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O Direito Administrativo é o
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conjunto de normas jurídicas (regras e
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princípios) de direito público, aplicando-
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se lhe, supletivamente, normas de direito
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privado, com vistas a disciplinar a função
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a1
administrativa do Estado e as relações
tan
jurídicas entre este e seus agentes, bem
an
como os seus administrados, sempre com
eS
a finalidade primária de bem atender ao
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interesse público.
ue
ing
om
aD
iss
DIREITO
r
ADMINISTRATIVO La
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Prof. Francisco Saint Clair Neto
00
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1. Introdução
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a1
Para que o Estado possa alcançar seus fins públicos, o ordenamento jurídico confere aos
tan
agentes públicos algumas prerrogativas também denominadas poderes administrativos. Tais
an
poderes são considerados instrumentais, uma vez que são concedidos com o único objetivo de
eS
sd
possibilitar a consecução de interesses públicos, sendo atribuídos na exata medida reputada
ue
necessária para tanto.
ing
om
Não devemos confundir os poderes administrativos com os Poderes do Estado. Esta última
aD
expressão serve para designar os órgãos estruturais do Estado (Poderes Legislativo, Executivo
iss
e Judiciário), na clássica divisão proposta por Montesquieu.
r
La
Outro aspecto a ser realçado é que, justamente por se caracterizar como instrumento
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vinculado à concretização do interesse público, que é indisponível, o exercício dos poderes
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administrativos não se constitui em mera faculdade para o agente público, devendo ser
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depender da utilização de uma prerrogativa legalmente atribuída a um agente público, este não
tan
deve deixar de fazê-lo, sob pena de responder por omissão. Sintetizando essa lição, a doutrina
an
Por outro lado, apesar de se admitir que o Estado atue no ordenamento jurídico cercado de
ing
consonância com os direitos e garantias individuais, sendo comum a afirmativa segundo a qual o
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estabelece deveres administrativos (ônus), em uma clara comprovação da máxima que afirma ser
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especiais de que dispõe a administração pública, as quais a ela são conferidas tão somente na estrita
an
eS
medida em que necessárias à satisfação dos fins públicos cuja persecução o mesmo ordenamento
sd
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observância dos princípios jurídicos e respeito aos direitos e garantias fundamentais, tais
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como o devido processo legal, as garantias do contraditório e da ampla defesa, a garantia da
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inafastabilidade da tutela judicial etc.
a1
tan
De outra parte, como decorrência do Princípio da Indisponibilidade do Interesse
an
Público, a Constituição e as leis impõem ao administrador público alguns deveres peculiares,
eS
preordenados a assegurar que sua atuação efetivamente se dê em benefício do interesse público
sd
e sob controle direto e indireto do titular da coisa pública, o povo. São esses os chamados deveres
ue
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administrativos.
om
aD
2. Deveres Administrativos
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A doutrina de um modo geral enumera como alguns dos principais deveres impostos aos
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agentes públicos pelo ordenamento jurídico:
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a) dever de probidade: exigência de que o administrador público atue sempre com ética,
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visando ao atingimento de fins públicos, implicam um dever de exercício dessas funções. É uma
an
eS
imposição, um dever de exercício das competências, de que o agente público não pode dispor.
sd
As competências do cargo, função ou emprego público devem ser exercidas na sua plenitude
aD
competência e, por ainda, com a omissão da autoridade. Não se compreende que o agente público
r
La
pratique intempestivamente atos de sua competência, desde que ocorra a oportunidade para agir,
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como não se entende que só se desincumba de parte de sua obrigação ou se abstenha em relação a
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essa obrigação. A esse respeito ensina Hely Lopes Meirelles (Direito Administrativo, cit., p. 85) que,
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“se para o particular o poder de agir é uma faculdade, para o administrador público é uma obrigação
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na
José dos Santos Carvalho Filho assim dispõe sobre o uso do poder: O poder administrativo
eS
representa uma prerrogativa especial de direito público outorgada aos agentes do Estado. Cada
sd
um desses terá a seu cargo a execução de certas funções. Ora, se tais funções foram por lei cometidas
ue
aos agentes, devem eles exercê-las, pois que seu exercício é voltado para beneficiar a coletividade.
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Ao fazê-lo, dentro dos limites que a lei traçou, pode dizer-se que usaram normalmente
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os seus poderes. Uso do poder, portanto, é a utilização normal, pelos agentes públicos, das
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prerrogativas que a lei lhes confere.
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c) dever prestar contas: segundo o Prof. Hely Lopes Meirelles, “A regra é universal: quem
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tan
gere dinheiro público ou administra bens ou interesses da comunidade deve contas ao órgão
an
competente para a fiscalização”.
eS
Art. 70, Constituição Federal de 1988:
sd
Parágrafo único. Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada,
ue
ing
que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens e valores públicos ou pelos
om
quais a União responda, ou que, em nome desta, assuma obrigações de natureza pecuniária.
aD
d) dever de eficiência: traduz-se na exigência de elevado padrão de qualidade na atividade
riss
administrativa, manifestando-se não só com a produtividade do servidor, mas também com o
La
aperfeiçoamento de toda a máquina administrativa. 11
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EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: PC-PE - Prova: Delegado de Polícia
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O dever de prestar contas aos tribunais de contas é específico dos servidores públicos; não é
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tan
aplicável a dirigente de entidade privada que receba recursos públicos por convênio.
an
( ) CERTO ( x ) ERRADO
eS
Dirigente de entidade privada que receba recursos públicos por convênio também possui o
sd
ue
3. Poderes Administrativos
aD
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La
O Prof. José dos Santos Carvalho Filho conceitua poderes administrativos como: “o conjunto
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de prerrogativas de direito público que a ordem jurídica confere aos agentes administrativos
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Hely Lopes Meirelles enumera a existência dos seguintes poderes administrativos: (1) poder
an
vinculado; (2) poder discricionário; (3) poder hierárquico; (4) poder disciplinar; (5) poder
eS
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É aquele de que dispõe a administração pública para a prática de atos administrativos em
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que é mínima ou inexistente a sua liberdade de atuação, ou seja, é o poder de que ela se utiliza
a1
tan
quando pratica atos administrativos vinculados.
an
Nos atos administrativos vinculados, não cabe à administração tecer considerações de
eS
oportunidade e conveniência, nem escolher seu conteúdo. Apenas possibilita à administração
sd
executar o ato vinculado nas estritas hipóteses legais, observando o conteúdo rigidamente
ue
ing
estabelecido em lei.
om
É fácil constatar que o assim Poder Vinculado não é exatamente um poder, mas sim um dever
aD
da administração pública. Quando pratica um ato vinculado, a administração está muito mais
riss
cumprindo um dever do que exercendo uma prerrogativa.
