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Fundações Profundas – Tipos Escola de Engenharia

Prof. Antônio M. L. Alves Universidade Federal do Rio Grande - FURG

TIPOS DE FUNDAÇÕES PROFUNDAS


(ESTACAS E TUBULÕES)

Estacas de deslocamento
• Tipos de estacas:
Estacas de substituição

1. Estacas de deslocamento: Há deslocamento lateral do solo durante o processo


executivo. Provocam alteração de compacidade em solos granulares e geração de poro-
pressão em solos coesivos.

de madeira

cravadas a percussão
metálicas
cravadas por prensagem

cravadas a percussão
pré-moldadas
de concreto cravadas por prensagem
moldadas no terreno (tipo Franki)
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Campo de deformações ao redor


de estacas cravadas (modelo reduzido)
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• Estacas de madeira:

➢ Normalmente utiliza-se uma


ponteira de aço para facilitar a
penetração no solo. No topo instala-
se um anel provisório, para evitar o
esfacelamento sob os golpes do
martelo;

➢ As emendas são feitas de topo ou


meia madeira, com o auxílio de
chapas metálicas e parafusos;

➢ As estacas devem ter seu topo


abaixo do nível de água permanente,
caso contrário, devem receber
tratamento adequado.
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• Estacas metálicas:

(a) perfil de chapas soldadas, (b) perfis I laminados, associados (duplo),


(c) perfis tipo cantoneira, idem, (d) tubos, (e) trilhos associados (duplo) e
(f) idem (triplo)
Tipo de estaca Tipo / Carga máxima Peso/metro
dimensão (kN) (N/m)
Trilhos usados TR 25 200 246
  80 MN/m2 TR 32 250 320
TR 37 300 371
(verificar TR 45 350 446
grau de desgaste TR 50 400 503
e alinhamento) 2 TR 32 500 640
2 TR 37 600 742
3 TR 32 750 960 Os valores mostrados na Tabela são
3 TR 37 900 1113 meramente exemplos, e variam de
Perfis I e H H 6" 400 371 acordo com a empresa fabricante das
I 8" 300 273 estacas.
Descontar 1,5mm I 10" 400 377
 = tensão de trabalho
para corrosão e aplicar I 12" 600 606
 = 120 MN/m2 2 I 10" 800 754
2 I 12" 1200 1212
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• Estacas metálicas:
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• Emendas das estacas de aço:


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• Estacas pré-moldadas de concreto:

(a) quadrada maciça, (b) quadrada oca, (c) circular oca, (d) octogonal oca
Carga Carga
Dimensão
Tipo de estaca usual máx. Obs.
(cm)
(kN) (kN)
Pré-moldada vibrada 20 x 20 300 400 Disponíveis até 8m.
Podem ser
quadrada 25 x 25 450 600
emendadas.
 = 6 a 10 MN/m 2
30 x 30 600 900
35 x 35 900 1200
Pré-moldada vibrada ?22 300 400 Disponíveis até 10m.
Podem ser
circular ?
29 500 600
emendadas.
Podem ter furo
 = 9 a 11 MN/m2  33 700 800
central.
Pré-moldada protendida ?
20 300 350 Disponíveis até 12m.
Podem ser
circular ?
25 500 600
emendadas.
Podem ter furo
 = 10 a 14 MN/m2  33 800 900
central. Os valores mostrados na Tabela são
Pré-moldada centrifugada  20 250 300 Disponíveis até 12m. meramente exemplos, e variam de
Podem ser acordo com a empresa fabricante das
 = 9 a 11 MN/m 2
 26 400 500
emendadas.
Com furo central estacas.
 33 600 750
(ocas)
e paredes de 6 a 12
 = tensão de trabalho (depende da
 42 900 1150 armadura e da qualidade do concreto)
cm.
 50 1300 1700
 60 1700 2300
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• Estacas pré-moldadas de concreto:

NBR 16258/2014: Estacas pré-fabricadas de concreto – requisitos


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• Emendas das estacas pré-moldadas de concreto:

Luvas de aço (a) soldadas, (b) apenas comprimidas


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• Emendas das estacas pré-moldadas de concreto:

Emenda por pinos (às vezes colados...)


