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1

FaculdadedeLet
raseHumani
dades
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ia

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çãonº01-
03

Apr
esent
açãododocent
eeest
udant
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Apr
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açãodopl
anoanal
í
tico(
2020)
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ia.

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osof
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o,mét
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Énecessi
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ivosdemodoanãoconfundirdas
2

out
rasci
ênci
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disci
pli
nas)
.

Oquenospar eceéqueaFilosof
iaéproblemáti
ca,por
quehádiscórdiaeum desconsenso
par
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niroconcei
to,
cont
eúdoalgoconfuso,mastem avercom apráti
ca.Nãoháfi
losofi
a
masfi
l
osof i
as.

Os f i
lósofos não est
ão separ ados do context
o socialem que v i
ve;da cultura e da
civi
l
izaçãodequef azparte.Bem pelocontrári
ooseupensament oéor esul
tadodar efl
exão
quedesenv ol
vem nocontextodaépocaem quev ivem,masquepel asuapr of
undidadede
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sepr ocuram um sentidoparaasquest õesfundament ai
s,parecendoqueissoquepor
vezesv ão maislongequeosseuscont err
âneos.Def act
o aFi l
osofi
aéexpr essão do
pensament o edaculturadumaépoca.Ospr oblemasquei nt
eressam osf i
lósofossão
problemasqueest ãoenraizadosnasociedadeenacul tur
aem quev ivem.

Def
ini
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l
osof
ia

Et
imologi
cament
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osofi
apr
ov egoPhi
ém dogr l
os–ami
go,Sophi
a–Sabedor
ia
=Lit
eral
menteamigodesabedor
ia.

ParaPitágor
assegundoatradiçãogr
egaapossedeSophi aerasoment ereserv
adoaos
deuses.Soment
eelespodi
am terapossecer
taetotaldoverdadei
ro,porisso,Pi
tágor
asf
oi
l
hepassadodechamarasophia–Sabedori
aeprefer
iuqueosseusdi scípul
osochamassem
deFil
ósofo–amigodesabedori
a,oqueent
ender
ianatradi
çãodaGr éci
aAnt i
ga.

Na t r
adição da Gr éci
a anti
ga considerav a-
se no sentido l
ato como um modo de
conhecimentocom v ist
aaal gumaut il
i
dadepr át
icadessesaber,t
odosaquelesqueer
am
peri
tosouespeci al
istasem produziralgo,eram consider
adosSophia-ist
oésábiocomo
carpi
ntei
ro,f
errei
ro,
ar t
esão,
poeta,estavam todosincl
usosnomundodesábi os.

Ar
ist
ótel
es–numadassuasanál
i
sesdi
sti
nguet
rêsní
vei
sdesabedor
ia.

1ºEmpei
ri
a–DeFacul
dadedeconheci
ment
oindi
vi Empei
dual rós;

2ºTechné–Habi
l
idadedepr
oduzi
ral
gumacoi
sadeacor
doasr
egr
asuni
ver s–Tchni
sai tés;

3ºPhr
onesí
s–Capaci
dadedepensarpr
ópr
iodedi
recçãohumana–Phr
óni
mos.

Osper
it
osdessesmodosdesaberer Empei
am chamados: rós,
Tchni
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óni
mos

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ivament
efi
l
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os.

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ment ocom v
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nosaberéum saberquesóbuscaasimesmoumat eor
ia.Éessetipodesophiaquese
chamouGost
odeSaberquequerdizerFi
l
osof
ia.

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osof
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doeti
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ianãosedev eentenderquea
r
efl
exãofi
l
osófi
casei
nseresobr
esimesmaaopont
odesedesl i
garem absol
utodav i
dae
3

daspreocupaçõeshumanas.Ar ef
lex
ãof
il
osóf
icar
efer
e-seapr
ópr
iav
idacom t
odasassuas
fl
exi
bil
idadesetodaavi
cissi
tude.

Vej
amosv
ári
asf
ormasquemui
tospesqui
sador
esapr
esent
am deacor
doasépocas.

 Par
aAr i
stót
eles(384/
383–322a. C)o1ºafazerumapesqui
sar
igor
osaesquemát
ica
aFi
losofi
a–est udaascausasúl
ti
masdetodasascoi
sas.

 TomasdeAquino(1225– 1274)aFi
l
osof
iaéaCi
ênci
adet
odaar
eal
i
dadepel
as
causasmai
sel
evadasouúl
ti
mas.

 RenéDescar
tes(
1596–1650)af
ir
maqueaFi
l
osof
iaensi
naar
aci
onal
i
zarbem.

 Hegel
(1770–1831)ent
ende-
acomoosaberabsol
uto.

 Kar
lMarx(
1818–1883)def endeFi
l
osof
iadeacçãor
evol
uci
onár
iat
ransf
ormador
ado
mundoesoci
edadehi
stór
ica.

 KarlJaspers(1883–1969)–I
nsi
stenai
dei
adei
nvest
igaçãodosaberenãoasua
possedefi
nit
iva.

Al
ém dosaut or
esmencionadosexi
stem outr
oscom est
udodoval
ordeconheci ment
ode
i
ndagaçãodof i
m úl
ti
mo,estudodel
inguagem,est
udodoser
,dahi
stór
ia,daar
te,dacul
tur
a,
dapolí
ti
ca,
etc.

Batt
ist
aMondin( 1981)afi
rmaquet odasascoisaspodem seranal
isadasaonív
elcient
íf
icae
fi
l
osófica,
assi
m oshomens, osani
mais,asplant
as.Amatériaqueestudaspodesertambém
daindagaçãooui nvest
igaçãofi
losófi
ca.Ex.
:oqueéaexi stênci
a?Qualéov al
ordav ida?
Qualéaor i
gem domal ?

Asci ênci
asestudam estasouaquelasreali
dadeseaf i
losofi
aest
udaarealdade.Apr
i i
meir
a
caracterí
sti
caquedisti
ngueaFilosofi
adequal querout
raf or
madesaber:el
aest udat
odaa
real
idade,oupelomenos,pr ocuraoferecerumaexpl i
caçãocomplet
aeexaust i
v adeuma
esferaparti
cul
ardareali
dade.

