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Francisco Saint Clair- Direito Administrativo
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Capítulo 1 – Noções de Direito Administrativo
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1. Introdução
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O Direito é dividido, tradicionalmente, pela doutrina, em direito público e direito
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privado. O direito púbico tutela, protege, o interesse público, só alcançando as condutas
a1
individuais, indireta ou reflexamente, com o objetivo de resguardar o interesse da
tan
coletividade. Decorre, então, sua característica principal: a desigualdade nas relações
an
jurídicas regidas pelo direito público, prevalecendo o interesse da sociedade sobre o
eS
interesse privado ou individual. Nas relações jurídicas regidas pelo direito público, o Estado
sd
encontra-se em posição de desigualdade jurídica frente ao particular (verticalidade nas
ue
relações), subordinando os interesses individuais aos interesses da coletividade, ao interesse
ing
público, representados pelo Estado na relação jurídica.
om
aD
Assim, quando o Estado atua na defesa do interesse público, dispõe de algumas
iss
prerrogativas concedidas pelo Ordenamento Jurídico que o situam em posição de
r
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superioridade ante o particular (Princípio da Supremacia do Interesse Público), em
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conformidade com a lei e o Direito e respeitados os direitos fundamentais consagrados pela
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Constituição Federal. Portanto, a desapropriação de um imóvel particular para construção
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de uma escola deve respeitar a justa e prévia indenização em dinheiro ao proprietário, bem
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controlar o convívio das pessoas em sociedade e uma harmoniosa fruição de seus bens. Suas
an
polos das relações regidas pelo direito privado (horizontalidade nas relações), a liberdade
sd
Direito Penal ou Criminal, Direito Processual Penal, Direito do Trabalho, Direito Eleitoral,
r
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Direito Municipal etc. Esta subdivisão não é estanque, admitindo o despontar de outros
1
ramos do Direito, com o desenvolver da Ciência Jurídica, que enseja, a cada dia,
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ensinando que o Direito Público Externo destina-se a reger as relações entre os Estado
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pessoas em sociedade e a fruição de seus bens, quer nas relações de indivíduo a indivíduo,
ta
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hipótese, ser regida exclusivamente pelo direito privado, com total afastamento de normas
ue
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mesmo nas relações jurídicas entre os particulares pode haver a derrogação de normas de
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direito privado por normas de direito público, se dessas relações houver repercussões nos
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interesses da coletividade. O Estado integra relações jurídicas regidas exclusiva ou
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predominantemente pelo direito público, ou predominantemente pelo direito privado.
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a1
tan
Exercicios:
an
eS
1. Ano: 2014 - Banca: CONSULPLAN - Órgão: MAPA - Prova: Agente Administrativo
sd
Sobre o Direito Público, é INCORRETO afirmar que
ue
ing
a) Direito internacional público é um exemplo de direito público externo.
om
b) São exemplos de direito público: o direito empresarial, o civil e o do consumidor.
aD
c) Normas de ordem pública são normas imperativas, de obrigatoriedade inafastável.
iss
d) Se refere ao conjunto das normas jurídicas de natureza pública, compreendendo
r
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tanto o conjunto de normas jurídicas que regulam a relação entre o particular e o
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estado, quanto o conjunto de normas jurídicas que regulam as atividades, funções e
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organizações de poderes do estado.
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RESOLUÇÃO
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tan
a) CERTO. O Direito Público Externo tem como objetivo reger as relações entre os
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disciplinam as relações jurídicas, tendo o Estado como parte, seja nas questões
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1º) Maria Sylvia Z. Di Pietro2: “Ramo do direito público, que tem por objeto os órgãos,
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atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens que se utiliza para consecução de
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seus fins, de natureza pública”.
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2º) Celso Antônio Bandeira de Mello3: “Ramo do direito público que disciplina a função
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administrativa e os
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a1
órgãos que a exercem.”
tan
3º) Hely Lopes Meirelles1: “Conjunto harmônico de princípios jurídicos que regem os órgãos,
an
eS
os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar concreta, direta e imediatamente os
sd
fins desejados pelo Estado.”
ue
4º) Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo4: “Conjunto de regras e princípios aplicáveis à
ing
estruturação e ao funcionamento das pessoas e órgãos integrantes da administração
om
pública, às relações entre esta e seus agentes, ao exercício da função administrativa,
aD
especialmente às relações com os administrados, e à gestão dos bens públicos, tendo em
iss
conta a finalidade geral de bem atender ao interesse público.”
r
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5º) Marçal Justen Filho5: “O Direito Administrativo é o conjunto das normas jurídicas de
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direito público que disciplinam as atividades administrativas necessárias à realização dos
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6º) Alexandre Santos Aragão6: “Ramo do Direito Público que tem por objeto as regras e
tan
princípios que regem as atividades administrativas do Estado, entendidas estas como as que
an
não são jurisdicionais ou legislativas, seus meios, prerrogativas, deveres, limites e controles”.
eS
sd
7º) José dos Santos Carvalho Filho7: “o conjunto de normas e princípios que, visando sempre
ue
ao interesse público, regem as relações jurídicas entre as pessoas e órgãos do Estado e entre
ing
se preocupa com a organização interna do Estado, bem como sua atuação nas relações
0
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analise das estruturas do Estado, estabelecendo os fins aos quais o ente público se dedica,
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receita pelo Poder Público, o que vai proporcionar toda a atuação administrativa na busca do
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interesse de toda a coletividade. O Direito Financeiro, assim como o tributário, se volta aos
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estudos da disponibilização orçamentária, instrumentalizando o Poder Público para a
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realização das despesas, atividade inerente ao Direito Administrativo;
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c) Direito Processual: o processo administrativo segue algumas normas e princípios
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presentes também no processo civil e no processo penal, como princípios para
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movimentação de processos e garantia de defesa aos interessados;
a1
tan
d) Direito do Trabalho: em relação a essa disciplina, os pontos de interseção podem
an
ser definidos na possibilidade de contratação de empregados regidos pela Consolidação das
eS
Leis trabalhistas, para prestação de serviços nos entes da Administração Indireta, mediante
sd
aprovação em concurso público. Nessas hipóteses, inclusive, as controvérsias decorrentes
ue
dessas relações serão julgadas pela justiça do trabalho. Modernamente, vem-se discutindo
ing
ainda a possibilidade de responsabilização subsidiária, na esfera trabalhista, quando o ente
om
público contrata empresas privadas que não respeitam os direitos de seus trabalhadores.
