal (SOF).
Além da SOF, responsável pela LOA e pela LDO, temos a SPI (Secretaria de
Planejamento e Investimentos) responsável pelo PPA, e o DEST (Departamento
de Coordenação e Governança das Empresas Estatais), responsável pelo
orçamento das estatais.
Gabarito: E
24) (CESPE ANCINE 2013) A responsabilidade pela elaboração da
proposta orçamentária é da Secretaria de Orçamento Federal, do
MPOG.
A elaboração da proposta orçamentária é gerida na esfera Federal pela
Secretária de Orçamento Federal – SOF, vinculada ao MPOG.
Gabarito: C
25) (CESPE TCE-ES 2012) Em virtude da independência dos poderes, o
orçamento do Poder Judiciário é incorporado à Lei Orçamentária Anual
sem que haja fixação anterior de limites para a elaboração da
proposta.
Todos os Poderes devem respeitar os limites estabelecidos na LDO. Dessa
forma, suas propostas encaminhadas ao Executivo já devem estar dentro
desses limites.
Gabarito: E
26) (CESPE FNDE 2012) Compete à Secretaria de Orçamento e
Finanças a definição das estratégias do processo de elaboração da LOA.
Caberá à SOF definir as estratégias e diretrizes do processo de elaboração da
LOA. Nesse sentido, as setoriais e unidades orçamentárias dos outros Poderes
e órgãos estarão vinculadas tecnicamente às diretrizes da SOF, apesar de não
estarem vinculadas hierarquicamente.
Você, um aluno atento, percebeu que o Cespe errou o nome da SOF, que é a
Secretaria de Orçamento Federal. Reparem que o Cespe não alterou seu

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gabarito por conta disso. Mas a gente perdoa, haja vista que foi aquele o nome
da SOF até 1972, sendo alterado posteriormente para o nome atual.
Gabarito: C
27) (CESPE Câmara dos Deputados 2014) A atuação do órgão setorial
no processo orçamentário envolve formalizar as alterações
orçamentárias do órgão.
As Unidades Setoriais são responsáveis por unificar as propostas
orçamentárias das unidades orçamentárias de um mesmo órgão ou poder,
repassando esses dados à Secretaria de Orçamento Federal. Essa mesma
atuação serve para as possíveis alterações que venham a ser necessárias e
solicitadas no âmbito de coordenação da setorial.
Gabarito: C
28) (CESPE TRT - 17ª Região (ES) 2013) Além do controle da gestão
financeira, o sistema de planejamento e de orçamento do governo
federal abrange as atividades de elaboração, acompanhamento e
avaliação de planos, programas e orçamentos.
O SIOP (Sistema Integrado de Planejamento e de Orçamento) não abrange a
gestão financeira, apenas orçamentária. A Secretaria de Orçamento Federal,
por meio do SIOP, compreende as atividades de elaboração,
acompanhamento e avaliação de planos, programas e orçamentos.
O controle de gestão financeira é feito pela Secretaria do Tesouro Nacional
(STN), órgão da estrutura do Ministério da Fazenda. O sistema que efetua esse
controle de gestão financeira é o famoso SIAFI - Sistema Integrado de
Administração Financeira do Governo Federal.
Gabarito: E
29) (CESPE Câmara dos Deputados 2012) Compete integralmente à
Secretaria de Orçamento Federal (SOF) a elaboração dos orçamentos
fiscal, da seguridade social e dos investimentos das empresas
estatais não dependentes.

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A elaboração do orçamento dos investimentos das empresas estatais


independentes é competência do Departamento de Coordenação e Governança
das Empresas Estatais – DEST, vinculado diretamente à Secretaria Executiva
do MPOG.
Gabarito: E
30) (CESPE CAPES 2012) A iniciativa de elaboração da proposta
orçamentária anual é do Poder Executivo.
Isso mesmo, da mesma forma que os demais instrumentos orçamentários, a
competência para elaboração da Lei Orçamentaria Anual é exclusiva do Chefe
do Poder Executivo.
Gabarito: C
31) (CESPE TER-RJ 2012) A apresentação da lei orçamentária anual no
caso da União é de iniciativa privativa do presidente da República, mas
esse poder é vinculado aos prazos determinados pela legislação e o
não cumprimento desses prazos constitui crime de responsabilidade.
De acordo com o art. 85 da CF88, “são crimes de responsabilidade os atos do
Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e,
especialmente, contra:
VI - a lei orçamentária;”
Gabarito: C
32) (CESPE TRT 17ª Região 2013) Considere que determinado
parlamentar deseje apresentar emenda ao projeto de lei orçamentária
anual apresentado pelo Poder Executivo. Nessa situação, o autor da
emenda deverá indicar os recursos necessários à sua aprovação, sendo
vedada a anulação de despesas com diárias e ajudas de custo
destinadas aos servidores públicos.
As emendas apresentadas deverão ser compatíveis com a LDO e o PPA. Além
disso, apenas será possível aumentar a consignação de uma despesa se for
apresentada a respectiva contrapartida, resultante da anulação total ou parcial