Oconcei
todef
il
osof
ia

Oconcei
tode"
fi
losof
ia"sof
reu,not
ranscor
rerdahi
stór
ia,v
ári
asal
ter
açõeser
est
ri
çõesem
suaabr
angênci
a.Asconcepçõesdoquesej
aaf
il
osof
iaequai
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ect
osde
est
udot
ambém seal
ter
am conf
ormeaescol
aoumov
iment
ofi
l
osóf
ico.Essav
ari
edade
pr
esent
enahi
stór
iadaf
il
osof
iaenasescol
asecor
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il
osóf
icast
ornapr
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cament
e
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mpossí
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abor
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ini
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ver
sal
ment
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i
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il
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ia.Def
ini
raf
il
osof
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aref
amet
afi
l
osof
ia.Em out
raspal
avr
as,éf
azerumaf
il
osof
iadaf
il
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ia.O
soci
ólogo ef
il
ósof
o al
emão Geor
g Si
mmelr
essal
tou essepont
o ao di
zerqueum dos
4

pr
imei
rospr
obl
emasdaf
il
osof
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nvest
igareest
abel
ecerasuapr
ópr
ianat
ureza.
Tal
vezaf
il
osof
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aaúni
cadi
sci
pli
naquesev
olt
epar
asi
mesmadessamanei
ra.Oobj
ect
o
daFí
sicanão é,cer
tament
e,apr
ópr
iaci
ênci
adaf
ísi
ca,masosf
enómenosópt
icose
el
éct
ri
cos,ent
reout
ros.AFi
l
ologi
aocupa-
seder
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stost
ext
uai
sant
igosedaev
oluçãodas
l
í
nguas,masnãoseocupadesimesma.A f
il
osof
ia,noent
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e-senest
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o:el
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ermi
naospr
essupost
osdeseumét
ododepensareosseuspr
opósi
tos
at
rav
ésdeseuspr
ópr
iosmét
odosdepensarepr
opósi
tos.Não hácomo apr
eendero
concei
todef
il
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iaf
oradaf
il
osof
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ssoment
eaf
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act
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oouadmi
ração.Mas,par
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radi
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ossent
idos.Af
il
osof
ia,
noquadr
o
pl
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co,ser
iaat
ent
ati
va de super
aresse mundo de coi
sas ef
émer
as e mut
ávei
se
apr
eenderr
aci
onal
ment
ear
eal
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dadeúl
ti
ma,compost
aporf
ormaset
ernasei
mut
ávei
sque,
segundoPl
atão,sópodem sercapt
adaspel
arazão.Par
aAr
ist
ótel
es,aocont
rár
io,nãohá
separ
açãoent
re,deum l
ado,um mundoapr
eendi
dopel
ossent
idose,deout
rol
ado,um
mundoexcl
usi
vament
ecapt
adopel
arazão.Af
il
osof
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iaumai
nvest
igaçãodascausase
pr
incí
piosf
undament
aisdeumaúni
caemesmar
eal
i
dade.Of
il
ósof
o,segundoAr
ist
ótel
es,

conhece,
namedi
dadopossí
vel
,todasascoi
sas,
embor
anãopossuaaci
ênci
adecadauma
del
asporsi
”.
Afi
l
osof
iaal
mej
ari
aoconheci
ment
ouni
ver
sal
,nãonosent
idodeum acúmul
o
enci
clopédi
codet
odososf
act
osepr
ocessosquesepossam i
nvest
igar
,masnosent
idode
umacompr
eensãodospr
incí
piosmai
sfundament
ais,dosquai
sdepender
iam osobj
ect
os
par
ti
cul
aresaquesededi
cam asdemai
sci
ênci
as,
art
eseof
íci
os.Ar
ist
ótel
esconsi
der
aquea
f
il
osof
ia,comoci
ênci
adascausasepr
incí
piospr
imor
diai
s,acabar
iapori
dent
if
icar
-secom a
t
eol
ogi
a,poi
sDeusser
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incí
piodospr
incí
pios.

Asdef
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çõesdef
il
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sal
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edenção pessoal
,a f
il
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ornando um
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érel
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giosaeacabouporganharpr
ecedênci
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ornecer
iaaos
homensr
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asepr
escr
içõessobr
ecomoagi
recomosepor
tardi
ant
edasi
nconst
ânci
asdo
5

mundo.Essaconcepçãoémui
tocl
araem di
ver
sascor
rent
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il
osof
iahel
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sti
ca,como,
porexempl
o,noest
oici
smoenoneopl
atoni
smo.

Asdef
ini
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il
osof
iaf
ormul
adasnaAnt
igui
dadeper
sist
ir
am naépocadedi
ssemi
nação
e consol
i
dação do cr
ist
iani
smo,mas i
sso não i
mpedi
u que as concepções cr
ist
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exer
cessem i
nfl
uênci
aemol
dassem nov
asmanei
rasdeseent
enderaf
il
osof
ia.Asdef
ini
ções
def
il
osof
ia el
abor
adasdur
ant
ea I
dadeMédi
afor
am coor
denadasaosser
viçosqueo
pensament
ofi
l
osóf
icopoder
iapr
est
aràcompr
eensãoesi
stemat
izaçãodaf
érel
i
giosa;e,
dessemodo,af
il
osof
iapassaaserconcebi
dacomo“
ser
vadat
eol
ogi anci
a”( l
lat
heol
ogi
ae)
.
SegundoSãoTomásdeAqui
no,porexempl
o,af
il
osof
iapodeauxi
l
iarat
eol
ogi
aem t
rês
f
rent
es:(
1)el
apodedemonst
rarv
erdadesqueaf
éját
omacomoest
abel
eci
das,
tai
scomoa
exi
stênci
adeDeuseai
mor
tal
i
dadedaal
ma;(
2)podeescl
arecercer
tasv
erdadesdaf
éao
t
raçaranal
ogi
ascom asv
erdadesnat
urai
s;e(
3)podeserempr
egadapar
aref
utari
dei
asque
seoponham àdout
ri
nasagr
ada.

Osmedi
evai
stambém mant
iver
am aacepçãodef
il
osof
iacomosaberpr
áti
co,comouma
buscadenor
masour
ecomendaçõespar
aseal
cançarapl
eni
tudedav
ida.Sant
oIsi
dor
ode
Sev
il
ha,ai
ndanosécul
oVI
I,def
ini
aaf
il
osof
iacomo“
oconheci
ment
odascoi
sashumanase
di
vi
nascombi
nadocom umabuscapel
avi
damor
alment
eboa”
.

Tant
onaI
dadeMédi
acomoem qual
querout
raépocadahi
stór
iaoci
dent
al,acompr
eensão
doqueéaf
il
osof
iar
efl
ect
eumapr
eocupaçãocom quest
õesessenci
aispar
aav
idahumana
em seusmúl
ti
plosaspect
os.Asconcepçõesdef
il
osof
ia do Renasci
ment
o eda I
dade
Moder
nanãosãoexcepções.Também aíasnoçõesdoquesej
aaf
il
osof
iasi
ntet
izam as
t
ent
ati
vasdeof
erecerr
espost
assubst
ant
ivasaospr
obl
emasmai
sinqui
etant
esdaépoca.O
adv
ent
odaer
amoder
naf
ezr
uiraspr
ópr
iasbasesdasabedor
iat
radi
cional
;ei
mpôsaos
i
ntel
ect
uai
sat
aref
adeencont
rarnov
asf
ormasdeconheci
ment
oquepudessem r
est
abel
ecer
aconf
iançano i
ntel
ect
o enar
azão.Par
aFr
anci
sBacon -um dospr
imei
rosf
il
ósof
os
moder
nos-af
il
osof
ianãodev
eri
asecont
ent
arcom umaat
it
udemer
ament
econt
empl
ati
va,
comoquer
iam osant
igosemedi
evai
s;aocont
rár
io,dev
eri
abuscaroconheci
ment
odas
essênci
asdascoi
sasaf
im deobt
erocont
rol
osobr
eosf
enómenosnat
urai
se,por
tant
o,
submet
eranat
urezaaosdesí
gni
oshumanos.Par
aDescar
tes,af
il
osof
ia,naqual
i
dadede
met
afí
sica,é a i
nvest
igação dascausaspr
imei
ras,dospr
incí
piosf
undament
ais.Esses
pr
incí
piosdev
em sercl
aroseev
ident
es,
edev
em f
ormarumabasesegur
aapar
ti
rdaqualse
6

possam der
ivarasout
rasf
ormasde conheci
ment
o.É nesse sent
ido,ent
endendo-
se a
f
il
osof
iacomooconj
unt
odet
odosossaber
eseamet
afí
sicacomoai
nvest
igaçãodas
pr
imei
rascausas,
quesedev
eleraf
amosamet
áfor
adeDescar
tes:“
Assi
m,aFi
l
osof
iaéuma
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vor
e,cuj
asr
aízessãoaMet
afí
sica,ot
roncoaFí
sica,eosr
amosquesaem dot
roncosão
t
odasasout
rasci
ênci
as”
.

