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O Direito Administrativo é o

La
conjunto de normas jurídicas (regras e

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princípios) de direito público, aplicando-

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00
se lhe, supletivamente, normas de direito

28
privado, com vistas a disciplinar a função

87
a1
administrativa do Estado e as relações

tan
jurídicas entre este e seus agentes, bem

an
como os seus administrados, sempre com

eS
a finalidade primária de bem atender ao

sd
interesse público.

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DIREITO
r
ADMINISTRATIVO La
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Prof. Francisco Saint Clair


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Deveres e Poderes Administrativos

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Prof. Francisco Saint Clair Neto

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1. Introdução

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a1
Para que o Estado possa alcançar seus fins públicos, o ordenamento jurídico confere aos

tan
agentes públicos algumas prerrogativas também denominadas poderes administrativos. Tais

an
poderes são considerados instrumentais, uma vez que são concedidos com o único objetivo de

eS
sd
possibilitar a consecução de interesses públicos, sendo atribuídos na exata medida reputada

ue
necessária para tanto.

ing
om
Não devemos confundir os poderes administrativos com os Poderes do Estado. Esta última

aD
expressão serve para designar os órgãos estruturais do Estado (Poderes Legislativo, Executivo

iss
e Judiciário), na clássica divisão proposta por Montesquieu.

r
La
Outro aspecto a ser realçado é que, justamente por se caracterizar como instrumento
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vinculado à concretização do interesse público, que é indisponível, o exercício dos poderes
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administrativos não se constitui em mera faculdade para o agente público, devendo ser
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considerado verdadeiro poder-dever. Assim, sempre que a consecução de um fim público


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a1

depender da utilização de uma prerrogativa legalmente atribuída a um agente público, este não
tan

deve deixar de fazê-lo, sob pena de responder por omissão. Sintetizando essa lição, a doutrina
an

afirma que são características dos poderes administrativos a irrenunciabilidade e a


eS
sd

obrigatoriedade de exercício pelos seus titulares.


ue

Por outro lado, apesar de se admitir que o Estado atue no ordenamento jurídico cercado de
ing

privilégios, há de se reafirmar que o exercício do poder estatal é limitado, devendo guardar


om
aD

consonância com os direitos e garantias individuais, sendo comum a afirmativa segundo a qual o
iss

Estado pode muito, mas não pode tudo.


r
La

Como contrapartida aos poderes administrativos (bônus), o ordenamento jurídico


1
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estabelece deveres administrativos (ônus), em uma clara comprovação da máxima que afirma ser
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o regime jurídico-administrativo composto de um conjunto de prerrogativas e sujeições, conforme


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se passa a detalhar nos itens seguintes.


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18

Do Princípio da Supremacia do Interesse Público derivam todas as prerrogativas


na
ta

especiais de que dispõe a administração pública, as quais a ela são conferidas tão somente na estrita
an
eS

medida em que necessárias à satisfação dos fins públicos cuja persecução o mesmo ordenamento
sd

jurídico lhe impõe. Tais prerrogativas consubstanciam os chamados poderes administrativos.


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Esses poderes são exercidos pelos administradores públicos nos termos da lei, com estrita

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observância dos princípios jurídicos e respeito aos direitos e garantias fundamentais, tais

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como o devido processo legal, as garantias do contraditório e da ampla defesa, a garantia da

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inafastabilidade da tutela judicial etc.

a1
tan
De outra parte, como decorrência do Princípio da Indisponibilidade do Interesse

an
Público, a Constituição e as leis impõem ao administrador público alguns deveres peculiares,

eS
preordenados a assegurar que sua atuação efetivamente se dê em benefício do interesse público

sd
e sob controle direto e indireto do titular da coisa pública, o povo. São esses os chamados deveres

ue
ing
administrativos.

om
aD
2. Deveres Administrativos

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La
A doutrina de um modo geral enumera como alguns dos principais deveres impostos aos
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agentes públicos pelo ordenamento jurídico:
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a) dever de probidade: exigência de que o administrador público atue sempre com ética,
28
87

honestidade e boa-fé, em consonância com o princípio da moralidade administrativa.


a1

b) dever de agir: significa que as competências administrativas, por serem conferidas


tan

visando ao atingimento de fins públicos, implicam um dever de exercício dessas funções. É uma
an
eS

imposição, um dever de exercício das competências, de que o agente público não pode dispor.
sd

O Professor Diógenes Gasparini, ao comentar acerca do poder-dever de agir, invocando Hely


ue
ing

Lopes Meirelles, ensina que:


om

As competências do cargo, função ou emprego público devem ser exercidas na sua plenitude
aD

e no momento legal. Não se satisfaz o direito com o desempenho incompleto ou a destempo da


iss

competência e, por ainda, com a omissão da autoridade. Não se compreende que o agente público
r
La

pratique intempestivamente atos de sua competência, desde que ocorra a oportunidade para agir,
1
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como não se entende que só se desincumba de parte de sua obrigação ou se abstenha em relação a
0 09

essa obrigação. A esse respeito ensina Hely Lopes Meirelles (Direito Administrativo, cit., p. 85) que,
28
7

“se para o particular o poder de agir é uma faculdade, para o administrador público é uma obrigação
18
na

de atuar, desde que se apresente o ensejo de exercitá-lo em benefício da comunidade”.


ta
an

José dos Santos Carvalho Filho assim dispõe sobre o uso do poder: O poder administrativo
eS

representa uma prerrogativa especial de direito público outorgada aos agentes do Estado. Cada
sd

um desses terá a seu cargo a execução de certas funções. Ora, se tais funções foram por lei cometidas
ue

aos agentes, devem eles exercê-las, pois que seu exercício é voltado para beneficiar a coletividade.
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Ao fazê-lo, dentro dos limites que a lei traçou, pode dizer-se que usaram normalmente

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os seus poderes. Uso do poder, portanto, é a utilização normal, pelos agentes públicos, das

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prerrogativas que a lei lhes confere.

87
c) dever prestar contas: segundo o Prof. Hely Lopes Meirelles, “A regra é universal: quem

a1
tan
gere dinheiro público ou administra bens ou interesses da comunidade deve contas ao órgão

an
competente para a fiscalização”.

eS
Art. 70, Constituição Federal de 1988:

sd
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada,

ue
ing
que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos

om
quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.

aD
d) dever de eficiência: traduz-se na exigência de elevado padrão de qualidade na atividade

riss
administrativa, manifestando-se não só com a produtividade do servidor, mas também com o

La
aperfeiçoamento de toda a máquina administrativa. 11
97

EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: PC-PE - Prova: Delegado de Polícia
00
28

Acerca dos poderes e deveres da administração pública, julgue o item a seguir.


87

O dever de prestar contas aos tribunais de contas é específico dos servidores públicos; não é
a1
tan

aplicável a dirigente de entidade privada que receba recursos públicos por convênio.
an

( ) CERTO ( x ) ERRADO
eS

Dirigente de entidade privada que receba recursos públicos por convênio também possui o
sd
ue

dever de prestar contas aos tribunais de contas.


ing
om

3. Poderes Administrativos
aD
riss
La

O Prof. José dos Santos Carvalho Filho conceitua poderes administrativos como: “o conjunto
1

de prerrogativas de direito público que a ordem jurídica confere aos agentes administrativos
71
09

para o fim de permitir que o Estado alcance seus fins”.


0
28

Os Poderes Administrativos representam instrumentos que permitem à administração


7
18

pública cumprir suas finalidades. São poderes instrumentais.


na
ta

Hely Lopes Meirelles enumera a existência dos seguintes poderes administrativos: (1) poder
an

vinculado; (2) poder discricionário; (3) poder hierárquico; (4) poder disciplinar; (5) poder
eS

regulamentar; e (6) poder de polícia.


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4. Poder Vinculado

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É aquele de que dispõe a administração pública para a prática de atos administrativos em

87
que é mínima ou inexistente a sua liberdade de atuação, ou seja, é o poder de que ela se utiliza

a1
tan
quando pratica atos administrativos vinculados.

an
Nos atos administrativos vinculados, não cabe à administração tecer considerações de

eS
oportunidade e conveniência, nem escolher seu conteúdo. Apenas possibilita à administração

sd
executar o ato vinculado nas estritas hipóteses legais, observando o conteúdo rigidamente

ue
ing
estabelecido em lei.

om
É fácil constatar que o assim Poder Vinculado não é exatamente um poder, mas sim um dever

aD
da administração pública. Quando pratica um ato vinculado, a administração está muito mais

riss
cumprindo um dever do que exercendo uma prerrogativa.