La
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No caso de um ato vinculado, quando a administração verifica estarem presentes os
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pressupostos de sua edição, ela é obrigada a praticá-lo, não dispondo de qualquer poder para se
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abster de atuar, ou para deixar de observar estritamente o conteúdo do ato, objetivamente descrito
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na lei de regência.
a1
tan
EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: PC-PE - Prova: Delegado de Polícia
eS
( ) CERTO ( x ) ERRADO
riss
No Poder Vinculado não há escolha alguma. Nos atos administrativos vinculados, não cabe
La
1
conteúdo.
0
28
EXEMPLO: Ano: 2008 - Banca: CESPE - Órgão: Prefeitura de Natal - Prova: Assessor
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Jurídico
na
O poder vinculado não existe como poder autônomo; em realidade, ele configura atributo de
ta
an
( x ) CERTO ( ) ERRADO
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5. Poder Discricionário
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É o poder que a administração pública se utiliza quando pratica atos administrativos
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discricionários (e sua revogação). O agente administrativo dispõe de razoável liberdade de
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atuação, podendo valorar a oportunidade e a conveniência da prática do ato, quanto ao seu motivo,
a1
tan
e, sendo o caso, escolher, dentro dos limites legais, o seu conteúdo (objeto).
an
O Poder Discricionário tem como núcleo a autorização legal para que o agente público
eS
decida, nos limites da lei, acerca da oportunidade e da conveniência da prática ou não do ato
sd
administrativo e, quando for o caso, escolher o seu conteúdo. Dito isso, o núcleo essencial do poder
ue
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discricionário traduz-se no denominado mérito administrativo.
om
Conveniência e oportunidade são os elementos nucleares do poder discricionário. A
aD
primeira indica em que condições vai se conduzir o agente; a segunda diz respeito ao momento
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em que a atividade deve ser produzida. Registre-se, porém, que essa liberdade de escolha tem que
La
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se conformar com o fim colimado na lei, pena de não ser atendido o objetivo público da ação
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administrativa. Não obstante, o exercício da discricionariedade tanto pode concretizar-se ao
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momento em que o ato é praticado, quanto, a posteriori, ao momento em que a Administração decide
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por sua revogação (José dos Santos Carvalho Filho, Manual de Direito Administrativo).
a1
tan
EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: TCE-PA - Prova: Auxiliar Técnico de Controle
an
agir do agente público diante de cada uma delas. Assim, confere-se ao agente a prerrogativa de
aD
eleger, entre as condutas viáveis, a que se apresentar mais conveniente e oportuna à luz do interesse
riss
público.
La
1
( x ) CERTO ( ) ERRADO
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discricionários que a administração pública tenha praticado e, num momento posterior, passe a
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um ato administrativo praticado pelo Poder Executivo ou Legislativo. Só quando estiver atuando
ta
an
como administração pública, o Poder Judiciário – e só ele –poderá revogar os atos administrativos
eS
discricionários que ele mesmo tenha editado. Somente pode revogar um ato administrativo a
sd
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- Área Administrativa - Direito
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Com base no disposto nas súmulas do Supremo Tribunal Federal relativas a direito
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administrativo, julgue o item subsequente.
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tan
Insere-se na esfera de poder discricionário da administração pública a decisão de incluir o
an
exame psicotécnico como fase de concurso para provimento de cargos públicos, o que pode ser feito
eS
mediante previsão em edital.
sd
ue
( ) CERTO ( x ) ERRADO – Poder Vinculado.
ing
“O Supremo Tribunal Federal fixou jurisprudência no sentido de que o exame psicotécnico
om
pode ser estabelecido para concurso público desde que por lei, tendo por base critérios objetivos
aD
de reconhecido caráter científico, devendo existir, inclusive, a possibilidade de reexame.” (RE
riss
473.719-AgR, rel. min. Eros Grau, julgamento em 17-6-2008, Segunda Turma, DJE de 1º-8- 2008.)
La
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No mesmo sentido: AI 661.056-AgR, rel. min. Dias Toffoli, julgamento em 31-5-2011, Primeira
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SÚMULA 686 - Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a
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cargo público.
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tan
an
O poder discricionário tem como limites, além do próprio conteúdo da lei, os princípios
om
extrapolação dos limites legais, assim como a atuação contrária aos princípios administrativos
riss
La
Quando se afirma que o Poder Judiciário nunca poderá revogar um ato administrativo
na
praticado pelo Poder Executivo ou Legislativo, na verdade, o que se veda é a aferição dos critérios
ta
an
que praticou o ato, e não aspectos relacionados à legalidade ou à legitimidade do ato administrativo.
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Todos os atos administrativos podem submeter-se à apreciação judicial de sua
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legalidade, e esse é o natural corolário do princípio da legalidade.
00
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a1
7. Poder Hierárquico
tan
Hierarquia caracteriza-se pela existência de níveis de subordinação entre órgãos e
an
agentes públicos, sempre no âmbito de uma mesma pessoa jurídica, verticalmente escalonados,
eS
como decorrência do poder hierárquico.
sd
ue
ATENÇÃO: Não há hierarquia entre diferentes pessoas jurídicas, nem entre os Poderes
ing
da República, nem mesmo entre a administração e os administrados.
om
Exemplos:
aD
1º) Há hierarquia entre órgãos e agentes no âmbito interno da administração direta do Poder
riss
La
Executivo, ou hierarquia entre órgãos e agentes no âmbito interno de uma autarquia.
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2º) Não existe hierarquia entre órgãos e agentes do Poder Legislativo, de um lado, e órgãos
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00
3º) Não existe hierarquia entre órgãos e agentes da administração direta, de um lado, e
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a1
A doutrina usa o vocábulo vinculação para se referir à relação não hierárquica que existe
an
José dos Santos Carvalho Filho define “Hierarquia é o escalonamento em plano vertical
sd
ue
dos órgãos e agentes da Administração que tem como objetivo a organização da função
ing
administrativa. E não poderia ser de outro modo. Tantas são as atividades a cargo da
om
Administração Pública que não se poderia conceber sua normal realização sem a organização, em
aD
escalas, dos agentes e dos órgãos públicos. Em razão desse escalonamento firma-se uma relação
riss
La
c) delegar competências; e
an
d) avocar competências.
eS
EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: PC-PE - Prova: Delegado de Polícia
sd
ue
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entre os vários órgãos, incluindo o poder de delegar e avocar atribuições.
