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EMENTA:
Essas fases ou momentos decorrem de fatos, denominados fatos jurídicos, exatamente por
produzirem efeitos jurídicos. “A chuva é um fato, que ocorre e continua a ocorrer, na normal
indiferença da vida jurídica, o que não quer dizer que, algumas vezes, este mesmo fato não
repercuta no campo do direito, para estabelecer ou alterar situações jurídicas.
Todo fato para ser considerado jurídico deve passar por um juízo de valoração. O
ordenamento jurídico, que regula a atividade humana, é composta de normas jurídicas, que
preveem hipóteses de fatos e consequentes modelos de comportamento considerado
relevantes e que, por isso, foram normatizados.
Finalidade Negocial
Aquisição de Direitos
Todo negócio oneroso é bilateral, mas a recíproca não é verdadeira (ex.: doação, comodato).
NEUTROS – há negócios que não podem ser incluídos na categoria dos onerosos, nem dos
gratuitos, pois lhes falta atribuição patrimonial. São chamados neutros e se caracterizam
pela destinação dos bens. Em geral, coligam-se aos negócios translativos, com atribuição
patrimonial, como, por exemplo, a instituição das cláusulas de inalienabilidade e
incomunicabilidade.
BIFRONTES – são os contratos que podem ser onerosos ou gratuitos, segundo a vontade das
partes (ex.: mútuo, mandato, depósito, etc.).
Plurilaterais – são os contratos que envolvem mais de duas partes, ou seja, mais de dois
polos distintos (ex.: contrato social de sociedades com mais de dois sócios).
Principais e Acessórios
Principais – são os negócios jurídicos que têm existência própria e não dependem da
existência de qualquer outro para produzir efeitos (ex.: compra e venda, locação, etc.).
Acessórios – são os que têm sua existência subordinada a um negócio jurídico principal (ex.:
cláusula penal, fiança, etc.), de forma que seguem o destino do principal (nulo este, nulo
também será o negócio acessório, sendo que a recíproca não é verdadeira).
Solenes ou Formais
Solenes ou formais – são os negócios jurídicos que devem obedecer à forma prescrita em lei
para que se aperfeiçoem. Quando a forma é exigida como condição de validade do negócio,
este é solene e a formalidade é “ad solemnitatem”, isto é, constitui a própria substância do
ato (ex.: escritura pública na alienação de imóvel, no testamento público, etc.). Mas
determinada forma pode ser exigida apenas como prova do ato. Nesse caso, se diz tratar-se
de uma formalidade “ad probationem tantum” (ex.: assento do casamento no livro de
registro – art. 1536, CC).
Não Solenes ou de Forma Livre
Não solenes ou de forma livre – são os negócios jurídicos de forma livre. Como a lei não
reclama nenhuma formalidade para o seu aperfeiçoamento, podem ser celebrados por
qualquer forma, inclusive a verbal (art. 107, CC).
Coligados – são os que se compõem de vários outros negócios jurídicos distintos (ex.:
arrendamento de posto de gasolina, coligado pelo mesmo instrumento ao contrato de
locação das bombas, de comodato de área para funcionamento de lanchonete, de
fornecimento de combustível, de financiamento, etc.).
Os requisitos de existência do negócio jurídico são os seus elementos estruturais, sendo que
não há uniformidade, entre os autores, sobre a sua enumeração. Podemos dizer serem os
seguintes: A Declaração de Vontade, A Finalidade Negocial e A Idoneidade do Objeto.
REQUISITOS DE EXISTÊNCIA
Declaração de vontade – a declaração de vontade é pressuposto básico do negócio jurídico
e é imprescindível que se exteriorize. Assim, a vontade é um elemento de caráter subjetivo,
que se revela através da declaração, requisito de existência do negócio jurídico.
Exemplo: contratos verbais ou escritos, os gestos utilizados dos leilões e pregões das bolsas
de valores.
Exemplo: nos casos da aceitação da herança, que se infere da prática de atos próprios da
qualidade de herdeiro (art. 1.805, CC e art. 1.263, CC).