La
11
No caso de um ato vinculado, quando a administração verifica estarem presentes os
97
pressupostos de sua edição, ela é obrigada a praticá-lo, não dispondo de qualquer poder para se
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28

abster de atuar, ou para deixar de observar estritamente o conteúdo do ato, objetivamente descrito
87

na lei de regência.
a1
tan

Por questão de tradição, entretanto, ainda se utiliza a expressão “poder vinculado”.


an

EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: PC-PE - Prova: Delegado de Polícia
eS

Acerca dos poderes e deveres da administração pública, julgue o item a seguir.


sd

Poder vinculado é a prerrogativa do poder público para escolher aspectos do ato


ue
ing

administrativo com base em critérios de conveniência e oportunidade; não é um poder autônomo,


om

devendo estar associado ao exercício de outro poder.


aD

( ) CERTO ( x ) ERRADO
riss

No Poder Vinculado não há escolha alguma. Nos atos administrativos vinculados, não cabe
La
1

à administração tecer considerações de oportunidade e conveniência, nem escolher seu


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09

conteúdo.
0
28

EXEMPLO: Ano: 2008 - Banca: CESPE - Órgão: Prefeitura de Natal - Prova: Assessor
7
18

Jurídico
na

O poder vinculado não existe como poder autônomo; em realidade, ele configura atributo de
ta
an

outros poderes ou competências da Administração Pública.


eS

( x ) CERTO ( ) ERRADO
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5. Poder Discricionário

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É o poder que a administração pública se utiliza quando pratica atos administrativos

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discricionários (e sua revogação). O agente administrativo dispõe de razoável liberdade de

87
atuação, podendo valorar a oportunidade e a conveniência da prática do ato, quanto ao seu motivo,

a1
tan
e, sendo o caso, escolher, dentro dos limites legais, o seu conteúdo (objeto).

an
O Poder Discricionário tem como núcleo a autorização legal para que o agente público

eS
decida, nos limites da lei, acerca da oportunidade e da conveniência da prática ou não do ato

sd
administrativo e, quando for o caso, escolher o seu conteúdo. Dito isso, o núcleo essencial do poder

ue
ing
discricionário traduz-se no denominado mérito administrativo.

om
Conveniência e oportunidade são os elementos nucleares do poder discricionário. A

aD
primeira indica em que condições vai se conduzir o agente; a segunda diz respeito ao momento

iss
r
em que a atividade deve ser produzida. Registre-se, porém, que essa liberdade de escolha tem que

La
11
se conformar com o fim colimado na lei, pena de não ser atendido o objetivo público da ação
97
administrativa. Não obstante, o exercício da discricionariedade tanto pode concretizar-se ao
00
28

momento em que o ato é praticado, quanto, a posteriori, ao momento em que a Administração decide
87

por sua revogação (José dos Santos Carvalho Filho, Manual de Direito Administrativo).
a1
tan

EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: TCE-PA - Prova: Auxiliar Técnico de Controle
an

Externo - Área Administrativa


eS

Julgue o item subsequente, acerca dos atos e dos poderes administrativos.


sd

A discricionariedade administrativa fundamenta-se, entre outros elementos, na


ue
ing

incapacidade da lei de prever todas as situações possíveis e regular minuciosamente a maneira de


om

agir do agente público diante de cada uma delas. Assim, confere-se ao agente a prerrogativa de
aD

eleger, entre as condutas viáveis, a que se apresentar mais conveniente e oportuna à luz do interesse
riss

público.
La
1

( x ) CERTO ( ) ERRADO
71
09

Observe-se que também tem fundamento no poder discricionário a revogação de atos


0
28

discricionários que a administração pública tenha praticado e, num momento posterior, passe a
7
18

considerar inoportunos ou inconvenientes. ATENÇÂO: O Poder Judiciário nunca poderá revogar


na

um ato administrativo praticado pelo Poder Executivo ou Legislativo. Só quando estiver atuando
ta
an

como administração pública, o Poder Judiciário – e só ele –poderá revogar os atos administrativos
eS

discricionários que ele mesmo tenha editado. Somente pode revogar um ato administrativo a
sd

própria administração pública que o tenha praticado.


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EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: TCE-PA Prova: Auditor de Controle Externo

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- Área Administrativa - Direito

00
28
Com base no disposto nas súmulas do Supremo Tribunal Federal relativas a direito

87
administrativo, julgue o item subsequente.

a1
tan
Insere-se na esfera de poder discricionário da administração pública a decisão de incluir o

an
exame psicotécnico como fase de concurso para provimento de cargos públicos, o que pode ser feito

eS
mediante previsão em edital.

sd
ue
( ) CERTO ( x ) ERRADO – Poder Vinculado.

ing
“O Supremo Tribunal Federal fixou jurisprudência no sentido de que o exame psicotécnico

om
pode ser estabelecido para concurso público desde que por lei, tendo por base critérios objetivos

aD
de reconhecido caráter científico, devendo existir, inclusive, a possibilidade de reexame.” (RE

riss
473.719-AgR, rel. min. Eros Grau, julgamento em 17-6-2008, Segunda Turma, DJE de 1º-8- 2008.)

La
11
No mesmo sentido: AI 661.056-AgR, rel. min. Dias Toffoli, julgamento em 31-5-2011, Primeira
97

Turma, DJE de 24-8-2011.


00
28

SÚMULA 686 - Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a
87

cargo público.
a1
tan
an

6. Limites ao Poder Discricionário


eS

O poder discricionário implica liberdade de atuação administrativa sempre dentro dos


sd
ue

limites expressamente estabelecidos na lei, ou dela decorrentes.


ing

O poder discricionário tem como limites, além do próprio conteúdo da lei, os princípios
om

jurídicos administrativos, sobretudo os da razoabilidade e da proporcionalidade. A


aD

extrapolação dos limites legais, assim como a atuação contrária aos princípios administrativos
riss
La

configura a denominada arbitrariedade – arbitrariedade é sempre sinônimo de atuação ilegal.


1

Como instrumentos de controle do poder discricionário da administração pública,


71
09

assumem relevo, os princípios constitucionais implícitos da razoabilidade e da proporcionalidade,


0
28

eficazes limitações impostas ao poder discricionário da administração.


7
18

Quando se afirma que o Poder Judiciário nunca poderá revogar um ato administrativo
na

praticado pelo Poder Executivo ou Legislativo, na verdade, o que se veda é a aferição dos critérios
ta
an

administrativos de conveniência e de oportunidade, que são exclusivos da administração pública


eS

que praticou o ato, e não aspectos relacionados à legalidade ou à legitimidade do ato administrativo.
sd
ue
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11
Todos os atos administrativos podem submeter-se à apreciação judicial de sua

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legalidade, e esse é o natural corolário do princípio da legalidade.

00
28
87
a1
7. Poder Hierárquico

tan
Hierarquia caracteriza-se pela existência de níveis de subordinação entre órgãos e

an
agentes públicos, sempre no âmbito de uma mesma pessoa jurídica, verticalmente escalonados,

eS
como decorrência do poder hierárquico.

sd
ue
ATENÇÃO: Não há hierarquia entre diferentes pessoas jurídicas, nem entre os Poderes

ing
da República, nem mesmo entre a administração e os administrados.

om
Exemplos:

aD
1º) Há hierarquia entre órgãos e agentes no âmbito interno da administração direta do Poder

riss
La
Executivo, ou hierarquia entre órgãos e agentes no âmbito interno de uma autarquia.
11
2º) Não existe hierarquia entre órgãos e agentes do Poder Legislativo, de um lado, e órgãos
97
00

e agentes do Poder Executivo, de outro.


28

3º) Não existe hierarquia entre órgãos e agentes da administração direta, de um lado, e
87
a1

entidades e agentes da administração indireta, de outro.


tan

A doutrina usa o vocábulo vinculação para se referir à relação não hierárquica que existe
an

entre a administração direta e as entidades da respectiva administração indireta.


eS

José dos Santos Carvalho Filho define “Hierarquia é o escalonamento em plano vertical
sd
ue

dos órgãos e agentes da Administração que tem como objetivo a organização da função
ing

administrativa. E não poderia ser de outro modo. Tantas são as atividades a cargo da
om

Administração Pública que não se poderia conceber sua normal realização sem a organização, em
aD

escalas, dos agentes e dos órgãos públicos. Em razão desse escalonamento firma-se uma relação
riss
La

jurídica entre os agentes, que se denomina de relação hierárquica”.


1
71

Como decorrência do poder hierárquico, a doutrina aponta as prerrogativas, exercidas pelo


09

superior sobre seus subordinados:


0
28

a) de dar ordens – poder de comando;


7
18

b) fiscalizar e controlar – poder de controle;


na
ta

c) delegar competências; e
an

d) avocar competências.
eS

EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: PC-PE - Prova: Delegado de Polícia
sd
ue

Acerca dos poderes e deveres da administração pública, julgue o item a seguir.


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Do
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La
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Faz parte do poder regulamentar estabelecer uma relação de coordenação e subordinação

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entre os vários órgãos, incluindo o poder de delegar e avocar atribuições.