00
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( ) CERTO ( x ) ERRADO
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a1
Trata-se do poder hierárquico, e não do poder regulamentar.
tan
O poder de comando permite que o superior hierárquico assegure o adequado
an
funcionamento dos serviços sob sua responsabilidade. Para tanto, não só dá ordens diretas, verbais
eS
ou escritas, mas também edita os assim chamados atos administrativos ordinatórios (ordens de
sd
serviço, portarias, instruções, circulares internas etc.), que obrigam indistintamente todos os
ue
ing
agentes subordinados que devam executar as tarefas nele disciplinadas.
om
Os servidores públicos têm o dever de acatar e cumprir as ordens de seus superiores
aD
hierárquicos (dever de obediência), exceto quando manifestadamente ilegais, hipótese em que
riss
surge para o destinatário da ordem o dever de representação contra a ilegalidade, conforme
La
preceitua a Lei 8.112/1990. 11
97
O Poder de fiscalização diz respeito ao acompanhamento permanente, pelo superior, da
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28
atuação de seus subordinados. Corolário da fiscalização é o poder de controle. Com efeito, o mero
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acompanhamento da atuação dos subordinados nenhuma serventia teria se o superior não pudesse
a1
tan
controlar essa atuação, mantendo os atos que devem ser mantidos e extinguindo os ilegais,
an
convalidação (correção) de atos com defeitos sanáveis, a anulação de atos ilegais e a revogação
ing
que expressamente o preveja ou que estabeleça o momento de seu exercício ou os aspectos a serem
riss
controlados. O controle hierárquico permite que o superior aprecie todos os aspectos dos atos de
La
1
ofício ou, quando for o caso, mediante provocação dos interessados, por meio de recursos
0
28
hierárquicos.
7
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EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: TCE-PA - Prova: Conhecimentos Básicos
na
A respeito dos agentes públicos e dos poderes da administração pública, julgue o item
ta
an
que se segue.
eS
sd
ue
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Quando um servidor detentor de cargo de chefia assina expediente em concordância com
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o conteúdo de ato elaborado por servidor subordinado, está caracterizada uma expressão do
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poder hierárquico.
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a1
( x ) CERTO ( ) ERRADO
tan
A doutrina conceitua delegação de competência como o ato administrativo discricionário,
an
revogável a qualquer tempo (precário), mediante o qual o superior hierárquico confere o exercício
eS
(não a titularidade) temporário de algumas atribuições (não podem ser todas), originariamente
sd
pertencentes ao seu cargo, a um subordinado.
ue
ing
A doutrina conceitua avocação de competência como o ato administrativo discricionário,
om
mediante o qual o superior hierárquico traz para si o exercício (não a titularidade) temporário de
aD
determinada atribuição (não podem ser todas), originariamente pertencentes, por lei, ao cargo de
riss
La
um subordinado.
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Acrescente-se que a avocação, embora exercido no âmbito do sistema hierárquico, não deve
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ser utilizada de forma ordinária, visto que excepciona as regras normais de competência
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administrativa. Por esse motivo é que está absolutamente adequado o art. 15 da Lei nº 9.784/99
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que trata da avocação, e que assim dispõe: Será permitida, em caráter excepcional e por motivos
a1
tan
hierarquicamente inferior.
eS
sd
ue
8. Poder Disciplinar
ing
b) punir infrações administrativas cometidas por particulares a ela ligadas mediante algum
r
La
Somente as pessoas que possuam algum vínculo jurídico específico com a administração
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pública (por exemplo, vínculo funcional ou vínculo contratual) são alcançadas pelo poder
0
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disciplinar. Diz-se que essas pessoas estão sujeitas à “disciplina interna” da administração.
7
18
Quando a administração pública aplica uma sanção disciplinar a um agente público, essa
na
EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: TCE-PA - Prova: Conhecimentos Básicos
sd
ue
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decisão judicial, decorre imediatamente do poder disciplinar e mediatamente do poder hierárquico.
00
28
( x ) CERTO ( ) ERRADO
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EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: PC-PE - Prova: Delegado de Polícia
a1
tan
Acerca dos poderes e deveres da administração pública, julgue o item a seguir.
an
À administração pública cabe o poder disciplinar para apurar infrações e aplicar penalidades
eS
a pessoas sujeitas à disciplina administrativa, mesmo que não sejam servidores públicos.
sd
ue
( x ) CERTO ( ) ERRADO
ing
EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: IADES - Órgão: PC-DF - Prova: Perito Criminal - Ciências
om
Contábeis
aD
Considere hipoteticamente que a Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal
riss
celebrou contrato administrativo com determinada empresa de terceirização, cujo objeto é a
La
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prestação de serviços de limpeza e conservação. Após a constatação de falhas na execução do objeto
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contratado, a autoridade administrativa competente, observado o devido processo legal, aplicou
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28
Com base nesse caso, é correto afirmar que a aplicação de tal sanção por parte do
a1
tan
( x ) CERTO ( ) ERRADO
eS
sd
ue
9. Poder de Polícia
ing
1. Conceito
om
O mestre Hely Lopes Meirelles assim conceitua: “poder de polícia é a faculdade de que dispõe
aD
administração pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos
riss
Alguns autores adotam a concepção ampla de poder de polícia, como Maria Sylvia Di Pietro:
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09
“O Poder Legislativo, no exercício do poder de polícia que incumbe ao Estado, cria, por lei,
0
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coercitivas)”.
sd
ue
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É competente para exercer poder de polícia administrativa sobre uma dada atividade o ente
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federado ao qual a Constituição da República atribuiu competência para legislar sobre essa
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28
mesma atividade, para regular a prática dessa atividade.
87
Entretanto, há hipóteses constitucionais de competência concorrente entre os entes
a1
tan
federados, caso em que ensejará o exercício conjunto do poder de polícia por pessoas federativas
an
diversas.
eS
Destarte, será inválido o ato de polícia praticado por agente de pessoa política que não tenha
sd
ue
competência constitucional para regular a matéria e, portanto, para impor a restrição.
ing
EXEMPLO: Ano: 2013 - Banca: CESPE - Órgão: Ministério da Saúde - Prova: Analista
om
A edição de normas pertinentes à prevenção de incêndios compete à esfera estadual, sendo
aD
o poder de polícia relativo ao cumprimento dessas normas desempenhado pelos estados, por meio
riss
da realização de vistorias, por exemplo.
