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SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
PRAÇA AMARO LOPES, 66 - LAGOA DOURADA/MG - CEP: 36.345-000
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E-MAIL: educacao@lagoadourada.mg.gov.br

PROJETO “DE MÃOS DADAS COM A EDUCAÇÃO”


ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: 8° ANO: _____ 4ª APOSTILA/2021
ALUNO (A): ___________________________________________________________________
ESCOLA: _____________________________________________________________________
DISCIPLINA: História – A Construção do Império do Brasil; Rebeliões no Brasil Regencial e
a Cafeicultura no Brasil escravista.
TOTAL DE SEMANAS: 07 CARGA HORÁRIA: 17h30min DATA DADEVOLUÇÃO: 24/09/2021

Olá querido (a) estudante!

Organize seu tempo, seu espaço e se dedique aos estudos. Leia com atenção a presente apostila,
faça as atividades propostas e procure aprofundar os conteúdos com pesquisas no livro didático e internet.
Faça sua parte, em breve estaremos juntos novamente. Bons estudos!

LIVRO DIDÁTICO: HISTÓRIA.DOC – 8º ANO


Ensino Fundamental, Anos Finais/Ronaldo Vainfas; Jorge Ferreira; Sheilla de Castro Faria; Daniela Buono
Calainho. 2ª Edição – (São Paulo: Saraiva, 2018).

SEMANAS 20 e 21 - CAPÍTULO 6 – A Construção do Império no Brasil

AULA 1- Faça uma leitura das páginas 99, 100 e 101, do livro didático para entender melhor
o nosso processo de independência
O Brasil se tornou o centro administrativo do governo português. Além de ter sido um peculiar
acontecimento na história política portuguesa, a chegada da Corte Portuguesa no Brasil iniciou um
conjunto de ações que aprofundaram a crise do sistema do colonial.

QUESTÃO.01 – Leia a seguir trechos do Bloqueio Continental (1806-1807):


“Art. 1º - As Ilhas Britânicas são declaradas em estado de bloqueio.
Art. 2º - Qualquer comércio e qualquer correspondência com as Ilhas Britânicas ficam interditados.
[...]. Art. 8º - Qualquer embarcação que, por meio de uma declaração, transgredir a disposição
acima, será apresada e navio e sua carga serão confiscados como se fossem propriedade inglesa”.
Explique de que forma o Bloqueio Continental, implantado na Europa por Napoleão Bonaparte em
1806, influenciou o processo de Independência do Brasil.
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AULA 2- ADMINISTRAÇÃO JOANINA NO BRASIL (1808/1820)

28/01/1808 - Abertura dos Portos às Nações Amigas: Decreto que pôs fim ao monopólio luso
sobre o comércio brasileiro. A principal interessada na medida era a Inglaterra, que procurava
ampliar o mercado consumidor de seus produtos manufaturados.
01/04/1808 - Alvará de Permissão Industrial: Concedia liberdade para o estabelecimento de
indústrias e manufaturas na colônia. Tal medida não se efetivou em virtude da concorrência dos
produtos ingleses - principalmente após 1810 - e pela concentração de recursos na lavoura
exportadora.
1810 -Tratados de Aliança, Comércio e Navegação: Assinados com a Inglaterra e teriam
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validade por 14 anos. O mais importante deles é o Tratado de Comércio, que estabelecia taxa de
apenas 15% sobre a importação de produtos ingleses; produtos portugueses pagariam uma taxa
de 16% e produtos de outras nações pagariam 24%.
Os súdito ingleses ainda teriam o direito de extraterritorialidade, ou seja, continuariam submetidos
às leis britânicas. O tratado determinava que o governo português deveria abolir o tráfico negreiro.
Com este acordo, o mercado brasileiro passou a ser dominado pelos ingleses- desde panos e
ferragens até caixões de defunto e patins para gelo!
16/12/1815 - Elevação do Brasil a Reino Unido a Portugal e Algarves: O novo estatuto
jurídico representava um passo a mais em direção à independência em relação a Portugal.
Destaque para a Missão Artística Francesa, uma missão cultural que visitou o Brasil a convite de
D. João. O mais famoso desta missão foi Jean Baptist Debret, que deixou várias pinturas, desenhos
e aquarelas, retratando os costumes do Brasil joanino.