00
28
( ) CERTO ( x ) ERRADO

87
a1
Trata-se do poder hierárquico, e não do poder regulamentar.

tan
O poder de comando permite que o superior hierárquico assegure o adequado

an
funcionamento dos serviços sob sua responsabilidade. Para tanto, não só dá ordens diretas, verbais

eS
ou escritas, mas também edita os assim chamados atos administrativos ordinatórios (ordens de

sd
serviço, portarias, instruções, circulares internas etc.), que obrigam indistintamente todos os

ue
ing
agentes subordinados que devam executar as tarefas nele disciplinadas.

om
Os servidores públicos têm o dever de acatar e cumprir as ordens de seus superiores

aD
hierárquicos (dever de obediência), exceto quando manifestadamente ilegais, hipótese em que

riss
surge para o destinatário da ordem o dever de representação contra a ilegalidade, conforme

La
preceitua a Lei 8.112/1990. 11
97
O Poder de fiscalização diz respeito ao acompanhamento permanente, pelo superior, da
00
28

atuação de seus subordinados. Corolário da fiscalização é o poder de controle. Com efeito, o mero
87

acompanhamento da atuação dos subordinados nenhuma serventia teria se o superior não pudesse
a1
tan

controlar essa atuação, mantendo os atos que devem ser mantidos e extinguindo os ilegais,
an

inadequados, inconvenientes ou inoportunos.


eS

O poder de controle inclui a manutenção dos atos válidos, convenientes e oportunos. A


sd
ue

convalidação (correção) de atos com defeitos sanáveis, a anulação de atos ilegais e a revogação
ing

de atos discricionários inoportunos ou inconvenientes.


om

O controle hierárquico é irrestrito, permanente e automático, isto é, não depende de lei


aD

que expressamente o preveja ou que estabeleça o momento de seu exercício ou os aspectos a serem
riss

controlados. O controle hierárquico permite que o superior aprecie todos os aspectos dos atos de
La
1

seus subordinados, quanto à legalidade e quanto ao mérito administrativo e pode ocorrer de


71
09

ofício ou, quando for o caso, mediante provocação dos interessados, por meio de recursos
0
28

hierárquicos.
7
18

EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: TCE-PA - Prova: Conhecimentos Básicos
na

A respeito dos agentes públicos e dos poderes da administração pública, julgue o item
ta
an

que se segue.
eS
sd
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11
Quando um servidor detentor de cargo de chefia assina expediente em concordância com

97
o conteúdo de ato elaborado por servidor subordinado, está caracterizada uma expressão do

00
28
poder hierárquico.

87
a1
( x ) CERTO ( ) ERRADO

tan
A doutrina conceitua delegação de competência como o ato administrativo discricionário,

an
revogável a qualquer tempo (precário), mediante o qual o superior hierárquico confere o exercício

eS
(não a titularidade) temporário de algumas atribuições (não podem ser todas), originariamente

sd
pertencentes ao seu cargo, a um subordinado.

ue
ing
A doutrina conceitua avocação de competência como o ato administrativo discricionário,

om
mediante o qual o superior hierárquico traz para si o exercício (não a titularidade) temporário de

aD
determinada atribuição (não podem ser todas), originariamente pertencentes, por lei, ao cargo de

riss
La
um subordinado.
11
Acrescente-se que a avocação, embora exercido no âmbito do sistema hierárquico, não deve
97

ser utilizada de forma ordinária, visto que excepciona as regras normais de competência
00
28

administrativa. Por esse motivo é que está absolutamente adequado o art. 15 da Lei nº 9.784/99
87

que trata da avocação, e que assim dispõe: Será permitida, em caráter excepcional e por motivos
a1
tan

relevantes devidamente justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão


an

hierarquicamente inferior.
eS
sd
ue

8. Poder Disciplinar
ing

O Poder Disciplinar possibilita à administração pública:


om

a) punir internamente as infrações funcionais de seus servidores; e


aD
iss

b) punir infrações administrativas cometidas por particulares a ela ligadas mediante algum
r
La

vínculo jurídico específico (por exemplo, um contrato administrativo).


1
71

Somente as pessoas que possuam algum vínculo jurídico específico com a administração
09

pública (por exemplo, vínculo funcional ou vínculo contratual) são alcançadas pelo poder
0
28

disciplinar. Diz-se que essas pessoas estão sujeitas à “disciplina interna” da administração.
7
18

Quando a administração pública aplica uma sanção disciplinar a um agente público, essa
na

atuação decorre imediatamente do poder disciplinar e mediatamente do poder hierárquico. Se,


ta
an

em questões de concurso público, nada for mencionado, decorre do poder disciplinar.


eS

EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: TCE-PA - Prova: Conhecimentos Básicos
sd
ue

A respeito dos poderes da administração pública, julgue o item que se segue.


ing
om
D
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La
11
A prerrogativa da administração de impor sanções a seus servidores, independentemente de

97
decisão judicial, decorre imediatamente do poder disciplinar e mediatamente do poder hierárquico.

00
28
( x ) CERTO ( ) ERRADO

87
EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: PC-PE - Prova: Delegado de Polícia

a1
tan
Acerca dos poderes e deveres da administração pública, julgue o item a seguir.

an
À administração pública cabe o poder disciplinar para apurar infrações e aplicar penalidades

eS
a pessoas sujeitas à disciplina administrativa, mesmo que não sejam servidores públicos.

sd
ue
( x ) CERTO ( ) ERRADO

ing
EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: IADES - Órgão: PC-DF - Prova: Perito Criminal - Ciências

om
Contábeis

aD
Considere hipoteticamente que a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal

riss
celebrou contrato administrativo com determinada empresa de terceirização, cujo objeto é a

La
11
prestação de serviços de limpeza e conservação. Após a constatação de falhas na execução do objeto
97
contratado, a autoridade administrativa competente, observado o devido processo legal, aplicou
00
28

sanção de multa à empresa.


87

Com base nesse caso, é correto afirmar que a aplicação de tal sanção por parte do
a1
tan

administrador público decorre do poder disciplinar.


an

( x ) CERTO ( ) ERRADO
eS
sd
ue

9. Poder de Polícia
ing

1. Conceito
om

O mestre Hely Lopes Meirelles assim conceitua: “poder de polícia é a faculdade de que dispõe
aD

administração pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos
riss

individuais, em benefício da coletividade”.


La
1

Alguns autores adotam a concepção ampla de poder de polícia, como Maria Sylvia Di Pietro:
71
09

“O Poder Legislativo, no exercício do poder de polícia que incumbe ao Estado, cria, por lei,
0
28

as chamadas limitações administrativas ao exercício das liberdades públicas”.


7
18

“A administração pública, no exercício da parcela que lhe é outorgada do mesmo poder,


na

regulamenta as leis e controla a sua aplicação, preventivamente (por meio de ordens,


ta
an

notificações, licenças ou autorizações) ou repressivamente (mediante imposição de medidas


eS

coercitivas)”.
sd
ue
ing
om
D
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La
n
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Do
sa
r is
La
11
É competente para exercer poder de polícia administrativa sobre uma dada atividade o ente

97
federado ao qual a Constituição da República atribuiu competência para legislar sobre essa

00
28
mesma atividade, para regular a prática dessa atividade.

87
Entretanto, há hipóteses constitucionais de competência concorrente entre os entes

a1
tan
federados, caso em que ensejará o exercício conjunto do poder de polícia por pessoas federativas

an
diversas.

eS
Destarte, será inválido o ato de polícia praticado por agente de pessoa política que não tenha

sd
ue
competência constitucional para regular a matéria e, portanto, para impor a restrição.

ing
EXEMPLO: Ano: 2013 - Banca: CESPE - Órgão: Ministério da Saúde - Prova: Analista

om
A edição de normas pertinentes à prevenção de incêndios compete à esfera estadual, sendo

aD
o poder de polícia relativo ao cumprimento dessas normas desempenhado pelos estados, por meio

riss
da realização de vistorias, por exemplo.

La
( x ) CERTO ( ) ERRADO 11
97

O exercício do poder de polícia acarreta restrições à esfera jurídica individual do


00
28

administrado, a seus direitos e interesses. Integra o rol das denominadas atividades jurídicas do
87

Estado – aquelas cujo desempenho se funda no poder de império, como decorrência da própria
a1
tan

noção de soberania.
an

ATENÇÃO:
eS

1º) a polícia administrativa é exercida sobre atividades privadas, bens ou direitos,


sd
ue

diferente da polícia judiciária que incide diretamente sobre pessoas.


ing

2º) a polícia administrativa é exercida por órgãos administrativos de caráter fiscalizador,


om

integrante dos mais diversos setores de toda a administração pública, ao passo que a polícia
aD

judiciária é executada por corporações específicas (polícia civil e federal, e ainda, em alguns casos,
riss

a polícia militar).
La
1

3º) a polícia administrativa é exercida tanto preventivamente (na maioria dos casos) quanto
71
09

repressivamente, enquanto a polícia judiciária é preponderantemente repressiva.