La
( x ) CERTO ( ) ERRADO 11
97
administrado, a seus direitos e interesses. Integra o rol das denominadas atividades jurídicas do
87
Estado – aquelas cujo desempenho se funda no poder de império, como decorrência da própria
a1
tan
noção de soberania.
an
ATENÇÃO:
eS
integrante dos mais diversos setores de toda a administração pública, ao passo que a polícia
aD
judiciária é executada por corporações específicas (polícia civil e federal, e ainda, em alguns casos,
riss
a polícia militar).
La
1
3º) a polícia administrativa é exercida tanto preventivamente (na maioria dos casos) quanto
71
09
EXEMPLO: Ano: 2012 - Banca: CESPE - Órgão: TJ/AL - Prova: Analista Judiciário
7
18
A polícia administrativa atua sobre bens, direitos ou atividades, enquanto a polícia judiciária
ta
an
( x ) CERTO ( ) ERRADO
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9.2. Modalidades de Exercício do Poder de Polícia e Sanções Aplicáveis
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O poder de polícia administrativa pode ser exercido preventiva ou repressivamente.
00
28
O exercício preventivo do poder de polícia estabelece normas que limitam ou condicionam
87
a utilização de bens ou o exercício de atividades privadas que possam afetar a coletividade,
a1
tan
exigindo que o particular obtenha anuência da administração pública previamente à utilização
an
desses bens ou ao exercício dessas atividades. Tal anuência é formalizada nos denominados
eS
alvarás, expedidos pela administração à vista da demonstração, pelo particular requerente, de que
sd
estão atendidos os requisitos ou cumpridas as condições para o uso da propriedade ou a prática das
ue
ing
atividades que devam ser objeto de controle pelos órgãos de polícia administrativa. Os alvarás
om
podem ser de licença ou de autorização.
aD
A licença é um ato administrativo vinculado pelo qual a administração pública reconhece
riss
que o particular detentor de um direito subjetivo preenche as condições para o seu gozo. Assim, as
La
11
licenças dizem respeito a direitos individuais, tais como o exercício de uma profissão ou a
97
quando o requerente satisfaça os requisitos legais e regulamentares exigidos para a sua obtenção.
87
ser negada, mesmo que o requerente satisfaça todas as condições legais e regulamentares – e
sd
precário, ou seja, é passível de revogação a qualquer tempo, sem gerar, em regra, direito a
ue
ing
indenização para o particular. São exemplos de atividades autorizadas o uso especial de bem
om
a elas sujeitas. A imposição da sanção de polícia pela administração é ato autoexecutório, isto é,
71
09
97
a aplicação de sanções, mas, o ato repressivo em si é a aplicação da sanção e não o
00
28
procedimento de fiscalização.
87
a1
Dentre as inúmeras sanções cabíveis, pode-se mencionar:
tan
a) imposição de multas administrativas;
an
b) interdição de estabelecimentos comerciais;
eS
c) suspensão do exercício de direitos;
sd
ue
d) demolição de construções irregulares;
ing
e) embargo administrativo de obra;
om
f) destruição de gêneros alimentícios impróprios para consumo;
aD
iss
g) apreensão de mercadorias irregularmente entradas no país.
r
La
Grande parte da doutrina tem proposto que se faça distinção entre sanções propriamente
11
ditas (penalidades), que são imposições cujo escopo principal é realmente punir a conduta
97
irregular do particular, e outras medidas ditas repressivas que, embora adotadas em consequência
00
28
que visam precipuamente a evitar danos à coletividade, ou a limitar os que tenham ocorrido, como
a1
tan
autores têm sugerido que seja utilizada a expressão “medidas de polícia”, e que se reserve o termo
eS
“sanção de polícia” para as que têm objetivo principalmente punitivo (penalidades propriamente).
sd
ue
EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: FGV - Órgão: COMPESA - Prova: Analista de Gestão
ing
( x ) CERTO ( ) ERRADO
1
71
09
uma organização sequencial de tais atuações, dando origem àquilo que denominam “ciclo de
ta
an
Essa doutrina afirma que o ciclo de polícia se desenvolve em quatro fases: a) a ordem de
sd
ue
97
ao exercício de atividades privadas e ao uso de bens. Sempre está presente e é a fase inicial do
00
28
ciclo de polícia. A ordem primária estará invariavelmente contida em uma lei, a qual pode estar
87
regulamentada em atos normativos infralegais que detalhem os seus comandos.
a1
tan
O consentimento de polícia se traduz na anuência prévia da administração, quando
an
exigida, para a prática de determinadas atividades privadas ou para determinado exercício de
eS
poderes concernentes à propriedade privada. Essa anuência se materializa nos atos
sd
administrativos de licença e de autorização. A fase de consentimento de polícia não está
ue
ing
presente em todo e qualquer ciclo de polícia.
om
A fiscalização de polícia é a atividade mediante a qual a administração pública verifica se
aD
está havendo adequado cumprimento das ordens de polícia pelo particular a elas sujeito, ou, se
riss
for o caso, verifica se o particular que teve consentida, por meio de uma licença ou de uma
La
11
autorização, a prática de alguma atividade privada, está agindo em conformidade com as
97
constatando que está sendo violada uma ordem de polícia, ou que uma atividade privada
a1
tan
EXEMPLO: Ano: 2010 - Banca: ESAF - Órgão: COMPESA - Prova: Auditor Fiscal
aD
Ao exercer o poder de polícia, o agente público percorre determinado ciclo até a aplicação
La
1
da sanção, também chamado ciclo de polícia. A fase que pode ou não estar presente na atuação da
71
09
( x ) CERTO ( ) ERRADO
7
18
na
97
a descentralização mediante outorga legal, que é o caso. Os doutrinadores consagraram a expressão
00
28
“Poder de Polícia Delegado”, embora o emprego da palavra “delegado” possa causar alguma
87
confusão.
a1
tan
O assunto “delegação do poder de polícia” gera controvérsias importantes entre os
an
administrativistas e mesmo na jurisprudência.
eS
Vamos tentar ser objetivos, para concursos públicos:
sd
1º) A regra geral: podem as entidades meramente administrativas dotadas de
ue
ing
personalidade jurídica de direito público (autarquias e fundações autárquicas) exercer poder de
om
polícia, desde que recebam da lei instituidora tais competências.
aD
2º) Quanto à delegação de poder de polícia a pessoas privadas, instituídas pela iniciativa
riss
privada, não integrantes da administração pública indireta em acepção formal, é francamente
La
11
minoritária a corrente que a considera válida, ainda que efetuada por meio de lei. O entendimento
97
é de que o poder de império é próprio e privativo do Estado, não admite a delegação do poder
00
28
de polícia a pessoas da iniciativa privada, ainda que se trate de uma delegatária de serviço público;
87
diferentemente, as fases de “ordem de polícia” e de “sanção de polícia”, por implicarem coerção, não
sd
ue
A resolução de uma questão de concurso público tem que ser respondida por eliminação.
