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Química Ambiental

EVOLUÇÃO DA ATMOSFERA TERRESTRE

1813188 Caio Calmon Lucas Professor(es)


Renato da Silva Carreira

Rio de Janeiro
Abril de 2021
RESUMO

Estudos asseguram que o planeta Terra tem uma idade


aproximada de 4,5 bilhões de anos e que, durante todo esse tempo,
diversas transformações físicas, químicas e biológicas ocorreram até
atingir o patamar de atmosfera atual. Nesse âmbito, a fim de reconstruir
a atmosfera primitiva e compreender suas modificações ao longo de
milênios, tentamos investigar os registros gerados por essas
transformações por meio de um trabalho integrado de diversas áreas da
ciência. Assim, à medida em que compreendemos as severas mutações
químicas que a atmosfera terrestre experimentou, procura-se entender
de que forma ela impacta manutenção da vida terrestre.
Quando analisamos a atmosfera primitiva, podemos ressaltar
fatores importantes que nos auxiliam a compreender a dinâmica da
crosta no período antigo. O primeiro deles é a escassez de oxigênio que
pudesse atuar como um filtro de radiação, a segunda, era abundância
de gases como hidrogênio, metano e amônia, sendo estes dois últimos
comummente transformados em nitrogênio de dióxido de carbono. Sob
essa perspectiva, o pouco oxigênio disponível acabava por reagir com
outros compostos presentes na sua forma reduzida.
Diferente da atmosfera primitiva, o oxigênio que compõem nosso
planeta atualmente, é quase integralmente oriundo da fotossíntese, uma
vez que as outras fontes fotoquímicas inorgânicas contribuem com uma
parcela ínfima do oxigênio que respiramos. Dessa forma, os processos
biológicos produzem não apenas o oxidante atmosféricos, como
também gases reduzidos.
O ponto crítico dessa transformação inicia-se quando, mesmo em
um ambiente extremamente redutor, seres fotossintéticos começaram a

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aparecer (cerca de 2 bilhões de anos). Assim, a produção de biomassa
não limitaria através da fermentação, mas também pela fotossíntese,
que gera biomassa por meio da redução de dióxido de carbono na
presença de água e luz solar.
nCO2 + nH2 O → {CH2 O}n + nO2 (1)
Portanto, com a emissão de O2 gradativamente maior, os seres
existentes necessitavam se proteger desse agente oxidante muito
poderoso, por meio de uma adaptação bioquímica (através da produção
de enzimas protetoras de espécies altamente reativas como os radicais
oxigenados) ou evitando serem expostos ao mesmo.
Ao passo que isso ocorria, a radiação UV que atingia a crosta
terrestre era muito intensa e energética, dessa forma, o excesso de
oxigênio era fotoquimicamente transformado em ozônio. A partir desse
ponto, iniciou-se o acúmulo de ozônio na baixa troposfera. Na medida
em que a concentração de oxigênio aumentava, a camada de ozônio
ficava cada vez mais elevada, i.e, distante da crosta terrestre.
Em suma, houve a necessidade de mais de um bilhão de anos
para que os seres vivos se adaptassem a mudança de uma atmosfera
redutora para altamente oxidante como nos dias atuais que contêm, em
torno de, 21% de oxigênio.
Na atualidade, a atmosfera terrestre é composta de nitrogênio,
com 78%; oxigênio, 21%; e outros gases (como dióxido de carbono,
neônio, ozônio, hélio e vapor de água) 1%. O que preocupa os
estudiosos, no entanto, é como as ações antrópicas intensificam a
concentração de alguns gases nocivos ao nosso escossitema, como,
por exemplo, Co2, CH4 e os polêmicos CFC’s . Por essas
circunstâncias, é cada vez mais necessário em pensarmos em
desenvolvimento sustentável.

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