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• Procedimento de cravação:

Martelo

Estaca pré-fabricada Movimentação Posicionamento

Cravação
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• Cravação a percussão (com martelos): • Cravação por prensagem (estacas


tipo Mega):
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Martelos de Guincho
queda livre Atuador (gatilho)

TIPOS DE
Martelos de Ação simples (OED)
MARTELOS PARA Diesel
combustão
CRAVAÇÃO DE Dupla ação (CED)
interna (ICH)
ESTACAS
Ar comprimido Ação simples
Martelos ou vapor Dupla ação
automáticos Martelos de
combustão
externa (ECH) Hidráulicos Ação simples
(óleo
pressurizado) Dupla ação
Martelos
vibratórios
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• Martelo de queda livre:


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• Martelo Diesel:

Obra do berço III do TECON/RG


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Pilão
• Características do martelo Diesel:
Cilindro

➢ Unidade independente
Saída de Bomba
ar de
➢ Massa pequena comparada com Bigorna combus-
tível
a energia aplicada Placa Cêpo

Capacete
➢ Energia do impacto depende da Injeção de Compressão do
Queda livre ar e impacto
resistência do solo à cravação combustível

➢ Possibilidade limitada de controle


da energia do impacto

➢ Fumaça

➢ Ruído

Explosão Subida e Queda livre


exaustão
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• Martelo hidráulico:

Com guias

Com luva Com guia


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• Características do martelo hidráulico:


➢ Ajuste contínuo da energia do impacto
Atuador

➢ Ajuste contínuo da taxa de percussão


Conteiner cilíndrico
ajustável

➢ O operador pode controlar com precisão a Gaiola


operação do martelo e otimizá-lo de acordo com
as condições do solo e tamanho da estaca Cilindro de
elevação

➢ Sem fumaça
Pilão
segmentado
➢ Nível baixo de ruído

➢ Nível baixo de vibração Amortecedor


Bigorna
Luva
➢ Necessita de gerador de energia
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TIPOS DE MARTELO – CARACTERÍSTICAS – CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO


TIPO DE MARTELO QUEDA LIVRE DIESEL HIDRÁULICO
No. GOLPES / MIN (NGM) 8 a 12 40 a 60 40 a 100

VELOCIDADE DE IMPACTO Não medida Não medida Medida

ALTURA DE QUEDA Medida...(?) H = 4400/NGM2-0,09 (m) Medida

ENERGIA POR GOLPE exWxh exWxh exWxh

EFICIÊNCIA 35% a 50% 40% a 50% 50% a 90%


Explosão na câmara de
SISTEMA OPERACIONAL Guincho e cabo combustão por injeção Hidráulico
regulável de óleo diesel
Muito lenta. Sistema de
Depende do apoio do sistema
LOCOMOÇÃO impacto apoiado sobre Rápida
de impacto, rolo ou esteira
rolos
MANUTENÇÃO Simples Complexa Complexa

ADEQUABILIDADE Todos os tipos de estacas Todos os tipos de estacas Todos os tipos de estacas

VANTAGENS Baixo custo Produtividade média a elevada Elevada produtividade


Poluição, custo alto e
DESVANTAGENS Baixa produtividade funcionamento dependente da Alto custo inicial
resistência do solo

Modificado de PARAÍSO & COSTA (2012)


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• Outros tipos de martelo:

Fonte de energia Vibrador


Diesel-elétrico
Diesel-hidráulico
Suspensão de cabos ou
Isolador
mangueiras
de vibração

Motor
Massas excêntricas

Bloco excitador
Transmissão de energia
Cabos elétricos ou
Sistema
mangueiras hidráulicas
hidráulico
de fixação
Painel de
controle
Estaca

Ar/vapor
Vibratório
dupla ação
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• Estacas tipo Franki:

Fonte: VELLOSO E LOPES (2010)

Testemunho de uma Estaca Franki


com 520 mm de diâmetro em
exposição no subsolo do Shopping
Tijuca – Rio de Janeiro.
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• Controle executivo de estacas de deslocamento:

➢ Manuseio, estocagem e emendas corretamente executadas.

➢ Energia de cravação cuidadosamente definida e aferida.