A REVOLUÇÃO PERNAMBUCANA (1817)


As dificuldades econômicas do Nordeste somadas aos pesados impostos cobrados após a
chegada da família real ao Brasil, contribuíram para a eclosão de outro movimento separatista,
desta feita em Pernambuco e ano de 1817.
O aumento dos impostos, para custear os gastos da monarquia instalada no Rio de Janeiro,
gerou profunda insatisfação dos colonos que enfrentavam dificuldades econômicas. Somadas às
ideias de liberdade e igualdade que agitavam a Europa e a América, em março de 1817 tem início
a conspiração, com a criação do Governo Provisório. O movimento recebeu a adesão da Paraíba
e do Rio Grande do Norte.
A Lei Orgânica, publicada pelo governo republicano destacava a igualdade de direitos e a
garantia da propriedade privada. Entre seus líderes, destacaram-se Domingos José Martins e o
padre Miguel Joaquim de Almeida e Castro. O novo governo decretou também a extinção dos
impostos. No entanto, este movimento, de caráter republicano, separatista e antilusitano fracassou,
não obstante, deixou profundas raízes na sociedade pernambucana, que anos mais tarde (1824)
revolta-se novamente.

POLÍTICA EXTERNA
- Ocupação da Guiana Francesa, em 1809, num ato de represália a Napoleão Bonaparte. A região
foi devolvida em 1817;
- Anexação da Cisplatina, como pretexto de salvaguardar os interesses espanhóis. Carlota
Joaquina era irmã de Fernando VII, que foi deposto por Napoleão Bonaparte.

REVOLUÇÃO DO PORTO (1820)


Movimento marcado por um duplo caráter. De um lado, mostrava-se liberal, acabando com
o absolutismo português e elaborando uma Constituição que limitava os poderes do rei e ampliava
os poderes das Cortes (o Parlamento). Por outro lado, era um movimento de caráter conservador,
visto que a burguesia lusitana pretendia recolonizar o Brasil.
Por força da revolução, D. João VI retorna a Portugal e deixa seu filho, Pedro, como príncipe
regente do Brasil. Contra a tentativa de recolonização do Brasil surgiram dois grupos políticos: o
Partido Português, composto por grandes comerciantes e militares portugueses e que defendiam
as propostas da Revolução do Porto e o Partido Brasileiro, formado por fazendeiros escravistas e
comerciantes brasileiros e atuaram pela independência do Brasil. Os principais nomes deste grupo
eram José Bonifácio, Gonçalves Ledo e Clemente Pereira.

A REGÊNCIA DE D. PEDRO (1821/22):


09/01/1822- Dia do Fico: Respondendo com o Fico após uma petição com oito mil assinaturas e
desobedecendo ás ordens da Corte de retornar a Portugal.
04/04/1822- decretado o "Cumpra-se", onde nenhum ato das Cortes teria validade no Brasil.
13/05/1822- D. Pedro recebe o título de Defensor Perpétuo do Brasil.
03/06/1822- D. Pedro convoca uma Assembleia Geral Constituinte, uma declaração formal de
independência.
07/09/1822- D. Pedro proclamou a independência às margens do riacho do Ipiranga.
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Mesmo com a independência, o Brasil manteve a estrutura legada do período colonial, qual seja, a
permanência do latifúndio monocultor escravocrata, voltado para atender os interesses do mercado
externo. A monarquia foi mantida como forma de manter os privilégios da classe dominante
brasileira. Disponível em: https://www.mundovestibular.com.br/estudos/historia/a-crise-do-sistema-colonial/

AULA 3- ATIVIDADES
Podemos ver na imagem abaixo, uma grande comitiva de nobres portugueses deixando sua
terra natal na Europa, com todo seu prestígio e conforto, com destino a uma vida com futuro incerto
em uma de suas colônias fora da Europa. Diante do que foi estudado, responda:

Embarque da Família Real no


Porto de Belém, Lisboa em 1807.
Por Desconhecido - [1], Domínio
público,
https://commons.wikimedia.org/w/
index.php?curid=18377159

QUESTÃO. 02 Quem garantiu a segurança da Família Real no trajeto para o Brasil?


