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Matéria para: ASSISTENTE ADMINISTRATIVO I

Conceito de Contabilidade Pública/ Regimes Contábeis, conceito, princípios, regime de caixa e regime de
competência/ Orçamento
Público, Plano Plurianual, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Lei de Orçamentos Anuais, Princípios
Orçamentários (programação,
unidade, universalidade, anuidade, exclusividade, clareza e equilíbrio)/ Despesa Pública, conceito,
classificação (despesa
orçamentária e despesa extra-orçamentária), Classificação econômica, Licitação (objetivo básico e
modalidade de licitação), Das
dispensas e inexigibilidades de licitação, Empenho (ordinário ou normal, por estimativa, global e contábil
do empenho), Liquidação,
Pagamento. Principais aplicativos comerciais para: edição de textos e planilhas, geração de material
escrito, visual e sonoro e
outros. Windows 2000/Me/XP, Word 2000/XP/2003, Excel 2000/XP/2003. Principais navegadores para
Internet. Correio eletrônico.
Ética profissional. Noções básicas de administração pública municipal de acordo com o que dispõe a Lei
Orgânica do Município de
Nova Era/MG, em seu Capítulo III – Da Administração Municipal.

Regime de Competência: o registro do documento se dá na data do fato gerador (ou


seja, na data do documento, não importando quando vou pagar ou receber)

A Contabilidade se utiliza do Regime de Competência, ou seja, são contabilizados


como Receita ou Despesa, os valores dentro do mês de Competência (qdo Gerados),
na data onde ocorreu o fato Gerador, na data da realização do serviço, material, da
venda, do desconto, não importando para a Contabilidade quando vou pagar ou
receber, mas sim quando foi realizado o ato.
Regime de Caixa: diferente do regime de competência o Regime de Caixa, considera
o registro dos documentos quando estes foram pagos, liquidados, ou recebidos, como
se fosse uma conta bancária.

Porém para se medir os resultados de uma companhia, recomendo que se utilize do


Regime de Competência, onde além de se considerar as vendas efetuadas, as
despesas realizadas, também considera-se a depreciação, que no Regime de Caixa
não se considera.

E talvez a depreciação do bens parece não ser importante, mas é, uma vez que no
futuro você precisará repor esse bem, por isso há necessidade de averiguar se o que
você ganha hoje, o seu lucro, cobre também essa depreciação.

O Orçamento Público compreende a elaboração e execução de três leis – o


plano plurianual (PPA), as diretrizes orçamentárias (LDO) e o orçamento
anual (LOA) – que, em conjunto, materializam o planejamento e a execução
das políticas públicas federais.

Neste portal, você encontra informações sobre o processo orçamentário,


acompanha a elaboração e execução das leis orçamentárias, consulta
emendas parlamentares, verifica as transferências para estados, municípios
e entidades privadas, acessa um amplo banco de dados sobre as leis
orçamentárias (SIGA Brasil) e muito
mais.:http://www9.senado.gov.br/portal/page/portal/orcamento_senado

Princípios Orçamentários

Autor: Vander Gontijo - COFF/CD; Local e Data: Brasília, setembro de


2004.

Desde seus primórdios, a instituição orçamentária foi cercada de uma série


de regras com a finalidade de aumentar-lhe a consistência no cumprimento
de sua principal finalidade: auxiliar o controle parlamentar sobre os
Executivos. Essa regras ou princípios receberam grande ênfase na fase que
os orçamentos possuíam grande conotação jurídica, chegando alguns
incorporados na corrente legislação: basicamente na Constituição, na Lei
4.320/64 e nas Leis de Diretrizes Orçamentárias (LDOs). Os princípios
orçamentários são premissas a serem observadas na concepção da proposta
orçamentária.

Unidade
O orçamento deve ser uno, ou seja, deve existir apenas um orçamento para
dado exercício financeiro. Dessa forma integrado, é possível obter
eficazmente um retrato geral das finanças públicas e, o mais importante,
permite-se ao Poder Legislativo o controle racional e direto das operações
financeiras de responsabilidade do Executivo.
São evidências do cumprimento deste princípio, o fato de que apenas um
único orçamento é examinado, aprovado e homologado. Além disso, tem-se
um caixa único e uma única contabilidade.
O princípio da unidade é respaldado legalmente por meio do Art. 2º da Lei
4.320/64 e pelo § 5º do art. 165 da CF 88.
Mas mesmo assim, o princípio clássico da unidade não estava, na verdade,
sendo observado. As dificuldades começaram antes da Constituição de 88
em razão da própria evolução do sistema orçamentário brasileiro. Na década
de 80, havia um convívio simultâneo com três orçamentos distintos
&mdash o orçamento fiscal, o orçamento monetário e o orçamento das
estatais. Não ocorria nenhuma consolidação entre os mesmos.
Na verdade, o art.62, da Constituição de 1967, emendada, limitava o alcance
de sua aplicação, ao excluir expressamente do orçamento anual as entidades
que não recebessem subvenções ou transferências à conta do orçamento
(exemplo: Banco do Brasil - exceto se houver integralização de capital pela
União).
No seu § 1º, estabelecia que a inclusão, no orçamento anual, da despesa e da
receita dos órgãos da administração indireta será feita em dotações globais
e não lhes prejudicará a autonomia na gestão legal dos seus recursos.
O orçamento Fiscal era sempre equilibrado e era aprovado pelo Legislativo.
O orçamento monetário e o das Empresas Estatais eram deficitários e sem
controle e, além do mais, não eram votados. Ora, como o déficit público e os
subsídios mais importantes estavam no orçamento monetário, o Legislativo
encontrava-se, praticamente, alijado das decisões mais relevantes em
relação à política fiscal e monetária da Nação.

Totalidade
Coube à doutrina tratar de reconceituar o princípio da unidade de forma
que abrangesse as novas situações. Surgiu, então, o princípio da totalidade,
que possibilitava a coexistência de múltiplos orçamentos que, entretanto,
devem sofrer consolidação, de forma a permitir uma visão geral do conjunto
das finanças públicas.
A Constituição de 1988 trouxe melhor entendimento para a questão ao
precisar a composição do orçamento anual que passará a ser integrado pelas
seguintes partes: a) orçamento fiscal; b) orçamento da seguridade social e
c) orçamento de investimentos das estatais. Este modelo, em linhas gerais
segue o princípio da totalidade.

Universalidade
Princípio pelo qual o orçamento deve conter todas as receitas e todas as
despesas do Estado. Indispensável para o controle parlamentar, pois
possibilita :
a) conhecer a priori todas as receitas e despesas do governo e dar prévia
autorização para respectiva arrecadação e realização;
b) impedir ao Executivo a realização de qualquer operação de receita e de
despesa sem prévia autorização Legislativa;
c) conhecer o exato volume global das despesas projetadas pelo governo, a
fim de autorizar a cobrança de tributos estritamente necessários para
atendê-las.

Na Lei 4.320/64, o cumprimento da regra é exigido nos seguintes


dispositivos:
• Art.2º A Lei do Orçamento conterá a discriminação da receita e da
despesa, de forma a evidenciar a política econômico-financeira e o
programa de trabalho do governo, obedecidos os princípios de
unidade, universalidade e anualidade.
• Art.3º A Lei do Orçamento compreenderá todas as receitas, inclusive
as operações de crédito autorizadas em lei.
A Emenda Constitucional n.º 1/69 consagra essa regra de forma peculiar: "O
orçamento anual compreenderá obrigatoriamente as despesas e receitas
relativas a todos os Poderes, órgãos, fundos, tanto da administração direta
quanto da indireta, excluídas apenas as entidades que não recebam
subvenções ou transferências à conta do orçamento.
Observa-se, claramente, que houve um mal entendimento entre a condição
de auto-suficiência ou não da entidade com a questão, que é fundamental, da
utilização ou não de recursos públicos.
Somente a partir de 1988 as operações de crédito foram incluídas no
orçamento. Além disso, as empresas estatais e de economia mista, bem
como as agências oficiais de fomento (BNDES, CEF, Banco da Amazônia,
BNB) e os Fundos Constitucionais (FINAM, FINOR, PIN/PROTERRA) não
têm a obrigatoriedade de integrar suas despesas e receitas operacionais ao
orçamento público. Esses orçamentos são organizados e acompanhados com
a participação do Ministério do Planejamento (MPO), ou seja, não são
apreciados pelo Legislativo. A inclusão de seus investimentos no Orçamento
da União é justificada na medida que tais aplicações contam com o apoio do
orçamento fiscal e até mesmo da seguridade.

Anualidade ou Periodicidade
O orçamento deve ser elaborado e autorizado para um determinado período
de tempo, geralmente um ano. A exceção se dá nos créditos especiais e
extraordinário autorizados nos últimos quatro meses do exercício,
reabertos nos limites de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do
exercício subsequente.
Este princípio tem origem na questão surgida na Idade Média sobre a
anualidade do imposto. E aí se encontra a principal conseqüência positiva em
relação a este princípio, pois dessa forma exige-se autorização periódica do
Parlamento. No Brasil, o exercício financeiro coincide com o ano civil, como
sói acontecer na maioria dos países. Mas isso não é regra geral. Na Itália e
na Suécia o exercício financeiro começa em 1/7 e termina em 30/6. Na
Inglaterra, no Japão e na Alemanha o exercício financeiro vai de 1/4 a 31/3.
Nos Estados Unidos começa em 1/10, prolongando-se até 30/9.
O § 5º do art. 165 da CF 88 dá respaldo legal a este princípio quando dispõe
que: "A lei orçamentária anual compreenderá:"
O cumprimento deste princípio torna-se evidente nas ementas das Leis
Orçamentárias, como por exemplo, a da Lei 10.837/2004: "Estima a receita
e fixa a despesa da União para o exercício financeiro de 2004."
Observe-se, finalmente, que a programação financeira, trimestral na Lei
4.320/64 e mensal nos Decretos de Contingenciamento, limitando a
faculdade de os órgãos empenhar despesas, não mais ao montante das
dotações anuais, pode ser entendido como um abandono parcial do princípio
da anualidade.