➢ Proteção adequada durante a cravação.

➢ Cuidado com flambagem de estacas esbeltas cravadas em solo mole.

➢ Medida de nega e repique em todas as estacas; exceções devem ser justificadas (NBR
6122, itens E.8 e F.8).

➢ Medida na nega descansada (alguns dias após o término da cravação) para identificação de
cicatrização ou relaxação (NBR 6122, itens E.8 e F.8).

➢ Anotação do diagrama de cravação em todas as estacas (NBR 6122, itens E.8 e F.8).

➢ Ensaio de integridade estrutural (PIT), Ensaio de carregamento dinâmico (NBR 13208) e


Prova de carga estática (NBR 12131).
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• Medidas de nega e repique:

Medidas de nega e repique – Estaca metálica – ERG1

Fonte: AOKI (1986)


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• Diagrama de cravação:

Fonte: VIEIRA (2006)


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2. Estacas de substituição: É realizada uma perfuração no terreno, posteriormente


preenchida com concreto ou argamassa. Pode ocorrer alívio de tensões laterais.

Os valores mostrados na Tabela são


meramente exemplos, e variam de
acordo com a empresa executora das
estacas.
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• Estacas tipo Broca: envolve o uso de trado manual


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• Estacas tipo Strauss:


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• Estaca injetada (Raiz):

Fonte: Catálogo FUNDESP


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• Estaca injetada (Microestaca):


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• Estacas Escavadas Circulares:


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• Equipamento de escavação:

➢ Mesa rotativa;

➢ Hastes telescópicas;

➢ Ferramenta de perfuração.
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Cortina de estacas secantes


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• Estacas Escavadas Retangulares (Barretes):


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Parede diafragma
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Clamshell Hidrofresa
(circulação reversa)
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• Fluidos estabilizantes para estacas escavadas e barretes (item J.7.2.1 da


NBR 6122):

➢ Lama bentonítica:
É uma lama formada pela mistura de bentonita com água limpa, em misturadores de alta turbulência,
com uma concentração variável em função da viscosidade e densidade que se pretende obter.
A lama bentonítica, depois de misturada, deve ficar em repouso por 12 h para sua plena hidratação e
deve possuir as características indicadas abaixo:

Propriedade Valores Equipamento para ensaio


Densidade 1,025 g/cm3 a 1,10 g/cm3 Densímetro
Viscosidade 30 s/qt a 90 s/qt Funil Marsh
pH 7 a 11 Indicador de pH
Teor de areia Até 3% Baroid sand content ou similar

➢ Polímero (biodegradável):
O fluido preparado com polímero deve apresentar as propriedades indicadas abaixo:

Propriedade Valores Equipamento para ensaio


Densidade 1,005 g/cm3 a 1,10 g/cm3 Densímetro
Viscosidade 35 s/qt a 120 s/qt Funil Marsh
pH 9 a 12 Indicador de pH
Teor de areia Até 4,5% Baroid sand content ou similar
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• Lama bentonítica:
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• Estacas tipo Hélice Contínua:

Fonte: Catálogo FUNDESP


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• Estacas tipo Hélice Contínua Monitorada:

Cuidados:
- Pressão de injeção (sempre positiva);
- Sobreconsumo de concreto ( 40%);
- Introdução da armadura.

Fonte: Catálogo FUNDESP


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• Estacas hélice de deslocamento:

Fonte: PREZI E BAZU (2005)


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• Estaca helicoidal:
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• Tubulões: envolve escavação manual da base.

Tubulão a céu aberto

Tubulão a ar comprimido
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• Controle executivo de estacas de substituição:

➢ Controle rígido do traço do concreto e dos tempos de concretagem.

➢ Medição precisa dos volumes concretados, como forma de controle da integridade e


continuidade do fuste.

➢ Posicionamento adequado da armadura.

➢ Limpeza adequada da base da escavação.

➢ Cuidados na concretagem submersa (uso de lama bentonítica).

➢ Cuidados na execução de estacas em solos moles (estrangulamento da seção).

➢ Estaca tipo Hélice Contínua: Não se devem executar estacas com espaçamento inferior a
cinco diâmetros em intervalo inferior a 12h. Esta distância refere-se à estaca de maior
diâmetro. Em qualquer caso, o projetista e o executor poderão avaliar a eventual
necessidade de aumento desta distância (NBR 6122, item N7).