Após Descar
tes,a f
il
osof
ia assume uma post
ura cr
ít
ica em r
elação a suas pr
ópr
ias
aspi
raçõesecont
eúdos.Osempi
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stasbr
it
âni
cos,i
nfl
uenci
adospel
asnov
asaqui
siçõesda
ci
ênci
amoder
na,dedi
car
am-
seasi
tuarai
nvest
igaçãof
il
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icanosl
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mit
esdoquepodeser
av
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ado pel
a exper
iênci
a.Segundo a or
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gument
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s da
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il
osof
ia,comoasdemonst
raçõesdaexi
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adeDeus,dai
mor
tal
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dadedaal
maede
essênci
asi
mut
ávei
sser
iam i
nvál
i
dos,umav
ezqueasi
dei
ascom queoper
am nãosão
adequadament
eder
ivadasdaexper
iênci
a.Demanei
raanál
oga,
Kant
,aoel
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osof
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al,r
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bil
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icodemui
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pr
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emasdaf
il
osof
iat
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ução del
esdemandar
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sosqueul
tr
apassam ascapaci
dadesdoi
ntel
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ohumano.

Oempi
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smodeKantacent
uam umacar
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caf
requent
ement
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pensarsobr
eopensament
o"ouum "
conheceroconheci
ment
o".Essa
concepçãor
efl
exi
vadaf
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osof
ia,dopensament
oquesev
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asimesmo,i
nfl
uenci
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oreseescol
asf
il
osóf
icas,
tant
odosécul
oXI
Xcomodosécul
oXX.Af
enomenol
ogi
a,porexempl
o,
consi
der
aráaf
il
osof
ia como um empr
eendi
ment
o emi
nent
ement
eref
lexi
vo.Segundo Edmund
l(
Husser 1859– 1938)
-of
undadordaf
enomenol
ogi
a-af
il
osof
iaéumaci
ênci
ari
gor
osados
f
enómenost
alcomonosapar
ecem,
ousej
a,t
alcomoéanossaconsci
ênci
adel
es.Par
adescr
evê-
los,
of
il
ósof
odev
epôrent
repar
ênt
esest
odasassuaspr
essuposi
çõesepr
econcei
tos(
atémesmoa
cer
tezadequeosobj
ect
osexi
stem)er
est
ri
ngi
r-
seapenasaoscont
eúdosdaconsci a.Edmund
ênci
Husser
l– af
ir
ma que o obj
ect
o da Fi
l
osof
ia é a Fenomenol
ogi
a da Consci
ênci
a.Há
necessi
dadedeest
udarav
idadaconsci
ênci
aenquant
olugarondenascet
odoosent
iment
o
par
aomundo.

Com av
iradal
i
nguí
sti
cadoi
níci
odosécul
oXX,mui
tosf
il
ósof
ospassam aconsi
der
ara
f
il
osof
ia como uma anál
i
se de concei
tos.Par
a Wi
tt
genst
ein,os pr
obl
emas f
il
osóf
icos
t
radi
ci
onai
ssãot
odosr
esul
tant
esdeconf
usõesl
i
nguí
sti
cas;eat
aref
adof
il
ósof
oser
iaade
escl
areceromodocomoosconcei
tossãoempr
egadosaf
im deexpl
i
cit
art
aisconf
usões.
7

Numaabor
dagem mai
sposi
ti
vasobr
eaact
ivi
dadef
il
osóf
ica,St
rawsonconsi
der
aquea
f
il
osof
iaéanál
ogaàgr
amát
ica:
assi
m comoosest
udi
ososdagr
amát
icaexpl
i
cit
am asr
egr
as
queosf
alant
esi
nconsci
ent
ement
eempr
egam,
afi
l
osof
iaexpl
i
cit
ari
aconcei
tos-
chav
eque,
na
const
ruçãodenossasconcepçõesear
gument
os,adopt
amossem t
erpl
enaconsci
ênci
ade
suasi
mpl
i
caçõeser
elações.

Al
i
stadeconcepçõesdaf
il
osof
iapr
opost
asaol
ongodesuahi
stór
iapodeserest
endi
da
i
ndef
ini
dament
e.Suav
ari
edadeét
ãogr
andequedi
fi
cil
ment
esepodeencont
rarum el
ement
o
queper
passet
odasasconcepçõesem t
odasasépocas.Masnãosepodeesquecerqueas
ant
igasconcepçõesdef
il
osof
iat
ornar
am-
seal
goobsol
etasf
rent
eaoav
ançodeout
ras
di
sci
pli
nas que ant
es se abr
igav
am à sombr
a,excessi
vament
evast
a,da f
il
osof
ia.As
concepçõesdeaut
oresant
igosemedi
evai
s,emesmodeal
gunsmoder
nos,consi
der
avam
i
ndi
scr
imi
nadament
ecomof
il
osóf
icasi
nvest
igaçõesquehoj
edenomi
namossi
mpl
esment
e
de ci
ent
íf
icas.Assunt
os como as l
eis do mov
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o,a est
rut
ura da mat
éri
aeo
f
unci
onament
odospr
ocessospsi
col
ógi
cos–quehoj
econsi
der
amoscomot
emasdaf
ísi
ca,
daquí
micaedapsi
col
ogi
a,r
espect
ivament
e–er
am t
odosr
euni
dosnanoçãodeFi
l
osof
ia
nat
ural
.Apósar
evol
uçãoci
ent
íf
icadosécul
oXVI
I,asi
nvest
igaçõesdaf
il
osof
ianat
uralf
oram
gr
adual
ment
esedesv
enci
l
handodaf
il
osof
iaeseconst
it
uír
am em domí
niosespecí
fi
cose
i
ndependent
esdepesqui
sa.Decer
taf
orma,
ospr
obl
emascl
ássi
cosdaf
il
osof
iaf
ormam hoj
e
um conj
unt
o de assunt
os el
usi
vos que não se dobr
aram à met
odol
ogi
aindut
ivae
exper
iment
aldasci
ênci
as.Masi
ssonãoi
mpl
i
cadi
zerqueaf
il
osof
iaact
ualsej
amer
o
r
esí
duodopr
ocessodecr
esci
ment
oeconsol
i
daçãodaci
ênci
amoder
na.Di
zeri
ssoser
ia
esqueceroaspect
opr
ofundament
edi
nâmi
coer
efl
exi
vodaf
il
osof
ia.Ar
efl
exãof
il
osóf
icanão
éal
goqueocor
ranum l
i
mboi
ntel
ect
ual
:el
aacompanhadeper
toaev
oluçãodasci
ênci
as,
da
pol
í
tica,dar
eli
gião edasar
tes.Essaev
olução t
endeaapr
esent
arnov
ospr
obl
emase
desaf
iosque,porescapar
em aoest
ri
todomí
niodadi
sci
pli
naem quesur
gir
am,podem ser
chamadosde"
fi
losóf
icos"
.

