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DA PROCURADORIA-GERAL DO DISTRITO
FEDERAL
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Art. 110. A Procuradoria-Geral é o órgão central do sistema jurídico do
Poder Executivo, de natureza permanente, na forma do art. 132 da
Constituição Federal.
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Art. 111. São funções institucionais da Procuradoria-Geral do Distrito
Federal:
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§ 1º A cobrança judicial da dívida do Distrito Federal a que se refere o
inciso VII deste artigo inclui aquela relativa à Câmara Legislativa do
Distrito Federal.
CESPE/2013
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Art. 112. Os servidores de apoio às atividades jurídicas serão
organizados em carreira, com quadro próprio e funções específicas.
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DAS FUNÇÕES INSTITUCIONAIS E DA
COMPETÊNCIA
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Art. 1º A Procuradoria-Geral do Distrito Federal, órgão central do
Sistema Jurídico do Distrito Federal, é instituição de natureza
permanente, essencial à Justiça e à Administração, dotada de autonomia
funcional, administrativa e financeira na forma do art. 132 da
Constituição Federal, cabendo-lhe a representação judicial e a
consultoria jurídica do Distrito Federal e de suas autarquias e fundações,
privativas dos Procuradores do Distrito Federal.
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Art. 2º A Procuradoria-Geral do Distrito Federal tem por finalidade
exercer a advocacia pública, cabendo-lhe, ainda, prestar a orientação
normativa e a supervisão técnica do sistema jurídico do Distrito Federal.
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Art. 3º A Procuradoria-Geral do Distrito Federal é equiparada, para
todos os efeitos, às secretarias de estado e seu titular tem as
prerrogativas, direitos e vantagens de secretário de estado.
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DA COMPETÊNCIA
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Art. 4º Compete à Procuradoria-Geral do Distrito Federal:
I - representar o Distrito Federal e suas autarquias e fundações públicas
em juízo ou fora dele;
II - prestar consultoria jurídica do Distrito Federal e de suas autarquias e
fundações;
III – exercer o controle interno da legalidade dos atos do Poder
Executivo;
IV – representar a Fazenda Pública perante os Tribunais de Contas da
União, do Distrito Federal e de Recursos Fiscais;
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V – zelar pelo cumprimento, na Administração Pública Direta e Indireta,
das normas jurídicas, das decisões judiciais e dos pareceres jurídicos da
Procuradoria-Geral do Distrito Federal;
VI – representar sobre as providências de ordem jurídica, sempre que o
interesse público exigir;
VIII – inscrever a dívida ativa tributária e não tributária, em data a ser
definida pelo Poder Executivo;
IX – promover a abertura de inventário, quando os interessados não
atenderem aos prazos legais para esse fim;
X – atuar nos inventários, adjudicações e arrolamentos, quanto à prova
de quitação dos tributos relativos aos bens do espólio e às suas rendas
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XII – examinar previamente editais de licitações de interesse do Distrito
Federal;
XIII – elaborar ou examinar anteprojetos de leis de iniciativa do Poder
Executivo e minutas de decretos, bem como analisar os projetos de lei do
Poder Legislativo, com vistas à sanção ou veto do Governador do Distrito
Federal;
XIV - promover a unificação da jurisprudência administrativa e a
padronização de minutas de editais de licitação, editais de natureza de
chamamento público, contratos, convênios, termos de ajustes, termos de
colaboração e de fomento, acordos de cooperação e outros instrumentos
congêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração Pública
direta, autárquica e fundacional do Distrito Federal;
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XV – exarar atos e estabelecer normas para organização do sistema
jurídico do Distrito Federal;
XVI – zelar pela obediência aos princípios da legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade, eficiência e demais regras expressas na
Constituição Federal, na Lei Orgânica do Distrito Federal, nas leis e atos
normativos aplicáveis nos atos da Administração Pública direta e
indireta do Distrito Federal;
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XVII – prestar orientação jurídico–normativa para a Administração Direta e Indireta
do Distrito Federal;
XX – propor ações civis públicas para tutela do patrimônio público e social, do meio
ambiente e interesses difusos e coletivos, assim como a habilitação do Distrito
Federal como litisconsorte de qualquer das partes nessas ações;
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XXI – orientar sobre a forma de cumprimento de decisões judiciais e pedidos de
extensão de julgados relacionados com a Administração do Distrito Federal;
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DOS ÓRGÃOS E DA COMPETÊNCIA
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Art. 5º Para o exercício de suas competências, a Procuradoria-Geral do
Distrito Federal tem a seguinte estrutura organizacional básica:
I - órgãos de decisão colegiada;
II - órgãos de direção superior;
III - órgãos de assessoramento superior;
IV - órgãos de apoio estratégico;
V - órgãos executivos do sistema jurídico do Distrito Federal;
VI - órgãos de apoio técnico e operacional;
VII - órgãos administrativos.
