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AÇÕES DE ENFERMAGEM EM

SAÚDE COLETIVA

PROF. POLIANA FERREIRA FERRAZ SOUSA


DIFERENÇAS ENTRE:

SAÚDE PÚBLICA

SAÚDE COLETIVA
SAÚDE PÚBLICA E SAÚDE COLETIVA

• A saúde pública consiste em um


conjunto de ações e serviços de caráter
sanitário que tenham como objetivo
prevenir ou combater patologias ou
quaisquer outros cenários que
coloquem em risco a saúde da
população.
SAÚDE PÚBLICA E SAÚDE COLETIVA

• Como é dever do estado assegurar


serviços e políticas voltadas para a
promoção da saúde e bem estar da
população, o termo saúde pública é
consideravelmente mais conhecido e
utilizado que o termo saúde coletiva.
SAÚDE PÚBLICA E SAÚDE COLETIVA

• A saúde coletiva consiste em um


movimento sanitário de caráter social
que surgiu no SUS, esse movimento é
composto da integração das ciências
sociais com as políticas de saúde
pública.
SAÚDE PÚBLICA E SAÚDE COLETIVA

• A saúde coletiva identifica variáveis de


cunho social, econômico e ambiental
que possam acarretar no
desenvolvimento de cenários de
epidemia em determinada região, por
meio de projeções feitas através da
associação dos dados socioeconômicos
com os dados epidemiológicos;
SAÚDE PÚBLICA E SAÚDE COLETIVA

• É possível elaborar uma eficiente


política de prevenção de acordo com as
características da região.
SAÚDE PÚBLICA E SAÚDE COLETIVA

• Toda a saúde pública é coletiva, mas nem


toda saúde coletiva é pública, grosso
modo podemos dizer que o planejamento
da saúde pública e mais amplo que o da
saúde coletiva, além de dispor de mais
recursos do estado, ao passo que a saúde
coletiva é planejada de acordo com as
particularidades da região, tornando-a
mais funcional em especial no aspecto
preventivo.
O SISTEMA E AS
POLÍTICAS DE SAÚDE
NO BRASIL, SUS E ESF
SISTEMAS DE SAÚDE DO BRASIL
E DO MUNDO
SISTEMAS DE SAÚDE NO BRASIL
CONSTITUIÇÃO DE 1988

• Implantação do SUS
→ Universalidade, Integralidade e
Participação Social
→ As instituições privadas participam de
forma complementar do sistema, através de
contrato de direito público ou convênio,
tendo preferência as entidades filantrópicas
e as sem fins lucrativos.
O Sistema Único de
Saúde
Antecedentes Históricos

Movimento pela
Reforma Sanitária
VIII Conferência
Nacional de Saúde
O Movimento
pela Reforma
Sanitária
Brasileira
Organizado solidamente desde
meados dos anos 70

Participação de intelectuais,
profissionais dos sistemas de saúde,
parcela da burocracia e organizações
populares e sindicais
O Movimento
pela Reforma
Sanitária
Brasileira
Objetivo
Luta pela garantia do direito
universal à saúde e
construção de um sistema
único e estatal de serviços
A8a Conferência Nacional de
Saúde
Marco do Movimento Sanitário
Brasileiro
Reuniu mais de 5.000 pessoas na
maior participação popular da história
dos movimentos sociais
Definiu as estratégias a serem
defendidas na Constituinte de 1988 e
consolidou a opção pela via
institucional
A8a Conferência Nacional de
Saúde
Princípios
Conceito ampliado da saúde
Reconhecimento da saúde como
direito de cidadania e dever do
Estado
Defesa de um sistema único, de
acesso universal, igualitário e
descentralizado de saúde
O Sistema Único de Saúde
LEI Nº 8.080, DE 19 DE
SETEMBRO DE 1990

Dispõe sobre as condições para


a promoção, proteção e
recuperação da saúde, a
organização e o funcionamento
dos serviços correspondentes e
dá outras providências.
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 2º A saúde é um direito fundamental do ser
humano, devendo o Estado prover as condições
indispensáveis ao seu pleno exercício.