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de outra despesa, com exceção dos referentes ao pagamento de pessoal


e seus encargos, do serviço da dívida e das transferências constitucionais.
O erro da questão está em “sendo vedada a anulação de despesas com diárias
e ajudas de custo”. Despesa com pagamento de diárias e ajuda de custo
não se enquadram em pagamento de pessoal.
Portanto, questão errada.
Gabarito: E
33) (CESPE TC-DF 2014) A finalidade básica do decreto de
programação orçamentária e financeira e de limitação de empenho e
movimentação financeira é garantir que a parcela do plano plurianual
prevista para o exercício em curso seja efetivamente realizada.
Não é essa a finalidade. A finalidade do decreto de programação orçamentária
e financeira e de limitação de empenho e movimentação financeira não é
garantir que a parcela do PPA seja realizada, mas garantir recursos para a
liquidação dos compromissos assumidos decorrentes da execução da Lei
Orçamentária Anual.
Gabarito: E
34) (CESPE ICMBIO 2014) A programação financeira é um instrumento
introduzido a partir da vigência da LRF.
A LRF alterou a sistemática da programação financeira, contudo, essa já
existia, sendo que já era prevista na Lei 4.320/64.
Gabarito: E
35) (CESPE TRT – 8ª Região 2014) A descentralização interna de
crédito realizada durante o processo de execução previsto no ciclo
orçamentário é denominada
a) destaque.
b) dotação.
c) repasse.
d) sub- repasse.
e) provisão.

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O gabarito da questão é a letra E, pois representa a movimentação interna de


créditos orçamentários.

• Transferência de recursos às unidades


setoriais

Sub-repasse • Transferências de recursos aos órgãos


relacionados

Repasse • Transferência de recursos para outro órgão


orçamentário
--~~~~~~~~-- L

• Transferência do crédito inicial

Provisão • descentralização interna de orçamento

• descentralização para outro órgão

Gabarito: E
36) (CESPE ICMBIO 2014) A descentralização orçamentária que ocorre
entre ministérios denomina-se descentralização executiva.
A descentralização orçamentária entre órgãos diferentes é denominada
Destaque e não descentralização executiva como afirma o enunciado.
Gabarito: E
37) (CESPE MPU 2015) O destaque consiste na descentralização
externa de recursos financeiros realizada no nível de órgão setorial
entre unidades gestoras de órgãos ou entidades de estruturas
administrativas diferentes.
Nada disso! Destaque é movimentação de créditos orçamentários ! A
transferência externa de recursos financeiros é feita por Destaque!
Gabarito: E
38) (CESPE TC-DF 2014) Se for necessário efetuar limitação de
empenho em virtude da frustração na realização de receita, o

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montante da limitação a ser promovida nos Poderes Executivo,


Legislativo e Judiciário e no Ministério Público será estabelecido de
forma proporcional à participação de cada um no conjunto das
dotações orçamentárias iniciais classificadas como despesas primárias
discricionárias.
Disposição constante das LDOs ano a ano, inclusive na LDO vigente, Lei nº
13.080/2015 (LDO/2015), dessa forma:
“Art. 52. Se for necessário efetuar a limitação de empenho e movimentação
financeira de que trata o art. 9o da Lei de Responsabilidade Fiscal, o Poder
Executivo apurará o montante necessário e informará a cada órgão
orçamentário dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da
União e da Defensoria Pública da União, até o vigésimo segundo dia após o
encerramento do bimestre, observado o disposto no § 4o.
§ 1º O montante da limitação a ser promovida pelo Poder Executivo e pelos
órgãos referidos no caput será estabelecido de forma proporcional à
participação de cada um no conjunto das dotações orçamentárias
iniciais classificadas como despesas primárias discricionárias,
identificadas na Lei Orçamentária de 2015 na forma das alíneas "b", "c" e “d”
do inciso II do § 4o do art. 7o desta Lei, excluídas as:
I - atividades dos Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público da
União e da Defensoria Pública da União constantes do Projeto de Lei
Orçamentária de 2015; e
II - custeadas com recursos de doações e convênios “.
Gabarito: C
39) (CESPE TCE-ES 2012) Se a lei orçamentária anual não for aprovada
até o final do exercício anterior ao da sua vigência, o Poder Executivo
estará autorizado a executar as dotações constantes da proposta
apresentada ao Poder Legislativo, até o limite de um doze avos por
mês.

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A questão está incorreta, pois essa execução não se estende a todas as


dotações constates da proposta apresentada.
Vale ressaltar que o caso da questão ocorreu esse ano, uma vez que a LOA
2015 foi sancionada apenas em abril de 2015.
Gabarito: E
40) (CESPE TC-DF 2014) O controle e a avaliação da receita devem ser
realizados em fase posterior às etapas de planejamento e execução.
Atualmente, o controle pode ser prévio (antes), concomitante (durante) ou
posterior (depois) à execução do orçamento. Portanto, questão Incorreta.
Gabarito: E
41) (CESPE BACEN 2013) Conforme a CF, o controle externo da União e
das entidades da administração direta e indireta, referente à
fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e
patrimonial, é exercido pelo Congresso Nacional.
O Congresso Nacional é titular do controle externo sobre a administração
pública.
Gabarito: C
42) (CESPE TC-DF 2014) Ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade, os responsáveis pelo controle interno dos três poderes
da União devem comunicá-la ao TCU, sob pena de responsabilização
solidária com o infrator.
Isso mesmo. As pessoas responsáveis pelo controle interno de cada Poder, ao
tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, devem
comunicá-la ao TCU, sob pena de responsabilidade solidária.
Gabarito: C
43) (CESPE CGE-PI 2015) Caso seja identificada frustração na
arrecadação da receita, durante o acompanhamento da execução de
um orçamento público, mecanismos de ajuste entre receita e despesa
deverão ser propostos pelo Poder Executivo, mediante decreto, e
aprovados pelo Poder Legislativo.