aD
Trata-se de terceirizações em que o Estado atua como tomador do serviço;
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e) Direito Penal: os ilícitos penais praticados por agentes públicos e em face da
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própria Administração Pública encontram punição na esfera penal, sem prejuízo das sanções
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administrativas que sejam aplicadas a esses servidores pelo mesmo fato. Ademais, os crimes
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contra a Administração estão regulamentados pelo Código Penal, ainda que praticado por
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f) Direito Civil: a teoria geral dos contratos e as regras referentes à função social da
tan
empresas estatais, sejam elas empresas públicas ou sociedades de economia mista, como,
ing
interesse coletivo, analisando as atividades entre o Estado e os particulares. Ocorre que tais
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ciências não são deontológicas, ou seja, não impõem obrigações, por não possuírem a força
28
7
dos S. Carvalho Filho7: “Tal classificação está hoje superada, como registram praticamente
todos os estudiosos. O fundamento está em que todo ramo jurídico contém, de algum
sd
ue
modo, normas de ambos os campos; significa, portanto, que nenhuma disciplina se afigura
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inflexível quanto à natureza das normas que a integram. Se tal fundamento é verdadeiro,
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não menos o é o fundamento de que, em cada Direito, predominam as normas de um ramo
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sobre as do outro. E sob esse aspecto não há dúvida de que o Direito Administrativo se
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insere no ramo do Direito Público, tal como ocorre com o Direito Constitucional, o Direito
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Penal, o Direito Processual, o Direito Eleitoral e outros. No campo do Direito Privado ficam,
a1
em última instância, o Direito Civil e o Direito Comercial (ou Empresarial, se assim se
tan
preferir)”.
an
eS
Não se pode confundir o Direito Público, enquanto ramo do direito com as normas de
ordem pública, presentes em todos os ramos jurídicos e que se configuram como normas
sd
imperativas e inafastáveis impostas pelo ordenamento jurídico. Isso porque não há situação
ue
ing
em que o direito privado seja regente único de todas as relações jurídicas. Em determinadas
om
relações, mesmo travadas exclusivamente entre particulares, as atividades podem ter
aD
repercussão nos interesses da coletividade como um todo. Nesses casos, é comum o
iss
ordenamento estabelecer normas de ordem pública, impositivas, derrogatórias do direito
r
privado, excluindo a possibilidade de as partes livremente fazerem valer sua vontade,
La
afastando a incidência da autonomia da vontade e liberdade negocial que regulamenta o
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direito privado. Dessa forma, o Direito Administrativo é um dos ramos do Direito Público,
00
significa que seu objeto esteja restrito a relações jurídicas regidas pelo direito público. Em
an
atividades de administração pública exercidas por particulares sob regime de direito público,
ing
Exercicios:
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2. Ano: 2017 - Banca: CESPE - Órgão: TRE-PE - Prova: Analista Judiciário - Área
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Administrativa
0
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O direito administrativo é:
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empresarial.
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d) um conjunto esparso de normas que, por possuir características próprias, deve ser
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considerado de maneira dissociada das demais regras e princípios.
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e) um sistema de regras e princípios restritos à regulação interna das relações
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jurídicas entre agentes públicos e órgãos do Estado.
28
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a1
RESOLUÇÃO
tan
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a) ERRADO. Nenhum ramo do direito é estanque.
eS
b) CERTO. José dos Santos Carvalho Filho destaca que a classificação do direito em
sd
“direito público” e “direito privado” está, hoje, superada, uma vez que todo ramo do
ue
direito possui, de algum modo, normas de ambos os campos, ora com predomínio de
ing
regras de direito público, ora com predomínio de normas de direito privado.
om
c) ERRADO. Um sub-ramo do direito público, mas não está a ele subordinado. Em
aD
várias situações há predomínio do direito privado nas relações regidas pelo direito
iss
administrativo.
r
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d) ERRADO. Pelo contrário, o Direito Administrativo está inserido com as demais
regras e princípios de outros ramos do Direito. 11
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e) ERRADO. O Direito Administrativo não regula apenas relações internas entre os
00
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2. Noções de Estado
sd
natureza humana. Uma das explicações para tal comportamento pode ser o fato de que em
om
atendidos com a cooperação de outras pessoas. O Direito, atento a essa realidade, passou a
iss
atuassem e respondessem em nome próprio por seus atos, como uma pessoa distinta dos
La
indivíduos que participaram da sua constituição. Logo, podemos afirmar que pessoas
1
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Diversos são os sentidos do termo “Estado”, e isso porque diversos podem ser os
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ângulos em que pode ser enfocado. No sentido, porém, de sociedade política permanente, a
na
denominação “Estado” surge pela primeira vez no século XVI na obra O Príncipe, de
ta
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precedência cronológica: o Estado ou a sociedade. Informa-nos Dalmo Dallari que para certa
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doutrina o Estado, como a sociedade, sempre existiu; ainda que mínima pudesse ser, teria
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havido uma organização social nos grupos humanos. Outra doutrina dá à sociedade em si
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precedência sobre a formação do Estado: este teria decorrido de necessidade ou
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conveniências de grupos sociais. Uma terceira corrente de pensamento ainda retarda o
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nascimento do Estado, instituição que só passaria a existir com características bem definidas.
a1
A matéria tem seu estudo aprofundado na Teoria Geral do Estado, aí, portanto,
tan
devendo ser desenvolvida. O que é importante para o presente estudo é o fato, atualmente
an
eS
indiscutível, de que o Estado é um ente personalizado, apresentando-se não apenas
exteriormente, nas relações internacionais, como internamente, neste caso como pessoa
sd
jurídica de direito público, capaz de adquirir direitos e contrair obrigações na ordem jurídica.
ue
ing
Quanto à função e à órbita de atuação, as pessoas jurídicas podem ser classificadas
om
como de direito privado ou de direito público (interno ou externo). Segundo o nosso Código
aD
Civil (art. 44), as pessoas jurídicas de direito privado são:
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a) as associações;
b) as sociedades; 11
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c) as fundações;
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d) as organizações religiosas;
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e) os partidos políticos; e
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Por sua vez, as pessoas jurídicas de direito público externo são os Estados
an
eS
estrangeiros e todas as pessoas que forem regidas pelo direito internacional público (art.
sd
42). As pessoas jurídicas de direito público interno, por seu turno, são (art. 41): a) a União; b)
ue
Exercicios:
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público interno:
na
ta
a) Estados estrangeiros.
an
eS
b) Fundações.
c) Organizações religiosas.
sd
d) Autarquias.
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e) Partidos políticos.
