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Judite Andrade
Cidadania e Desenvolvimento
Setembro 2018
Texto de Apoio
Mas, é certo que, ultimamente, temos assistido a uma intensificação atual da intolerância social.
Violência e terrorismo, bem como atos de intimidação contra pessoas que exercem a sua
liberdade de opinião e de expressão.
Hoje, confunde-se dar opinião com impor a opinião de forma fundamentalista, anulando-se todos
os pontos de vista diferentes.
Com o avanço galopante da tecnologia e a expansão das redes sociais, tornou-se fácil e
instantâneo dar a opinião sobre um determinado assunto. E é aqui que se intensificam cada vez
mais os pontos de vista. Passaram a ser frequentes os apedrejamentos verbais (virtuais ou não),
como sendo sinónimo de perceber muito de um determinado assunto.
Nem por acaso, enquanto escrevia este artigo, numa esplanada de um café, fui inspirada
enquanto ouvia um grupo de adolescentes a relatar acontecimentos da noite anterior. Em que
um deles se envolveu num confronto físico, lembrando-se vagamente do sucedido.
Este tipo de aceitação grupal terá provavelmente impacto na forma como os conflitos serão
resolvidos posteriormente pelos quatro indivíduos que estavam presentes naquela mesa de
esplanada.
Ao contrário do que se pensa, é de facto comum grande parte das pessoas arrepender-se das suas
atitudes impulsivas face a determinadas adversidades da vida. No entanto, se pensarmos que a
Exercitar a tolerância permite-nos ver as situações numa outra perspetiva. Evitando que nos
precipitemos diante de situações de forma irrefletida. Há que desenvolver a capacidade de nos
colocarmos no lugar do outro. Procurando assim compreender e aceitar as diferenças em relação
ao outro.
A educação é o meio mais eficaz para promover a tolerância, e que nos permite adquirir
competências de gestão de conflitos, no sentido de sermos capazes de os prevenir ou de os
resolver por meios não violentos.