Você está na página 1de 5

UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA

UNIDADE ACADÊMICA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA


DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA EAD

EDICARLOS GUEDES DE SANTANA

TEORIAS COMPORTAMENTALISTA, HUMANISTA E COGNITIVISTA

SALVADOR
2021
UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
UNIDADE ACADÊMICA DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E DA TERRA
CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA EAD

TEORIAS COMPORTAMENTALISTA, HUMANISTA E COGNITIVISTA

Trabalho apresentado ao Curso de


Licenciatura em Física EAD , como
requisito parcial para obtenção de
nota na Disciplina Projeto Integrador
VIII.

SALVADOR
2021
Teoria Comportamentalista

Nesse modelo o educador tem como tarefa controlar o tempo e as respostas dos
alunos. Em escolas adeptas da teoria comportamentalista os alunos são induzidos a
manifestarem certos tipos de comportamentos, isto é, a expectativa é criar
comportamentos específicos e desejados nos alunos.

Atividades baseadas em perguntas e respostas são muito recorrentes, onde se


espera feedbacks (geralmente) imediatos. O aluno é visto como alguém que pode
aprender a partir de estímulos, os quais são recompensados, caso os objetivos sejam
alcançados.

Neste tipo de abordagem o ensino deve ser planejado, com materiais


instrucionais programados e controlados. O objetivo é que os resultados possam ser
mensurados e que o estudante adquira os comportamentos desejados, moldados segundo
necessidades sociais determinadas.

Um exemplo da aplicação dessa teoria, seria, por exemplo, um professor de


física que adota a estratégia de premiar, com um bombom de chocolate, cada aluno que
se dispõe a ir ao quadro resolver uma questão de Física corretamente.

Teoria Humanista

A Teoria da Personalidade, de Carl Rogers, prescreve que todos os princípios


da terapia centrada na pessoa são válidos para a educação. Para ele, a educação deve
despertar as forças positivas de crescimento que existem em todo ser humano. Para
tanto, é necessário considerar a qualidade da relação professor/aluno. Na acepção de
Rogers, todo ser humano possui uma tendência natural para o crescimento em direções
saudáveis. Ele considera que é papel do terapeuta, assim também do professor, oferecer
as melhores condições possíveis para que os estudantes busquem sua própria realização.
Neste sentido, três elementos são essenciais:

 Aceitação positiva incondicional: aceitar as pessoas como elas são;


 Empatia: capacidade de colocar-se no lugar do outro;
 Congruência: ser autêntico, isto é, não fingir e nem levar as pessoas a
fingir.
Esses três elementos são chamados de tríade rogeriana, base tanto da terapia
quanto da educação centrada na pessoa.

A empatia, que é a capacidade de colocar-se no lugar do outro, permite ao


professor conhecer o mundo interno do estudante, ou seja, sentimentos, desejos e
aflições. Também permite que o professor comunique ao estudante que ele é
compreendido.

A aceitação positiva incondicional é a capacidade de aceitar o estudante com


todas as suas características, incluindo aquelas que precisam ser trabalhadas. Consiste
em aceitar o aluno sem reservas, sem preconceitos de qualquer espécie, entendendo o
ser humano como alguém que está sempre em processo, nunca acabado, deve ser a
postura do professor.

Congruência é aceitar e compreender a si mesmo. Ser o que se é, não fingir e


nem induzir os outros ao fingimento. Isso não significa que deve agir como bem
entende, de forma grosseira e egoísta, pois isso seria falta de empatia.

Se os professores e estudantes se comprometem a ser o que são e a aceitar os


demais como eles são, bem como a saberem se colocar no lugar dos outros, então, na
visão de Rogers, as condições fundamentais para um bom ambiente educacional estão
postas.

Um exemplo de aplicação dessa teoria seria dividir uma turma de alunos em


equipes para a apresentação de um seminário. O professor, enquanto facilitador desse
processo, não interfere na construção e na busca desse grupo, e mesmo na apresentação
ele procura se abster ao máximo, deixando que o grupo construa seu próprio
conhecimento. Essa ação deve ser cuidadosa, pois embora pareça democrática, não
consideramos os limites, as dificuldades que cada um do grupo tem e se o trabalho foi
realmente realizado em equipe. É necessário avaliar se de fato há aprendizado, e não
mero cumprimento de tarefa, sem significado.

Teoria Cognitivista

O termo cognitivista visa identificar os teóricos que se ocupam com os


“processos centrais” do indivíduo, ou seja, construção e organização do conhecimento,
processamento de informações, estilos de pensamentos, comportamentos, etc.
Os principais autores dessa teoria são Jean Piaget e Jerome Bruner. Jean Piaget
dividiu os períodos de desenvolvimento de acordo com o aparecimento de novas
qualidades de pensamento. Cada período é caracterizado por aquilo que o indivíduo
consegue fazer de melhor nessas faixas etárias.

Jerome Bruner encabeçou pesquisas sobre o desenvolvimento cognitivo das


crianças e sua aplicação à educação. Nessa abordagem o professor é aquele que cria
situações desafiadoras e desequilibradoras pela orientação. Estabelece condições de
reciprocidade e cooperação, ao mesmo tempo moral e racional. O aluno tem um papel
essencialmente “ativo” de observar, experimentar, comparar, relacionar, analisar,
justapor, compor, encaixar, levantar hipóteses, argumentar, etc.

A escola seria, então, os espaço que permite e cria as condições para que o
indivíduo aprenda por si próprio, oferendo liberdade de ação real e material. Reconhece
a prioridade psicológica da inteligência sobre a aprendizagem. Promove um ambiente
favorável à motivação intrínseca do estudante.

A metodologia empregada é aquela que desenvolve a inteligência,


considerando o sujeito inserido em uma situação social. A inteligência constroe-se a
partir das trocas do organismo com o meio, pelas ações do indivíduo, baseadas no
ensaio, no erro, na pesquisa, na investigação e na solução de problemas, facilitando o
ato de aprender e pensar.

Você também pode gostar