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§ 1º A Procuradoria-Geral do Distrito Federal será chefiada pelo
Procurador-Geral;
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§ 2º O Procurador-Geral será escolhido dentre os Procuradores do
Distrito Federal em atividade, observado o disposto nos arts. 60, inciso
XX, e 100, inciso XIII, da Lei Orgânica do Distrito Federal.
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CESPE/2013
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§ 3º O procurador-geral do Distrito Federal é substituído, em suas
ausências e impedimentos eventuais, por um dos procuradores-gerais
adjuntos, na forma definida em portaria.
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DA COMPETÊNCIA
Do Procurador-Geral
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Art. 6º Ao Procurador-Geral do Distrito Federal cabe o desempenho das
seguintes atribuições:
I – baixar normas sobre matéria jurídica de sua competência, propor e
elaborar minutas e anteprojetos de normas de interesse da
Procuradoria-Geral e do Distrito Federal;
II – transigir, desistir, confessar e deixar de recorrer em juízo ou fora dele;
III - receber citações, intimações e notificações judiciais e extrajudiciais
endereçadas ao Distrito Federal ou a qualquer de suas autarquias ou
fundações ou delegar essa atribuição aos titulares dos órgãos a ele
subordinados;
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IV – emitir, aprovar ou editar parecer sobre matéria de interesse do
Distrito Federal;
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IX – prestar orientação jurídica ao Governador do Distrito Federal e Secretários
de Estado nos assuntos de competência da Procuradoria-Geral do Distrito
Federal;
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XIII – indicar nomes para o preenchimento de cargos de direção e
assessoramento superior ou funções comissionadas;
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XXIII – instaurar sindicâncias e processos administrativos disciplinares e
designar as respectivas comissões;
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XXXII – elogiar Procuradores do Distrito Federal e servidores;
XXXIII – representar o Distrito Federal judicialmente e nos casos em que houver delegação
expressa, extrajudicialmente;
XXXIV – celebrar contratos, convênios e outros instrumentos jurídicos nos assuntos de sua
competência e quando lhe for legalmente atribuída competência específica;
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XXXVIII – propor ao Governador do Distrito Federal a argüição ou a
declaração de inconstitucionalidade de lei ou ato normativo distrital em
face da Lei Orgânica do Distrito Federal ou da Constituição Federal;
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XLII – requisitar, com prioridade, dos órgãos da Administração Pública direta e
indireta do Distrito Federal apoio, inclusive policial, documentos, pareceres,
informações, diligências e fornecimento de pessoal para assistência técnica
específica às atividades da Procuradoria-Geral do Distrito Federal e dos
Procuradores;
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XLV – exercer os atos em geral de atribuição da Procuradoria-Geral do
Distrito Federal, ressalvadas as competências de outros órgãos.
XLVI - autorizar o ajuizamento de ações contra os demais entes da
federação ou entes públicos;
XLVII - editar normas complementares necessárias à sistematização e à
padronização de minutas de editais de licitação, editais de natureza de
chamamento público, contratos, convênios, termos de ajustes, termos de
colaboração e de fomento, acordos de cooperação e outros instrumentos
congêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração Pública
direta, autárquica e fundacional do Distrito Federal.
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XLVIII - regulamentar os procedimentos para o exercício da atividade de
consultoria e assessoramento jurídico do Distrito Federal e de suas
autarquias e fundações.
Parágrafo único. A utilização de minutas padronizadas, conforme
disposto no inciso XLVII, depende de verificação de adequação jurídico-
formal, ressalvada a possibilidade de emissão de parecer em caso de
dúvida jurídica específica.
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IADES/2011 - Compete ao Procurador-Geral do Distrito Federal
A autorizar e determinar a instauração de processos administrativos
disciplinares contra Procuradores do Distrito Federal
B estabelecer critérios e prioridades de aplicação de recursos
C acompanhar, avaliar e fiscalizar as ações do Pró-Jurídico, sem prejuízo
do controle interno e externo competente
D receber citações, intimações e notificações judiciais endereçadas ao
Distrito Federal ou delegar essa atribuição aos titulares dos órgãos
subordinados.