➢ Ensaios de integridade estrutural (PIT e Crosshole), Ensaio de carregamento dinâmico (NBR


13208) e Prova de carga estática (NBR 12131).
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LIMITES MÍNIMO PARA


TIPO DE FUNDAÇÃO ASSENTAMENTO E MÁXIMO PARA OBSERVAÇÃO
OPERAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS (*)
15 < NSPT ≤ 25
Diâmetro < 30 cm Cuidados com solos com matacões e tensão
Estaca pré-moldada Σ NSPT = 80 golpes / 30cm
de compressão ou tração excessiva na
de concreto
Diâmetro ≥ 30 cm 25 < NSPT ≤ 35 cravação.

Estaca de perfil metálico 25 < NSPT ≤ 55 Pode haver desvio na cravação.

Estaca tubada (oca, ponta fechada) 20 < NSPT ≤ 40 Cuidado com pressão artesiana.

Estaca Strauss 10 < NSPT ≤ 25 Nível d’água é limitante.

Em solos arenosos 8 < NSPT ≤ 15 Cuidado com a transição de camadas moles.


Estaca Franki
Em solos argilosos 20 < NSPT ≤ 40 Cuidados com execução em argila mole; pega.

Estaca escavada / diafragma, com lama Cuidados com a limpeza do fundo da cava,
30 < NSPT ≤ 80
bentonítica abastecimento de concreto e bota-fora; pega.
Cuidado com o “mal do mergulhador”;
Sob ar comprimido 25 < NSPT ≤ 60
proibido a partir de 2023.
Tubulão
Nível d’água é limitante; profundidade
A céu aberto 25 < NSPT ≤ 60
máxima de 15 m a partir de 2021.
Abastecimento de concreto, bota-fora, solo
Estaca hélice contínua 20 < NSPT ≤ 45
mole. Profundidade máxima 30 m.

Estaca ômega 20 < NSPT ≤ 40 Abastecimento de concreto, solo mole.

Estaca raiz NSPT ≥ 60 (penetra na rocha sã) Peculiaridades executivas, solo mole, pega.

(*) sem a adoção de recursos especiais de execução (pré-furo, jato de água / ar ).


Adaptado de: EESC-USP- DEPARTAMENTO DE GEOTECNIA - SGS-404 : FUNDAÇÕES – revisão 2003-07-02
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⚫ BIBLIOGRAFIA:

➢ ABNT NBR 6122, Projeto e Execução de Fundações, 2019.

➢ AOKI, N., Controle “in situ” da capacidade de carga de estacas pré-fabricadas via repique elástico de
cravação, Publicação da ABMS/NRSP, ABEF e IE/SP, São Paulo, 48 p.,1986.

➢ CINTRA, J.C.A., AOKI, N., ALBIERO, J.H., Fundações por Estacas – Projeto Geotécnico, Oficina de
Textos, 2010.

➢ DANZIGER, B.R., LOPES, F.R., Fundações em Estacas, LTC/Gen, 2021.

➢ Norma Regulamentadora nº 18 - Segurança e Saúde no Trabalho na Indústria da Construção.


PORTARIA Nº 3.733, DE 10 DE FEVEREIRO DE 2020.

➢ PARAÍSO, S.C., COSTA, C.M.C, Avaliação do desempenho de sistemas de cravação, Seminário de


Engenharia de Fundações Especiais e Geotecnia (SEFE 7), 10 p., 2012.

➢ PREZZI, M., BASU, P., Overview of construction and design of auger cast-in-place and drilled
displacement piles’, Proceedings of the 30th Annual Conference on Deep Foundations, Chicago, pp.
497–512, 2005.

➢ VELLOSO, D.A., LOPES, F.R., Fundações, Vol.2, Oficina de Textos, 2010.

➢ VIEIRA, S.H.A., Controle da cravação de estacas pré-moldadas: avaliação de diagramas de cravação e


fórmulas dinâmicas, Dissertação de Mestrado, COPPE/UFRJ, Rio de Janeiro, 132 p., 2006.

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