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Adik Ali Amisse Mussama

Alcinda Fernando Saize

Amélia Baptista Caetano

Amélia Eduardo Vaz

Bebito João Mizé Victuar

Chinguirai Tomas Tomussene

Relatório de campo acerca da incidência e severidade de doenças na cultura da Couve


(1º grupo)

Universidade Púnguè

Manica

2021
Adik Ali Amisse Mussama

Alcinda Fernando Saize

Amélia Baptista Caetano

Amélia Eduardo Vaz

Bebito João Mizé Victuar

Chinguirai Tomas Tomussene

Relatório de campo acerca da incidência e severidade de doenças na cultura da Couve


(1º grupo)

Trabalho de carácter avaliativo, da


cadeira de Parasitologia e Doenças
Parasitarias, a ser apresentado no
departamento da ESTEC, sob a
orientação da docente Msc. Engª
Albertina Majacunene

Universidade Púnguè

Manica

2021
Índice
1. Introdução ....................................................................................................................... 1

2. Objetivos ......................................................................................................................... 2

2.1. Geral ........................................................................................................................ 2

2.2. Específicos ............................................................................................................... 2

3. Metodologia .................................................................................................................... 2

4. Revisão bibliográfica ...................................................................................................... 3

4.1. Avaliação da incidência e severidade na cultura da couve por meio dos métodos de
quantificação de doença na planta de couve ....................................................................... 3

4.2. Métodos de quantificação de doença ....................................................................... 3

4.3. Incidência................................................................................................................. 3

4.4. Severidade ............................................................................................................... 4

4.4.1. Medição direta de sintomas da doença ............................................................. 5

5. Doenças na cultura da couve........................................................................................... 6

5.1. Afídeos .................................................................................................................... 6

5.1.1. Injúrias .............................................................................................................. 6

6. Relatório de avaliação da incidência e severidade da cultura de couve (Brassica Oleácea)


no campo de senhor Mabethana ............................................................................................. 7

6.1. Técnicas de avaliação de incidência e severidade ................................................... 7

6.2. Parâmetros de medição de nivel de severidade e incidência ................................... 8

7. Constatações ................................................................................................................. 11

8. Conclusão...................................................................................................................... 12

9. Referências bibliográficas ............................................................................................. 13

Figura 1: Imagem ilustrando uma escala diagrama ................................................................ 8


Figura 2: Imagem ilustrando danos em folhas da planta ........................................................ 9
Figura 3: Imagem ilustrativa da parcela de couve a ser avaliada. ........................................ 10
Tabela 1: Tabela ilustrativa de escala de severidade.............................................................. 4
Tabela 2: Tabela ilustrativa da escala diagramatica contendo actegorias a esquerda e a direita
a descricao de cada categoria ................................................................................................. 9
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1. Introdução

O presente relatório foi realizado no distrito de Manica, concretamente no bairro Josina


Machel e nas Baixas do rio Chirambandina, especificamente na farma do Sr. Mabetana
(bairro Josina Machel) e no campo de produção do Sr. Raimundo (baixas do rio
Chirambandina). Toda via importa realçar que a escolha adequada da variedade, de acordo
com cada espécie de hortícolas, não só depende do seu desempenho produtivo, mas também
de aspectos qualitativos e da resistência do tecido vegetal da hortícola nas fases de colheita
e pós-colheita.
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2. Objetivos
2.1.Geral
 Avaliar a incidência e severidade de doenças da cultura de Couve no distrito de
Manica;
2.2.Específicos
 Identificar alguns campos de produção da cultura de Couve;
 Estimar a incidência e severidade de doenças na cultura de Couve;
 Recomendar alguma melhoria no cultivo e/ou controlo e prevenção de doenças
na cultura de couve após a avaliação do nível de incidência e severidade;

3. Metodologia

Para a realização do presente trabalho, foram utilizados os seguintes materiais: esferográfica