Tal
veznão haj
aumar
espost
acat
egór
icaàper
gunt
a“O queéf
il
osof
ia?
”.Osf
il
ósof
os
di
ver
gem ent
resisobr
eoquef
azem,
ospr
obl
emasf
il
osóf
icosr
ami
fi
cam-
sei
ndef
ini
dament
e
eosmét
odosv
ari
am conf
ormeaconcepçãodoquesej
aot
rabal
hof
il
osóf
ico.Tal
veza
af
ir
maçãodeSi
mmeldequesóépossí
velent
enderaf
il
osof
ianoâmbi
todaf
il
osof
iapossa
sert
omadacomoumaadv
ert
ênci
aquandocont
rast
adacom oampl
oespect
rodeconcei
tos
8

sobr
easuanat
ureza:aoadopt
arumadasdi
fer
ent
esor
ient
açõesf
il
osóf
icas,t
rat
amosde
det
ermi
nadospr
obl
emaseadopt
amosdet
ermi
nadosmét
odospar
atent
arescl
arecê-
los;
mas,
dadoqueháout
rasconcepções,conf
ormeout
rosmét
odoseconf
ormeout
rasf
inal
i
dades,
dev
emos modest
ament
ereconhecerque essas concepções al
ter
nat
ivas t
êm o mesmo
di
rei
todeost
ent
arot
ít
ulode“
fi
losof
ia”queanossaconcepção.

Deacor
docom asdefiniçõesdef il
osof
ia,
paraopositiv
ist
aAugustoComte(1798–1857)–
afi
rmaqueelanão éumaci ênci
aenem t em estat
uto aut
ênti
co,v
ist
o queconcedea
humani
dadeai
gnorância,aciênciadevepassarport
rêsestados:

1ºEst
adoTeol
ógi
coFi
ctí
cio

Noestadoorigi
nalahumanidadeer aincapazdeexpl
i
carof enómenopelassuascausas.
Ul
tr
apassandoestafaseahumanidadecomeçouaquestionar
,masaexpl
icaçãoer
aatr
ibuí
da
aser
esdivi
nos(Deuses)–Estadoteol
ógico.

2ºEst
adoMet
afí
sico

Ahumani dadej
ánãoseapoi
avaaosseresdiv
inosparaexpl
i
carosf
enómenos,massi
m as
ent
idadesabstr
act
as,
cat
egor
iasouconcei
toseessênci
a.

A Fil
osof
ia pr
etende um conheci
ment
o de t
eor
ia abst
ract
a que apenas da expl
i
cação
t
eológi
ca.

3ºEst
adoPosi
ti
voouReal

A expl
icaçãodosurgiment
odaexper i
ênci
adeciênciaexper
iment
alpassouaexpl i
caros
fenómenosapar t
irdassuasrel
ações.Comte–apesardeexper i
mentação,observaçãoe
veri
fi
caçãoconcl
uiqueaFil
osof
ianãoreúnecondi
çõespar
aseestudarcomoci ênci
a,carece
deconfir
mação.

Per
spect
ivaPosi
ti
vadeComt
e

O homem col
ocaaci ênci
anol ugardeDeust r
ouxev ant
agensquesãoporex:ohomem
desl
ocaat
éalua,conhecevár
iosaparel
hos.Desv
antagensaguerr
a,af
ome,adest
rui
ção,
etc.

Mét
ododaf
il
osof
ia

O método dafil
osof
ianão ésimplesdever
if
icação nem discri
ção f
ant
asi
osa,nem de
exper
iment
ação.Omét ododef
il
osof
iaédej
ust
if
icaçãológi
caracionalar
azão(
coordenação
–meiosefins)
.

Em f
il
osofi
anem sótemosométododejust
if
icaçãol
ógicor
acional
,mast ambém exi
stem:
deanál
isecr
ít
icar
aci
onal
,omét
odofenoméni
co,ohermenêut
ico,i
ndut
ivo,
deduti
vo,
etc.
9

O object
ivo da f
il
osofi
a é purament
et eor
éti
co na busca do conheci
ment
o ou sej
a
cont
emplati
vo.Nãoprocur
aaverdadeporal
gum moti
vouti
li
tár
io,
maspr ocur
aaver
dadepel
a
ver
dade.

Af i
losofi
atem comoobject i
vosoabandoai ngenui
dadeeospr econceitosdosensocomum;
nãosedei xarguiarpel
asubmi ssãoàsi deiasdomi nanteseaospoder esestabel
eci
dos;
buscarcompr eenderasignifi
caçãodomundo, dacult
ura,dahistória;conhecerosenti
dodas
cri
açõeshumanasnasar tes,nasci ênciasenapol í
ti
ca;daracadaum denóseànossa
sociedadeosmei osparaser em conscientesdesiedesuasacçõesnumapr át
icaquedeseja
al i
berdadeeaf eli
ci
dadepar atodos.Vi sandooesf or
çodar azãopur apar aquesti
onar
problemashumanosedi scer ni
rentreocer toeoer r
adoatravésdapr ópri
arazãohumana.

Par
aqueser
veaFi
l
osof
ia?

Hegeldizi
aqueaf il
osof
iaéaúni cadi sci
pli
naquecol ocaopr obl
emadet odososproblemas,
aquestãodet odasquestões.Af i
losofi
apodeser virpar
aaf ormaçãodoespíri
tocrí
ti
co,com
excepçãodaf i
l
osofi
adogmát ica,essenci
alment eafi
rmati
va;podeservi
ràanáli
seref
lexiv
ada
si
tuaçãodonossoest udanteedonossopr ofessore,sobr
etudo,daquel
esaquem énegado
pensaroufrequent
araescola( GADOTTI ,1998:28).

Condi
çõesqueDet
ermi
nam oSur
giment
odaFi
l
osof
ia

Paraosurgi
ment odafil
osofi
adesempenharam opapelimpor
tante,ospoet
asdasociedade
gregaqueti
nham umami ssãopreponderant
enaeducaçãoespir
it
ual,comotalabor
dar
emos
da:Art
e,r
eli
giãocondi
çõessóciopol
ít
icaseeconómicas.

