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Compatibilização Racional de Projetos

IMPACTO E INTERFERÊNCIAS DAS


INSTALAÇÕES HIDROSSANITÁRIAS
PREDIAIS

Eng. Civil Lucas Antonio Rigo


Fevereiro de 2019
INTRODUÇÃO
As instalações hidráulicas e sanitárias prediais necessitam ter sua importância evidenciada durante a
fase de projeto dos empreendimentos. Suas interferências devem ser compatibilizadas e resolvidas
de forma racional para que o desempenho dos sistemas não sejam prejudicados.
Pensando em projetos, é evidente que a antecipação de interferências e previsão de soluções é o
produto fim desta etapa. Contudo, por se tratarem de áreas de conhecimento diferentes, os projetos
são formados a partir de várias bases e profissionais diferentes, unindo-os em algum momento (fase
de compatibilização ou fase de execução).
Na união desses projetos, quando feito no momento de compatibilização dos projetos e não
somente durante a execução, muitas vezes percebem-se as interferências e, para solução destas, há
o retrabalho, fazendo o profissional retornar à fase de projeto para contornar as situações, tomando
tempo e, por vezes, novamente interferindo nas outras áreas do projeto.
Após a fase de projeto, seja compatibilizado ou não, inicia-se a fase de execução. Esta nova etapa
exige outra compatibilização, porém, agora aS condições de contorno são físicas (tal como topografia
do terreno), onde estas normalmente prevalecem. Novamente, na eminência desta interferência,
deve-se retornar à fase de projeto para solução adequada.
Em função a isso, a Hidrokit, através do seu departamento de engenharia, divulga suas experiências e
soluções com instalações hidrossanitárias através deste material com o intuito de otimizar e
racionalizar a cadeia produtiva da construção civil.
INTERFERÊNCIA NA ARQUITETURA – NÍVEL DA OBRA

A primeira grande interferência do projeto hidrossanitário é na fase


do projeto arquitetônico. Para que o produto final seja racional e
sustentável, deve-se considerar o escoamento das águas, pluviais e
servidas, feito através da força gravitacional.
INTERFERÊNCIA NA ARQUITETURA – NÍVEL DA OBRA

Condição de contorno A:
•As águas pluviais devem ser desaguadas na sarjeta e sua tubulação disposta sob o passeio;
•A tubulação deve possuir declividade mínima de 0,5% (NBR 10.844:89).

Solução:
•O diâmetro do tubo e a altura da guia/meio-fio devem ser considerados;
• A tubulação não pode ser solidária à estrutura, ou seja, não deve estar embutida no piso/laje;
• A cota mais baixa é o fundo do tubo sob a calçada no ponto de desague da sarjeta;
•O nível da obra deve obedecer, no mínimo, o somatório de níveis acumulados considerando as
observações anteriores.
INTERFERÊNCIA NA ARQUITETURA – NÍVEL DA OBRA

Condição de contorno B:
•As águas servidas devem ser encaminhadas para a rede coletora de esgoto, onde possuir, ou para o
sistema de tratamento de esgoto;
•A tubulação horizontal deve ter inclinação mínima de 2% em tubulações de até DN75 e 1% para DN
maior que 75 (NBR 8160:99);

Solução:
•A cota de fundo do tubo da rede coletora pública, localizado na caixa de passagem ou inspeção, deve
ser considerada;
•A tubulação não deve ser solidária à estrutura;
•O nível da obra deve obedecer, no mínimo, o somatório de níveis acumulados considerando as
observações anteriores.
•A entrada para o sistema de tratamento de ser ajustada conforme a consideração dos itens
anteriores.
OBS: Para sistema de tratamento local com estação elevatória, considera-se apenas apenas a inclinação mínima, altura da laje ou piso
(para não embutir a tubulação)
INTERFERÊNCIA NA ARQUITETURA – GEOMETRIA DE
CÔMODOS

Na concepção dos projetos arquitetônicos normalmente não é previsto


infraestrutura para instalações hidrossanitárias. Toda obra verticalizada
com repetições haverá tubulação para encaminhamento das águas
servidas até sua disposição final.
Para que a tubulação seja instalada haverá a necessidade da previsão de
SHAFTS, alterando a geometria de alguns cômodos.
INTERFERÊNCIA NA ARQUITETURA – GEOMETRIA DE
CÔMODOS

Condição de contorno A:
•Encaminhamento de águas servidas coletadas por bacias sanitárias, lavatórios, pias, tanques,
máquinas de lavar roupas, caixas sifonadas e drenos de ar condicionados;
•Necessidade de tubulação de ventilação primária e/ou secundária nas instalações de esgoto;
•Separação da tubulação de coleta de águas de pias de cozinha (tubo de gordura);
•Separação da tubulação de águas coletadas de máquinas de lavar roupa e tanques;
•Separação da água da chuva coletada pelo telhado/cobertura;
•Necessidade de pontos de água fria ou quente para servir torneiras, chuveiros e etc.;
INTERFERÊNCIA NA ARQUITETURA – GEOMETRIA DE
CÔMODOS
Solução:
•Alteração da geometria de banheiros, lavabos, área de serviço, cozinhas e áreas com pias (área de
fesa, gourmet e etc.), prevendo “dentes” na geometria para locação de shafts de no mínimo 12 cm de
largura e mais a espessura final da mucheta;
•Os shafts podem ser previstos na área do box na parede do chuveiro, para banheiros, atrás da
máquina de lavar e do tanque, para áreas de serviço, e em prismas de iluminação/ventilação onde
propiciar o encaminhamento e haver estes elementos;
•Onde cômodos servidos por água forem próximos, há a possibilidade de escolha de apenas um dos
locais para locação de shaft;
•Paredes com previsão de instalações hidráulicas (torneiras, chuveiro, ducha e etc), e que seja previsto
elemento estrutural de grande dimensão, tal como parede do chuveiro, deve-se prever maior
espessura do esboço (reboco) ou mucheta para embutir a tubulação;
•Paredes com revestimentos cerâmicos de grande espessura devem ser previstos na fase de projeto;
•Cômodos “espelhados”, quando não preverem elementos estruturais entre eles, podem ser
atendidos pelo mesmo shaft;
INTERFERÊNCIA NA ARQUITETURA – PREVISÃO DE
ÁREAS TÉCNICAS

Condição de contorno A:
•Necessidade de medição individualizada para cada unidade autônoma;
•Necessidade de tubulação de alimentação ou recalque para o reservatório superior;
•Necessidade de coluna de distribuição de água fria (prumada de distribuição);
•Necessidade de área de manobra para interrupção de passagem de água na coluna de água fria
(registro na prumada de distribuição em cada pavimento);
INTERFERÊNCIA NA ARQUITETURA – PREVISÃO DE
ÁREAS TÉCNICAS
Solução:
•Previsão de área técnica em cada circulação comum dos apartamentos tipo, podendo ser do tipo
shaft, com 20 cm de largura e comprimento de acordo com o número de unidades autônomas do
maior pavimento, fechado por movelaria, sem interferir na largura prevista pelo PPCI (bombeiros);
•As áreas técnicas, preferencialmente, devem possuir continuidade vertical, do térreo até o último
pavimento tipo;
HidroKit – Soluções Hidrossanitárias
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