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PRÉ-UNIVERSITÁRIO OFICINA DO SABER Aluno(a):

DISCIPLINA: História PROFESSORES: Ana Carolina Rocha, Diogo Alchorne e Fabrício Sampaio.
Data: / / 2021

Monitoria 03-09-21

1- No século XVIII a produção do ouro provocou muitas transformações na colônia. Entre elas
podemos destacar:

(A) A urbanização da Amazônia, o início da produção do tabaco, a introdução do trabalho livre com os
imigrantes.
(B) A introdução do tráfico africano, a integração do índio, a desarticulação das relações com a
Inglaterra.
(C) A industrialização de São Paulo, a produção de café no Vale do Paraíba, a expansão da criação de
ovinos em Minas Gerais.
(D) A preservação da população indígena, a decadência da produção algodoeira, a introdução de
operários europeus.
(E) O aumento da produção de alimentos, a integração de novas áreas por meio da pecuária e do
comércio, a mudança do eixo econômico para o Sudeste e Sul.

2- Sobre a chamada Inconfidência Mineira, a historiadora Cristina Leminski afirmou:

Sem a derrama, o movimento esvaziava-se. Para a população em geral, se a derrama não fosse imposta, não
fazia grande diferença se Minas era ou não independente. O movimento era fundamentalmente motivado por
interesses, não por ideais. [...]. A prisão dos homens mais eminentes de Vila Rica provocou [...] alvoroço na
cidade [...] e o visconde de Barbacena foi obrigado a admitir que a tentativa de manter sigilo sobre o
processo era inútil. LEMINSKI, Cristina. Tiradentes e a Conspiração de Mina Gerais. São Paulo: Scipione,
1994. p. 59-64.

O movimento do século XVIII abordado nesse fragmento textual relaciona-se com a:

(A) Pretensão das lideranças de Vila Rica, principais beneficiadas com a arrecadação tributária
portuguesa.
(B) Repercussão da Revolução Francesa no seio da elite intelectual colonial da região aurífera nas Minas
Gerais.
(C) Exploração tributária feita pela metrópole sobre os colonos portugueses, no contexto da crise do
antigo sistema colonial.
(D) Revolta desencadeada pela decisão da Coroa de instalar Casas de Fundição, com o propósito de
cobrar o quinto.

3- Leia o texto a seguir:

A guerra caracterizou e deu visibilidade ao processo de independência na América. Não há como duvidar
dessa premissa. Primeiro, a elite criolla descobriu a possibilidade de utilizar a guerra como um elemento de
união interna e, segundo, percebeu que poderia usar sua experiência como um meio capaz de encaminhar a
América rumo ao Ocidente. Ambos os processos ocorreram numa sequência com objetivo de garantir a
ordem frente aos conflitos étnicos e políticos, bem como de estabelecer uma imagem da América que fosse
confiável e promissora, tanto interna quanto externamente. Nem mesmo no fim da vida, Simón Bolívar
desistiu de encarar a força – e, portanto, a guerra que lhe dava expressão – como meio importante para a
produção de acontecimentos políticos favoráveis. (FREDRIGO, Fabiana de Souza. “As guerras de
independência, as práticas sociais e o código de elite na América do século XIX: leituras da correspondência
bolivariana”. Varia hist., Belo Horizonte, v. 23, n. 38, Dec. 2007. p. 311).

De acordo como o texto, Simón Bolivar estava preocupado em construir uma imagem da América liberta
que fosse bem vista aos olhos europeus e aos olhos dos próprios americanos. Essa preocupação refletia:

(A) Uma estratégia política orientada pela própria coroa espanhola.


(B) A adequação ao projeto moderno de nações politicamente emancipadas e aptas ao progresso.
(C) Um projeto de articulação política com os Estados Unidos da América, que se simpatizavam com as
ideias de Bolívar.
(D) Um projeto articulado junto com o Brasil, já que Bolívar também exercia forte influência entre os
políticos brasileiros.
(E) Uma estratégia política inspirada no “Destino Manifesto”, mas com o objetivo inverso.

