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AULA 1 - INTRODUÇÃO AOS LIVROS PROFÉTICOS

    
LIVROS PROFÉTICOS

Os livros proféticos pertencem ao período do obscurantismo do povo escolhido por


Deus. Os profetas eram homens levantados por Deus para anunciar os Seus desígnios e
alertar o povo acerca da corrupção generalizada que se desencadeou na nação “santa”.

O dever principal do profeta era cuidar da vida moral e religiosa do seu próprio povo, e
sempre que o povo se corrompia, Deus enviava um profeta para exortá-los a
abandonarem seus maus caminhos.

As primeiras pessoas que a Bíblia chama de profetas são: Abraão (Gn 20.7) e Moisés
(Dt 34.10). Miriã (Ex 15.20) e Débora (Jz 4.4) são as primeiras profetisas da Bíblia. O
verdadeiro movimento profético, porém, parece haver iniciado com Samuel (1 Sm 9.9).
A partir daquela época, os profetas eram ao mesmo tempo mensageiros de Deus e
líderes políticos. Em certos períodos havia até escolas para profetas (2 Rs 4.38 e 2 Rs
6.1). Os livros históricos da Bíblia mencionam os profetas Gade, Natã e Aías , e ainda
Asafe, Hemã e Jedutum (músicos profetas) do, tempo de Davi e Salomão; Micaias,
Elias, Elizeu e Jeú no reino de Israel; Semaias, Hanani, Zacarias, no reino de Judá.
Exceto Zacarias, Asafe e Hemã de nenhum deles conhecemos algum escrito.

São também mencionados os falsos profetas: Zedequias, no tempo do rei Acabe e


Hananias, no tempo de Jeremias.

Os profetas verdadeiros tinham uma função tripla:

• mensageiros divinos para seus contemporâneos;

• estudantes e intérpretes da história de Israel;

• visionários e profetas sobre futuros acontecimentos.

Característico para os profetas é que falavam inspirados pelo Espírito de Deus e parece-
nos que nem sempre eles mesmos entendiam tudo o que profetizavam.

Os livros proféticos do AT não seguem uma ordem cronológica restrita. São divididos
em: Profetas Maiores e Profetas Menores.

• Os Profetas Maiores são: Isaías, Jeremias, Ezequiel e Daniel. Pelo volume e

conteúdo destes livros são chamados de maiores;

• Os Profetas Menores são os demais livros que seguem uma ordem mais ou menos

cronológica: Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum,

Habacuque; Sofonias, Ageu, Zacarias e Malaquias.


Profetas Pré-Exilicos: os profetas do período do exílio ou pré-exílicos, pela ordem de
seus escritos foram:

De Israel: Jonas, Amós e Oséias.

De Judá: Obadias, Joel, Isaías, Miquéias, Naum, Habacuque, Sofonias e Jeremias.

Profetas do cativeiro da Babilônia foram: Ezequiel, Daniel e Jeremias, que profetizou


antes, durante e depois. Os que profetizaram depois do exílio foram: Ageu, Zacarias e
Malaquias.

Profetas de acordo com a época:

Época da destruição de Israel pela Assíria: Joel, Jonas, Oséias, Isaías e Miquéias.

Época da destruição de Judá pela Babilônia: Jeremias, Ezequiel, Daniel, Obadias,Naum,


Habacuque e Sofonias.

Época da restauração: Ageu, Zacarias e Malaquias.

Profetas de acordo com os destinatários:

Israel: Amós, Oséias e Ezequiel;

Nínive: Jonas e Naum;

Babilônia: Daniel;

Edom; Obadias;

Judá: Joel,Isaías,Miquéias,Jeremias,Habacuque, Sofonias,Ageu, Zacarias e Malaquias.

AULA 2 - ISAÍAS
    
ISAÍAS

Isaías, em hebraico Yeshayahu (em hebraicoe em grego Hsaiÿav, hαα ) o que significa
Deus é salvação, algo que simboliza todo o livro.

Autoriae Cronologia do livro: Isaias sempre foi considerado o maior dos profetas, e


por esta razão o livro dele é o primeiro dos profetas. Isaias era filho de Amós (Is 1.1) e,
segundo a tradição judaica, de

família nobre. Ele era casado e teve pelo menos 2 filhos (Is 7.3 e Is 8.3).
Ele teve acesso ao palácio dos reis Uzias e Acaz (Is 7.3 e Is 8.2) e amizade íntima com
os sacerdotes (2 Cr 26.22). Ele foi chamado por Deus através de uma visão no templo
de Jerusalém (Is 6.1), no ano em que morreu o rei Uzias 736 a.C. Ele vivia em
Jerusalém, onde era conselheiro dos reis Jotão, Acaz, e Ezequias de Judá. Ele era um
grande mensageiro e pregou contra o abuso dos sacrifícios (Is 1.11), o culto impuro (Is
1.12-17), a corrupção social (Is 1.21 - 23) e contra o orgulho, vaidade e luxo (Is 3.16-
24). Sempre falou sobre o perigo dos inimigos e a necessidade de confiar em Deus.

Isaias tem sido chamado o “político entre os profetas”, e é um grande profeta


messiânico. Ele também tem sido chamado o “evangelista do AT”. Segundo a tradição
judaica, Isaias morreu como mártir na época de Manassés.

Isaias vivia num tempo de fortes tensões políticas. Os maiores e mais famosos reis do
império da Assíria eram todos contemporâneos de Isaias. Desde 840 a.C., a Assíria fazia
invasões em Israel até a derrota final em 722 a.C.

No capítulo 36, Isaias conta sobre a invasão do rei Senaqueribe, da Assíria, em Judá. A
Assíria constituía uma grande ameaça até que, finalmente, foi conquistada pela
Babilônia em 612 a.C.

A mais discutida, de todos os livros da Bíblia, é autoria do Livro de Isaias. Existe uma
divisão marcante e inegável do livro em 2 partes (1 a 39 e 40 a 66). Baseado neste fato,
muitos têm falado em mais de um autor: o segundo Isaias (Deutero-Isaias) ou até
mesmo o terceiro Isaias, suposto autor dos capítulos 55-66.

• O nome Isaias só aparece na primeira parte do livro (Is 1-39); a segunda parte talvez
fosse escrito mais tarde, quando Isaias era bem mais conhecido.

Profecias sobre o Messias se encontram nas duas partes do livro.

• Os críticos acham que a segunda parte só foi escrita depois do cativeiro na Babilônia
porque Isaias vê as ruínas de Jerusalém (Is 44.26-28) e uma terra destruída (Is 49.19);
também vê um povo cativo (Is 40. 2);

• Uma das características de Isaias é justamente o fato de ele ver futuros acontecimentos
como se já tivessem acontecido, por exemplo: Is 9.6 e Is 53.1- 9. Isaias fala sobre os
muros de Jerusalém como já destruídos (Is 60.10) embora ainda existam Is 62.6.

• O nome do rei persa, Ciro, é mencionado várias vezes na segunda parte do livro (Is
44.28 e Is 45.1); Ciro iniciou seu reinado em 558 a.C. Os críticos veem nisto um fato
que indica uma data posterior, mas os fundamentalistas veem uma revelação divina
deste fato, algo que caracteriza profecias sérias.

• O estilo e a linguagem são diferentes nas duas partes do livro. Isto não precisa indicar
2 autores, mas que as duas partes foram escritas em épocas diferentes.

O ministério de Isaias foi muito longo.


• Jesus e os autores do NT citam as duas partes de Isaias sem a menor dúvida quanto a
sua autenticidade. A tradição cristã nunca tem duvidado da autoria plena de Isaias,
apenas a alta crítica moderna.

• Textos paralelos nas duas partes indicam um só autor, por exemplo: Is 9. 2; Is

13; Is 14; Is 21.1-10; Is 46; Is 47; Is 48 e Is 60.1-2.

• Nos antigos manuscritos, e mesmo no rolo do Mar Morto, o livro de Isaias sempre
existe numa unidade sem qualquer divisão marcada. É também o caso da Septuaginta e
muitas outras antigas traduções.

• O livro foi escrito antes da queda dos 3 reinos: Egito, Babilônia e Assíria. Isaias previu
o fim destes reinos. A Assíria caiu em 612 e Babilônia em 536 a.C.

Concluímos que Isaías foi profeta durante 50 anos, entre 736 e 685 a.C.

Conteúdo e divisão do livro

1) Profecias de juízo sobre Judá e outros povos (1 a 39)

a) Juízo sobre Judá. A glória futura de Sião (1 a 12);

b) Juízo sobre outras nações (13 a 23);

c) O grande julgamento. Dispersão e restauração para Israel (24 a 27);

d) Profecias de juízo e promessas;

e) Divisão histórica (36 a 39), entre as 2 partes principais do livro.

2) Profecias sobre o juízo vindouro e a futura restauração (40 a 66)

a) Profecias sobre a volta do cativeiro (40 a 48);

b) Profecias messiânicas (49 a 58);

c) A gloria e a restauração de Israel e de todo o universo (59 a 66).

Muitas profecias se cumpriram durante o tempo de Isaias, por exemplo, a invasão da


Assíria (Is 8. 7-8). Algumas profecias se cumpriram mais tarde, por exemplo: o
cativeiro e o rei Ciro. Outras profecias se cumpriram com a vinda de Jesus Cristo (Is
7.14; Is 9.1-7 e Is 53.1-9). Existem ainda profecias a serem cumpridas (Is 11 e Is 65.17).

Textos paralelos para o livro de Isaias existem, praticamente, em todos os livros da


Bíblia. No NT, o livro de Isaias é citado mais de 50 vezes, por exemplo: Mt 3.3; Mt
4.14; Mt 8.17 e Mt 15.7. Isaías 37 é exatamente idêntico a 2 Rs 19. Em Isaías 35
existem 25 verbos no tempo futuro. Um dos versículos mais compridos da Bíblia é Is
66.3. Interessante é o trecho Is 3.16-24, que nos dá uma idéia da vaidade que existia 700
anos antes de Cristo. Várias partes do livro são escritas numa espécie de poesia, por
exemplo: Is 4.1; Is 5. 20; Is 9.4; Is 11.6-8; Is 13.11; Is 34. 4 e Is 41.18.

Propósito do livro

Chamar a nação de Judá de volta para Deus e revelar a salvação divina através do
Messias. Isaías é aclamado pelos mais renomados teólogos como “o profeta
evangelista” pelo destaque que dá em sua pregação a obra redentora do Messias: Jesus
Cristo o Filho de Yahweh, o Senhor Deus. Em suas páginas encontramos mais sobre a
pessoa e a obra do Senhor Jesus do que em qualquer outro livro do A.T. Isaías é um
livro que desvenda as plenas dimensões do Juízo e da Salvação divina.

Música, adoração e louvor

O livro de Isaías está repleto de temas que podemos utilizar e compor hinos. Devemos,
todavia orar a Deus para que sejamos inspirados e possamos preparar canções e
melodias que retratem as verdades destes textos bíblicos. E assim os hinos sirvam para
edificação do Corpo de Cristo Jesus.

1) Chamado de Deus – escrever um louvor que conte o chamado de missão especial de


Isaías. Contextualizando para com o chamado e missão da igreja do Senhor.

2)Bênçãos – cântico que relate sobre as bênçãos futuras, as promessas de Deus, que se
cumprem no tempo certo.

