Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
(MG de 20/10/2005)
CAPÍTULO I
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
Art. 1º Os órgãos que exercem o controle sanitário de alimentos no Estado, de acordo com
suas competências legais, são responsáveis pelo processo de habilitação de estabelecimentos
produtores e ou manipuladores de alimentos para fins de comercialização, elaborados por
produtor artesanal ou agricultor familiar filiados a uma associação ou cooperativa.
Parágrafo único. Os órgãos a que se refere o caput são a Secretaria de Estado de Saúde -
SES, o Instituto Mineiro de Agropecuária - IMA, as Secretarias Municipais de Saúde ou órgãos
equivalentes, as Secretarias Municipais de Agricultura ou órgãos equivalentes, no âmbito de
seus serviços de vigilância sanitária e de inspeção e fiscalização dos produtos de origem
animal.
CAPÍTULO II
Art. 2º São requisitos básicos para o produtor artesanal ou agricultor familiar produzir ou
manipular alimentos para fins de comercialização:
I - ter seu estabelecimento habilitado junto aos órgãos de controle sanitário competentes;
II - ser filiado, como pessoa física, a cooperativa ou associação credenciada pelo órgão de
controle sanitário competente, incluída no Cadastro Estadual de Associações e Cooperativas
de Produtores Artesanais ou de Agricultores Familiares - CEPAF, criado pelo art. 2º da Lei nº
14.180, de 16 de janeiro de 2002.
III - Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior - SECTES, à qual incumbe
viabilizar a contribuição para o desenvolvimento tecnológico e científico dos produtores e
agricultores, em especial por meio dos seguintes órgãos que lhe são vinculados:
CAPÍTULO III
DAS DEFINIÇÕES
VIII - Produtor Artesanal e ou Agricultor Familiar: é a pessoa física que produza e ou manipule
alimentos para fins de comercialização, e que esteja filiada a cooperativa ou associação;
IX - Agricultor Familiar - além do disposto no inciso VIII: é a pessoa física que se dedica à
atividade agropecuária, e que processa alimentos como forma de agregação de valor à sua
produção, em consonância com os requisitos do Programa Nacional de Agricultura Familiar -
PRONAF;
CAPÍTULO IV
DA HABILITAÇÃO
§ 1º O documento de habilitação será aquele expedido pelo órgão de controle sanitário para a
prática da produção de alimentos.
§ 2º Todo alimento produzindo só poderá ser entregue à venda devidamente rotulado conforme
legislação.
V - outros documentos que forem julgados necessários pelo órgão de controle sanitário, dentro
de sua área de atuação.
Art. 8º Da habilitação deverá constar, entre outras informações, o nome do produtor artesanal
ou do agricultor familiar, o nome da associação ou da cooperativa a que está filiado, o
endereço do local de produção, o endereço do produtor, as categorias de produtos que está
autorizado a produzir e as atividades autorizadas.
Art. 9º A habilitação é válida por um ano, renovável por períodos iguais e sucessivos, devendo
ser requerida sua renovação trinta dias antes do término de sua vigência.
Art. 10. O produtor artesanal ou agricultor familiar deverá requerer nova habilitação à
autoridade competente do órgão de controle sanitário, com a assinatura do representante legal
da associação ou cooperativa, quando houver:
IV - alteração de titular;
Art. 11. Cada produtor artesanal ou agricultor familiar deverá ser habilitado individualmente
ainda que utilize a unidade coletiva de produção.
CAPÍTULO V
O CREDENCIAMENTO
§ 1º O órgão de controle sanitário que efetuar o credenciamento será responsável pela inclusão
da associação ou cooperativa no CEPAF.
§ 2º O prazo de validade do credenciamento será anual, após o que poderá ser renovado por
indicação do CEPAF, baseado em parecer favorável do órgão de controle sanitário.
II - a suspensão da habilitação;
III - comprovação de que está tecnicamente qualificada para executar suas obrigações
constantes da Lei nº 14.180, de 2002 e deste Decreto, inclusive com demonstração de
recursos operacionais e logísticos adequados;
Art. 14. O credenciamento terá validade de um ano, renovável por períodos iguais e
consecutivos, devendo a renovação ser requerida no máximo 30 dias antes do término de sua
vigência.