E velar pelo ajuizamento e controle do trâmite processual das ações
diretas de inconstitucionalidade enviadas pela Procuradoria-Geral do
Distrito Federal
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Da Corregedoria
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Art. 7º Nos termos do parágrafo único do art. 132 da Constituição Federal, fica
criada a Corregedoria na estrutura da Procuradoria-Geral do Distrito Federal,
competindo-lhe:
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V – propor ao Procurador-Geral do Distrito Federal a instauração de sindicância para
apurar irregularidades atribuídas a integrante da carreira de Procurador do Distrito
Federal;
VII – exercer outras atividades correlatas ou que lhe vierem a ser atribuídas ou
delegadas pelo Procurador-Geral;
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§ 3º Recebida a comunicação, a Corregedoria instaurará procedimento de
apuração sumária ou então proporá ao Procurador-Geral do Distrito Federal a
instauração de sindicância.
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Art. 9º Compete ao Procurador-Corregedor:
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IV – oficiar ao Conselho Superior pela exoneração de Procurador do Distrito
Federal julgado inapto no estágio probatório;
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VIII – apontar ao Procurador-Geral as necessidades de pessoal ou
material nos serviços afetos;
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XII – instaurar e realizar correições nos órgãos da Procuradoria-Geral do Distrito
Federal e demais órgãos e entidades que compõem o sistema jurídico Distrital;
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§ 3º O Procurador-Corregedor poderá, a qualquer tempo, requisitar dos
dirigentes dos órgãos mencionados no inciso XII deste artigo autos de
procedimentos para exame, mediante comunicação com antecedência
mínima de quarenta e oito horas.
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Do Conselho Superior
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Art. 10. O Conselho Superior da Procuradoria-Geral do Distrito Federal
compõe-se do Procurador-Geral, que o preside, e:
I - de 5 membros titulares e 5 suplentes escolhidos pelo Procurador-Geral
dentre os ocupantes de cargos em comissão ou de natureza especial
privativos de membros da carreira de Procurador do Distrito Federal e de
Procurador de que trata a Lei Complementar nº 914, de 2 de setembro
de 2016, para mandato de 2 anos, permitida a recondução;
II - de 5 membros titulares e 5 suplentes eleitos em escrutínio secreto
dentre os membros da carreira de Procurador do Distrito Federal e de
Procurador de que trata a Lei Complementar nº 914, de 2016, para
mandato de 2 anos, permitida 1 reeleição
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§ 1º A ordem da suplência é definida pelo Procurador-Geral, quanto aos
membros escolhidos por ele, ou pela quantidade de votos obtidos,
quanto aos membros eleitos.
§ 2º O mandato dos membros do Conselho Superior encerra-se pelo
decurso do prazo do mandato, caso não haja recondução ou reeleição,
ou pela renúncia.
§ 3º Encerrando-se o mandato, por qualquer motivo, antes do decurso
do prazo, é titularizado, para completar o período do seu antecessor, o
suplente que tiver obtido a maior votação, no caso dos membros
eleitos, ou o que for designado pelo Procurador-Geral, no caso dos
membros escolhidos por ele.
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§ 4º A eleição é realizada pela Associação dos Procuradores do Distrito
Federal, observadas as regras e os procedimentos estabelecidos em
resolução do Conselho Superior
§ 5º Os membros do Conselho Superior recebem o título de
Conselheiros Titulares ou Conselheiros Suplentes, conforme o caso.
§ 6º Nos impedimentos e nas ausências do Procurador-Geral do Distrito
Federal, a Presidência do Conselho é exercida, sucessivamente, por
Procurador-Geral Adjunto ou, na ausência ou impedimento deste, pelo
Conselheiro mais antigo na carreira.
§ 7º Nos impedimentos e nas ausências dos Conselheiros Titulares, são
chamados à substituição, para formação do quorum, os Conselheiros
Suplentes.
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Art. 11. Compete ao Conselho Superior:
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V – deliberar sobre a exoneração de Procurador do Distrito Federal julgado
inapto no estágio probatório, encaminhando cópia da decisão ao Procurador-
Geral para efetivação junto ao Governador do Distrito Federal;
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XI – deliberar sobre matéria que lhe seja submetida pelo Procurador-Geral;
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XVI – determinar o afastamento preventivo, sem prejuízo dos
vencimentos, de Procurador do Distrito Federal acusado ou indiciado em
processo administrativo disciplinar e o retorno às funções;
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XX – opinar sobre os pedidos de reversão de Procurador do Distrito
Federal;
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XXIV – julgar as questões a ele submetidas por matéria de sua
competência regulada nesta Lei Complementar ou em atos normativos a
ele pertinentes;
XXV – opinar, previamente ao julgamento pelo Governador do Distrito
Federal, nos processos administrativos disciplinares em que proposta a
demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de
cargo ou função em comissão de Procurador do Distrito Federal;
XXVI – deliberar sobre as correições realizadas nos órgãos do sistema
jurídico do Distrito Federal.