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Pegadinha galera. O decreto de limitação de empenho (contingenciamento)


não deve ser aprovado pelo Poder Legislativo. Veja o que o MTO/2015 prevê:
“Verificada a frustração na arrecadação da receita prevista ou o aumento das
despesas obrigatórias, que venham a comprometer o alcance das metas
fiscais, torna-se necessária a adoção de mecanismos de ajuste entre receita e
despesa.
A limitação dos gastos públicos é feita por decreto do Poder Executivo e
por ato próprio dos demais Poderes, de acordo com as regras a serem
fixadas pela LDO 2015 (arts. 51 e 52 da LDO 2015). No âmbito do Poder
Executivo, esse decreto ficou conhecido como Decreto de Contingenciamento,
que, normalmente, é detalhado por portaria interministerial (MP e MF),
evidenciados os valores autorizados para movimentação e empenho e para
pagamentos no decorrer do exercício. Em resumo, os objetivos desse
mecanismo são:
 estabelecer normas específicas de execução orçamentária e financeira
para o exercício;
 estabelecer um cronograma de compromissos (empenhos) e de liberação
(pagamento)
 dos recursos financeiros para o Governo;
 cumprir a legislação orçamentária (LRF, LDO etc.); e
 assegurar o equilíbrio entre receitas e despesas ao longo do exercício
financeiro e
 proporcionar o cumprimento da meta de resultado primário.”
Gabarito: E
44) (CESPE ANTAQ 2014) O órgão público que precisar realizar
despesa não prevista na LOA deverá utilizar, necessariamente, o
crédito especial.
A questão está errada porque afirma que “necessariamente” deverá utilizar o
crédito especial, vez que ainda existe a opção do crédito extraordinário.
Gabarito: E

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45) (CESPE TJ-CE 2014) Suponha que determinado crédito tenha sido
aberto por meio de Medida Provisória. Neste caso, assinale a opção
com a denominação correta da operação realizada.
a) orçamentário
b) suplementar
c) extraordinário
d) adicional
e) especial
Gabarito letra C. Os créditos extraordinários são criados e abertos por
medida provisória.
Gabarito: C
46) (CESPE ANTAQ 2014) Não poderá ser autorizada a abertura de
créditos suplementares de valor que, quando somado às demais
operações anteriormente realizadas, ultrapasse o total de despesas de
capital fixadas na LOA.
Atenção pessoal! A Constituição Federal de 1888, em seu artigo 167, inciso III,
estabelece que as Operações de Crédito ficarão restritas ao montante das
despesas de capital fixadas na LOA. No entanto, há uma ressalva àquelas
autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade
precisa, aprovadas pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.
“Art. 167. São vedados [...] III – a realização de operações de créditos que
excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas
mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta.”
O ponto aqui é que a questão foi feita para confundir o candidato, uma vez que
ela não fala sobre Operações de Crédito, e sim sobre abertura de créditos
suplementares (que não é uma operação de crédito), onde não há regras
nesse sentido.
Gabarito: E

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47) (CESPE ICMBIO 2014) A alteração orçamentária suplementar visa


atender despesas para as quais não exista dotação específica na LOA.
O crédito adicional utilizado para atender a despesas não previstas na Lei
Orçamentária Anual é o crédito especial e não o suplementar, como afirma a
questão.
Gabarito: E
48) (CESPE TC-DF 2014) Caso o governo federal precise realizar gasto
urgente e imprevisto, decorrente, por exemplo, da necessidade de
atendimento às vítimas do desabamento de uma ponte em rodovia
federal, poderá ser aberto crédito extraordinário por meio de medida
provisória.
Perfeito. No caso de gastos urgentes e imprevistos é possível a abertura de
crédito extraordinário, por meio de medida provisória.
Gabarito: C
49) (CESPE ICMBIO 2014) Uma alteração orçamentária de créditos
especiais ou extraordinários, em que surge a necessidade de criação
de um novo programa de trabalho, pode ser solicitada tanto pela
unidade orçamentária quanto por um órgão setorial.
A questão está correta. As Unidades Orçamentárias e os Órgãos Setoriais têm
competência para solicitar esse tipo de alteração.
Gabarito: C
50) (CESPE Câmara dos Deputados 2014) Por meio da abertura de
crédito extraordinário, em situação emergencial, é permitida a
transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos
pelo governo federal e pelas suas instituições financeiras para o
pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos
estados, do Distrito Federal (DF) e dos municípios.
“Art. 167 […] §3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida
para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de
guerra, comoção interna ou calamidade pública, observando o disposto no art.