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RESOLUÇÃO
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Segundo o Código Civil, as pessoas jurídicas de Direito Público interno são a
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União, os Estados, Distrito Federal, Territórios, Municípios, autarquias (inclusive as
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associações públicas) e demais entidades de caráter público que a lei assim definir.
tan
Gabarito letra “d”.
an
eS
Em nosso regime federativo, por consequência, todos os componentes da
sd
federação (União, estados, Distrito Federal e municípios) materializam o Estado, cada
ue
um deles atuando dentro dos limites de competência traçados pela Constituição. A
ing
evolução da instituição acabou culminando no surgimento do Estado de direito,
om
noção que se baseia na regra de que ao mesmo tempo em que o Estado cria o direito
aD
deve sujeitar-se a ele.
iss
Dentro desse contexto, torna-se fundamental o entendimento do conceito de
r
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Estado. O Estado é a pessoa jurídica de direito público constituída por quatro
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elementos indissociáveis: povo, território, governo soberano e finalidade. O povo é o
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político) é aquele que não se submete a nenhum outro governo, que exerce o poder
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mas também internamente, como pessoa jurídica de direito público capaz de adquirir
eS
fins.
ing
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( ) CERTO ( ) ERRADO
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na
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RESOLUÇÃO:
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A organização do Estado é matéria de cunho constitucional: forma de Estado,
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forma de governo, Poderes do Estado, sistema de governo e regime político. A partir
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da organização política do território (Forma de Estado) surge a noção de Estado
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Unitário e de Estado Federado. Caso no território haja um só poder político central,
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teremos o chamado Estado unitário; caso no mesmo território coexistam poderes
a1
políticos distintos, estaremos diante do chamado Estado Federado. A CF/1988
tan
adotou a Federação como forma de Estado, caracterizada pela descentralização
an
política.
eS
A descentralização política é marcada pela convivência, em um mesmo
sd
território, de diferentes entidades políticas autônomas (não soberanas). No Brasil,
ue
ing
são entidades políticas a União, os estados-membros, o Distrito Federal e os
om
municípios. A relação entre eles é marcada pela coordenação, tendo, cada um,
aD
autonomia política, financeira e administrativa. Não existe subordinação entre os
iss
entes federados. Todos eles possuem autonomia para editar suas próprias leis e
r
prover sua organização política, administrativa e financeira, respeitados os preceitos
La
estabelecidos na Constituição Federal. Em decorrência dessa forma de organização,
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temos uma administração pública federal, uma administração pública distrital,
00
3. Governo e Administração
ue
ing
significarem coisas distintas, porém, interligadas. O Governo tem natureza política, tendo a
aD
execução de tais decisões políticas. Por outro lado, o Governo é exercido por agentes que
r
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podemos afirmar que o Governo tem caráter político, já tendo sido encarado como um
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verdadeiro “arquiteto do bem-estar social”, enquanto a Administração tem caráter
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instrumental, uma vez que serve como ferramenta à disposição do Governo para a
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concretização das políticas públicas por este formuladas. Dessa forma, o governo é elemento
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formador do Estado, não se confundindo com ele, não possuindo personalidade jurídica.
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Pode-se dizer que o governo é a cúpula diretiva do Estado, que se organiza sob uma ordem
a1
jurídica por ele posta, a qual consiste no complexo de regras de direito baseadas e fundadas
tan
na Constituição Federal.
an
eS
Matheus Carvalho comenta que “a expressão governo vem sofrendo alterações de
conteúdo ao longo dos tempos. A concepção clássica dispunha que governo era sinônimo de
sd
Estado, somatória dos três poderes. Atualmente, porém, governo - em sentido subjetivo - é
ue
ing
a cúpula diretiva do Estado responsável pela condução das atividades estatais, ou seja, o
om
conjunto de poderes e órgãos constitucionais. Na acepção objetiva ou material, governo é a
aD
atividade diretiva do Estado, confundindo-se com o complexo de suas funções básicas”.
iss
A função política de governo, atividade voltada para a elaboração de políticas
r
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públicas, de determinação das diretrizes de atuação da administração pública, e não de
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mera execução dessas diretrizes e políticas, não constitui objeto do direito administrativo, e
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sim do direito constitucional.
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a1
Exercicios:
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eminentemente técnica.
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( ) CERTO ( ) ERRADO
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RESOLUÇÃO:
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Gabarito: CERTO.
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6. EXEMPLO: Ano: 2010 - Banca: CESPE - Órgão: INSS - Prova: Engenheiro Civil
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O governo é atividade política e discricionária e tem conduta independente,
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enquanto a administração é atividade neutra, normalmente vinculada à lei ou à
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norma técnica e exercida mediante conduta hierarquizada.
a1
( ) CERTO ( ) ERRADO
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RESOLUÇÃO:
ue
De acordo com o que foi explicado. Gabarito: CERTO.
ing
om
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7. Ano: 2017 - Banca: IBADE - Órgão: PC-AC - Prova: Delegado de Polícia Civil
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Quanto aos temas órgão público, Estado, Governo e Administração Pública, analise as
assertivas. 11
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Governo é pessoa jurídica de direito público que possui aptidão para titularizar
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( ) CERTO ( ) ERRADO
tan
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RESOLUÇÃO:
sd
ue
Gabarito ERRADO.
aD
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4. Poderes do Estado
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tem caráter instrumental, servindo como meio (instrumento) para alcançar os fins estatais.
na
interesse público. Com efeito, se, no exercício do poder que lhe foi conferido pelo povo, o
an
finalidade”. Tal falha deve resultar na invalidação do ato na via administrativa ou judicial,
ue
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A Constituição declara que são Poderes da União, independentes e harmônicos entre
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si: o Legislativo, o Executivo e o Judiciário. Pode-se dizer que cada Poder exerce sua função
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típica (função legislativa, administrativa e jurisdicional) e que, entre essas funções, há
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preponderância e não exclusividade.
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O Poder do Estado se manifesta por meio de seus órgãos estruturais, sempre no
a1
exercício de três funções básicas: as administrativas (ou executivas), as legislativas e as
tan
judiciais. Para que fosse possível o desempenho a contento das funções estatais, elas foram
an
eS
atribuídas a diversos órgãos do Estado, os quais foram agrupados em três blocos orgânicos,
denominados “Poderes” (Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário). Desde já,
sd
devemos esclarecer que nem os Poderes, nem os órgãos que os integram, possuem
ue
ing
personalidade jurídica. A personalidade jurídica é do ente político ou do Estado (União,
om
estados, Distrito Federal e municípios), do qual fazem parte os “Poderes”. Registramos,
aD
ainda, que todos os entes federativos possuem Poderes Executivo e Legislativo. Já o Poder
iss
Judiciário existe apenas no âmbito da União, dos Estados e do Distrito Federal, não existindo
r
Poder Judiciário municipal. A ideia de atribuir a órgãos especializados a execução das
La
atribuições estatais funda-se em dois objetivos básicos.
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Em primeiro lugar, pretende-se proteger os próprios direitos individuais, pois todo
00
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poder tende a se tornar absoluto, só encontrando limite em outro poder que o controle.