XXVII - manifestar-se previamente sobre os pedidos de afastamento e
licença de procurador do Distrito Federal;
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§ 1º Compete ao Governador do Distrito Federal a decisão final sobre os
processos administrativos disciplinares em que a comissão proponha a
aplicação das penalidades de demissão, cassação de aposentadoria ou
disponibilidade e destituição de cargo ou função em comissão.
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IADES/2011 - Assinale a alternativa que contém competência do
Conselho Superior da Procuradoria-Geral do Distrito Federal.
A Receber representações e denúncias contra integrantes da carreira de
Procurador do Distrito Federal
B Autorizar e determinar a instauração de processos administrativos
disciplinares contra Procuradores do Distrito Federal.
C Estabelecer critérios e prioridades de aplicação de recursos
D Subsidiar tecnicamente as decisões do Procurador-Geral
E Prestar assistência direta ao Procurador-Geral em estudos e pesquisas
técnico-jurídicas, sempre que necessário, e subsidiar decisões e
pareceres jurídicos de competência da Procuradoria-Geral
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Art. 12. Os assuntos de natureza disciplinar, de competência do Conselho
Superior, serão tratados em reuniões específicas, especialmente
convocadas para esse fim e registradas em ata própria.
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Do Pró-Jurídico - Fundo da Procuradoria-Geral do Distrito Federal
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DO QUADRO DE PESSOAL
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Art. 28. Os procuradores do Distrito Federal exercem suas funções nos
órgãos da Procuradoria-Geral, nos serviços jurídicos das autarquias e
fundações públicas, nas chefias das assessorias jurídico-legislativas e nos
órgãos e entidades da administração direta do Distrito Federal.
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§ 1º As chefias das assessorias jurídico-legislativas das secretarias de
estado do Distrito Federal e dos órgãos jurídicos das autarquias e
fundações públicas são exercidas privativamente por membros da
carreira de Procurador do Distrito Federal e da carreira de Procurador de
que trata a Lei Complementar nº 914, de 2 de setembro de 2016, por
indicação do procurador-geral do Distrito Federal, sendo dispensada a
cessão
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§ 2º A consultoria jurídica e o assessoramento aos órgãos e entidades
que não dispuserem de assessoria jurídico-legislativa própria são
prestados pela Procuradoria-Geral do Distrito Federal, na forma do ato
normativo previsto no art. 4º, XXVIII.
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Art. 29. Os cargos em comissão e os cargos de natureza especial de
direção, chefia, gerenciamento e coordenação das atividades típicas de
representação judicial ou consultoria jurídica integrantes da estrutura
administrativa da Procuradoria-Geral do Distrito Federal são exercidos
privativamente por membros da carreira de Procurador do Distrito
Federal e da carreira de Procurador de que trata a Lei Complementar nº
914, de 2016, em atividade.
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Art. 31. Os integrantes da carreira de Apoio às Atividades Jurídicas
exercerão suas funções nos órgãos da Procuradoria-Geral do Distrito
Federal.
Art. 32. A lotação, remoção e relotação dos Procuradores será feita por
ato do Procurador-Geral, de acordo com a necessidade de serviço.
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DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
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Art. 34. A cessão de Procuradores para outros órgãos dependerá de prévia
anuência do Conselho Superior da Procuradoria-Geral do Distrito Federal e
somente se dará nos seguintes casos:
I – no âmbito do Distrito Federal, para:
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Art. 34-A. A disposição de procuradores para outros órgãos ou entidades
depende de prévia anuência do Conselho Superior da Procuradoria-Geral
do Distrito Federal e somente se dá nos seguintes casos:
I - no âmbito do Distrito Federal, para viabilizar a execução de projetos
ou ações de natureza jurídica, com fim determinado e prazo certo;
II - no âmbito da União, para atuar como membro do Tribunal Superior
Eleitoral, do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, do Conselho
Nacional de Justiça ou do Conselho Nacional do Ministério Público.
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Art. 35. É vedado o fornecimento de cópias ou de qualquer outro meio
de publicidade de parecer da Procuradoria-Geral do Distrito Federal
antes da competente aprovação do Procurador-Geral.
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FIM
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DECRETO Nº 37.297, DE 29 DE ABRIL DE 2016.
Aprova, no âmbito da Administração Pública Direta e
Indireta do Distrito Federal, o Código de Conduta da
Alta Administração, o Código de Ética dos Servidores e
Empregados Públicos Civis do Poder Executivo e
institui as Comissões de Ética do Poder Executivo do
Distrito Federal e dá outras providências.