1 –Ar
te

PoemasdeHomer
oeHesí
odof
oram el
ement
osquei
nfl
uenci
aram osegui
ment
odaFi
l
osof
ia.

a)O 1ºelementoestrutur
ação– tinham aestrutur
adopensament onabasedeum
senti
mentodeharmoniadepr oporçãoli
mit
eedemedi da,
estesaspect
ospermit
ir
am a
Fil
osofi
afor
mularcategori
asdopr i
ncí
pioOntol
ógico(queestudaoserenquant
oser)
Ex:Prot
ágor
as.Ohomem ét odaunidadedetodascoisas.

b)O2ºEl ementoMotiv
ação-apresençaconstant
edamotivaçãoondesepr opõeuma
perspecti
va par
a al
ém dos casos em busca do nív
elmí t
ico fant
ást
ico.Est
e
pressupostol
evouacaboopr
incí
piodoporqueúlt
imodet
odascoi sas.

c)O 3ºElement
oTotali
dade– pr
ocur
ava-seapr
esentarar eal
idadenasuatot
alidade,
Deus,Céuehomem,guer r
aepaz,al egr
iaemal ,at ot
ali
dadequer egeavidado
homem,estatot
ali
dadeper
miti
uosf i
l
ósofosfor
mul aroseuobj ect
ocomosendoa
tot
ali
dadedet
udo.

d)O 4ºEl
ement
oGéneses–aexpl
i
caçãomí
ti
capoét
icoef
ant
ást
icodaGénesesdo
10

uni
ver
soedosfenómenoscósmi
cos,apart
irdecaosor i
ginalquefoio1ºager
ar-
se.
Ospri
mei
rosFi
l
ósofosuti
l
izav
am ar
azãoparaexpl
icarest
esf enómenos.

2 -ARELI
GIÃO(
aRel
i
giãoPúbl
i
caeRel
i
giãoMi
stér
io-
Orf
ismo)

a)1ºElementoImpor
tânci
a da Rel
igi
ão Públi
ca – Hier
ofanea – a r
eli
gião públ
i
ca
Hi
erofâni
cat
udoédi
v i
no,
tudoeraexpl
icadoporDeuses.

b)2ºElementoAnt
ropomorf
ia–arel
i
giãopúbl
icaéAnt r
opomorf
icaporqueadi
vi
ndadeé
apresent
adadeformahumana,
osdeusesrepresent
am sobf
ormafísica.

c)3ºElement oNat ural


i
sta– par aar el
i
giãopúbli
caagirdeacor docom asl ei
sda
natur
ezaéagi rdeacordocom osdeuses.Elepedeaohomem par aquesi gaasua
própr
ianaturezafazerem honraosdeusesaqui
loqueestaem conformi dadecom sua
natur
eza.Areligi
ãoénat ur
ali
stapor
queos1ºfil
ósofoser
am natur
alistas.

3-Ar
eli
giãodeMi
stér
io

Onúcl
eodascr
enças–ór
fi
cas.

a)Nohomem sehospedaum princí


piodevi
doodemóni
o(al
ma)quecai
unocor
po
(
tumba)em v
irt
udedeumacul
paori
ginal
.

b)Esse demóni
o não mor
re est
ando dest
inado em reencar
narno cor
po sucessi
vo
atr
avésdeumaséri
edenascimentospar
aespiaraquel
e.

c)Com o seu rit


o e a sua pr
áti
ca a v
ida ór
fã é a úni
ca em pôrf
im o ci
clo das
reencar
naçõesli
ber
tando,
assim aal
madocor po.

d)Par
aquesepuri
fi
queosi ni
ciadosdosmi
stér
iosór
fi
coshápr
émi
osnoal
ém,da
mesmaf
ormaquehápuni
çãopar aomal
.

Domí
nio(
alma)

Homem Cor
po(
tumba)

CONDI
ÇÕESSOCI
AISEPOLÍ
TICAS
11

Nosséc.(VI
I-VI
IIa.
C)operou-
senaGréci
aant i
gaat r
ansf
ormaçãoestrut
uralconsi
der
ávelao
nív
elsocialeconómico de um país predominant
emente agrí
col
a.A Gr éci
a passou a
desenvol
verdeformacrescent
eaindústr
iaart
esanaleocomér ci
o.Entr
eosel ementosque
favor
ecer
am são:

a)Escri
ta – permit
ia um exame do que foiescrit
o abri
ndo hori
zont
es para os
pensamentos di
stanci
ando o v
ivi
do e f
avorecendo o conf
ront
o das idei
as e a
ampliaçãodacrí
ti
ca.

b)Moedaem f unçãodaproj
ecçãodocomér cio,amoedaapar
eceucomoel
ementopar
a
afacil
it
açãodosnegóciosimpulsi
onandodest emodoonasciment
odopensament
o
r
acionaleoexercíci
odeval
oresdetrocas.

c)Aleiodi r
eit
oescr
it
oanoçãodejusti
çadependi
adorei
,dav
ont
adedi
vi
na,
essafor
ma
dejustiçaesubstanci
adapel
al eiedirei
toescr
it
oéoqueper mi
ti
unaGr éci
aa
el
i
mi naçãodecert
osmales.

d)Pol
is–(cidadeestado)–houv eosurgi
mentodel i
ber
dadepolít
ica,dandoainsti
tui
ção
dali
berdadeedoci dadão.Onascimentodacidadeestadoal
terouasr el
açõessociai
s
ent
reoshomens, separando-
seosdominant
esepr i
vadosem polisousejadoidealdo
val
ordesanguer estri
toaogrupopri
vil
egi
adoem funçãodonasci mentoousejasobre
põejusti
çaesobr epõedodi r
eit
odoci dadão.A polisf
azsepel aautonomi ada
pal
avrasnãomai spelapalavr
amágicadasmui t
aspalavr
asdadaspel ocant
o.

Há uma libertação do homem dosexclusivosdesí


gniosdivi
nospara el
eprópr
io
det
erminarnapr açapúbl
icadosdesti
nososaberdei
xar,desersagr
adoepassaaser
obj
ectodadi scussãodandoor i
gem aosci
dadãosdepol
is.

DI
FERENÇAENTREMI
TOEFI
LOSOFI
A

Pensament
omí
ti
co

OqueéMi t
o?Sabemosquemui tosaut
oresreal
izam pesqui
sassobreomi t
o,procur
ando
mui
tas v
ezes at
ravés da probl
emati
zação conceit
ual
,plani
fi
cação da sua or
igem,sua
i
mport
ânciaecl
assif
icação.

1.
Probl
emat
izaçãoconcei
t segundoGur
ual dor
f

Omi toécondutaderegr
essoaordem queint
erv
êm comoopolí
ti
codeequi

bri
odouniv
erso,
comof ór
mul
adai nt
egr
ação.Aconsciênci
amí t
icaqueper
mit
econsti
tui
rum env
ulcrono
produtordoi
nter
iordoqualoseencont
ra.

Par
aEl
i
ade,
omi
toéhi
stór
iadoquesepassoudot
empopr
imor
dialdanar
raçãodaqui
l
oque
12

osdeusesfi
zer
am nostemposdecomeço.Omit
opr
ocl
amaaapar
ênci
adeumaconst
it
uição
cósmicaoudeum acont
eci
mentopri
mordi
al.