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QUESTÃO.03 Qual a primeira ação economicamente importante tomada por D. João em solo
brasileiro e quem se beneficiou dela?
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QUESTÃO. 04 O que representou para o Brasil o fato de ser elevado à condição de Reino Unido
de Portugal e Algarves em 1814?
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Aula 4- O processo de Independência do Brasil.
A independência do Brasil tem uma grande ligação com a transferência da corte
portuguesa para a colônia, em 1808. Os acontecimentos que se passaram no intervalo de tempo
entre 1808 e 1822 levaram ao desgaste na relação entre a elite brasileira, sobretudo a do Sudeste,
com o Reino de Portugal.
Às margens do Rio Ipiranga, d. Pedro inteirou-se da situação, e, segundo o que ficou
registrado na história oficial brasileira, foi realizado o grito pela independência do Brasil, momento
conhecido como Grito do Ipiranga. Os historiadores, porém, afirmam que não existem muitas
evidências que comprovem se o grito tenha de fato acontecido.
Declaração de independência: A situação agravou-se em agosto, quando
ordens chegaram de Portugal. As Cortes atacavam os “privilégios
brasileiros”, acusavam José Bonifácio de traição e ordenavam o retorno de
d. Pedro. Isso fez d. Maria Leopoldina convocar uma sessão extraordinária
presidida por José Bonifácio, em 2 de setembro. Nessa sessão ficou
decidido que era o momento de declarar a independência do Brasil. Uma
declaração de independência foi redigida e enviada, junto às cartas
portugueses, para d. Pedro. O regente estava a caminho de São Paulo na
ocasião, e acabou sendo alcançado pelo mensageiro, no dia 7 de setembro
de 1822.
Em 9 de janeiro de 1822, d. Pedro
anunciou o Dia do Fico.
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Guerra de independência do Brasil: A declaração de independência foi recebida


positivamente por muitos, mas não por todos. As províncias do Pará, Bahia, Maranhão e
da Cisplatina mantiveram-se fiéis a Portugal, e isso deu início ao que conhecemos hoje
como Guerra de independência do Brasil, composta por conflitos travados isoladamente em cada
província e que se estenderam até 1824.
Todas as províncias foram conquistadas pelas tropas brasileiras, e d. Pedro garantiu o
controle sobre todo o território brasileiro. Depois da derrota da resistência, Portugal aceitou
negociar o reconhecimento da independência brasileira via mediação realizada pelos ingleses.

As consequências da independência do Brasil: Com a independência do Brasil, o país


tornou-se soberano e organizou-se com uma monarquia. Na América do Sul, o Brasil foi a única
monarquia, pois as outras nações organizaram-se como repúblicas. Dom Pedro foi coroado
imperador e nomeado como D. Pedro I em 1º de dezembro de 1822. Com isso, foi inaugurado
o Primeiro Reinado (1822-1831). Outra consequência da independência foi o endividamento do
país, já que Portugal cobrou dois milhões de libras do Brasil como indenização. Disponível em
https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/independencia-brasil-1822.htm - Acesso em 31/08/2020

Com a independência, d. Pedro foi coroado imperador do


Brasil e tornou-se d. Pedro I.
Disponível em:
https://www.google.com/search?q=mapa+mental+processo
+de+independencia – Acesso em 09/07/2021

ATIVIDADES
QUESTÃO 05 – LIVRO DIDÁTICO (RESPONDER NA PÓPRIA APOSTILA) PG. 105 – AO
MESMO TEMPO – RESPONDER SOMENTE À QUESTÃO 1.
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Faça uma leitura da página 112 entender a Confederação do Equador e a Guerra da Cisplatina
QUESTÃO 06 – O que foi a Confederação do Equador?
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A CONSOLIDAÇÃO E O DECLÍNIO DE D. PEDRO COMO PRIMEIRO IMPERADOR DO
BRASIL
Uma importante batalha para a consolidação do Brasil como estado independente travava-
se nos salões de uma Assembleia Constituinte. A elite agrária brasileira reunira-se em
assembleia no intuito de elaborar a primeira Constituição do Estado brasileiro Independente,
determinando os parâmetros políticos e sociais para a sociedade que a partir de 1822 não estava
mais sob as ordens da Coroa Portuguesa. Idealizada por Antônio Carlos de Andrada e Silva, um
político nascido no Rio de Janeiro em 1773, essa assembleia só contaria com os votos daqueles
possuíssem uma renda anual equivalente a 150 alqueires de farinha de mandioca. Demonstrando
que esta elite agrária buscaria o protagonismo no novo cenário político brasileiro, elaborando uma
constituição que visava beneficiar essencialmente o modelo censitário, esta constituição ficou
conhecida como Constituição da Mandioca.
A divisão de interesses entre o Partido Português e o Partido Brasileiro, voltou a ficar
evidente na elaboração desta constituição. Os portugueses queriam poderes absolutos ao monarca
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D. Pedro, enquanto os brasileiros desejavam a anuência do parlamento sobre quaisquer decisões


