Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Estas pessoas podem inovar a Constituição Federal desde que não agridam seus princípios (art. 37 da CF).
Ex: O regime disciplinar e o regime de vantagens dos servidores estão disciplinados no Estatuto dos
Servidores e não na Constituição Federal.
2. Servidores públicos:
São os agentes públicos que mantém com o Estado vínculo de natureza profissional.
Os agentes políticos em colaboração com o Estado (por delegação ou nomeação), embora sejam agentes
públicos, não se enquadram em servidores públicos.
Juízes e Promotores têm aspectos semelhantes com os funcionários públicos (titularizam cargo) e com os
agentes políticos (exercem funções de governabilidade. Ex: Ministério Público pode fiscalizar outros poderes).
Assim, são agentes políticos que titularizam cargos públicos exercendo funções de governabilidade. Para Hely
Lopes Meirelles, são agentes políticos.
O ingresso do estrangeiro foi permitido com a emenda constitucional 19/98, mas antes
disso era possível apenas para a função de professor em Universidades. “É facultado às
universidades admitir professores, técnicos e cientistas estrangeiros, na forma da lei”
(art. 207, §1º da CF).
Há ainda cargos que a Constituição Federal restringe tão somente aos brasileiros natos,
como por exemplo, o artigo 12, §3º da Constituição Federal que traz a linha sucessória
do Presidente da República.
Quitação com as obrigações militares e eleitorais (art. 5º, III da Lei 8666/93).
“As atribuições do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei” (art. 5º,
parágrafo único da Lei 81112/90). Tais exigências devem vir acompanhadas das razões que as justificam, para
que o Poder Judiciário possa fazer um controle de legalidade quando acionado por aqueles que se sentiram
lesados.
“Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público” (súmula 686 do
STF).
3. Forma de ingresso:
Provas e títulos: O concurso não pode ser feito apenas em títulos, assim deve
ser realizado com base em provas ou provas e títulos; O administrador deve
demonstrar a correspondência das provas e títulos com a natureza e a complexidade
do cargo ou emprego.
“Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscreverem em concurso público para
provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que são portadoras; para tais
pessoas serão reservadas até 20% das vagas oferecidas no concurso” (art. 5º, §2º da Lei 8112/90).
Edital: As exigências de ingresso só podem ser feitas por lei que regulamenta a
carreira, assim o edital pode no máximo, reproduzir a lei. Se criar novas exigências
ferirá o princípio da separação dos poderes.
“É livre o exercício de qualquer trabalho, oficio ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei
estabelecer” (art. 5º, XIII da CF).
As exigências do edital devem ser requeridas na posse e não na inscrição, pois são exigências para o exercício
do cargo. “O diploma ou habilitação para o exercício do cargo deve ser exigido na posse e não na inscrição para
o concurso público” (súmula 266 do STJ).
Publicidade: O concurso público não pode ter nenhuma fase sigilosa. Assim, o
candidato tem que ter direito a acessar a sua prova, a saber quais motivos levaram à
desclassificação (garante-se o contraditório e ampla defesa).
Prazo de validade do concurso: “O prazo de validade do concurso público será
de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período” (art. 37, III da CF). A
prorrogação é uma faculdade do Poder Público.
Os dois anos representam um teto, assim a prorrogação só pode ser feita dentro desses dois anos e por igual
período.
“Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato aprovado em concurso anterior com prazo de validade
não expirado” (art. 12, §2º da Lei 8112/90).
O aprovado em concurso não tem direito adquirido à nomeação, tem apenas direito de não ser preterido por
ninguém que tenha tirado nota inferior a sua e por nenhum novo concursado durante o prazo de validade do
concurso. “Durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso
público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir
cargo ou emprego na carreira” (art. 37, IV da CF).
Somente o nomeado em concurso tem direito à posse (súmula 16 do STF). “A posse ocorrerá em 30 dias da
publicação do ato de provimento” (art. 13, §1º da Lei 8112/90). A investidura termina com o efetivo desempenho
das atribuições.
3.2. Exceções:
Cargos em comissão: Tais cargos são de livre nomeação e exoneração, pois têm
por base a confiança (art. 37, II da CF).
A lei que regulamenta a carreira dirá quais os cargos que dependem de concurso e quais são de livre nomeação
e exoneração.
A nomeação para o cargo em comissão deverá obedecer o artigo 37, V da CF, que dispõe que “as funções de
confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo e de cargos em comissão, a
serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento”.
Quinto constitucional no caso dos advogados: Um quinto dos lugares dos
Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos Estados, e do Distrito Federal e
Territórios será composto por advogados de notório saber jurídico e de reputação
ilibada, com mais de 10 anos de efetiva atividade profissional, indicados em lista
sêxtupla pelos órgãos de reapresentação da respectiva classe (art. 94 da CF).
Estabilidade
1. Conceito:
“São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de
provimento efetivo em virtude de concurso público” (art. 41 da CF).
Estágio probatório de 3 anos: Estágio probatório é o período de tempo no qual a
Administração averigua a eficiência do servidor na prática.
“Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para cargo de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório
por período de 36 meses, durante o qual a sua aptidão e capacidade serão objeto de avaliação para o
desempenho do cargo, observado os seguintes fatores: I - Assiduidade; II – Disciplina; III - Capacidade de
iniciativa; IV – Produtividade; V – Responsabilidade” (art. 20 da Lei 8112/90).
“Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem demitido sem inquérito ou sem as formalidades
legais de apuração de sua capacidade” (súmula 21 do STF). “O estágio probatório não protege o funcionário
contra a extinção do cargo” (súmula 22 do STF).
3. Estabilidade e Vitaliciedade:
Por sentença judicial com trânsito em julgado (art. 41, §1º, I da CF): O servidor
vitalício só perde o cargo nesta hipótese.
Por processo administrativo em que lhe seja assegurada a ampla defesa (art. 41,
§1º, II da CF).