om
Além disso, deve-se entender o comando da questão, se a Banca está sendo abrangente ou querendo
aD
EXEMPLO: Ano: 2013 - Banca: CESPE - Órgão: MPE/RO - Prova: Promotor de Justiça
La
1
Conforme entendimento do STF, o poder de polícia pode ser delegado, mediante edição de
0
28
( ) CERTO ( x ) ERRADO
na
notas distintivas daquele esposado pela Suprema Corte. Nesse contexto, passamos analisar
eS
interessante julgado da lavra do STJ admitindo exercício de parcela do poder de polícia por
sd
97
sociedade de economia mista, integrante da administração indireta da Capital mineira. O Município,
00
28
entendendo que o art. 24 do Código de Trânsito Brasileiro lhe permitia delegar o exercício do poder
87
de polícia relativo à fiscalização de trânsito no seu território, conferiu à BHTrans tal atribuição.
a1
tan
Na análise da matéria, o STJ relembrando a teoria do “ciclo de polícia” identificou as fases em que
an
se decompunha o exercício do poder de polícia no âmbito da limitação ao exercício da propriedade
eS
e da liberdade no trânsito. Nessa linha, foram separadas as seguintes atividades: a) a criação da
sd
legislação contendo normas genéricas e abstratas para a obtenção da Carteira Nacional de
ue
ing
Habilitação – CNH (ordem de polícia); b) a emissão da CNH (consentimento de polícia); c) a
om
instalação de equipamentos eletrônicos para verificar se há respeito à velocidade estabelecida em
aD
lei (fiscalização de polícia); e d) a imposição de punições a quem descumpre a legislação (sanção
riss
de polícia).
La
11
Para o STJ, as atividades de ordem de polícia e de aplicação de sanções derivam de
97
indiscutível poder coercitivo do Estado e, justamente por isso, não podem ser delegadas a
00
28
sociedade de economia mista, sendo, em tese, passíveis de delegação. No caso concreto objeto do
an
julgado (relativo à BHTrans), a decisão final afirmou que “permanece a vedação à imposição de
eS
sanções pela parte embargada, facultado, no entanto, o exercício do poder de polícia no seu aspecto
sd
Registramos que, apesar de analisadas nas discussões que conduziram à decisão final, as
om
atribuições de ordem de polícia e de consentimento de polícia não foram objeto do processo, pois
aD
não foram conferidas pelo Município de Belo Horizonte à BHTrans. Aliás, seria impossível ao
r iss
Município delegá-las, pois pertencem à União tanto a competência para legislar sobre trânsito e
La
1
transporte (CF, art. 22, XI) quanto para emissão da CHN (esta delegada aos Estados e ao DF
71
09
De qualquer forma, a decisão é uma quebra de paradigma, pois, mesmo com as restrições
7
18
impostas, admite oficialmente o exercício de uma parcela do poder de polícia por uma entidade
na
posicionamento definitivo a ser dado pelo Supremo Tribunal Federal, o que pode ocorrer quando
eS
97
dominante na doutrina brasileira é a da indelegabilidade do poder de polícia a particulares,
00
28
mas é possível que uma banca examinadora, expressamente fundada no entendimento do STJ,
87
elabore questão reconhecendo a possibilidade de delegação de parcela de tal poder (consentimento
a1
tan
e fiscalização) a uma sociedade de economia mista.
an
EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: FGV - Órgão: COMPESA - Prova: Analista de Gestão -
eS
Advogado
sd
ue
Sobre o tema do poder de polícia, analise a afirmativa a seguir.
ing
O poder de polícia é indelegável, somente podendo ser exercido pela Administração Pública
om
direta.
aD
( ) CERTO ( x ) ERRADO
riss
La
Pode ser exercido por autarquias e fundações de direito público.
11
Na doutrina a questão também é controversa, porém, nos filiamos à corrente defendida por
97
Bem a propósito, o STF, em irreparável julgamento, decidiu que as guardas municipais têm
87
podendo, inclusive, aplicar as sanções pertinentes, e isso por se tratar do exercício de mero poder
an
de polícia, o que, aliás, sempre sustentamos. A Corte, no entanto, foi mais além para entender que,
eS
em face do art. 144, § 8º, da CF, não haverá impedimento a que a referida instituição exerça funções
sd
ue
adicionais à de proteção de bens, serviços e instalações do Município, desde que, é claro, nos lindes
ing
da competência municipal.
om
Assim, o que se precisa averiguar é o preenchimento de três condições: (1ª) a pessoa jurídica
aD
deve integrar a estrutura da Administração Indireta, isso porque sempre poderá ter a seu cargo
riss
a prestação de serviço público; (2ª) a competência delegada deve ter sido conferida por lei; (3ª) o
La
1
inovadora. Por outro lado, também não colhe o argumento de que seus agentes são empregados
7
18
regidos pela CLT. Várias autarquias incumbidas do exercício do poder de polícia relativo ao
na
exercício de profissões, como é o caso, por exemplo, da OAB, têm em seu quadro, senão todos, mas
ta
an
ao menos parte, de servidores sujeitos ao regime celetista. Seus atos, no exercício da função
eS
delegada, caracterizam-se como atos administrativos, o que não é nenhuma novidade no direito
sd
ue
administrativo.
ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
sa
r is
La
11
Fora daí, o que resta é a estranheza do entendimento proibitivo, e em cujo foco parece haver
97
maior preocupação com aspectos formais do direito do que com a exigência de postura mais
00
28
civilizada no trânsito por parte de algumas pessoas – exigência, diga-se de passagem, notória em
87
toda a sociedade.
a1
tan
an
5. Atributos do Poder de Polícia
eS
A doutrina tradicionalmente aponta três atributos (qualidades) do poder de polícia e dos
sd
ue
atos administrativos resultantes de seu exercício: discricionariedade, autoexecutoriedade e
ing
coercibilidade.
om
aD
iss
1. Discricionariedade
r
La
Regra geral, a administração dispõe de uma razoável liberdade de atuação, podendo valorar
11
a oportunidade e conveniência de sua prática, estabelecer o motivo e escolher, dentro dos limites
97
momento e, dentro dos limites estabelecidos na lei, quais sanções deverão ser aplicadas e como
a1
tan
Nada impede que a lei, relativamente a determinados atos ou fatos, estabeleça total
eS
EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: FGV - Órgão: COMPESA - Prova: Analista de Gestão -
ing
Advogado
om
O poder de polícia sempre será exercido em caráter vinculado, nos estritos termos da lei que
r
La
( ) CERTO ( x ) ERRADO
09
2. Autoexecutoriedade
na
97
uma faculdade da administração pública. Exemplo, a demolição de edificações irregulares, embora
00
28
autoexecutório, a administração costuma recorrer preventivamente ao Judiciário por previsível
87
forte resistência dos particulares envolvidos.