importantes do Imperador. Ciente que grande parte da Assembleia desejava limitar os poderes do
Monarca, D. Pedro aplica um golpe em 12 de novembro de 1.823, dissolvendo a constituinte, no
que foi chamado de Noite da Agonia para determinar a elaboração de uma constituição que
atendesse os desejos do Imperador. A primeira constituição brasileira só foi promulgada em 1.824,
conciliando os interesses de uma elite agrária e o autoritarismo de D. Pedro, que passaria a ter o
título de D. Pedro I. Dentre seus aspectos, podemos destacar as seguintes determinações:
a) O território foi dividido em Províncias, governadas por um presidente indicado por D. Pedro I;
b) O Brasil torna-se um Império com a Divisão dos Poderes entre Legislativo, Executivo e
Judiciário, entretanto foi dada ao Imperador a prerrogativa do Quarto Poder, O Moderador,
garantindo-lhe o direito de intervir nos demais poderes;
c) Os bens adquiridos pela elite no período colonial foram garantidos pela nova constituição,
incluindo terras e escravos;
d) O catolicismo torna-se a religião oficial do Império;
e) O direito a voto para o legislativo seria indireto e censitário, ou seja, de acordo com uma renda
mínima, favorecendo a elite agrária;
O processo de independência foi extremamente caro para o Império Brasileiro, pois o Brasil
além de ter que restabelecer seu sistema produtivo, ter suas despesas militares aumentadas para
a defesa do território, teve que pagar uma indenização aos portugueses para obter reconhecimento
da Independência, a economia brasileira entrou em grave crise durante o Primeiro Reinado. Isso
associado as medidas desastrosas de D. Pedro para recuperar a economia, aumentando impostos
e emitindo mais moedas, levaram vários falência, inclusive o Banco do Brasil.
Sem popularidade, abandonado pela elite agrária e pelos militares, D. Pedro abdica do trono
em favor de seu filho, Pedro de Alcântara, nascido no Brasil, mas há época com apenas 5 anos de
idade, retornando a Portugal em 1.831, onde assumiria o trono português. A saída de D. Pedro I
representa a ruptura definitiva do Brasil com Portugal.

ATIVIDADES
QUESTÃO 07 – O que foi a Constituição da Mandioca?
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QUESTÃO.08 – Na Constituição Brasileira de 1.824, explique qual a função do Poder Moderador.
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SEMANAS 22 e 23- CAPÍTULO 07 – REBELIÕES NO BRASIL REGENCIAL

AULA 1- Leia as páginas 118, 119 e 120 do livro didático para entender o que foi e a formação
das regências
ATIVIDADES
QUESTÃO 09 – O que foi o Ato Adicional de 1.834?
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QUESTÃO 10 - Por que foi necessário a presença de governantes regentes uma vez que já havia
um Príncipe herdeiro no Brasil?
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AULAS 2 e 3 - PERÍODO REGENCIAL, PERÍODO DE REVOLTAS


