Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Condições da ação
1)Legitimação “ad causam” = Legitimação ativa e
legitimação passiva.
Locador x locatário => ação de despejo
Legitimação ordinária = ninguém pode em nome
próprio, pleitear direito alheio.
Legitimação extraordinária = exceto se autorizado
por lei.
2)Interesse processual = Necessidade/adequação
Interesse necessidade
Interesse adequação
Elementos da ação
1)Partes = autor x réu
2)Causa de pedir = “causa petendi” = causa de
pedir remota e causa de pedir próxima.
3)Pedido = pedido imediato (sentença = tutela
jurisdicional) pedido mediato (bem jurídico
pretendido pelo autor ou bem da vida
pretendido pelo autor)
Tipos de processos:
- Processo de conhecimento
- Processo de execução
Procedimento comum
P.I. => citação do réu => audiência de conciliação
ou mediação => contestação (matérias preliminares
= defesa processual/Fatos impeditivos, modificativos
ou extintivos = defesa indireta de mérito/Defesa
direta de mérito) ou reconvenção => providências
preliminares => Se o réu alegar matéria preliminar
ou fato impeditivo, modificativo ou extintivo, o juiz
dará prazo de 15 dias para réplica => saneamento =>
audiência de instrução e julgamento => sentença
(“an debeatur” = certeza do direito) => recursos =>
Liquidação de sentença (“quantum debeatur” =
quantia devida) => cumprimento de sentença
(processo sincrético)
Procedimentos especiais de jurisdição contenciosa =
consignação em pagamento, prestação de contas,
possessórias etc.
23/02/2021
Jurisdição voluntária:
Natureza: É verdadeira jurisdição => O juiz atuará
dentro do processo de forma administrativa =>
interesses privados.
Jurisdição => A função do Estado de dizer o direito.
Função jurisdicional = Poder Judiciário => O juiz
resolve o caso concreto, onde houver uma lide =>
Lide ou litígio = Há uma pretensão (autor) resistida
pelo réu.
Jurisdição voluntária => não há lide => não há
partes, mas, sim, interessados => Atuação da função
jurisdicional (Poder Judiciário).
Situação conflituosa a ser resolvida pelo Poder
Judiciário (isso não significa que seja uma lide) =>
Jurisdição voluntária => Não há a condenação em
honorários de advogado, pois não há lide.
Surgimento de lide => Se eventualmente, a outra
parte oferecer contestação e/ou reconvenção (lide), o
processo não será mais de jurisdição voluntária, mas,
sim, passará a ser de jurisdição contenciosa =>
Segundo o STJ, haverá a condenação em honorários
de advogado contra o sucumbente.
Partes:
1) Processo de conhecimento (procedimento comum
ou procedimentos especiais de jurisdição
contenciosa) => Demandante (autor) x Demandado
(réu).
2) Processo de conhecimento (procedimentos
especiais de jurisdição voluntária) => Interessados.
3) Processo de execução => Credor (exequente) x
Devedor (executado).
16/03/2021
Alienação judicial => art. 730 do CPC => A alienação
judicial observará o procedimento geral da jurisdição
voluntária. => Após o juiz proferir sentença
determinando a alienação do bem, o processo deverá
observar o procedimento previsto nos arts. 879 a 903
do CPC, que é o mesmo da execução (expropriação de
bens).
Alienação judicial (processo autônomo) => As
hipóteses estão previstas no art. 725, incisos III a V,
do CPC. P.ex.: Alienação de um bem pertencente a
incapaz. Nesta hipótese, haverá a necessidade da
intervenção do Ministério Público; Alienação de bem
comum de condôminos. Nesta hipótese não haverá a
necessidade de intervenção do Ministério Público. =>
Deve ser observado o procedimento geral dos arts.
720 a 724 do CPC.
Alienação judicial (procedimento incidental) => Nesta
hipótese há um processo de jurisdição contenciosa
em andamento e no curso desta ação há a
necessidade de alienação judicial. O procedimento a
ser observado é aquele previsto no art. 730 do CPC.
Esta alienação poderá ser determinada de ofício pelo
juiz ou a requerimento do interessado. => Essa
alienação será feita por jurisdição voluntária, mas
não é necessário um novo processo. A alienação será
feita incidentalmente. P.ex.: Inventário => há um bem
em que deve ser feita a alienação para pagar as
despesas do processo e os herdeiros não se entendem
em relação à alienação do bem. => Aplica-se a
alienação judicial incidental somente no processo de
conhecimento.
