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NOTAS DE AULA

DISCIPLINA:
FUNDAMENTOS DE CONCRETO ARMADO
CURSO: SEMESTRE: ANO: ID DISCIPLINA: Prof. Esp. Aldo T. Gaiotto Jr.
ENGENHARIA CIVIL 9° 2017 22026 Engenheiro Civil

4.4 Concreto Armado

Os antigos utilizavam a pedra como material de construção. Uma coisa ficou clara: a
pedra era um ótimo material de construção; era durável e resistia bem aos esforços de
compressão (quando usada como pilares). Quando a pedra era usada como viga para vencer
vãos de médio porte (pontes, por exemplo), então surgiam forças de tração (na parte
inferior) e a pedra se rompia. Por causa disso, eram limitados os vãos que se podiam vencer
com vigas de pedra. Vejamos um exemplo dessa limitação. À esquerda, um vão pequeno
que gera pequenos esforços. Ao lado na figura da direita temos um grande vão onde os
esforços são grandes, exercendo compressão na parte de cima da viga e a tendência à
distensão na parte de baixo desta viga.

Figura 27 – Pequeno e Grande Vão.

Observação: As deformações (linhas tracejadas) neste desenho estão exageradas (função


didática).

Vejamos, agora, a situação em cada caso correspondente às ilustrações acima.

Pequeno Vão: No meio da viga, surgem esforços internos em cima de compressão e


embaixo, de tração. Como o vão é pequeno, os esforços são pequenos e a pedra resiste.
Grande Vão: Para os vãos maiores, os esforços de compressão e os de tração
crescem. A pedra resiste bem aos esforços de compressão e mal aos esforços de tração. Se
aumentar o vão, a pedra rompe por tração.

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Uma das dificuldades encontrada pela viga como elemento estrutural que recebe
cargas e as transporta até aos apoios é identificada pelo Cálculo Vetorial e a pela Geometria
Analítica: Ela necessita migrar forças predominantemente verticais através de um
"caminho" horizontal.
Os romanos foram mestres na arte de construir pontes de pedra em arco. Se não
podiam usar vigas para vencer vãos maiores, usavam ao máximo um estratagema, ou seja, o
uso de arcos onde cada peça de pedra era estudada para só trabalhar comprimida, como se
vê na ilustração a seguir:

Figura 28 – Estrutura somente com esforços de compressão.

Perceba que todas as pedras, devido à forma da ponte em arco, estão sendo
comprimidas, e aí elas resistem bem. Ao construir arcos, verificou-se que, dependendo da
forma desse arco, as pedras não eram exigidas à tração, diferentemente do que acontece
com a construção em eixo retilíneo, e sim, tão somente, à compressão.

Figura 29 – Construção com eixos retilíneo e curvo, respectivamente.

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Trabalhando só à compressão, elas resistiam muito bem. Mas qual a forma do arco
que leva toda a estrutura a trabalhar só em compressão?
Os mestres das catedrais resolveram engenhosamente essa questão ao descobrirem
a forma geométrica mágica, que leva a estrutura praticamente a só trabalhar em
compressão.
1. Através de modelos, ligavam com uma corda os dois pontos extremos dos pilares
que iriam receber os apoios do arco;
2. Penduravam, nessa corda, pedras com o tamanho aproximado que a experiência
lhes mostrava que seriam usadas na construção do arco;

Figura 30 – Modelo utilizado para construção da curvatura do arco.

3. Projetavam numa parede (ou por luz solar, ou por achortes) essa curva descrita
pela corda carregada pelas pedras;
4. Essa curva era invertida e servia para o projeto do eixo do arco. A seguir, usando
essa curva, as pedras eram cortadas;

Figura 31 – Cimbramento (paliçada), suporte para a colocação das pedras.

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5. Construía-se de madeira uma estrutura de suporte de colocação das pedras


(cimbramento - escoramento);
6. Colocavam-se as pedras, uma a uma. Ao colocar a última pedra, "a pedra de
fecho", o encaixe perfeito dava estabilidade ao arco;

Figura 32 – Estabilidade dada pela Pedra de fecho ou Pedra-chave.