Exclusividade
A lei orçamentária deverá conter apenas matéria orçamentária ou
financeira. Ou seja, dela deve ser excluído qualquer dispositivo estranha à
estimativa de receita e à fixação de despesa. O objetivo deste princípio é
evitar a presença de "caldas e rabilongos"
Não se inclui na proibição a autorização para abertura de créditos
suplementares e contratação de operações de crédito, ainda que por
antecipação de receita.
Este princípio encontra-se expresso no art. 165, § 8º da CF de 88: "A lei
orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e
à fixação da despesa ..."
Especificação, Especialização ou Discriminação
As receitas e as despesas devem aparecer de forma discriminada, de tal
forma que se possa saber, pormenorizadamente, as origens dos recursos e
sua aplicação. Como regra clássica tinha o objetivo de facilitar a função de
acompanhamento e controle do gasto público, pois inibe a concessão de
autorizações genéricas (comumente chamadas de emendas curinga ou
"rachadinhas") que propiciam demasiada flexibilidade e arbítrio ao Poder
Executivo, dando mais segurança ao contribuinte e ao Legislativo.
A Lei nº 4.320/64 incorpora o princípio no seu art. 5º: "A Lei de Orçamento
não consignará dotações globais para atender indiferentemente as
despesas...., "
O art. 15 da referida Lei exige também um nível mínimo de detalhamento:
"...a discriminação da despesa far-se-á, no mínimo, por elementos".
Como evidência de cumprimento deste princípio pode-se citar a Atividade
4775, cujo título é "Capacitação de agentes atuantes nas culturas de
oleaginosas". Mas, também, existem vários exemplos do não cumprimento
como, por exemplo, a Ação 0620 "Apoio a projetos municipais de infra-
estrutura e serviços em agricultura familiar’, ou o subtítulo "Ações de
Saneamento Básico em pequenas cidades da Região Sul"

Não Vinculação ou Não Afetação das Receitas


Nenhuma parcela da receita geral poderá ser reservada ou comprometida
para atender a certos casos ou a determinado gasto. Ou seja, a receita não
pode ter vinculações. Essas reduzem o grau de liberdade do gestor e
engessa o planejamento de longo, médio e curto prazos.
Este princípio encontra-se claramente expresso no inciso IV do art. 167 da
CF de 88, mas aplica-se somente às receitas de impostos.
"São vedados "a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou
despesa, ressalvadas a repartição do produto da arrecadação dos impostos
a que se referem os arts., 158 e 159, a destinação de recursos para
manutenção e desenvolvimento do ensino (art. 212), prestação de garantias
às operações de crédito por antecipação de receita, previstas no art. 165, §
8º".
As evidências de receitas afetadas são abundantes:
• Taxas, contribuições: servem para custear certos serviços
prestados;
• Empréstimos: comprometidos para determinadas finalidades;
• Fundos: receitas vinculadas.
Observe-se ainda que as vinculações foram eliminadas no governo
Figueiredo, mas, infelizmente, ressuscitadas na Constituição de 1988. O
ministro Palocci recoloca essa idéia na ordem do dia.
Orçamento Bruto
Este princípio clássico surgiu juntamente com o da universalidade, visando
ao mesmo objetivo. Todas as parcelas da receita e da despesa devem
aparecer no orçamento em seus valores brutos, sem qualquer tipo de
dedução.
A intenção é a de impedir a inclusão de valores líquidos ou de saldos
resultantes do confronto entre receitas e as despesas de determinado
serviço público.
Lei 4.320/64 consagra este princípio em seu art. 6º: "Todas as receitas e
despesas constarão da Lei do Orçamento pelos seus totais, vedadas
quaisquer deduções. Reforçando este princípio, o § 1º do mesmo artigo
estabelece o mecanismo de transferência entre unidades governamentais "
Dessa forma, as cotas de receita que uma entidade pública deva transferir
a outra incluir-se-ão, como despesa, no orçamento da entidade obrigada à
transferência e, como receita, no orçamento da que as deva receber. Como
exemplo desse procedimento pode-se citar o caso da Arrecadação do
Imposto Territorial Rural, que se constitui numa receita prevista no
orçamento da União para 2004 com o valor de R$ 309,4 milhões. No mesmo
orçamento, fixa-se uma despesa relativa à Transferência para Municípios
(UO 73108-Transferências Constitucionais) no valor de R$ 154,7 milhões.
Ou seja, se o Orçamento registrasse apenas uma entrada líquida para a
União de apenas R$ 154,7 milhões, parte da história estaria perdida.

Equilíbrio
Princípio clássico que tem merecido maior atenção, mesmo fora do âmbito
específico do orçamento, pautado nos ideais liberais dos economistas
clássicos (Smith, Say, Ricardo). O keynesianismo (a partir dos anos 30)
tornou-se uma contraposição ao princípio do orçamento equilibrado,
justificando a intervenção do governo nos períodos de recessão. Admitia-se
o déficit (dívida) e seu financiamento. Economicamente haveria
compensação, pois a utilização de recursos ociosos geraria mais emprego,
mais renda, mais receita para o Governo e, finalmente, recolocaria a
economia na sua rota de crescimento.

No Brasil, as últimas Constituições têm tratado essa questão ora de maneira


explícita ora de forma indireta. A Constituição de 1967 dispunha que : "O
montante da despesa autorizada em cada exercício financeiro não poderá
ser superior ao total de receitas estimadas para o mesmo período."
Observa-se a existência de dificuldades estruturais para o cumprimento
desse princípio, principalmente em fases de crescimento da economia, pois
as despesas públicas normalmente crescem mais que as receitas públicas
quando há crescimento da renda interna .
De qualquer forma, ex-ante, o equilíbrio orçamentário é respeitado,
conforme pode ser verificado nos Arts. 2º e 3º da Lei 10.837/2003, onde: A
Receita Total é estimada em R$ 1.469.087.336,00, e a Despesa Total é
fixada em R$ 1.469.087.336,00.
Entretanto, nas cifras acima encontra-se um tremendo déficit, devidamente
financiado por empréstimos. O déficit aparece embutido nas chamadas
Operações de Crédito que classificam tanto os financiamentos de longo
prazo contratados para obras, as operações de curto prazo de recomposição
de caixa e que se transformam em longo prazo pela permanente rolagem e a
receita com a colocação de títulos e obrigações emitidas pelo Tesouro.
A CF 88 adotou uma postura mais realista. Propôs o equilíbrio entre
operações de crédito e as despesas de capital. O art. 167, inciso III, veda:
"a realização de operações de créditos que excedam o montante das
despesas de capital ....";
Qual a mensagem que se encontra vinculada a esse dispositivo? Claramente a
de que o endividamento só pode ser admitido para a realização de
investimento ou abatimento da dívida. Ou seja, deve-se evitar tomar
dinheiro emprestado para gastar com despesa corrente, mas pode pegar
emprestado para cobrir despesa de capital (o déficit aqui é permitido ).
Essa é uma norma lógica e de grande importância para as finanças públicas
do País. Na verdade, é a Regra de Ouro reforçada na Lei de
Responsabilidade Fiscal (LRF, art. 12, § 2º): "O montante previsto para as
receitas de operações de crédito não poderá ser superior ao das despesas
de capital constantes do projeto de lei orçamentária."
Essa Regra também significa, por outro lado, que a receita corrente deve
cobrir as despesas correntes (não pode haver déficit corrente). A Regra de
Ouro vem sendo adequadamente cumprida nos últimos orçamentos, exceto
nos dois últimos (2003 e 2004). Para o exercício de 2004, o valor das
operações de crédito dos orçamentos fiscal e da seguridade é de R$ 629,7
bilhões. Se somado a esse, o valor corresponde ao Orçamento de
Investimento das Estatais &mdash OIE - (R$ 5,9 milhões) chega-se ao total
de R$ 635,6 milhões.
Já as despesas de capital dos orçamentos fiscal e da seguridade social
somam R$ 612,7 milhões. Com R$ 23,8 do OIE, chega-se ao total de R$
636,5 milhões. Ou seja, só se cumpre a regra de ouro se se considera na
contabilização os dados relativos ao Orçamento das Estatais.
Ainda com relação ao princípio do equilíbrio, um terceiro conceito surge a
partir da Lei de Responsabilidade Fiscal &mdash o chamado Equilíbrio Fiscal.
Na verdade, exige-se mais que o equilíbrio, exige-se um superávit (fiscal),
ou seja, a receita (primária) deve superar a despesa (primária) de forma que
o saldo possa ser utilizado para pagamento do serviço da dívida pública.
Essa variação do princípio do equilíbrio faz parte das orientações
orçamentárias constantes das leis de diretrizes orçamentárias. O art. 15 da
Lei nº 10.707, de 30 de julho de 2003 (LDO 2004) dispõe, por exemplo, que:
"Art. 15. A elaboração do projeto da lei orçamentária de 2004, a aprovação
e a execução da respectiva lei deverão levar em conta a obtenção de
superávit primário em percentual do Produto Interno Bruto - PIB, conforme
discriminado no Anexo de Metas Fiscais, constante do Anexo III desta
Lei."