Execução => Tanto na execução por título
extrajudicial, quanto no cumprimento de sentença
por título judicial, não se aplica a alienação judicial
incidental do art. 730 do CPC. => A alienação judicial
do bem na execução e no cumprimento de sentença já
é um procedimento normal e deve ser observado os
arts. 879 a 903 do CPC (expropriação de bens).
Contraditório na alienação incidental => Contraditório
significa bilateralidade de audiência, ou seja, o juiz
antes de tomar qualquer decisão deverá ouvir os
interessados. Portanto, eles terão o prazo de 15 dias
para se manifestarem. Mesmo quando o juiz
determinar a alienação judicial de ofício, antes deverá
ouvir os interessados.
Leilão => Na alienação judicial haverá o leilão na
forma do art. 879 do CPC, que poderá ser feita por: a)
iniciativa particular; ou b) leilão judicial eletrônico o
presencial.
Compromisso de compra e venda de imóvel =>
Compromissários compradores (2 pessoas = João e
Marcos) x Compromissário vendedor => A propriedade
será transmitida somente com a escritura pública =>
É possível alienação judicial de compromisso de
compra e venda? Segundo o STJ, é possível a
alienação judicial com base no compromisso de
compra e venda, independentemente da existência da
escritura, mediante concordância do compromissário
vendedor. => P.ex.: O João ajuíza ação de alienação
judicial em face de Marcos para a venda do imóvel
objeto do compromisso de compra e venda. O
compromissário vendedor deverá ser intimado para se
manifestar.
23/03/2021
Notificação, interpelação e protesto (CPC, arts. 726 a
729):
Notificação => É ato formal pelo qual se dá
conhecimento a alguém para que cumpra algo, ou
seja, cientificação de um preceito. P.ex.: 1.501, CC =>
Ação de execução: João x Mario => Mário é citado
para pagar, mas não efetua o pagamento => João
pede a penhora de um imóvel de Mario => Este imóvel
pertencente ao Mario está gravado com hipoteca ao
Banco ABC S/A => O oficial de justiça promove a
penhora e a avaliação do bem => Intimação do
executado => Intimação do credor hipotecário => O
credor hipotecário não se manifesta => Leilão =>
Arrematação (3ª pessoa) => O arrematante poderá
ajuizar notificação pelo procedimento da jurisdição
voluntária contra o credor hipotecário.
Interpelação => É manifestação de vontade dirigida a
alguém para que faça ou deixe de fazer aquilo que o
requerente entenda do seu direito. O objetivo da
interpelação é a produção de efeito jurídico a partir de
uma ação ou omissão do interpelado. P.ex.: art. 397,
parágrafo único, do CC => Uma nota promissória com
vencimento à vista => Nesta hipótese, o credor poderá
promover a interpelação judicial para constituir em
mora do devedor.
Obs.: Tanto a notificação, quanto a interpelação
podem ser judicial ou extrajudicial. No caso da
interpelação ou notificação extrajudicial, elas poderão
ser realizadas no Cartório de Títulos e Documentos.
Protesto => É a manifestação de vontade realizada
com a finalidade de ressalvar ou conservar direitos.
P.Ex.: art. 202, II do CC e 301 do CPC => É possível a
interrupção da prescrição por meio do protesto
judicial com base no procedimento da jurisdição
voluntária => Com o ajuizamento desta ação de
protesto, já haverá a interrupção da prescrição, mas o
interessado deverá promover a intimação do
requerido no prazo de 30 dias.
Procedimento => Como regra o juiz determinará o
cumprimento da notificação, interpelação ou protesto,
sem que haja o contraditório do requerido. O juiz não
analisa o mérito da interpelação, protesto ou
notificação.
Contraditório => O art. 728 do CPC prevê duas
hipóteses onde haverá necessidade do contraditório,
ou seja, o requerido será ouvido antes do deferimento
da medida: a) se houver suspeita de que o requerente,
por meio da notificação ou do edital, pretende
alcançar fim ilícito; b) se tiver sido requerida a
averbação da notificação em registro público.
