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Nomes- Pedro Felipe da silva ribeiro e Vinicius dos santos Reis

Resumo de filosofia

O texto: senhor e servo na fenomenologia, inspirado na filosofia política de Hegel,


no capitulo 3.1, apresenta uma análise da revolução francesa e o seu ideal de igualdade
implementado no período, identificando uma luta em uma busca constante pela
igualdade que em seu período histórico, se caracterizava pela igualdade entre o senhor e
servo como uma meta recorrida.
A ideia de igualdade entre os indivíduos hoje nos parece “óbvia e nítida” em qualquer
espectro social, contudo, antes da ocorrência da revolução, uma sociedade irregular se
fazia fortemente presente como uma das características recorrentes em todo o período
histórico; temos por exemplo, o antigo regime, que separava a sociedade em classe mais
privilegiada e menos privilegiada, conforme o estamento em que se ocupava e a própria
polis grega, que não admitia servos e mulheres enquanto cidadãos; o absolutismo
também se fazia presente e aqueles que ocupavam o “topo da pirâmide” em seu período,
não compartilhava da mesma essência humana que os outros.
A revolução modifica a concepção de homem do período e inaugura uma nova que não
alega uma distinção para cada homem, deste modo, as funções públicas e políticas são
geridas pelos próprios cidadãos, afinal a lei é uma expressão da vontade geral, tornando
admissível a igualdade nos direitos de todos os cidadãos. Deste modo, a revolução
francesa, insere seus ideais de igualdade, liberdade e fraternidade e inaugura a
concepção de igualdade entre os homens que será naturalizada e garantida pela razão da
nova época; ora, se a igualdade é racional e natural, portanto a desigualdade e o reforço
dos privilégios serão contrários para Hegel, sendo assim, desnaturais e irracionais, e a
autoconsciência individual aceitará a outra como sua igual.
Sobre as informações passadas no capítulo 3.3, Hegel constantemente reforça a ideia
de que a liberdade não pode ser alcançada individualmente. Para isso, os homens devem
se submeter à um sistema de leis, validando essas leis como um artifício que nos
mantenha em constante condição de igualdade.
Continuando, Hegel demonstra uma visão bastante positiva acerca da Revolução
Francesa. Seu deslumbramento frente a este evento histórico provém da convicção de
que, pela primeira vez na história, o princípio da ação baseado na autonomia do sujeito
moral é concretizado, baseado num corpo de leis e na constituição de um Estado
Racional. Contudo, ao mesmo tempo que Hegel compartilha desse vislumbre ao que
ocorrera na Revolução Francesa, ele crítica fortemente a filosofia alemã, que ficaram no
patamar de abstração teórica. Segundo ele, um código moral baseado apenas em teoria e
que não se complete com um conteúdo, nada mais é que puro formalismo, não dando
uma base firme à ação. Até a Virtude, exaltada por Robespierre, tem sua crítica no
quesito efetivação da liberdade. Por ser um sentimento, logo, subjetivo, não é efetivo,
falhando em servir como a base de uma ordem sociopolítica.
Reforçando seus ideais de igualdade, é feita uma análise mais profunda na figura do
senhor e servo. Inserindo-se num contexto de luta pelo reconhecimento de todos os
indivíduos como livres e iguais, a posição do senhor é anulada. O senhor fecha-se em si,
representando a consciência que se recusa à efetividade e que esteve atrás somente da
pur liberdade, o que não é possível de ser feito no mundo ético. Em contrapartida temos
o servo, representado como uma solução à recusa à efetividade, que possui um desejo
refreado, se opondo ao desejo aniquilador do senhor. Ao refrear seu desejo, o servo não
apenas age em prol do senhor, mas em prol do mundo. Na concepção Hegeliana, o
cidadão não vive em prol da necessidade de suprir seus carecimentos, mas sim na
realização do bem comum e para que essa relação do homem com o mundo seja
plenamente efetivada, o Estado se fez necessário como uma instância superior à
sociedade civil, visto que a sociedade, deixada a si, só traz consigo desigualdades.

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