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62.”. Despesa com pessoal ativo, inativo e pensionista ocorre todo mês, não
sendo imprevisíveis.
Gabarito: E
51) (CESPE TRT – 17ª Região 2014) Considere que um prefeito
pretenda iniciar uma ação governamental, para a qual não haja
vedações nem previsões na Lei Orçamentária Anual. Nessa situação,
em observância ao princípio da legalidade, a ação mencionada
somente poderá ser iniciada após aprovação de crédito adicional que
inclua autorização expressa e específica no orçamento.
A abertura de créditos suplementares e especiais depende da existência de
recursos disponíveis para atender à despesa e será precedida de exposição de
motivos justificada, conforme explicitado no artigo 43 da Lei n° 4.320/1964 e
nas vedações estabelecidas no artigo 167 da CF.
“Art. 167. São vedados: [...] V – a abertura de crédito suplementar ou especial
sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos
correspondentes;”
Gabarito: C
52) (CESPE TRT – 17ª Região 2014) Considere que o Poder Executivo
proponha a aprovação de crédito especial, para incluir, na lei
orçamentária anual, um novo programa de transferência de renda.
Nessa situação, o saldo de caixa apurado no final do exercício anterior
poderá ser utilizado como fonte de recursos.
Os recursos para abertura de créditos adicionais advêm das seguintes fontes:
 Excesso de arrecadação, computando-se a tendência do período e
excluindo-se os valores abertos com créditos extraordinários no
exercício;
 Superávit Financeiro apurado no Balanço Patrimonial do Exercício
anterior, excluindo-se os créditos adicionais transferidos e computando-
se as operações de crédito a esses vinculadas;

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 Operações de crédito, com exceção das Antecipações de Receita


Orçamentária;
 Reserva de contingência;
 Anulação total ou parcial de dotações orçamentárias ou de créditos
adicionais.
Viram “saldo de caixa”? Não? Então, questão incorreta.
Gabarito: E
53) (CESPE TC-DF 2014) Créditos adicionais poderão ser abertos sem a
necessidade de autorização legislativa prévia.
Já que a banca não especificou o tipo de crédito adicional, a questão está
correta em face da possibilidade no crédito extraordinário.
“Art. 167 […] §3º A abertura de crédito extraordinário somente será admitida
para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de
guerra, comoção interna ou calamidade pública, observando o disposto no art.
62.”
“Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poder
adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de
imediato ao Congresso Nacional”.
Lembrando que é vedada a abertura de crédito suplementar ou especial sem
prévia autorização legislativa.
Gabarito: C
54) (CESPE MPU 2013) Considera-se recurso para a abertura de
créditos suplementares e especiais o superávit financeiro do exercício
anterior.
Isso mesmo. O Superávit Financeiro apurado no Balanço Patrimonial do
Exercício anterior é uma das fontes de recursos para abertura de créditos
adicionais.
Gabarito: C

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55) (CESPE MPOG 2013) O cumprimento do princípio orçamentário da


discriminação ou especialização dificulta a fiscalização parlamentar.
Pelo contrário, o princípio da especialização auxilia na fiscalização pelo Poder
Legislativo, pois permite identificar pormenorizadamente o objeto dos gastos
públicos.
Gabarito: E
56) (CESPE ANTT 2013) O orçamento base-zero não tem como foco a
apresentação e organização da peça orçamentária, mas sim a
avaliação e o auxílio à tomada de decisão.
O foco do orçamento base-zero é avaliar anualmente todos os gastos do
governo, com o intuito de auxiliar na decisão sobre a continuidade ou não
desses gastos.
Gabarito: C

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CICLO ORÇAMENTÁRIO

Competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo

Secretaria de LOA
Orçamento Federal I LDO
(SOF)
Oórgão central de Secretaria de
planejamento é o Planejamento e
PPA
Ministério do Investimentos
Planejamento, Estratégicos (SPI)
Orçamento e Gestão
(MPOG). Departamen o de
Coordenação e
Orçamento das
Govemança das Estatais
Empresas Estatais ~ - - - -
(DEST)

Gerido na esfera Federal Caberá à SOFdefinir as estratégias e diretrizes


pela Secretária de do processo de elaboração da LOA
Orçamento Federal - As setoriais são responsáveis por unificar as
SOF (Unidades Setoriais, As setoriais e unidades orçamentárias dos outros propostas das unidadesorçamentárias de um
Unidades Orçamentárias Poderes eÓrgãos estarãovinculadas tecnicamente mesmoórgão ou poder, repassando esses dados à
e Unidades às diretrizes da SOF SOFaté trinta dias antes do prazo final de
Administrativas) apresentação da proposta orçamentária

I • elaboração do Projeto de Lei de


Diretrizes Orçamentárias
II • elaboração do Projeto de Lei
Orçamentária Anual
III • elaboração e revisão do Projeto de Lei
do Plano Plurianual
Sistema Integrado de JV • alteraçoes orçamentárias: ferramentas para
Planejamento e permitir os ajustes necessários ao orçamento durante a
Orçamento - SIOP execução: créditos suplementares, créditos especiais,
créditos ext-aordinários e ajustes em classificações
V • acompanhamento das Estatais: ferramentas para permitir
acompanhar a execução orçamentária das Empresas Estatais
VI • acompanhamento orçamentário: ferramentas para
permit.ir o registro físico das Ações orçamentárias da
União

OPoder Executivoconsolidará as propostas orçamentárias e


OPoder Legislativo e Judiciário, iráapresentá-las ao Congresso Nacional na formade um
o Ministério Público e o TCU projeto de Lei
encaminharão suas propostas
orçamentárias para o Poder Caso os demais Poderes, Ministério Público e Tribunal de Contas
Executivo, dentro dos limites não encaminharem as suas propostas no prazo acima, o Poder
impostos pela LDO Executivo considerará como proposta a Lei Orçamentária
vigente, ajustando-a aos limites impostos pela LDO aprovada

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CICLO ORÇAMENTÁRIO

Aplica supletivamente as
Apesar de sua natureza de Lei Ordinária,
demais normas relativas
seu Rito é Especial!
ao processo legislativo.