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magistratura o poder legislativo está reunido ao poder executivo, não há liberdade, porque
tan
se pode temer que o mesmo monarca ou o mesmo senado façam leis tirânicas para executá-
an
fundamental à liberdade, do qual decorre a garantia de não ser preso, salvo em flagrante
sd
delito ou por ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária, se quem fosse julgar
ue
eventual habeas corpus contra uma prisão ilegítima fizesse parte da mesma estrutura
ing
responsável pela prisão. Da mesma forma, tal regra não traria uma garantia efetiva da
om
liberdade se ela pudesse ser alterada livremente pelo órgão que realiza as prisões. Podemos
aD
reside essencialmente a proteção aos direitos individuais, uma vez que o sistema de
r
La
por cláusula pétrea, estando a salvo de emendas constitucionais tendentes a aboli-la (CF,
an
eS
art. 60, § 4.º, III). Não obstante a quase universalização da “tripartição de poderes”, é
sd
ensinamento comezinho em direito constitucional que as funções estatais não são divididas
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de forma estanque. A própria teoria dos freios e contrapesos, ao prever controles recíprocos
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entre os poderes, mostra uma interdependência.
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Nessa linha, o Legislativo edita leis que podem ser vetadas pelo Chefe do Executivo
28
ou declaradas inconstitucionais pelo Judiciário. Da mesma forma, os atos praticados pelo
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Poder Executivo também estão sujeitos ao controle pelo Poder Judiciário e, em alguns casos,
a1
pelo Legislativo, que pode suspender contratos ou sustar atos que exorbitem do poder
tan
regulamentar (CF, artigos 71, § 1.º, e 49, V). Por fim, merece destaque a possibilidade de o
an
eS
Presidente da República conceder graça ou indulto, extinguindo a punibilidade de pessoas
condenadas pelo Poder Judiciário. Além do sistema de controles recíprocos (freios e
sd
contrapesos), a natureza não estanque da separação de poderes pode também ser
ue
ing
percebida – e este é o aspecto mais importante neste ponto da matéria – pelo fato de cada
om
poder exercer, ao lado de suas funções típicas, algumas funções atípicas, que, a rigor, se
aD
encaixam nas funções típicas dos demais poderes. A função típica de cada Poder é
iss
facilmente identificada pela própria designação que a Constituição Federal lhe atribui. Assim,
r
a função precípua (ou típica) do Poder Legislativo é a legiferante, exercida por intermédio da
La
edição das regras de conduta que regerão as relações sociais (leis). A função principal do
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Poder Judiciário é a jurisdicional, cumprida mediante a aplicação das normas para a solução
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primordial do Poder Executivo é a administrativa ou executiva, levada a cabo pela gestão dos
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bens, serviços e interesses públicos nos termos da lei. Conforme citamos, não obstante suas
a1
julga o Presidente da República por crimes de responsabilidade e administra os bens que lhe
sd
são confiados; o Judiciário legisla quando os tribunais editam seus regimentos e administra
ue
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seu pessoal.
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( ) CERTO ( ) ERRADO
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RESOLUÇÃO:
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A função administrativa é exercida de maneira preponderante pelo Poder executivo
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(função típica), porém ela também é exercida atipicamente pelo poder judiciário
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quando este organiza os seus serviços e também, da mesma forma, pelo Poder
00
Legislativo. Gabarito: CERTO.
28
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O estudo aprofundado da separação e interdependência dos Poderes do Estado é
a1
feito no âmbito do direito constitucional. Não obstante, chegamos, neste ponto, à
tan
informação que interessa de perto ao direito administrativo: a atividade
an
eS
administrativa, apesar de ser típica do Poder Executivo, também é exercida
atipicamente nos âmbitos dos Poderes Legislativo e Judiciário, pois ambos têm a
sd
incumbência de gerir bens, serviços e interesses que lhes são confiados. Assim, as
ue
ing
normas do Direito Administrativo, apesar de encontrarem no Executivo seu campo de
om
atuação por excelência, também são aplicáveis no âmbito dos demais Poderes
aD
quando no exercício da função administrativa.
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9. Ano: 2013 - Banca: CESPE - Órgão: Ministério da Saúde - Prova: Analista Técnico
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( ) CERTO ( ) ERRADO
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RESOLUÇÃO:
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sd
As funções estatais não são atribuídas de forma absoluta a cada Poder, na medida em
ue
que cada um destes, ao lado das suas funções típicas, também exerce outras funções
ing
formulação. Tais critérios podem ser unitários (unidimensionais ou simples), quando são
7
conceito se apoia em pelo menos dois critérios. Dentre os critérios unitários adotados
na
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determinado país. É critério reducionista, pois desconsidera o papel fundamental da
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doutrina e da jurisprudência na identificação dos princípios básicos formadores do direito.
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Exercicios:
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10. Ano: 2010 - Banca: CESPE - Órgão: INSS - Prova: Perito Médico Previdenciário
an
Segundo a Escola Legalista, o direito administrativo pode ser conceituado como o
eS
conjunto de leis administrativas vigentes em determinado país, em dado momento.
sd
ue
( ) CERTO ( ) ERRADO
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RESOLUÇÃO:
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Para os integrantes da corrente legalista (chamada de Escola Legalista), o Direito
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Administrativo consiste na disciplina jurídica responsável pelo estudo das normas
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administrativas (leis, decretos, regulamentos) de um determinado país. Gabarito:
00
CERTO.
28
87
Esta noção também se revelou insuficiente, haja vista que a função administrativa
sd
de Estado Francês, que, a partir do caso Blanco (1873), passou a fixar a competência
1
71
sa
r is
La
que submetidas a regime exorbitante de direito comum. Qualquer que seja o sentido
11
que se atribua à expressão serviço público, ela não serve para definir o objeto do
97
Direito Administrativo, uma vez que o sentido amplo ultrapassa o seu objeto e o
00
sentido estrito deixa de lado matérias a ele pertinentes, a exemplo dos serviços
28
87
públicos exercidos parcialmente sob regime de direito privado.
a1
tan
an
11. EXEMPLO: Ano: 2009 - Banca: CESPE - Órgão: AGU - Prova: Advogado
eS
sd
Na França, formou-se a denominada Escola do Serviço Público, inspirada na
ue
jurisprudência do Conselho de Estado, segundo a qual a competência dos tribunais
ing
administrativos passou a ser fixada em função da execução de serviços públicos.
om
( ) CERTO ( ) ERRADO
aD
riss
La
RESOLUÇÃO:
11
97
A Escola do Serviço Público surgiu na França, inspirada na jurisprudência do Conselho
00
de Estado Francês, que, a partir do caso Blanco (1873), passou a fixar a competência
28
87
CERTO.
tan
Para os seus defensores, o Direito Administrativo tem por objeto as normas que
r iss
regidas pelo direito privado. Aquilo que não for pertinente às funções legislativas e
09
insuficiente porque há outras disciplinas jurídicas que também têm esse mesmo
objetivo. Além disso, essa noção deixa de fora as normas referentes à organização
sd
ue
ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
Francisco Saint Clair- Direito Administrativo
sa
r is
La
interna da Administração, à atividade por ela exercida e à disciplina jurídica atinente
11
aos bens públicos.