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DOS PRINCÍPIOS E VALORES FUNDAMENTAIS
DA CONDUTA ÉTICA
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Art. 1º Fica instituído o Código de Conduta da Alta Administração
Pública Direta e Indireta do Distrito Federal, cujas normas aplicam-se às
seguintes autoridades:
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Art. 2º No exercício de suas funções, as pessoas abrangidas por este
Código devem pautarse pelos padrões de ética, sobretudo no que diz
respeito à integridade, à moralidade, à impessoalidade, à clareza de
posições e ao decoro, com vistas a motivar o respeito e a confiança do
público em geral.
Parágrafo único. Os padrões éticos de que trata este artigo são exigidos
no exercício e na relação entre as atividades públicas e privada, de modo
a prevenir eventuais conflitos de interesses.
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DA CONDUTA ÉTICA DAS AUTORIDADES
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Art. 3º As normas fundamentais de conduta das autoridades da Administração
Pública do Distrito Federal visam, especialmente, às seguintes finalidades:
I - tornar claras as regras éticas de conduta das autoridades públicas, para que a
sociedade possa aferir a integridade e a lisura do processo decisório
governamental;
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IV - estabelecer regras básicas sobre conflitos de interesses públicos e
privados e limitações às atividades profissionais posteriores ao exercício
de cargo público;
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DOS CONFLITOS DE INTERESSES
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Art. 4º Configura conflito de interesse e conduta antiética, dentre outros
comportamentos:
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Art. 5º No relacionamento com outros órgãos e entidades da
Administração Pública do Distrito Federal, a autoridade pública deve
esclarecer a existência de eventual conflito de interesses e comunicar
qualquer circunstância ou fato impeditivo de sua participação em
decisão coletiva ou em órgão colegiado.
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Art. 7º As autoridades regidas por este Código, ao assumirem cargo,
emprego ou função pública, devem firmar Termo de Compromisso de
que, nos 2 anos seguintes à sua exoneração, não poderão:
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DOS DEVERES E DAS VEDAÇÕES À
AUTORIDADE PÚBLICA
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Art. 10. A autoridade pública deve atuar com retidão e honradez,
procurando satisfazer o interesse público e evitar obter proveito ou
vantagem pessoal indevida para si ou para terceiro.
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Art. 12. A autoridade pública não utilizará bens ou recursos públicos,
humanos ou materiais, para fins pessoais, particulares, políticos ou
partidários, nem se valerá de sua função para obtenção de vantagem
indevida.
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Art. 14. São deveres da autoridade pública, dentre outros:
I - agir com lealdade e boa-fé;
II - ser justo e honesto no desempenho de suas funções e em suas
relações com os demais agentes públicos, superiores hierárquicos e com
os usuários do serviço público;
III - praticar a cortesia e a urbanidade nas relações públicas e respeitar a
capacidade e as limitações individuais dos usuários, sem discriminação
ou preconceito;
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IV - respeitar a hierarquia administrativa;
V - não ceder às pressões que visem a obter quaisquer favores, benesses
ou vantagens indevidas;
VI - reconhecer o mérito de cada servidor e propiciar igualdade de
oportunidade para o desenvolvimento profissional, não admitindo
atitude que possa afetar a carreira profissional de subordinados.
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Das Vedações
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Art. 15. Dentre as vedações, a autoridade pública não pode:
I - utilizar-se de cargo, emprego ou função, de facilidades, amizades, posições e
influências, para obter favorecimento, para si ou para outrem em qualquer
órgão e/ou entidade públicos;
II - imputar a outrem fato desabonador da moral e da ética que sabe não ser
verdade;
III - ser conivente com erro ou infração a este Código;
IV - usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício regular de direito
por qualquer pessoa;
V - faltar com a verdade com pessoa que necessite do atendimento em serviços
públicos; e
VI - exercer atividade profissional antiética ou relacionar o seu nome a
empreendimento que atente contra a moral pública.
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Art. 16. A autoridade pública não poderá receber salário ou outra
remuneração de fonte privada em desacordo com a lei, nem receber
transporte, hospedagem ou favores de particulares de forma a permitir
situação que possa gerar dúvida sobre a sua probidade ou
honorabilidade.
100
Art. 17. É permitido à autoridade pública o exercício não remunerado de encargo de
mandatário, desde que não implique a prática de atos empresariais ou outros
incompatíveis com o exercício do seu cargo ou função.