a1
tan
Nem toda atuação de polícia administrativa, contudo, pode ser levada a termo de forma
an
autoexecutória. Exemplo consagrado é a cobrança de multas administrativas de polícia, quando
eS
resistida pelo particular. Nesse caso, a imposição da multa decorrente do exercício do poder de
sd
polícia é efetuada pela administração pública sem necessidade de qualquer participação do
ue
ing
Poder Judiciário. Entretanto, a cobrança dessa multa não paga pelo administrado somente pode
om
ser efetivada por meio de uma ação judicial de execução.
aD
O Prof. Celso Antônio Bandeira de Mello aponta, como figuras distintas, atributos que ele
riss
La
denomina exigibilidade e executoriedade. Ele não utiliza a expressão autoexecutoriedade.
11
Quando a administração só tem possibilidade de utilizar meios indiretos para constranger
97
A exigibilidade seria caracterizada pela obrigação que o administrado tem de cumprir o ato,
a1
tan
ao passo que a executoriedade seria a possibilidade de a administração, ela própria, praticar o ato,
an
EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: TCE-PA - Prova: Auditor de Controle
sd
ue
Acerca dos servidores públicos, dos poderes da administração pública e do regime jurídico-
om
constava a determinação de que a obra que havia sido irregularmente realizada na calçada do
La
1
referido estabelecimento, para a colocação de mesas, teria de ser demolida. Assertiva: Nesse caso,
71
09
( x ) CERTO ( ) ERRADO
na
97
de demolição caso essa construção mostre alguma irregularidade, inclusive, prescindindo-se de
00
28
provimento jurisdicional para tal fim. É dizer, em decorrência do poder de polícia, a
87
Administração Pública goza da prerrogativa de proteger e fiscalizar o planejamento urbano, dentro
a1
tan
do qual deve combater as construções irregulares em área pública.”
an
(Segunda Turma Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal)
eS
EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: IOBV - Órgão: Prefeitura de Chapecó – SC - Prova: Procurador
sd
ue
Municipal
ing
Analise a premissa abaixo:
om
Os atos do poder de polícia são executados pela própria autoridade administrativa,
aD
independentemente de autorização judicial, permitindo assim a demolição de uma casa habitada,
riss
cujo embargo de construção tenha sido desrespeitado.
La
( ) CERTO ( x ) ERRADO 11
97
independentemente de autorização judicial. Se, todavia, o ato de polícia tiver como objeto a
eS
demolição de uma casa habitada, a respectiva execução deve ser autorizada judicialmente e
sd
ue
acompanhada por oficiais de justiça. Recurso especial conhecido e provido. O Acórdão do STJ se
ing
fundamenta no Decreto 6.514/08, em seu artigo 112 e § 3º, o qual faz distinção entre as construções
om
9.5.3. Coercibilidade
0
28
Caso o particular resista ao ato de polícia, a administração poderá valer-se da força pública para
ta
an
97
coercibilidade, está sujeito à verificação posterior quanto à legalidade, ensejando, se for o caso, a
00
28
anulação do ato e a reparação ou indenização do particular pelos danos sofridos, sempre que se
87
comprove ter ocorrido excesso ou desvio de poder.
a1
tan
A ESAF, no concurso para Analista de Finanças e Controle da Controladoria-Geral da União,
an
com provas realizadas em 2012, após pedir que o candidato assinalasse a alternativa que
eS
contemplava três atributos do poder de polícia, considerou correto o item que apresentava os
sd
atributos da “discricionariedade, autoexecutoriedade e coercibilidade”. Entretanto, o CESPE, na
ue
ing
prova para Técnico em Gestão de Telecomunicações da TELEBRAS, realizada em 2013, considerou
om
correta a seguinte assertiva: “A polícia administrativa se expressa ora por atos vinculados, ora por
aD
atos discricionários”. Note que a antinomia entre as posições adotadas pelas bancas examinadoras
riss
é apenas aparente. Em verdade, trata-se de maneiras distintas de indagar o candidato sobre o
La
11
assunto. No caso da ESAF, a opção foi questionar o candidato sobre os atributos que, em regra, estão
97
presentes nos atos de polícia administrativa, enquanto o CESPE se rendeu a uma abordagem mais
00
28
realista, a qual reconhece que, apesar de na maioria dos casos o poder de polícia ser discricionário,
87
alvará de licença).
an
administração pública se vale de meios indiretos de coação para que o particular exerça seu direito
om
individual em benefício do interesse público, tal como a não concessão de licenciamento do veículo
aD
( x ) CERTO ( ) ERRADO
1
Hely Lopes Meirelles conceitua Poder de Polícia como a faculdade de que dispõe a
0
28
Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de bens, atividades e direitos
7
18
individuais, em benefício da coletividade ou do próprio Estado. De acordo com o citado autor, são
na
97
Gabarito letra “a”.
00
28
EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: PC-PE - Prova: Delegado de Polícia
87
A fiscalização ambiental de determinado estado da Federação verificou que a água utilizada
a1
tan
para o consumo dos hóspedes de um hotel era captada de poços artesianos. Como o hotel não tinha
an
a outorga do poder público para extração de água de aquífero subterrâneo, os fiscais lavraram o
eS
auto de infração e informaram ao gerente do hotel que lacrariam os poços artesianos, conforme a
sd
previsão da legislação estadual. O gerente resistiu à ação dos fiscais, razão pela qual policiais
ue
ing
militares compareceram ao local e, diante do impasse, o gerente, acompanhado do advogado do
om
hotel, e os fiscais foram conduzidos à delegacia local. O advogado alegou que os fiscais teriam agido
aD
com abuso de autoridade, uma vez que o poder público estadual não teria competência para
riss
fiscalizar poços artesianos, e requereu ao delegado de plantão a imediata liberação do gerente e o
La
11
registro, em boletim de ocorrência, do abuso de poder por parte dos fiscais.
