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GESTÃO DE SISTEMAS PRISIONAIS-FARESE

CURSO PÓS- GRADUAÇÃO LATU SENSU


SISTEMA PRISIONAL E SEGURANÇA PÚBLICA

O SITEMA PRISIONAL E A POSTURA DA SEGURANÇA PÚBLICA


BRASILEIRA NO COMBATE A CRIMINALIDADE

JULHO 2021
INTRODUÇÃO

Vamos demonstrar com este trabalho como na última década,


a questão da segurança pública passou a ser considerada problema
fundamental e principal desafio ao estado de direito no Brasil. Mostrar que a
segurança ganhou enorme visibilidade pública, que jamais, em nossa história
recente, ela esteve tão presente nos debates tanto de especialistas como do
público em geral.

É Através do Conselho Nacional de Política Criminal e


Penitenciária, que o Ministério da Justiça formula o sistema carcerário e, com
isto, considera que o sistema penitenciário Brasileiro é um dos dez maiores do
mundo e vê no sistema prisional uma forma de controle para que as pessoas
não violem as leis

Os problemas relacionados com o aumento das taxas de


criminalidade, o aumento da sensação de insegurança, sobretudo nos grandes
centros urbanos, a degradação do espaço público, as dificuldades relacionadas
à reforma das instituições da administração da justiça criminal, a violência
policial, a ineficiência preventiva de nossas instituições, a superpopulação nos
presídios, rebeliões, fugas, degradação das condições de internação de jovens
em conflito com a lei, corrupção, aumento dos custos operacionais do sistema
carcerário, problema relacionados à ineficiência da investigação criminal e das
perícias policiais, entre tantos outros, representam desafios para o sucesso do
processo de consolidação política da democracia no brasil.

Trata-se na verdade de ampliar a sensibilidade para o exercício


de um controle da segurança social e da reinserção dos indivíduos privados de
liberdade à sociedade como parte de um ciclo que faz parte de todo o
complexo do sistema da segurança e aos influxos de novas ideias e energias
provenientes da sociedade e de criar um novo referencial que veja na
segurança e no sistema penitenciário espaço importante para a consolidação
democrática.
1. DESENVOLVIMENTO

É dever do Estado garantir a segurança pública, preservando a


ordem pública e a incolumidade das pessoas e do patrimônio, como podemos
encontrar no artigo 144, caput, da Constituição Federal, através de órgãos
como: Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal,
Polícias Civis, Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares, Polícias
Penais Federal, Estaduais e Distrital. A segurança pública é um dos temas
mais debatidos e pesquisados nos últimos anos no brasil.

De acordo com o artigo 5º, caput, Constituição Federal, implica


num meio de garantia da inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à
igualdade, à segurança e a propriedade, direitos e garantias fundamentais do
cidadão.

Entretanto, as discussões e a visibilidade pública do problema


ainda não tiveram impacto definitivo na produção de conhecimento acadêmico
na área. Evidentemente, muitos pesquisadores vêm se debruçando sobre o
assunto e a bibliografia nacional sobre segurança não para de ampliar-se e de
se aprofundar. Mas as políticas públicas voltadas para a segurança ainda
carecem de uma reflexão mais sistemática e a produção acadêmica necessita
conversar com a produção que emerge dentro das instituições voltadas para
segurança.

A dificuldade reside em grande medida à tradição jurídica e


policial brasileira que coloca a segurança como um problema afeto mais a
juristas e a profissionais. A segurança pública continua sendo uma área de
pouca penetração para outras áreas do conhecimento como as ciências
sociais, a psicologia, a administração, a economia, a história e a geografia.

A Segurança Pública é competência dos órgãos estatais e da


comunidade como um todo, com a finalidade de proteger a cidadania, além de
prevenir e controlar a violência e criminalidade, de fato ou potenciais, e assim
garantir o exercício pleno da cidadania. Nos últimos anos a questão da
segurança pública é considerada um problema fundamental e o principal
desafio ao estado de direito brasileiro. A crescente elevação das taxas de
criminalidade, somado ao insucesso na prevenção das instituições, a grande
sensação de insegurança, a violência policial, as dificuldades relacionadas à
reforma das instituições de administração da justiça criminal, a superpopulação
nos presídios, rebeliões, fugas, morosidade judicial, entre outros, importam
desafios para o sucesso do processo de consolidação política da democracia
no Brasil

A magnitude dos temas e problemas concernentes à


segurança pública alerta para a necessidade de qualificação e de debate
constates e acirrados sobre segurança e para a participação de todos no
cenários concernentes às políticas públicas.

O problema da segurança, portanto, não pode mais estar


apenas atribuídos ao cenário tradicional do direito e das instituições da justiça,
sobretudo, da justiça criminal, polícias e presídios, mas principalmente da
competência do estado em gerir a violência, na administração e aplicação das
políticas públicas de segurança e também em consonância com as instituições
públicas com a sociedade civil promovendo um amplo debate nacional sobre o
tema, políticas de segurança pública

A predominância do direito torna a segurança pública


basicamente um problema de lei e ordem, cujos efeitos se traduzem numa
discussão sobre mecanismos mais apropriados para aumentar o grau de
punição das instituições, ligadas ao direito penal e à administração da justiça
criminal. A própria composição profissional das instituições de segurança
pública refletem essa tradição.