Parágrafo único. Não se consideram presentes para os fins deste artigo os brindes
que:
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Das Variações Patrimoniais
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Art. 19. Além da declaração de bens e rendas de que trata a Lei Federal
nº 8.730, de 10 de novembro de 1993, a autoridade pública, no prazo de
10 dias contados de sua posse, enviará à Comissão-Geral de Ética
Pública - CGEP informações sobre sua situação patrimonial que, real ou
potencialmente, possa suscitar conflito com o interesse público,
indicando o modo pelo qual irá evitá-lo.
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Art. 20. As alterações relevantes no patrimônio da autoridade pública deverão ser
imediatamente comunicadas à CGEP, especialmente quando se tratar de:
II - atos de gestão de bens, cujo valor possa ser substancialmente alterado por decisão ou
política governamental.
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§ 1º É vedado o investimento em bens cujo valor ou cotação possa ser
afetado por decisão ou política governamental a respeito da qual a
autoridade pública tenha informações privilegiadas, em razão do cargo
ou função, inclusive investimentos de renda variável ou em commodities,
contratos futuros e moedas para fim especulativo, excetuadas aplicações
em modalidades de investimento que a CGEP venha a especificar.
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§ 3º A autoridade pública poderá consultar previamente a CGEP a
respeito de ato específico de gestão de bens que pretenda realizar.
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Art. 21. A autoridade pública que mantiver participação superior a 5%
(cinco por cento) do capital de sociedade de economia mista, de
instituição financeira, ou de empresa que negocie com o Poder Público,
tornará público este fato.
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DA CENSURA ÉTICA E DE OUTRAS
DISPOSIÇÕES
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Art. 22. A violação das normas estipuladas neste Código acarretará, sem
prejuízo das medidas ou sanções administrativas, civis ou criminais
previstas em legislação própria, a aplicação pela Comissão de Ética
Pública de censura ética às autoridades em exercício ou já exoneradas.
111
Art. 1º O Código de Ética dos Servidores e Empregados Públicos Civis do Poder
Executivo do Distrito Federal, sem prejuízo da aplicação de outras normas
constitucionais e legais, tem por finalidade:
112
Art. 2º Todos os agentes da Administração Pública Distrital têm deveres
éticos aos quais aderem automaticamente no momento de sua
investidura. Além de observar os princípios da legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade, eficiência, cortesia,
proporcionalidade, razoabilidade, probidade, segurança jurídica,
supremacia do interesse público, finalidade e motivação, devem pautar-
se pelos padrões da ética.
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Art. 3º Aos servidores e empregados públicos impõe-se atuação
profissional condizente com o cargo e a busca permanente do interesse
público e do bem comum, observando em sua função ou fora dela, a
dignidade, o decoro, o zelo e os princípios morais em busca da excelência
profissional, ciente de que seus atos, comportamentos e atitudes
implicam diretamente na preservação da imagem da Administração
Pública.
114
Art. 4º A observância do interesse público, especialmente no que diz
respeito à proteção e manutenção do patrimônio público, implica o
dever de abster-se o agente da prática de ato que importe em
reconhecimento ilícito, gere prejuízo à Fazenda Pública, atente contra os
princípios da Administração Pública ou viole direito de particular.
115
VEDAÇÕES E DEVERES
116
Art. 5º É vedado ao servidor ou empregado público agir com
discriminação ou preconceito.
117
Art. 6º É dever do servidor ou empregado público:
118
IV - guardar reserva e discrição sobre fatos e informações de que tenha
conhecimento em razão do exercício de suas atribuições, sem prejuízo
dos deveres e responsabilidades previstas em normas que regulam o
sigilo administrativo;
120
XII - prestar contas da gestão dos bens, direitos e serviços realizados à
coletividade no exercício das atribuições;
121
XVII - guardar assiduidade, pontualidade, eficiência e eficácia no
cumprimento das atribuições;
122
XXI - não utilizar sua identidade funcional com abuso de poder ou desvio de
finalidade com o objetivo de obter vantagem ou benefício estranho ao exercício
do cargo, função ou emprego público;
124
Art. 7º No exercício das atribuições, o servidor ou empregado público
deve atuar com comprometimento ético e moral, cujos elementos são
indissociáveis para o alcance de sua finalidade social.
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Art. 10. O servidor ou empregado público não deve, direta ou indiretamente,
solicitar, insinuar, aceitar ou receber bens, benefícios ou quaisquer vantagens
materiais ou imateriais, para si ou para outrem, em razão do exercício de suas
atribuições, cargo, função ou emprego público.