Cassir
er–af i
rmaqueomi t
oéf iodeemoçãoeoseuf undoemoci
onalempr egatodasas
suasproduçõescom asuapr ópr
iacorespecí
fi
ca.Afiaçãomai
sfundamentaldomi t
onãoé
umadi recção especi
aldai maginação humana,o homem míti
co não at
ri
buiu um lugar
pri
vi
legi
adoeoúni conaescol
adanat ur
eza.

Naópti
cadeLev i– St
rauss– éum mododepensamentocuj
afi
nal
i
dadeat
ingeuma
compr
essãoger
aldouni
verso,
nãosóger
al,
mast
ambém t
otal
.

Trata-sedeum pr i
ncípiodequesenãosecompr eendet udonãosepodeexpl i
carcoi
sa
al
guma,i stoestainternamenteem contradi
çãocom omododepr ocedercientí
fi
coque
consist eem avançoet apaporetapatent
andodarexplicaçõespar
adet ermi
nadonúmer oe
assim em diant
e.Em t odocasoopensament omít
icodãoaohomem ai lusãoextr
emamente
i
mpor t ant
edequel hepodeent enderouniver
soedequeel eent
endeouni versocomoé
evident et
rat
ar-
sedei l
usão.

Cl
assi
fi
caçãodosMi
tos

Osinvesti
gador
esnapr
obl
emat
izaçãoconcei
tual
,nor
mal
ment
ecl
assi
fi
cam osmi
tosdaqui
l
o
quenarram:

-Teogóni
cos–or
igem dedeuses;

-Cosmogóni
cos–or
igem dosuni
ver
sos;

-Escat
ológi
cos–of
im domundo;

-Et
iol
ógi
cos–or
igem dascoi
sas.

OsEt nólogosHistór
icosdar egi
ãot em investi
gadoenar r
adoosmit
oscom obj
ect
ivode
procurarencontr
arnelesaconsci ênciaquedar áaor i
gem domit
o,demodogeral
.Para
sustentarest
ateseapresent
a-sequatroaspectosasaber:

1ºDiant
edoprobl
emadomundo,
avi
daéamor
tequesust
ent
aaat
it
udedohomem mí
ti
coé
asacral
i
zação.

2ºParahomem mí
ti
coosagradoéhomem mi
ster
iosoqueprov
ocapasmo,medo,t
emor
,o
quesedi
zporhomem oi
rr
aci
onal
,masat
rav
ésdosaconteci
mentos.

3ºOcar
áct
erespeci
fi
codosagr
adoqueéi
ntenci
onal
i
dadev
em l
hedanoçãot
empo.

4ºHáot empoprimordi
alchamadograndetempoeháot empoem queohomem v i
ve–
Chamadootempohistór
ico,queser
vedemodeloefundamentodot empoact
ual.Ogr
ande
tempoédeacçãocri
ador
adedeus, f
oiesset
empoquedeusrev
elasseaoshomens.

1-Per
spect
ivaHi
stór
ica
13

Nest
aper
spect
ivai
remosabor
darosaut
oresv
ári
osdet
odasépocas,
acomeçarcom:

Cl
ássi
ca–TemosSócr
ates,
Plat
ãoeAr
ist
ótel
es.

Medi
eval
–TomasdeAqui
no,
St.Agost
inho,
Maqui
avel
,Lut
ero,
Isi
dor
o.

Moder
no–Descar
tas,
JohnLocke,
D.Hume,
Kant
,Hegel
.

Cont
empor
âneo–Mar
x,Fr
eud,
Husser
l,Hei
degger

Raci
onal
i
staeEmpi
ri
sta–Bacon

Lógi
ca–Kar
lPopper

Posi
ti
vi
sta–August
oComt
e

Existenci
ali
stas – Gabr
ielMar
cel
,Jean-
PaulSart
re,Kar
lJasper
,Mar
ti
n Hei
degger
,Sör
en
Kierkegaard,
EdmundHusserleFri
edr
ichNiet
zsche

1.Per
spect
ivaSi
stemát
ica

Per
spect
iva1

a)Af
il
osof
iacomocont
empl
açãoei
nvest
igaçãodospr
incí
piosedasúl
ti
mascoi
sas.

ParaArist
ótel
es(384 – 322 a.C),defi
nequeaFilosof
iaéum sabercont empl
ati
voe
desi
nter
essadoem quepr
edomi naosaberpel
opur
ogostoecur
iosi
dadedesaber.

Per
spect
iva2

b)Af
il
osof
iacomopr
udênci
aesensat
a,umaFi
l
osof
iapr
áti
ca.

Aristótelesacr escent
outambém um outr
oi deal:oidealdosaberquecaracter
izaohomem
prudent eesensat oqueconduzasuav idaem conf ormi
dadecom oquedi taarazão.A
Fi
losof iapodet ambém serdefini
dacomoaci ênciaqueest udaabasedaacçãov irt
uosa,
soment eel apermiteaoserhomem adist
inçãodoqueébom oumaupar aohomem, doque
éconv enienteoui nconv
enient
e,doqueér azoáv elej
usto.Permit
eaformulaçãoeemi ssão
dej uíz
osr efl
exivosemadurosisent
osdepaixãoedepr eci
pit
ação.

Per
spect
iva3

c)AFi
l
osof
iacomoci
ênci
adosf
insúl
ti
mosdar
azão

EmmanuelKant(1724–1804)Clar
if
icaasuavi
sãodeFi
l
osof
iadi
sti
ngui
ndoum concei
to
escol
ardeum concei
toger
alaocósmicodaFi
l
osofi
a.

1ºDe acor
do com o concei
to escolar– a Fi
l
osofi
aé" o si
stema dos conheci
ment
os
Fi
l
osóf
icosoudosconheci
mentosracionai
sapart
irdosconcei
tos"
.
14

2ºDeacor docom oconcei toger aloucósmico–aFi l


osofi
aéant es"aci
ênciadosfins
últ
imosdar azãohumana".Signi
fi
caquetodasasciênciasetodososconhecimentosdevem
serpostoaoser vi
çodosf i
nsúlti
mosdar azãocom vistaareali
zaçãodeumahumani dade
maislivr
e,oquei mpl
icaasubmi ssãodaraci
onali
dadecientí
fi
caet eológi
caaraci
onal
i
dade
tot
alregi
daporfins.

Per
spect
iva4

d)AFi
l
osof
iacomopr
áti
cadet
ransf
ormaçãosoci
alepol
í
tica.

Segundo K.Mar x( 1818 – 1883)– i nsati


sfei
toei nconformado criti
ca as fi
losofi
as
tr
adici
onaisporser
em puramenteespeculati
vasquesel i
mitavam aoferecerint
erpr
etações
ouv i
sõesdomundo,namai orpart
edoscasosi nócuasel egi
timador
asdoSt at
usquoda
al
ienaçãoem quevivem ascl
assestr
abalhadorasdoseut empo.Mar xpropõeumaFi losofi
a
depraxissoci
alepol
iti
camentecompromet i
danaacçãorevolucionár
iaetransf
ormadora.