0
28

EXEMPLO: Ano: 2012 - Banca: CESPE - Órgão: TJ/AL - Prova: Analista Judiciário
7
18

Sobre o tema do poder de polícia, analise a afirmativa a seguir.


na

A polícia administrativa atua sobre bens, direitos ou atividades, enquanto a polícia judiciária
ta
an

atua sobre pessoas.


eS

( x ) CERTO ( ) ERRADO
sd
ue
ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
sa
r is
La
11
9.2. Modalidades de Exercício do Poder de Polícia e Sanções Aplicáveis

97
O poder de polícia administrativa pode ser exercido preventiva ou repressivamente.

00
28
O exercício preventivo do poder de polícia estabelece normas que limitam ou condicionam

87
a utilização de bens ou o exercício de atividades privadas que possam afetar a coletividade,

a1
tan
exigindo que o particular obtenha anuência da administração pública previamente à utilização

an
desses bens ou ao exercício dessas atividades. Tal anuência é formalizada nos denominados

eS
alvarás, expedidos pela administração à vista da demonstração, pelo particular requerente, de que

sd
estão atendidos os requisitos ou cumpridas as condições para o uso da propriedade ou a prática das

ue
ing
atividades que devam ser objeto de controle pelos órgãos de polícia administrativa. Os alvarás

om
podem ser de licença ou de autorização.

aD
A licença é um ato administrativo vinculado pelo qual a administração pública reconhece

riss
que o particular detentor de um direito subjetivo preenche as condições para o seu gozo. Assim, as

La
11
licenças dizem respeito a direitos individuais, tais como o exercício de uma profissão ou a
97

construção de um edifício em terreno de propriedade do administrado, e não podem ser negadas


00
28

quando o requerente satisfaça os requisitos legais e regulamentares exigidos para a sua obtenção.
87

A autorização editada com fundamento no poder de polícia é um ato administrativo


a1
tan

discricionário pelo qual a administração pública possibilita ao particular a realização de atividade


an

privada de predominante interesse deste, ou a utilização de um bem público. A autorização pode


eS

ser negada, mesmo que o requerente satisfaça todas as condições legais e regulamentares – e
sd

precário, ou seja, é passível de revogação a qualquer tempo, sem gerar, em regra, direito a
ue
ing

indenização para o particular. São exemplos de atividades autorizadas o uso especial de bem
om

público, o trânsito por determinados locais e o porte de arma de fogo.


aD
iss

O exercício repressivo do poder de polícia é consubstanciado na aplicação de sanções


r

administrativas como consequência da prática de infrações a normas de polícia pelos particulares


La
1

a elas sujeitas. A imposição da sanção de polícia pela administração é ato autoexecutório, isto é,
71
09

a administração não necessita da interferência prévia do Poder Judiciário.


0
28

A constatação de infrações administrativas usualmente ocorre no exercício da atividade de


7
18

fiscalização. Entretanto, a fiscalização de polícia, em si mesma, não é uma atividade repressiva,


na

nem tem o objetivo específico de acarretar sanções. A principal finalidade da fiscalização é


ta
an

preventiva, com intuito de dissuadir os particulares de descumprirem as normas de polícia, bem


eS

como no de identificar prontamente os casos de inobservância dessas normas, limitando os danos


sd

decorrentes, ou mesmo evitando que aconteçam.


ue
ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
sa
r is
La
11
É óbvio que, na hipótese de a fiscalização detectar o cometimento de infrações, dela resultará

97
a aplicação de sanções, mas, o ato repressivo em si é a aplicação da sanção e não o

00
28
procedimento de fiscalização.

87
a1
Dentre as inúmeras sanções cabíveis, pode-se mencionar:

tan
a) imposição de multas administrativas;

an
b) interdição de estabelecimentos comerciais;

eS
c) suspensão do exercício de direitos;

sd
ue
d) demolição de construções irregulares;

ing
e) embargo administrativo de obra;

om
f) destruição de gêneros alimentícios impróprios para consumo;

aD
iss
g) apreensão de mercadorias irregularmente entradas no país.

r
La
Grande parte da doutrina tem proposto que se faça distinção entre sanções propriamente
11
ditas (penalidades), que são imposições cujo escopo principal é realmente punir a conduta
97

irregular do particular, e outras medidas ditas repressivas que, embora adotadas em consequência
00
28

da constatação de uma infração, têm, na verdade, objetivo principalmente protetor ou acautelatório,


87

que visam precipuamente a evitar danos à coletividade, ou a limitar os que tenham ocorrido, como
a1
tan

é o caso da apreensão e destruição de alimentos deteriorados encontrados em um restaurante. Tais


an

autores têm sugerido que seja utilizada a expressão “medidas de polícia”, e que se reserve o termo
eS

“sanção de polícia” para as que têm objetivo principalmente punitivo (penalidades propriamente).
sd
ue

EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: FGV - Órgão: COMPESA - Prova: Analista de Gestão
ing

Sobre o tema do poder de polícia, analise a afirmativa a seguir.


om

A polícia administrativa tem caráter predominantemente preventivo, enquanto a polícia


aD

judiciária tem caráter predominantemente repressivo.


riss
La

( x ) CERTO ( ) ERRADO
1
71
09

9.3. Fases da Atividade de Polícia (Ciclo de Polícia)


0
28

Alguns doutrinadores, a partir da identificação das diferentes atuações que integram – ou


7
18

podem integrar – a atividade de polícia administrativa em sentido amplo, propõem, didaticamente,


na

uma organização sequencial de tais atuações, dando origem àquilo que denominam “ciclo de
ta
an

polícia”, expressão consagrada inclusive em julgados dos tribunais superiores.


eS

Essa doutrina afirma que o ciclo de polícia se desenvolve em quatro fases: a) a ordem de
sd
ue

polícia; b) o consentimento de polícia; c) a fiscalização de polícia; e d) a sanção de polícia.


ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
sa
r is
La
11
A ordem de polícia corresponde à legislação que estabelece os limites e condicionamentos

97
ao exercício de atividades privadas e ao uso de bens. Sempre está presente e é a fase inicial do

00
28
ciclo de polícia. A ordem primária estará invariavelmente contida em uma lei, a qual pode estar

87
regulamentada em atos normativos infralegais que detalhem os seus comandos.

a1
tan
O consentimento de polícia se traduz na anuência prévia da administração, quando

an
exigida, para a prática de determinadas atividades privadas ou para determinado exercício de

eS
poderes concernentes à propriedade privada. Essa anuência se materializa nos atos

sd
administrativos de licença e de autorização. A fase de consentimento de polícia não está

ue
ing
presente em todo e qualquer ciclo de polícia.

om
A fiscalização de polícia é a atividade mediante a qual a administração pública verifica se

aD
está havendo adequado cumprimento das ordens de polícia pelo particular a elas sujeito, ou, se

riss
for o caso, verifica se o particular que teve consentida, por meio de uma licença ou de uma

La
11
autorização, a prática de alguma atividade privada, está agindo em conformidade com as
97

condições e os requisitos estipulados naquela licença ou autorização.


00
28

A sanção de polícia é a atuação administrativa coercitiva por meio da qual a administração,


87

constatando que está sendo violada uma ordem de polícia, ou que uma atividade privada
a1
tan

previamente consentida está sendo executada em desacordo com as condições e os requisitos


an

estabelecidos no ato de consentimento, aplica ao particular infrator uma medida repressiva


eS

(sanção), dentre as previstas na lei de regência.


sd
ue

ATENÇÃO: somente as fases de ordem de polícia e de fiscalização de polícia estarão


ing

obrigatoriamente presentes em todo e qualquer ciclo de polícia.


om

EXEMPLO: Ano: 2010 - Banca: ESAF - Órgão: COMPESA - Prova: Auditor Fiscal
aD

Sobre o tema do poder de polícia, analise a afirmativa a seguir.


riss

Ao exercer o poder de polícia, o agente público percorre determinado ciclo até a aplicação
La
1

da sanção, também chamado ciclo de polícia. A fase que pode ou não estar presente na atuação da
71
09

polícia administrativa é o consentimento de polícia.


0
28

( x ) CERTO ( ) ERRADO
7
18
na

9.4. Poder de Polícia Originário e Poder de Polícia Delegado


ta
an

O Poder de Polícia Originário é aquele exercido pela administração direta.


eS

O Poder de Polícia Delegado é aquele executado pelas pessoas administrativas do Estado, ou


sd
ue

seja, a administração indireta.


ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
sa
r is
La
11
A doutrina não costuma utilizar a expressão “poder de polícia outorgado”, para caracterizar

97
a descentralização mediante outorga legal, que é o caso. Os doutrinadores consagraram a expressão

00
28
“Poder de Polícia Delegado”, embora o emprego da palavra “delegado” possa causar alguma

87
confusão.

a1
tan
O assunto “delegação do poder de polícia” gera controvérsias importantes entre os

an
administrativistas e mesmo na jurisprudência.

eS
Vamos tentar ser objetivos, para concursos públicos:

sd
1º) A regra geral: podem as entidades meramente administrativas dotadas de

ue
ing
personalidade jurídica de direito público (autarquias e fundações autárquicas) exercer poder de

om
polícia, desde que recebam da lei instituidora tais competências.

aD
2º) Quanto à delegação de poder de polícia a pessoas privadas, instituídas pela iniciativa

riss
privada, não integrantes da administração pública indireta em acepção formal, é francamente

La
11
minoritária a corrente que a considera válida, ainda que efetuada por meio de lei. O entendimento
97

é de que o poder de império é próprio e privativo do Estado, não admite a delegação do poder
00
28

de polícia a pessoas da iniciativa privada, ainda que se trate de uma delegatária de serviço público;
87

3º) Na jurisprudência, há um importante precedente do STJ, que decidiu que as fases de


a1
tan

“consentimento de polícia” e de “fiscalização de polícia” podem ser delegadas a entidades com


an

personalidade jurídica de direito privado integrantes da administração pública e que,


eS

diferentemente, as fases de “ordem de polícia” e de “sanção de polícia”, por implicarem coerção, não
sd
ue

podem ser delegadas a tais entidades.


ing

A resolução de uma questão de concurso público tem que ser respondida por eliminação.
om

Além disso, deve-se entender o comando da questão, se a Banca está sendo abrangente ou querendo
aD

maiores entendimentos sobre a matéria.


riss

EXEMPLO: Ano: 2013 - Banca: CESPE - Órgão: MPE/RO - Prova: Promotor de Justiça
La
1

Sobre o tema do poder de polícia, analise a afirmativa a seguir.