Ocorre reserva mental quando um dos declarantes oculta a sua verdadeira intenção, isto é,
quando não quer um efeito jurídico que declara querer. Tem por objetivo enganar o outro
contratante ou declaratário. Se este entretanto, não souber da reserva, o ato subsiste e
produz os efeitos que o declarante não desejava.
Segundo Nelson Nery Junior: “a emissão de uma declaração não querida em seu conteúdo,
tampouco em seu resultado, tendo por único objetivo enganar o declarativo”. Em seguida,
declina os seus elementos constitutivos: a) uma declaração não querida em seu conteúdo;
b) proposito de enganar o declarativo (ou mesmo terceiro).
Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a reserva
mental de não querer o que manifestou, salvo se dela o destinatário tinha conhecimento.
FINALIDADE NEGOCIAL
FINALIDADE NEGOCIAL
IDONEIDADE DO OBJETO
Segundo Francisco Amaral “O objeto do negocio Jurídico deve ser idôneo, isto é, deve
apresentar os requisitos ou qualidades que a lei exige para que o negócio produza os efeitos
desejados”.
REQUISITOS DE VALIDADE
Requisitos de validade do negócio jurídico de Caráter Geral estão elencados no art. 104, do
Código Civil.
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
CAPACIDADE DO AGENTE
Agente capaz, portanto, é o que tem capacidade de exercício de direitos, ou seja, aptidão
para exercer direitos e contrair obrigações na ordem civil. Esta é adquirida com a
maioridade, aos 18 anos, ou com a emancipação (art. 5º, CC). A Incapacidade é a restrição
legal ao exercício da vida civil e pode ser de duas espécies: ABSOLUTA ou RELATIVA.
A absoluta acarreta a proibição total do exercício, por si só, do direito, sob pena de
nulidade (art. 166, inciso I, CC) e decorre não só da idade com também das outras
causas elencadas no art. 3º do Código Civil, concernentes à falta de higidez metal,
mesmo que transitória.
A relativa (art.4º, CC) acarreta a anulabilidade do ato (art. 17, inciso I, CC), salvo
hipóteses especiais (art. 228, 1.666, 1860, CC e outros), e também quando o incapaz
é assistido por seu representante legal.
Segundo Francisco Amaral “A declaração de vontade é elemento necessário à existência do
negócio jurídico, enquanto a capacidade é requisito necessário à sua validade e eficácia,
bem como ao poder de disposição do agente.”
Obs. As pessoas jurídicas participam dos negócios jurídicos, em geral por intermédio de
quem as represente, ativa e passiva, judicial e extrajudicial.
Objeto lícito é o que não atenta contra a lei, a moral ou aos bons costumes. Objeto jurídico,
objeto imediato ou conteúdo do negócio é sempre uma conduta humana e se denomina
prestação, dar, fazer ou não fazer. Objeto material ou mediato são os bens, ou prestações
sobre os quais incide a relação jurídica obrigacional.
Quando o objeto jurídico do é imoral, os tribunais por vezes aplicam o principio de direito de
que ninguém pode se beneficiar da própria torpeza (nemo auditur propriam turpitudinem
allegans). Art.150 e 883, CC.
O objeto deve ser, também, possível. Quando impossível, o negócio é nulo. A
impossibilidade do objeto pode ser física ou jurídica.
Impossibilidade física é a que emanada das forças físicas ou naturais. Deve ser absoluta,
isto é, alcançar a todos, indistintamente, como, por exemplo, a que impede o cumprimento
da obrigação de colocar toda água do oceano em um copo d’água. A relativa, que atinge o
devedor mas não outras pessoas, não constitui obstáculo ao negócio jurídico. Art. 106, CC.
Admite-se, assim, a venda de coisa incerta, indicada ao menos pelo gênero e pela
quantidade (Art. 243, CC), que será determinada pela escolha, bem como a venda
alternativa, cuja indeterminação cessa com a concentração. (Art. 252, CC).
FORMA
Assim, podemos dizer que a forma é livre quando não for estabelecida em lei, devendo ser
observado os casos em que a lei proíbe determinada prática.