3)A contrição de Sião, seu perdão e redenção –hino que nos traga esta passagem.
Sempre contextualizando com a igreja atual.

4) O Senhor deve ser venerado – compor um hino de adoração ao Senhor, baseado no


capítulo 8:9-10, onde seja expresso a mensagem do texto em adoração ao Deus todo
Poderoso.

5) O Nascimento do Príncipe da Paz – Hino no qual cantemos o capítulo 9:1-7, e traga


esta linda mensagem, e mostre à igreja de Cristo este importante tema: que o jugo que
pesava sobre nós o Senhor retirou e nos deu a salvação. Cântico que lembre estas
verdades, e que o Senhor dos Exércitos, éque controla todas as coisas.

O livro de Isaías é imensamente repleto de temas para a composição de hinos ao Senhor,


para adoração, admoestação, ensino e edificação. Buscando a inspiração divina tem-se
lindos e importantes hinos neste livro.
AULA 3 - JEREMIAS
    
JEREMIAS

Em hebraico Yirmeyahu (estabelece ou Deus (Jah ou Yahexalta) e no grego Hieremias.

Autoria e Cronologia : Jeremias sem dúvida é o profeta que conhecemos melhor do


que qualquer outro profeta (Jr 1.1-3). O seu livro está cheio de dados pessoais. Ele era
filho do sacerdote Hilquias da pequena aldeia Anatote, 4 km ao nordeste de Jerusalém
em Judá.

Tem sido chamado “o profeta solitário” porque Deus lhe pediu para não se casar (Jr
16.1). Era um grande profeta, corajoso e experimentado. Apelidos no próprio livro (Jr
1.18 e Jr 15.20) indicam a sua força e vitalidade; também é chamado o “João do AT”.

O Profeta Jeremias foi chamado no décimo terceiro ano do reinado de Josias em Judá,
isto é, 626 a.C. Ele foi chamado para uma missão muito difícil (Jr 1.v. 6,8,9,18 e 19).
Ele aceitou a chamada com muita seriedade, chorou sobre o povo (Jr 9.1) e orou por ele
(Jr 4). Ele se sentia perseguido e como um mártir (Jr 11.19), rejeitado pelo povo e por
sua cidade (Jr 11.21). Incansavelmente anunciou o recado de Deus em todos os lugares,
mas sem conseguir uma mudança ou um avivamento espiritual. Ele é o profeta sofredor,
a sua missão durou de 626 até 586 a.C. Toda a mensagem de Jeremias está apontando
para a destruição inevitável.

Como profeta, ele revela de um lado, força e autoridade; de outro, sensibilidade e


ternura.

Jeremias até foi castigado por causa das profecias (Jr 20.1-3) e também teve que
enfrentar falsos profetas (Jr 23.9-14 e Jr 28.1). Ele fala várias vezes sobre o seu
sofrimento (Jr 15.15; Jr 20.2 e Jr 26.8) e foi preso mais de uma vez (Jr 21.4-7; Jr 32.12-
15 e Jr 38.1-6). Ele foi fiel até o triste fim e destruição de Judá, onde ficou algum tempo
antes de mudar para o Egito. Lá ficou até sua morte, segundo a tradição.

Jeremias era contemporâneo de Daniel e Ezequiel. Cedo, Daniel foi levado para a
Babilônia, mas conhecia pelo menos parte do livro de Jeremias (Dn 9. 2). Há muitas
citações de Jeremias no NT: Jr 7.11 em Mt 21.13; Jr 9.23 em 1 Co. 1.31 e Jr 29.12-13
em Mt. 2.17. No livro há muitas visões e ações simbólicas, por exemplo: o oleiro (Jr
19.1-13).

O livro de Jeremias é o único, no AT, que confirma a sua própria autoria. Quando
Jeremias já havia profetizado durante 23 anos, ele pediu a seu amigo e secretário
Baruque (em hebraico Baruh,ou em grego Baruch, α) para escrever suas profecias (Jr
36.1-4). Este livro foi queimado pelo rei Jeoaquim, mas posteriormente escrito de novo
(Jr 36.21-29).

As profecias nos capítulos 1 a 12 são do tempo do rei Josias, mas o livro de Jeremias
começou a ser escrito durante o reinado de Jeoaquim, que reinou em Judá, de 609-599
a.C. Vários capítulos foram escritos entre 605 e 580 a.C. O tempo de Jeremias estava
dominado pelo império da Babilônia. Pelas mensagens de Isaías e Miquéias, Judá
escapou da derrota pelos assírios. Jeremias foi a última tentativa de Deus de livrar Judá
dos babilônios, mas em vão.

O livro de Jeremias pode ser dividido de várias maneiras. As profecias nem sempre
seguem uma ordem cronológica, o que dificulta a divisão do livro.

Uma divisão geral é esta:

1) Profecias que antecedem a destruição de Jerusalém (1 a 39);

2) Jeremias e o resto do povo após a destruição de Jerusalém (40 a 45);

3) Profecias contra povos (46 a 52).

Exortar Israel a abandonar seus pecados e a voltar para Deus. O Juízo é um dos temas
principais que permeiam a obra de Jeremias, ainda que o profeta ressalte que o
arrependimento sincero poderia anular ou adiar o inevitável. A teologia do profeta
descrevia o Eterno e Todo-Poderoso Deus, como o Criador de tudo o que existe (10:12-
16; 51:15-19); onipotente (32:27; 48:15; 51:57) e onipresente (23:24). A missão de
Jeremias foi a de registrar a acusação formal de Yahweh contra seu povo e proclamar o
fim de uma Era. Depois de séculos de espera, o Senhor estava para lançar sobre o
remanescente israelita a suprema maldição pactual descrita na Lei (Lv 26:31-33; Dt
28:49-68). Tudo o que fora feito e construído em prol do povo de Israel desde o dia em
que os tirara do Egito agora seria retirado, ou destruído. Mas o Juízo de Deus contra os
judeus e as demais nações, ainda que fosse horrível, não seria a palavra final, o último
gesto de Deus na História. Pois a misericórdia e a fidelidade diante da Aliança firmada
pelo Senhor, triunfaram sobre a ira. Depois do Juízo, haveria a restauração e a
renovação, Israel seria restaurado.

Orando ao Senhor, podemos ter inúmeros temas para cânticos através do livro do
Profeta Jeremias. Ensino, exortação e edificação para a igreja do Senhor.

1. O chamado – compor uma melodia que traga este texto do chamado de


Jeremias, e de forma contextualizada sirva de exemplo para o chamado da igreja
de Cristo.
2. Juízo – escrever um cântico que demonstre as verdades sobre o Juízo de Deus
encontradas no livro de Jeremias, e que sirvam de alerta para a igreja do Senhor.
3. Deus é Senhor de tudo – hino de adoração que através dos textos deste livro de
Jeremias, explane como Deus é onisciente, onipotente e onipresente.

Os temas em Jeremias podem ser os mais variados. Quando oramos e buscamos a


direção do Espírito Santo, poderemos obter vários hinos para a utilização da igreja do
Senhor.
AULA 4 - LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS
    
LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS

Na versão da Septuaginta LXX, a mais antiga e prestigiada tradução do A.T para o


idioma grego, e na Vulgata que foi a primeira tradução da Bíblia para o Latim (a partir
das línguas originais e não da Septuaginta) apresenta o seguinte comentário: “Jeremias
se assentou a chorar e compôs este poema de lamento por Jerusalém.” O título sugere o
tema da obra: Eykah, isto é: “Como...!, a primeira palavra não somente no primeiro
versículo (1:1), mas também de 2:1, 4:1 tem também o nome de: Hinos de Lamentação.

Autoria e Cronologia do livro

O próprio livro não apresenta seu autor, mas é muito provável que seja Jeremias quem
fez lamentações sobre o rei Josías (2 Cr 35.25). Este livro parece ser uma continuação
do livro de Jeremias.

O livro é uma lamentação sobre a destruição de Jerusalém e a data do livro, portanto, é


depois de 586 a.C. (Lm 1.1). O povo já fora levado ao cativeiro (Lm 1.3), o templo e os
muros foram derrubados (Lm 2.6-9).

Conteúdo e divisão do livro

Cada capítulo do livro de Lamentações é um poema organizado em ordem alfabética, no


manuscrito original; e consiste em cinco poesias que seguem o padrão dos hinos
fúnebres hebraicos. Cada versículo começa com uma letra do alfabeto hebraico em
sequência. Assim são 22 versículos em cada capítulo, a não ser no capítulo 3 que tem 66
versículos, empregado três vezes seguidas cada uma das 22 letras do alfabeto hebraico,
só neste caso a ordem não é alfabética. Foi lido a cada ano pelos judeus por vários
séculos, relembrando a época naqual o Templo foi destruído e queimado. Esse livro
passou a ser lido toda semana num local especialmente reservado e próximo ao Templo
reedificado em Jerusalém, chamado “lugar da Lamentação dos Judeus”. O livro se
divide mais facilmente pelos seus 5 capítulos, porque cada capítulo é um todo em si. O
livro tem um estilo elevado e uma composição sublime. Os capítulos 1 e 5 se
correspondem, bem como os capítulos 2 e 4.

O capítulo mais positivo é o terceiro, onde a esperança e a misericórdia do Senhor são


apresentadas. O livro revela amor pela pátria, paciência e humildade.

A composição do livro, quanto ao número de versículos nos cinco capítulos, é na


seguinte proporção: 22-22-66-22-22, ou seja, dois capítulos com 22 versículos; um
capítulo com 66 versículos, e novamente dois capítulos com 22 versículos.

Propósito do livro
Ensinar às pessoas que desobedecer a Deus é trazer desgraça à própria vida e mostrar
que Deus sofre quando seu povo sofre.no meio do livro, a teologia compartilhada
mediante “Lamentações” do profeta, chega ao seu clímax ao focalizar a bondade
incondicional de Yahweh. Ele é o Eterno, o Altíssimo de toda a esperança (3:21; 24,25);
do amor (3:22), da fidelidade (3:23), da salvação (3:26). Apesar de toda prova em
contrário. Porquanto as suas misericórdias são inegociáveis. Renovam-se cada manhã;
interminável é a sua fidelidade (3:22,23).

Música, adoração e louvor

Os cânticos encontrados em “Lamentações” podem nos inspirar e levar a reflexão, para


vigiar e tomar os cuidados necessários para não cairmos nos mesmos erros do povo do
passado;

1) Aflição e dor que tomam conta de Jerusalém – um cântico que tenha o peso, para
refletir sobre a necessidade de vigiarmos, pois o pecado traz consequências terríveis.

3) Nossas súplicas ao Senhor – baseados em (Lm 3:55-56), compor louvor de súplicas


ao todo Poderoso.

4) A esperança que se alegra no futuro – Cântico inspirado nestes versículos (4:21-


22) e que contextualizados, aumente a fé e a esperança da igreja do Senhor.

Como nos demais livros, em Lamentações, orando podemos receber de Deus inspiração
para escrever cânticos que sirvam de reflexão, ensino e admoestação para a igreja do
Senhor.

AULA 5 - EZEQUIEL
    
EZEQUIEL

O nome Yehezkel significa “Deus fortalece”. Em grego o nome é Iezekiêl. O livro traz
o nome do seu autor, que também é a pessoa principal do livro.