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A Regência Una de Feijó foi marcada pela incapacidade do regente em resolver as tensões
sociais que dividiam a sociedade do recém-formado Estado Brasileiro. As elites locais, desejosas
de manter a autonomia conquistada no processo de independência e nos primeiros anos de
regência, aproveitaram a fragilidade governamental do Estado para promover rebeliões, algumas
separatistas, visando exercer governos locais que beneficiassem seus interesses políticos e
comerciais. Em outros casos, grupos sociais que passaram anos massacrados por um sistema
opressor, buscavam reconhecimento de seus desejos de autonomia dentro desta sociedade.
Em 1.837, na província da Bahia, o médico e jornalista Francisco Sabino liderou um grupo
descontente de militares, profissionais liberais, comerciantes, populares e negros livres. Os
revoltosos não aceitavam a falta de autonomia comercial da província baiana com o fato dos postos
administrativos mais importantes serem indicações do Governo Central. Em 6 de novembro de
1.837, rebeldes ocupam o Forte de São Pedro e declaram o rompimento com o Governo Central
no Rio de Janeiro. Foi decretada a República da Bahia até a maioridade de D. Pedro II, datada para
1.844. Entretanto, a reação violenta do Governo Central no ano seguinte, resultou em mais de 2
mil mortos e à prisão dos seus líderes, sufocando o movimento. Este movimento recebeu o nome
de Sabinada. Note que não desejavam separação definitiva do Brasil e sim o rompimento com o
Governo Regencial.
Em 1.835, também na cidade de Salvador, uma revolta de escravizados escancarou o
problema gerado pela manutenção da mão-de-obra escrava no Brasil. A chamada Revolta dos
Malês, organizada por cerca de 600 negros escravizados declarados como muçulmanos (malês,
no idioma iorubá), buscou libertar escravos nas proximidades da cidade, matando algozes ou seus
traidores. O objetivo mais amplo era acabar com a escravidão no Brasil, mas apesar do forte
idealismo, a Revolta foi sufocada pelas tropas do governo.
No Maranhão em 1.838, um movimento liderado pelo artesão Manuel Francisco dos Anjos
Ferreira, o Balaio, buscou acabar com a opressão imposta pelos grandes fazendeiros da região,
responsáveis por um sistema que deixou grande parte da população na mais profunda miséria. Na
Balaiada, como ficou conhecida, artesãos, vaqueiros, escravizados, camponeses que tomaram o
poder central e decretaram a expulsão dos portugueses da região. Com ajuda de tropas do Rio de
Janeiro, o governo maranhense combateu violentamente os revoltosos e sufocaram o movimento
em 1.841, deixando um saldo de 12 mil mortos, entre camponeses e escravizados.
Na província do Grão-Pará, havia um descontentamento por parte da sociedade local contra
a presença de portugueses nos mais altos cargos públicos desde o Primeiro Reinado. Os
comerciantes locais buscavam livrar-se do controle imposto pelos comerciantes portugueses, que
por controlar a administração local, impediam o crescimento econômico dos nativos. O abismo
social existente na região, onde uma parcela de ricos comerciantes contrastava com uma massa
gigantescas de camponeses e indígenas que viviam com condições de miséria extrema, foi outro
fator determinante para a deflagração do movimento da Cabanagem, liderada pela população mais
pobre residente em cabanas às margens dos grandes rios. Entre 1.835 e 1.840, grupos de rebeldes
combatiam tropas governamentais pelo poder na província, terminando com a vitória do Governo
e deixando um resultado estimado de 30 mil mortos.
A mais duradoura rebelião regencial ocorreu na região Sul e recebeu o nome de Guerra dos
Farrapos ou Revolução Farroupilha. Naquela época, estancieiros (fazendeiros) locais tinham
como atividade econômica a criação de gado para a produção de charque. Como tinham
relacionamento estreito com comunidades do Uruguai, onde possuíam grandes propriedade de
terra, os estancieiros pediam ao Governo Central a livre circulação de mercadorias e gado entre os
dois países, facilitando o transporte de seus produtos. Em contrapartida, pediam o aumento da
taxação de produtos vindos da Argentina, pois a taxa cobrada deixava o produto brasileiro com o
valor mais alto do que os produtos importados.
A revolução começa quando o estancieiro Bento Gonçalves depõe o Governador da
província, assumindo o controle governamental. Três anos mais tarde, os rebeldes declaram a
República de Piratini, uma nação separada do Brasil e foram seguidos por estancieiros de Santa
Catarina, proclamando a República Juliana, com a liderança do italiano Giuseppe Garibaldi.
Tropas governamentais partidas do Rio de Janeiro foram enviadas para sufocar o movimento
travando batalhas que durariam 10 anos e um número elevado de mortes. Ao fim do movimento,
Luís Alves de Lima e Silva, o Barão de Caxias, que futuramente foi chamado de Duque de
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Caxias, liderou um exército de 12 mil homens e venceram os farrapos. Apesar de serem


separatistas e persistirem por uma década, o Governo Imperial anistiou os revoltosos, respeitando
as patentes militares conquistadas no exército dos farrapos e atenderam o desejo de aumentar a
taxação de produtos estrangeiros, tudo isso em função daquela região ser de importante estratégia
para o Império Brasileiro.

AULA 4- ATIVIDADES
QUESTÃO 11 – Observe a charge a seguir, referente ao Período Regencial brasileiro.

Podemos definir a fase da Regência, que vigorou


no Brasil entre 1831 e 1840, como um período em
que: (Marcar uma única alternativa)

a) apenas os portugueses vindos com a Família Real


em 1808 podiam participar do governo.
b) houve um revezamento de poder entre as elites e
as camadas populares, por meio de eleições diretas
e do voto universal.
c) o governo passou a ser exercido pelos Regentes,
encarregados da administração do país até que o
imperador completasse a maioridade.
d) os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário
foram exercidos por políticos eleitos anualmente pelo
voto universal.
(NOVAES, Eduardo Novaes & LOBO, César.
História do Brasil para principiantes – 500 anos de
idas e vindas. São Paulo: Ática. p. 160.)