Discutida em ambas as casas do


Congresso Nacional, na Comissão
Mista de Planos, Orçamentos Públicos
e Fiscalização

É permitida a proposta de emenda ou O Presidente da República poderá, por meio de


modificação de algum projeto, caso Mensagem ao Congresso Nacional, modificar o projeto,
' este ainda não tenha sido analisado desde que não tenha se iniciado votação sobre aquele
pela Comissão Mista de Orçamento item na Comissão Mista

Todas as emendas parlamentares serão apresentadas à


comissão mista, que ficará responsável por analisá-las
e emitir parecer
Podem ser individuais de cada parlamentar, de comissão
( das comissões existentes na Câmara e no Senado) ou
de bancada estadua l.
APROVAÇÃO/ Poderão alterar as previsões da receita, desde que apresente os cálculos
DISCUSSÃO ! que sustentem a revisão dos valores anteriormente definidos, e retificar
incorreções e erros na redação da LOA

• Sejam compat,veis com PPA e LDO


EMENDAS
~ Dotações para pessoal
e seus encargos;
• Indiquem os recursos necessários,
admitidos apenas os provenientes de ~ Serviço da dívida;
anulação de despesa, excluídas as que
Aprovação: incidam sobre: Transferências
,__________________. ~ tributárias
constitucionais;

• Sejam relacionadas com a correção


de erros ou omissões ou com
dispositivos do texto do PLOA

Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição


do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas
correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso,
mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e
específica autorização legislativa

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CICLO ORÇAMENTÁRIO

Até trinta dias após aprovação da Lei Orçamentária


Anual, o Poder Executivo publicará cronograma mensal de
desembolsos de recursos financeiros, por meio de
Decreto, tendo como finalidade subsidiar os demais
poderes, MPF e TCU na sua programação de gastos
mensais

Caso seja verificada a possibilidade de


incompatibilidade desse sistema, cada Poder
Bimestralmente todos os poderes deverão deverá proceder contingenciamento de
verificar a compatibilidade entre os despesas/empenhos, até que o fluxo se
recursos fi nanceiros disponíveis e a reestabeleça.
execução orçamentária À medida que o fluxo se reestabelecer,
o:ti deverá se proceder o descontigenciamento
proporcionalmente a essa recuperação

O Poder Executivo publicará, até trinta


dias após o encerramento de cada
bimestre, relatório resumido da execução
orçamentária

A finalidade do decreto de programação orçamentária e financeira e de


limitação de empenho e movimentação financeira (conti ngenciamento) é
garantir o cumpr imento das metas de resultados fiscais e de obter maior
controle sobre os gastos públicos

Transferência de
Cota recursos às unidades
setoriais
Descentralização de
Descentralização de
Sub-Repasse recursos aos órgãos
Recursos
relacionados
Descentralização de
Financeiro = Recurso Repasse recursos para outro
Orçamento = Crédito órgão orçamentário

Transferência do
Dotação
crédito incial
Descentralização de Descentralização
Provisão
Créditos interna de orçamento
Descentralização
Destaque
para outro órgão

No caso da proposta orçamentária anual não ser aprovada


no prazo estipulado, algumas despesas de caráter
inadiáveis e outras que são elencadas na LDO poderão ser
executadas no limite de 1/12 por mês, até que o projeto
seja aprovado

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CICLO ORÇAMENTÁRIO

O controle e avaliação do orçamento . Prévio


não precisam esperar o fim da
, Concomitante
execução orçamentária para
acontecer Posterior

Cada um dos Poderes (Executivo, Legislativo e


Judiciário) deve manter uma estrutura de controle
interno, que, como o próprio nome já indica, se refere à
fiscalização dos atos de cada Poder, por uma unidade ou
sistema dentro da estrutura daquele Poder
Ex.: CGU controlando
o MEC
• Avaliar o cumprimento das metas
Controle previstas no plano plurianual, a execução dos
Interno: programas de governo e dos orçamentos da
quando o União;
controlador • Comprovar a legalidade e avaliar os
for do resultados, quanto à eficácia e eficiência, da
Classificados mesmo Poder gestão orçamentária, financeira e patrimonial nos
dependendo do órgão São objetivos do órgãos e entidades da administração federal, bem
ou entidade que Controle Interno: como da aplicação de recursos públicos por
exerce a fiscalização entidades de direito privado;
• Exercer o controle das operações de crédito,
avais e garantias, bem como dos direitos e
haveres da União;
• Apoiar o controle externo no exercício de sua
missão institucional.