Autoria e Cronologia do livro:Ele começa o seu livro com “eu” (Ez 1.1-3), o que
indica que o livro é escrito por Ezequiel mesmo. Ver também Ez 6.1; Ez 7.1, Ez 12.1 e
Ez 13.1. Ezequiel era filho do sacerdote Buzi e foi deportado para o cativeiro na
Babilônia por volta de 597 a.C., quando tinha a idade de aproximadamente 25 anos.
Ezequiel era casado (Ez 24.18), mas perdeu a esposa na invasão dos caldeus em Judá.
Na Babilônia, morava junto com o povo deportado e numa casa própria (Ez 3.24).

Ele foi chamado para profeta cinco anos após a deportação, serviu nesse ministério
durante 22 anos e foi o profeta que Deus levantou para o povo de Judá em cativeiro. Ele
morava perto do rio Quebar (Ez 1.3 e Ez 3.15) e parece ter sido o líder principal daquela
colônia (Ez 8.1; Ez 14.1 e Ez 20.1). De inicio, não foi bem aceito pelo povo, porque
profetizou sobre a destruição de Jerusalém. Depois de 6 anos de tais profecias, isso
realmente aconteceu, e os deportados que viveram puderam testemunhar aquela
destruição. Isso confirmou Ezequiel como verdadeiro profeta. Antes da queda de Judá, a
mensagem de Ezequiel foi muito dura, mas depois ele passou a falar sobre a salvação, a
graça e a restauração para o povo.

Ezequiel tinha uma missão semelhante à de Moisés. A influência dele contribuiu


fortemente para que os judeus não se misturassem com os caldeus.

Sem a menor dúvida, Ezequiel foi quem escreveu o seu livro, pois, do começo até o fim,
fala na primeira pessoa (eu, me, mim). Ele recebeu a sua primeira visão com a idade de
30 anos, no quinto ano do cativeiro, isto é, 592 a.C., visto que Ezequiel, e muitos outros,
foram deportados em 597 a.C. Ezequiel recebeu as últimas visões no vigésimo sétimo
ano (550 a.C.). Assim, o livro foi concluído por volta de 550 a.C. O cativeiro durou 70
anos e começou em 606 a.C., quando a Babilônia invadiu Judá e a deportação começou.
Em 597 a.C. houve outra deportação, e a última aconteceu em 586, quando a cidade de
Jerusalém foi destruída.

O estilo de Ezequiel não é muito poético, mas cheio de repetições. Ele usa inúmeras
palavras estranhas e muitos vocábulos aramaicos. Os últimos capítulos estão repletos de
medidas e números.

Mesmo morando numa terra estranha, Ezequiel fala muito sobre o Deus de Israel (Ez
8.4 e Ez 10.15). “Assim diz o Senhor” (Ez 12.v. 1,8,10, e 17) e a expressão “sabereis
que eu sou o Senhor” ocorre 70 vezes no livro (por exemplo em Ez 6.v. 7,10,13 e 14).
“Filho do homem” ocorre 91 vezes. O Livro de Ezequiel contém 3 profecias
messiânicas (Ez 17.22- 24; Ez 34.23-31 e Ez 37.22-26).

Ezequiel se distingue de outros profetas do AT por suas visões e experiências de êxtase.


O livro está repleto de figuras e símbolos de difícil interpretação.

O pecado de Judá e o juízo sobre o povo (1 a 24);

Profecias contra diversos povos (25 a 32);

Profecias sobre a salvação e a restauração do povo judeu (33 a 39);

Profecias sobre o templo, a cidade santa e o povo (40 a 48).

Anunciar o julgamento de Deus sobre Israel e outras nações e profetizar a salvação de


seu povo. Relembrar os cativos de Babilônia sobre os pecados que haviam trazido sobre
eles o Juízo do Senhor, assegurando-os, todavia, quanto às futuras bênçãos que o
próprio Eterno lhes concederia, em cumprimento à sua Palavra empenhada nas Alianças
que formalizara com seu povo.

Orando e buscando inspiração divina, através dos texto do livro de Ezequiel poderemos
preparar arranjos e canções que sirvam de louvor, adoração e admoestação.

A Santidade de Deus – compor um hino que mostre que Ezequiel teve uma visão na
qual lhe foi revelada a absoluta perfeição moral de Deus, um hino no qual possamos
cantar que o Senhor é espiritualmente e moralmente superior a qualquer ser humano.
O Vale de Ossos secos – escrever um cântico no qual retratemos em melodias esta
visão que Ezequiel teve, e de acordo ao contexto do livro, contextualizar para a igreja
do Senhor.

Restauração – preparar uma música na qual mostre que após a queda de Jerusalém
Ezequiel transmitiu ao povo de Deus mensagens de esperança e de uma futura
restauração. Contextualizar, em cântico de forma a trazer esperança para os que se
encontram em situação semelhante.

O livro de Ezequiel ao ser estudado, nos da através da inspiração e direcionamento do


Espírito Santo a possibilidade de hinos maravilhosos para a igreja do Senhor Jesus.

AULA 6 - DANIEL
    
DANIEL

O nome hebraico DaniyeI ou no grego Danie, significa “Deus é meu Juiz”. Na


Babilônia, Daniel recebeu um novo nome, Beltessazar, que significa “Bel protege a sua
vida”. O deus Bel é o mesmo que Baal em Canaã.

Autoria e Cronologia do livro: O livro começa com uma apresentação do autor e, no


seu conteúdo, é metade história e metade profecia. A parte histórica é uma narração
sobre Daniel, mas na segunda parte aparece a expressão “eu, Daniel” (Dn 7.28; Dn 8.1;
Dn 9.2 e Dn 10.2).

Por causa desta diferença e algumas informações notáveis, a autoria de Daniel tem sido
muito discutida. Daniel é o profeta melhor conhecido do que qualquer outro. Já na
primeira invasão do rei Nabucodonosor, da Babilônia, em Judá (606 a.C.), Daniel e
muitos outros jovens de família nobre e real (Dn 1.3) foram levados para servir no
palácio da Babilônia. Daniel prosperou e, pela interpretação de um sonho do rei, tornou-
se governador (Dn 2. 48). Existem muitas semelhanças entre Daniel e José no Egito.

Com a exaltação de Daniel na Babilônia, cumpriu-se uma profecia de Isaías (2 Rs 20.18


e Is 39.7). A inveja dos magos da Babilônia causou um decreto do rei que proibia
adoração de outro deus, e por cuja transgressão Daniel foi lançado na cova dos leões.
Daniel serviu no palácio da Babilônia no período de vários reis (Dn 6.28) e chegou a
idade de cerca de 90 anos, quando morreu em 535 a.C. No fim de sua vida, Daniel
escreveu seu livro. Daniel só é conhecido pelo seu livro. Em Ez 14.v. 14 e 20, Daniel é
comparado com Noé e Jó. Ele também é mencionado em Ez 28.3. Como profeta, é
diferente, porque não pregou para seu povo, mas recebeu grandes visões que se referem
ao futuro. Ele era um homem de oração (Dn 6. 10) e com profundos conhecimentos das
Escrituras (Dn 9.2).

Durante os últimos 2 séculos, a autoria de Daniel tem sido muito discutida e criticada
por causa de alguns fatos referidos no livro, apontados como errados ou impossíveis.

Segundo os críticos, a data do livro seria de cerca de 165 a.C.

Os pontos que os críticos usam como argumento:


• Dn 1.1 não está de acordo com Jr 25.1; Jr 36.v. 1 e 29 e Jr 46.2;

• A expressão “caldeus” (Dn 1.4) em lugar de magos, não era usada naquele tempo;

• A impossibilidade de Daniel e os seus amigos receberem tão altas posições na

Babilônia, visto que eram estrangeiros e escravos;

• A doença mental de Nabucodonosor (Dn 4.32-33) não é conhecida na história;

• O desconhecido rei Dário (Dn 5.31 e Dn 6.1), não pode ser o mesmo que Ciro;

• Os nomes gregos dados aos instrumentos (Dn 3.v. 5,7 e 10).

A todos estes pontos, porém, é possível responder satisfatoriamente, e não precisam


indicar uma data posterior. Ao contrário, ao serem esclarecidos, estes pontos somente
afirmam a autoria de Daniel como testemunha ocular.

Daniel viveu cerca de 624-535 a.C. e escreveu seu livro por volta de 530 a.C. Seu livro
é um dos mais datados da Bíblia com referência às visões do próprio autor (Dn 1.1; Dn
2.1; Dn 7.1; Dn 8.1; Dn 9.1 e Dn 10.1). Daniel estava na Babilônia quando o reino de
Judá caiu (586 a.C.), e quando o rei Ciro, da Pérsia, conquistou a Babilônia (537 a.C.).
O livro de Daniel mostra que Deus está por cima de todas as coisas e Ele pode
transformar uma maldição numa bênção. O livro conforta e consola durante tempos de
angústia e opressão.

Neste livro, Jesus encontrou o seu nome predileto “o Filho do homem” (Dn 7.13 –
compare com Lc 19.10). O livro de Daniel é o “Apocalipse” do AT. Uma parte do livro
é escrita em aramaico – a parte do discurso dos caldeus (Dn 2.4 a Dn 7.28). No livro
existem também várias palavras gregas, persas e até babilônicas; o aramaico de Daniel
tem muitas semelhanças com o aramaico em Esdras.

O livro tem uma divisão natural em duas partes:

 A parte histórica (1 a 6);


 A parte profética (7 a 12).

Na primeira parte estão: a narração sobre a deportação, o sonho do rei e a interpretação


de Daniel, os 3 jovens na fornalha ardente, outro sonho do rei e a interpretação de
Daniel, e Daniel na cova dos leões.

Na segunda parte há: diversas visões proféticas, a oração de Daniel pelo povo, profecia
sobre diferentes países e para os últimos tempos.

A seção que vai do capítulo 2:4 ao capítulo 7, está escrita em aramaico. Esses seis
capítulos tratam de questões importantes para as nações gentílicas (pagãs) do oriente
Médio, sendo que os historiadores e arqueólogos, já encontraram fragmentos desse texto
traduzido para várias línguas da antiguidade. Os cinco últimos capítulos foram escritos
em hebraico, porquanto tratam de assuntos de interesse especial para os crentes em
Deus. A palavra “mistério” aparece fundamentalmente no livro de Daniel e nos famosos
rolos do Mar Morto (o maior achado arqueológico do séc. 20), no monte Qnram
(2:19,27-30;4:9). Um equivalente à expressão hebraica aqui traduzida por “mistério” é
usado no N.T., em grego, em referencia aos “propósitos secretos” de Deus que ele
revela aos seus profetas e apóstolos escolhidos (Rm 11:25).

Trazer um relato histórico dos judeus fiéis que viveram no cativeiro e mostrar como
Deus está no controle do céu e da terra, dirigindo as forças da natureza, o destino das
nações e cuidando do seu povo.