É nulo o negócio jurídico quando “não revestir a forma prescrita em lei” ou “for preterida
alguma solenidade que a lei considere essencial para sua validade” (Art. 166, IV, V, CC). Em
alguns casos a lei exige um formalismo e a publicidade do ato jurídico. OBS: Art. 221, 366,
154, CC.
1- FORMA LIVRE – É predominante no direito brasileiro (Art. 1047, CC). É qualquer meio de
manifestação de vontade, não imposto obrigatoriamente pela lei. (a forma pode ser escrita
ou verbal, escritura pública ou particular e etc0.
2.2- Forma múltipla ou plural – É quando o ato é solene, mas a lei permite que se formalize
de diversos modos, podendo o interessado optar por um deles. Exemplo 1 reconhecimento
de um filho que pode ser efetivada de quatro formas. Ver Art. 1.609, CC
Exemplo 2 Renuncia da herança que pode ser por escritura pública ou termo judicial. Art.
1.806, CC.
Obs: O termo não se confunde com o prazo do contrato, pois o prazo é o intervalo entre o
termo a quo e o termo ad quem, ou entre a manifestação de vontade e o advento do termo,
estando regulamentado no art. 132 a 134 do CC.
ENCARGO OU MODO – É uma determinação que, imposta pelo autor de liberalidade, a esta
adere. Trata-se de cláusula acessória, através da qual se impõe uma obrigação ao
beneficiário. É admissível, também, em declarações unilaterais da vontade, como na
promessa de recompensa. Não pode ser aposta em negócio a titulo oneroso, pois
equivaleria a uma contraprestação.
b) Vícios Sociais: são aqueles em que a vontade manifestada não tem, na realidade, a
intenção pura e de boa-fé que enuncia, sendo eles: Fraude contra Credores e Simulação.
(negocio jurídico nulo).
ERRO OU IGNORÂNCIA
O erro é um engano fático, uma falsa noção da realidade, ou seja, em relação a uma pessoa,
negócio, objeto ou direito, que acomete a vontade de uma das partes que celebrou o
negócio jurídico.
Quando o erro se dá na formação da vontade, tem-se o chamado erro vício; quando ocorre
na declaração da vontade configura-se o chamado erro obstáculo, também denominado
erro obstativo. O erro vício se forma antes da declaração, mas é com ela que se
substancializa. Nele não há desconformidade entre a vontade e a declaração, por exemplo,
“Antonio compra o prédio de Benito que, na verdade, é de José”. Já o erro obstáculo se dá na
comunicação, por exemplo, o agente quer que Amarildo e diz Antonio. O nosso
ordenamento não diferencia uma espécie da outra.
1) ERROR IN NEGOTIO: neste tipo de falsa representação intelectual diz respeito à natureza
do negocio jurídico celebrado. Pensa o agente que o imóvel lhe está sendo entregue a titulo
de comodato e na realidade se trata de contrato de locação.
4) ERROR IN PERSONA: Esta espécie diz respeito à identidade da pessoa com que o agente
pratica o negócio jurídico ou alguma de suas qualidades, por exemplo, A sociedade XY
Eletrônica LTDA contrata José latrina pensando se tratar do famoso José latinhas.
O Erro escusável ou perdoável é aquele que dentro do que se espera do homem médio que
atue com grau normal de diligência. Não se admite, outrossim, a legação de erro por parte
daquele que atuou com acentuado grau de displicência, pois o direito não deve amparar o
negligente.
CONTRATOS
É o acordo de vontades que tem por fim criar, modificar ou extinguir direitos. É o mais
expressivo modelo de negócio jurídico. Condições de Validade (Art. 104, CC)
• Capacidade do agente
• Objeto licito, possível, determinado ou determinável
• Forma prescrita ou não defesa em lei
CONTRATOS
CONTRATOS
Princípio do Consensualismo
Decorre da moderna concepção de que o contrato resulta do consenso, do acordo de
vontades, independentemente da entrega da coisa. A compra e venda, por exemplo, quando
pura, torna-se perfeita e obrigatória, desde que as partes acordem no objeto e no preço (CC,
art. 482). O contrato já estará perfeito e acabado desde o momento em que o vendedor
aceitar o preço oferecido pela coisa, independentemente da entrega desta. O pagamento e a
entrega do objeto constituem outra fase, a do cumprimento das obrigações assumidas pelos
contraentes (CC, art. 481).