§ 1º O dever do Estado de garantir a saúde consiste na


formulação e execução de políticas econômicas e sociais
que visem à redução de riscos de doenças e de outros
agravos e no estabelecimento de condições que assegurem
acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a
sua promoção, proteção e recuperação.

§ 2º O dever do Estado não exclui o das pessoas, da família,


das empresas e da sociedade
Art. 3º A saúde tem como fatores determinantes e
condicionantes, entre outros, a alimentação, a
moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o
trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e
o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de
saúde da população expressam a organização social e
econômica do País.

Parágrafo único. Dizem respeito também à saúde as


ações que, por força do disposto no artigo anterior, se
destinam a garantir às pessoas e à coletividade
condições de bem-estar físico, mental e social
O Sistema Único de Saúde:
Garantia: Constituição,
Regulamentação: L.O.S.
O Sistema Único de Saúde:

Princípios doutrinários:

Princípios organizativos:
O Sistema Único de Saúde:

Princípios doutrinários: filosofia


do conceito de saúde e da idéia
de direito à saúde.
Princípios organizativos:
O Sistema Único de Saúde:

Princípios doutrinários: filosofia


do conceito de saúde e da idéia
de direito à saúde.
Princípios organizativos: orientam
a forma como o sistema deve
funcionar.
O Sistema Único de Saúde

Descentralização e
Comando Único
Participação
Popular
Universalidade
Eqüidade
Integralidade

Regionalização e
Hierarquização
O Sistema Único de Saúde

Universalidade

Princípio: trata da saúde como direito de cidadania.


O Sistema Único de Saúde

Universalidade Princípio

CIDADANIA DIREITO DE ALGUNS


REGULADA

CIDADANIA PLENA DIREITO DE TODOS


O Sistema Único de Saúde

Equidade

Princípio: assegura que a disponibilidade dos


serviços de saúde considere as diferenças entre os
diversos grupos de indivíduos.
O Sistema Único de Saúde

Eqüidade Igualdade

Tratar os
Justiça desiguais
desigualmente
O Sistema Único de Saúde

Integralidade

Princípio: é a prática de saúde e sua relação


com o modelo assistencial. “cada pessoa é
um todo indivisível e integrante de uma
comunidade”.
O Sistema Único de Saúde
Descentralização e
Comando Único
O Sistema Único de Saúde
Descentralização e
Comando Único
O Sistema Único de Saúde

Descentralização e
Comando Único
Participação
Popular
Universalidade
Eqüidade
Integralidade

Regionalização e
Hierarquização
Hospital

Contra - Referência
Referência
Unidades Unidades Unidades
Mistas Mistas Mistas

Unidades Unidades Unidades Unidades


Básicas Básicas Básicas Básicas

Regionalização e
Hierarquização
O Sistema Único de Saúde

Descentralização e
Comando Único
Participação
Popular
Universalidade
Eqüidade
Integralidade

Regionalização e
Hierarquização
O Sistema Único de Saúde
Conselhos de
Saúde
Participação
Popular Governo
Usuários
Trabalhador
es da saúde
Prestadores

Conferências de
Saúde
(nos 3 níveis)
O Sistema Único de Saúde

Definido na
Constituição de 1988
Regulado pela LOS
8080/8142 - 1990
O Sistema Único de Saúde
Regulado pela LOS 8080/8142 –
1990
• Dispõe sobre a participação da
comunidade na gestão do Sistema
Único de Saúde (SUS} e sobre as
transferências intergovernamentais
de recursos financeiros na área da
saúde e dá outras providências.
Dos Objetivos e Atribuições
Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS:
I - a identificação e divulgação dos fatores
condicionantes e determinantes da saúde;
III - a assistência às pessoas por intermédio de
ações de promoção, proteção e recuperação da saúde,
com a realização integrada das ações assistenciais e das
atividades preventivas.
Art. 6º Estão incluídas ainda no campo de
atuação do Sistema Único de Saúde (SUS):
I - a execução de ações:
a) de vigilância sanitária;
b) de vigilância epidemiológica;
c) de saúde do trabalhador; e
.
d) de assistência terapêutica integral,
inclusive farmacêutica;
II - a participação na formulação da
política e na execução de ações de saneamento
básico;
III - a ordenação da formação de recursos
humanos na área de saúde;
IV - a vigilância nutricional e a orientação alimentar;
V - a colaboração na proteção do meio ambiente, nele
compreendido o do trabalho;
VI - a formulação da política de medicamentos, equipamentos,
imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a
participação na sua produção;
VII - o controle e a fiscalização de serviços, produtos e
substâncias de interesse para a saúde;
VIII - a fiscalização e a inspeção de alimentos, água e bebidas
para consumo humano;
IX - a participação no controle e na fiscalização da produção,
transporte, guarda e utilização de substâncias e produtos psicoativos,
tóxicos e radioativos;
X - o incremento, em sua área de atuação, do desenvolvimento
científico e tecnológico;
XI - a formulação e execução da política de sangue e seus
derivados
SISTEMAS DE SAÚDE NO BRASIL
SUS