Legalidade
Historicamente, sempre se procurou dar um cunho jurídico ao orçamento, ou
seja, para ser legal, tanto as receitas e as despesas precisam estar
previstas a Lei Orçamentária Anual, ou seja, a aprovação do orçamento deve
observar processo legislativo porque trata-se de um dispositivo de grande
interesse da sociedade.
O respaldo a este princípio pode ser encontrado nos art. 37 166 da CF de
1988. O Art. 166 dispõe que: "Os projetos de lei relativos ao
plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e aos
créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso
Nacional, na forma do regimento comum."
A evidência de seu cumprimento encontra-se na própria ementa das leis
orçamentárias, como por exemplo, a da Lei nº 10.837/2003: "O Presidente
da República Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a
seguinte lei:"

Publicidade
O conteúdo orçamentário deve ser divulgado (publicado) nos veículos
oficiais de comunicação para conhecimento do público e para eficácia de sua
validade. Este princípio é consagrado no art. 37 da CF de 88: "A
administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e,
também, ao seguinte: ..."

Clareza ou Objetividade
O orçamento público deve ser apresentado em linguagem clara e
compreensível a todas pessoas que, por força do ofício ou interesse,
precisam manipulá-lo. Difícil de ser empregado em razão da facilidade de a
burocracia se expressar em linguagem complexa. Observe-se, por exemplo,
o título da ação nº 0373 do orçamento para 2004: "Equalização de Juros e
Bônus de Adimplência no Alongamento de Dívidas Originárias do Crédito
Rural".

Exatidão
De acordo com esse princípio as estimativas devem ser tão exatas quanto
possível, de forma a garantir à peça orçamentária um mínimo de
consistência para que possa ser empregada como instrumento de
programação, gerência e controle. Indiretamente, os autores especializados
em matéria orçamentária apontam os arts. 7º e 16 do Decreto-lei nº 200/67
como respaldo ao mesmo.

Para Aliomar Baleeiro, despesa pública é a aplicação de certa quantia, em dinheiro, por
parte da administração pública após autorização legislativa para execução de uma
finalidade afeta ao poder público. É aquilo que o Estado gasta para fazer funcionar os
serviços públicos e atender ao interesse público. Características das despesas – a) ela é
uma aplicação; b) o acerto há de ser em dinheiro; c) sempre antecedida de previsão
orçamentária; d) a despesa pública tem que ser feita por um ente público; e) a finalidade é
o interesse público; f) segue o regime de caixa. O impacto do aumento de
despesas para ação governamental deverá ser estimado no orçamento financeiro no
exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes, além da declaração de
que o aumento tem adequação com a LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL (LOA) e
compatibilidade com a LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS (LDA) e com o PLANO
PLURIANUAL (PPA). Se não respeitar esses preceitos as despesas serão consideradas
não autorizadas, irregulares e lesivas ao patrimônio público (art. 15 da LC
101/2000). Forma de Execução – Para a execução das despesas públicas, o ordenador
deve seguir as seguintes formas: a)Empenho – após autorização de pagamento da
despesa, o ordenador reserva recursos em dotação própria; b) Liquidação – quando se
determina o montante da dívida que será paga; c) Pagamento - quando se entrega ao
credor o valor referente ao seu crédito para quitar a obrigação assumida pelo ente
público. Restos a pagar – despesas já empenhadas e que não foram gastas no último
exercício. Classificação das despesas – A doutrina e a legislação classificam as
despesas das mais variadas formas. Quanto à utilização: a) despesa-compra – são
aquelas utilizadas para adquirir bens e serviços; b) despesa-transferência – quando o
Estado repassa recurso ou concede subsídios ou subvenções. Quanto à duração: a)
despesa ordinária – são as despesas comuns do orçamento, para atender as atividades
rotineiras do Estado (ex. pagamento de funcionários); b) despesa extraordinária – são
situações não previstas no orçamento, utilizadas para atender necessidades urgentes,
inesperadas e inadiáveis do Estado (ex. calamidade pública); c) despesa especial – são
aquelas que podem ocorrer, mas o Estado não sabe quando (ex. desapropriação). Quanto
à natureza: a) despesa federal – proveniente do orçamento da União; b) despesa estadual
– quando provém do orçamento de estado-membro; c) despesa municipal – proveniente
do orçamento do município. Quanto à extensão: a) despesa interna – realizada dentro do
território do ente que fez o orçamento; b) despesa externa – realizada fora do território do
ente que fez o orçamento. Lei 4320/64, art. 12, também traz a seguinte classificação: a)
Despesas Correntes – são as de custeio (para manter serviços já criados) e transferências
correntes (não representa contraprestação); b) Despesas de Capital – são as de
investimento (contraprestação para aumento do patrimônio público), inversão financeira
(aquisição de bens imóveis ou bens de capital já em utilização) e as transferências de
capital (dotações para que outras pessoas de direito público ou privado realize
investimento e inversão financeira). Despesa de pessoal – faz parte das despesas
correntes, sua gestão fiscal da despesa de pessoal está prevista nos artigos 163 e 169 da
Constituição Federal e a Lei de Responsabilidade Fiscal ( LC 101/2000). São as seguintes
limitações nas despesas de pessoal: a) 50% das receitas líquidas da União, podem ser
gastos com despesa de pessoal; b) 60% das receitas líquidas dos estados-membros e dos
municípios. Dentro dessas limitações as despesas são repartidas da seguinte forma: a) na
esfera federal (União) – 2,5% para o Poder Legislativo, incluído o Tribunal de Contas da
União (TCU), 6% para o Poder Judiciário, 40,9% para o Poder Executivo e 0,6% para o
Ministério Público; b) na esfera estadual (estados-membros) – 3% para o Poder
Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Estado, 6% para o Poder Executivo, 49%
para o Poder Executivo e 2% para o Ministério Público dos Estados; c) esfera municipal
(município) - 6% para o Poder Legislativo, incluído o Tribunal de Contas do Município,
onde houver, 54% para o Poder Executivo. Não pode haver empréstimos ou operações de
crédito para suprir gastos com pessoal. O descumprimento desses preceitos pode
acarretar sanções administrativas e penais ao administrador público. É vedado qualquer
aumento de despesa com pessoal além da recomposição de perdas, 180 dias até a posse
do chefe do Executivo. Também não pode conceder aumento até 180 dias do término do
mandato. São fases necessárias para realização da despesa: a) fase legislativa – a
despesa deve ser autorizada por lei ou extraordinariamente por medida provisória; b) fase
administrativa – verifica-se a necessidade de licitação e realiza a contratação, execução
(desempenho, liquidação, pagamento) e controle da despesa. Requisitos da despesa
pública: a) utilidade; b) possibilidade contributiva; c) discussão pública; d) oportunidade; e)
legitimidade; f) legalidade.

O Critério de Classificação Econômica Brasil ou CCEB é um sistema de classificação de


preços ao público brasileiro.

O sistema CCEB tem o objetivo de ser uma forma única de avaliar o poder de compra de
grupos de consumidores. Deixa de lado a pretensão de classificar a população em termos de
"classes sociais" e divide o mercado exclusivamente em classes econômicas.

[editar]Como funciona
Essa classificação é feita com base na posse de bens e não com base na renda familiar. Para
cada bem possuído há uma pontuação e cada classe é definida pela soma dessa pontuação.
As classes definidas pelo CCEB são A1, A2, B1, B2, C, D e E.

Esse critério foi construído para definir grandes classes que atendam às necessidades de
segmentação (por poder aquisitivo) da grande maioria das empresas. Não pode, entretanto,
como qualquer outro critério, satisfazer todos os usuários em todas as circunstâncias.
Certamente há muitos casos em que o universo a ser pesquisado é de pessoas, digamos, com
renda pessoal mensal acima de US$ 30.000. Em casos como esse, o pesquisador deve
procurar outros critérios de seleção que não o CCEB.

A outra observação é que o CCEB, como os seus antecessores, foi construído com a utilização
de técnicas estatísticas que se baseiam em dados coletivos. Em uma determinada amostra, de
determinado tamanho, temos uma determinada probabilidade de classificação correta e uma
probabilidade de erro de classificação (que, esperamos, seja baixa). O que esperamos é que
os casos incorretamente classificados sejam pouco numerosos, de modo a não distorcer
significativamente os resultados de nossa investigação.
Nenhum critério, entretanto, tem validade sob uma análise individual. Afirmações freqüentes do
tipo "conheço um sujeito que é obviamente classe D, mas pelo critério é classe B..." não
invalidam o critério, que é feito para funcionar estatisticamente. Servem porém, para nos
alertar, quando trabalhamos na análise individual, ou quase individual, de comportamentos e
atitudes (entrevistas em profundidade e discussões em grupo respectivamente). Numa
discussão em grupo um único caso de má classificação pode pôr a perder todo o grupo. No
caso de entrevista em profundidade os prejuízos são ainda mais óbvios. Além disso, numa
pesquisa qualitativa, raramente uma definição de classe exclusivamente econômica será
satisfatória.