06/04/2021
13/04/2021
Não havendo acordo na partilha => Pode ocorrer de
os cônjuges concordarem com a separação judicial
ou o divórcio, mas não estarem de acordo com a
partilha. Nesta hipótese, a partilha dos bens far-se-á
depois de homologada a separação ou o divórcio, na
forma estabelecida para a partilha no inventário. É o
mesmo procedimento.
Procedimento da separação ou divórcio => Petição
inicial com os requisitos dos arts. 319 e 731 do CPC
=> Ministério Público (intimação) => Sentença
homologatória.
Obs.: O juiz pode recusar a homologação e não
decretar a separação judicial ou o divórcio na forma
do art. 1.574, parágrafo único, CC.
Homologação judicial da extinção consensual da
união estável => É possível também a extinção
consensual da união estável com homologação
judicial, observando-se, no que couber, o disposto
no art. 731 do CPC (mesmo procedimento da
separação e do divórcio consensuais).
Escritura pública => É possível a separação, o
divórcio e a extinção consensual da união estável
por meio de escritura pública no Tabelionato de
Notas, conforme dispõe o art. 733 do CPC. Se as
partes tiverem filhos menores, será possível somente
pela via judicial.
Testamentos e codicilos (arts. 735 a 737, CPC)
Testamento => é ato personalíssimo e revogável que
serve para que alguém disponha sobre a totalidade
de seu patrimônio ou parte dele para depois de sua
morte, além de servir para prestação de outras
declarações de última vontade (art. 1.857 e 1.858,
CC).
Codicilo => O conceito de codicilo como ato de
última vontade da pessoa está no art. 1.881 do CC.
A disciplina do testamento e do codicilo pertence
ao direito material (arts. 1.857 a 1.940, CC).
Formas normais de testamento => São o
testamento público, o cerrado e o particular (art.
1.862, CC).
Formas especiais => São o marítimo, o aeronáutico
e o militar (art. 1.886, CC).
Testamento público => É o testamento escrito por
tabelião de notas e este testamento é acessível desde
logo ao interessado => O testamento público é
regido, em relação à sua abertura, registro e
cumprimento, pelo art. 735 do CPC (art. 736, CPC).
Testamento cerrado => Ele é feito por instrumento
particular que é escrito pelo testador ou por alguém a
seu rogo. Após isso o tabelião de notas deverá lavrar
o auto de aprovação do testamento cerrado. Ao final,
ele deverá cerrar e costurar o testamento, lacrando-o.
Este testamento só pode ser revelado após a sua
morte => É regido, quanto à sua abertura, registro e
cumprimento pelo art. 735 do CPC => Regramento
de direito material => arts. 1.868 a 1.875, CC.
Em relação à abertura, registro e cumprimento de
testamento, deve-se observar o procedimento
especial de jurisdição voluntária do art. 735 do CPC,
independentemente da abertura do inventário. Obs.:
São dois processos diferentes.
20/04/2021
Competência => O ajuizamento da ação de
jurisdição voluntária de abertura do testamento ou
do codicilo será na vara da família, se houver essa
vara especializada.
Regras da competência => a) o foro do domicilio do
autor da herança (“de cujus”) é o competente para o
cumprimento de disposição de última vontade.
B) se o autor da herança não possuía domicílio certo,
é competente o foro da situação dos bens imóveis.
C) Se ele possuía imóveis em foros diversos,
qualquer deles será competente.
D) Se não houver bens imóveis, a competência será
no foro do local de qualquer dos bens do espólio
(art. 48, CPC).
Abertura => A abertura do testamento e do codicilo
é realizada em cognição sumária pelo juiz. Ele
analisará apenas as formalidades extrínsecas
essenciais.
Negativa do cumprimento => O juiz poderá negar
cumprimento ao testamento ou ao codicilo se achar
vício externo que possa tornar suspeito de nulidade
ou falsidade. (art. 735, CPC, e 1.875, CC).
Registro e cumprimento => Se o juiz declarar
suspeito o testamento ou codicilo, ele registrará e
arquivará o documento.
Se o juiz determinar o seu cumprimento, significa
que aparentemente não há vício externo no
documento => O juiz determina o “cumpra-se”.
Língua estrangeira => Se o testamento estiver
redigido em língua estrangeira, há duas situações: a)
se o testamento for cerrado, a tradução juramentada
só será possível e exigível depois de aberto em juízo;
b) se o testamento é aberto, então pode ser requerida
a sua abertura já acompanhada de tradução
juramentada.