• Direito universal desde o nascimento


→ Sem necessidade de contribuição
→ Atendimento integral e sem carências
→ Realiza campanhas de prevenção e
educativas em saúde
→ Totalmente independente ao vínculo
empregatício
SISTEMAS DE SAÚDE NO BRASIL
COMPLEMENTAR PRIVADO

• Direito apenas aos contribuintes (adesão


aos planos)
→ Lucro
→ Serviços são disponibilizados de acordo
com valor pago.
→ O valor pago dependerá da idade,
doenças pré - existentes
→ Sem vínculo ao fator de prevenção.
INVESTIMENTOS NA SAÚDE DO BRASIL

• Os governos federal, estaduais e


municipais são responsáveis por apenas
42% dos gastos com saúde no país,
enquanto as famílias e instituições sem
fins lucrativos respondem pelos 58%
restantes.
INVESTIMENTOS NA SAÚDE DO BRASIL

• O Estado brasileiro gasta menos do que


outros países que possuem sistemas
públicos universais, como a Espanha, o
Reino Unido e a Suécia, que investem em
torno de 7% a 9% do PIB.
SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL

• Embora no Brasil, em 1988, tenha sido


estabelecida base para a implantação do
SUS (Sistema Único de Saúde), com
princípios de universalidade,
integralidade e participação social, o
sistema ainda hoje está em
desenvolvimento a fim de garantir a
cobertura universal e equitativa.
SAÚDE PÚBLICA NO BRASIL
ANS - 2000

• Promover a defesa do interesse público


na assistência suplementar à saúde;
→ Regular as operadoras setoriais - inclusive
quanto às suas relações com prestadores e
consumidores;
→ Contribuir para o desenvolvimento das
ações de saúde no país.
CASO 1

• "Vamos supor que você decidiu dar uma caminhada e, sem


querer, se desequilibrou e quebrou uma perna. Algumas
pessoas ajudaram e chamaram o SAMU 192, que realizaram
os primeiros atendimentos e te levaram para o hospital da
rede pública mais próximo. Ao chegar lá você recebe a
atenção necessária e informa ao médico que tem um plano
de saúde e deseja acioná-lo para finalizar o atendimento em
um hospital privado. Depois de avaliar a sua situação, o
médico decide por liberar a sua saída. O período no qual
você esteve internado no hospital da rede pública gerou um
custo..."
Quem deve arcar com o custo?!
• O período no qual você esteve internado
no hospital da rede pública gerou um
custo, e as operadoras de planos de
saúde que tiverem seus beneficiários
atendidos pelo SUS devem reembolsar o
MS pelo tratamento hospitalar prestado.
PLANO DE SAÚDE x SUS

→ Discussões sobre a constitucionalidade;


• Ressarcimento será cobrado de acordo
com procedimentos estabelecidos na
tabela única de equivalência de
procedimentos.
→ Identificação dos beneficiários:
As operadoras de planos e seguros de saúde
fornecem à ANS informações de natureza
cadastral para fins do ressarcimento ao SUS.
SISTEMAS DE SAÚDE NO MUNDO

VÍDEO

SISTEMA DE SAUDE NO MUNDO


SUS
OBRIGADA!!!
OBRIGADA!!!

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