7. Com o encaixe, a estrutura tornava-se estável e, então, retirava-se a paliçada de


madeira, agora desnecessária;
8. Por esse mesmo processo, pode-se construir abóbadas, estruturas totalmente
instáveis até a colocação da última pedra, chamada "pedra de fecho". Com a pedra de
fecho, a abóbada se autossustenta.
Ao tirar o escoramento (cimbramento), o mestre de obra, artífices e aprendizes era
obrigados a passar a primeira noite embaixo do arco abóboda. Essa tradição se mantém até
hoje, de alguma forma, na manutenção de aviões. Depois de uma revisão geral, o primeiro
voo é com o pessoal mecânico que fez essa revisão.

Figura 33 – PONTE DU GARD (Rio da Guarda, Paris, França).

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Ponte Aqueduto, construída pelos romanos, perto de Paris na época de Cristo.


Estrutura principal em arcos construídos com pedras em compressão.
Quando o homem passou a usar o concreto, a limitação era a mesma. As vigas de
eixo reto eram limitadas no seu vão pelo esforço de tração máximo que podiam suportar
tração essa que surgia no trecho inferior da viga.
Em média, o concreto resiste à compressão dez vezes mais que à tração. Uma ideia
brotou: Por que não usar uma mistura de material bom para compressão na parte
comprimida e um bom para tração na parte tracionada? Essa é a ideia do concreto armado.
Na parte tracionada do concreto, mergulha-se aço e, na parte comprimida, deixa-se só
concreto. Assim, temos a ideia da viga de concreto armado.

Figura 34 – Ponte e seção transversal de viga em concreto armado.

Observação: LN - Linha Neutra: Nem tração nem compressão.

Notamos que as barras de aço não ficam soltas e, sim, ficam amarradas, como que
soldadas ao concreto da viga na sua parte inferior (essa solidariedade é fundamental).
Dependendo das condições de solicitação e cálculo de viga, e sem maiores
problemas de segurança, a parte inferior do concreto da mesma chega a fissurar (trincar,
fala-se de fissuras no limite de perceptibilidade visual) e sem maiores problemas, já que
quem está aguentando aí é o aço, e o concreto já foi (a parte tracionada do concreto
trincou). Na parte superior, o concreto resiste à compressão (sua especialidade).

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Numa viga de muitos tramos (muitos vãos), onde as solicitações de tração são por
vezes nas partes inferiores e às vezes nas partes superiores, o aço vai em todas as posições
onde há tração, como no exemplo a seguir:

Figura 35 – Viga de três tramos (vãos).

Observa-se que as deformações das vigas estão mostradas exageradas no desenho,


tendo apenas o objetivo de melhor esclarecer.
Nota-se que nos pontos onde as partículas da viga tendem a se afastar (tração),
colocamos barras de aço. Nos trechos das vigas onde as partículas tendem a se aproximar
(compressão), não há necessidade de colocar barras de aço (embora se usem).
Pelo fato do aço ser um material mais "nobre" que o concreto, o uso do aço na parte
comprimida do concreto economiza bastante área de concreto, tornando assim as
estruturas de concreto armado mais esbeltas.
Portanto, como veremos a seguir, para se vencer um vão de cinco metros com uma
carga de 3.000Kgf/m, usando-se uma viga de concreto armado, tem-se as seguintes
soluções, conforme sejam as dimensões da viga. Concreto Fck=20MPa e Aço CA-50.

Figura 36 – Soluções distintas para o mesmo carregamento (3.000Kgf/m).


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Nota-se que no 1° caso, onde temos uma altura de 45cm, usamos As=9,03cm 2 como
armadura. Quando, no 2° caso, temos uma altura maior (50cm), a área de aço pode diminuir
para As=7,63cm2. Quando, no 3° caso, reduzimos a altura da viga para 40cm, temos que
"ajudar" o concreto no trabalho à compressão com A's=4,8cm 2 e As=10,99cm2.
Nas vigas de prédio, e quando do cálculo, usando armadura inferior, chegamos a
alturas demasiadas e que criam problemas com a arquitetura; podemos tirar partido de
colocar aço na parte comprimida do concreto. O aço, sendo mais nobre, alivia a parte
comprimida do concreto o que resulta em menores alturas das vigas.
Mas em relação ao concreto simples, não se usam mais, hoje em dia, estruturas de
concreto sem aço? Um exemplo de estrutura de concreto simples são alguns tubos de
concreto de água pluvial de diâmetros pequenos. Os esforços do terreno nos mesmos
geram, em geral, só esforços de compressão.