Controle O controle externo da União e das entidades da


Externo: administração direta e indireta, quanto à legalidade,
quando o legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções
controle for e renúncia de receitas, será exercido pelo Congresso
realizado por Nacional, com auxílio do Tribunal de Contas da União
uma entidade
externa Ex.: TCU controlando
àquele Poder o MEC

As pessoas responsáveis pelo controle interno de


cada Poder, ao tomarem conhecimento de
qualquer irregularidade ou ilegalidade, devem
comunicá-la ao TCU, sob pena de
responsabilidade solidária!
Diferentemente da pessoa responsável pelo
Qualquer cidadão, partido político,
controle interno, que é obrigada a fazer
associação ou sindicato também poderá
, essa comunicação, para as outras pessoas,
denunciar irregularidades e ilegalidades
trata-se de faculdade, não havendo
ao TCU
responsabilização pela sua inércia

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CRÉDITOS ADICIONAIS

São analisados na Comissão


Mista de Planos,
Orçamentos Públicos e
Fiscalização

A abertura dos créditos adicionais depende necessariamente da


existência de recursos disponíveis, salvo para abertura de
créditos extraordinários

• Excesso de arrecadação, computando-se


a tendência do período e excluindo-se os
valores abertos com créditos extraordinários
no exercício
• Superávit Financeiro apurado no Balanço
Fonte dos Patrimonial do Exercício anterior, excluindo-se
recursos os créditos adicionais transferidos e
computando-se as operações de crédito a
esses vinculadas
• Reserva de contingência
• Anulação total ou parcial de dotações
orçamentárias ou de créditos adicionais.

CRÉDITOS Pode haver autorização prévia na


Lei Orçamentária Anual
ADICIONAIS
Destinados a reforço de dotação
orçamentária, são utilizados nos casos em Autorizados por Lei
que o crédito inicial foi insuficiente para Abertos por Decreto
cobrir a despesa realizada.
Vigência: Final do exercício financeiro

Destinados a despesas para as quais não Autorizados por Lei


haja dotação orçamentária específica. [ Abertos por Decreto

ESPECIAIS Vigência: Final do exercício financeiro, salvo se o ato de


autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos,
serão incorporados ao orçamento do exercício subsequente

Abertos mediante Medida Provisória


Destinados a despesas imprevisíveis
(União), ou por Decreto, caso não
e urgentes, como em caso de guerra,
haja previsão de Medida Provisória
comoção interna ou calamidade pública.
no Ente.
EXTRAORDINÁRIOS
Vigência: final do exercício financeiro, salvo se o ato de
autorização for promulgado nos últimos 4 meses daquele
exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos,
serão incorporados ao orçamento do exercício subsequente

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Bibliografia
Livro/Text o Autor
MT0/2015 SOF
Gestão de finanças públicas Albuquerque, Medeiros e
Feijó
Orçamento Público Giacomoni

Exercícios Trabalhados
1) (CESPE MPU 2010) As principais etapas do ciclo orçamentário são:
elaboração da proposta orçamentária; discussão, votação e aprovação da lei
orçamentária; execução orçamentária e controle e avaliação da execução
orçamentária.
2) (CESPE STF 2013) Nos termos da CF, o ciclo orçamentário desdobra-se em
oito fases, cada uma com ritmo próprio, finalidade distinta e periodicidade
definida.
3) (CESPE TC-DF 2014) Para a elaboração da proposta orçamentária no
governo federal, os órgãos setoriais e as unidades orçamentárias devem
utilizar o Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento.
4) (CESPE CGE-PI 2015) No processo de elaboração do orçamento, seguindo o
modelo federal, o detalhamento da proposta setorial compreende momentos
em que os agentes compartilham os dados e as informações de cada etapa
decisória, visando imprimir credibilidade ao planejamento.
5) (CESPE CGE-PI 2015) Na técnica de elaboração do orçamento público, a
orçamentação diz respeito aos va lores financeiros de custos e recursos
dispon íveis para a execução de projetos, os quais devem conter a definição da
quantidade de produto a ser ofertado à sociedade ao final de seu período de
execução .

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6) (CESPE TCU 2007) As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos


projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso sejam
compatíveis com o plano plurianual (PPA) e com a lei das diretrizes
orçamentárias (LDO).
7) (CESPE TRT 10ª Região 2013) As emendas orçamentárias, que só podem
ser aprovadas caso estejam de acordo com o PPA e a LDO, constituem um
importante instrumento do Poder Legislativo para influenciar a alocação de
recursos públicos.
8) (CESPE MPU 2015) A programação financeira tem o objetivo de ajustar o
ritmo de execução do PPA ao fluxo provável de recursos financeiros, de modo a
executar os programas de trabalho.
9) (CESPE MPU 2015) A programação orçamentária e financeira consiste na
compatibilização do fluxo dos pagamentos com o fluxo dos recebimentos,
visando o ajuste da despesa fixada às novas projeções de resultados e da
arrecadação.
10) (CESPE CGE-PI 2015) No âmbito do Poder Executivo federal, o decreto de
programação financeira pode ser modificado, desde que respeitados os limites
consignados no orçamento anual.
11) (CESPE MPU 2015) A transferência de créditos orçamentários de um órgão
público a outro órgão que esteja em ministério ou estrutura administrativa
diferente deve ser feita por meio de repasse.
12) (CESPE MTE 2014) No momento da promulgação da lei orçamentária
anual, encerra-se a participação do Congresso Nacional no ciclo orçamentário.
13) (CESPE MPU 2015) O crédito para despesas urgentes, e não incluídas no
orçamento, realizadas em função da ocorrência de calamidade pública, deverá
ser aberto por meio de medida provisória.
14) (CESPE CGE-PI 2015) Créditos especiais e extraordinários são abertos para
inserir novas dotações orçamentárias na LOA, podendo ser transferidos para a
continuidade da execução no exercício seguinte, se a autorização do Poder
Legislativo ocorrer no mês de novembro.

