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Num texto narrativo, a história – conjunto de ações, descrições, diálogos – é chamada diegese.
AÇÃO
Conjunto de sequências narrativas que detém maior importância ou relevo. É a
Principal (central)
história principal de que se fala.
PERSONAGENS
Desempenha um papel central; a sua atuação é fundamental para o
Principal (protagonista,
desenvolvimento da ação. São as personagens principais que modelam e fazem
central)
avançar a intriga.
Relevo (papel) Assume um papel de menor relevo que o do protagonista, sendo ainda relevante
Secundária
para o desenrolar da ação. Pode participar na intriga, mas não a determina.
Personagem, entidade ou o que quer que facilite a obtenção do objeto por parte
Adjuvante
do sujeito. Aquele (ou aquilo) que favorece a busca que o sujeito faz do objeto.
Funções
actanciais Personagem, entidade ou o que quer que dificulte a obtenção do objeto por
Oponente parte do sujeito. Aquele (ou aquilo) que dificulta a busca que o sujeito faz do
objeto.
Personagem, entidade ou força superior que decide a favor ou contra a
Destinador
obtenção do objeto pelo sujeito. Aquele que permite ao sujeito obter o objeto.
Personagem ou entidade sobre quem recai a decisão favorável ou desfavorável
Destinatário do destinador. Aquele(s) que é(são) atingido(s) pela conquista (ou não) que o
sujeito faz do objeto.
ESPAÇO
Refere-se a localizações, interiores, decorações, objetos, etc. É o cenário físico (que se pode ver), o espaço
Físico
real, interior ou exterior, onde se movimentam as personagens e se sucedem os acontecimentos.
Diz respeito à recriação de uma envolvência cultural, social e económica da época ou local onde decorre a
Social história. Retrata hábitos, valores, ambientes sobretudo através de símbolos, de personagens-tipo ou de
figurantes.
O espaço interior das personagens que corresponde aos pensamentos, reflexões, divagações, sentimentos
Psicológico
e emoções.
TEMPO
(Da) história
Corresponde à sucessão cronológica dos acontecimentos.
(cronológico)
Refere-se à vivência do tempo pelas personagens, ao modo como elas o experimentam, sentem, vivem e
recordam. É a perceção subjetiva e individual, em consonância com o seu estado de espírito, do tempo da
Psicológico
história (por exemplo, um dia pode ter sido longo e penoso para uma personagem e ter sido breve e radioso
para outra).
(Do) discurso Resulta do tratamento ou elaboração do tempo cronológico pelo narrador. Este, normalmente, rearranja, a
ordem e a extensão temporal dos acontecimentos históricos de forma a construir uma narrativa mais
apelativa e estruturada.
No processo de reordenação das sequências narrativas, o narrador pode optar por:
NARRADOR
Convém distinguir o autor e o narrador.
O autor é uma pessoa real que, num determinado momento histórico, escreveu a narrativa.
O narrador é uma invenção do autor, uma entidade fictícia, de natureza textual, a quem cabe realizar o ato de narrar a história.
Heterodiegético Não participa na narrativa.
Participa na história como personagem secundária ou mero figurante, relatando-
Presença Homodiegético a de acordo com as informações que lhe são facultadas por essa sua situação
na narrativa.
Participa direta e ativamente na história sendo a personagem principal
Autodiegético
(protagonista).
O narrador revela uma capacidade de conhecimento praticamente ilimitada em
relação ao universo da história, sabendo tudo sobre as personagens (interior e
Omnisciente
exteriormente), e os acontecimentos ocorridos e a ocorrer. É uma perspetiva só
possível a um narrador heterodiegético.
O narrador limita a narrativa à representação das características superficiais e
Focalização exteriormente observáveis de uma personagem, de um espaço ou de certas
Externa
(ponto de vista ações, ou seja, ele não detém um ponto de vista privilegiado, só «vê» o que um
ou ciência) espectador hipotético veria.
O narrador adota o ponto de vista de uma personagem inserida na ficção, o que
normalmente resulta na redução da quantidade dos elementos informativos que
Interna pode relatar. É a perspetiva dos narradores homodiegéticos e autodiegéticos
mas pode, também, ser adotada por um narrador heterodiegético, por motivos
de estratégia narrativa
O narrador assume, face àquilo que narra, uma atitude neutra, não tomando
Objetivo partido, não revelando simpatias ou antipatias, não exprimindo juízos de valor: é
imparcial e isento na forma como conta a história
Posição
O narrador toma um partido a propósito daquilo que narra, declarando ou
Subjetivo sugerindo a sua posição face aos acontecimentos e intervenientes narrados e
comentando-os de forma parcial.