Figura 37 – Tubo solicitado apenas a esforços de compressão.

O tubo de concreto simples (sem armadura) resiste aos esforços externos que são de
compressão. Portanto, não há necessidade de armadura, já que não há, a rigor, esforços de
tração.
Claro que essa estrutura de concreto simples tem pequena resistência aos recalques
do terreno. Se existirem recalques diferenciais (recalque grande em um ponto e pequeno
em outro), o tubo funcionará como viga e daí, quem resiste à tração na parte inferior? O
tubo pode então se romper. Colocamos então armadura no concreto. São tubos de concreto
armado.

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Vejamos esse exemplo de seção longitudinal do tubo:

Figura 38 – Tubo trabalhando como viga biapoiada.

Nesses casos, a armadura do tubo seria necessária para vencer os efeitos da tração
na parte inferior do tubo, já que temos, na prática, uma pequena viga.
Com base no entendimento das considerações anteriormente feitas, podemos
concluir que o concreto Armado surgiu da necessidade de se aliar as qualidades da pedra
(resistência à compressão e durabilidade) com as do aço (resistências mecânicas), com as
vantagens de poder assumir qualquer forma, com rapidez e facilidade, e proporcionar a
necessária proteção do aço contra a corrosão (oxidação). No entanto, o conceito de
Concreto Armado envolve ainda o fenômeno da aderência, que é essencial e deve
obrigatoriamente existir entre o concreto e a armadura (aço), pois não basta apenas juntar
os dois materiais para se ter o Concreto Armado. Para o Concreto Armado é necessário
ocorrer à solidariedade entre o concreto e o aço, isto é, que o trabalho de resistir às tensões
seja realizado de forma conjunta. Esquematicamente temos:

CONCRETO ARMADO = CONCRETO SIMPLES + ARMADURA + ADERÊNCIA.

Com a aderência, a deformação ξs num ponto da superfície da barra de aço e a


deformação ξc do concreto neste mesmo ponto, devem ser iguais, isto é: ξc = ξs. A Figura 39
mostra uma peça com o concreto sendo lançado e adensado, devendo envolver e aderir à
armadura nela existente.

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Figura 39 – Preenchimento de uma fôrma metálica com concreto aderente à armadura.

A NBR 6118:2014 define:

Elementos de Concreto Armado: “aqueles cujo comportamento estrutural depende


da aderência entre concreto e armadura e nos quais não se aplicam alongamentos iniciais
das armaduras antes da materialização dessa aderência”.

No Concreto Armado a armadura é chamada “passiva”, o que significa que as


tensões e deformações nela aplicadas devem-se exclusivamente aos carregamentos
externos aplicados na peça.

Armadura passiva: “qualquer armadura que não seja usada para produzir forças de
protensão, isto é, que não seja previamente alongada”.

O trabalho conjunto, solidário entre o concreto e a armadura, fica bem caracterizado


na análise de uma viga de concreto simples – sem armadura, que rompe bruscamente tão
logo iniciasse a primeira fissura, após a tensão de tração atuante alcançar e superar a
resistência do concreto à tração (Figura 40).

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Figura 40 – Viga de concreto simples.

Entretanto, colocando-se uma armadura posicionada próxima à tensão de tração


máxima, eleva-se significativamente a capacidade resistente da viga à flexão (Figura 41).

Figura 41 – Viga de concreto armado.