Princípio da Boa-Fé
Proibição do venire contar factum proprium; supressio, surrectio e tu quoque; duty to
mitigate the loss. O princípio da boa-fé objetiva exige que as partes se comportem de forma
correta não só durante tratativas, como também durante a formação e o cumprimento do
contrato. Guarda relação com o princípio de direito segundo o qual ninguém pode
beneficiar-se da própria torpeza. Recomenda ao juiz que presuma a boa-fé, devendo a
má-fé, ao contrário, ser provada por quem a alega. Preceitua o art. 422 do Código Civil que
“os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua
execução, os princípios de probidade e boa-fé”.
A cláusula geral da boa-fé objetiva é tratada no Código Civil em três dispositivos, sendo de
maior repercussão o art. 422. Os demais são: o art. 113 e o 187.
Na supressio um direito não exercido durante determinado lapso de tempo não poderá mais
sê-lo, por contrariar a boa-fé. O comprador que deixa de retirar as mercadorias, por
exemplo, não pode obrigar o vendedor a guardá-la por tempo indeterminado.
O tu quoque veda que alguém faça contra o outro o que não faria contra si mesmo,
consistindo em aplicação do mesmo princípio da exceptio non adimpleti contractus.
Assim, o condômino que viola a regra do condomínio e deposita móveis em área de uso
comum, ou a destina para uso próprio, não pode exigir do outro comportamento obediente
do preceito.
O art. 114 do Código Civil, dispõe que “os negócios jurídicos benéficos e a renúncia
interpretam-se estritamente”. Benéficos ou gratuitos são os que envolvem uma liberalidade:
somente um dos contratantes se obriga, enquanto o outro apenas aufere um benefício. A
doação pura constitui o melhor exemplo dessa espécie. Devem ter interpretação estrita
porque representam renúncia de direitos.
Portanto, o Código Civil brasileiro deu prevalência à teoria da vontade sobre a da declaração.
Declara o art. 422 do Código Civil que “os contratantes são obrigados a guardar, assim na
conclusão do contrato, como em sua execução, os princípios de probidade e boa-fé”. Estes
princípios, bem como o da função social do contrato como limite à autonomia privada (CC,
art. 421), são exemplos de cláusulas gerais, que, por serem normas de ordem pública (CC,
art. 2.035, parágrafo único), devem ser aplicadas de ofício pelo juiz.
O Código Civil contém outros artigos que também estabelecem regras sobre interpretação
de determinados negócios: quando houver no contrato de adesão cláusulas ambíguas ou
contraditórias, dever-se-á adotar a interpretação mais favorável ao aderente (art. 423); a
transação interpreta-se restritivamente (art. 843); a fiança não admite interpretação
extensiva (art. 819); sendo a cláusula testamentária suscetível de interpretações diferentes,
prevalecerá a que melhor assegure a observância da vontade do testador (art.1.899).
O dispositivo em destaque aplica-se a todos os contratos que tenham por objeto relações de
consumo e harmoniza-se com o espírito do referido diploma, que visa à proteção do
hipossuficiente, isto é, do consumidor, visto que as regras que ditam tais relações são, em
geral, elaboradas pelo fornecedor.
Alguns critérios técnicos podem ser observados, no tocante à interpretação dos contratos:
c) as cláusulas contratuais não devem ser interpretadas isoladamente, mas em conjunto com
as demais;
d) nos contratos de adesão, a interpretação das cláusulas duvidosas deve ser feita sempre
em favor dos aderentes.
PACTOS SUCESSÓRIOS
Não pode ser objeto de contrato a herança de pessoa viva (CC, art. 426). Trata-se de regra
tradicional e de ordem pública, destinada a afastar os pacta corvina ou votum captandae
mortis. A sua inobservância torna nulo o contrato em razão da impossibilidade jurídica do
objeto.