QUESTÃO 12 – A consolidação do Império foi marcada por várias rebeliões, que, representando
grupos, regiões e interesses diversificados, ameaçaram o Estado Imperial. Assinale a opção que
associa uma dessas rebeliões ocorridas durante o Império com o que foi afirmado acima:
a) A Cabanagem, no Grão-Pará, expressou a reação dos comerciantes locais contra o monopólio
do comércio.
b) A Praieira, em Pernambuco, foi a mais importante manifestação do Partido Restaurador.
c) A Sabinada, na Bahia, teve origem na mais importante rebelião popular e de escravos do
período.
d) A Farroupilha, no Rio Grande, foi a mais longa rebelião republicana e federalista, expressando
ideais dos proprietários gaúchos.

QUESTÃO 13 – Quais os partidos políticos que se consolidaram após 1.840 no Brasil e quais
grupos sociais os formavam?
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QUESTÃO 14 – Observe a imagem e marque a alternativa correta:
Dom Pedro II, após a abdicação de seu pai, em 1831,
passou a ser Príncipe Regente do Brasil. Essa fase durou
até o ano de 1840, quando foi formalizada a sua situação
como imperador, quando ele tinha apenas 14 anos de
idade. Essa formalização ficou conhecida como:
( ) Regência Una.
( ) Regência Trina
( ) Golpe da Maioridade
( ) Nepotismo
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SEMANAS 24 e 25-CAPÍTULO 08 - Cafeicultura no Brasil escravista.

AULA 1- Cafeicultura no Brasil escravista


O café, atualmente, é umas das bebidas mais populares das sociedades brasileira e mundial.
Este produto teria sido cultivado originalmente na Etiópia como estimulante de rebanhos e se
transformado em bebida pelos árabes ainda no Império Otomano, posteriormente, teria chegado à
Europa no século XIV e trazido às Américas pelos colonizadores.
As primeiras grandes plantações de café no Brasil, com produção destinada ao consumo
externo tiveram grande sucesso nas terras do Vale do Paraíba, entre São Paulo e Rio de Janeiro,
favorecidas pela abundância de terras, clima favorável e mão-de-obra escrava farta, tornando as
cidades daquela região como grandes polos produtores de café brasileiro no Segundo Reinado. O
sistema produtivo era simples, baseado apenas na expansão de áreas cultivadas sem se preocupar
com inovações técnicas para aumentar a qualidade do produto. Este fator associado ao trabalho
escravo e a proximidade com os portos marítimos, faziam do café um produto extremamente
lucrativo aos fazendeiros da região.
Por outro lado, esta falta de investimento técnico-científico no sistema produtivo causou o
enfraquecimento do solo na região do Vale do Paraíba, diminuindo a qualidade do produto e
levando a produção a um processo de declínio e decadência. A solução encontrada pelos
produtores foi migrar as plantações para a região do Oeste Paulista, onde terras férteis e novos
investimentos técnicos fizeram destes cafezais os mais lucrativos de toda a produção do Império,
tomando o posto do Vale do Paraíba.

ATIVIDADES

QUESTÃO 15 – A economia cafeeira foi o principal esteio econômico do Segundo Reinado, sendo
desenvolvido seu cultivo em grande escala primeiramente:
( ) no Oeste paulista; ( ) no Sul da Bahia; ( ) na Baixada Fluminense; ( ) no Sul de Minas

QUESTÃO 16 – LIVRO DIDÁTICO (RESPONDER NA PRÓPRIA APOSTILA, PÁGINA 140 –


SOMENTE A QUESTÃO 2).
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AULAS 2 E 3 - O fim da Escravidão no Brasil