(para auxiliar no registo de dados), bloco de notas (para salvar os dados coletados), tele
móvel (na captura de imagens) e computador (na compilação dos dados colhidos, com
auxilio do pacote Microsoft Word). Portanto, os métodos usados na quantificação de doenças
na cultura de couve, foram os métodos diretos de avaliação de doenças, onde foram feitas as
estimativas da incidência e da severidade da doença. Contudo, recorreu-se a viárias revisões
de literatura (Manuais, PDF, Artigos, Apostilas), e com base na entrevista feita aos
proprietários dos campos de produção, no que concerne a colecta de dados em prole das
práticas culturais, e uso de internet, no que tange a sustentação dos fundamentos cá presentes.
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4. Revisão bibliográfica
4.1.Avaliação da incidência e severidade na cultura da couve por meio dos métodos
de quantificação de doença na planta de couve
4.2.Métodos de quantificação de doença

Os métodos de quantificação ou avaliação de doenças, são técnicas de aspeto direto ou


indireto utilizados para auxiliar no estudo e avaliação do nível de danos causado por
patógenos em uma população de planta.

Um dos maiores desafios dos programas de melhoramento visando à resistência aos


patógenos é quantificar a sua ocorrência em um determinado momento da vida do
hospedeiro. Os principais objetivos da quantificação dos danos nas plantas são:

 Estudar a prevalência e a importância das doenças na cultura;


 Estimar danos ou perdas de rendimento;
 Estimar a época de aplicação de pesticida;
 Comparar a eficiência de pesticidas
 Verificar o efeito de práticas agrícolas no controle;
 Estudar o progresso da doença ou de epidemias;
 Elaborar modelos de previsão de doenças
 Avaliar a resistência de linhagens aos patógenos no melhoramento (MORAES,
2007).

Existem duas formas de quantificar as doenças em plantas, pelo método direto e indireto. A
avaliação de sinais e sintomas presentes nos órgãos vegetais, incidência de plantas doentes e
severidade da doença são consideradas métodos diretos. Dentre as formas indiretas de
quantificação da doença encontra-se a estimação da população do patógeno, sua distribuição
espacial e os efeitos causados na produção (danos e/ou perdas). (IWANO, 2013).

4.3.Incidência

A incidência é o método mais comum e simples, por ser de fácil execução. Consiste na
contagem de plantas ou órgãos doentes e na estimação da frequência na população, sem
levar em consideração a intensidade de doença por indivíduo. Já a severidade é um
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método quantitativo e qualitativo que visa estimar a intensidade da doença nos órgãos ou na
própria planta. Apresenta vantagens de ser mais preciso, caracteriza melhor o nível de
resistência do hospedeiro e expressa com maior fidelidade a intensidade da doença no campo
e os danos causados pelo patógeno. Como desvantagem, destaca-se o fato de ser mais
trabalhoso e demorado, além do fato de algumas formas de avaliação da severidade serem
subjetivas e dependentes da acuidade visual do avaliador, o que pode conduzir a erros
elevados (VALE et al., 2004).

4.4.Severidade

Para a quantificação da severidade de doenças com precisão, várias estratégias têm sido
propostas entre as quais, destacam-se as escalas diagramáticas, que são representações
ilustradas de uma série de plantas, folhas ou partes de plantas com sintomas em diferentes
níveis de severidade (BERGAMIN FILHO; AMORIM, 1996).

Atualmente, as escalas diagramáticas têm constituído a principal ferramenta de avaliação de


severidade para muitas doenças. As escalas devem ser de fácil uso, aplicáveis a uma grande
faixa de diferentes condições, como ter resultados reproduzíveis, possuir intervalo suficiente
para representar todos os estágios de desenvolvimento da doença e permitir uma avaliação
imediata (BERGER, 1980).

Tabela 1: Tabela ilustrativa de escala de severidade

Categoria Descrição
I Sem lesões, ou máximo casos de primeiros socorros, sem
Desprezível afastamento
II Lesões leves em empregados terceiros ou ausência de lesões
Marginal extramuros
III Lesões de gravidade moderada
Critica
IV Provoca morte ou lesões graves, com sérios problemas
Catastrófica
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Outro problema da quantificação da severidade é identificar qual a melhor época de


avaliação, que pode ser solucionado por meio da estimativa da área abaixo da curva de
progresso da doença (AACPD). Essa pode ser obtida por meio de avaliações repetidas das
parcelas em um certo intervalo de tempo, dentro do qual há uma chance muito maior de
ocorrer época ideal. Além disso, com esse procedimento, mede-se a evolução da doença
nesse intervalo, o que pode ser mais eficiente do que realizar a avaliação em apenas uma
época. De posse das avaliações nesse tempo, procede-se à estimativa da AACPD, como
proposto por Campbell e Maden (1990), por meio da seguinte expressão:

𝑛−1
AACPD =∑ (y;+y(;𝗁,)) . (𝑡(;𝗁,) − 𝑡;)

i=1 2

Em que:

N: número avaliações;

Vi: severidade da doença na época de avaliação i


(i=1..., n); y(i+1): severidade da doença na época de
avaliação i + 1;
T: época da avaliação i, em número de dias após a semeadura
(DAS);
t(i + 1): época da avaliação i + 1.
4.4.1. Medição direta de sintomas da doença

Outra forma de quantificar a severidade é por meio da medição direta dos sintomas da
doença ou sinais do patógeno. Isso pode ser feito por meio da contagem do número de lesões,
medição de seu diâmetro e estimativa da porcentagem da área infectada. Esta, por sua vez,
pode ser eficientemente obtida por meio de softwares específicos, como o Quant® (VALE;
FERNANDES FILHO; LIBERATO, 2003). Esses programas analisam fotografias ou
imagens obtidas por scanner e fornecem a porcentagem de área sadia e doente.
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5. Doenças na cultura da couve


5.1.Afídeos

Os afídeos, afídeos, pulgões ou piolhos-das-plantas são insetos diminutos que se alimentam


da seiva de plantas, da superfamília dos afidoídeos, ou Aphidoidea (algumas fontes registam
Apidoidea na divisão Homóptera da ordem dos Hemíptera. Cerca de 250 espécies constituem
sérias pragas para a agricultura, floresta e jardinagem ao sugarem a seiva das plantas e
servindo como vetor de transmissão de vírus.

5.1.1. Injúrias

Afídeos causam danos diretos e indiretos em crucíferas. Os danos diretos provêm da sucção
da seiva nos tecidos do floema, causando a perda de compostos secundários e deficiência
nutricional das plantas, a injeção de toxinas pode induzir má formação dos tecidos foliares e
em casos mais acentuados à formação de galhas. Esses efeitos podem levar a morte de plantas
jovens. IWANO, 2013 apud (Gallo et al. 2002, Salvadori et al. 2005, Liu & Sparks Jr.
2011).

Indiretamente, os danos ocasionados pelos afídeos conferem desde a redução da fotossíntese


pela presença da fumagina, recobrindo o honeydew, substância com alta concentração de
açúcares excretada pelos pulgões, e nos casos mais graves através da transmissão de mais de
10 vírus e viroídes, dentre estas, o Vírus do anel negro da couve e Mosaico da couve flor,
rabanete e nabo (Pena-Martinez 1992, Gallo et al. 2002, Salvadori et al. 2005, Liu &
Sparks Jr. 2011).

Figura 2: Folha enrugada com sintoma de presença de afídeo


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6. Relatório de avaliação da incidência e severidade da cultura de couve (Brassica


Oleácea) no campo de senhor Mabethana

Foi no dia 29 de julho que o grupo deslocou se a casa do produtor residente no bairro Josina Machel,
que responde pelo nome de Mabethana. Visita esta associada a um estudo relacionado a avaliação
do nível de severidade e incidência da cultura de couve, por razoes de ataque de pragas que tem
assolado as culturas de um modo geral, sem exceção de espaço, tempo e condições ambientais.

O campo de produção do Sr. Mabethana, é bastante maior, mas nem toda área é coberta pela cultura
mencionada, apenas ¼ do seu campo é ocupado pela cultura da couve a restante área é de outras
culturas.

Nesse sentido surge uma necessidade de medir se ou avaliar se os danos causados por estas doenças
ou patógenos, para melhor combater se, a tempo ideal, ajudar também na decisão de aplicação de
um método de controle seja ele qual for desde que seja correspondente e o ideal.

6.1.Técnicas de avaliação de incidência e severidade

Para avaliar os danos no campo escolhido no Sr. Mabethana usou se a técnica de quantificação de
incidência que consiste na contagem de número de plantas infectadas isto é a porcentagem
(frequência) de plantas doentes ou partes de plantas doentes em uma amostra que constituía o
campo selecionado e de seguida, onde dentro deste olhava se apenas plantas cujo as folhas
apresentavam sintomas e sinais de afídeos. Em seguida após a coleta de número de plantas com
folhas infectadas, observou se o volume do tecido doente , por meio da comparação das partes
doentes com uma escala de medição de severidade correspondente a porcentagem da área ou do
volume do tecido doente.