71
09

Conforme entendimento do STF, o poder de polícia pode ser delegado, mediante edição de
0
28

lei, a pessoa jurídica de direito privado.


7
18

( ) CERTO ( x ) ERRADO
na

ATENÇÃO: Contudo, o entendimento do Superior Tribunal de Justiça guarda importantes


ta
an

notas distintivas daquele esposado pela Suprema Corte. Nesse contexto, passamos analisar
eS

interessante julgado da lavra do STJ admitindo exercício de parcela do poder de polícia por
sd

parte de uma pessoa jurídica de direito privado.


ue
ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
sa
r is
La
11
O caso concreto envolvia a Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans),

97
sociedade de economia mista, integrante da administração indireta da Capital mineira. O Município,

00
28
entendendo que o art. 24 do Código de Trânsito Brasileiro lhe permitia delegar o exercício do poder

87
de polícia relativo à fiscalização de trânsito no seu território, conferiu à BHTrans tal atribuição.

a1
tan
Na análise da matéria, o STJ relembrando a teoria do “ciclo de polícia” identificou as fases em que

an
se decompunha o exercício do poder de polícia no âmbito da limitação ao exercício da propriedade

eS
e da liberdade no trânsito. Nessa linha, foram separadas as seguintes atividades: a) a criação da

sd
legislação contendo normas genéricas e abstratas para a obtenção da Carteira Nacional de

ue
ing
Habilitação – CNH (ordem de polícia); b) a emissão da CNH (consentimento de polícia); c) a

om
instalação de equipamentos eletrônicos para verificar se há respeito à velocidade estabelecida em

aD
lei (fiscalização de polícia); e d) a imposição de punições a quem descumpre a legislação (sanção

riss
de polícia).

La
11
Para o STJ, as atividades de ordem de polícia e de aplicação de sanções derivam de
97

indiscutível poder coercitivo do Estado e, justamente por isso, não podem ser delegadas a
00
28

pessoas jurídicas de direito privado.


87

Já as atividades de consentimento e fiscalização seriam compatíveis com a natureza de uma


a1
tan

sociedade de economia mista, sendo, em tese, passíveis de delegação. No caso concreto objeto do
an

julgado (relativo à BHTrans), a decisão final afirmou que “permanece a vedação à imposição de
eS

sanções pela parte embargada, facultado, no entanto, o exercício do poder de polícia no seu aspecto
sd

fiscalizatório” (EDcl no REsp 817.534/MG).


ue
ing

Registramos que, apesar de analisadas nas discussões que conduziram à decisão final, as
om

atribuições de ordem de polícia e de consentimento de polícia não foram objeto do processo, pois
aD

não foram conferidas pelo Município de Belo Horizonte à BHTrans. Aliás, seria impossível ao
r iss

Município delegá-las, pois pertencem à União tanto a competência para legislar sobre trânsito e
La
1

transporte (CF, art. 22, XI) quanto para emissão da CHN (esta delegada aos Estados e ao DF
71
09

conforme previsto no art. 22, II, do Código de Trânsito Brasileiro).


0
28

De qualquer forma, a decisão é uma quebra de paradigma, pois, mesmo com as restrições
7
18

impostas, admite oficialmente o exercício de uma parcela do poder de polícia por uma entidade
na

de direito privado (sociedade de economia mista), ficando a matéria a depender de um


ta
an

posicionamento definitivo a ser dado pelo Supremo Tribunal Federal, o que pode ocorrer quando
eS

do julgamento da RCL 9702.


sd
ue
ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
sa
r is
La
11
Aos que se preparam para provas de concurso público relembramos que a tese ainda

97
dominante na doutrina brasileira é a da indelegabilidade do poder de polícia a particulares,

00
28
mas é possível que uma banca examinadora, expressamente fundada no entendimento do STJ,

87
elabore questão reconhecendo a possibilidade de delegação de parcela de tal poder (consentimento

a1
tan
e fiscalização) a uma sociedade de economia mista.

an
EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: FGV - Órgão: COMPESA - Prova: Analista de Gestão -

eS
Advogado

sd
ue
Sobre o tema do poder de polícia, analise a afirmativa a seguir.

ing
O poder de polícia é indelegável, somente podendo ser exercido pela Administração Pública

om
direta.

aD
( ) CERTO ( x ) ERRADO

riss
La
Pode ser exercido por autarquias e fundações de direito público.
11
Na doutrina a questão também é controversa, porém, nos filiamos à corrente defendida por
97

José dos Santos Carvalho filho, que abaixo transcrevemos:


00
28

Bem a propósito, o STF, em irreparável julgamento, decidiu que as guardas municipais têm
87

idoneidade para atuar na fiscalização, no controle e na orientação do trânsito e do tráfego,


a1
tan

podendo, inclusive, aplicar as sanções pertinentes, e isso por se tratar do exercício de mero poder
an

de polícia, o que, aliás, sempre sustentamos. A Corte, no entanto, foi mais além para entender que,
eS

em face do art. 144, § 8º, da CF, não haverá impedimento a que a referida instituição exerça funções
sd
ue

adicionais à de proteção de bens, serviços e instalações do Município, desde que, é claro, nos lindes
ing

da competência municipal.
om

Assim, o que se precisa averiguar é o preenchimento de três condições: (1ª) a pessoa jurídica
aD

deve integrar a estrutura da Administração Indireta, isso porque sempre poderá ter a seu cargo
riss

a prestação de serviço público; (2ª) a competência delegada deve ter sido conferida por lei; (3ª) o
La
1

poder de polícia há de restringir-se à prática de atos de natureza fiscalizatória, partindo-se, pois,


71
09

da premissa de que as restrições preexistem e de que se cuida de função executória, e não


0
28

inovadora. Por outro lado, também não colhe o argumento de que seus agentes são empregados
7
18

regidos pela CLT. Várias autarquias incumbidas do exercício do poder de polícia relativo ao
na

exercício de profissões, como é o caso, por exemplo, da OAB, têm em seu quadro, senão todos, mas
ta
an

ao menos parte, de servidores sujeitos ao regime celetista. Seus atos, no exercício da função
eS

delegada, caracterizam-se como atos administrativos, o que não é nenhuma novidade no direito
sd
ue

administrativo.
ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
sa
r is
La
11
Fora daí, o que resta é a estranheza do entendimento proibitivo, e em cujo foco parece haver

97
maior preocupação com aspectos formais do direito do que com a exigência de postura mais

00
28
civilizada no trânsito por parte de algumas pessoas – exigência, diga-se de passagem, notória em

87
toda a sociedade.

a1
tan
an
5. Atributos do Poder de Polícia

eS
A doutrina tradicionalmente aponta três atributos (qualidades) do poder de polícia e dos

sd
ue
atos administrativos resultantes de seu exercício: discricionariedade, autoexecutoriedade e

ing
coercibilidade.

om
aD
iss
1. Discricionariedade

r
La
Regra geral, a administração dispõe de uma razoável liberdade de atuação, podendo valorar
11
a oportunidade e conveniência de sua prática, estabelecer o motivo e escolher, dentro dos limites
97

legais, seu conteúdo.


00
28

Pode determinar, dentro de critérios, quais atividades irá fiscalizar em um determinado


87

momento e, dentro dos limites estabelecidos na lei, quais sanções deverão ser aplicadas e como
a1
tan

deverá ser feita a graduação dessas sanções.


an

Nada impede que a lei, relativamente a determinados atos ou fatos, estabeleça total
eS

vinculação da atuação administrativa a seus preceitos, como é o caso da concessão de licença.


sd
ue

EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: FGV - Órgão: COMPESA - Prova: Analista de Gestão -
ing

Advogado
om

Sobre o tema do poder de polícia, analise a afirmativa a seguir.


aD
iss

O poder de polícia sempre será exercido em caráter vinculado, nos estritos termos da lei que
r
La

autoriza o seu exercício.


1
71

( ) CERTO ( x ) ERRADO
09

Em regra, sempre não.


0
28
7
18

2. Autoexecutoriedade
na

Segundo Hely Lopes Meirelles, “a autoexecutoriedade consiste na possibilidade que certos


ta
an

atos administrativos ensejam de imediata e direta execução pela própria administração,


eS

independentemente de ordem judicial”.


sd
ue
ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
sa
r is
La
11
A obtenção de prévia autorização judicial para a prática de determinados atos de polícia é

97
uma faculdade da administração pública. Exemplo, a demolição de edificações irregulares, embora

00
28
autoexecutório, a administração costuma recorrer preventivamente ao Judiciário por previsível

87
forte resistência dos particulares envolvidos.

a1
tan
Nem toda atuação de polícia administrativa, contudo, pode ser levada a termo de forma

an
autoexecutória. Exemplo consagrado é a cobrança de multas administrativas de polícia, quando

eS
resistida pelo particular. Nesse caso, a imposição da multa decorrente do exercício do poder de

sd
polícia é efetuada pela administração pública sem necessidade de qualquer participação do

ue
ing
Poder Judiciário. Entretanto, a cobrança dessa multa não paga pelo administrado somente pode

om
ser efetivada por meio de uma ação judicial de execução.

aD
O Prof. Celso Antônio Bandeira de Mello aponta, como figuras distintas, atributos que ele

riss
La
denomina exigibilidade e executoriedade. Ele não utiliza a expressão autoexecutoriedade.
11
Quando a administração só tem possibilidade de utilizar meios indiretos para constranger
97

o administrado a adotar determinada conduta, diz-se que a imposição administrativa é exigível,


00
28

mas não executória.