Um aspecto positivo no Concreto Armado é que o concreto protege o aço da


oxidação (corrosão), garantindo a durabilidade do conjunto. Entretanto, a proteção do aço
só é garantida com a existência de uma espessura de concreto entre a barra de aço e a
superfície externa da peça denominado cobrimento, entre outros fatores também
importantes relativos à durabilidade, como a qualidade do concreto e da execução.
Em síntese, temos: O Concreto Armado é uma pedra artificial que alia as
qualidades da pedra (resistência à compressão e durabilidade) com as do aço (resistências
mecânicas), com a vantagem de poder assumir qualquer forma, com rapidez e facilidade, e
proporcionar a necessária proteção do aço contra a corrosão (oxidação). No entanto, o
conceito de Concreto Armado envolve ainda o fenômeno da aderência, que é essencial e
deve obrigatoriamente existir entre o concreto e a armadura (aço), pois não basta apenas
juntar os dois materiais para se ter o Concreto Armado. Para o Concreto Armado é
necessário ocorrer a solidariedade entre o concreto e o aço, isto é, é necessário que o
trabalho de resistir às tensões seja realizado de forma conjunta.
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VANTAGENS DO CONCRETO ARMADO:

a) Economia: especialmente no Brasil, os seus componentes são facilmente encontrados e


relativamente a baixo custo;
b) Conservação: em geral, o concreto apresenta boa durabilidade, desde que seja utilizado
com a dosagem correta. É muito importante a execução de cobrimentos mínimos para as
armaduras;
c) Adaptabilidade: favorece à arquitetura pela sua fácil modelagem;
d) Rapidez de construção: a execução e o recobrimento são relativamente rápidos;
e) Segurança contra o fogo: desde que a armadura seja protegida por um cobrimento
mínimo adequado de concreto;
f) Impermeabilidade: se dosado e executado de forma correta;
g) Resistência a choques e vibrações: os problemas de fadiga são menores e podem ser
controlados.

DESVANTAGENS DO CONCRETO ARMADO:

a) Peso próprio elevado, relativamente à resistência:


Peso específico = 25 kN/m³ = 2,5 tf/m³ = 2.500 kgf/m³;
b) Reformas e adaptações são de difícil execução;
c) Fissuração (existe, ocorre e deve ser controlada);
d) Transmite calor e som.

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4.5 Concreto Protendido

O Concreto Protendido é um refinamento do Concreto Armado, onde a ideia básica é


aplicar tensões prévias de compressão nas regiões da peça que serão tracionadas pela ação
do carregamento externo aplicado. Desse modo, as tensões de tração são diminuídas ou até
mesmo anuladas pelas tensões de compressão pré-existentes ou pré-aplicadas na peça.
Com a protensão procura-se eliminar a característica negativa da baixa resistência do
concreto à tração.

A NBR 6118:2014 define:

Elementos de Concreto Protendido: “aqueles nos quais parte das armaduras é


previamente alongada por equipamentos especiais de protensão com a finalidade de, em
condições de serviço, impedir ou limitar a fissuração e os deslocamentos da estrutura e
propiciar o melhor aproveitamento de aços de alta resistência no estado limite último (ELU)”.
Armadura ativa (de protensão): “constituída por barra, fios isolados ou cordoalhas,
destinada à produçãode forças de protensão, isto é, na qual se aplica um pré-alongamento
inicial”.
São dois os sistemas principais de protensão aplicados na fabricação das peças de
Concreto Protendido. No sistema de pré-tensão mais comum, a armadura de protensão é
ancorada (fixada) numa extremidade da pista de protensão, e na outra extremidade um
cilindro hidráulico estira (traciona) essa armadura, nela aplicando uma tensão de tração
dentro do limite elástico do aço. Em seguida, o concreto é lançado na fôrma, envolve e
adere à armadura de protensão.
Após decorrido o tempo necessário para o concreto adquirir resistência, a armadura
de protensão é solta das ancoragens e, como a armadura tende a voltar à deformação inicial
nula, aplica uma força de protensão na peça, dando origem a tensões de compressão no
concreto.
Esse sistema de protensão é geralmente utilizado na produção intensiva de grandes
quantidades de peças, geralmente em pistas de protensão (Figuras 42, 43, 44 e 45).
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Figura 42 – Sistema de protensão com pré-tensão –


Molde metálico com armadura de protensão formada por fios entalhados.

Figura 43 – Sistema de protensão com pré-tensão –


Estrutura formada por perfis metálicos para estiramento da armadura de protensão e
duas peças em linha já concretadas.

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Figura 44 – Sistema de protensão com pré-tensão –


Lançamento e adensamento do concreto com vibrador de agulha.