97
a) Agentes de fiscalização não possuem poder de polícia, que é exclusivo dos órgãos de
a1
tan
segurança pública. Por essa razão, os fiscais não poderiam entrar no hotel, propriedade privada,
an
b) A fiscalização estadual agiu corretamente ao aplicar o auto de infração: o hotel não poderia
sd
ue
fazer uso de poço artesiano sem a outorga do poder público estadual. Contudo, os fiscais somente
ing
poderiam lacrar os poços se dispusessem de ordem judicial, razão pela qual ficou evidente o abuso
om
de poder.
aD
c) As águas subterrâneas e em depósito são bens públicos da União, razão pela qual a
iss
r
La
polícia para precaver e prevenir danos ao meio ambiente. Assim, a fiscalização estadual não só tinha
0
28
e) Não é necessária a outorga do ente público para o simples uso de poço artesiano. Logo, a
na
RESOLUÇÃO:
eS
a) ERRADA. O poder de polícia não é exclusivo dos órgãos de segurança pública, podem
sd
ue
sim ser exercido pelos agentes de fiscalização dos órgãos e entidades da Administração
ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
sa
r is
La
11
Pública. Por essa razão, os fiscais poderiam sim entrar no hotel, propriedade privada, sem o
97
acompanhamento dos policiais militares, em vista dos atributos da coercibilidade e da
00
28
autoexecutoriedade do poder de polícia.
87
b) ERRADA. Os fiscais poderiam sim lacrar os poços sem autorização judicial, em razão do
a1
tan
atributo da autoexecutoriedade do poder de polícia.
an
c) ERRADA. Segundo o art. 26 da CF, as águas subterrâneas são bens públicos estaduais, razão
eS
pela qual a fiscalização estadual teria sim competência para atuar no presente caso.
sd
ue
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados:
ing
I – as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas,
om
neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União;
aD
d) CERTA. Conforme comentado nos itens anteriores.
riss
e) ERRADA. Como as águas subterrâneas são bens públicos, o seu uso privativo por
La
11
particular mediante a perfuração de poço artesiano necessita sim de outorga do ente
97
9.6. Prescrição
tan
A Lei 9.873/1999 estabelece prazo de prescrição para o exercício de ação punitiva pela
an
Art. 1o Prescreve em cinco anos a ação punitiva da Administração Pública Federal, direta
sd
contados da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou continuada, do dia em
om
97
do processo administrativo, prescreve em 5 (cinco) anos a ação de execução da administração
00
28
pública federal relativa a crédito decorrente da aplicação de multa por infração à legislação em
87
vigor.
a1
tan
Este prazo de prescrição é contatado a partir da data de constituição definitiva do crédito,
an
a qual se considera ocorrida após o término regular do processo administrativo em que ele tenha
eS
sido apurado. Refere-se à ação judicial de execução de cobrança.
sd
As disposições da Lei 9.873/1999 não se aplicam às infrações de natureza funcional e aos
ue
ing
processos de natureza tributária.
om
EXEMPLO: Ano: 2012 - Banca: CESPE - Órgão: TJ-PR - Prova: Juiz
aD
No âmbito federal, a aplicação de sanções relacionadas ao exercício do poder de polícia
riss
La
submete-se a prazo de prescrição de cinco anos, não passível de interrupção ou suspensão.
( ) CERTO ( x ) ERRADO 11
97
O erro está em dizer que não é passível de interrupção ou suspensão. Todo prazo de
00
28
Segundo Lucas Rocha Furtado, as técnicas de atuação do poder de polícia podem ser
eS
divididas três grandes categorias: 1.ª) técnica de informação; 2.ª) técnica de condicionamento;
sd
ue
Pela técnica da informação, o Estado invade a liberdade das pessoas e exige que elas
om
prestem informações sobre a sua própria pessoa (física ou jurídica) ou sobre atividades por
aD
das pessoas naturais e das pessoas jurídicas nos registros competentes; b) a obrigação de
La
1
série de exigências legais para que possam exercer livremente certas atividades. Como exemplo
ta
an
de aprovação no Exame da Ordem e de inscrição na OAB, como condição para que o profissional
sd
ue
97
a necessidade de cumprir os requisitos exigidos na legislação para obtenção de autorização para
00
28
portar armas etc.
87
Pela técnica sancionatória, o Estado impõe sanções aos particulares que violem regras
a1
tan
necessárias ao desempenho de determinadas atividades. A técnica sancionatória é a utilizada para
an
dar efetividade às técnicas da informação e do condicionamento. Assim, aqueles que não prestarem
eS
as informações exigidas ou desempenharem determinadas funções sem cumprir as exigências
sd
legais requeridas sofrerão as punições previstas na lei.
ue
ing
EXEMPLO: Ano: 2012 – Banca: ESAF - Órgão: MDIC - Prova: Analista de Comércio Exterior
om
Abaixo, na coluna I, estão descritas diversas formas de atuação do poder de polícia.
aD
Classifique-as conforme as técnicas descritas na coluna II e assinale a opção que apresente a
riss
La
sequência correta para a coluna I.
11
97
00
28
87
a1
tan
an
eS
sd
ue
ing
om
aD
iss
r
La
a) 2, 2, 3, 1, 1
1
71
b) 3, 3, 1, 2, 1
09
c) 1, 1, 3, 2, 2
0
28
d) 3, 1, 3, 2, 2
7
18
e) 2, 1, 3, 1, 2
tana
RESOLUÇÃO:
an
eS
00
28
A doutrina tradicional emprega a expressão “poder regulamentar” exclusivamente para
87
designar as competências dos Chefes dos Poderes Executivos para editar atos administrativos
a1
tan
normativos.
an
Os atos administrativos normativos contêm determinações gerais e abstratas. Tais atos
eS
não têm destinatários determinados; incidem sobre todos os fatos ou situações que se
sd
enquadrem nas hipóteses que abstratamente preveem. Os atos administrativos normativos
ue
ing
editados pelo Chefe do Poder Executivo assumem a forma de decreto, que neste caso específico,
om
seria decreto normativo.
aD
O exercício do Poder Regulamentar está prevista no art. 84 da Constituição Federal de 1988:
riss
La
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
11
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e
97
Essa é a definição de Poder Regulamentar - expedir decretos e regulamentos para sua (da
87
lei) fiel execução, que se materializa através da edição de decretos (atos administrativos
a1
tan
Existem outros atos administrativos normativos que não são expedidos pelo Chefe do
eS
Poder Executivo. Esses outros atos administrativos têm fundamento no poder normativo da
sd
O regulamento autorizado é ato administrativo, secundário (deriva da lei, ato primário, que
om
o autoriza), infralegal. A lei geralmente incumbe órgãos e entidades de perfil técnico da edição
aD
de regulamentos autorizados, que devem dispor acerca de matérias de índole técnica pertinentes
riss
unicamente para:
ta
an
97
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos;
00
28
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos;
87
A disciplina dessas matérias pode ser delegada pelo Presidente da República a Ministros
a1
tan
de Estado, ao Procurador Geral da República e ao Advogado Geral da União.
an
Esses decretos editados como atos primários, isto é, decorrem diretamente da
eS
Constituição, não são expedidos em função de alguma lei ou de algum outro ato infraconstitucional.
sd
Segundo a Prof.ª Maria Sylvia Di Pietro: “Quanto à alínea b, não se trata de função regulamentar,
ue
ing
mas de típico ato de efeitos concretos, porque a competência do Presidente da República se
om
limitará a extinguir cargos ou funções, quando vagos, e não a estabelecer normas sobre
aD
a matéria”.
riss
La
“Com a alteração do dispositivo constitucional fica restabelecido, de forma muito limitada, o
11
regulamento autônomo no direito brasileiro, para a hipótese inserida na alínea a”.