Figura 2: imagem ilustrativa com sinais de afídeos


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Figura 3: Imagem ilustrativa de planta com sinal de afídeo

6.2.Parâmetros de medição de nivel de severidade e incidência

Abaixo estão alguns parâmetros de medição de nível de incidência que corresponde a frequência
de partes de plantas atacadas e a severidade a porcentagem do volume ou área da planta atacada. E
a escala diagramática de tabela que também possui certos limites de incidência e severidade, como
vem abaixo em anexo:

Figura 1: Imagem ilustrando uma escala diagrama


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E usando a escala de diagrama para avaliar a severidade, comparou se os sinais pressentes nas
folhas com do diagrama e verificou se que temos uma percentagem de 5%, o que nem chega a
atingir a metade da produção, isto é os danos não aproximam e nem superam a produção.

Tabela 2: Tabela ilustrativa da escala diagramática contendo categorias a esquerda e a direita a


descrição de cada categoria

Categoria Descrição
I Sem lesões, ou máximo casos de primeiros socorros, sem
Desprezível afastamento
II Lesões leves em empregados terceiros ou ausência de lesões
Marginal extramuros
III Lesões de gravidade moderada
Critica
IV Provoca morte ou lesões graves, com sérios problemas
Catastrófica

A parcela tem um universo de 240 plantas da cultura de couve, e 16 plantas mostraram sintomas,
enrolamento ou encolhimento das folhas, e presença de afídeos na parte inferior da folha. Usando
a escala de diagrama de tabela enquadrou se no nível ou 3ª categoria “Critica” onde as lesões são
moderadas.

Figura 2: Imagem ilustrando danos em folhas da planta


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Figura 3: Imagem ilustrativa da parcela de couve a ser avaliada.


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7. Constatações

Após muito aprendizado e aplicação de várias técnicas no campo para extração de soluções,
constatou se que não se deve fazer a aplicação de pesticida que traga custos elevados, uma vez que
os danos não aproximam nem a metade da produção, e por razoes de desperdício de valores não se
pode pulverizar, apenas recomenda se a pratica de controle cultural, ou mesmo a eliminação e
remoção de partes atacadas por afídeos.

E para as próximas vezes para evitar que os patógenos continuem no campo aconselha se a pratica
da rotação de cultura e o consorcio, uma vez que a sua produção esta virada a subsistência familiar.
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8. Conclusão

Contudo, a produção seja de que tipo elas seja não falta a presença de patógenos, nesse sentido é
bastante importante fazer estudos de severidade e incidência para medir os danos ou perdas para
que possa se saber se dá aplicar um método de controle ou não, se for possível aplicar que tipo de
controle deve se aplicar. E não só de acordo com o nível econômico do produtor e o objetivo de
produção tomara se uma medida de controle capaz de satisfazer e controlar os patógenos.
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9. Referências bibliográficas

Fernanda Keiko Iwano, estratégias de avaliação da severidade da mancha-angular no feijoeiro,


2013

Aguda, R.M., M.C. Rombach & B.M. Shepard. 1986. Effect of nim oil on germination and
sporulation of the entomogenous fungus Metarhizium anisopliae. Int. Rice Res. Newsletter 11: 34-
35.

Alves, S.B. 1998. Fungos entomopatogênicos, p. 289-381. In S.B. Alves (ed.), Controle microbiano
de insetos. 2ª ed. Piracicaba, FEALQ, 1163p.

Alves. S.B., M.B. Medeiros, M.A. Tamai & R.B. Lopes. 2001. Trofobiose e microrganismos na
proteção de plantas. Biotec. Cien. Desenv. 21: 16-21.

Apak, R., K. Güçlü, B. Demirata, M. Özyürek, S.E. Çelik, B. Bektaşoğlu, K.I. Berker & D. Özyurt.
2007. Comparative evaluation of various total antioxidant capacity assays applied to phenolic
compounds with the CUPRAC assay. Molecules 12: 1496-1547.

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