O tema teológico da obra de Daniel é a soberania de Elah, o Senhor Deus Altíssimo


(5:21). As visões de Daniel sempre demonstram Deus triunfando ( Dn. 7:11, 26-27;
8:25;9:27; 11:45; 12:13). Daniel também é inspirado por Deus para registrar e
proclamar uma série de profecias, entre as quais: Sobre o curso histórico dos impérios
pagãos e gentílicos (o futuro de Babilônia, Pérsia Grécia e Roma – conforme capítulos 2
e 7); a conhecida e intrigante profecia das setenta semanas de anos (Dn 9:24-27), e as
atividade do anticristo (Dn 11:36-45). Entre as doutrinas mencionadas no livro estão:
santificação pessoal (Dn 1:8;3:12; 6:10; 9:2-3; 10:2-3); os anjos (8:16;9:21; 10:13:20-
21; 11:11); ressurreição (Dn. 12:2); o anticristo (Dn 7:24-25; 9:27; 11:36). Narrativas
favoritas incluem a de Hananias que teve o nome trocado para Sadraque, Misael que
teve o nome tocado para Mesaque e Azarias que foi mudado para Abede-Nego (Dn. 3) e
também o texto que narra o livramento na a da cova dos leões (Dn. 6).

Daniel é mais um livro que possui inúmeros temas que quando oramos e, se da parte de
Deus formos inspirados, podemos colocar em cânticos, para cantar estes testemunhos e
verdades que servem de edificação e ensino.

A vida de Daniel – escrever um cântico que retrate a vida de consagração de Daniel, e


que sirva de exemplo e modelo para a juventude e toda a igreja do Senhor.

Servir a Deus – compor musica que traga a história dos amigos de , que independente
das situações adversas se decidiram por permanecer servindo a Deus assim como
Daniel. E contextualize para que sirva de exemplo para a igreja do Senhor.

Fidelidade de Deus - preparar um hino, meditando nos textos do livro de Daniel, e que
tragam à memória da igreja a Fidelidade de Deus.

Muitos outros temas são possíveis nas páginas do livro de Daniel. Cremos que através
do estudo e da oração certamente Deus nos dará tais hinos e louvores que realmente
serão ferramentas para edificação da igreja de Cristo.

AULA 7 - OSÉIAS
    
OSÉIAS

Oséias, em hebraico Hosea ou em grego Osëe Ben Beeri (Os 1.1, onde Ben Beeri
significa “o filho de Beeri”). É uma variação do nome Josué. Devido ao seu
vastoonteúdo (14 capítulos), Oséias é colocado após os 4 profetas maiores.
Autoria e Cronologia do livro: Apresenta-se em Os 1.1. Ele era profeta no reino do
norte (Israel), durante o reinado de Jeroboão II, por volta de 750 a.C. Conhece bem a
história de Israel (Os 1.10; Os 2.15; Os 8.1 e Os 9.10) e a vida do agricultor (Os 4.16;
Os 9.2 e Os 10.11). O casamento de Oséias com uma mulher infiel serviu como uma
viva ilustração para mostrar a infidelidade de Israel para com Deus. Detalhes, como em
Os 1.3-8, mostram que o casamento não era apenas alegórico. Apesar da infidelidade da
esposa, Oséias nunca deixou de amá-la, e nisto há uma bela figura do amor de Deus
para com o seu povo infiel.

Oséias menciona quatro reis de Judá. O primeiro deles reinou até 736 a.C. e o quarto
começou a reinar em 715 a.C. É também mencionado o rei Jeroboão II, de Israel (784-
743 a.C.). O livro possivelmente foi escrito em Judá depois de Oséias ter sido expulso
de Israel. Provavelmente, o livro foi escrito por volta de 725 a.C. e antes do fim do
Reino de Israel em 722 a.C.

Conteúdo e divisão do livro

O livro é uma mensagem cheia de figuras e de símbolos e se divide, facilmente, em 2


partes:

1) Uma narrativa pessoal (1 a 3) sobre Oséias, sua esposa infiel e os 3 filhos;

2) Discursos proféticos (4 a 14) sobre a decadência espiritual, política e religiosa, a


compaixão de Deus, o juízo de Deus e exortação ao arrependimento.

O estilo de Oséias se caracteriza pelas frases curtas e uma linguagem cheia de símbolos.
Oséias foi um bom observador e tudo o que ele vê serve de ilustrações. Existem muitas
semelhanças entre Oséias e Amós. A mensagem de Amós tem um sentido de
reclamação. O livro de Oséias é citado várias vezes no NT:

• Os 11.1 em Mt 2.15;

• Os 13.14 em 1 Co15.55;

• Os 1.10 em Rm 9.25.

Propósitos do livro

Mostrar o amor de Deus por seu povo, mesmo Israel estando em continua infidelidade,
tema que é vividamente retratado pela experiência conjugal do profeta que, após casar-
se com Gômer, descobriu o quanto a esposa lhe era infiel. Embora viesse a inevitável
separação, o amor de Oséias, a exemplo do amor de Deus por seu povo, persistiu e,
finalmente, aconteceu a reconciliação.

Música, adoração e louvor

Neste livro, podemos orar e pedir a Deus que nos inspire a cânticos que fale do amor de
Deus, que mesmo sendo nós pecadores Ele nos amou e nos resgatou.
Fidelidade de Deus – canção que mostre a infidelidade que muitas vezes é descrita no
texto bíblico, e como Deus é fiel. Contextualizar e trazer essas verdades para a igreja.

O Juízo de Deus – hino que demonstre e expresse que Deus é o Juiz Soberano e nada


está oculto ao seus olhos.

AULA 8 - JOEL
    
JOEL

O livro tem o nome do seu autor Joel Yo-Elque significa “O Senhor é Deus”. É uma
característica do livro a expressão: “Senhor vosso Deus” que aparece 7 vezes no livro,
por exemplo em Jl 1.14 e Jl 2.13-14.

Autoria e Cronologia do livro: O autor se chama Joel, filho de Petuel. Este é o único
fato da sua vida pessoal que conhecemos e não é possível identificá-lo com algum outro
Joel (nome mencionado 12 vezes na Bíblia). Joel era habitante de Jerusalém. Ele fala
sobre o santo monte Sião (Jl 2.1), sobre o templo (Jl 1.9) e sobre os sacerdotes do
templo (Jl 1.13-14 e Jl 2.17). Joel era profeta no reino de Judá e contemporâneo com
Amós e Oséias no reino de Israel. Não se sabe com exatidão se Joel ou Obadias foi o
primeiro profeta de Judá que escreveu um livro. O livro de Joel é mais citado no NT do
que o da maioria dos profetas menores.

Joel não menciona nenhum rei e nem qualquer acontecimento histórico. O tempo em
que Joel apareceu e a data do seu livro é, portanto, difícil e discutível. Pelo fato de não
mencionar o rei de sua época, é possível que tenha surgido por volta de 830 a.C.,
enquanto o rei Joás ainda era menor de idade.

O rei Joás foi coroado com 7 anos e reinou entre 836 a.C. e 797 a.C. Enquanto era
menor, os sacerdotes governavam o reino de Judá. Muito notável é que os inimigos de
Judá, mencionados no livro, são Fenícia e Filístia (Jl 3.4) e Egito e Edom (Jl 3.19), mas
não os assírios ou babilônios. Isto indica que Joel surgiu ou antes dessas potências
serem importantes ou depois de suas quedas, ou seja, antes de 750 ou depois de 536 a.C.
Edom se livrou de Judá e tornou-se seu inimigo em 850 a.C. durante o reinado de
Jeorão (2 Rs 8. 20-22). A data mais provável de Joel é de cerca de 830 a.C.

O livro de Joel se divide em 2 ou 4 partes. Quando em 2 partes

1) Uma parte histórica (1 a 2. 27);

2) Uma parte profética (2. 28 a 3)

A mensagem de Joel é de caráter apocalíptico: transgressões e falta de arrependimento


causam pragas e juízo sobre o povo. A misericórdia de Deus para com os arrependidos é
um dos pensamentos principais do livro. Quando a divisão é em 4 partes:
A tremenda devastação pela seca e pelos gafanhotos como figura do grande e terrível
dia do Senhor no futuro (1 a 2.11);

A renomada frutificação como resultado do arrependimento (2.12 a 27);

O futuro derramamento do Espírito e a vinda do Senhor para juízo (2.28 a 2.32);

O julgamento final contra as nações inimigas de Judá e Israel (3).

O propósito do livro é levar o povo ao arrependimento e conversão. Joel tem profecias


em relação a um futuro mais próximo bem como a um mais distante. A profecia mais
notável é aquela sobre o derramamento do Espírito, que foi citada por Pedro no dia de
Pentecostes; é a maior citação do AT que há no NT. Muitas coisas indicam que Joel
conhecia bem os livros de Moisés. Existem várias semelhanças com Obadias e Amós,
que, provavelmente, foram contemporâneos de Joel. Todo o livro é escrito em forma de
rima chamada paralelismo, por exemplo: Jl 1.10; Jl 1.v. 13 e 18. Existem muitas
semelhanças entre Joel e Apocalipse, por exemplo, a destruição pelos gafanhotos, a
foice, a seara e o lagar, o povo fugindo da ira no dia do Senhor, a santa cidade
Jerusalém e as nações reunidas para o Juízo do Senhor.

Sempre orando e buscando em Deus inspiração, no Livro de Joel também é mais um no


qual podemos ter vários hinos de admoestação e ensino.

Proclamação da Palavra – compor um cântico que demonstre que assim como Joel
proclamava a Palavra do Senhor, sem subterfúgios ou rodeios mas sim com autoridade
profética. Que a mensagem do Evangelho hoje seja da mesma forma pregada para
salvação.

Chamada ao arrependimento – preparar uma melodia, que descreve a chamada ao


arrependimento do capitulo 2:12, e contextualizar para os dias atuais da igreja do
Senhor.

O Dia do Senhor – um louvor que retrate Joel 2:1, e que contextualizado sirva para
edificação da igreja de Cristo Jesus.

Os temas inspirados em Joel são importantes para contextualizar e admoestar a igreja do


Senhor. Orando sobre isso certamente Deus nos dará lindas composições.

AULA 9 - AMÓS
    
AMÓS

Amós em grego Ämos (äμ_), que significa “sustentado” ou “aquele que carrega”. Este
não é o mesmo Amós citado em Is 1.1.

Autoria e Cronologia do livro

Amós era um pastor de ovelhas de Tecoa (Am 1.1), em Judá, cerca de 10 km ao sul de
Belém. Ele também era boieiro e cultivador de sicômoros (Am 7.14). Ele revela muitos
conhecimentos sobre outros países e possivelmente participou em caravanas de
mercadores.

A sua chamada divina aconteceu de repente (Am 7.15), e ele foi chamado do sul para
ser profeta no norte; em Israel, ele não se considerava profeta profissional ( Am 7.14),
mas tinha certeza da chamada divina (Am 3.8). Como um homem simples do campo,
ele foi rejeitado como profeta pelo sacerdote Amazias em Betel (Am 7.10-12); mas
Amós anunciou a mensagem do Senhor com profunda convicção (Am 7.14-17).

Em Betel, Amós profetizou, durante uma festa da colheita, a ruína de Israel. Ele
começou com as palavras de Joel (Am 1.2 e Jl 3.16) e assustou Israel com estas suas
palavras (Am 7.10-11). Amós é o primeiro profeta que fala através de “visões
extraordinárias” (Am 7 e Am 8). Ele usa, no seu livro, muitas ilustrações da vida no
campo bem como da vida do pastor. Ele pregou contra preguiça, vícios, bebedeira e
luxo em Samaria. Sem arrependimento, o povo seria destruído (Am 5.4 e Am 9.1-4).
Ele é o primeiro profeta que anuncia a destruição de Israel e o cativeiro (Am 5.27 e Am
6.7).

