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Integrais Impróprias

Teste da Comparação para Integrais Impróprias I


Integrais Impróprias com Integrando Descontı́nuo
Teste da Comparação para Integrais Impróprias II

Integrais Impróprias

por
Abı́lio Lemos

Universidade Federal de Viçosa


Departamento de Matemática-CCE
Aulas de MAT 147 - 2020

5 e 10 de março de 2020

Abı́lio Lemos Departamento de Matemática – UFV


Integrais Impróprias
Teste da Comparação para Integrais Impróprias I
Integrais Impróprias com Integrando Descontı́nuo
Teste da Comparação para Integrais Impróprias II

Na definição de integral definida, consideramos a função no


integrando contı́nua em um intervalo fechado e limitado. Agora,
estenderemos esta definição para os seguintes casos:
(i) Funções definidas em intervalos do tipo: [a, ∞), (−∞, b] ou
(−∞, ∞), ou seja, para todo x ≥ a ou x ≤ b ou para todo x ∈ R,
respectivamente.
(ii) A função no integrando é descontı́nua em um ponto.

As integrais destas funções são chamadas integrais impróprias.


As integrais impróprias são de grande utilidade em diversos ramos
da Matemática como por exemplo, na solução de equações
diferenciais ordinárias via transformadas de Laplace e no estudo
das probabilidades, em Estatı́stica.

Abı́lio Lemos Departamento de Matemática – UFV


Integrais Impróprias
Teste da Comparação para Integrais Impróprias I
Integrais Impróprias com Integrando Descontı́nuo
Teste da Comparação para Integrais Impróprias II

Exemplos de Integrais Impróprias:


Z ∞
(i) e −x dx;
Z0 ∞
(ii) e −x dx;
Z−∞∞
1
(iii) dx;
0 1 + x2
Z ∞
x
(iv) 2 2
dx;
−∞ (1 + x )
Z ∞
(v) xe −x dx.
0

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Teste da Comparação para Integrais Impróprias I
Integrais Impróprias com Integrando Descontı́nuo
Teste da Comparação para Integrais Impróprias II

Definição 1
(i) Se f é contı́nua em [a, ∞), então:
R∞ Rb
a f (x) dx = limb→∞ a f (x) dx, desde que o limite exista;
(ii) Se f é contı́nua em (−∞, b], então:
Rb Rb
−∞ f (x) dx = lima→−∞ a f (x) dx, desde que o limite exista;
R∞
(iii) Se f é contı́nua em R = (−∞, ∞), então: −∞ f (x) dx =
Rc Rb
lima→−∞ a f (x) dx + limb→∞ c f (x) dx, c ∈ R, desde que
os limites existam. Geralmente toma-se c = 0 para facilitar
nas contas.
Se nas definições anteriores os limites existirem, as integrais
impróprias são ditas convergentes; caso contrário são ditas
divergentes.

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Teste da Comparação para Integrais Impróprias I
Integrais Impróprias com Integrando Descontı́nuo
Teste da Comparação para Integrais Impróprias II

Teste da Comparação I: Sejam f e g contı́nuas em [a, ∞) tais


que f (x) ≥ g (x) ≥ 0 para todo x ≥ a.
R∞ R∞
(i) Se a f (x) dx converge, então a g (x) dx converge;
R∞ R∞
(ii) Se a g (x) dx diverge, então a f (x) dx diverge.
A prova, segue diretamente das definições. Seja f (x) ≥ 0, para
todo x ≥ a. Para mostrar a convergência da integral de f , é
preciso que f seja menor que uma função cuja integral converge.
Para mostrar a divergência da integral de f , é preciso que f seja
maior que uma função cuja integral diverge.

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Teste da Comparação para Integrais Impróprias II

Analise a convergência das integrais abaixo.


Z ∞
sen x + 2
(a) √ dx;
1 x
Z ∞
2
(b) e −x dx;
Z1 ∞
1
(c) 5
dx;
x + 3x + 1
Z1 ∞
1
(d) dx;
2 ln x

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Definição 2
(i) Se f é continua em (a, b], então:
Rb Rb
a f (x) dx = limt→a +
t f (x) dx, desde que o limite exista;
(ii) Se f é continua em [a, b), então:
Rb Rt
a f (x) dx = limt→b − a f (x) dx, desde que o limite exista;
(iii) Se f é continua em [a, b], exceto em c tal que a < c < b,
Ra Rt Rb
então: b f (x) dx = limt→c − a f (x) dx + limt→c + t f (x) dx,
desde que os limites existam.

Se nas definições anteriores os limites existirem, as integrais


impróprias são ditas convergentes; caso contrário são ditas
divergentes.

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Analise a convergência das integrais abaixo. Se convergir,


determine seu valor.
Z 3
1
(a) √ dx;
0 3−x
Z 1
1
(b) dx;
0 x
Z 4
1
(c) 2
dx;
0 (x − 3)
Z 1
(d) x ln x dx;
0

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Teste da Comparação para Integrais Impróprias II

Teste da Comparação II: Sejam f e g funções contı́nuas em


[a, b) tais que f (x) ≥ g (x) ≥ 0 para todo x ∈ [a, b).
Rb Rb
(i) Se a f (x) dx converge, então a g (x) dx converge;
Rb Rb
(ii) Se a g (x) dx diverge, então a f (x) dx diverge.
Para o caso f e g funções integráveis em (a, b], exceto em x = a,
também se aplica o teste.
A prova, segue diretamente das definições. Seja f (x) ≥ 0, para
todo x ≥ a. Para mostrar a convergência da integral de f , é
preciso que f seja menor que uma função cuja integral converge.
Para mostrar a divergência da integral de f , é preciso que f seja
maior que uma função cuja integral diverge.

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Analise a convergência das integrais abaixo.


Z π
sen x
(a) √ dx;
0 x
Z π/4
sec x
(b) dx;
0 x3
Z 1 −x
e
(c) 2/3
dx;
0 x

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Definição 3
Rb
Uma integral imprópria a f (x)dx, (a, b ∈ R ou a = −∞ e
b = ∞ ou a = −∞ e b ∈ R ou a ∈ R e b = ∞) é chamada
Rb
absolutamente convergente se a |f (x)| dx for convergente.
Rb
Teorema 1: Sejam a e b como na definição acima. Se a |f (x)| dx
Rb
é absolutamente convergente, então a f (x) dx é convergente.

Analise a convergência das integrais abaixo.


Z ∞
sen x
(a) dx;
5x 2
Z1 ∞
cos 3x
(b) dx.
1 x3

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Teste da Comparação III: Sejam f , g : [a, ∞) → R+ funções


contı́nuas. Se
f (x)
lim = L, 0 < L < ∞,
x→∞ g (x)
R∞ R∞
então a f (x) dx e a g (x) dx serão ambas convergentes ou
ambas divergentes.
Analise a convergência da integral abaixo.
Z ∞
3
x
dx.
1 e −2

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