FORMAÇÃO DO CONTRATO
A PROPOSTA
A proposta, desde que séria e consciente, vincula o proponente (CC, art. 427). Pode ser
provada por testemunhas, qualquer que seja o seu valor. A sua retirada sujeita o proponente
ao pagamento das perdas e danos. A lei abre, entretanto, várias exceções a essa regra.
“A proposta de contrato obriga o proponente, se o contrário não resultar dos termos dela,
da natureza do negócio, ou das circunstâncias do caso”
Destarte, não obriga o proponente,
❖ E, por último, em razão das circunstâncias do caso, mencionadas no art. 428 do Código
Civil.
O art. 428 do Código Civil. O referido dispositivo declara que a proposta deixa de ser
obrigatória:
I — Se, feita sem prazo a pessoa presente, não foi imediatamente aceita.
Quando o solicitado responde que irá estudar a proposta feita por seu interlocutor, poderá
este retirá-la.
Considera-se também presente - aduz o dispositivo em tela - “a pessoa que contrata por
telefone ou através de comunicação semelhante”.
Presente, portanto, é aquele que conversa diretamente com o proponente, mesmo que por
algum outro meio mais moderno de comunicação a distância, e não só por telefone, e ainda
que os interlocutores estejam em cidades, estados ou países diferentes.
II — Se, feita sem prazo a pessoa ausente, tiver decorrido tempo suficiente para chegar a
resposta ao conhecimento do proponente.
III — Se, feita a pessoa ausente, não tiver sido expedida a resposta no prazo dado.
Se foi fixado prazo para a resposta, o proponente terá de esperar pelo seu término.
Esgotado, sem resposta, estará este liberado.
Por exemplo: antes que o mensageiro entregue a proposta ao outro contratante, o ofertante
entende-se diretamente com ele, por algum meio rápido de comunicação, retratando-se. A
proposta, in casu, não chegou a existir juridicamente, porque retirada a tempo.
O art. 429 do Código Civil declara que “a oferta ao público equivale à proposta quando
encerra os requisitos essenciais ao contrato, salvo se o contrário resultar das circunstâncias
ou dos usos”.
Contrato
A proposta, desde que séria e consciente, vincula o proponente (art. 427). A sua retirada
sujeita o proponente ao pagamento das perdas e danos. O CC abre exceções a essa regra no
art. 427: se o contrário resultar dos termos dela, da natureza do negócio ou das
circunstâncias do caso. Tais circunstâncias são elencadas no art. 428 do CC.
É mais ampla do que no Código Civil, pois normalmente dirige-se a pessoas indeterminadas
(contratação em massa). A recusa indevida de dar cumprimento à proposta dá ensejo a
execução específica (CDC, art. 35), podendo o consumidor optar, em seu lugar, por aceitar
outro produto, rescindir o contrato e pedir perdas e danos.
A ACEITAÇÃO
Entre ausentes, por correspondência ou intermediário, a resposta passa por três fases.
Divergem os autores a respeito da conclusão do negócio. Há duas teorias:
IMPOSSIBILIDADE DA PRESTAÇÃO
Unilaterais são os contratos que criam obrigações unicamente para uma das partes (doação
pura, p. ex.).
Bilaterais são os que geram obrigações para ambos os contratantes (compra e venda,
locação, etc.).
Plurilaterais são os que contêm mais de duas partes (contratos de sociedade e de consórcio,
p. ex.).
Gratuitos ou benéficos são os contratos em que apenas uma das partes aufere beneficio ou
vantagem (doações puras).
Onerosos são aqueles em que ambos os contraentes obtêm proveito, ao qual corresponde
um sacrifício (compra e venda, p. ex.).
Aleatórios são os que se caracterizam pela incerteza para uma ou ambas as partes. Os
contratos de jogo, aposta e seguro são aleatórios por natureza, porque a álea, o risco, lhes é
peculiar.
Quanto à formação
De adesão. São os que não permitem essa liberdade, devido à preponderância da vontade
de um dos contratantes, que elabora todas as cláusulas. O outro adere ao modelo
previamente confeccionado, não podendo modificá-las (consórcio, seguro, transporte etc.)