LICITAÇÃO

Conceitos e Princípios

Licitação é o procedimento administrativo formal em que a


Administração Pública convoca, mediante condições estabelecidas em ato
próprio (edital ou convite), empresas interessadas na apresentação de
propostas para o oferecimento de bens e serviços.
A licitação objetiva garantir a observância do princípio constitucional
da isonomia e a selecionar a proposta mais vantajosa para a Administração, de
maneira a assegurar oportunidade igual a todos os interessados e possibilitar o
comparecimento ao certame ao maior número possível de concorrentes.
A Lei nº 8.666 de 1993, ao regulamentar o artigo 37, inciso XXI, da
Constituição Federal, estabeleceu normas gerais sobre licitações e contratos
administrativos pertinentes a obras, serviços, inclusive de publicidade,
compras, alienações e locações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios.
De acordo com essa Lei, a celebração de contratos com terceiros na
Administração Pública deve ser necessariamente precedida de licitação,
ressalvadas as hipóteses de dispensa e de inexigibilidade de licitação. Os
seguintes princípios básicos que norteiam os procedimentos licitatórios devem
ser observados, dentre outros:

# Princípio da Legalidade

Nos procedimentos de licitação, esse princípio vincula os licitantes e a


Administração Pública às regras estabelecidas, nas normas e princípios em
vigor.

# Princípio da Isonomia

Significa dar tratamento igual a todos os interessados. É condição essencial


para garantir em todas as fases da licitação.

# Princípio da Impessoalidade
Esse princípio obriga a Administração a observar nas suas decisões critérios
objetivos previamente estabelecidos, afastando a discricionariedade e o
subjetivismo na condução dos procedimentos da licitação.

# Princípio da Moralidade e da Probidade Administrativa

A conduta dos licitantes e dos agentes públicos tem que ser, além de lícita,
compatível com a moral, ética, os bons costumes e as regras da boa
administração.

# Princípio da Publicidade

Qualquer interessado deve ter acesso às licitações públicas e seu controle,


mediante divulgação dos atos praticados pelos administradores em todas as
fases da licitação.

# Princípio da Vinculação ao Instrumento Convocatório

Obriga a Administração e o licitante a observarem as normas e condições


estabelecidas no ato convocatório. Nada poderá ser criado ou feito sem que
haja previsão no ato convocatório.

# Princípio do Julgamento Objetivo

Esse princípio significa que o administrador deve observar critérios objetivos


definidos no ato convocatório para o julgamento das propostas. Afasta a
possibilidade de o julgador utilizar-se de fatores subjetivos ou de critérios não
previstos no ato convocatório, mesmo que em benefício da própria
Administração.

NOÇÕES GERAIS

• O Que é Licitar

A execução de obras, a prestação de serviços e o fornecimento de bens


para atendimento de necessidades públicas, as alienações e locações
devem ser contratadas mediante licitações públicas, exceto nos casos
previstos na Lei nº 8.666, de 1993, e alterações posteriores.

• Por que Licitar

A Constituição Federal, art. 37, inciso XXI, prevê para a Administração


Pública a obrigatoriedade de licitar.
O procedimento de licitação objetiva permitir que a Administração contrate
aqueles que reúnam as condições necessárias para o atendimento do
interesse público, levando em consideração aspectos relacionados à
capacidade técnica e econômico-financeira do licitante, à qualidade do
produto e ao valor do objeto.

• Quem deve Licitar

Estão sujeitos à regra de licitar, prevista na Lei nº 8.666, de 1993, além dos
órgãos integrantes da administração direta, os fundos especiais, as
autarquias, as fundações públicas, as empresas públicas, as sociedades da
economia mista e demais entidades controladas direta e indiretamente pela
União, Estados, Distrito Federal e Municípios.

• Como Licitar

Uma vez definido o objeto que se quer contratar, é necessário estimar o


valor total da obra, do serviço ou do bem a ser licitado, mediante realização
de pesquisa de mercado. É necessário, ainda, verificar se há previsão de
recursos orçamentários para o pagamento da despesa e se esta se
encontrará em conformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal.

Após apuração da estimativa, deve ser adotada a modalidade


de licitação adequada, com prioridade especial para o pregão, quando o
objeto pretendido referir-se a bens e serviços comuns listados no Decreto nº
3.555, de 8 de agosto de 2002, que regulamenta esta modalidade.

Responsáveis pela licitação

Consideram-se responsáveis pela licitação, os agentes públicos designados


pela autoridade de competência, mediante ato administrativo próprio (portaria,
por exemplo), para integrar comissão de licitação, ser pregoeiro ou para
realizar licitação na modalidade convite.

A comissão de licitação é criada pela Administração com a função de receber,


examinar e julgar todos os documentos e procedimentos relativos ao
cadastramento de licitantes e às licitações nas modalidades de concorrência,
tomadas de preços e convite.

Pode ser permanente e especial.

Será permanente quando a designação abranger a realização de licitações por


período determinado de no máximo doze meses.

Será especial quando for o caso de licitações específicas.


É constituída por, no mínimo, três membros, sendo pelo menos dois deles
servidores qualificados pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos da
Administração responsáveis pela licitação.

A investidura dos membros das comissões permanentes não pode exceder a


um ano. Quando da renovação da comissão para o período subseqüente, é
possível a recondução parcial desses membros. A lei não admite apenas a
recondução da totalidade.

Os membros da comissão de licitação respondem solidariamente pelos atos


praticados, salvo se posição individual divergente estiver devidamente
fundamentada e registrada em ata lavrada na reunião em que tiver sido tomada
a decisão.

Nas pequenas unidades administrativas a na falta de pessoal disponível, em


caráter excepcional e só em convite, a comissão pode ser substituída por
servidor designado para esse fim.

No caso de pregão, o pregoeiro e respectiva equipe de apoio são designados


dentre os servidores do órgão ou entidade promotora da licitação para, dentre
outras atribuições,receberem a proposta escrita e os lances verbais, analisar a
aceitabilidade da proposta e efetuar sua classificação, habilitar o licitante e
adjudicar o objeto vencedor.

Modalidades de Licitação

Modalidade de licitação é a forma específica de conduzir o procedimento


licitatório, a partir de critérios definidos em lei. O valor estimado para
contratação é o principal fator para escolha da modalidade de licitação, exceto
quando se trata de pregão, que não está limitado a valores.

Além do leilão e do concurso, as demais modalidades de licitação admitidas


são exclusivamente as seguintes:

CONCORRÊNCIA

Modalidade da qual podem participar quaisquer interessados que na fase de


habilitação preliminar comprovem possuir requisitos mínimos de qualificação
exigidos no edital para execução do objeto da licitação.

TOMADA DE PREÇOS

Modalidade realizada entre interessados devidamente cadastrados ou que


atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia
anterior à data do recebimento das propostas, observada a necessária
qualificação.

CONVITE
Modalidade realizada entre interessados do ramo de que trata o objeto
da licitação, escolhidos e convidados em número mínimo de três pela
Administração.
O convite é a modalidade de licitação mais simples. A Administração escolhe
quem quer convidar, entre os possíveis interessados, cadastrados ou não. A
divulgação deve ser feita mediante afixação de cópia do convite em quadro de
avisos do órgão ou entidade, localizado em lugar de ampla divulgação.

No convite é possível a participação de interessados que não tenham sido


formalmente convidados, mas que sejam do ramo do objeto licitado, desde que
cadastrados no órgão ou entidade licitadora ou no Sistema de Cadastramento
Unificado de Fornecedores – SICAF. Esses interessados devem solicitar o
convite com antecedência de até 24 horas da apresentação das propostas.

No convite para que a contratação seja possível, são necessárias pelo menos
três propostas válidas, isto é, que atendam a todas as exigências do ato
convocatório. Não é suficiente a obtenção de três propostas. É preciso que as
três sejam válidas. Caso isso não ocorra, a Administração deve repetir o
convite e convidar mais um interessado, enquanto existirem cadastrados não
convidados nas últimas licitações, ressalvadas as hipóteses de limitação de
mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, circunstâncias estas que
devem ser justificadas no processo de licitação.
Para alcançar o maior número possível de interessados no objeto licitado e
evitar a repetição do procedimento, muitos órgãos ou entidades vêm utilizando
a publicação do convite na imprensa oficial e em jornal de grande circulação,
além da distribuição direta aos fornecedores do ramo.

A publicação na imprensa e em jornal de grande circulação confere ao convite


divulgação idêntica à da concorrência e à tomada de preços e afasta a
discricionariedade do agente público.

Quando for impossível a obtenção de três propostas válidas, por limitações do


mercado ou manifesto desinteresse dos convidados, essas circunstâncias
deverão ser devidamente motivada e justificados no processo, sob pena de
repetição de convite.

Limitações de mercado ou manifesto desinteresse das empresas convidadas


não se caracterizam e nem podem ser justificados quando são inseridas
na licitação condições que só uma ou outra empresa pode atender.

PREGÃO

É a modalidade licitação em que disputa pelo fornecimento de bens e serviços


comuns é feita em sessão pública. Os licitantes apresentam suas propostas de
preço por escrito e por lances verbais, independentemente do valor estimado
da contratação.
Ao contrário do que ocorre em outras modalidades, no Pregão a escolha da
proposta é feita antes da análise da documentação, razão maior de sua
celeridade.
A modalidade pregão foi instituída pela Medida Provisória 2.026, de 4 de maio
de 2000, convertida na Lei nº 10.520, de 2002, regulamentada pelo Decreto
3.555, de 2000.

O pregão é modalidade alternativa ao convite, tomada de preços e


concorrência para contratação de bens e serviços comuns. Não é obrigatória,
mas deve ser prioritária e é aplicável a qualquer valor estimado de contratação.