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15) (CESPE CGE-PI 2015) O projeto da lei orçamentária anual deve ser
encaminhado ao Congresso Nacional para exame por uma comissão mista de
deputados e senadores em até seis meses antes do encerramento do exercício
financeiro, de modo que sua devolução para sanção ocorra até o encerramento
da sessão legislativa, pois, caso contrário, não haverá o recesso legislativo.
16) (CESPE DEPEN 2015) Em observância ao princípio da separação de
poderes, o presidente da República não poderá propor modificações no projeto
de lei relativo ao PPA.
17) (CESPE DEPEN 2015) Se uma dotação orçamentária for cancelada em
decorrência de emenda parlamentar, e o valor da referida dotação for
destinado para uma despesa vetada pelo chefe do Poder Executivo, esse valor
poderá ser empregado para abertura de crédito especial durante o exercício de
vigência da lei que tenha sofrido o veto.
18) (CESPE DEPEN 2015) O ciclo orçamentário inicia-se com a formulação do
planejamento plurianual pelo Poder Executivo e encerra-se com a avaliação da
execução e do julgamento das contas.
19) (CESPE DEPEN 2015) Compete ao Poder Legislativo propor, no ciclo
orçamentário, as metas e as prioridades para a administração pública.
20) (CESPE DEPEN 2015) As fases do ciclo orçamentário podem ser
aglutinadas de acordo com suas finalidades e periodicidades.
21) (CESPE DEPEN 2015) SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: Um deputado apresentou
proposta de emenda a projeto de lei de orçamento indicando como recurso
quantia proveniente de anulação de despesa incidente sobre serviço da dívida.
ASSERTIVA: Nessa situação, a proposta de emenda é inconstitucional, e a
despesa não deverá ser executada.
22) (CESPE ANP 2013) O processo orçamentário, com duração de um exercício
financeiro, evidencia as etapas de elaboração, discussão e aprovação da Lei
Orçamentária Anual.
23) (CESPE TC-DF 2014) O gerenciamento do processo orçamentário é papel
exclusivo da Secretaria de Orçamento Federal.

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24) (CESPE ANCINE 2013) A responsabilidade pela elaboração da proposta


orçamentária é da Secretaria de Orçamento Federal, do MPOG.
25) (CESPE TCE-ES 2012) Em virtude da independência dos poderes, o
orçamento do Poder Judiciário é incorporado à Lei Orçamentária Anual sem
que haja fixação anterior de limites para a elaboração da proposta.
26) (CESPE FNDE 2012) Compete à Secretaria de Orçamento e Finanças a
definição das estratégias do processo de elaboração da LOA.
27) (CESPE Câmara dos Deputados 2014) A atuação do órgão setorial no
processo orçamentário envolve formalizar as alterações orçamentárias do
órgão.
28) (CESPE TRT - 17ª Região (ES) 2013) Além do controle da gestão
financeira, o sistema de planejamento e de orçamento do governo federal
abrange as atividades de elaboração, acompanhamento e avaliação de planos,
programas e orçamentos.
29) (CESPE Câmara dos Deputados 2012) Compete integralmente à Secretaria
de Orçamento Federal (SOF) a elaboração dos orçamentos fiscal, da
seguridade social e dos investimentos das empresas estatais não dependentes.
30) (CESPE CAPES 2012) A iniciativa de elaboração da proposta orçamentária
anual é do Poder Executivo.
31) (CESPE TER-RJ 2012) A apresentação da lei orçamentária anual no caso da
União é de iniciativa privativa do presidente da República, mas esse poder é
vinculado aos prazos determinados pela legislação e o não cumprimento
desses prazos constitui crime de responsabilidade.
32) (CESPE TRT 17ª Região 2013) Considere que determinado parlamentar
deseje apresentar emenda ao projeto de lei orçamentária anual apresentado
pelo Poder Executivo. Nessa situação, o autor da emenda deverá indicar os
recursos necessários à sua aprovação, sendo vedada a anulação de despesas
com diárias e ajudas de custo destinadas aos servidores públicos.
33) (CESPE TC-DF 2014) A finalidade básica do decreto de programação
orçamentária e financeira e de limitação de empenho e movimentação