Per
spect
iva5

e)AFi
l
osof
iacomodemandaenuncacomopossedav
erdade.

Kar
lJasper( 1883 – 1969)– Cr ít
icacomo um saberexpresso em dogmasdef i
nit
ivos,
per
fei
tos e doutr
inai
s.Filosofi
a si
gnif
ica est
ara caminho.As invest
igações são mais
i
mportant
esdoqueasr espostasecadaumadel ast
ransf
orma-
seem umai nt
err
ogação.

Per
spect
iva6

f
) AFi
l
osof
iacomoanál
i
seecl
ari
fi
caçãodal
i
nguagem.

L.Wit
tgenstei
n(1889– 1951)– Éum dosr epresentant
esdaf i
l
osofi
aanalít
ica,def
inea
fi
l
osof
ia:"oobject
odafi
losofi
aéacl ar
if
icaçãol ógicadospensament os.Afil
osofi
anãoé
umadout r
ina,masumaact iv
idade.Um trabalho fil
osóf
ico consi
steessenci
almenteem
el
uci
dações.

Or esul
tado da Fi
l
osof
ia não é pr
oposi
ção Fi
l
osóf
ica mas si
m o escl
areci
ment
o de
pr
oposições.

AFil
osof
iadevet
ornarcl
aroedel
i
mit
arr
igor
osament
eospensament
os,quedoout
romodo
sãocomotur
vosevagos.

Per
spect
iva7

g)AFi
l
osof
iacomoanál
i
seecl
ari
fi
caçãodaex
ist
ênci
a.

AsFi losof
iasdaexi stênciasuasmúl t
iplasrepr
esent
ant escoi
ncidi
rnaaf i
rmação quea
Fil
osof i
a:Car
act
eriza-senaanál i
sedaexi st
ênci
aeent endidacomoomododeest ardo
homem nomundo,r adical
mentedist
int
onomododeserdeest aredeexisti
rdasdemai s
real
idades.Éasingularidadehumanav i
vidaenãoat ot
alidadeabst
ractadahumanidadeem
15

geralquedeveestarnaor i
gem doFi
losofar.Oqueexist
everdadeir
amentenãoéat otal
i
dade
naqualasr eal
i
dadessi ngul
aressedissolv
eri
am,masant esosi gi
lar
,areali
dadeconcr
etae
pessoalde cada existênci
a humana.Na base dest es pr
essupostos são os t
emas de
i
ndividual
i
dade,dali
berdade,dadoredosof ri
mento,
damor teedaangústia.

2.At
it
udeFi
l
osóf
ica

Umaat
it
udef
il
osóf
icaéumaat
it
udedenãoacei
tarnenhum concei
tosem ant
esquest
iona-
lo;

O ensino do f
ilosofardist
ingue-sedequal queroutroti
po deensino,poi séum ensi no
fi
losófi
co.Exi
ge da par te do prof
essora consciênci
a da atit
ude f
ilosóf
ica.Em v ezde
conteúdosexpressosem dout ri
nas,t
eori
asesi stemasconsi
gnadosnaHi st
óriadaFil
osofia,
o" obj
ecto"daensi nabil
i
dadeedaapr opr
iaçãoéumaat i
tude.Kantnosensi nouque" a
educaçãoéumaar te,cuj
apr át
icadeveseraperfei
çoadapormui t
asgerações"(apudPERINE,
1987:17).

Nodiál
ogopl
atóni
co"Sof
ist
a",Sócrat
escar
acter
izaafil
osofi
acomoapur
if
icaçãodaal
ma
pel
afor
maçãocrí
ti
ca,
pontoculminant
enaeducaçãodoscidadãos.

"Éjustamenteportai
smot i
vos,Teet
eto-afi
rmaSócrates-quear espei
todacrít
icadeve-se
dizerqueelaé,em últi
maanál i
se,amaisimportant
edaspur i
fi
caçõeseamai ssoberana;
dev e-
seentender
,aocontr
ári
o,queohomem quenãot iv
ersi
dosubmet idoàcrít
ica,mesmo
sef osseograndeRei
,éaquelequenãofoipuri
fi
cadodasmaioresimpurezas"(
PLATÃO: 230-
1).

1-Espant
o,admi
raçãoespont
anei
dade–Car
act
erí
sti
caexempl
ardacr
iança;

2-Uni
ver
sidade–v
ali
daport
odos;

3-Emanci
pação,
aut
onomi
ader
azão;

4- Radi
cal
i
dade–um Fi
l
osof
odev
equest
ionarsempr
e.
Ex
:Cr
iança–Quest
ionament
o–Fundament
oEpi
stemol
ógi
coFal
i
bil
i
dade–Cr
iança.

5-Comuni
cação(
dimensãoar
gument
ati
va)

3.Função/Tar
efasdaFi
l
osof
ia

Atépoucotempopensav a-sequeafil
osofi
anãoser v
iaparanada. .
.(
eact ualmentenão serve
mesmo.Jápensouquepr ofi
ssão,
além defil
ósof
o,poderiaobtercom aFi losof
ia?)
,mashoj e
estáconst
atadoqueaf i
losofi
aserveparasepararem duascl assesaspessoas:Aquel as
pessoasquefingem ouqueacham queent endem afi
losofi
a,eaquel asquenãoent endem e
queacham queosf i
l
ósofosnãopassav am dedoi
dosquei nventavam fr
asespar afazerfama.
16

Por
tant
o,comofunçõesdafil
osof
iatemos:cri
ti
car,pr
oblemati
zar
,esquemat
izar
,quest
ionar
,
duv
idar
,ori
ent
ar,
subsi
diari
nfor
mações,conf
rontarasidei
as,
etc.

Tar
efasdaFi
l
osof
ia

Ébasi
camenteataref
adepodernosdari magensdenósmesmoscom asquaispossamos
est
armaisaptosàsnecessidadesdofuturo.Atar
efadafi
l
osofi
aseri
aadecolaborarcom
um di
scur
soquenosconv encessecont
inuamentedequepodemosterver
sõesmel
horesde
nósmesmos;

Aj
udarnaf
ormaçãodaconsci
ênci
acr
ít
icadaspessoas;

Fil
osof
arépensar,quest
ionar
,duv
idar
,just
if
icart
udoqueexi
steouacont
ecei
ner
ent
ea
capaci
dader
aci
onalhumana.

1-Umaactiv
idadedeconfi
gur
açãodesent
ido,acer
cadohomem,dav
ida,deexi
stênci
a
dasoci
edadeedapolí
ti
ca.

2-Si
stemat
izaçãodanossaexper
iênci
a.

AFil
osofi
aapar
ececomosi
stemadanossaexist
ênci
aindiv
idualecompost
aedosaberque
aconfi
gur
aasoutr
asci
ênci
asquededi
cam saber
espart
icul
ares.

3-AFi
l
osof
iaserI
nst
ânci
aCr
ít
ica.

A Fil
osofi
aaparececomoinstânci
acrí
ti
cadanossareal
i
zaçãodefor
madeor gani
zação
soci
al,pol
íti
ca,est
ânci
asespi
ri
tuai
scomomoral
,dir
eit
o,aciênci
a,al
i
ter
atur
a,aart
eea
rel
i
gião.