Escolha da modalidade de Licitação

A escolha das modalidades concorrência, tomada de preços, e convite é


definida pelos seguintes limites:

• Concorrência:

Obras e serviços de engenharia acima de R$ 1.500.000,00.

Compras e outros serviços acima de R$ 650.000,00.

• Tomada de Preços

Obras e serviços de engenharia acima de R$ 150.000,00 até R$


1.500.000,00.

• Convite

Obras e serviços de engenharia acima de R$ 15.000,00 até R$ 150.000,00.

Compras e outros serviços acima de R$ 8.000,00 até R$ 80.000,00.

Quando couber convite, a Administração pode utilizar a tomada de preços e,


em qualquer caso, a concorrência. Quando se tratar de bens e serviços que
não sejam de engenharia, a Administração pode optar pelo pregão.

Dispensa e Inexigibilidade

A licitação é regra para a Administração Pública, quando contrata obras, bens


e serviços. No entanto, a lei apresenta exceções a essa regra. São os casos
em que a licitação é legalmente dispensada, dispensável ou inexigível.

A possibilidade de compra ou contratação sem a realização de licitação se


dará somente nos casos previstos em lei.

Tipos de licitação

O tipo de licitação não deve ser confundido com modalidade de licitação.

Modalidade é procedimento.
Tipo é o critério de julgamento utilizado pela Administração para seleção da
proposta mais vantajosa.

Os tipos de licitação mais utilizados para o julgamento das propostas são os


seguintes:

• Menor Preço

Critério de seleção em que a proposta mais vantajosa para a Administração


é a de menor preço. É utilizado para compras e serviços de modo geral e
para contratação e bens e serviços de informática, nos casos indicados em
decreto do Poder Executivo.

• Melhor Técnica

Critério de seleção em que a proposta mais vantajosa para a Administração


é escolhida com base em fatores de ordem técnica. É usado
exclusivamente para serviços de natureza predominantemente intelectual,
em especial na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervisão e
gerenciamento e de engenharia consultiva em geral, e em particular, para
elaboração de estudos técnicos preliminares e projetos básicos e
executivos.
• Técnica e Preço

Critério de seleção em que a proposta mais vantajosa para a Administração


é escolhida com base na maior média ponderada, considerando-se as notas
obtidas nas propostas de preço e de técnica. É obrigatório na contratação
de bens e serviços de informática, nas modalidades tomada de preços e
concorrência.

Fases da Licitação

Os atos da licitação devem desenvolver-se em seqüência lógica, a partir da


existência de determinada necessidade pública a ser atendida. O procedimento
tem início com o planejamento e prossegue até a assinatura do respectivo
contrato ou a emissão de documento correspondente, em duas fases distintas:

• Fase interna ou preparatória

Delimita e determina as condições do ato convocatório antes de trazê-las ao


conhecimento público.

• Fase externa ou executória

Inicia-se com a publicação do edital ou com a entrega do convite e termina


com a contratação do fornecimento do bem, da execução da obra ou da
prestação do serviço.
A Fase Interna

Durante a fase interna da licitação, a Administração terá a oportunidade de


corrigir falhas porventura verificadas no procedimento, sem precisar anular atos
praticados. Exemplo: inobservância de dispositivos legais, estabelecimento de
condições restritivas, ausência de informações necessárias, entre outras faltas.

Procedimentos para a abertura de processo licitatório

A fase interna do procedimento relativo às licitações públicas observará a


seguinte seqüência de atos preparatórios:

• solicitação expressa do setor requisitante interessado, com indicação de


sua necessidade;
• aprovação da autoridade competente para início do processo licitatório,
devidamente motivada e analisada sob a ótica
da oportunidade, conveniência e relevância para o interesse público;
• estimativa do valor da contratação, mediante comprovada pesquisa de
mercado;
• indicação de recursos orçamentários para fazer face à despesa;
• verificação da adequação orçamentária e financeira, em conformidade
com a Lei de responsabilidade Fiscal, quando for o caso;
• elaboração de projeto básico, obrigatório em caso de obras e serviços;
• definição da modalidade e do tipo de licitação a serem adotados.

Com o advento da Lei de Responsabilidade Fiscal – LRF, outras exigências


foram impostas ao gestor público para promover licitações públicas, em
especial quando a despesa se referir à criação, expansão ou aperfeiçoamento
de ação governamental que acarrete aumento da despesa.

Nesse caso, são condições necessárias para a efetivação do procedimento


licitatório a existência de:

• estimativa de impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva


entrar em vigor a despesa e nos dois subseqüentes;
• declaração do ordenador de despesa de que o aumento tem adequação
orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e
compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes
orçamentárias.

Para a Lei de Responsabilidade Fiscal, considera-se:

• adequada com a lei orçamentária anual, a despesa objeto de dotação


específica e suficiente, ou que seja abrangida por crédito genérico, de
forma que somadas todas as despesas da mesma espécie, realizadas e
a realizar, previstas no programa de trabalho, não sejam ultrapassados
os limites estabelecidos para o exercício;
• compatível com o plano plurianual e a lei de diretrizes orçamentárias, a
despesa que se conforme com as diretrizes, os objetivos, prioridades e
metas previstas nesses instrumentos e não infrinja qualquer de suas
disposições.

A LRF ressalvou dessas exigências apenas as despesas consideradas


irrelevantes, definidas para a lei de diretrizes orçamentárias (LDO). Pelas
LDO`s para 2003 (art.98, inciso II, da Lei nº 10.524, de 25 de julho de 2002) e
para 2004 (art.110, inciso II, da Lei nº 10.707, 30 de julho de 2003), por
exemplo, são despesas irrelevantes aquelas cujo valor não ultrapasse os
limites dos incisos I e II do art.24 da Lei de Licitações, ou seja,
respectivamente, de R$ 15.000,00, para obras e serviços de engenharia e R$
8.000,00 para compras e outros serviços.

Obras e Serviços

Para definir o objeto da licitação, o administrador deve estar atento às


peculiaridades do objeto e às diferentes exigências da Lei de Licitações na
contratação de obras, serviços ou compras.

No caso de execução de obras e prestação de serviços, as licitações somente


poderão ser realizadas quando:

• houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e disponível


para exame dos interessados em participar do processo licitatório;
• existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a composição
de todos os seus custos unitários;
• houver previsão de recursos orçamentários que assegurem o
pagamento das obrigações decorrentes de obras ou serviços a serem
executadas no exercício financeiro em curso, de acordo com o
respectivo cronograma de desembolso;
• a obra ou o serviço estiverem incluídos nas metas estabelecidas no
PPA, se for o caso.

Não poderão ser incluídos no objeto da licitação:

• a obtenção de recursos financeiros para execução de obras e serviços,


qualquer que seja a sua origem, exceto nos casos de empreendimentos
executados e explorados sob o regime de concessão, nos termos da
legislação específica;
• o fornecimento de bens e serviços sem similaridade ou de marcas,
características e especificações exclusivas, salvo nos casos em que for
tecnicamente injustificável, ou quando o fornecimento desses materiais e
serviços for feito sob o regime de administração contratada, previsto no
ato convocatório.

A execução das obras e dos serviços deve ser programada sempre em sua
totalidade, com previsão de seus custos atual e final, levando em conta o prazo
total da execução, e será realizada sob a forma de:

• execução direta – quando a Administração utiliza meios próprios;


• execução indireta – quando a Administração contrata com terceiros a
execução das obras e dos serviços.

Na execução indireta, a contratação é feita sob os seguintes regimes:

* empreitada por preço global;


* empreitada por preço unitário;
* tarefa;
* empreitada integral.

A empreitada por preço global é utilizada quando se contrata a execução da


obra ou do serviço por preço certo e total. Seu uso se verifica, geralmente, em
contratações de objetos mais comuns, quando os quantitativos de materiais
empregados são pouco sujeitos a alterações durante a execução da obra ou da
prestação de serviços e podem ser aferidos mais facilmente.

A empreitada por preço unitário é usada quando se contrata a execução da


obra ou serviço por preço certo de unidades determinadas. É empregada com
mais freqüência em projetos de maior complexidade, cujas quantidades de
serviços e dos materiais relativos às parcelas de maior relevância e do valor
significativo são definidas de forma exata no ato convocatório, nem tampouco
no orçamento apresentado junto à proposta.

A tarefa é utilizada quando se contrata a mão-de-obra para pequenos trabalhos


por preço certo, com ou sem fornecimento de materiais.

A empreitada integral é usada quando se pretende contratar o objeto em sua


totalidade, ou seja, compreendendo todas as etapas da obra, serviços e
instalações necessárias. Nesse regime, o contratado assume inteira
responsabilidade pela execução do objeto até a sua entrega ao órgão ou
entidade da Administração em condições de ser utilizado. Devem ser atendidos
os requisitos técnicos e legais para o uso do objeto. Esse uso diz respeito à
segurança estrutural e operacional e deve ter as características adequadas às
finalidades para as quais o objeto que foi contratado.

A empreitada por preço global e a empreitada por preço unitário são os


regimes mais utilizados de contratação.

Na empreitada por preço global, o pagamento deve ser efetuadoapós a


conclusão dos serviços ou etapas definidos em cronograma físico-financeiro,
por exemplo: fundações, estrutura, concretagem da laje, cobertura,
revestimento, pintura e outras etapas.
Na empreitada por preço unitário, o pagamento deve ser realizado por
unidades feitas, pois seus quantitativos são pouco sujeitos a alterações.
Exemplo: metragem executada das fundações, de paredes levantadas, de
colocação de piso, de pintura, de colocação de gesso.