Amós dá informações exatas do tempo em que profetizou (Am 1.1): foi durante o
reinado de Uzias em Judá (769-736 a.C.) e de Jeroboão II em Israel (784-743 a.C.).
Amós apareceu 2 anos antes de um grande terremoto que, segundo o historiador Flávio
Joséfo, aconteceu em 749 a.C. A data de Amós é cerca de 750 a.C. No tempo de Amós,
o reino de Israel estava passando uma fase de glória e prosperidade.

O povo vivia em luxo e abundância, e ninguém esperava a destruição. Amós pregou a


ruína de Israel 30 anos antes do próprio acontecimento.

Conteúdo e divisão do livro

O livro de Amós é uma grande mensagem de juízo sobre Israel, mas também sobre Judá
e os povos em redor.

O livro é comparado a uma grande tempestade com alguns brilhos de esperança (Am
3.12; Am 5.15 e Am 9.8-15). O pensamento principal é: desobediência trás castigo, mas
arrependimento trás bênção e graça.

O livro se divide facilmente em 4 partes:

1) O juízo do Senhor sobre as nações (1 e 2);

2) As ofensas de Israel e as advertências de Deus (3 a 6);

3) Cinco visões sobre a ruína de Israel (7 a 9.10);

4) Promessas de restauração (9.11 a 15).

Amós profetizou em Betel, que era um lugar de idolatria no reino de Israel (1 Rs 12.28-
31 e Am 4.4 e Am 5.5). O estilo de Amós é vivo e a linguagem muito rica. Ele usa
muitas ilustrações da natureza. Algumas repetições são típicas: “não vos convertestes a
mim” (Am 4.v. 6, 8, 9, 10 e 11); “ouça” (Am 3.1; Am 4.1 e Am 5.1); “ai” (Am 5.18 e
Am 6.1) ou “Deus dos exércitos” (Am 5.27 e Am 6.v. 8 e 14). Amós revela muitos
conhecimentos, apesar de ser um homem do campo: fala sobre Nilo do Egito (8.8),
Carmelo (1.2 e 9.3), a origem dos filisteus e dos sírios (9.7), constelações de estrelas
(5.8) e muitas cidades (1.5-8).

Propósitos do livro

O propósito do livro de Amós e levar a mensagem de castigo futuro seguido de


restauração, semelhante às mensagens de ouros profetas. Atacando tantos os males
sociais de seu povo quanto seu culto paganizado, Amós prega um apelo urgente ao
arrependimento como o único meio de escape do juízo iminente. A Nação de Israel
precisa lembrar-se não somente dos compromissos que Deus assumiu com ela mediante
a Aliança, mas também das obrigações que ela assumiu com Yahweh.

Música, adoração e louvor

Semelhante aos outros livros dos profetas, os cânticos inspirados nas páginas de Amós
podem ser de admoestação e ensino.

1) Juízo de Deus – Comporuma canção que demonstre sobre o Juízo de Deus, de forma
a ensinar o povo como deve caminhar com temor e reverencia na Presença de Deus

2) Buscar a Deus – Meditando no cap 5, compor um hino que exorte as pessoas a


buscar a Deus enquanto se pode achar.

3) O cesto de frutos – Um louvor que traga este texto de Amós sobre o cesto de frutos.
E que através disso possa servir de ensino para a Igreja de Cristo.

Muitos são os temas para hinos que quando oramos o Espírito Santo poderá nos inspirar
a compor para cooperar com a igreja do Senhor.

AULA 10 - OBADIAS
    
OBADIAS

O nome mais antigo é “A visão de Obadias”. O livro trás o nome do seu autor, o profeta
Obadias. 

Obadiah e em grego Obdias, o que significa ”o servo do Senhor”.

Autoria e Cronologia do livro: 

Nenhum fato pessoal é conhecido do seu autor Obadias. 

Nenhum dos outros 3 Obadias mencionados no AT podem ser identificados com o


profeta Obadias.

É, de toda a Bíblia, um dos profetas menos conhecidos.


Por causa da curta mensagem de Obadias e a falta de fatos históricos fixos torna se
muito difícil estabelecer uma data exata para o seu aparecimento. Nenhum rei é
mencionado, toda a mensagem é uma profecia contra Edom (Esaú). Estes outros
nomes são mencionados em 8 dos 21 versículos do livro. 

O livro parece ter sido escrito numa época em que Edom era a maior ameaça e o maior
inimigo de Judá. Esta realmente foi a situação a partir da libertação de Edom de Judá
durante o reinado de Jeorão (2 Cr 21.8 10). 

Vários reis de Judá tiveram que fazer guerra contra os edomitas, por exemplo, o rei
Amazias (797-736 a.C). Durante o reinado de Acaz (734-715 a.C.), Edom novamente
invadiu, derrotou e tomou escravos de Judá (2 Cro 28.16-17). 

Por estas razões, o livro parece ter sido escrito entre 800-750 a.C. e pode muito bem ser
o mais antigo livro dos profetas. 

Na Bíblia também está colocado junto com Joel, Amós e Jonas. Por causa de muitas
semelhanças entre Joel e Obadias, é difícil de separar os dois em relação ao tempo. 

Baseados no conteúdo (Ob 1.v.10-16) outros acham que o livro só foi escrito após a
destruição de Jerusalém em 586 a.C. Obadias também fala sobre cativos (Ob 1.20).

Segundo Sl 137.7, Edom também participou na destruição de Jerusalém. Se o livro foi


escrito após a queda do reino de Judá, é inexplicável porque Obadias não menciona os
babilônios. 

Apesar de observações em direção oposta, parece mais provável que o livro seja antigo
e escrito logo antes, ou logo depois de Joel, ou seja, entre 800 e 750 a.C.

O livro também se refere ao tempo do rei Acaz (734-715 a.C.). Mensagens: contra
Edom (Ob 1.1-14), contra os povos (Ob 1.15-16) e para Israel (Ob 1.17-21).

Propósitos do livro

O livro fala do pecado de Edom que persistia em perseguir a Israel com sua violência e
prediz o seu castigo e a sua extinção nacional, o que veio a ocorrer depois da Queda de
Jerusalém (70 d.C.).

Música, adoração e louvor

Orando ao Senhor, serão possíveis nos versículos de Obadias, e refletindo sobre a


mensagem ai exposta termos temas para a conduta de vida na Presença do Senhor.

1) Humildade – compor um hino que mostre o contraste entre a arrogância e a


humildade. E contextualizar através dos versículos do texto bíblico de forma que sirva
de ensino para a igreja.

2) Justiça divina – um cântico que mostre o contexto dos acontecimentos em Israel, e
depois a Justiça divina sobre isso. Contextualizando para a igreja do Senhor de maneira
que cantemos que Deus está sempre pronto a fazer justiça.
3) Vitória – um louvor inspirado no texto bíblico que transmita que muitas vezes para
se obter vitória, é preciso sim haver empenho e esforço na luta, mas que é preciso
humildade e submissão para com o Senhor, pois é Ele quem nos dá vitoria.

Em um pequeno número de versículos, como os de Obadias, se oramos e buscamos em


Deus a inspiração, é possível obtermos as canções de louvor, admoestação e ensino, e
assim sendo de fato música pela Palavra de Deus.

AULA 11 - JONAS
    
JONAS

Em hebraico Yõnãh, cujo nome grego é Ionas , que pode ser traduzido por pomba.

Autoria e Cronologia do livro: De acordo Jn 1.1, Jonas era filho de Amitai, e


conforme 2 Rs 14.25, oriundo de Gate Héfer, uma aldeia de Zebulom , situada  nas
vizinhanças  de Nazaré na Galiléia. Seu pai também era profeta e Jonas apareceu no
tempo do rei Jeroboão II (784-743 a.C.) em Israel. 

Jonas é mais conhecido pela missão de pregar arrependimento à cidade de Nínive,


capital da Assíria. O livro de Jonas conta os fatos ocorridos durante essa missão. Jonas
era da Galiléia, e foi engano dos judeus, no tempo de Jesus, dizer que não surgem
profetas da Galiléia (João 7.52). O ministério de Jonas aconteceu pouco depois dos
grandes profetas de Israel: Elias e Elizeu.

O conteúdo revela uma testemunha ocular e Jonas sempre foi considerado como autor.
O livro 2 Reis 14.23-25 coloca o ministério de Jonas durante o reinado de Jeroboão II
(784- 743 a.C.), e a viagem provavelmente aconteceu naquele tempo ou pouco antes,
cerca de 790 a.C.

Tudo indica que o livro foi escrito antes do fim do reino de Israel, em 722 a.C., quando
a Assíria derrotou Israel. Os críticos, baseados em Jn 3.3, argumentam que o livro de
Jonas foi escrito depois da queda de Nínive, em 606 a.C. O sentido, porém, é que
Nínive era uma grande cidade quando Jonas chegou até lá.

Uma reforma monoteísta na Assíria durante o rei Adad-Nirari III (805 – 783 a.C.) pode
muito bem corresponder com a visita de Jonas em Nínive. A data provável do livro é
cerca de 790 a.C.

Conteúdo e divisão do livro

O livro de Jonas é quase inteiramente uma narração. A única mensagem profética é a


curta pregação aos ninivitas (Jn 3.4).

1) Jonas rejeita a ordem divina (1 a 3);

2) A fuga de Jonas e a perseguição do Senhor (1.4 a 17);

3) Jonas ora pela libertação (2.1 a 10);


4) A comissão divina renovada e cumprida em Nínive (3.1 a 9);

5) A tristeza de Jonas pelo arrependimento de Nínive. Deus responde (3.1 a 4.1).

A autenticidade de Jonas foi provada por Jesus Cristo, que falou sobre o sinal de
Jonas (Mt 12.39-41). Jonas e Jesus eram da mesma região. Na sua missão, Jonas partiu
de Jope, a mesma cidade de onde Pedro partiu, mais tarde, na sua primeira missão aos
gentios (a casa de Cornélio).

Jonas revela muito conhecimento dos Salmos, que são citados várias vezes em sua
oração. O livro de Jonas conta alguns milagres notáveis: a tempestade, o grande peixe e
a aboboreira.

Propósitos do livro

Um dos pensamentos principais do livro é o amor de Deus. Nenhum outro livro do AT


apresenta a misericórdia de Deus para com os gentios demonstrada numa tentativa de
fazer missões. O tema central é demonstrar para todos os leitores que o Senhor, o Deus
dos hebreus, é igualmente Deus de todos os povos da terra e se preocupa com sua
salvação e bem-estar.

Música, adoração e louvor

Nas páginas de Jonas, se orarmos certamente termos lindos e importantes cânticos de fé,
missões e ensino.

1) Amor de Deus – compor uma canção na qual demonstre inspirado nas páginas do
texto bíblico, o amor de Deus para com todos os seres humanos, e como Ele quer que
todos se salvem.

2) Missões -preparar um louvor, que de acordo ao texto de Jonas, mostre a importância


de Missões, de evangelizar e proclamar a Palavra de Deus.

3) Oração de Jonas – uma composição na qual retrate a oração de Jonas, e sirva de


exemplo a lembrar a igreja que é preciso estar em constante orações.