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III - seja ou pretenda ser contratada por órgão ou entidade em que o
servidor ou empregado público desempenhe atribuições;
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§ 2º Não serão considerados como bens e vantagens de natureza indevida:
I - as condecorações, honrarias e reconhecimentos protocolares recebidos de
governos, organismos nacionais e internacionais ou entidades sem fins
lucrativos, nas condições em que a lei e o costume oficial admitam esses
benefícios;
II - os brindes de distribuição coletiva a título de divulgação ou patrocínio
estipulados contratualmente por ocasião de eventos especiais ou em datas
comemorativas, nos limites do contrato;
III - os presentes de menor valor realizados em razão de vínculo de amizade ou
relação pessoal ou decorrentes de acontecimentos no qual seja usual efetuá-los;
e
IV - ingressos para participação em atividades, shows, eventos, simpósios,
congressos ou convenções, desde que ajustados em contrapartida de contrato
administrativo ou convênio.
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CESPE/2019
130
Art. 11. Ao servidor ou empregado público é facultada a participação em
eventos, seminários, simpósios e congressos, desde que eventual
remuneração, vantagem ou despesa não implique em situação
caracterizadora de conflito de interesses, aplicando-se no que couber a
Lei nº 12.813, de 16 de maio de 2013.
132
Art. 12. A violação aos dispositivos estabelecidos no presente Código
enseja ao servidor ou empregado público infrator a aplicação de censura
ética.
133
CESPE/2019
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Art. 13. Em caso de violação ao presente código, cada órgão ou entidade, deve
instaurar o procedimento para apuração de responsabilidade correspondente a
cada caso.
§ 2º A censura ética prevista no artigo anterior deve ser aplicada pela Comissão
de Ética responsável de cada órgão ou entidade.
135
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS
136
Art. 14. Este Código aplica-se aos servidores e empregados públicos do Distrito
Federal, sem prejuízo da aplicação das normas específicas a cada carreira e de
outros regimes jurídicos vigentes.
Art. 16. O provimento no serviço público implica a ciência das normas deste
Código, vedado a alegação de desconhecimento.
137
DA COMISSÃO-GERAL DE ÉTICA PÚBLICA
138
Art. 1º Fica criada a Comissão-Geral de Ética Pública - CGEP, vinculada ao
Governador do Distrito Federal, com a finalidade de promover atividades que
dispõem sobre a conduta ética de servidores e empregados públicos, em especial:
140
§ 2º O Presidente da Comissão-Geral de Ética Pública será eleito dentre
seus membros e terá o voto de qualidade em caso de empate nas
deliberações.
141
Art. 3º À CGEP compete:
142
III - dirimir dúvidas de interpretação sobre as normas do Código de Ética
dos Servidores e Empregados Públicos Civis do Poder Executivo do
Distrito Federal;
144
§ 1º A CGEP contará com um secretário, a quem compete prestar o
apoio técnico e administrativo aos trabalhos da Comissão.
145
DAS COMISSÕES DE ÉTICA
146
Art. 4º Em todos os órgãos e entidades do Poder Executivo, deverá ser
criada, por meio de Portaria do respectivo Secretário de Estado ou do
dirigente máximo da entidade, uma Comissão de Ética, integrada por 3
servidores ou empregados públicos efetivos e respectivos suplentes,
encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética funcional do servidor
e empregado público, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio
público estadual, competindo-lhe conhecer concretamente de atos
susceptíveis de censura ética.
147
§ 1º A criação de Comissão de Ética prevista no caput não se aplica às
Administrações Regionais, cuja apuração de eventual infração ética
deverá ser promovida pela Comissão instalada na Secretaria de Estado
supervisora.
148
§ 3º Os membros de cada Comissão de Ética serão escolhidos entre
servidores e empregados do seu quadro permanente, entre brasileiros
de reconhecida idoneidade moral, reputação ilibada e dotados de
conhecimentos de Administração Pública e designados pelo dirigente
máximo da respectiva entidade ou órgão, para mandatos de 2 anos,
permitida uma recondução.
149
§ 5º A atuação, no âmbito da Comissão de Ética não enseja qualquer
remuneração para seus membros e os trabalhos nela desenvolvidos
serão considerados prestação de relevante serviço público, devendo ser
registrados nos assentamentos funcionais do integrante.
150
Art. 5º É dever do titular do órgão ou entidade da Administração Pública
do Distrito Federal:
151
DAS ATRIBUIÇÕES DAS COMISSÕES DE
ÉTICA
152
Art. 6º Cada Comissão de Ética contará com um secretário e um
presidente, escolhidos dentre seus membros, vinculada
administrativamente à autoridade máxima do órgão ou entidade.