Por mais de 300 anos a famigerada prática de escravizar seres humanos foi um negócio
extremamente lucrativo no Brasil. Entretanto, no século XIX, o país era um dos poucos a manter
essa prática desumana de sistema de trabalho e começou a sofrer forte pressão inglesa para
extingui-la. Importante lembrar que a passagem do século XVIII para o XIX foi marcada pela
disseminação do iluminismo na América, alimentando um forte desejo abolicionista em parte das
sociedades.
No Brasil, que após a independência resolveu manter o sistema escravocrata, os imperadores,
sobretudo D. Pedro II, passou a sofrer uma intensa pressão da Inglaterra para acabar com o
sistema escravocrata, uma vez que os ingleses já haviam abolido essa prática e passaram a usar
sua força política para forçar outros países, dependentes de sua economia, a fazer o mesmo. A
teoria mais aceita sobre o motivo da Inglaterra em acabar com a escravidão no Atlântico, sobretudo
Brasil, era o interesse econômico em aumentar seu mercado consumidor, uma vez que sua
crescente produção industrial necessitava de mais compradores. O fim da escravidão no Brasil iria
favorecer a contratação de assalariados, possíveis consumidores dos produtos ingleses.
A economia brasileira focada na produção cafeeira com mão-de-obra escrava dependia deste
sistema, fazendo com que suas lideranças ignorassem a pressão inglesa para acabar com a
escravidão. A resposta inglesa veio com a aprovação da lei Bill Aberdeen em 1.845, autorizando a
Marinha da Inglaterra a apreender quaisquer navios negreiros no Oceano Atlântico. Num período
de dois anos (1849-1851), cerca de 90 navios foram apreendidos, causando a revolta na sociedade
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escravocrata brasileira, deteriorando a relação entre os dois países. No entanto, ciente que não
poderia enfrentar o poderio inglês, foi aprovada no Brasil em 1850 a Lei Eusébio de Queiroz,
determinando o fim do tráfico negreiro internacional para o Brasil. A solução encontrada pelos
grandes fazendeiros foi aumentar o tráfico interno de escravos.
Em 1871 foi aprovada no Brasil a Lei do Ventre-Livre, declarando que filhos de mulheres
escravizadas que nascessem a partir desta data eram considerados livres. No entanto, a criança
ficaria com a mãe (escrava) até completar 8 anos e só assim, mediante uma indenização do Estado,
poderiam ser libertadas. Sem a indenização, o fazendeiro poderia exigir a permanência da criança
em seu poder até a idade de 21 anos.
Em 1885 foi aprovada a Lei dos Sexagenários, libertando qualquer escravizado que
completasse a idade de 60 anos, ficando este a trabalhar mais três anos para o fazendeiro como
indenização. Os senhores de escravos consideravam um bom negócio, visto que a grande maioria
dos escravizados não chegavam a esta idade e se chegassem, eram considerados improdutivos.
Na década de 80 do século XIX, setores abolicionistas da sociedade brasileira passaram a exercer
forte pressão para o fim da escravidão. Fugas eram promovidas, quilombos eram fortificados,
deixando grande parte dos fazendeiros em situação delicada mediante os desejos abolicionistas.
No dia 13 de maio de 1888, a Princesa Isabel, provisoriamente no poder, assinou a Lei Áurea,
determinando o fim da escravidão no Brasil. O que poderia representar uma grande catástrofe à
produção agrícola brasileira, a abolição não modificou de imediato as relações entre escravizados
e fazendeiros num primeiro momento. Uma vez libertos e sem direito a indenização, os
escravizados não tinham garantia de sustento se deixassem suas fazendas, fazendo com que
muitos decidissem permanecer nas terras dos senhores em sistema similar de trabalho.
Em outros casos, os recéns libertos entravam em acordo com os senhores para continuar
trabalhando nas fazendas em troca de algum sustento e nas áreas urbanas, especialmente Rio de
Janeiro e São Paulo, buscavam algum sustento realizando serviços considerados perigosos para
a elite dominante.
O que podemos afirmar é que a Lei Áurea foi um grande alento aos humanos escravizados,
uma vez que lhes concedia o direito inalienável de serem, livres, mas não resolveu o grave
problema do preconceito racial da elite branca dominante, determinando para os recéns libertos
serviços considerados aviltantes e precárias moradias em cortiços, onde era comum a proliferação
de doenças. A abolição não resolveu o problema do preconceito.

AULA 4- ATIVIDADES

Q. 17 – Observe a linha do tempo das principais leis abolicionistas brasileiras;

A Charge ao está relacionada com qual lei


abolicionista? Justifique.
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QUESTÃO 18 – Observe a charge abaixo e marque a alternativa correta:

A Abolição da Escravidão no Brasil em 1.888;


a) Foi bem recebida por toda a Sociedade brasileira que se beneficiou economicamente com os
trabalhadores negros, agora livres.
b) Representou crescimento econômico para os negros que foram indenizados por anos de
escravidão e humilhações.
c) Não alterou a situação social e econômica dos negros, pois foram abandonados à própria sorte
pelo Estado Brasileiro, o que fez só reforçar o racismo, o preconceito e a violência contra os ex-
escravos.
d) Quebrou economicamente os Fazendeiros que não tiveram como pagar salários aos ex-
escravos.