Figura 45 – Sistema de protensão com pré-tensão –


Adensamento com vibrador de agulha.

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Um outro sistema de protensão muito importante é o de pós-tensão, onde primeiro é


fabricada a peça de concreto, contendo dutos (bainhas) ao longo do comprimento da peça,
onde posteriormente é colocada a armadura de protensão.
Quando o concreto apresenta a resistência necessária, a armadura de protensão,
ancorada (fixada) numa das extremidades da peça, é estirada (tracionada) pelo cilindro
hidráulico na outra extremidade, com o cilindro apoiando-se na própria peça. Nesta operação
uma força de compressão é aplicada na peça, dando origem a tensões de compressão no
concreto. Terminada a operação de estiramento, o próprio cilindro fixa a armadura de
protensão na peça.
O sistema de pós-tensão tem produção limitada de peças nas fábricas, sendo muito
aplicado em estruturas de pontes, em lajes de pavimento com cordoalha engraxada e diversas
outras estruturas protendidas. As Figuras (46, 47 e 48) ilustram a fabricação de duas peças
(dormente ferroviário) neste sistema.

Figura 46 – Sistema de protensão pós-tensão –


Fabricação/moldagem - dos dormentes.

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Figura 47 – Sistema de protensão pós-tensão –


Retirada dos tubos plásticos para dar origem aos dutos internos à peça.

Figura 48 – Sistema de protensão pós-tensão –


Estiramento da armadura de protensão.

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Exemplos de estruturas protendidas

O concreto protendido é bem desenvolvido e difundido no mundo inteiro, inclusive


no Brasil. Contamos com várias obras de grande porte e importância como, por exemplo, a
ponte Rio-Niterói que é a maior obra em concreto protendido do mundo. Nas Figuras de 49
a 55 são mostradas exemplos de estruturas de concreto protendido.

Figura 49 – Ponte Rio-Niterói (Rio de Janeiro/RJ)

Figura 50 – Ponte Jurubatuba (São Paulo/SP)

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Figura 51 – Terceira Ponte (Vitória/ES)

Figura 52 – Ponte em concreto protendido na ITÁLIA

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Figura 53 – Museu Nacional de Arte Contemporânea (Niterói/RJ)

Figura 54 – Usina Hidrelétrica de Chapecó (Chapecó/SC)

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Figura 55 – Silo em concreto protendido no BRASIL

4.6 Outros tipos de concreto

Existem outros tipos de concreto conhecidos como concretos especiais. Os concretos


estudados até agora, simples, armado e protendido, são os concretos convencionais,
aqueles sem qualquer característica especial e que é utilizado no dia a dia da construção
civil, podendo ser aplicado na execução de quase todos os tipos de estruturas. Os Concretos
especiais são aqueles que apresentam características particulares, como os concretos leves,
de alto desempenho, auto-adensável, entre tantos outros existentes, aos quais a NBR
6118:2014 não se aplica.
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Figura 56 – QUIZ 2 (Resolvido em sala de aula) – Primeira parte

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4.7 Relembrando: Conceito de tensão

Praticamente tem-se: Tensão é força dividida por área.

Figura 57 – Notação das tensões atuantes.

Figura 58 – Tipos de tensões.

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Figura 59 – Condição de cálculo.

Observe abaixo as especificações do catálogo de um fabricante de correntes de aço e


as tensões admissíveis de alguns materiais de construção:

Figura 60 – Especificações do catálogo de um fabricante de correntes de aço.

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Figura 61 – Cálculo das seções através da determinação das áreas. Valores de Cálculo.

K → Valor Característico. Valor Real.


d →Valor de Cálculo. Valor de Projeto.

CONCLUSÃO: Determinados os esforços, conhecidos os materiais e fixados os coeficientes


de segurança, é possível dimensionar estruturas.

DIMENSIONAMENTO: Dados os esforços e as tensões limites e os coeficientes de segurança,


determinam-se as dimensões das estruturas. É o caso de projeto de novas estruturas;

VERIFICAÇÃO: Dada uma estrutura, conhecido seu material e fixados os coeficientes de


segurança, verifica-se o máximo esforço que a estrutura suporta. É o caso de verificar se as
estruturas e fundações existentes suportam uma ampliação (Construção de mais um
pavimento).