87

A exigibilidade seria caracterizada pela obrigação que o administrado tem de cumprir o ato,
a1
tan

ao passo que a executoriedade seria a possibilidade de a administração, ela própria, praticar o ato,
an

ou compelir direta e materialmente o administrado a praticá-lo (coação material).


eS

EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: TCE-PA - Prova: Auditor de Controle
sd
ue

Externo - Área Fiscalização - Direito


ing

Acerca dos servidores públicos, dos poderes da administração pública e do regime jurídico-
om

administrativo, julgue o item que se segue.


aD

Situação hipotética: O proprietário de determinado restaurante recebeu notificação na qual


riss

constava a determinação de que a obra que havia sido irregularmente realizada na calçada do
La
1

referido estabelecimento, para a colocação de mesas, teria de ser demolida. Assertiva: Nesse caso,
71
09

decorrendo o prazo sem cumprimento da ordem, a administração poderá promover a demolição


0
28

sob o manto da autoexecutoriedade dos atos administrativos e do poder de polícia.


7
18

( x ) CERTO ( ) ERRADO
na

“Incensurável a decisão administrativa que determina a demolição de obra irregular erigida


ta
an

em área pública, cuja determinação emana do poder de polícia e da autoexecutoriedade


eS

conferida à Administração Pública.” (TJ-DF - Agravo de Instrumento).


sd
ue
ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
sa
r is
La
11
“O Poder Público tem o poder-dever de fiscalizar qualquer obra e até mesmo praticar atos

97
de demolição caso essa construção mostre alguma irregularidade, inclusive, prescindindo-se de

00
28
provimento jurisdicional para tal fim. É dizer, em decorrência do poder de polícia, a

87
Administração Pública goza da prerrogativa de proteger e fiscalizar o planejamento urbano, dentro

a1
tan
do qual deve combater as construções irregulares em área pública.”

an
(Segunda Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal)

eS
EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: IOBV - Órgão: Prefeitura de Chapecó – SC - Prova: Procurador

sd
ue
Municipal

ing
Analise a premissa abaixo:

om
Os atos do poder de polícia são executados pela própria autoridade administrativa,

aD
independentemente de autorização judicial, permitindo assim a demolição de uma casa habitada,

riss
cujo embargo de construção tenha sido desrespeitado.

La
( ) CERTO ( x ) ERRADO 11
97

Direito Administrativo. Autoexecutoriedade dos atos de polícia. (STJ - REsp: 1217234 PB


00
28

2010/0181699-2, Relator: Ministro ARI PARGENDLER, Data de Julgamento: 14/08/2013, S1 -


87

PRIMEIRA SEÇÃO, Data de Publicação: DJe 21/08/2013)


a1
tan

Os atos de polícia são executados pela própria autoridade administrativa,


an

independentemente de autorização judicial. Se, todavia, o ato de polícia tiver como objeto a
eS

demolição de uma casa habitada, a respectiva execução deve ser autorizada judicialmente e
sd
ue

acompanhada por oficiais de justiça. Recurso especial conhecido e provido. O Acórdão do STJ se
ing

fundamenta no Decreto 6.514/08, em seu artigo 112 e § 3º, o qual faz distinção entre as construções
om

ou edificações não habitadas e habitadas (residenciais), permitindo que o poder de polícia,


aD

fazendo o uso do atributo da autoexecutoriedade, em sendo desrespeitados embargos para


riss

construção, proceda com a demolição de construções ou edificações não habitadas.


La
1
71
09

9.5.3. Coercibilidade
0
28

A coercibilidade traduz-se na possibilidade de as medidas adotadas pela administração


7
18

pública serem impostas coativamente ao administrado, inclusive mediante o emprego da força.


na

Caso o particular resista ao ato de polícia, a administração poderá valer-se da força pública para
ta
an

garantir o seu cumprimento. Também independe de prévia autorização judicial.


eS
sd
ue
ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
sa
r is
La
11
ATENÇÃO: Todo e qualquer ato administrativo, mesmo dotado de autoexecutoriedade e

97
coercibilidade, está sujeito à verificação posterior quanto à legalidade, ensejando, se for o caso, a

00
28
anulação do ato e a reparação ou indenização do particular pelos danos sofridos, sempre que se

87
comprove ter ocorrido excesso ou desvio de poder.

a1
tan
A ESAF, no concurso para Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União,

an
com provas realizadas em 2012, após pedir que o candidato assinalasse a alternativa que

eS
contemplava três atributos do poder de polícia, considerou correto o item que apresentava os

sd
atributos da “discricionariedade, autoexecutoriedade e coercibilidade”. Entretanto, o CESPE, na

ue
ing
prova para Técnico em Gestão de Telecomunicações da TELEBRAS, realizada em 2013, considerou

om
correta a seguinte assertiva: “A polícia administrativa se expressa ora por atos vinculados, ora por

aD
atos discricionários”. Note que a antinomia entre as posições adotadas pelas bancas examinadoras

riss
é apenas aparente. Em verdade, trata-se de maneiras distintas de indagar o candidato sobre o

La
11
assunto. No caso da ESAF, a opção foi questionar o candidato sobre os atributos que, em regra, estão
97

presentes nos atos de polícia administrativa, enquanto o CESPE se rendeu a uma abordagem mais
00
28

realista, a qual reconhece que, apesar de na maioria dos casos o poder de polícia ser discricionário,
87

também existe manifestação do poder de polícia de forma vinculada (a exemplo da concessão de


a1
tan

alvará de licença).
an

EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: MPE – PI - Prova: Analista


eS

Acerca dos poderes e deveres da administração pública, julgue o item a seguir.


sd

O atributo da exigibilidade, presente no exercício do poder de polícia, ocorre quando a


ue
ing

administração pública se vale de meios indiretos de coação para que o particular exerça seu direito
om

individual em benefício do interesse público, tal como a não concessão de licenciamento do veículo
aD

enquanto não forem pagas as multas de trânsito.


riss
La

( x ) CERTO ( ) ERRADO
1

EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: EXATUS - Órgão: Ceron – RO - Prova: Direito


71
09

Hely Lopes Meirelles conceitua Poder de Polícia como a faculdade de que dispõe a
0
28

Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos
7
18

individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado. De acordo com o citado autor, são
na

atributos específicos e peculiares ao exercício do poder de polícia:


ta
an

a) A discricionariedade, a autoexecutoriedade e a coercibilidade.


eS

b) A legalidade, a autoexecutoriedade e a imperatividade.


sd
ue

c) A vinculação, a proporcionalidade e a coercibilidade.


ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
sa
r is
La
11
d) A legalidade, a executoriedade e a imperatividade.

97
Gabarito letra “a”.

00
28
EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: PC-PE - Prova: Delegado de Polícia

87
A fiscalização ambiental de determinado estado da Federação verificou que a água utilizada

a1
tan
para o consumo dos hóspedes de um hotel era captada de poços artesianos. Como o hotel não tinha

an
a outorga do poder público para extração de água de aquífero subterrâneo, os fiscais lavraram o

eS
auto de infração e informaram ao gerente do hotel que lacrariam os poços artesianos, conforme a

sd
previsão da legislação estadual. O gerente resistiu à ação dos fiscais, razão pela qual policiais

ue
ing
militares compareceram ao local e, diante do impasse, o gerente, acompanhado do advogado do

om
hotel, e os fiscais foram conduzidos à delegacia local. O advogado alegou que os fiscais teriam agido

aD
com abuso de autoridade, uma vez que o poder público estadual não teria competência para

riss
fiscalizar poços artesianos, e requereu ao delegado de plantão a imediata liberação do gerente e o

La
11
registro, em boletim de ocorrência, do abuso de poder por parte dos fiscais.
97

A partir dessa situação hipotética, assinale a opção correta, considerando as regras e


00
28

princípios do direito administrativo.


87

a) Agentes de fiscalização não possuem poder de polícia, que é exclusivo dos órgãos de
a1
tan

segurança pública. Por essa razão, os fiscais não poderiam entrar no hotel, propriedade privada,
an

sem o acompanhamento dos policiais militares.


eS

b) A fiscalização estadual agiu corretamente ao aplicar o auto de infração: o hotel não poderia
sd
ue

fazer uso de poço artesiano sem a outorga do poder público estadual. Contudo, os fiscais somente
ing

poderiam lacrar os poços se dispusessem de ordem judicial, razão pela qual ficou evidente o abuso
om

de poder.
aD

c) As águas subterrâneas e em depósito são bens públicos da União, razão pela qual a
iss
r
La

fiscalização estadual não teria competência para atuar no presente caso.


1

d) Os estados membros da Federação possuem domínio das águas subterrâneas e poder de


71
09

polícia para precaver e prevenir danos ao meio ambiente. Assim, a fiscalização estadual não só tinha
0
28

o poder, mas também, o dever de autuar.