Suspeito de nulidade ou falsidade => O juízo de
abertura não é competente para declarar a falsidade
ou decretar a sua nulidade. O juízo de apresentação
pode simplesmente negar cumprimento ao
testamento ou codicilo. => A declaração de falsidade
ou decretação de nulidade dependerá de ação
própria. Será uma ação declaratória e jurisdição
contenciosa, pelo procedimento comum.
Termo de abertura do testamento cerrado => Será
feito o termo de abertura do testamento cerrado onde
deverá constar os requisitos do art. 735, § 1º do
CPC.
Ministério Público => O MP será ouvido e não
havendo dúvidas a serem esclarecidas, o juiz
mandará registrar, arquivar e cumprir o testamento
(art. 735, § 2º) => O MP atua como fiscal da ordem
jurídica.
Intimação do testamenteiro => Após o registro, o
testamenteiro será intimado para assinar o termo da
testamentária (art. 735, § 3º).
Testamenteiro dativo => Ocorrerá nas hipóteses do
art. 735, § 4º.
Testamenteiro ausente => É aquele que desapareceu
de seu domicílio sem dele haver notícia (art. 22,
CC).
Declaração de ausência do testamenteiro => O juiz,
a requerimento de qualquer interessado ou do MP,
declarará a ausência do testamenteiro, mas antes será
citado por edital. Após o esgotamento do prazo de
comparecimento constante no edital é que se poderá
nomear testamenteiro dativo.
Preferência legal => A preferência legal para
nomeação de testamenteiro dativo está prevista no
art. 1.984, CC.
27/04/2021
Cumprimento do testamento => O testamenteiro
dever cumprir as disposições de ultima vontade do
testador constantes no testamento. Além disso,
deverá prestar contas de tudo que receber ou
despender, conforme disposto no art. 735, § 5º, CPC.
Testamento particular => Art. 1876 do CC => É o
testamento escrito de próprio punho ou mediante
processo eletrônico pelo próprio testador. Quando
for por meio eletrônico, não poderá conter rasuras ou
espaços em branco. O testador deverá assinar todas
as folhas do testamento eletrônico.
Aferição da Regularidade do Testamento Particular
=> A apresentação do testamento particular em juízo
serve para o juízo aferir a sua autenticidade e
validade. Quando o testador falece, o testamento é
publicado em juízo.
Legitimidade => art. 737 do CPC => Possuem
legitimidade para requerer a publicação do
testamento particular o herdeiro, o legatário ou o
testamenteiro => Todos os herdeiros legítimos serão
citados (art. 737, § 1º, CPC).
Ministério Público => O Ministério Público deverá
ser intimado para se manifestar sobre o testamento
particular na condição de fiscal da ordem jurídica
(art. 737, § 2º, CPC).
Reconhecimento de regularidade => Se as
testemunhas forem contestes (confirmarem) sobre o
fato da disposição, ou ao menos, sobre a sua leitura
perante elas, e se reconhecerem as próprias
assinaturas, assim como a do testador, o testamento
será confirmado pelo juízo.
Falta de testemunhas => Se faltarem testemunhas,
por morte ou ausência, e se pelo menos uma delas o
reconhecer, o testamento poderá ser confirmado se,
a critério do juiz, houver prova suficiência de sua
veracidade (art. 1.878, CC).
Prova pericial grafológica => Se o juiz tiver dúvida
em relação à autenticidade da assinatura do testador
ou das testemunhas instrumentais, ele poderá
determinar a realização de perícia grafológica. Os
interessados poderão nomear assistentes técnicos
para acompanhar a perícia.
Registro, arquivo e cumprimento => Se o testamento
particular estiver em termos, ou seja, o juiz entendeu
que o testamento não possui nenhum vício, será
registrado e arquivado. Depois disso, o juiz
determinará o seu cumprimento na forma do art. 735
do CPC.
Herança jacente => O art. 1.819, CC, considera
jacente a herança, falecendo alguém sem deixar
testamento nem herdeiro legítimo notoriamente
conhecido, ou se todos os chamados à sucessão
renunciarem à herança.
Objetivo => O processo de herança jacente tem por
objetivo aferir a existência de sucessor não
conhecido, a possibilitar a satisfação de eventuais
credores do falecido ou à declaração de vacância da
herança.