A verificação é o inverso do dimensionamento.


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4.8 Resistência característica e de cálculo do concreto

A NBR 6118:2014 impõe que “as estruturas de concreto armado devem ser
projetadas e construídas com concreto classe C20 ou superior. A classe C15 pode ser usada
apenas em fundações, conforme a NBR 6122:2010, e em obras provisórias.” C15 e C20
indicam concretos de resistência característica à compressão (fck) de 15 e 20 MPa,
respectivamente. A versão anterior da norma admitia o uso de concretos em estruturas com
resistências à compressão de 9 MPa ou superior. Durante as últimas décadas foi muito
comum à aplicação de concretos com resistências à compressão de 13,5, 15 e 18 MPa. A
versão atual da norma elevou a resistência para o valor mínimo de 20 MPa, objetivando
aumentar a durabilidade das estruturas, ficando o concreto C15 restrito aos concretos de
estruturas de fundações e obras provisórias.

Massa Específica

A massa específica dos concretos simples gira em torno de 2.400 kg/m3. Por isso, a
NBR 6118:2014 especifica que, não sendo conhecida a massa específica real, pode ser
adotado o valor de 2.400 kg/m3 para o concreto simples e 2.500 kg/m3 para o Concreto
Armado, que é resultado de se considerar uma taxa média de armadura de 100 kg de aço
para cada metro cúbico de concreto, para as estruturas comuns (Figura 62). Quando a
massa específica do concreto e a taxa de armadura a serem utilizadas forem conhecidas,
outros valores mais precisos podem ser considerados. A NBR 6118:2014 aplica-se
unicamente aos concretos com massa específica entre 2.000kg/m 3 e 2.800 kg/m3.

Figura 62 – Massa específica do concreto armado (NBR 6118:2014).


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Resistência à Compressão

No Brasil, a resistência à compressão dos concretos é avaliada por meio de corpos-


de-prova cilíndricos com dimensões de 15 cm de diâmetro por 30 cm de altura, moldados
conforme a NBR 5738:2003. Um corpo-de-prova cilíndrico menor, com dimensões de 10 cm
por 20 cm, também é muito utilizado, especialmente no caso de concretos de resistências à
compressão elevadas (> 50MPa) - Figura 63. Países europeus adotam corpos-de-prova
cúbicos, com arestas de 15 ou 20 cm de comprimento.
O ensaio para determinar a resistência à compressão é feito numa prensa na idade
de 28 dias a partir da moldagem, conforme a NBR 5739:1994 (Figura 64). A resistência em
outras idades diferentes de 28 dias pode também ser requerida. A estimativa da resistência
à compressão média (fcmj), correspondente a uma resistência fckj especificada, deve ser
feita como indicada na NBR 12655:1996.

Figura 63 – Corpos-de-prova cilíndricos 15 x 30 cm e 10 x 20 cm para determinação


da resistência à compressão de concretos.

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Figura 64 – Corpo-de-prova cilíndrico em ensaio para determinação


da resistência à compressão do concreto.

Em função da resistência característica do concreto à compressão (f ck), a NBR


8953:2009 classifica os concretos nas classes I e II. Os concretos são designados pela letra C
seguida do valor da resistência característica, expressa em MPa, como:

Classe I: C10, C15, C20, C25, C30, C35, C40, C45, C50;
Classe II: C55, C60, C70, C80.

A elevação da resistência para o valor mínimo de 20 MPa objetivou aumentar a


durabilidade das estruturas. Em função da agressividade do ambiente na qual a estrutura
está inserida, concretos de resistências superiores ao C20 podem ser requeridos.
Os procedimentos contidos na NBR 6118:2014 se aplicam apenas aos concretos da
classe I, com resistência até 50 MPa (C50). Para concretos da classe II ou superiores devem
ser consultadas normas estrangeiras, pois não existe normalização no Brasil para o projeto
de estruturas com os concretos da classe II.

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Resistência à Tração

O conhecimento da resistência do concreto à tração é uma importante característica


desse material, porque os esforços solicitantes aplicam tensões e deformações de tração
nos elementos estruturais de Concreto Armado. A resistência do concreto à tração varia
entre 8% e 15% da resistência à compressão (MACGREGOR, 2005).