4-AFil
osof i
acomoespaçodedi álogoeconfr
ontosrel
ati
vamenteasnossascrençase
conv
icções aos nossos val
ores e at
it
udes aos nossos códi
gos e padr
ões de
comportamentoi
ndivi
dual
ecolectiv
o.

5-A Fil
osofi
a como esf
era dei magi
nação eutopi
a – para a el
abor
ação denovos
proj
ectosdehomem dasoci edadedemodel osdeconvi
vênci
asocialepolít
icaede
novaspropost
asparaassegurarapazejust
iça.

4.Saberdaf
il
osof
ia/Fi
l
osof
iacomosabedor
ia

1-Saberinst
rument
aldot
écni
coéhabi
l
idadedef
azerr
eal
i
zarumaobr
a.Ex:Car
pint
eir
o,
Pedrei
ro.

2-Saberpr
áxi
coepr
udenci
al.
17

Ai
ntel
i
gênci
a,apr
udênci
apr
áti
caosaberr
elat
ivoapr
axesoui
ntel
i
gênci
ahumana.

3-Sabert
eór
icoecont
empl
ati
vo

Aquiasabedori
aident
if
ica-
secomoaci
ênci
adospr
imei
rospr
incí
pios,
temosAr
ist
ótel
esque
desi
gnou–Fr onesi
s.

4-Sobreteóri
coprát
ico–ohomem sábi oéaquel equer eúneum v
astosaberteóri
coe
um legadodosaberpráti
coenãot antoteóri
co.Osábioéaquelequepossuiosaber
vi
rtuoso,est
eéoi dealdesabedori
aquev em aseradmiti
docomocaracter
ísti
coda
fi
l
osof i
adaquel
equepodedesignarFil
osofo.

Resumo

Apl
ural
i
dadequeFi
l
osof
iaTem:

a)Umadiver
sidadedesaber,umapl
ural
i
dadedeár
easdei
nvest
igaçãot
radi
cional
ment
e
or
gani
zadaem disci
pli
nas.

b)Umamul
ti
pli
cidadedeabor
dagensempr
eendi
daspordi
ver
sosaut
oreseescol
as.

Di
sci
pli
nadaFi
l
osof
iaeFi
l
osof
ianoMundodaCi
ênci
a

1.Ar
ist
ótel
es:
Foi
o1ºaf
azeradi
vi
sãodasci
ênci
as

-Mat
emát
ica

-Teor
éti
cas -Fí
sica Dedi
cam-
seaoest
udodesi
nter
essadodasci
ênci
as

-Met
afí
sica

Di
sci
pli
nade

Fi
l
osof
ia -Mor
al

-Pr
áti
cas -Economi
a Vi
sãoadi
recçãodosact
osdohomem

-Pol
í
tica

-Poesi
a

-Poét
icas -Ret
óri
ca Pr
oduçãodeobr
asl
i
ter
ári
as
18

-Di
aléct
ica

2. J.Boni
fáci
oRi
bei
roeJoséSi
l
vaeout
ros

-Psi
col
ogi
a

-Lógi
ca

Sãodi
sci
pli
nasde -Mor
al

Fi
l
osof
ia -Est
éti
ca

-Teor
iadoconheci
ment
o -Ger
al/Ont
ologi
a

-
Met
afí
sica -Cosmol
ogi
aRaci
onal

-Especi
al -Psi
col
ogi
aRaci
onal

-Teol
ogi
aRaci
onal
/Teodi
cei
a

3.RenéDescar
tes–Compar
aaf
il
osof
iacomosef
osseumaár
vor
e.

-Medi
cina f
olhas

-Mecâni
ca f
lor
es

Di
sci
pli
nadaFi
l
osof
ia -Mor
al f
rut
os

-Fí
sica caul
e

-Met
afí
sica r
aízes

4.ThomasHobbes–def
ineaFi
l
osof
iacomoCi
ênci
adoscor
pos.

-Ci
vi
l(est
ado)–Cor
posar
ti
fi
ciai
s
19

Fi
l
osof
iaCi
ênci
adosCor
pos

-Nat
ureza–Cor
pos–Nat
ureza

5.I
mmanuel
Kant

-Quepossosaber
?Met
afí
sica

-Quedev
osaber
?Mor
al

Si
stemaKant
iano -Quemeéper
mit
idoesper
ar?Teol
ogi
a

-Queéohomem?Ant
ropol
ogi
a

6.Wi
l
hel
m Hegel

-Lógi
ca–I
dei
a(l
ogos)–Tese

Di
sci
pli
nadeFi
l
osof
ia -Fi
l
osof
ianaNat
ureza–Nat
ureza–Ant
i-
tese

-Fi
l
osof
iadoEspí
ri
to–Sí
ntese

7.Cl
assi
fi
caçãoEscol
ást
icadaCi
ênci
a

-Gr
amát
ica

-Tr
ivi
um -Ret
óri
ca

-Di
aléct
ica

Temos:
Set
eAr
tesLi
ber
ais

-Ar
it
mét
ica

-Quadr
ivi
um -
Músi
ca Par
teCi
ent
íf
ica

-Geomet
ri
a

-Ast
ronomi
a
20

8.Fr
anci
sBecon

-Hi
stór
iaNat
ural

-Memor
ia -Hi
stór
iaLi
ter
ári
a

-Hi
stór
iaPol
í
tica

-Hi
stór
iaCi
vi
l

-Hi
stór
iaSagr
ada

-Poesi
a

Ci
ênci
as -I
magi
nação -Est
éti
ca

-Ar
tes

-Teol
ogi
a(Deus)

-RazãoFi
l
osof
ia -Fi
l
.Humana(
Homem)

-Fi
l
.Nat
ural
(Nat
ureza)

9.Cl
assi
fi
caçãodaAmper
e
21

-Mat
emát
ica

-Damat
éri
aor
gâni
ca

-Fí
sica

-Cosmol
ogi
a(nat
ural
)

-Nat
urai
s

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éri
avi
va

-Medi
cas

Ci
ênci
as

-Fi
l
osof
ia

-Doespí
ri
toi
ndi
vi
dual -Di
agr
amát
ica

-Nool
ógi
cas(
espí
ri
to)

-Daest
rut
uraespí
ri
to -Et
nol
ogi
a

-Pol
í
tica

10.Cl
assi
fi
caçãodoWol
ff

-Pr
opedêut
ico -Lógi
ca

-Teor
iadoConheci
ment
o

-Met
afí
sicaGer
al

-Ont
ologi
a

-Cosmol
ogi
a

-Teor
éti
ca -Fi
l
.Nat
ureza

Fi
l
osof
ia -Psi
col
ogi
a

-Teol
ogi
aNat
ural
/Teodi
cei
a
22

-Di
rei
toNaci
onal

-Fi
l
.Mor
al(
éti
ca)

-Pol
í
tica -Fi
l
.Pol
í
tica

-Economi
a -Gr
amát
ica

-Fi
l
.DasAr
tes-Ret
óri
cae

-Poét
ica

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