(arts. 423 e 424).
De execução diferida. São os que devem ser cumpridos também em um só ato, mas em
momento futuro.
De execução continuada ou de trato sucessivo. São os que se cumprem por meio de atos
reiterados.
Quanto ao agente
Impessoais. São aqueles cuja prestação pode ser cumprida, indiferentemente, pelo obrigado
ou por terceiro.
Individuais. São aqueles em que as vontades são individualmente consideradas, ainda que
envolva várias pessoas.
Coletivos. São os que se perfazem pelo acordo de vontades entre duas pessoas jurídicas de
direito privado, representativas de categorias profissionais.
Quanto ao modo
Principais. São os que têm existência própria e não dependem, pois, de qualquer outro.
Acessórios. São os que têm existência subordinada à do contrato principal (fiança, cláusula
penal, etc.).
Derivados ou subcontratos. São os que têm por objeto direitos estabelecidos em outro
contrato, denominado básico ou principal (sublocação e subem preitada, p. ex.).
Quanto à forma
Solenes. São os que devem obedecer à forma prescrita em lei para se aperfeiçoar. Quando
esta é da substância do ato, diz-se que é ad solemnitatem.
Não solenes. São os de forma livre. Basta o consentimento para a sua formação,
independentemente da entrega da coisa e da observância de determinada forma. Daí serem
também chamados consensuais. Em regra, a forma dos contratos é livre (art. 107), podendo
ser celebrados verbalmente se lei não exigir forma especial.
Reais. Opõem-se aos consensuais ou não solenes. São os que exigem, para se aperfeiçoar,
além do consentimento, a entrega da coisa que lhe serve de objeto (depósito, comodato,
mútuo etc.).
Quanto ao objeto
Quanto à designação
Atípicos. São os que resultam de um acordo de vontades, não tendo, porém, as suas
características e requisitos definidos e regulados na lei.
Misto. É o que resulta da combinação de um contrato típico com cláusulas criadas pela
vontade dos contratantes. Constitui contrato unitário.
Coligado. Constitui uma pluralidade, em que vários contratos celebrados pelas partes se
apresentam interligados.
Contratos bilaterais
a) Aquele que não satisfez a própria obrigação, não pode exigir o implemento da do outro
(exceptio non adimpleti contractus — art. 476). A cláusula solve et repete importa em
renúncia ao direito de opor a exceção do contrato não cumprido.
Distrato e quitação
Quitação: vale, independentemente da sua forma. Exige-se apenas a forma escrita (art.
320).
Trata-se de avença comum nos compromissos de compra e venda de imóveis, nos quais o
compromissário comprador reserva-se a opção de receber a escritura definitiva ou indicar
terceiro para nela figurar como adquirente (cláusula pro amico eligendo).
DOS VÍCIOS REDIBITÓRIOS
São defeitos ocultos em coisa recebida por contrato comutativo, que a tornam imprópria ao
uso a que se destina, ou lhe diminuam o valor. A coisa defeituosa pode ser rejeitada pelo
adquirente (art. 441). Este tem, contudo, a opção de ficar com ela e reclamar abatimento no
preço (art. 442).
Ações Edilícias
OBS: Prazo decadencial para o ajuizamento: trinta dias, se relativas a bem móvel, e um ano,
se relativas a imóvel, contados da tradição.
CLASSIFICAÇÃO DO CONTRATO
— Unilaterais são os contratos que criam obrigações unicamente para uma das partes
(doação pura, p. ex.).
— Bilaterais são os que geram obrigações para ambos os contratantes (compra e venda,
locação, etc.).
— Gratuitos ou benéficos são os contratos em que apenas uma das partes aufere benefício
ou vantagem (doações puras).
— Aleatórios são os que se caracterizam pela incerteza para uma ou ambas as partes. Os
contratos de jogo, aposta e seguro são aleatórios por natureza, porque a álea, o risco, lhes é
peculiar. Os tipicamente comutativos, que se tornam aleatórios em razão de certas
circunstâncias, denominam-se acidentalmente aleatórios (venda de coisas futuras e de
coisas existentes, mas expostas a risco).