Exemplo para concreto C25.

Resistência à compressão:
Fck = 25Mpa (Valor característico)
Fcd = Fck/γc = 25Mpa/1,4→ Fcd = 17,86Mpa (Valor de cálculo)

Resistência à tração (10% da resistência à compressão):


Fctk = 2,5Mpa (Valor característico)
Fctd = 1,8Mpa (Valor de cálculo)

Norma NBR6118:2014:
Fctm = 0,3 . Fck2/3 = 0,3 . 252/3 → Fctm = 2,56Mpa (Valor médio)
Fctk = 0,7 . Fctm = 0,7 . 2,56 → Fctk = 1,80Mpa (Valor característico)
Fctd = Fctk/γc = 1,80Mpa/1,4→ Fctd = 1,28Mpa (Valor de cálculo)

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RESISTÊNCIA DE CÁLCULO

Para efeito de cálculo – projeto – e com o objetivo de introduzir uma margem de


segurança às estruturas de concreto, são consideradas as resistências de cálculo dos
materiais, que são obtidas a partir das resistências características divididas por um fator de
segurança (γm), de minoração. No caso da resistência de cálculo do concreto (fcd), a NBR
6118:2014 (item 12.3.3) define a resistência de cálculo em função da idade do concreto,
como segue:

a) quando a verificação se faz em data j igual ou superior a 28 dias, adota-se a expressão:

b) quando a verificação se faz em data j inferior a 28 dias, adota-se a expressão:

Onde:
S = 0,38 para concreto de cimento CPIII e IV;
S = 0,25 para concreto de cimento CPI e II;
S = 0,20 para concreto de cimento CPV-ARI;
t = idade efetiva do concreto, em dias.

De modo semelhante ao concreto, a resistência de cálculo de início de escoamento


do aço (fyd), é definida como:

Com γc e γs definido na Tabela 6.

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Coeficientes de Ponderação das Resistências

Conforme a NBR 6118:2003 (item 12.4) as resistências devem ser minoradas pelo
coeficiente: γm = γm1 γm2 γm3, com:

γm1 – Coeficiente que considera a variabilidade da resistência dos materiais


envolvidos;
γm2 – Coeficiente que considera a diferença entre a resistência do material no corpo-
de-prova e na estrutura;
γm3 – coeficiente que considera os desvios gerados na construção e as aproximações
feitas em projeto do ponto de vista das resistências.
Os coeficientes de ponderação podem assumir diferentes valores quando se tratam
dos estados limites últimos e de serviço.

Coeficiente de Ponderação das Resistências no Estado Limite Último (ELU)

Os valores a serem considerados para o coeficiente de segurança do concreto (γc) e


do aço (γs), no Estado Limite Último estão indicados na Tabela abaixo.

Tabela 6 – Valores dos coeficientes de segurança dos materiais combinações normais.

Coeficiente de Ponderação das Resistências no Estado Limite de Serviço (ELS)

Na situação de serviço, as resistências devem ser tomadas conforme medidas em


laboratório, de modo a refletir a resistência real do material. Assim, os limites estabelecidos
para os Estados Limites de Serviço não necessitam de minoração, portanto, γm = 1,0.

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Figura 65 – QUIZ 2 (Resolvido em sala de aula) – Segunda parte

VALORES DE Fckj PARA DESFORMA (Mpa)


IDADES 7 dias 10 dias 14 dias 21 dias 28 dias
CIMENTO
TIPO DO

CP I e CPII 19,47 21,13 22,54 24,05 25,00


CP III e CP IV 17,10 19,36 21,36 23,57 25,00
CP V - ARI 20,47 21,85 23,01 24,24 25,00

VALORES DE Fcdj PARA DESFORMA (Mpa)


IDADES 7 dias 10 dias 14 dias 21 dias 28 dias
CIMENTO
TIPO DO

CP I e CPII 13,91 15,09 16,10 17,18 17,86


CP III e CP IV 12,21 13,83 15,26 16,84 17,86
CP V - ARI 14,62 15,61 16,44 17,31 17,86

Tabela 7 – Resultados do QUIZ 2 – Segunda parte

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