A inspiração divina através dos versículos e temas de Jonas certamente nos


proporcionaram louvores edificantes.

AULA 12 - MIQUÉIAS
    
MIQUÉIAS

Em hebraico, é Micah, ou “aquele que é como Jah”, ou, como Deus, compare Mica-
El(quem é como Deus, em português Miguel. O profeta Miquéias (no grego é chamado
de Michaias, não pode ser identificado com outras pessoas, na Bíblia. Com nomes
semelhantes encontramos, por exemplo, Mica ou o profeta Micaias (1 Reis 22.13 28).

Autoria e Cronologia do livro: Ele se apresenta como morastita, isto é, habitante de


Morete-Gate (Mq 1.1), uma pequena aldeia perto de Jerusalém. Ele profetizou em Judá
nos dias dos reis Jotão, Acaz e Ezequias e era, portanto, contemporâneo de Isaías.

O profeta Miquéias apareceu cerca de 140 anos mais tarde do que o profeta Micaias,
mas é notável que Miquéias inicia a sua profecia com as últimas palavras de Micaias (1
Rs 22.28). Numa mesma época profetizaram Oséias em Israel, Isaias junto ao templo
em Jerusalém e Miquéias no interior de Judá. Por isso é característico que Miquéias,
como profeta de Judá, prediz que a pequena e insignificante cidade Belém seria a cidade
natal do Messias (Mq 5.2). Existem muitas semelhanças entre Isaias e Miquéias, e os
dois contribuíram para a reforma religiosa no tempo do rei Ezequias. A diferença entre
ricos e pobres era marcante no tempo de Miquéias. Havia muita corrupção (Mq 1.v. 5,7
e 9 e Mq 2.1-2) e Miquéias viu que o fim de Samaria estava próximo (Mq 1.6).

O livro tem profecias de diferentes épocas. Algumas profecias de Miquéias são do


tempo antes de 722 a.C. (Mq 1.5-9). Segundo Jr 26.18, a profecia de Miquéias 3.12 é do
tempo do rei Ezequias, rei de Judá, de 715 até 686 a.C. No capítulo 6, versículos 7,13 e
16 assim como no capítulo 7, versículo 4, impedem que o livro tenha sido escrito após a
queda de Judá ou após o exílio. Miquéias não menciona a reforma do rei Ezequias e,
portanto, seu ministério aconteceu entre 730 e 700 a.C.

O livro tem 3 partes:

1) Ameaças contra Israel e Judá por causa da corrupção (1 e 2);

2) Ameaças contra chefes, sacerdotes e falsos profetas. Promessa de salvação (3 a 5);

3) O juízo de Deus e a misericórdia final ( 6 e 7).

Miquéias tem muito do estilo elevado e poético de Isaias. O capítulo 6 é considerado


como uma pérola da literatura universal. Muitas das profecias de Miquéias já se
cumpriram. Perto de 700 anos depois de Miquéias os escribas de Jerusalém encontraram
em Mq 5.2 a resposta para os magos do Oriente (Mt 2.4-6). O livro de Miquéias tem
muitas semelhanças com Isaías.

A mensagem de Miquéias é simples, mas séria e dirigida apenas à nação de Judá. Ele
pregou contra muitas coisas que estavam erradas naquele tempo, por exemplo: idolatria,
prostituição, violência, corrupção e até contra sacrifícios humanos. Miquéias prediz a
destruição de Samaria (Mq 1.6) e a destruição do templo (Mq 3.12), uma profecia
lembrada ainda no tempo de Jeremias (Jr 26.18-19). Miquéias fala contra os opressores
da sociedade. 

Ele profetiza contra uma sociedade corrompida e injusta onde os que têm mais sempre
querem mais e os que nada têm até o que adquirem com sacrifícios lhes são tirados.
Quanto a isto no capítulo 2 vemos que o castigo divino será igualmente planejado sobre
os injustos.
Em Miquéias, podemos ter se orarmos e inspirados pelo Senhor, hinos de consolação,
cânticos de exortação e ensino.

A revelação do Juízo divino futuro – preparar baseado no texto bíblico um cântico


que traga estas verdades de forma contextualizada para advertência e ensino da igreja.

Salvação – compor um hino baseado nos versículos(4:1- 5:1) falando sobre a salvação e
o reino vindouro.

Promessas –um louvor que cante as promessas relatadas em (7:11-20) e possas ser
contextualizadas de forma à igreja cantar e crer nas promessas de vitória para o reino de
Deus.

AULA 13 - NAUM
    
NAUM

Em hebraico Nahûm ou Nakhum significa consolação ou consolador (Na 3.7) e em


grego o nome é Naoum. Este nome é raro e aparece na Bíblia só em Lc 3.25, que não é
o profeta. Também no nome Cafar-Naum (em hebraico Kephar Nachûm.

Autoria e Cronologia do livro: Naum era elcosita, natural de Elcos (Na 1.1), um lugar
que é totalmente desconhecido. Ele revela simpatia com o povo de Judá e conhece bem
os cultos e as festas em Jerusalém (Na 1.15); provavelmente foi profeta em Judá no
tempo do rei Josías. É muito difícil determinada a data de Naum pela falta de fatos
históricos em seu conteúdo. Ele profetiza contra Nínive, que foi destruída em 612 a.C.
(Na 1.1; Na 2.8 e Na 3.7).

A notícia (Na 3.8) sobre a destruição da cidade Tebas (em grego, chamava-se No-
Amom), à beira do rio Nilo, indica uma data depois de 663 a.C. Naum podia ter
profetizado durante o reinado de Manassés (686-640 a.C.) ou de Josias (630-609 a.C.).
Por falta de advertência contra a iniquidade de Judá, a época de Josias é mais
provável (Na 1.5 – compare com 2 Rs 23.v.1-7,14-15 e 24-25).

Conteúdo e divisão do livro

O conteúdo de Naum, na sua quase totalidade, é uma profecia contra Nínive. É uma
profecia sobre a destruição como consequência do pecado. Apenas alguns versículos são
dirigidos para o povo de Judá (Na 1.7 e Na 1.15). Em contraste com outros profetas,
Naum não dirige uma única mensagem de juízo sobre Judá.

Ele é profeta que anuncia o fim do inimigo mais poderoso: a Assíria, com a capital
Nínive, onde muitos males foram praticados (Na 1.v. 10-11 e 14; Na 2.11-12 e 3.v. 1,4 e
19). Naum mostra que um império – mesmo poderoso – não pode existir sem Deus. O
Senhor é longânime e tardio em se irar (Na 1.3) mas também zeloso e vingador (Na
1.4).
Este livro é um dos mais belos do AT. Sua imaginação é vívida e suas descrições são
dramáticas. A bela poesia é notável em Na 1.v. 2,4 e 5; Na 2.v. 4 e 9 e Na 3.8. Só Isaías
ultrapassa Naum em paixão, força, intensidade e majestade dramática. Com alma de
poeta, Naum tinha um profundo senso de observação. Para ele, as tempestades, as
nuvens e os rios eram símbolos da fúria e da ira do Deus Todo- Poderoso. Seu livro é
muito individual, com poucas semelhanças com outros livros. Naum 1.15 é citado por
Paulo em Rm 10.15. Naum tem muitas expressões incomuns: veja Na 1.v. 3,4,10 e 15;
Na 2.v. 1 e 4 ou Na 3.5.

Os ímpios não podem resistir ao Senhor para sempre. A mensagem de Naum é como
um pedido de justiça. O Senhor se vinga dos seus adversários (Na 1.2), mas é bom para
os que Nele confiam (Na 1.7). O texto de Na 2.6 é uma profecia muito exata sobre
Nínive. A história revela que, mais tarde, uma grande inundação levou uma parte vital
dos muros de Nínive.

O livro tem 3 capítulos:

1) O zelo, poder, graça e ira de Deus (1);

2) A queda de Nínive (2);

3) A causa da queda de Nínive (3).

Propósito do livro

O tema principal é avisar quanto ao Juízo de Yahweh, o próprio Deus, trará sobre a
grande cidade de Nínive, por causa do pecado em forma de opressão aos mais fracos,
extrema crueldade em todos, idolatria e malignidade geral desse povo pagão.

Música, adoração e louvor

Buscando inspiração divina no livro de Naum, podemos obter hinos de louvor e


adoração a Deus, e cânticos de ensino e admoestação.

A bondade e a severidade do Senhor – Preparar um hino baseado em (1:2-8), no qual


cantemos o texto bíblico, e também possamos contextualizar para a fé cristã.

Juízo do Senhor sobre Nínive – compor em melodias, um cântico que conte esta
passagem, e sirva de ensino para a igreja do Senhor.

Refúgio – um hino que baseado em (1:7) possamos cantar como o Senhor é bom, e que
Ele é um refúgio em tempos de angústia.

A preparação de cânticos que demonstrem os livramentos de Deus, e a sua misericórdia


e cuidado para com Seu povo, certamente contribuirá para a fé da igreja.

AULA 14 - HABACUQUE
    
HABACUQUE

Em hebraico Habaqquq (habaq) que significa abraçar. e em grego Ambakum cujo


significado, porém, é incerto.

Autoria e Cronologia do livro: Segundo Hc 1.1, o livro contém as visões do profeta


Habacuque. Nada sabemos sobre sua vida e origem. Pela afirmação em Hc 3.19 há
indicação de que conhecia bem os cultos no templo em Jerusalém. É possível que
Habacuque fosse um dos levitas ou cantores do templo. De todos os profetas, apenas
Habacuque e Ageu é que se chamam de profetas.

Ao mencionar os caldeus como uma nação forte, mostra que viveu numa época
posterior à queda de Nínive ou Assíria (Hc 1.6), fato que ocorreu em 612 a.C. 

Habacuque não menciona o rei de Judá, mas apareceu em Judá antes de sua queda em
586 a.C. 

Habacuque (1.2-4) revela um tempo de opressão, violência, contendas e afrouxamento


da lei, fatos que combinam com o reinado de Jeoaquim e após a reforma de Josias.

Portanto, é razoável concluir que Habacuque apareceu por volta de 607-606 a.C. O
piedoso rei Josias morreu na batalha de Megido em 609 a.C. Depois dele reinou
Jeoacaz, mas apenas 3 meses. A partir de 606 a.C., o rei Nabucodonosor, da Babilônia,
começou a deportar judeus do reino de Judá, entre eles Daniel.

Conteúdo e divisão do livro

A profecia de Habacuque é diferente de todas as outras profecias, porque não dirige


suas mensagens para o povo, mas para Deus. Da parte do povo, se dirige a Deus com
suas perguntas (1.v. 2 e 12-17). A primeira pergunta se refere aos pecados, e a segunda
sobre a santidade e justiça de Deus.

O estilo de Habacuque é forte e dinâmico. A linguagem é clássica e cheia de frases


formidáveis. O estilo e a poesia do livro revelam grande experiência e talento poético. O
capítulo 3 é um dos mais sublimes em todo o AT, e pode ser comparado com os
melhores Salmos de Davi; seu livro também contém vários termos musicais (Hc 3.v.
3,9,13,19) e algumas expressões notáveis (Hc 2.v. 1,5 e18-19).