QUANTO A FORMAÇÃO
b) De execução diferida. São os que devem ser cumpridos também em um só ato, mas em
momento futuro.
c) De execução continuada ou de trato sucessivo. São os que se cumprem por meio de atos
reiterados.
QUANTO AO AGENTE
b) Impessoais. São aqueles cuja prestação pode ser cumprida, indiferentemente, pelo
obrigado ou por terceiro.
c) Individuais. São aqueles em que as vontades são individualmente consideradas, ainda que
envolva várias pessoas.
d) Coletivos. São os que se perfazem pelo acordo de vontades entre duas pessoas jurídicas
de direito privado, representativas de categorias profissionais.
PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
Câmara Leal “a extinção de uma ação ajuizável, em virtude da inércia de seu titular durante
um certo lapso de tempo, na ausência de causas preclusivas de seu curso.”
Clóvis Beviláqua, prescrição extintiva “é a perda da ação atribuída a um direito, e de toda sua
capacidade defensiva, em consequência do não uso dela, durante determinado espaço de
tempo.”
Assim, podemos concluir que a prescrição é a perda da possibilidade de exercer seu direito
de pleitear um posicionamento da justiça, referente a algum negocio jurídico, ou seja, se
você deseja questionar algum direito ou clausula contratual, você tem que observar o prazo
prescricional estabelecido na lei para cada espécie de negócio jurídico, pois uma vez
transcorrido o prazo, não há mais como ajuizar a ação.
O artigo 189, do Código Civil estabelece o seguinte: “violado o direito, nasce para o titular a
pretensão, a qual se extingue, pela prescrição, nos prazos a que aludem os arts. 205 e 206”.
A violação do direito, que causa dano ao titular do direito subjetivo, faz nascer, para esse
titular, o poder de exigir do devedor uma ação ou omissão, que permite a composição do
dano verificado.
Art. 205. A prescrição ocorre em dez anos, quando a lei não lhe haja fixado prazo menor.
§ 1o Em um ano:
III - a pretensão dos tabeliães, auxiliares da justiça, serventuários judiciais, árbitros e peritos,
pela percepção de emolumentos, custas e honorários;
IV - a pretensão contra os peritos, pela avaliação dos bens que entraram para a formação do
capital de sociedade anônima, contado da publicação da ata da assembleia que aprovar o
laudo;
V - a pretensão dos credores não pagos contra os sócios ou acionistas e os liquidantes,
contado o prazo da publicação da ata de encerramento da liquidação da sociedade.
PRESCREVE EM 2 ANOS
§ 2o Em dois anos, a pretensão para haver prestações alimentares, a partir da data em que
se vencerem.
PRESCREVE EM 3 ANOS
VII - a pretensão contra as pessoas em seguida indicadas por violação da lei ou do estatuto,
contado o prazo:
PRESCREVE EM 4 ANOS
§ 4o Em quatro anos, a pretensão relativa à tutela, a contar da data da aprovação das contas.
PRESCREVE EM 5 ANOS
Ausência de algum fato ou ato a que a lei atribua eficácia impeditiva, suspensiva ou
interruptiva do curso prescricional.
Quanto aos efeitos, a prescrição não corre contra determinadas pessoas, enquanto a
decadência corre contra todos.
Contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios
DA DECADÊNCIA
Segundo Francisco Amaral é a perda do direito potestativo pela inércia do seu titular no
período determinado em lei. Seu objetivo são direitos que conferem ao respectivo titular o
poder de influir ou determinar mudanças na esfera jurídica de outrem, por ato unilateral,
sem haver dever correspondente, apenas uma sujeição.
O Código Civil trata apenas de suas regras gerais. Distingue a decadência legal da
convencional, para estabelecer que, quanto a esta, a parte a quem aproveita pode alega-la
em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.
O Código Civil trata apenas de suas regras gerais. Distingue a decadência legal da
convencional, para estabelecer que, quanto a esta, a parte a quem aproveita pode alega-la
em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação.