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AULA 03 – 24/08/2021

 A principal questão em torno da legislação de proteção ao


consumidor não está em privilegiar este, e sim muni-lo de
instrumentos normativos que o assegurem e forneçam um
respaldo jurídico-estatal frente às vulnerabilidades e
desigualdade das relações consumeristas; objetivando-se,
assim, um equilíbrio nestas.

Dos Direitos Básicos do Consumidor

        Art. 6º São direitos básicos do consumidor:

        I – a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos


provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços
considerados perigosos ou nocivos;

        II – a educação e divulgação sobre o consumo adequado


dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a
igualdade nas contratações;

       III – a informação adequada e clara sobre os diferentes


produtos e serviços, com especificação correta de quantidade,
características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço,
bem como sobre os riscos que apresentem;             (Redação
dada pela Lei nº 12.741, de 2012)   Vigência

        IV – a proteção contra a publicidade enganosa – Art. 37


C.D.C e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem
como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no
fornecimento de produtos e serviços;

Ex: Remédios milagrosos contra a calvície (publicidade


enganosa)

Ex: Publicidades que incitam as crianças a desrespeitarem seus


pais (publicidade abusiva)

Verificar se há incidência do princípio da boa-fé


        V – a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam
prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos
supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;

        VI – a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais


e morais, individuais, coletivos e difusos;

        VII – o acesso aos órgãos judiciários e administrativos


com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e
morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção
Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;

Dano moral – abalo emocional injusto provocado por terceiro.

Direitos coletivos – O destinatário pode ser identificado. Um


grupo de consorciados, por exemplo.

Direitos difusos – O destinatário não pode ser identificado. Um


consumidor de um determinado produto, por exemplo.

        VIII – a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com


a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil,
quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele
hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;

A regra é: “quem alega deve provar!”. Contudo, nas relações


consumeristas, o consumidor é a parte hipossuficiente e,
portanto, não dispõe de recursos probatórios suficientes, por
estes não estarem à sua disposição. Assim, pode ser que seja
requerido a inversão do ônus da prova.

Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da


existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos
consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem
como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua
fruição e riscos.

        § 1° O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança


que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração
as circunstâncias relevantes, entre as quais:

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