7
18

e) Não é necessária a outorga do ente público para o simples uso de poço artesiano. Logo, a
na

conduta dos fiscais foi intempestiva e abusiva.


ta
an

RESOLUÇÃO:
eS

a) ERRADA. O poder de polícia não é exclusivo dos órgãos de segurança pública, podem
sd
ue

sim ser exercido pelos agentes de fiscalização dos órgãos e entidades da Administração
ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
sa
r is
La
11
Pública. Por essa razão, os fiscais poderiam sim entrar no hotel, propriedade privada, sem o

97
acompanhamento dos policiais militares, em vista dos atributos da coercibilidade e da

00
28
autoexecutoriedade do poder de polícia.

87
b) ERRADA. Os fiscais poderiam sim lacrar os poços sem autorização judicial, em razão do

a1
tan
atributo da autoexecutoriedade do poder de polícia.

an
c) ERRADA. Segundo o art. 26 da CF, as águas subterrâneas são bens públicos estaduais, razão

eS
pela qual a fiscalização estadual teria sim competência para atuar no presente caso.

sd
ue
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:

ing
I – as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas,

om
neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;

aD
d) CERTA. Conforme comentado nos itens anteriores.

riss
e) ERRADA. Como as águas subterrâneas são bens públicos, o seu uso privativo por

La
11
particular mediante a perfuração de poço artesiano necessita sim de outorga do ente
97

público que, no caso, ocorre mediante autorização.


00
28
87
a1

9.6. Prescrição
tan

A Lei 9.873/1999 estabelece prazo de prescrição para o exercício de ação punitiva pela
an

Administração Pública Federal, direta e indireta, e dá outras providências.


eS

Art. 1o Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta
sd

e indireta, no exercício do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação em vigor,


ue
ing

contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em
om

que tiver cessado.


aD

Este é o prazo de prescrição do direito de a administração pública aplicar uma punição


riss

administrativa baseada no poder de polícia.


La
1

§ 1o Incide a prescrição no procedimento administrativo paralisado por mais de três anos,


71
09

pendente de julgamento ou despacho, cujos autos serão arquivados de ofício ou mediante


0
28

requerimento da parte interessada, sem prejuízo da apuração da responsabilidade funcional


7
18

decorrente da paralisação, se for o caso.


na

É a chamada prescrição intercorrente, prescrição que ocorre no curso do processo, isto é,


ta
an

mesmo depois de o processo já ter sido instaurado ou iniciado.


eS

§ 2o Quando o fato objeto da ação punitiva da Administração também constituir crime, a


sd

prescrição reger-se-á pelo prazo previsto na lei penal.


ue
ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
sa
r is
La
11
Art. 1o-A. Constituído definitivamente o crédito não tributário, após o término regular

97
do processo administrativo, prescreve em 5 (cinco) anos a ação de execução da administração

00
28
pública federal relativa a crédito decorrente da aplicação de multa por infração à legislação em

87
vigor.

a1
tan
Este prazo de prescrição é contatado a partir da data de constituição definitiva do crédito,

an
a qual se considera ocorrida após o término regular do processo administrativo em que ele tenha

eS
sido apurado. Refere-se à ação judicial de execução de cobrança.

sd
As disposições da Lei 9.873/1999 não se aplicam às infrações de natureza funcional e aos

ue
ing
processos de natureza tributária.

om
EXEMPLO: Ano: 2012 - Banca: CESPE - Órgão: TJ-PR - Prova: Juiz

aD
No âmbito federal, a aplicação de sanções relacionadas ao exercício do poder de polícia

riss
La
submete-se a prazo de prescrição de cinco anos, não passível de interrupção ou suspensão.
( ) CERTO ( x ) ERRADO 11
97

O erro está em dizer que não é passível de interrupção ou suspensão. Todo prazo de
00
28

prescrição, regra geral, é passível.


87
a1
tan

9.7. Técnicas de ordenação ou de atuação


an

Segundo Lucas Rocha Furtado, as técnicas de atuação do poder de polícia podem ser
eS

divididas três grandes categorias: 1.ª) técnica de informação; 2.ª) técnica de condicionamento;
sd
ue

e 3.ª) técnica sancionatória.


ing

Pela técnica da informação, o Estado invade a liberdade das pessoas e exige que elas
om

prestem informações sobre a sua própria pessoa (física ou jurídica) ou sobre atividades por
aD

elas desenvolvidas. Como exemplo de técnica de informação temos: a) a necessidade de registro


riss

das pessoas naturais e das pessoas jurídicas nos registros competentes; b) a obrigação de
La
1

apresentação da declaração anual de imposto de renda; c) o dever de os médicos comunicarem aos


71
09

órgãos de saúde a ocorrência de certas doenças contagiosas; d) o dever de as empresas de capital


0
28

aberto publicarem balanço etc.


7
18

Pela técnica do condicionamento, o Estado impõe aos cidadãos o cumprimento de uma


na

série de exigências legais para que possam exercer livremente certas atividades. Como exemplo
ta
an

de técnica de condicionamento podemos citar: a) as exigências de diploma de bacharel em Direito,


eS

de aprovação no Exame da Ordem e de inscrição na OAB, como condição para que o profissional
sd
ue

possa exercer a advocacia;


ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
sa
r is
La
11
b) a aprovação na prova do DETRAN como condição para obtenção da licença para dirigir; c)

97
a necessidade de cumprir os requisitos exigidos na legislação para obtenção de autorização para

00
28
portar armas etc.

87
Pela técnica sancionatória, o Estado impõe sanções aos particulares que violem regras

a1
tan
necessárias ao desempenho de determinadas atividades. A técnica sancionatória é a utilizada para

an
dar efetividade às técnicas da informação e do condicionamento. Assim, aqueles que não prestarem

eS
as informações exigidas ou desempenharem determinadas funções sem cumprir as exigências

sd
legais requeridas sofrerão as punições previstas na lei.

ue
ing
EXEMPLO: Ano: 2012 – Banca: ESAF - Órgão: MDIC - Prova: Analista de Comércio Exterior

om
Abaixo, na coluna I, estão descritas diversas formas de atuação do poder de polícia.

aD
Classifique-as conforme as técnicas descritas na coluna II e assinale a opção que apresente a

riss
La
sequência correta para a coluna I.
11
97
00
28
87
a1
tan
an
eS
sd
ue
ing
om
aD
iss
r
La

a) 2, 2, 3, 1, 1
1
71

b) 3, 3, 1, 2, 1
09

c) 1, 1, 3, 2, 2
0
28

d) 3, 1, 3, 2, 2
7
18

e) 2, 1, 3, 1, 2
tana

RESOLUÇÃO:
an
eS

Declaração de renda e apresentação do cartão de vacinas é técnica pela informação.


sd

Multa é técnica sancionatória. Concessão de alvarás, licenças... são condicionamentos.


ue

Gabarito letra “c”.


ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
sa
r is
La
11
97
10. Poder Regulamentar

00
28
A doutrina tradicional emprega a expressão “poder regulamentar” exclusivamente para

87
designar as competências dos Chefes dos Poderes Executivos para editar atos administrativos

a1
tan
normativos.

an
Os atos administrativos normativos contêm determinações gerais e abstratas. Tais atos

eS
não têm destinatários determinados; incidem sobre todos os fatos ou situações que se

sd
enquadrem nas hipóteses que abstratamente preveem. Os atos administrativos normativos

ue
ing
editados pelo Chefe do Poder Executivo assumem a forma de decreto, que neste caso específico,

om
seria decreto normativo.

aD
O exercício do Poder Regulamentar está prevista no art. 84 da Constituição Federal de 1988:

riss
La
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
11
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e
97

regulamentos para sua fiel execução;


00
28

Essa é a definição de Poder Regulamentar - expedir decretos e regulamentos para sua (da
87

lei) fiel execução, que se materializa através da edição de decretos (atos administrativos
a1
tan

normativos), conhecidos como decretos regulamentares, normativos ou de execução.


an

Existem outros atos administrativos normativos que não são expedidos pelo Chefe do
eS

Poder Executivo. Esses outros atos administrativos têm fundamento no poder normativo da
sd

administração pública, são os denominados regulamentos autorizados.


ue
ing

O regulamento autorizado é ato administrativo, secundário (deriva da lei, ato primário, que
om

o autoriza), infralegal. A lei geralmente incumbe órgãos e entidades de perfil técnico da edição
aD

de regulamentos autorizados, que devem dispor acerca de matérias de índole técnica pertinentes
riss

à área de atuação do órgão ou entidade; os regulamentos de execução são de competência


La
1

privativa do Chefe do Poder Executivo, indelegável, e não se restringem a assuntos de ordem


71
09

técnica, podendo tratar de qualquer assunto administrativo.