97
00
12. Ano: 2009 - Banca: CESPE - Órgão: AGU - Prova: Advogado da União
28
87
Pelo critério teleológico, o Direito Administrativo é considerado como o conjunto de
a1
normas que regem as relações entre a administração e os administrados. Tal critério
tan
leva em conta, necessariamente, o caráter residual ou negativo do Direito
an
Administrativo.
eS
sd
( ) CERTO ( ) ERRADO
ue
ing
om
RESOLUÇÃO:
aD
Critério Teleológico ou Finalístico: sistema formado por princípios jurídicos que
riss
disciplinam a atividade do Estado para o cumprimento de seus fins. Critério das
La
relações jurídicas: conjunto de normas que regem as relações jurídicas entre a
11
97
Administração e os administrados. Critério negativo ou residual: Para os seus
00
Critério da Administração Pública: Os autores que adotam esse critério afirmam que
an
a Administração Pública.
sd
ue
jurídica não contenciosa do Estado e a constituição dos órgãos e meios de sua ação
aD
em geral.
r iss
La
1
71
09
administrativas não estão reunidas em um só corpo, como ocorre com outros ramos como o
na
abrangente, bem como a formação de uma visão sistemática, orgânica desse ramo do
ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
Francisco Saint Clair- Direito Administrativo
sa
r is
La
Direito. Dessa forma, a doutrina costuma apontar como fontes deste ramo do Direito a lei, a
11
jurisprudência, a doutrina e os costumes.
97
00
As fontes do Direito podem ser classificadas de diversas formas, conforme
28
demonstrado a seguir:
87
a1
a) fontes formais: são aquelas que emanam do Estado, criadas por meio de processos
tan
formais estabelecidos pela ordem jurídica (ex.: lei); e fontes materiais (ou reais): são
an
produzidas fora do ambiente institucional (ex.: costumes);
eS
sd
b) fontes imediatas ou diretas: são aquelas que possuem força suficiente para gerar
ue
normas jurídicas (ex.: lei); e fontes mediatas ou indiretas: não possuem força suficiente para
ing
produção de normas jurídicas, mas condicionam ou influenciam essa produção (ex.: doutrina
om
e jurisprudência);
aD
c) fontes escritas (ex.: lei em sentido amplo) e fontes não escritas (jurisprudência,
iss
costumes e os princípios gerais de direito).
r
La
11
97
00
Exercícios:
28
87
13. Ano: 2017 - Banca: IDIB - Órgão: CRO-BA - Prova: Técnico Administrativo
a1
tan
O Direito Administrativo tem como fontes norteadoras quatro principais objetos, são
an
( ) CERTO ( ) ERRADO
sd
ue
ing
om
RESOLUÇÃO:
aD
O Direito Administrativo tem como fontes norteadoras quatro principais objetos, são
iss
Federal e todas as normas ali dispostas que tratem da matéria, sobretudo as regras e
sd
sa
r is
La
Ademais, devem ser incluídos, como fontes secundárias, também os atos normativos
11
infralegais, expedidos pela administração pública, nos termos e limites da lei, os quais
97
são de observância obrigatória pela própria administração e configuram
00
manifestação do Poder Normativo do Estado, abarcando a edição de regulamentos,
28
87
instruções normativas, resoluções, entre outras espécies normativas.8
a1
Saliente-se que a lei é o único veículo habilitado para criar diretamente deveres e
tan
proibições, obrigações de fazer ou não fazer no Direito Administrativo, ensejando
an
eS
inovação no ordenamento jurídico, estando os demais atos normativos sujeitos a
seus termos. Somente a lei, amplamente considerada, pode criar originariamente
sd
normas jurídicas, sendo por isso, para parte da doutrina, a única fonte direta do
ue
ing
Direito Administrativo.
om
Jurisprudência: É considerada fonte indireta do direito administrativo. Diz respeito às
aD
reiteradas decisões judiciais nos casos concretos (eficácia inter partis/entre as partes)
iss
em um mesmo sentido.
r
La
11
As decisões judiciais com eficácia erga omnes (contra todos) e efeito vinculante
97
relativamente aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta
00
e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal não podem ser consideradas
28
não só a formulação de novas leis como também o julgamento das lides de cunho
iss
administrativo, visto que não possui força normativa, servindo como forma de
09
doutrina e a lei.
eS
sd
ue
ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
Francisco Saint Clair- Direito Administrativo
sa
r is
La
14. EXEMPLO: Ano: 2011 - Banca: FCC - Órgão: TRE-PE - Prova: Analista Judiciário
11
97
Uma das características da jurisprudência é o seu universalismo, ou seja, enquanto a
00
doutrina tende a nacionalizar-se, a jurisprudência tende a universalizar-se.
28
87
( ) CERTO ( ) ERRADO
a1
tan
an
RESOLUÇÃO:
eS
sd
Como podemos observar, a alternativa foi considerada incorreta porque atribuiu à
ue
jurisprudência a característica própria da doutrina, e vice-versa. Gabarito: ERRADO.
ing
om
Usos e costumes sociais
aD
Conjunto de regras não escritas, porém observadas de modo uniforme pelo grupo
iss
social, que as considera obrigatórias. Só tem importância como fonte quando de
r
La
alguma forma influencia a produção legislativa ou a jurisprudência. São no máximo
11
considerados como fonte indireta do direito administrativo, apesar de alguns
97
doutrinadores ainda considerarem os costumes como fonte direta, conforme observa
00
Hely Lopes Meirelles1, “no Direito Administrativo Brasileiro o costume exerce ainda
28
87
adverte que “a praxe administrativa (rotina ou costume administrativo) não deve ser
sd
determinado agente ou órgão público lida com situações enfrentadas em seu dia-a-
iss
dia, quando praticadas sem violar a lei, passam a vincular a atuação da Administração
r
La
costume (ou a praxe) administrativo (a) pode ser fonte do direito administrativo em
09
isto é, o costume que complementa a lei (segundo a lei) e o costume que preenche
na
ta
um vácuo normativo (que não é regulado pela lei)”. O Código Tributário Nacional, em
an
seu art. 100, III, chega a afirmar que “as práticas reiteradamente observadas pelas
eS
sa
r is
La
Por fim, os precedentes administrativos também devem ser considerados como
11
fontes do Direito Administrativo.10 O precedente administrativo pode ser
97
conceituado como a norma jurídica retirada de decisão administrativa anterior, válida
00
e de acordo com o interesse público, que, após decidir determinado caso concreto,
28
87
deve ser observada em casos futuros e semelhantes pela mesma entidade da
a1
Administração Pública.
tan
A teoria dos precedentes administrativos é aplicada em relações jurídicas distintas
an
eS
que apresentam identidade subjetiva (mesmo ente federativo e/ou a mesma
entidade administrativa) e objetiva (semelhança entre os fatos envolvidos no
sd
precedente administrativo e no caso atual). Ademais, a teoria pressupõe a legalidade
ue
ing
do precedente (a Administração não pode ser obrigada a seguir, indefinidamente,
om
precedentes ilegais) e a inexistência de justificativa relevante e motivada para
aD
alteração do precedente (a teoria não acarreta o congelamento definitivo da ação
iss
estatal, admitindo-se a superação dos precedentes em razão de transformações
r
jurídicas, sociais, econômicas, entre outros fatores).