É recomendável que o estabelecimento das quantidades a serem licitadas e


contratadas seja o mais exato possível, a fim de evitar distorções na execução
de obras ou na prestação de serviços, que possam culminar com acréscimos
quantitativos além dos limites legais.

A licitação sob o regime de preço unitário é mais indicada quando o objeto


incluir o fornecimento de materiais ou serviços com previsão de quantidades ou
cujos quantitativos correspondam às previsões reais do projeto básico ou
executivo, os quais devem retratar, com adequado nível de precisão, a
realidade da execução da obra ou da prestação de serviços.

Independentemente da modalidade adotada, a Administração deverá fornecer,


obrigatoriamente, junto com o ato convocatório, todos os elementos e
informações necessárias para que os licitantes possam elaborar suas
propostas de preços com total e completo conhecimento do objeto da licitação.

O projeto básico

Toda licitação de obra ou serviço deve ser precedida da elaboração do


projeto básico.

A lei estabelece que o projeto básico deve estar anexado ao ato convocatório,
dele sendo parte integrante, e deve ser elaborado segundo as exigências
contidas na Lei nº 8.666 de 1993.

Projeto básico é o conjunto de elementos necessários e suficientes, com nível


de precisão adequado, para caracterizar a obra ou o serviço, ou complexo de
obras ou serviços.

Deve ser elaborado com base nas indicações de estudos técnicos preliminares.

Tem como objeto assegurar a viabilidade técnica e o adequado tratamento do


impacto ambiental do empreendimento.

Possibilita a avaliação do custo da obra e a definição dos métodos e do prazo


de execução.

A legislação determina que o projeto básico, relativamente as obras, deve


conter os seguintes elementos:

• desenvolvimento da solução escolhida;


• soluções técnicas globais e localizadas;
• identificação dos tipos de serviços a executar e de materiais e
equipamentos a incorporar à obra;
• informações que possibilitem o estudo e a dedução de métodos
construtivos;
• subsídios para montagem do plano de licitação e gestão da obra;
• orçamento detalhado do custo global da obra, fundamentado em
quantitativos de serviços e fornecimentos propriamente avaliados.

Um projeto básico bem elaborado para contratação de serviços de manutenção


preventiva e corretiva, por exemplo, deve fornecer, dentre outras informações
essenciais:

• detalhamento do objeto;
• periodicidade de visitas; se diária, semanal, quinzenal, mensal, etc.
• horário das visitas de manutenção;
• prazo para atendimento às chamadas;
• equipe mínima/composição da equipe técnica, com registro na entidade
profissional competente;
• existência de plantonistas quando for o caso;
• relação do material de reposição que deverá estar coberto pelo futuro
contrato;
• material mínimo necessário para estoque no local dos serviços;
• local de conserto dos equipamentos, quando não puder ser feito no
próprio prédio;
• exigência de oficina, quando for o caso.

O projeto básico, além de ser peça imprescindível para execução de obra ou


prestação de serviço, é o documento que propicia à Administração
conhecimento pleno do objeto que se quer licitar, de forma detalhada, clara e
precisa. Deve permitir ao licitante as informações necessárias à boa
elaboração de sua proposta, mediante regras estabelecidas pela
Administração, a que estará sujeito.

Em qualquer licitação de obras e serviços, se o projeto básico for falho ou


incompleto, a licitação estará viciada e a contratação não atenderá aos
objetivos da Administração.

As obras e serviços limitados aos valores máximos a seguir estão dispensados


de licitação e desobrigam o agente público da elaboração do projeto básico.

• R$ 15.000,00, para obras e serviços de engenharia;


• R$ 8.000,00, para quaisquer outros serviços.

Os valores referidos serão acrescidos de 20% (vinte por cento) para compras,
obras e serviços contratados por sociedades de economia mista e empresas
públicas, além de autarquias e fundações qualificadas na forma de agências
executivas.

O projeto executivo

Nas licitações para contratação de obras também é exigido projeto executivo.


No ato convocatório deve ser informado se há projeto executivo disponível, na
data da sua publicação, e o local onde possa ser examinado e adquirido.

Projeto executivo é o conjunto de elementos necessários e suficientes à


realização do empreendimento a ser executado, com nível máximo de
detalhamento possível de todas as suas etapas.

Para realização do procedimento licitatório não há obrigatoriedade da


existência prévia de projeto executivo, uma vez que este poderá ser
desenvolvido concomitantemente com a execução das obras e serviços, desde
que autorizado pela Administração. No caso, a licitação deverá prever a
elaboração do competente projeto executivo por parte da contratada ou por
preço previamente fixado pela Administração.

Quem não pode participar da licitação?

Não podem participar, direta ou indiretamente, da licitação, da execução da


obra, da prestação dos serviços e do fornecimento de bens necessários à obra
ou serviços:

• o autor de projeto básico ou executivo, pessoa física ou jurídica;


• a empresa, isoladamente ou em consórcio, de responsável pela
elaboração de projeto básico ou executivo ou da qual o autor do projeto
seja dirigente, gerente, acionista ou detentor de mais de 5% (cinco por
cento) do capital com direito a voto, ou controlador, responsável técnico
ou subcontratado;
• o servidor dirigente de órgão ou entidade contratante ou responsáveis
pela licitação.

Considera-se participação indireta a existência de qualquer vínculo de


natureza técnica, comercial, econômica, financeira ou trabalhista entre o
autor do projeto, pessoa física ou jurídica, e o licitante ou responsável pelos
serviços, fornecimento e obras, incluindo-se os fornecimentos de bens e
serviços a estes necessários. Esse entendimento é extensivo aos membros
da comissão de licitação.

É permitido ao autor do projeto a participação na licitação de obra ou


serviços, ou na execução, apenas na qualidade de consultor ou técnico,
desde que nas funções de fiscalização, supervisão ou gerenciamento, e
exclusivamente a serviço da Administração.

Empenho
"O empenho da despesa é o ato emanado de autoridade competente que cria para
o Estado obrigação de pagamento pendente ou não de implemento de condição"
(Art. 58 da Lei 4.320/64).

Apesar de o empenho não ser a fase inicial de uma despesa, pois outros atos vão
antecedê-lo, não há dúvida de que se constitui em uma das fases mais
importantes. Nos comentários à Lei 4.320/64, os autores J. Teixeira Machado Jr. e
Heraldo da Costa Reis, afirmam: "Na verdade, o empenho é uma das fases mais
importantes por que passa a despesa pública, obedecendo a um processo que vai
até o pagamento. O empenho não cria obrigação e, sim, dá início à relação
contratual entre o Estado e seus fornecedores e prestadores de serviços". (grifo
nosso)

Como se nota, o empenho é de suma importância na despesa pública. É uma


garantia ao fornecedor e ao mesmo tempo um controle dos gastos. O empenho é o
registro da despesa, o qual resulta na nota de empenho, sendo que a primeira via
deve ser entregue ao fornecedor.

"Para cada empenho será extraído um documento denominado Nota de Empenho,


que indicará o nome do credor, a especificação e a importância da despesa, bem
como a redução desta do saldo da dotação própria" (Art. 61 da Lei 4.320/64).

Nenhuma despesa poderá ser realizada sem o competente empenho prévio, é o


que estabelece o Artigo 60 da Lei 4.320/64, e complementando em seu Parágrafo
1º diz que "em casos especiais previstos na legislação específica será dispensada a
emissão da nota de empenho". Não se deve aqui confundir nota de
empenho com empenho prévio. Existem despesas que, por sua natureza,
dispensam a emissão de nota de empenho. A fim de simplificar e regulamentar as
normas gerais de Direito Financeiro para os pequenos municípios, foi expedido o
Decreto-Lei 1875 de 15 de julho de 1981, que em seu artigo 4º estabelece os
casos em que pode ser dispensada a nota de empenho.

Art. 4º - Observado o disposto no caput do artigo 60 da Lei 4.320/64, é


dispensada a emissão de nota de empenho, nas seguintes hipóteses:
a) despesas relativas a pessoal e encargos;
b) contribuição para o PASEP;
c) amortização, juros e serviços de empréstimos e financiamentos obtidos;
d) despesas relativas a consumo de água e energia elétrica, utilização de serviços
de telefone, postais e telégrafos e outros que vierem a ser definidos por atos
normativos próprios;
e) despesas provenientes de transferência por força de mandamento das
Constituições Federal, Estaduais e de Leis Orgânicas de Municípios, e da execução
de convênios, acordos e ajustes, entre entidades de direito privado das quais
façam parte como acionistas.

Nestes casos a nota de empenho será substituída pelos documentos


comprobatórios que deram origem ao empenho. Desnecessário se faz salientar que
o empenho não poderá exceder o limite dos créditos orçamentários liberados.

O empenho pode ser:

Ordinário: quando o valor do empenho é igual ao da compra ou serviço e o


pagamento pelo seu total, em uma única vez.

Por estimativa: quando não houver condições de se apurar o valor correto da


despesa.

Global: quando se conhece o valor total da despesa mas cujo pagamento é feito
parceladamente.

Ética Profissional:
Um dos assuntos mais abordados atualmente, no qual muitas profissões chegam a criar manuais sobre
tal assunto com normas a ser seguidas e respeitadas pela classe, chama-se Ética Profissional. Não só no
ambiente de trabalho, mas também na vida em sociedade, a ética é um assunto muito discutido e
valorizado por nós.

Geralmente as questões éticas estão envolvidas principalmente com dois assuntos: dinheiro e poder.
Algumas pessoas são tão obsessivas em buscar o máximo seja de dinheiro ou de poder, que acabam
ultrapassando os "limites éticos", as leis e a própria ordem de respeito e responsabilidade coletiva dentro
da sociedade que está inserido tal indivíduo.

A própria indústria cinematográfica, aproveitando este assunto polemico para ganhar os espectadores,
expõe esta questão em vários filmes. Um bom exemplo é o filme "Wall Street – Poder e Cobiça". O
cenário colocado em cheque é a Bolsa de Valores Wall Street, com as corretoras, investidores,
especuladores e outros envolvidos direta ou indiretamente com o mercado de ações por várias vezes
passando por cima da ética na busca por seus objetivos.
O mercado de ações envolve exatamente os dois pontos "fracos" do ser humano. Neste ambiente o
PODER e o DINHEIRO estão intimamente ligados, com todos os envolvidos os buscando
obsessivamente. O próprio filme "Wall Street" mostrou que muitas vezes os tão venerados "investidores
milionários", nem sempre segue a ética e as leis, muito menos respeitam aqueles que cruzam seus
caminhos.

Quando o assunto é DINHEIRO, principalmente no mercado de ações, obter informações


privilegiadas(muitas vezes não importando o método para a obtenção delas) é o caminho para o sucesso.
Isso também pode ser observando quando o assunto é PODER.

No filme, o jovem corretor, dedicado a sua profissão, é colocado frente a frente com a oportunidade de ter
muito dinheiro. Mas para conseguir tanto dinheiro, ele precisa deixar de lado os valores que aprendeu
com seu pai. Ser ético, responsável por suas ações. A cobiça falou mais alto.

Mas a oportunidade de dinheiro rápido aos poucos mostra-se uma furada. Cada vez mais envolvido,
atormentado por trair a confiança que seu pai tinha nele, ele decide parar com isso.

Geralmente quando se "cai na real" e decide parar com suas atitudes anti-éticas, se esquece que isto não
o isenta do que fez no passado. É o que acontece com o jovem corretor do filme. O próprio modelo
capitalista induz a deixar de lado a ética. A pressão de obter lucros e mais lucros, crescer, tornar-se
PODEROSO...

Tudo seria mais fácil se todos apenas agissem de acordo com "Não faça ao próximo o que não quer para
ti". Mas não funcionaria. Faz parte do "ser" humano fazer sempre algo a mais, ultrapassar limites. A ética
é um desses limites.

Por isso, buscar a ética é muito mais que uma questão de valor profissional, de vida em sociedade. Está
relacionada com o nível pessoal. Para cada um a ética é diferente, moldada de acordo com os valores
que cada um acha importante. Dificilmente será ampla e perfeita, muito menos respeitada por todos. Mas
é por ela que a vida em sociedade é constituída.

CAPÍTULO III - DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL


SEÇÃO I - DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 69 - A Administração Municipal, Direta ou Indireta obedecerá aos
princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade,
razoabilidade e motivação.
Parágrafo Único - Será garantida a participação popular nos atos da
Administração Pública.
Art. 70 - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas da
Administração Municipal, direta, indireta, fundacional e de órgãos controlados
pelo Poder Público Municipal, ainda que custeada por entidades privadas,
deverá Ter caráter educativo, informativo ou de orientação social e dela não
constarão nomes, símbolo ou imagem que caracterizem promoção pessoal de
autoridade, servidor público ou partido político.
§1º - A publicidade a que se refere este artigo, somente poderá ser realizada
após aprovação pela Câmara do Plano Anual de Publicidade, que conterá
previsão dos seus custos e objetivos, na forma da lei.
§2º - A veiculação da publicidade, a que se refere este artigo, é restrita ao
território do Município, exceto aquelas inseridas em órgãos de comunicação
para circulação a nível regional ou estadual.
§3º - O Poder Executivo publicará e enviará ao Poder Legislativo e ao
Conselho Popular, no máximo trinta dias após o encerramento de cada
trimestre, relatório completo sobre os gastos publicitários da administração
direta, indireta, das fundações e de órgãos controlados pelo Poder Público
Municipal, na forma da lei.
§4º - As empresas estatais que sofrem concorrência de mercado deverão
restringir sua publicidade ao seu objetivo social, não estando sujeitas ao
determinado nos parágrafos 2º e 3º deste artigo.
§5º - Verificada a violação ao disposto neste artigo, caberá à Câmara
Municipal, por maioria absoluta, determinar a suspensão imediata da
propaganda e publicidade.
§6º - O não cumprimento do disposto neste artigo implicará em nulidade do ato
e punição da autoridade responsável, nos termos da lei.
SEÇÃO II - DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL
Art. 71 - A Administração Municipal instituirá órgãos de consulta,
assessoramento e decisão que serão compostos por representantes
comunitários dos diversos segmentos da sociedade local.
Parágrafo Único - Esses órgãos poderão se constituir por temas, áreas ou para
administração global.
Art. 72 - Os órgãos previstos no artigo anterior terão os seguintes objetivos:
I. Discutir os problemas suscitados pela comunidade;
II. Assessorar o Executivo na solução de problemas;
III. Discutir e decidir as prioridades do Município;
IV. Auxiliar na fiscalização de atos da administração;
V. Auxiliar no planejamento da cidade;
VI. Discutir, assessorar e deliberar sobre os projetos de diretrizes
orçamentárias, orçamento anual e plurianual, a serem enviadas à
Câmara Municipal.
Art. 73 - O Município, visando a descentralização e tornar a administração mais
próxima dos municípios, poderá dividir-se, territorialmente e
administrativamente, em subprefeituras, administrações regionais e distritais.
Art. 74 - As autarquias, empresas públicas, sociedades de economia mista e
fundações controladas pelo Município serão criadas, transformadas,
incorporadas, privatizadas ou extintas, mediante lei.
§ 1º - A criação de subsidiárias e a participação destas em empresa pública
dependem também de lei.
§ 2º - Será um dos diretores dos órgãos, de que trata o artigo, indicado pelo
Sindicato dos Trabalhadores da categoria, cabendo à lei definir os limites de
sua competência e atuação.
SEÇÃO III - DO SERVIDOR PÚBLICO MUNICIPAL
Art. 75 - O Município instituirá planos de carreira para os Servidores da
Administração Pública Direta, as Autarquias e das Fundações Públicas,
mediante lei.
Parágrafo Único - A política de pessoal obedecerá às seguintes diretrizes:
I - profissionalização e aperfeiçoamento do servidor público;
II - sistema de mérito objetivamente apurado para ingresso no serviço e
desenvolvimento na carreira;
III - por antigüidade no serviço.
Art. 76 - O regime jurídico único, para todos os servidores da Administração
Direta, das Autarquias e das Fundações Públicas, será estabelecido por lei,
que disporá sobre direitos, deveres e regime disciplinar assegurados os direitos
adquiridos.
Parágrafo Único - Aplica-se aos servidores a que se refere este artigo, o
disposto no artigo 7º, IV, VI, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XIX, XX, XXII,
XXIII, XXV, XXX, da Constituição da República, podendo os sindicatos dos
servidores estabelecer, mediante acordo ou convenção, sistemas de
compensação de horários, bem como de redução de jornada de trabalho.
Art. 77 - A investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação
prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, ressalvadas as
nomeações para cargos em comissão, declarados em lei de livre nomeação e
exoneração.
Parágrafo Único - A nomeação ou contratação de servidores públicos só se
fará com observância do número de vagas, descrito em lei.
Art. 78 - A lei assegurará aos servidores da Administração Direta, isonomia de
vencimentos para cargos, empregos e atribuições iguais ou assemelhados do
mesmo poder, ou entre servidores dos poderes Executivo e Legislativo,
ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao
local de trabalho.
Art. 79 - As vantagens de qualquer natureza só poderão ser concedidas por lei
e quando atendam efetivamente ao interesse público e às exigências do
serviço.
Art. 80 - Ao servidor público é assegurado o recebimento de adicional por
tempo de serviço, concedo por qüinqüênio, na forma da lei.
Art. 81 - Nenhum Servidor poderá ser Diretor ou Membro de Conselho de
empresa privada que preste serviço ou realize qualquer modalidade de contrato
e fornecimento de materiais para o Município, sob pena de demissão do
serviço público, salvo contratos de cláusulas uniformes.
Art. 82 - A lei fixará os vencimentos dos servidores públicos sendo vedada a
concessão de gratificações, adicionais ou quaisquer vantagens pecuniárias nos
casos não previstos em lei.
Art. 83 - São sujeitos à prestação e tomadas de contas os agentes da
administração municipal responsáveis por bens e valores pertencentes ou
confiados à Fazenda Pública Municipal.
§1º - O tesoureiro do Município ou servidor que exerça a função deverá
apresentar o boletim diário de tesouraria, que será afixado em local próprio na
sede da Prefeitura Municipal.
§2º - Os demais agentes públicos municipais apresentarão prestações de
contas até o dia 15(quinze) do mês subseqüente àquele em que o valor tenha
sido recebido.
Art. 84 - É passível de punição, inclusive com demissão, o servidor público
que, no exercício de sua função, violar direitos individuais e sociais e/ou deixar
de cumprir o que determina a lei, em prejuízo aos direitos do cidadão e da
administração pública, ficando assegurado processo administrativo com amplo
direito de defesa.
Art. 85 - Fica assegurado o direito de reunião, em locais de trabalho aos
servidores públicos e suas entidades, na forma da lei.
SEÇÃO IV - DOS ATOS MUNICIPAIS
SUBSEÇÃO I - DA PUBLICAÇÃO
Art. 86 - A publicação das leis e atos do Executivo e do legislativo será feita
pelo órgão de imprensa local ou regional e por afixação na sede da Prefeitura e
da Câmara.
§1º - Os atos não normativos poderão ser publicados pela imprensa, de forma
reduzida.
§2º - os atos de efeitos externos só produzirão efeitos, após a sua publicação.
§3º - A escolha do órgão de imprensa para divulgação das leis e atos
municipais deverá ser feita por licitação, em que se levarão em conta não só as
condições de preço, como circunstâncias de freqüência, horário, tiragem e
distribuição.
SUBSEÇÃO II - DOS LIVROS DE REGISTRO
Art. 87 - O Município terá os livros que forem necessários aos seus serviços e,
obrigatoriamente, os de:
I. Termo de compromisso e posse;
II. Declaração de bens;
III. Atas das sessões da Câmara;
IV. Registro de leis, decretos, resoluções, regulamentos, instruções e
portarias;
V. Cópia de correspondência oficial;
VI. Protocolo, índice de papéis e livros arquivados;
VII. Licitações e contratos para obras e serviços;
VIII. Contratos de servidores;
IX. Contratos em geral;
X. Contabilidade financeira, orçamentária e patrimonial;
XI. Concessões e permissões de bens e de serviços;
XII. Tombamento de bens imóveis;
XIII. Registro de loteamentos aprovados;
§ 1º - Os livros serão abertos, rubricados e encerrados pelo Prefeito e pelo
Presidente da câmara, conforme o caso, ou por servidor designado para tal fim.
§ 2º - os livros referidos neste artigo poderão ser substituídos por fichas ou
outro sistema convenientemente autenticados.
§ 3º - Os livros, fichas ou outro sistema estarão abertos e consultas de
qualquer cidadão, bastando, para tanto, apresentar requerimento.
SUBSEÇÃO III - DA FORMA
Art. 88 - Os atos administrativos de competência do Prefeito serão expedidos
nas seguintes formas:
I. DECRETO, numerado em ordem cronológica, nos seguintes casos:
a) Regulamentação de lei;
b) Instituição, modificação e extinção de atribuições não privativas de lei;
c) Aberturas de créditos especiais e suplementares, até o limite autorizado por
lei, assim como créditos extraordinários;
d) Declaração de utilidade ou necessidade pública, ou de interesse social,
para efeito de desapropriação ou de servidão administrativa;
e) Aprovação de regulamento ou de regimento;
f) Permissão de uso de bens e serviços municipais;
g) Medidas executórias do Plano Diretor;
h) Criação, extinção, declaração ou modificação de direitos dos administrados
não privativos de lei;
i) Normas de efeito extinto, não privativas de lei;
j) Fixação e alteração de preços.
II. PORTARIA, nos seguintes casos:
a) Provimento e vacância de cargos ou empregos públicos e de demais atos
de efeitos individuais;
b) Nomes relativos ao funcionamento dos serviços administrativos;
c) Abertura de sindicância e processos administrativos, aplicação de
penalidades e demais atos individuais de efeitos internos;
d) Outros casos determinados em lei ou decreto.
SUBSEÇÃO IV - DAS CERTIDÕES
Art. 89 - A Prefeitura e a Câmara, quando solicitadas, expedirão no prazo
máximo de 15 (quinze) dias, certidões de atos, contratos e decisões, sob pena
de responsabilidade da autoridade ou servidor que negar ou retardar a sua
expedição.
§ 1º - No mesmo prazo, atenderão às requisições judiciais, se outro não for
fixado pelo Juiz de Direito.
§ 2º - As certidões relativas ao exercício do cargo de Prefeito serão fornecidas
pelo Diretor de Departamento da Prefeitura.
SEÇÃO V - DOS BENS MUNICIPAIS
Art. 90 - O patrimônio público municipal é constituído de bens móveis e
imóveis, direitos e ações que, a qualquer título, pertençam ao Município.
Art. 91 - Cabe ao Prefeito a administração dos bens municipais, respeitada a
competência da Câmara relativamente àqueles utilizados em seus serviços.
Art. 92 - Todos os bens municipais deverão ser cadastrados, com a
identificação respectiva, numerando-se os móveis, segundo o que for
estabelecido em regulamento.
Art. 93 - A alienação de bens municipais, subordinada à existência de interesse
público devidamente justificada, será sempre precedida de avaliação e
obedecerá às seguintes normas:
I - quando imóveis dependerá de autorização legislativa e concorrência
dispensada nos seguintes casos:
a) Doação, devendo constar, obrigatoriamente, do contrato os encargos do
donatário, o prazo de seu cumprimento e a cláusula de retrocessão, sob
pena de nulidade de ato;
b) Permuta;
II - quando móveis, dependerá de licitação, dispensada esta nos seguintes
casos:
a) Doação, que será permitida, exclusivamente, para fins de interesse social;
b) Permuta;
c) Ações, que serão vendidas em bolsas.
§ 1º - O Município, preferentemente à venda ou doação de seus bens imóveis,
outorgará concessão de direito real de uso, mediante prévia autorização
legislativa e concorrência.
§ 2º - A concorrência poderá ser dispensada por lei, quando o uso se destinar à
concessionária de serviço público, às entidades assistenciais ou quando
houver relevante interesse público, devidamente justificado.
§ 3º - A venda aos proprietários de imóveis lindeiros de áreas urbanas
remanescentes e inaproveitáveis, para edificação de obra pública, dependerá
de prévia autorização legislativa.
§ 4º - As áreas, resultantes de modificação de alinhamento, serão alienadas
nas mesmas condições, quer sejam aproveitáveis ou não.
Art. 94 - A aquisição de bens imóveis, por compra ou permuta, depende de
prévia avaliação e autorização legislativa.
Art. 95 - O uso de bens municipais por terceiros poderá ser feito mediante
concessão, permissão ou autorização, conforme o caso, e o interesse público
exigir.
§ 1º - A concessão administrativa dos bens públicos de uso especial e
dominais dependerá de leis e concorrência e far-se-á mediante contrato, sob
pena de nulidade do ato.
§ 2º - A concorrência poderá ser dispensada, mediante lei, quando o uso se
destinar as entidades assistenciais, ou quando houver interesse público
relevante, devidamente justificado.
§ 3º - A concessão administrativa de bens públicos de uso comum somente
poderá ser outorgada para finalidades escolares, de assistência social ou
turística, mediante autorização legislativa.
§ 4º - A permissão, que poderá incidir sobre qualquer bem público, será feita
por portaria, para atividades ou usos específicos e transitórios, pelo prazo
máximo de sessenta (60) dias.
§ 5º - É vedada a doação ou concessão de uso de qualquer fração dos
parques, praças, jardins ou largos públicos, salvo pequenos espaços
destinados à venda de jornais, revistas ou refrigerantes.
SEÇÃO VI - DO PLANEJAMENTO MUNICIPAL
Art. 96 - O Município deverá organizar a sua administração e exercer suas
atividades dentro de um processo de planejamento permanente, atendendo às
peculiaridades locais e aos princípios técnicos, convenientes ao
desenvolvimento integrado da comunidade.
§ 1º - Considera-se processo de planejamento a definição dos objetivos
determinados em função da realidade local, a preparação dos meios para
atingi-los, o controle de sua aplicação e avaliação dos resultados obtidos.
§ 2º - Para o planejamento é garantida a participação popular nas diversas
esferas de discussão e deliberação.
SEÇÃO VII - DAS OBRAS E SERVIÇOS PÚBLICOS MUNICIPAIS
Art. 97 - Nenhum empreendimento de obras e serviços públicos do município
poderá ter início sem prévia elaboração do plano respectivo, do qual,
obrigatoriamente, conste:
I - a viabilidade do empreendimento, sua conveniência e oportunidade para o
interesse comum;
II - os pormenores para sua execução;
III - os recursos para o atendimento das respectivas despesas;
IV - os prazos para o seu início e conclusão, acompanhados da respectiva
justificação.
§ 1º - Nenhuma obra, serviço ou melhoramento, salvo casos de extrema
urgência, será executado sem prévio orçamento de seu custo.
§ 2º - As obras públicas poderão ser executadas pela administração direta, pôr
suas autarquias e demais entidades da administração indireta e pôr terceiros,
mediante licitação.
Art. 98 - A permissão de serviço público, a título precário, será outorgada pôr
decreto do Prefeito, após edital de chamamento de interessados para escolha
do melhor pretendente, sendo que a concessão só será feita com autorização
legislativa, mediante contrato precedido de concorrência pública.
§ 1º - Serão nulas, de pleno direito, as permissões, as concessões, bem como
quaisquer outros ajustes feitos em desacordo com o estabelecido neste artigo.
§ 2º - Os serviços, permitidos ou concedidos, ficarão sempre sujeitos à
regulamentação.
§ 3º - O Município poderá retornar, sem indenização, os serviços públicos
permitidos ou concedidos, desde que:
I - executados em desconformidade com o ato ou contrato administrativo;
II - se revelem insuficientes para atenderem ao interesse público.
§ 4º - As concorrências, para a concessão de serviços públicos, deverão ser
precedidas de ampla publicidade, em jornais e rádios locais.
Art. 99 - Nos serviços, obras e concessões do Município, bem como as
compras e alienações, será adotada a licitação, nos termos da lei.

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