0
28

A partir da EC 32/2001, passou a existir autorização expressa no art. 84 da CF/88 para a


7
18

edição de decretos ou regulamentos autônomos pelo Presidente da República, específica e


na

unicamente para:
ta
an

Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:


eS

VI – dispor, mediante decreto, sobre:


sd
ue
ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
sa
r is
La
11
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar aumento de

97
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;

00
28
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;

87
A disciplina dessas matérias pode ser delegada pelo Presidente da República a Ministros

a1
tan
de Estado, ao Procurador Geral da República e ao Advogado Geral da União.

an
Esses decretos editados como atos primários, isto é, decorrem diretamente da

eS
Constituição, não são expedidos em função de alguma lei ou de algum outro ato infraconstitucional.

sd
Segundo a Prof.ª Maria Sylvia Di Pietro: “Quanto à alínea b, não se trata de função regulamentar,

ue
ing
mas de típico ato de efeitos concretos, porque a competência do Presidente da República se

om
limitará a extinguir cargos ou funções, quando vagos, e não a estabelecer normas sobre

aD
a matéria”.

riss
La
“Com a alteração do dispositivo constitucional fica restabelecido, de forma muito limitada, o
11
regulamento autônomo no direito brasileiro, para a hipótese inserida na alínea a”.
97

Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro é possível fazer, ainda, a distinção entre regulamentos
00
28

jurídicos (ou normativos) e regulamentos administrativos (ou de organização).


87

Os regulamentos jurídicos (ou normativos) criam normas para fora da Administração


a1
tan

Pública, que vinculam todos os cidadãos de maneira geral, tais como as normas inseridas no poder
an

de polícia. Já os regulamentos administrativos (ou de organização) estabelecem normas sobre a


eS

organização administrativa ou relacionadas aos particulares que possuem um vínculo


sd

específico com o Estado, tais como os concessionários de serviços públicos ou que possuem um
ue
ing

contrato com a Administração.


om

Segundo a ilustre professora, outra nota distintiva entre os mencionados institutos é que os
aD

regulamentos jurídicos, por se referirem à liberdade e aos direitos dos particulares sem uma relação
r iss

específica com a Administração, são elaborados com menor grau de discricionariedade em


La
1

relação aos regulamentos administrativos.


71
09

EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: TCE-PA - Prova: Auxiliar Técnico de
0
28

Controle Externo - Área Administrativa


7
18

Julgue o item subsequente, acerca dos atos e dos poderes administrativos.


na

Os atos decorrentes do poder regulamentar têm natureza originária e visam ao


ta
an

preenchimento de lacunas legais e à complementação da lei.


eS

( ) CERTO ( x ) ERRADO
sd
ue
ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
sa
r is
La
11
O poder regulamentar é de natureza derivada (ou secundária), somente é exercido à luz de

97
lei existente, com exceção ao decreto autônomo – CF/88, art. 84, VI, alínea “a”.

00
28
Já as leis constituem atos de natureza originária (ou primária), emanando diretamente da

87
Constituição.

a1
tan
EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: FUNRIO - Órgão: IF-PA - Prova: Assistente em

an
Administração

eS
Dentre os poderes administrativos, aquele que decorre da atribuição constitucional

sd
conferida ao chefe do Poder Executivo Federal para expedir atos normativos com finalidade de

ue
ing
cumprimento das leis, e aquele que compreende a competência atribuída a autoridades

om
administrativas para que possam impor penas disciplinares a funcionários sob sua subordinação,

aD
são, respectivamente, o poder regulamentar e o poder disciplinar.

riss
La
( x ) CERTO ( ) ERRADO
11
97

11. Abuso de Poder


00
28

A doutrina majoritária adota a corrente de que o abuso de poder é espécie do gênero


87

ilegalidade. Toda conduta que implique abuso de poder é uma conduta ilegal – contrária ao
a1
tan

ordenamento jurídico. O abuso de poder desdobra-se, mais precisamente, em duas categorias


an

consagradas:
eS

a) excesso de poder, quando o agente público atua fora dos limites de sua esfera de
sd
ue

competências;
ing

b) desvio de poder, quando a atuação do agente, embora dentro de sua órbita de


om

competências, contraria a finalidade explícita ou implícita na lei que determinou ou autorizou a


aD

sua atuação; tanto é desvio de poder a conduta contrária à finalidade geral (ou mediata) do ato – o
riss
La

interesse público -, quanto a que discrepe de sua finalidade específica (ou imediata).
1
71

O desvio de poder é também denominado desvio de finalidade.


09

Os atos praticados com excesso de poder são nulos quando o vício é de competência
0
28

quanto à matéria (matéria de competência de um órgão/entidade praticado por outro


7
18

órgão/entidade), ou quando se trata de competência exclusiva. Se a hipótese for de vício de


na

competência quanto à pessoa, desde que não se trate de competência exclusiva, o ato praticado
ta
an

com excesso de poder poderá ser convalidado, a critério da administração pública, uma vez
eS

preenchidas as demais condições legais.


sd
ue

Os atos praticados com desvio de poder são sempre nulos.


ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
sa
r is
La
11
A expressão “abuso de poder” tem o seu conteúdo trabalhado pela doutrina. Em

97
determinadas hipóteses, é possível que da atuação com abuso de poder resulte caracterizado o

00
28
crime de abuso de autoridade. O abuso de autoridade é disciplinado pela Lei 4.898/1965 e ocorre

87
quando o agente público pratica um dos atos, comissivos ou omissivos, descritos nessa lei.

a1
tan
Segundo o prof. Hely Lopes Meirelles, citando Caio Tácito, leciona que o abuso de poder

an
pode assumir tanto a forma comissiva quanto omissiva.

eS
EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: TCE-PA - Prova: Auditor de Controle

sd
ue
Externo - Área Administrativa - Gestão de Pessoas

ing
Com relação à improbidade administrativa, julgue o próximo item.

om
O abuso de poder é considerado crime de administração pública e é julgado na esfera cível.

aD
( ) CERTO ( x ) ERRADO

riss
Conforme mencionado acima, em determinadas hipóteses, é possível que da atuação com

La
11
abuso de poder resulte caracterizado o crime de abuso de autoridade. Não necessariamente,
97

como afirma a questão, categoricamente, “O abuso de poder é considerado crime...”. Uma conduta
00
28

com abuso de poder pode estar tipificado como crime. E se estiver, será julgado na esfera penal.
87

EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: TCE-SC - Prova: Conhecimentos Básicos
a1
tan

Com base na doutrina e nas normas de direito administrativo, julgue o item que se segue.
an

Situação hipotética: Diante da ausência de Maria, servidora pública ocupante de cargo de


eS

nível superior, João, servidor público ocupante de cargo de nível médio, recém-formado em
sd

Economia, elaborou determinado expediente de competência exclusiva do cargo de nível superior


ue
ing

ocupado por Maria. Assertiva: Nessa situação, o servidor agiu com abuso de poder na modalidade
om

excesso de poder.
aD

( x ) CERTO ( ) ERRADO
r iss

EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: TCE-SC - Prova: Auditor Fiscal de Controle
La
1

Externo - Direito
71
09

Julgue o próximo item, a respeito de atos administrativos e poderes administrativos.


0
28

O abuso de poder administrativo pode assumir tanto a forma comissiva quanto omissiva.
7
18

( x ) CERTO ( ) ERRADO
na

EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: DPU - Prova: Técnico


ta
an

No que se refere aos poderes da administração pública e aos serviços públicos, julgue oitem
eS

subsecutivo.
sd
ue
ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
sa
r is
La
11
Configura-se desvio de poder ou de finalidade quando o agente atua fora dos limites de suas

97
atribuições, ou seja, no caso de realizar ato administrativo não incluído no âmbito de sua

00
28
competência.

87
a1
( ) CERTO ( x ) ERRADO

tan
O abuso de poder se divide em duas espécies:

an
Excesso de poder: quando a autoridade atua extrapolando os limites da sua competência;

eS
Desvio de poder (ou desvio de finalidade): quando a autoridade pratica um ato que é de sua

sd
competência, mas o utiliza para uma finalidade diversa da prevista ou contrária ao interesse

ue
ing
público.

om
EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: VUNESP - Órgão: IPSMI - Prova: Procurador

aD
Sobre os poderes administrativos, é correto afirmar que

riss
a) ocorre excesso de poder quando a atuação do agente busca alcançar finalidade diversa do

La
interesse público. 11
97

b) é constitucional lei que firma ser de competência de entidades privadas o exercício do


00
28

serviço de fiscalização das profissões regulamentadas.


87

c) o poder de polícia permite que a Administração aplique sanções em agentes públicos a ela
a1
tan

vinculados quando os servidores incorrem em infrações funcionais.


an

d) a concessão de poder a um agente público confere sempre a ele a faculdade de exercê-lo de


eS

acordo com o juízo de conveniência e oportunidade.


sd

e) não é válida a conduta de condicionar a renovação de licença do veículo ao pagamento de


ue
ing

multa quando o agente infrator não foi notificado.


om

RESOLUÇÃO:
aD

a) ERRADA, o conceito é de desvio de poder.


riss

b) ERRADA, a fiscalização é exercício do poder de policia. Atividades que envolvem o exercício


La
1

do poder de polícia com a aplicação de sansões não podem ser atribuídas, NEM MESMO POR LEI, a
71
09

pessoa jurídica de direito privado; portanto, a atividade regulatória pressupõe o exercício por
0
28

pessoa jurídica de direito público.


7
18

c) ERRADO, o conceito retrata o poder disciplinar.


na

d) ERRADO, a concessão de poder a um agente público confere sempre a ele o dever de


ta
an

exercê-lo.
eS

e) CERTO. “É ilegal condicionar a renovação da licença de veículo ao pagamento de multa, da


sd

qual o infrator não foi notificado. (STJ - Súmula nº 127).


ue
ing
om
D
sa
ris
La

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