La
11
A praxe administrativa não se confunde com os precedentes administrativos.
97
Enquanto os precedentes envolvem decisões administrativas em casos concretos e
00
28
15. Ano: 2008 - Banca: FCC - Órgão: TCE-CE - Prova: Analista de Controle Externo
eS
sd
RESOLUÇÃO:
eS
sd
sa
r is
La
administrativas estão espalhadas no texto da Constituição, em diversas leis,
11
ordinárias e complementares, e ainda em muitos outros diplomas normativos.
97
b) ERRADO. A jurisprudência influencia de modo significativo a construção e a
00
consolidação do direito administrativo, mas não cria normas, que é atividade do
28
87
Poder Legislativo.
a1
c) CORRETO. A pluralidade de leis em níveis federal, estadual e municipal e o papel
tan
precípuo da doutrina na unificação da respectiva interpretação.
an
d) ERRADO. A analogia não é fonte do direito administrativo, e não contra lei (contra
eS
legem).
sd
e) ERRADO. É justamente o inverso.
ue
ing
A lei em sentido amplo é também classificada como fonte formal do direito
om
administrativo, aquela que emana do Estado, criada por meio de processos formais
aD
estabelecidos pela ordem jurídica. A jurisprudência, a doutrina e os costumes são
iss
também classificados como fontes materiais do direito administrativo, são
r
produzidas fora do ambiente institucional.
La
11
97
00
28
87
Sistema administrativo vem a ser o regime adotado pelo Estado para o controle dos
an
atos administrativos ilegais ou ilegítimos praticados pelo poder público nas diversas esferas
eS
ser levados ao Poder Judiciário, único que dispõe de competência para dizer o direito
aD
aplicável aos casos litigiosos, de forma definitiva, com força da chamada coisa julgada. Diz-se
iss
Poder Executivo) e a Jurisdição Comum (formada pelos órgãos do Poder Judiciário, com
eS
sa
r is
La
O Conselho de Estado exerce a função consultiva, com a expedição de
11
recomendações, e a função contenciosa por meio de decisões sobre conflitos envolvendo a
97
juridicidade das atividades administrativas.
00
28
O Brasil adotou o Sistema Administrativo Inglês ou de Jurisdição Única ou de Controle
87
Judicial. O Princípio da Inafastabilidade (ou Inarredabilidade) de Jurisdição encontra-se no
a1
inciso XXXV do art. 5º da CRFB/88, ostentando o status de cláusula pétrea: “a lei não excluirá
tan
da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito”.
an
eS
Isso não significa retirar da administração pública o poder de controlar os seus
sd
próprios atos. Existem órgãos administrativos que decidem litígios de natureza
ue
administrativa. A diferença é que as decisões dos órgãos administrativos não são dotadas da
ing
força e da definitividade que caracterizam as decisões do Poder Judiciário. Suas decisões não
om
fazem coisa julgada, em sentido próprio. Deve, ainda, ficar claro que, mesmo após o início do
aD
processo administrativo, por iniciativa do administrado, este pode abandoná-lo em qualquer
iss
etapa e recorrer ao Poder Judiciário. Pode, também, nem iniciar o processo administrativo,
r
La
recorrendo diretamente ao Poder Judiciário. Além disso, não é obrigado a recorrer ao Poder
Judiciário, resolvendo seu litígio na via administrativa. 11
97
00
sentido próprio) que não se sujeitam a apreciação judicial, como os atos políticos e as
87
Federal. Ademais, é oportuno anotar a existência de pelo menos quatro hipóteses em nosso
tan
1a) Só são admitidas pelo Poder Judiciário ações relativas à disciplina e às competições
ue
desportivas depois de esgotadas as instâncias da “justiça desportiva” (CF, art. 217, §1º) , ou
ing
3a) É indispensável para caracterizar o interesse de agir no habeas data “a prova do anterior
0
28
habeas data” (STF, HD 22/DF), ou seja, somente faz sentido utilizar o habeas data se houver
ta
a utilização inicial da via administrativa e esta, por sua vez, por ação ou omissão, não
an
atendeu o administrado.
eS
sd
4a) O STF firmou entendimento de que, em regra, para restar caracterizado o interesse de
ue
agir em ações judiciais contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) relativas a
ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
Francisco Saint Clair- Direito Administrativo
sa
r is
La
concessão de benefícios previdenciários é necessário o prévio requerimento administrativo
11
do benefício, deixando assente que tal exigência “é compatível com o art. 5º, XXV, da
97
Constituição Federal” e não se confunde com o exaurimento das vias administrativas.
00
28
87
a1
Exercícios:
tan
an
16. Ano: 2014. Banca: FUNCEFET. Órgão: Prefeitura de Vila Velha - Prova:
eS
Especialista em Controladoria Pública
sd
Com relação aos sistemas de controle, é possível afirmar, exceto:
ue
ing
a) O sistema da unidade de jurisdição, também conhecido como sistema da
om
jurisdição una, sistema do monopólio de jurisdição ou sistema inglês, é aquele em
aD
que todos os litígios, administrativos ou de caráter privado, são sujeitos à apreciação
iss
e à decisão da Justiça comum, composta por juízes e tribunais do Poder Judiciário.
r
La
Nele, apenas os órgãos do Judiciário exercem a função jurisdicional e proferem
11
decisões com caráter definitivo. Nenhuma decisão, de qualquer outro Poder, que
97
ofenda direito, ou ameace ofendê-lo, pode ser excluída do reexame, com foro de
00
e competência sobre alguns litígios específicos, nos quais uma das partes é, sempre,
an
legalidade por entender que teve direito seu ofendido por conduta administrativa.
ue
público.
71
09
ordenamento jurídico que tem por fim fiscalizar a legalidade dos atos da
28
7
sa
r is
La
decidida em uma delas não pode mais ser apreciada pela outra. A jurisdição é dual na
11
medida em que a função jurisdicional é exercida naturalmente por duas estruturas
97
orgânicas independentes.
00
28
87
RESOLUÇÃO:
a1
tan
Letra “c” ERRADA. O Judiciário NÃO detém o poder de reavaliar critérios de
an
conveniência e oportunidade dos atos, mesmo que privativos, do administrador
eS
público, reavalia a legalidade dos atos.
sd
ue
ing
om
aD
8. Regime Jurídico Administrativo
riss
A expressão regime jurídico da administração Pública é utilizada em sentido amplo
La
para designar os regimes de direito público ou de direito privado, dependendo da natureza
11
97
da relação jurídica em que o Estado se posiciona nessa relação. Já a expressão regime
00
situa.
a1
tan
entidades que compõem a administração pública e à atuação dos agentes públicos em geral.
sd
expressos na Constituição de 1988, mas a Carta Magna enumera outros princípios que
28
Trazendo mais uma vez as palavras do mestre Matheus Carvalho, podemos dizer que
na
ta
“Para que o Direito Administrativo seja analisado como disciplina, os princípios a ele
an
aplicável aos órgãos e entidades que compõem a Administração Pública e à atuação dos
ue
sa
r is
La
público e da indisponibilidade do interesse público que definem prerrogativas a serem
11
estipuladas ao Estado e de limitações impostas ao ente estatal, sempre com a intenção de se
97
perseguir e alcançar o interesse da coletividade”.