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financeira é garantir que a parcela do plano plurianual prevista para o exercício


em curso seja efetivamente realizada.
34) (CESPE ICMBIO 2014) A programação financeira é um instrumento
introduzido a partir da vigência da LRF.
35) (CESPE TRT – 8ª Região 2014) A descentralização interna de crédito
realizada durante o processo de execução previsto no ciclo orçamentário é
denominada
a) destaque.
b) dotação.
c) repasse.
d) sub- repasse.
e) provisão.
36) (CESPE ICMBIO 2014) A descentralização orçamentária que ocorre entre
ministérios denomina-se descentralização executiva.
37) (CESPE MPU 2015) O destaque consiste na descentralização externa de
recursos financeiros realizada no nível de órgão setorial entre unidades
gestoras de órgãos ou entidades de estruturas administrativas diferentes.
38) (CESPE TC-DF 2014) Se for necessário efetuar limitação de empenho em
virtude da frustração na realização de receita, o montante da limitação a ser
promovida nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário e no Ministério
Público será estabelecido de forma proporcional à participação de cada um no
conjunto das dotações orçamentárias iniciais classificadas como despesas
primárias discricionárias.
39) (CESPE TCE-ES 2012) Se a lei orçamentária anual não for aprovada até o
final do exercício anterior ao da sua vigência, o Poder Executivo estará
autorizado a executar as dotações constantes da proposta apresentada ao
Poder Legislativo, até o limite de um doze avos por mês.
40) (CESPE TC-DF 2014) O controle e a avaliação da receita devem ser
realizados em fase posterior às etapas de planejamento e execução.

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41) (CESPE BACEN 2013) Conforme a CF, o controle externo da União e das
entidades da administração direta e indireta, referente à fiscalização contábil,
financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, é exercido pelo Congresso
Nacional.
42) (CESPE TC-DF 2014) Ao tomarem conhecimento de qualquer
irregularidade, os responsáveis pelo controle interno dos três poderes da União
devem comunicá-la ao TCU, sob pena de responsabilização solidária com o
infrator.
43) (CESPE CGE-PI 2015) Caso seja identificada frustração na arrecadação da
receita, durante o acompanhamento da execução de um orçamento público,
mecanismos de ajuste entre receita e despesa deverão ser propostos pelo
Poder Executivo, mediante decreto, e aprovados pelo Poder Legislativo.
44) (CESPE ANTAQ 2014) O órgão público que precisar realizar despesa não
prevista na LOA deverá utilizar, necessariamente, o crédito especial.
45) (CESPE TJ-CE 2014) Suponha que determinado crédito tenha sido aberto
por meio de Medida Provisória. Neste caso, assinale a opção com a
denominação correta da operação realizada.
a) orçamentário
b) suplementar
c) extraordinário
d) adicional
e) especial
46) (CESPE ANTAQ 2014) Não poderá ser autorizada a abertura de créditos
suplementares de valor que, quando somado às demais operações
anteriormente realizadas, ultrapasse o total de despesas de capital fixadas na
LOA.
47) (CESPE ICMBIO 2014) A alteração orçamentária suplementar visa atender
despesas para as quais não exista dotação específica na LOA.
48) (CESPE TC-DF 2014) Caso o governo federal precise realizar gasto urgente
e imprevisto, decorrente, por exemplo, da necessidade de atendimento às

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vítimas do desabamento de uma ponte em rodovia federal, poderá ser aberto


crédito extraordinário por meio de medida provisória.
49) (CESPE ICMBIO 2014) Uma alteração orçamentária de créditos especiais
ou extraordinários, em que surge a necessidade de criação de um novo
programa de trabalho, pode ser solicitada tanto pela unidade orçamentária
quanto por um órgão setorial.
50) (CESPE Câmara dos Deputados 2014) Por meio da abertura de crédito
extraordinário, em situação emergencial, é permitida a transferência voluntária
de recursos e a concessão de empréstimos pelo governo federal e pelas suas
instituições financeiras para o pagamento de despesas com pessoal ativo,
inativo e pensionista, dos estados, do Distrito Federal (DF) e dos municípios.
51) (CESPE TRT – 17ª Região 2014) Considere que um prefeito pretenda
iniciar uma ação governamental, para a qual não haja vedações nem previsões
na Lei Orçamentária Anual. Nessa situação, em observância ao princípio da
legalidade, a ação mencionada somente poderá ser iniciada após aprovação de
crédito adicional que inclua autorização expressa e específica no orçamento.
52) (CESPE TRT – 17ª Região 2014) Considere que o Poder Executivo
proponha a aprovação de crédito especial, para incluir, na lei orçamentária
anual, um novo programa de transferência de renda. Nessa situação, o saldo
de caixa apurado no final do exercício anterior poderá ser utilizado como fonte
de recursos.
53) (CESPE TC-DF 2014) Créditos adicionais poderão ser abertos sem a
necessidade de autorização legislativa prévia.
54) (CESPE MPU 2013) Considera-se recurso para a abertura de créditos
suplementares e especiais o superávit financeiro do exercício anterior.
55) (CESPE MPOG 2013) O cumprimento do princípio orçamentário da
discriminação ou especialização dificulta a fiscalização parlamentar.
56) (CESPE ANTT 2013) O orçamento base-zero não tem como foco a
apresentação e organização da peça orçamentária, mas sim a avaliação e o
auxílio à tomada de decisão.

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Gabarito:
1) e 2) e 3) e 4) E 5) e 6) e 7) e
8) E 9) e 10) e 11 ) E 12) E 13) e 14) e
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www.pontodosconcursos.com.br I Profs. Vinicius Ribeiro e Allan Mendes 49

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