6 FORTALEZA FORTALEZA-CE, SEGUNDA-FEIRA, 23 de abril de 2007

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REPRODUÇÃO/TALITA ROCHA

AS IMAGENS do circuito interno de TV de um prédio mostram o momento da fuga dos acusados por uma rua lateral ao local do crime. A Polícia irá usar a gravação para identificar os autores do latrocínio

Assaltantes matam engenheiro na Aldeota

VIOLÊNCIA ] O engenheiro civil César Romero, do Dert, foi atingido Fátima Guimarães do a Polícia, os assaltantes tive- no latrocínio. Eles teriam fugido
da Redação ram apoio de outras pessoas e a pé pela rua Afonso Celso, cru-
com um tiro e morreu no local. Segundo policiais, os assaltantes teriam fugiram em um veículo de cor zado a rua José Vilar e teriam

M
levado objetos pessoais, mas não conseguiram fugir no carro da vítima anhã de domingo,
rua pouco movi-
FOTOS EVILÁZIO BEZERRA mentada. O enge-
nheiro civil César
Romero Teixeira, 49, chegava
para visitar a mãe, como era
habitual. Estacionou o carro
no lado oposto ao edifício para
onde se dirigia com a mulher, a
advogada Rita de Cássia Siquei-
ra. Ela foi na frente e chegou a
entrar no prédio. Quando César
se aproximava do portão teria
sido abordado por dois assal-
tantes. O engenheiro foi atingi-
do com um tiro e teve objetos
pessoais levados pelos bandi-
dos. César, que é funcionário do
Departamento de Edificações,
Rodovias e Transportes (Dert),
mas estava lotado atualmente
na Secretaria de Infra-Estrutura
do Estado, morreu no local.
Essa versão foi contada por
policiais do 2º Distrito Policial
com base em informações de
pessoas que estavam no local.
Isso porque Rita de Cássia,
mulher de César, estava muito
O ENGENHEIRO foi morto momentos antes de entrar no prédio onde morava a mãe, na Aldeota abalada e não teve condições
de falar com os policiais civis,
que investigam o caso. Segun-
escura. A Polícia apreendeu o
celular da vítima para análise,
porque a bala teria atingido
também o aparelho, e as ima-
gens gravadas pelo circuito
interno do prédio. Esse último
pode ajudar na identificação
dos autores do latrocínio (as-
salto seguido de morte).
O crime aconteceu por volta
9h30min de ontem, na rua Nu-
nes Valente, entre as ruas Afon-
so Celso e Padre Quinderé, no
bairro da Aldeota, área nobre da
cidade. Sargento Carlos Cardo-
so, da unidade móvel do Corpo
de Bombeiros, diz que o tiro
atingiu o lado esquerdo do pei-
to e transfixou no pulmão. “Ele
morreu na hora”. Segundo tes-
temunhas, os assaltantes ainda
tentaram levar o carro da vítima
(uma caminhonete da marca
Frontier), mas não conseguiram
dar a partida. Na parte da frente
do veículo tem um adesivo do
Dert e era possível ver o crachá
funcional do engenheiro, que
estava fixado próximo ao retro-
visor interno do carro.
De acordo com a Polícia, mais
de três pessoas estão envolvidas
sido resgatados por um veículo
de cor escura, na rua Silva Pau-
let. Lá, teriam jogado a chave do
carro de César.
As primeiras informações no
local eram de que o engenheiro
havia se recusado a entregar
os objetos pedidos pelos as-
saltantes e, por isso, foi morto.
Porém, amigos e pessoas que
conheciam a vítima não con-
firmam essa versão. “César era
tranqüilo, de paz, não reagiria”,
ressalta Felipe Siqueira, cunha-
do da vítima.
Demócrito Gomes não acre-
ditou que o colega tinha sido
mais uma vítima da violência.
“Nos conhecemos há tempo,
ele não reagiu”. Opinião seme-
lhante tem o primo de César,
o comerciante Renier Romero.
“Quem conhece ele sabe, era
muito tranqüilo”. Um advogado
que mora no prédio próximo
diz que César ainda levantou
as mãos para cima na hora da
abordagem, mas não teria rea-
gido. O velório do engenheiro
está ocorrendo na funerária
Ternura. O enterro será no Par-
que da Paz, pela manhã.

Crime abala moradores

A cena de violência abalou
os moradores da rua Nunes
Valente. Muitos foram ao local,
outros observavam tudo das
varandas dos prédios. O corpo
do engenheiro civil César
Romero Teixeira caiu no portão
de entrada do edifício. Alguns
familiares quando se depararam
com o corpo na calçada
entravam no prédio em pânico.
Quem não conhecia César,
mas morava no entorno da rua
Nunes Valente, lamentava a
falta de segurança da cidade
e lembrava que a rua foi
tranqüila. A psicóloga Silvana
Carvalho diz que há cerca de
15 dias foi roubado um veículo
de um edifício próximo. Ela,
que mora há oito anos no local,
ficou horrorizada com o crime.
“Estava vendo um filme e ouvi o
barulho de tiro. Desci para ver, MORADORES DE prédios vizinhos foram ao local do crime
que coisa horrível”.
O professor Galba
Gomes mora a 100 metros
do prédio onde ocorreu o ONDE OCORREU O CRIME
crime. “O trecho da Nunes
Av. S
Valente com Catão Mamede tos D
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é muito perigoso”. Relatos nt
de abordagem na entrada
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de edifícios, roubos em
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Silva mora longe dali, no Bom .Quin

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R. Afo
Av. B

Jardim. “Nunca tinha visto nso C

elso
coisa igual, pensava que isso
só acontecia na periferia”. Ele ALDEOTA
observava tudo perto da área
isolada pela Polícia.

A S S A LT O

Estudante cearense é
assassinada nos Estados Unidos
A estudante de psicologia
Nara Bezerra Veras, de 20 anos,
foi assassinada em Orlando, nos
Estados Unidos entre a última
quinta-feira e sábado, dia 21. De
acordo com informações de fa-
miliares da vítima, ela teria fala-
do com a mãe na última quinta-
feira, pela última vez. A família
recebeu a notícia sobre a morte
no sábado.
Segundo informações do tio da
estudante, o ex-deputado Manoel
Veras, conselheiro do Tribunal
de Contas dos Municípios, ela
teria sido morta em um assalto
de quinta para a sexta-feira, mas
ainda não há confirmação do dia
exato do crime. A Polícia de Or-
lando teria encontrado o corpo
próximo a um viaduto.
“Ainda não temos muitas in-
formações. A necropsia deve sair
amanhã (hoje). Eu estou indo
para os Estados Unidos para tra-
zer o corpo”, disse Veras, infor-
mando ainda que a família está
muito abalada. Nara Veras fazia
psicologia na Unifor e estava há
cerca de quatro meses fazendo
intercâmbio cultural nos Estados
Unidos. Segundo o tio, ela deveria
voltar essa semana para o Brasil.