00
28
Posição do Estado na relação jurídica.
87
a1
Desigualdade nas relações jurídicas, prevalecendo o interesse da coletividade.
tan
Isonomia ou igualdade jurídica nos pólos das relações.
an
eS
Por seu turno, da mesma forma que a Administração Pública goza de poderes
sd
especiais, exorbitantes ao direito comum, deve sofrer restrições em sua atuação que não
ue
existem para os particulares. Essas limitações se baseiam no fato de que a administração não
ing
é titular do patrimônio público e do interesse público, mas sim o povo.
om
aD
A possibilidade de realização de obras para a passagem de cabos de energia elétrica
iss
sobre uma propriedade privada, a fim de beneficiar determinado bairro, expressa a
r
La
concepção do regime jurídico-administrativo, o qual dá prerrogativas à administração para
11
agir em prol da coletividade, ainda que contra os direitos individuais, a exemplo do direito
97
de propriedade.
00
28
poder de império do Estado, que, por seu turno, baseia-se no princípio da Supremacia do
a1
jurídico, parece adequado sustentar que o seu principal objetivo é a satisfação dos direitos
r
La
fundamentais”.
1
71
Esse regime será analisado em todas as suas nuances em tópico próprio, que se
09
Exercícios:
ta
an
17. Ano: 2017 - Banca: CESPE - Órgão: SEDF - Prova: Conhecimentos Básicos
eS
sd
sa
r is
La
O administrador, quando gere a coisa pública conforme o que na lei estiver
11
determinado, ciente de que desempenha o papel de mero gestor de coisa que não é
97
sua, observa o princípio da indisponibilidade do interesse público.
00
28
( ) CERTO ( ) ERRADO
87
a1
tan
RESOLUÇÃO:
an
eS
Essência do Princípio da indisponibilidade do interesse público. Gabarito: CERTO.
sd
ue
ing
om
18. Ano: 2008 - Banca: ACAFE - Órgão: PC-SC - Prova: Comissário de Polícia Analise
aD
as afirmações a seguir e marque V ou F, conforme sejam verdadeiras ou falsas.
riss
a) ( ) Além do Poder Executivo, as atividades administrativas do Poder
La
Legislativo e do Poder Judiciário, que são atividades de apoio para o exercício
11
97
de suas próprias funções, se regem pelo Direito Administrativo.
00
Estado de Direito.
a1
tan
an
RESOLUÇÃO
eS
sd
o direito administrativo (pelo menos aquilo que como tal se concebe) nasce
an
eS
sa
r is
La
atividade administrativa é atividade sublegal, infralegal, consistente na
11
expedição de comandos complementares à lei. RESPOSTA: VERDADEIRO.
97
00
28
87
a1
tan
9. Organização Administrativa e Administração pública
an
A Organização Administrativa é o estudo da máquina estrutural do Estado. São as
eS
pessoas, entes e órgãos que compõem o aparelho administrativo do Estado, no desempenho
sd
da função ou atividade administrativa. A organização é feita, primordialmente, pela
ue
Constituição Federal, bem como mediante leis ou por meio de decretos e outros atos
ing
om
normativos. É o conhecimento acerca dos agentes, entidades e órgãos que irão
aD
desempenhar a função administrativa para formação da máquina administrativa do Estado -
a Administração Pública.
riss
La
Administração pública em sentido amplo e em sentido estrito
11
97
Administração pública em sentido amplo abrange os órgãos de governo, que exercem
00
dos planos de atuação do governo, a fixação das denominadas políticas públicas -, e também
87
conjunto de órgãos, pessoas jurídicas e agentes que o nosso ordenamento jurídico identifica
09
como administração pública, não importando a atividade que exercem (como regra,
0
28
direta: são os órgãos integrantes da estrutura de uma pessoa política (União, estados,
eS
sa
r is
La
b) Pelas entidades (com personalidade jurídica) da administração indireta, e são
11
somente estas quatro: autarquias; fundações públicas (FP); empresas públicas (EP) e
97
sociedades de economia mista (SEM).
00
28
Maria Sylvia Di Pietro2 afirma que, “pode-se definir Administração Pública, em
87
sentido subjetivo, como o conjunto de órgãos e de pessoas jurídicas aos quais a lei atribui o
a1
exercício da função administrativa do Estado”.
tan
an
ATENÇÃO: Cabe lembrar que há administração pública formal em todos os entes
eS
federados e em todos os Poderes do Estado (Legislativo, Executivo e Judiciário).
sd
ue
Administração pública em sentido material, objetivo ou funcional
ing
Representa o conjunto de atividades que costumam ser consideradas próprias da
om
função administrativa. O conceito adota como referência a atividade (o que é realizado), não
aD
obrigatoriamente quem a exerce. São usualmente apontadas como atividades próprias da
iss
administração pública em sentido material (atividades administrativas) as seguintes:
r
La
11
1ª) Serviço público: prestações concretas - atividades - que representem, em si mesmas,
97
diretamente, utilidades ou comodidades materiais para a população, oferecidas pela
00
administração pública formal ou por particulares delegatários, sob regime de direito público;
28
87
fiscalização;
an
eS
3ª) Fomento: incentivo à iniciativa privada de utilidade pública, por exemplo, mediante a
sd
4ª) Intervenção: abrangendo toda intervenção do Estado no setor privado, exceto a sua
om
atuação direta como agente econômico; por exemplo, intervenção na propriedade privada,
aD
privado, por serem atividades econômicas, portanto com intuito de lucro, o que é contrário
0
28
natureza da atividade exercida pelos referidos entes; nesse sentido, a Administração Pública
ta
an
sa
r is
La
Todas as atividades-meio, assim entendidas aquelas instrumentais, acessórias,
11
concebidas exclusivamente para possibilitar o exercício das atividades-fim da Administração
97
(atividades próprias), são também atividade administrativa. A título exemplificativo, a função
00
de arrecadar tributos, isoladamente considerada, não contribui direta e imediatamente para
28
87
o bem comum. Entretanto, é uma atividade-meio indispensável para que a Administração
a1
disponha de recursos para o exercício de suas atividades-fim, sendo considerada
tan
indubitavelmente uma atividade administrativa. Da mesma forma, olhando isoladamente
an
para o Órgão que administra os tributos federais, temos que, para a consecução de sua
eS
atividade-fim – que já ressaltamos ser uma “atividade administrativa” –, é necessário o
sd
desempenho de diversas atividades-meio, como a realização de licitações, de concursos
ue
públicos, de programas de capacitação, de avaliação de desempenho, a nomeação de
ing
servidores etc. Tais atividades são também exercício da função administrativa.
om
aD
De qualquer forma, detectadas as atividades-fim da Administração Pública (aquelas
iss
direta e imediatamente voltadas à consecução do interesse coletivo), a tarefa de identificar
r
o que é exercício da administração pública estará cumprida, bastando incluir no conceito
La
tanto as próprias atividades-fim quanto aquelas que lhe possibilitam o desempenho
11
97
(atividades-meio).