Em Hc 2.2 há uma ordem de Deus para o profeta escrever suas visões. Ele inicia o seu
livro com perguntas e dúvidas (Hc 1.2), mas termina falando de confiança (Hc 3.19).
Ele traz uma mensagem de consolação e esperança para o povo de Judá. Apela para a
justiça de Deus e prevê que tanto Judá como Babilônia seriam julgados por causa dos
seus pecados. Habacuque pregou contra muitos pecados (Hc 1.v. 2-4 e 13; Hc 2.v. 4-5,9
e 15-19). O conteúdo é uma oração e um diálogo com Deus. Habacuque é o salmista
entre profetas. Do conteúdo destaca-se “o justo viverá pela fé” (Hc 2.4).

Divisão:

 O profeta clama a Deus porque Ele não julga a injustiça (1.1 a 1.4);
 A resposta de Deus: o juízo vem pelos caldeus (1.5 a 1.11);
 O profeta clama a Deus: como pode um Deus santo usar um meio impuro? (1.12
a 1.17);
 A resposta de Deus: o pecado será punido e a justiça recompensada (2.1 a 2.5);
 Cinco “ais” sobre a iniquidade (2.6 a 2.20);
 Oração e louvor a Deus (3).

Propósito do livro

O livro apresenta a perplexidade de um homem de Deus diante da tolerância do Senhor


em não punir a sua nação que estava praticando a iniquidade e injustiça. Este homem de
Deus pergunta a Deus sobre isto e quando finalmente, deus pronuncia o juízo deste
povo ele fica mais perplexo ainda, pois a nação dos caldeus quem Deus usa para
castigar os judeus era ainda mais digna de castigo do que Judá. Enfim Habacuque é
consolado por Deus com a sublime declaração. “O justo viverá pela fé”. Este livro foi
propositalmente escrito para os filhos de Israel em todos os tempos e certamente
representava a voz e o clamor dos piedosos de Judá, que se esforçavam para
compreender a lógica e os caminhos do Senhor em meio à aflição, dor e medo.A
resposta de Deus, portanto serve bem a todos que compartilham das dúvidas e receios
que perturbavam a alma de Habacuque. A confissão desse homem de Deus passou a ser
expressão pública, como bem revelam sua oração e confissão em (3:1).

Música, adoração e louvor

Sempre orando e buscando em Deus direção para os cânticos, podemos obter em


Habacuque louvores de admoestação, ensino, através do contexto deste livro.

Paciência – cântico que exorte e ensine ao povo a ter paciência, em meio às


adversidades. E que faça a igreja lembrar que Deus é longânime.

A recompensa da fé – preparar um cântico baseado em (2:2-20) no qual mostre ao


povo de Deus o valor de ficar firme na Presença do Senhor.

Confissão e confiança – louvor que relate a confissão e confiança de Habacuque, e


sirva de ensino para a igreja de Cristo.

AULA 15 - SOFONIAS
    
SOFONIAS

Em hebraico Tsephan-Yah, que significa o Senhor esconde. O seu nome parece ser
indicado em Sf 2.3. O nome também sustenta a ideia de que Sofonias em grego
Sophonias, nasceu durante o reinado do cruel Manassés, um tempo em que muitos
foram mortos (2 Reis 21.16). Na Bíblia há mais 3 pessoas com este nome.
Autoria e Cronologia do livro: O autor é Sofonias, filho de Cuche, de Judá, que
apareceu como profeta nos dias do rei Josias (Sf 1.1). Ele é o único profeta que conta a
sua genealogia até a quarta geração, mostrando assim que era descendente do rei
Ezequias. De família real, ele também tem uma mensagem para os filhos dos reis (Sf
1.8) e para os principais (Sf 3.3-4). A expressão “este lugar” mostra que Sofonias
entregou a sua mensagem em Jerusalém. Ele aparece em Judá após um silêncio
profético de cerca de 50 anos. Junto com Naum, Habacuque e Jeremias, ele é um dos
últimos profetas do reino de Judá. Sofonias morava em Jerusalém (Sf 1.10-11) e
provavelmente foi conselheiro do rei Josias na sua reforma.

Sofonias pregou durante o reinado de Josias (638-609 a.C.) e o livro, certamente, foi
escrito naquele tempo. A mensagem contra Nínive mostra que o livro foi escrito antes
da destruição daquela cidade em 612 a.C. Pelo conteúdo, por exemplo, Sf 1.4-6, pode-se
também tirar a conclusão que o livro foi escrito antes da reforma religiosa do rei Josias,
o que aconteceu em 622 a.C.

A expressão “o resto de Baal” (Sf 1.4) pode indicar que essa reforma já tinha iniciado.
A menção dos citas (Sf 1.14 e Sf 2.v. 3 e 11) ajuda a datar o livro para 630-625 a.C.
Sofonias foi o primeiro que profetizou contra as iniquidades do rei Manassés, que
introduziu idolatria em larga escala (2 Rs 21.3-7 e Sf 1.4-6). No mesmo tempo
profetizou Naum, mas contra povos estrangeiros.

Conteúdo e divisão do livro

Habacuque e Naum se interessavam mais pelos povos vizinhos, mas Sofonias estava
profundamente preocupado com a situação de Judá e viu uma destruição bem próxima.
O dia do Senhor estava bem perto (Sf 1.14 e Sf 2.2), que é o tema principal do seu livro.

O juízo cairá sobre tudo (Sf 1.3-4, Sf 1.10-11 e Sf 2.4-13). Alguns escaparão (Sf 2.3 e
Sf 3.12-13) até alguns gentios de lábios puros (Sf 3.9), e assim haverá uma nova
Jerusalém e uma nova Sião (Sf 3.14-20). Sofonias começa com juízo, mas termina
falando de consolação.

1) Juízo por causa do pecado (1.1 a 3.7):

a) o Juízo anunciado (1.1 a 6);

b) o Juízo descrito (1.7 a 18);

c) o Juízo pode ser evitado pelo arrependimento (2.1 a 3

d) Juízo sobre povos vizinhos (2.4-15);

e) Juízo sobre Jerusalém (3.1-7).

2) Perdão e restauração para todos os povos (3.9 e 3.10):

a) salvação para todos os povos (3.9 e 3.10);

b) bênçãos para o remanescente de Israel (3.11 a 3.20).


• Sofonias tem muitas semelhanças com os livros de Amós, Isaías e Jeremias;

• Sofonias e Isaías eram contemporâneos, e não se sabe quem influenciou o outro;

• O estilo de Sofonias é claro e um tanto poético.

Propósito do livro

Sofonias apresenta o caos que a sociedade judaica vivia e, como um aristrocrata, ele
encontra autoridade para profetizar contra a alta sociedade, contra os juízes regentes,
príncipes, profetas e sacerdotes materialistas, luxuosos, egoístas e opressores
corrompidos. A constante repetição da frase “ o dia do Senhor” sugere uma mensagem
de julgamento contra tais pessoas. O juízo certo e severo de Yahweh, é o principal tema
das pregações de Sofonias.

Música, adoração e louvor

Temas importantes podem ser colocados em cânticos, para ensino e admoestação da


igreja do Senhor. Orando e buscando inspiração podemos obter excelentes resultados
através dos hinos.

O julgamento de toda terra – abordando os versículos de (1:1 ; 2:3) compor um


cântico que traga este texto, e ao mesmo instante traga uma reflexão sobre a soberania
de Deus, que é o soberano Juíz Onisciente, Onipresente e Onipotente.

A necessidade da salvação – preparar um hino baseado em (3:1 e 3:8), que mostre no


texto bíblico a necessidade da salvação, e assim contextualizar para os tempos atuais a
necessidade da salvação em Cristo Jesus.

A promessa de restauração – uma melodia que relate (3:14 e 3:20), e que sirva de
exemplo para aumentar a fé da igreja e cantar as promessas do Senhor.

Os temas em Sofonias podem ser contextualizados para composição de louvores que


edifiquem e admoestem a igreja do Senhor Jesus. Sempre orando e buscando a
inspiração e direcionamento divino.

AULA 16 - AGEU
    
AGEU

Em hebraico Chaggái (também Hággáye, na Septuaginta, Haggaios, que significa


festivo ou festa de Deus. O nome, porém, não tem relação com a sua missão como
profeta.  Já no grego o nome é Ängaios.

Autoria e Cronologia do livro : Ageu apareceu no segundo ano do reinado de Dário


(Ag 1.1) e recebeu suas mensagens durante 4 meses. Desta maneira, foi profeta durante
um período muito curto.
Não se sabe muito sobre a sua vida. A afirmação em Ag 2.3 indica que Ageu tinha visto
o templo antes da destruição em 586 a.C. Se for assim, Ageu provavelmente sobreviveu
ao cativeiro na Babilônia, e somente exerceu seu ministério após seu retorno. Isto
também explica seu curto ministério; porém, é mais provável que tenha nascido na
Babilônia e de lá retornou na primeira caravana (536 a.C.).

Em todo caso, Ageu é um dos primeiros profetas que surgem após o exílio. Sua missão
principal foi inspirar os judeus a continuar a restauração do templo; foi quando apareceu
como mensageiro de Deus (Ag 1.13). Sua mensagem abrange juízo, exortação,
consolação e edificação.

Era, enfim, um líder forte num momento oportuno. Poucos profetas, como Ageu,
tiveram a alegria de ver as consequências positivas de sua mensagem. Ele e sua missão
são mencionados em Esdras (Ed 5.1 e Ed 6.14).

O rei Dário (Ag 1.1), não é o mesmo Dário no livro de Daniel, mas Dário I da Pérsia,
que reinou entre 522 e 486 a.C. Ageu aparece no segundo ano do seu reinado (520 a.C.).
Ele apareceu no tempo de Esdras e Neemias.

Os livros destes dois descrevem a situação histórica no tempo após o exílio. Através dos
livros de Ageu, Zacarias e Malaquias conhecemos a situação religiosa e espiritual do
mesmo período.

De acordo com o decreto do rei Ciro da Pérsia (2 Cr 36.23), cerca de 50 mil judeus
voltaram do cativeiro na Babilônia sob a liderança de Zorobabel em 536 a.C. Eles
voltaram com ânimo para reconstruir o templo em Jerusalém, mas foram impedidos
pelos samaritanos.

A restauração do templo ficou parada por 15 anos (Ag 1.9); havia muito desânimo entre
o povo, e Ageu tinha uma missão importante: dar novo ânimo ao povo. Quatro anos
após o aparecimento do profeta Ageu, o templo foi concluído e inaugurado em 516 a.C.

Conteúdo e divisão do livro

As profecias de Ageu compreendem 4 discursos:

 Ageu exorta o povo a reedificar o templo (1.1 a 2.1);


 A promessa de que o novo templo seria mais glorioso do que o antigo (2.2 a 10);
 Atenção para o fato de que o descuido do templo causou o tempo difícil (2.11 a
2.20);
 A promessa de Deus a Zorobabel (2.21-2.24).

A mensagem de Ageu é:

 esperança para o futuro;


 fidelidade ao Senhor.

Mensagem bela (Ag 1.13) e conhecida (Ag 2.8). A mensagem de Ageu levou Zorobabel
e Jeshua a organizar o trabalho de restauração. Segundo Ageu, Deus precisa sempre ter
o primeiro lugar no meio do seu povo. Mt 6.33 é um resumo do livro de Ageu. A
expressão “O Senhor dos exércitos” aparece 11 vezes no livro (somente em Ag 1.v. 2,
5,7,9 e 14 por cinco vezes) e “assim diz o Senhor” 21 vezes. O templo construído era o
mesmo ainda no tempo de Jesus, com alguns anexos.