CAPÍTULO VI
Art. 16. Aos órgãos de controle sanitário, sem prejuízo das responsabilidades próprias de sua
competência legal, cabem as seguintes responsabilidades:
c) conceder a habilitação;
d) conceder o credenciamento à associação ou cooperativa;
e) cancelar a habilitação;
CAPÍTULO VII
Art. 18. Constituem obrigações do produtor artesanal e do agricultor familiar habilitado para
produzir e manipular:
III - promover ações corretivas imediatas, sempre que forem detectadas falhas no processo
produtivo ou no produto;
CAPÍTULO VIII
I - atender ao pedido de filiação do interessado, desde que este cumpra os requisitos previstos
em lei e atenda às normas da Associação ou Cooperativa;
III - comunicar aos órgãos de controle sanitário competentes, no prazo máximo de dez dias,
contados da ocorrência:
VII - viabilizar a capacitação e treinamento de seus filiados para a produção e manipulação dos
produtos;
VIII - cumprir toda e qualquer determinação legal e regulamentar pertinente à saúde pública e
que for relacionada com sua atividade; e
CAPÍTULO IX
DAS VEDAÇÕES
DAS INFRAÇÕES
Art. 21. As infrações serão apuradas por meio de processo administrativo, que se iniciará com
a lavratura de auto de infração que especifique as circunstâncias atenuantes, agravantes e
lesivas do ato infrator, com referência à saúde pública, para fins de graduação e cominação da
pena.
Art. 23 A infração sanitária é imputável a quem, por ação ou omissão, deu-lhe causa ou para
ela concorreu.
Art. 24. No processo administrativo para apuração de infração, serão observados os seguintes
prazos:
I - quinze dias, contados da data da ciência da autuação, para que o infrator possa oferecer
defesa ou impugnação, em primeiro grau de recurso, contra o auto da infração;
II - quinze dias, contados da data da ciência da decisão condenatória, para o infrator recorrer,
em segundo grau de recurso, da decisão condenatória de 2ª instância;
III - cinco dias, contados da data do recebimento da notificação para o pagamento da multa.
CAPÍTULO XI
DAS PENALIDADES
Art. 25. Sem prejuízo das sanções de natureza civil ou penal cabíveis, os infratores ficam
sujeitos às seguintes penalidades, seja alternativamente, seja cumulativamente:
a) advertência;
b) pena educativa;
c) apreensão do produto;
d) inutilização do produto;
f) cancelamento da habilitação;
a) advertência;
b) pena educativa;
d) proibição de propaganda;
e) multa;
I - divulgação, às expensas do infrator, das medidas adotadas para sanar os prejuízos advindos
da infração, para esclarecimento do consumidor;
III - de R$601,00 (seiscentos e um reais) R$1.000,00 (um mil reais) nas infrações consideradas
de natureza gravíssima, em vista da ocorrência de duas ou mais circunstâncias agravantes.
II - procurar o infrator, por iniciativa própria, reparar as conseqüências do ato lesivo à saúde
pública que lhe tiver sido imputado;
IV - deixar o infrator, tendo prévio conhecimento das conseqüências lesivas de seu ato, de
tomar as providências de sua alçada tendentes a evitá-lo;
§ 7º Os valores das multas de que trata o § 2º deste artigo serão atualizados monetariamente,
em periodicidade anual, de acordo com o Índice Geral de Preços ao Consumidor - IGP-DI, da
Fundação Getúlio Vargas, ou com o índice oficial que vier a substituí-lo.
§ 10. As penalidades a que se refere este artigo poderão ser adotadas como medida cautelar,
antecedente ou incidente de processo administrativo.
Art. 26. A medida de interdição cautelar incidirá sobre estabelecimento ou produto quando for
constatado indício de infração sanitária que represente risco para a saúde da população.
CAPÍTULO XII
DISPÓSIÇÕES FINAIS
Art. 27. Nos termos do parágrafo único do art. 1º, para a consecução dos objetivos previstos
neste Decreto, a Secretaria de Estado da Saúde, a Secretaria de Estado de Desenvolvimento
Social e Esportes e o Instituto Mineiro de Agropecuária, ouvidas, onde cabível, os demais
órgãos e entidades estaduais arroladas naquele dispositivo, poderão firmar convênios, ajustes
e instrumentos congêneres com órgãos de controle sanitário, organizações não-
governamentais, municípios e entidades de outras esferas da Federação.