00
28
meio, por atenderem interesse público de maneira apenas mediata e, de maneira imediata,
eS
introversa.
ing
om
aD
Exercícios:
r iss
La
atribuída genericamente a todos os entes, para que possam atingir aqueles objetivos.
ta
an
( ) CERTO ( ) ERRADO
eS
sd
ue
ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
Francisco Saint Clair- Direito Administrativo
sa
r is
La
RESOLUÇÃO:
11
97
Classificação dada por Diogo de Figueiredo Moreira Neto. Gabarito CERTO.
00
28
87
a1
20. Ano: 2017 - Banca: IBADE - Órgão: PC-AC - Prova: Delegado de Polícia Civil
tan
Quanto aos temas órgão público, Estado, Governo e Administração Pública, analise as
assertivas.
an
eS
Fala-se em Administração Pública Introversa para frisar a relação existente entre a
sd
Administração Pública e os administrados.
ue
ing
( ) CERTO ( ) ERRADO
om
aD
iss
RESOLUÇÃO:
r
La
11
Administração Pública Extroversa é o conjunto de relações jurídicas externas
97
entre o Poder Público e os administrados. A Administração Pública Introversa
00
que explica a função pelo regime jurídico em que se situa a sua disciplina.
sd
ue
administrativa tem sido considerada de caráter residual, sendo, pois, aquela que não
aD
tecnicamente pode dizer-se que função administrativa é aquela exercida pelo Estado
r
La
de direito público, com vistas a alcançar os fins colimados pela ordem jurídica.
71
009
28
7
21. EXEMPLO: Ano: 2008 - Banca: CESPE - Órgão: TJ-DFT - Prova: Analista
18
Judiciário
na
ta
( ) CERTO ( ) ERRADO
ing
om
D
sa
ris
La
n
mi
Do
Francisco Saint Clair- Direito Administrativo
sa
r is
La
RESOLUÇÃO:
11
97
Para a identificação da função administrativa, os autores se têm valido de critérios de
00
três ordens: 1°) subjetivo (ou orgânico), que dá realce ao sujeito ou agente da função;
28
2°) objetivo material, pelo qual se examina o conteúdo da atividade; e 3°) objetivo
87
formal, que explica a função pelo regime jurídico em que se situa a sua disciplina, de
a1
direito público ou privado. Gabarito CERTO
tan
an
A despeito da reconhecida diversidade dos critérios identificadores da função
eS
administrativa, como mencionamos acima, é o critério material que tem merecido
sd
justo realce entre os estudiosos. Cuida-se de examinar o conteúdo em si da atividade,
ue
independentemente do Poder de onde provenha. Em virtude dessa consideração é
ing
que constituem função materialmente administrativa atividades desenvolvidas no
om
Poder Judiciário, de que são exemplos decisões em processos de jurisdição voluntária
aD
e o poder de polícia do juiz nas audiências, ou no Poder Legislativo, como as
iss
denominadas “leis de efeitos concretos”, atos legislativos que, ao invés de traçarem
r
La
normas gerais e abstratas, interferem na órbita jurídica de pessoas determinadas,
11
como, por exemplo, a lei que concede pensão vitalícia à viúva de ex-presidente.
97
00
(função típica), porém ela também é exercida atipicamente pelo Poder Judiciário
87
quando este organiza os seus serviços e também, da mesma forma, pelo Poder
a1
função que o Estado, ou quem lhes faça as vezes, exerce na intimidade de uma
an
eS
O prof. Rafael Carvalho Rezande de Oliveira comenta que10 “Há uma íntima relação
aD
22. Ano: 2003 - Banca: ESAF - Órgão: PGFN - Prova: Procurador da Fazenda
na
Assinale, entre os atos abaixo, aquele que não pode ser considerado como de
ta
material.
eS
sd
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c) Interdição de um estabelecimento comercial em razão de violação a normas de
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posturas municipais.
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d) Nomeação de um servidor público, aprovado em virtude de concurso público.
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e) Concessão de benefício fiscal para a implantação de uma nova indústria em
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determinado Estado-federado.
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RESOLUÇÃO:
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a) Serviço público - atividade finalística.
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b) Intervenção do Estado no setor privado - atividade finalística.
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c) Poder de polícia - atividade finalística.
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d) Gabarito. É atividade-meio. A nomeação do servidor é manifestação de atividade
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da administração pública no seu sentido material, mas não se trata de atividade
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finalística, e sim de atividade-meio, uma vez que a admissão de pessoal é necessária
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para o desempenho das atividades-fim da administração (serviço público, fomento,
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intervenção e poder de polícia).
e) Fomento - atividade finalística. 11
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representar o desempenho perene, sistemático, legal e técnico, por meio dos órgãos,
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entidades e agentes públicos, dos serviços próprios do Estado ou por ele assumidos
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em benefício da sociedade.
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10. Bibliografia
ing
om
1. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. 22. ed. São Paulo:
aD
2. DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 20. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
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p. xxx-yyy.
1
71
09
3. BANDEIRA DE MELLO, Celso Antônio. Curso de direito administrativo. 21. ed. São
0
28
p. xx-yy.
tana
5. JUSTEN FILHO, Marçal. Curso de direito administrativo. São Paulo: Saraiva, 2006. p.
ue
xx.
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Do
Francisco Saint Clair- Direito Administrativo
sa
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La
6. ARAGÃO, Alexandre Santos de.
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7. CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito administrativo. 18. ed. Rio de
00
Janeiro: Lumen Juris, 2007. p xxx.
28
87
8. CARVALHO, Matheus. Manual de direito administrativo. 4. Ed. Salvador: JusPodivm,
a1
2017, p. xx.
tan
9. MOREIRA NETO, Diogo de Figueiredo. Curso de direito administrativo. 15. ed. Rio de
an
eS
Janeiro: Forense, 2009. p. xx.
sd
10. OLIVEIRA, Rafael Carvalho Rezende. Curso de Direito Administrativo. 6. ed. São Paulo:
ue
Método, 2018. p.xx.p. xx.
ing
om
11. SANTOS, Aricê Moacyr Amaral, RDP nº 89, p. 165-185
aD
12. DEUS, Ricardo Alexandre João de. Direito Administrativo Esquematizado. 1. ed. São
riss
Paulo: Método, 2015.
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