Propósitos do livro

Seu propósito e levar uma mensagem de alerta ao povo para que reconstrua uma casa de
Deus e voltem-se para Ele em obediência e fidelidade. Ageu demonstra claramente as
consequências da desobediência (1:6-11; 2:16-17) e da obediência (2:7-9,19). Quando
as pessoas consagram seu amor e prioridades a Deus e à sua Casa, são sempre
abençoadas e jamais amaldiçoadas.

Música, adoração e louvor

Assim como em inúmeros livros das Sagradas Escrituras, Ageu é mais um no qual ao
estudarmos e orarmos teremos inspiração divina para compor cânticos que sirvam à
igreja do Senhor.

Promessa de maior glória – escrever uma melodia que traga o texto e contexto do cap
(2:1-9), e assim contextualizar para a igreja.

Santidade – baseado no cap 2:10-19) compor um cântico que exorte à santidade, assim
como no texto bíblico.

Promessa profética – assim como no texto bíblico (2:20-23), mas agora em forma de
melodia, preparar um hino que traga este trecho, e contextualizando para edificação da
igreja.

Ageu também é como os demais textos bíblicos uma fonte para composição de
louvores. Orando a Deus e na direção do Espírito Santo que conhece a necessidade da
igreja, poderemos sim, ter excelentes hinos.

AULA 17 - ZACARIAS
    
ZACARIAS

Em hebraico Zakaryah significa “Deus se lembra”. São mencionadas 26 pessoas


diferentes com este nome no Antigo Testamento.

Autoria e Cronologia do livro: Zacarias apareceu como profeta na mesma época de


Ageu (compare Ag 1.1 e Zc 1.1). Ele recebeu a sua primeira visão em 520 a.C. e última,
no ano 4 de Dário (Zc 7.1), ou seja, em 518 a.C.. O texto de Zc 9.9 revela que não havia
rei em Israel, mas o povo estava esperando seu rei Messias. A autoria tem sido criticada
porque o estilo na segunda parte do livro (Zc 9-14) é bem diferente em relação à
primeira parte. Isto, porém, se explica em virtude de ser outro o assunto na segunda
parte.

Fatos que afirmam a autoria de Zacarias:


• O nome do profeta em Zc 1.v. 1 e 7 e Zc 7.v. 1 e 8;

• O livro é uma unidade em todos os manuscritos conhecidos;

• Toda a tradição judaica e cristã tem aceito Zacarias como uma unidade;

• O conteúdo revela uma época posterior à de Ezequiel;

• Zacarias revela influência dos profetas anteriores, por exemplo: Isaías, Jeremias e
Ezequiel;

• Muitas expressões típicas ocorrem nas duas partes do livro 3.9-11.17.

Nenhum outro pode ser identificado com este profeta, nem mesmo o profeta Zacarias no
tempo do rei Uzias (2 Cr 26.5). Zacarias era neto do sacerdote Ido (Zc 1.1 e Ne 12.4),
que veio da Babilônia com a primeira caravana. Provavelmente, Zacarias nasceu no fim
do cativeiro e ainda jovem apareceu como profeta em Israel; em contraste com Ageu,
que era muito velho. Zacarias e Ageu formam um par de profetas como Isaias e
Miquéias. Ageu e Zacarias eram contemporâneos e ambos apareceram por volta de 520
a.C. O rei Ciro morreu em 529 a.C., e os seus sucessores não apoiavam Israel como ele;
assim, a situação em Israel era desanimadora.

Conteúdo e divisão do livro

É o mais volumoso dos profetas menores. Ele começa com uma bela mensagem de
arrependimento (Zc 1.3-6), depois seguem diversas visões com um conteúdo místico e
simbólico. Estas visões são de difícil interpretação, mas bem de acordo com a
imaginação e a cultura oriental. Um pensamento principal do livro é que Deus em breve
julgará todas as nações, mas dará uma nova glória a Jerusalém. Por isso o livro tornou-
se uma inspiração e uma esperança para Israel. Para Zacarias, o lado espiritual era o
mais importante (Zc 4.6); foi ele que profetizou sobre o preço de Judá (Zc 11.12) e
sobre a vinda de Jesus sobre o monte das Oliveiras (Zc 14.4).

O livro tem 3 partes:

 Parte simbólica: exortação e visões de consolação (1-6);


 Parte prática: a importância de uma religião séria (7-8);
 Parte profética: profecias sobre reinos futuros, sobre Israel e sobre o Messias (9-
14).

O livro é escrito em puro hebraico e sem as influências aramaicas que se notam em


Daniel e Ezequiel. A segunda parte é mais poética do que a primeira. Zacarias tem
muitas profecias messiânicas (Zc 3.8-9; Zc 13.1; Zc 6.12-13; Zc 9.9-10; Zc 12.10; Zc
13.6 e Zc 14.v. 4 e 9). No NT há muitas referências ao livro de Zacarias. A expressão
“O Senhor dos exércitos” aparece 44 vezes.

Propósitos do livro
Este livro tem uma linguagem apocalíptica, bem parecida co o Apocalipse de João,
porém para entender suas visões é necessário interpretá-las sob dois aspectos: “cruz e
coroa”: O profeta viu o Messias no futuro em dois aspectos diferentes:

a) Como sofredor humilhado;

b) Como glorificado em majestade.

“Os judeus ignoram o Cristo da Cruz, e o cristão muitas vezes, ignora o Cristo da
coroa”.

Zacarias através de suas profecias representa uma expressão de Deus de grande consolo,
encorajamento e esperança para todos os crentes de todos os tempos, sua pregação
começa com uma chamada ao arrependimento sincero e termina com palavras referentes
ao retorno e reinado do Messias.

Música, louvor e adoração

 Ao estudamos e oramos sobre os assuntos do livro de Zacarias, poderemos compor


lindos e preciosos hinos de adoração, admoestação ensino e reflexão para a igreja do
Senhor, baseados neste livro.

Convocação para arrependimento – preparar um louvor espelhado no (cap 1:1-6), e


que sirva como modelo para o arrependimento geral dos crentes assim como aos não
convertidos.

Jejum – compor um hino baseado no cap. 7:8, e que tragam este trecho sobre jejum e a
promessa futura, e assim contextualizar para a igreja.

A vinda do Messias - uma melodia que exprima este tão precioso tema, relatado em
(1:4).

Em Zacarias temos inúmeros outros temas possíveis e ricos para a edificação da igreja
do Senhor, basta que oremos e busquemos a direção do Espírito Santo para saber como
deve ser esta música e louvor.

AULA 18 - MALAQUIAS
    
MALAQUIAS

Em hebraico Malachyah ou ainda Malakhi significa “o mensageiro” ou “o anjo do


Senhor”. No grego é conhecido como Messenger. A única vez em que o nome aparece
na Bíblia é em Ml 1.1 (em Ml 3.1, aparece a expressão o “mensageiro do Senhor”). Por
este motivo, alguns expressam sua incerteza quanto ao nome real do autor, pois poderia
se tratar de uma pessoa desconhecida que escreve como “mensageiro do Senhor”, que é
o significado do nome em hebraico, já referido. Entretanto, observe-se que, no AT, cada
livro profético menciona o nome de seu autor.
Autoria e Cronologia do livro: A autoria é relacionada com o nome Malaquias. Nada
sabemos sobre este profeta e, por falta de fatos contrários, é melhor aceitar a
historicidade de Malaquias. Em Ml 1.8 há uma referência ao governador e isto pode
indicar Neemias; ora, geralmente se aceita que Malaquias apareceu entre a primeira e a
segunda visita de Neemias em Jerusalém, ou seja, por volta de 430 a.C. As notícias em
Ml 1.10 e Ml 3.v. 1 e 10 mostram que o templo já está reedificado; o culto, porém, não
está em ordem, e isto indica uma época posterior à de Esdras. Parece muito provável
que ambos, Malaquias e Neemias, trabalharam na reedificação de Jerusalém. Tudo
indica que Malaquias foi o último profeta do AT e este, portanto, deve ter sido
concluído cerca de 200 a.C.

Por falta de dados históricos, a data do livro é difícil de ser determinada. É muito
provável que Malaquias apareceu depois de Esdras e Neemias, ou seja, por volta de 430
a.C. Não havia rei nem liderança em Israel; não havia idolatria e nada parece ter
acontecido. A rotina das cerimônias religiosas continuava, mas com deficiência e sem
entusiasmo.

Após Malaquias, segue um silêncio de aproximadamente 400 a 430 anos, época


chamada de “período interbíblico ou de silêncio profético", até o aparecimento de Jesus
Cristo.

Conteúdo e divisão do livro

Malaquias revela um interesse especial pelas tradições judaicas e pelo culto. Em Ml 3.5
ele prega contra vários pecados. Ninguém entendia que o sofrimento geral era causado
pelos pecados; tanto os sacerdotes quanto o próprio povo estavam negligentes no seu
serviço a Deus.

Malaquias exorta o povo à obediência à Lei (Ml 4.4; Ml 1.7-8; Ml 2.v. 2,4 e 8) e prega
em forma de diálogo com perguntas e respostas (Ml 3.8 e Ml 2.17). Oito vezes aparece
a frase “todavia perguntais” (Ml 2.14); e 3 vezes “vós tendes dito” (Ml 3.14). Malaquias
fala de muitas coisas práticas: pureza, fervor no culto, moral, relações humanas,
matrimônio, divórcio, uso do dinheiro e outras coisas semelhantes. Fala também sobre o
aparecimento de Elias (Ml 4.5-6) e refere-se à diferença entre justos e injustos (Ml
3.18).

O livro é difícil por causa dos diversos assuntos:

 O culto indigno (1);


 Sacerdotes ímpios (2. a 9);
 O matrimônio (2.10 a 16);
 Pecados e negligência (2.17 a 3.18);
 O futuro “dia do Senhor” (4).

A expressão “O Senhor dos exércitos” ocorre 21 vezes no livro.

Propósito do livro
O profeta Malaquias foi chamado por Deus para repreender seu povo por sua renitente
negligencia quanto ao verdadeiro culto a Yahweh, o Senhor e pregou um
arrependimento sincero e absoluto (1:6; 3:7).

“Como uma chamada para o temor a Deus e para engrandecer o Seu nome, Malaquias
proclama que se deve honrar a Deus e para que isso ocorra o homem precisa levar a
vida à sério”.

Música, adoração e louvor

Neste ultimo livro do Canôn do A.T., podemos , orando compor hinos dos mais
variados temas, e baseados nos seus textos sobre arrependimento sincero, trazer à
memória o zelo de sempre buscar a face do Senhor.

O Amor de Deus – compor um hino espelhado em (1:1-5), e cantar sobre a afirmação


da Aliança de amor de Deus por Israel, e trazendo para a igreja do Senhor, este amor
maravilhoso.

Dependência do Senhor – um hino que traga o escrito em (2:1-9), no qual podemos
verificar que ensinar sem depender do Senhor é improdutivo, e assim em tudo que
fizermos devemos ser dependentes do Senhor Jesus.

Contribuição – um cântico que baseado em (3:6-12), sirva para encorajamento à


contribuição sincera.

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