153
Art. 7º Compete ao Presidente da Comissão Ética:
I - convocar e presidir as reuniões;
II - orientar os trabalhos da comissão, ordenar os debates, iniciar e
concluir as deliberações;
III - tomar os votos e proclamar os resultados;
IV - autorizar a presença de pessoas nas reuniões que, por si ou por
entidades que representem, possam contribuir para os trabalhos da
Comissão;
V - assinar correspondência externa em nome da Comissão e solicitar as
assinaturas dos demais membros quando considerar conveniente;
VI - proferir voto de qualidade; e
VII - decidir os casos de urgência ad referendum da Comissão.
154
Art. 8º Compete aos membros da Comissão de Ética:
155
Art. 9º Compete ao Secretário da Comissão de Ética:
157
DOS DEVERES E RESPONSABILIDADES DOS
MEMBROS DAS COMISSÕES DE ÉTICA
158
Art. 10. Os membros de Comissão de Ética obrigam-se a apresentar e
manter arquivadas declarações de bens e rendas, assim como
informações sobre sua situação patrimonial que, real ou
potencialmente, possam suscitar conflito com o interesse público.
159
Art. 12. As matérias examinadas nas reuniões da Comissão de Ética são
consideradas de caráter sigiloso até a deliberação final.
160
DAS COMPETÊNCIAS DA COMISSÃO DE ÉTICA
161
Art. 15. Compete às Comissões de Ética:
162
VI - inserir, quando cabível, nos manuais e procedimentos técnicos, cartilhas e
similares, mensagens que contemplem conduta ética apropriada, divulgando
normas de conduta dos agentes públicos e o funcionamento da Comissão;
163
IX - aplicar o Código de Ética dos Servidores e Empregados Públicos Civis do Poder
Executivo do Distrito Federal devendo:
164
X - Comunicar à CGEP situações que possam configurar descumprimento
do Código de Conduta da Alta Administração do Distrito Federal; e
165
DO FUNCIONAMENTO DA COMISSÃO DE
ÉTICA
166
Art. 16. O dirigente máximo de cada órgão ou entidade autorizará, se
houver necessidade, a dedicação exclusiva dos servidores designados
para integrar a Comissão de Ética.
167
Art. 17. Compete aos dirigentes máximos dos órgãos e entidades do
Poder Executivo do Distrito Federal:
168
Art. 18. As reuniões da Comissão de Ética ocorrerão por iniciativa do seu
Presidente.
169
Art. 19. Os trabalhos das Comissões de Ética devem ser desenvolvidos
com observância dos seguintes princípios:
I - celeridade;
171
Art. 21. O processo de apuração de prática de ato em desrespeito ao
preceituado no Código de Ética dos Servidores e Empregados Públicos Civis do
Poder Executivo do Distrito Federal será instaurado, de ofício ou em razão de
denúncia fundamentada, respeitando-se o contraditório e ampla defesa pela
Comissão de Ética, que notificará o investigado para manifestar-se por escrito
no prazo de 5 dias.
§ 1º O investigado poderá produzir prova documental e testemunhal necessárias
à sua defesa.
§ 2º As Comissões poderão requisitar os documentos que entenderem
necessários à instrução probatória, inclusive promover diligências e solicitar
parecer.
§ 3º Na hipótese de serem juntados novos elementos de prova, o investigado
será notificado para se manifestar no prazo de 10 dias.
§ 4º Concluída a instrução processual, as Comissões de Ética proferirão decisão
conclusiva e fundamentada.
172
§ 5º Se a conclusão for pela existência de falta ética, as Comissões de Ética
tomarão as seguintes providências, no que couber:
174
Art. 23. A qualquer pessoa que esteja sendo investigada no recinto das
Comissões de Ética é assegurado o direito de saber o que lhe está sendo
imputado, de conhecer o teor da acusação e de ter vista dos autos
mesmo que ainda não tenha sido notificada da existência do
procedimento investigatório.
175
Art. 24. As Comissões de Ética não poderão se eximir de fundamentar o
julgamento da falta ética do servidor, empregado público ou prestador
de serviços contratado, alegando a falta de previsão no Código de Ética
do Poder Executivo do Distrito Federal, cabendo-lhe recorrer à analogia,
aos costumes e princípios éticos e morais conhecidos em outras
profissões. Parágrafo único. Havendo dúvida quanto à legalidade, a
Comissão de Ética competente deverá ouvir previamente a assessoria
jurídica do órgão ou entidade.
176
Art. 26. As decisões das Comissões de Ética, na análise de qualquer fato
ou ato submetido à sua apreciação ou por ela levantado, serão
resumidas em ementa e, com a omissão dos nomes dos investigados,
divulgadas no sítio do próprio órgão, bem como remetidas à Comissão-
Geral de Ética Pública.
177
178