A segurança pública tem passado por uma mudança


importante de referencial. Tem deixado de ser vista como um problema restrito
do estado, das instituições criminais e do direito.

O novo referencial têm apontado para uma visão da segurança


como espaço de participação comunitária (não estatal), por também afetar
outras áreas de governo (social), como ligada a uma abordagem que concilia
diversas disciplina e como problema de ordem regional ou global. Além disso, a
segurança pública tem sido vista como espaço de experimentações sobre a
questão fundamental da garantia da ordem social num contexto de
globalização que aporta problemas novos que demandam soluções novas.

Por exemplo, a internacionalização do crime, a nova


configuração do crime eletrônico, a desestruturação do mercado de trabalho
interno, a nova fluidez das fronteiras e novos marcos do crime como
empreendimento lucrativo são problemas que exigem uma nova configuração
da segurança pública que desafia nossa tradição criminal, essencialmente
inquisitorial.

Constam do Plano Nacional De Segurança Pública tais


compromissos: Aperfeiçoamento legislativo, Combate ao narcotráfico e ao
crime organizado; Desarmamento e controle de armas; Repressão ao roubo;
Implementação do subsistema de inteligência de segurança pública; ampliação
do programa de proteção a testemunhas e vítimas de crime; Mídia x violência:
regulamentação; Redução da violência urbana; Inibição de gangues e combate
a desordem social; Eliminação de chacinas e execuções sumárias; Redução da
violência rural; Intensificação das ações do programa nacional de direitos
humanos; Capacitação profissional e reaparelhamento das polícias;
Aperfeiçoamento do sistema penitenciário;.

O Departamento Penitenciário Nacional-DEPEN, defende que


o sistema penitenciário brasileiro é um dos dez maiores do mundo,pois inclui
unidades de regime aberto, fechado e semiaberto, e também os
estabelecimentos penais.

O sistema prisional é uma forma de controle para que as


pessoas não violem as leis. Através do Conselho Nacional de Política Criminal
e Penitenciária é que o Ministério da Justiça formula o sistema carcerário

No Brasil, o Código Penal brasileiro prevê três regimes para a


execução da pena privativa de liberdade, e o interno poderá prosperar ou
regredir de um regime para o outro, de acordo com o comportamento.

Com a implantação do Sistema Nacional De Segurança Pública


mais uma vez é preciso afirmar que esta é uma luta que necessita de um
esforço conjunto, um direcionamento comum, por parte de todos.
COMCLUSÃO

Espera-se, no cenário da segurança pública, que os desafios


sejam enfrentados e que novos espaços de participação e de transparência na
administração pública sejam alcançados.

Com a criação do plano nacional de segurança pública cuja


objetivo é aperfeiçoar o sistema de segurança pública brasileiro, por meio de
propostas que integrem políticas de segurança, políticas sociais e ações
comunitárias, espera-se de forma eficiente e rápida, que visa reprimir e
prevenir o crime , reduzindo a impunidade, aumentando a segurança e a
tranquilidade do cidadão brasileiro.

O Plano Nacional de Segurança Pública visa aplicar com rigor


e equilíbrio as leis no sistema penitenciário, respeitando os direitos dos
apenados, eliminando suas relações com o crime organizado, e contribuir para
a democratização do Sistema de Justiça Criminal. Já o Programa Nacional de
Segurança Pública com Cidadania tem como uma de suas ações a
reestruturação do sistema penitenciário . Estado e a busca por presídios onde
os presos possam trabalhar, conviver em harmonia, com assistência médica,
em locais limpos e organizados, com alimentação, vestuário e necessidades
básicas visando o estrito cumprimento do mau cometido e não o desrespeito
em que estão submetidos nos dias de hoje, motivo de revoltas, rebeldia e a
violação do princípio da dignidade da pessoa humana

Os diferentes segmentos governamentais - numa articulação


produtiva entre os poderes executivo, legislativo e judiciário, o ministério
público, e da sociedade civil em geral, pois só assim conseguiremos, de forma
sustentável, impõe limites de repreensão da violência.

Todas as medidas aqui selecionadas visam devolver ao povo


brasileiro valores fundamentais ao desenvolvimento de uma sociedade
organizada e democrática. A novidade é o foco da ação integrada, capaz de
coordenar, avaliar e redirecionar metas e propostas, contribuindo para a
criação de um Sistema Nacional de Segurança Pública que ofereça alcance
amplo e eficaz, no combate a violência.

REFERÊNCIAS

SÁ E SILVA, Fabio; DEBONI, Fabio. Participação Social e Governança


democrática na Segurança Pública: possibilidades para a atuação do Conselho
Nacional de Segurança Pública. Texto para Discussão. [S.l.]: IPEA, 2012.

BRASIL. Ministério da Segurança Pública. Sistema Único de Segurança


Pública Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, Plano
Nacional de Segurança Pública e Defesa Social 2018-2028 Brasília: Ministério
da Segurança Pública, 2018.

BRASIL.Sistema Único de Segurança Pública. Termo de Referência: gabinete


de gestão Integrada. Brasília (DF), 2003. Disponível em: http://www.mj.gov.br.
Acesso em: Julho de 2021.

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