SEMANA 26

AULAS 1, 2 e 3- O movimento imigrante no Brasil

O século XIX no Brasil apresentou-se extremamente transformador para a sociedade


brasileira no que abrange importantes pilares políticos e econômicos da antiga colônia,
transformada em império e ao final do período em república. Essas transformações iniciaram-se
1.808, com a vinda da Família Real ao Brasil, trazendo consigo um caráter europeu de sociedade
à antiga colônia, que rapidamente é transformada em Reino Unido e posteriormente numa nação
independente. Mesmo sendo um Império por quase todo o século XIX, o Brasil economicamente
ainda era um país essencialmente agrário, valendo-se da mão-de-obra escrava africana para
produzir as riquezas exportadas para a Europa nas grandes fazendas, especialmente de café.
Entretanto, a prática escravocrata já caíra em desuso em quase todo os países americanos e na
Europa, fazendo com que europeus, principalmente ingleses pressionassem o governo brasileiro a
encerrar a escravidão no país.
Baseando-se na premissa racista de superioridade racial do branco europeu sobre a
população negra, a elite da sociedade brasileira passou a financiar a chegada de imigrantes da
Europa para trabalhar nas lavouras do Brasil, alegando que eram mais capacitados ao trabalho e
ao mesmo tempo, organizando comunidades europeias em solo brasileiro, iriam contribuir para o
processo de clareamento da sociedade brasileira, considerada mestiça demais aos olhos racistas
daqueles que comandavam a política e a economia do Brasil.
Este processo iniciado ainda no início do século XIX foi intensificado a partir de 1.850,
especialmente nas lavouras de café paulistas do fazendeiro Nicolau Vergueiro. Em sua cidade,
Limeira-SP, o fazendeiro financiou a vinda de cerca de 364 famílias suíças e alemãs, custeando
passagens, alimentação e acomodação dos imigrantes até a primeira colheita. Os europeus
trabalhariam na produção de café e o fazendeiro ficaria com 50% do que fosse produzido, além de
6% como taxa de juros por ter financiado a viagem. Este sistema era fundamentalmente produtivo
ao fazendeiro e prejudicial aos imigrantes, uma vez que o dono das terras reserva para si as
melhores terras, onde seus escravos iriam trabalhar e deixavam os imigrantes com áreas menos
produtivas. Não tardou surgiram reclamações por parte dos europeus, questionando as ações
destes fazendeiros. Somente em 1871 o Governo de São Paulo adotou medidas para garantir
melhores condições aos imigrantes europeus.
Ao longo dos anos os imigrantes europeus num primeiro momento e posteriormente asiáticos
passaram a prosperar no território brasileiro, fundando comunidades que obedeciam seus
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costumes culturais e religiosos. Importantes cidades brasileiras atuais, como Blumenau – SC e


Joinville – SC, têm suas origens em comunidades de imigrantes europeus. Atualmente, vários
costumes destes imigrantes já são incorporados ao estilo de vida da sociedade brasileira.

AULA 4 - QUESTÃO 19 – Observe a Tirinha abaixo e responda à questão:

Sobre a Imigração europeia para o Brasil na segunda metade do século XIX, podemos dizer que:

( ) Os imigrantes eram formados em sua grande maioria, por empresários bem sucedidos na
Europa que vinham para o Brasil expandir seus negócios.
( ) As famílias imigrantes eram oriundas dos países europeus industrializados. Eram pobres,
desempregados, camponeses, homens e mulheres que vinham tentar a sorte no Brasil e fugirem
das péssimas condições sociais a que estavam submetidos na Europa.
( ) Eram formados por altos funcionários públicos e gerentes das primeiras multinacionais
europeias que estavam implantando indústrias têxteis no Brasil, em São Paulo principalmente.

Indicações de Vídeos

• A chegada da família real no Brasil | Nerdologia


https://www.youtube.com/watch?v=Xf0yV7EXTMU

• Independência do Brasil | Nerdologia


https://www.youtube.com/watch?v=BzADvI7MAKg

• Revoltas Regenciais - Brasil Escola


https://www.youtube.com/watch?v=ZpgYRXIwo4E

• Histórias do Brasil - Os imigrantes e o ciclo do café


https://www.youtube.com/watch?v=catx_sJGxwU

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