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ESTUDO DIRIGIDO IV

Integrantes: Danielle Soares Monteiro, Gabriel Cordeiro de Oliveira, Higor


Moreira da Costa, Maria Esperanza Iglesias Moraleda,

Victor

Widerson

"CONCEITOS CENTRAIS DA TEORIA WEBERIANA"

1) Defina os seguintes conceitos ligados à teoria weberiana e depois, busque


nos livros “Conceitos Básicos de Sociologia” e/ou “A Ética Protestante e o
Espírito do Capitalismo” (livros disponíveis no Canvas), trechos que de algum
modo ilustrem ou remetam aos conceitos abaixo (um trecho por conceito):

1. Ação

A construção de uma ação rigorosamente racional, de acordo a afins,


por causa da sua clara inteligibilidade e falta de ambiguidade racional, serve á
sociologia como um tipo “ideal”.

2. Ação Social

Uma ação “sem sentido” não deve ser confundida com um


comportamento inanimado ou não - humano.

3. Ação Tradicional

Uma parte significativa de toda a conduta sociologicamente relevante,


principalmente a ação puramente tradicional flutua entre os dois.

4. Ação Afetiva

Quanto mais cresce nossa suscetibilidade, mais fácil se torna


experimentarmos paixões tão verdadeiras como medo, raiva, ambição, inveja,
ciúmes, amor, entusiasmo, orgulho, vingança, compaixão, devoção e outros
desejos de todo tipo, bem como o comportamento irracional que deles provém.

5. Ação Racional em relação à valores

Na qual não é o fim que orienta a ação, mas o valor, seja este ético, religioso,
político ou estético;

“as ideias, os valores e as crenças têm o poder de ocasionar transformações”

6. Ação Racional em relação a meios fins

na qual a ação é estritamente racional. Toma-se um fim e este é, então,


racionalmente buscado. Há a escolha dos melhores meios para se realizar um
fim;

“A ação racional é da espécie orientada a fins quando envolve a devida


consideração de fins, meios e efeitos secundários...”

7. Relação Social

É um relacionamento entre dois ou mais indivíduos em um sociedade ou grupo,


elas formam a base da estrutura social, portanto, são essenciais no estudas
das ciências sociais
“Nem todo tipo de contato entre seres humanos tem um caráter social, mas
apenas quando a ação do indivíduo é significativamente orientada para os
outros.”

8. Poder

O poder é uma força, é a capacidade de imposição da vontade e de fazer que


outras pessoas ou grupos façam o que foi determinado, é uma força que
permeia as relações sociais desde o inicio da sociedade humana.

“Oportunidade existente dentro de uma relação social que permite


alguém mesmo contra a resistência e independentemente da base na qual
essa oportunidade se fundamenta.
9. Dominação

Para Weber a dominação é um fenômeno social que se apresenta em


diversas relações sociais, é diferente do poder mas pertence a mesma esfera,
a dominação é a aceitação dos indivíduos ao poder empreendido por alguém.

“O fato é que a dominação depende apenas da presença real de uma


pessoa emitindo com sucesso comandos a outra.”

10. Dominação Tradicional

É uma forma de dominação ligada a tradição, onde que exerce o poder


de dominar é o senhor e quem obedece é o súdito, o sistema mais comum
onde podemos observar esse conceito e no Patriarcado.

“[...] pessoas e transporte e transportes de bens que passam através de


suas montanhas, domina todos aqueles indivíduos mutáveis e indiferentes,
aos quais, sem estarem associados entre si [...]”

11. Dominação Carismática

12. Dominação Legal Burocrática

13. Burocracia

14. Burocratização

15. Tipo ideal

O tipo ideal ou tipo puro de Max Weber é um método que possibilita um


recorte da realidade, que dá ao pesquisador mecanismos para que ele possa
compreender a realidade ou possível realidade do seu objeto de estudo de
forma mais ampla e abrangente.

O estabelecimento de tipos ideais não busca construir tipologias


genéricas nem mesmo busca classificar de maneira inflexível o objeto em
questão, como é o caso das classificações que encontramos nas ciências
naturais. Os tipos ideais servem como parâmetro de observação, um conceito
teórico abstrato com características delineadas que serve apenas como ponto
de comparação entre o objeto observado e a abstração teórica. Trata-se de
modelos conceituais que raramente, ou quase nunca, existem integralmente.
Dessa forma, é possível que olhemos, por exemplo, para o sistema político de
um país munidos de um tipo ideal, como o da democracia, e, a partir da
comparação, classificá-lo como sendo ou não uma nação democrática em um
ou outro sentido. Nessa comparação, ainda que não sejam observadas todas
as características de um modelo de democracia, esse sistema político ainda
poderia ser considerado como democrático se a maior parte de sua
organização fosse condizente com a de um modelo democrático.