4- Uma das diferenças essenciais entre a Independência da América Espanhola e a Independência


Brasileira está no:
(A) Modelo político adotado, haja vista que na América Hispânica predominou o modelo republicano,
enquanto no Brasil adotou-se o modelo monárquico.
(B) Modelo de guerra adotado, já que no Brasil a guerrilha foi o modelo de combate adotado no processo
de independência.
(C) Modelo econômico, haja vista que o Brasil, ao contrário da América Espanhola, sofreu um grave
transtorno na produção agrícola, levando a política colonial ao colapso.
(D) Carisma do líder, já que Bolívar tinha menos impacto na consciência da população do que Dom Pedro
I.
(E) Papel do exército, já que, no caso brasileiro, o exército precisou impedir que Portugal retomasse o
Brasil como sua colônia.

5- A transferência da Corte Portuguesa para o Brasil tem sido objeto de intensos e calorosos debates na
historiografia luso-brasileira. Dentre as novidades implantadas pela chegada da Corte de D. João, estão:

(I) Maior controle sobre a concessão de sesmarias, via criação da Mesa do Desembargo do Paço do Rio de
Janeiro.
(II) Fundação do Banco do Brasil.
(III) Criação da Companhia Geral de Comércio do Grão Pará e Maranhão.
(IV) Criação da Intendência Geral da Polícia.
(V) Institucionalização do Tribunal da Relação do Rio de Janeiro para julgar as querelas da Província.
Assinale a alternativa que reúne os elementos identificados com a transferência da Corte Portuguesa:

(A) I e II, apenas


(B) I, II e III, apenas
(C) I, II e IV, apenas
(D) III IV e V, apenas
(E) IV e V, apenas

GABARITO

1- E

2- B

3- B

4- A

5- C

Continuação 10-09-2021

6- É hoje a nossa festa nacional. O Brasil inteiro, da capital do Império a mais remota e insignificante de
suas aldeolas, congrega-se unânime para comemorar o dia que o tirou dentre as nações dependentes para
colocá-lo entre as nações soberanas, e entregou-lhe os seus destinos, que até então haviam ficado a cargo
de um povo estranho. Gazeta de Notícias, 7 set. 1883.

As festividades em torno da Independência do Brasil marcam o nosso calendário desde os anos


imediatamente posteriores aos Sete de setembro de 1822. Essa comemoração está diretamente relacionada
com

(A) A construção e manutenção de símbolos para a formação de uma identidade nacional.

(B) O domínio da elite brasileira sobre os principais cargos políticos, que se efetivou logo após 1822.

(C) Os interesses de senhores de terras que, após a Independência, exigiram a abolição da escravidão.

(D) O apoio popular às medidas tomadas pelo governo imperial para a expulsão de estrangeiros do país.

(E) A consciência da população sobre os seus direitos adquiridos posteriormente à transferência da Corte
para o Rio de Janeiro.

7- Após a Independência, integramo-nos como exportadores de produtos primários à divisão internacional


do trabalho, estruturada ao redor da Grã-Bretanha. O Brasil especializou-se na produção, com braço
escravo importado da África, de plantas tropicais para a Europa e a América do Norte. Isso atrasou o
desenvolvimento de nossa economia por pelo menos uns oitenta anos. Éramos um país essencialmente
agrícola e tecnicamente atrasado por depender de produtores cativos. Não se poderia confiar a
trabalhadores forçados outros instrumentos de produção que os mais toscos e baratos. O atraso
econômico forçou o Brasil a se voltar para fora. Era do exterior que vinham os bens de consumo que
fundamentavam um padrão de vida “civilizado”, marca que distinguia as classes cultas e “naturalmente”
dominantes do povaréu primitivo e miserável. (...) E de fora vinham também os capitais que permitiam
iniciar a construção de uma infra- estrutura de serviços urbanos, de energia, transportes e comunicações.
Paul Singer. Evolução da economia e vinculação internacional. In: I. Sachs; J. Willheim; P. S. Pinheiro
(Orgs.). Brasil: um século de transformações. São Paulo: Cia. das Letras, 2001, p. 80.

Levando-se em consideração as afirmações acima, relativas à estrutura econômica do Brasil por ocasião
da independência política (1822), é correto afirmar que o país.

(A) Se industrializou rapidamente devido ao desenvolvimento alcançado no período colonial.

(B) Extinguiu a produção colonial baseada na escravidão e fundamentou a produção no trabalho livre.

(C) Se tornou dependente da economia europeia por realizar tardiamente sua industrialização em relação
a outros países.
(D) Se tornou dependente do capital estrangeiro, que foi introduzido no país sem trazer ganhos para a
infraestrutura de serviços urbanos.
(E) Teve sua industrialização estimulada pela Grã-Bretanha, que investiu capitais em vários setores
produtivos.

GABARITO

6- A

7- C

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