97
Para Maria Sylvia Zanella Di Pietro é possível fazer, ainda, a distinção entre regulamentos
00
28
Pública, que vinculam todos os cidadãos de maneira geral, tais como as normas inseridas no poder
an
específico com o Estado, tais como os concessionários de serviços públicos ou que possuem um
ue
ing
Segundo a ilustre professora, outra nota distintiva entre os mencionados institutos é que os
aD
regulamentos jurídicos, por se referirem à liberdade e aos direitos dos particulares sem uma relação
r iss
EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: TCE-PA - Prova: Auxiliar Técnico de
0
28
( ) CERTO ( x ) ERRADO
sd
ue
ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
sa
r is
La
11
O poder regulamentar é de natureza derivada (ou secundária), somente é exercido à luz de
97
lei existente, com exceção ao decreto autônomo – CF/88, art. 84, VI, alínea “a”.
00
28
Já as leis constituem atos de natureza originária (ou primária), emanando diretamente da
87
Constituição.
a1
tan
EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: FUNRIO - Órgão: IF-PA - Prova: Assistente em
an
Administração
eS
Dentre os poderes administrativos, aquele que decorre da atribuição constitucional
sd
conferida ao chefe do Poder Executivo Federal para expedir atos normativos com finalidade de
ue
ing
cumprimento das leis, e aquele que compreende a competência atribuída a autoridades
om
administrativas para que possam impor penas disciplinares a funcionários sob sua subordinação,
aD
são, respectivamente, o poder regulamentar e o poder disciplinar.
riss
La
( x ) CERTO ( ) ERRADO
11
97
ilegalidade. Toda conduta que implique abuso de poder é uma conduta ilegal – contrária ao
a1
tan
consagradas:
eS
a) excesso de poder, quando o agente público atua fora dos limites de sua esfera de
sd
ue
competências;
ing
sua atuação; tanto é desvio de poder a conduta contrária à finalidade geral (ou mediata) do ato – o
riss
La
interesse público -, quanto a que discrepe de sua finalidade específica (ou imediata).
1
71
Os atos praticados com excesso de poder são nulos quando o vício é de competência
0
28
competência quanto à pessoa, desde que não se trate de competência exclusiva, o ato praticado
ta
an
com excesso de poder poderá ser convalidado, a critério da administração pública, uma vez
eS
97
determinadas hipóteses, é possível que da atuação com abuso de poder resulte caracterizado o
00
28
crime de abuso de autoridade. O abuso de autoridade é disciplinado pela Lei 4.898/1965 e ocorre
87
quando o agente público pratica um dos atos, comissivos ou omissivos, descritos nessa lei.
a1
tan
Segundo o prof. Hely Lopes Meirelles, citando Caio Tácito, leciona que o abuso de poder
an
pode assumir tanto a forma comissiva quanto omissiva.
eS
EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: TCE-PA - Prova: Auditor de Controle
sd
ue
Externo - Área Administrativa - Gestão de Pessoas
ing
Com relação à improbidade administrativa, julgue o próximo item.
om
O abuso de poder é considerado crime de administração pública e é julgado na esfera cível.
aD
( ) CERTO ( x ) ERRADO
riss
Conforme mencionado acima, em determinadas hipóteses, é possível que da atuação com
La
11
abuso de poder resulte caracterizado o crime de abuso de autoridade. Não necessariamente,
97
como afirma a questão, categoricamente, “O abuso de poder é considerado crime...”. Uma conduta
00
28
com abuso de poder pode estar tipificado como crime. E se estiver, será julgado na esfera penal.
87
EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: TCE-SC - Prova: Conhecimentos Básicos
a1
tan
Com base na doutrina e nas normas de direito administrativo, julgue o item que se segue.
an
nível superior, João, servidor público ocupante de cargo de nível médio, recém-formado em
sd
ocupado por Maria. Assertiva: Nessa situação, o servidor agiu com abuso de poder na modalidade
om
excesso de poder.
aD
( x ) CERTO ( ) ERRADO
r iss
EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: CESPE - Órgão: TCE-SC - Prova: Auditor Fiscal de Controle
La
1
Externo - Direito
71
09
O abuso de poder administrativo pode assumir tanto a forma comissiva quanto omissiva.
7
18
( x ) CERTO ( ) ERRADO
na
No que se refere aos poderes da administração pública e aos serviços públicos, julgue oitem
eS
subsecutivo.
sd
ue
ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
sa
r is
La
11
Configura-se desvio de poder ou de finalidade quando o agente atua fora dos limites de suas
97
atribuições, ou seja, no caso de realizar ato administrativo não incluído no âmbito de sua
00
28
competência.
87
a1
( ) CERTO ( x ) ERRADO
tan
O abuso de poder se divide em duas espécies:
an
Excesso de poder: quando a autoridade atua extrapolando os limites da sua competência;
eS
Desvio de poder (ou desvio de finalidade): quando a autoridade pratica um ato que é de sua
sd
competência, mas o utiliza para uma finalidade diversa da prevista ou contrária ao interesse
ue
ing
público.
om
EXEMPLO: Ano: 2016 - Banca: VUNESP - Órgão: IPSMI - Prova: Procurador
aD
Sobre os poderes administrativos, é correto afirmar que
riss
a) ocorre excesso de poder quando a atuação do agente busca alcançar finalidade diversa do
La
interesse público. 11
97
c) o poder de polícia permite que a Administração aplique sanções em agentes públicos a ela
a1
tan
RESOLUÇÃO:
aD
do poder de polícia com a aplicação de sansões não podem ser atribuídas, NEM MESMO POR LEI, a
71
09
pessoa jurídica de direito privado; portanto, a atividade regulatória pressupõe o exercício por
0
28
exercê-lo.
eS