16. Ascese

Consiste em uma prática que visa ao desenvolvimento espiritual. Muitas


vezes, essa prática consiste na renúncia ao prazer e na não satisfação de
algumas necessidades primárias.

Weber mostra a preferência educacional dos católicos por uma formação


humanista (artes liberais), enquanto os protestantes preferiam formação
técnica (artes mecânicas). Ao mesmo tempo, mostrou as diferenças
profissionais entre ambos os segmentos. Weber rejeita a explicação (superficial
e aparente) de que a espiritualidade católica, fundada no ascetismo,
predisporia o indivíduo para o estranhamento do mundo e, desta forma, para a
indiferença para com os bens deste mundo; enquanto os protestantes seriam
materialistas. Alega que os puritanos se caracterizavam pelo oposto da alegria
para com o mundo. Ao contrário, ele sugere que há um íntimo parentesco entre
estranhamento do mundo.

“o único modo de vida aceitável por Deus não era o superar a moralidade
mundana pelo ascetismo monástico, mas unicamente o cumprimento das
obrigações impostas ao indivíduo pela sua posição no mundo. Esta era sua
vocação.”

17. Vocação: Weber indica que a origem da noção de vocação vem da tradução
bíblica feita por Lutero. Assim o significado da palavra e a nova ideia são frutos
da reforma, porém a noção de vocação apresentada por Lutero não atende
Weber,

“A ação no mundo é vista, assim, como um perigo para o estado irracional e


outros estados religiosos voltados para o mundo. O ascetismo ativo opera
dentro do mundo, busca domesticar o que é da criatura e maligno através do
trabalho numa vocação mundana (ascetismo do mundo). Tal ascetismo
contrasta radicalmente com o misticismo, se este se inclina para a fuga do
mundo”.

18. Racionalização: O trabalho de Weber estende-se também a um fenômeno que


ele acredita ser de grande importância para o mundo moderno e que está
relacionado com as mudanças estruturais, culturais e sociais que as
sociedades modernas passaram no decorrer do tempo. Trata-se da
“racionalização do mundo social”, isto é, mudanças profundas no cerne do
pensamento do indivíduo moderno e das instituições do Estado, como a
gradual construção do capitalismo e a monstruosa explosão do crescimento
dos meios urbanos, que se tornaram as bases da reordenação das
organizações tradicionais que predominavam até então.

A preocupação de Weber estava em tentar apreender os processos pelos quais


o pensamento racional, ou a racionalidade, impactou as instituições modernas,
como o Estado e os governos, e, ainda, o âmbito cultural, social e individual do
sujeito moderno. Em sua denominação das diversas formas de racionalidade,
Weber fez distinção de duas principais formas: a racionalidade formal e a
racionalidade substantiva.

[...] o que é racional de um certo ponto de vista poderia ser irracional de outro
[...]

19. Ética Protestante:

20. Espírito do capitalismo: A premissa básica do espirito do capitalismo é a ideia


do individuo em relação a sua carreira, ou seja, vocação. Esta caracteriza-se
sobretudo pela prática da ascese e pela crença na predestinação. ... A Reforma
significou, antes de mais, a secularização da ascese, na medida em que cada
cristão tinha de ser um monge na vida de todos os dias.

“Esta caracteriza-se sobretudo pela prática da ascese e pela crença na


predestinação. A Reforma significou, antes de mais, a secularização da
ascese, na medida em que cada cristão tinha de ser um monge na vida de
todos os dias.”

Assim, esta ideia é definida como um conjunto de convicções e valores


defendidos pelos primeiros mercadores e industriais capitalistas. Para Weber,
as atitudes envolvidas no espirito do capitalismo tinha suas origens na teologia
protestante.

2) Após definir os conceitos de vocação, ascese e do “espírito do capitalismo”,


relacione-os entre si de modo a explicar como a ética protestante teria sido a
principal influência na gênese do capitalismo, na perspectiva de Weber.

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