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Comunismo

Além de defender a paridade social, como o socialismo, o comunismo é um sistema


político e econômico que visa a consolidar a absoluta igualdade de direitos e deveres
entre as pessoas e a abolir as classes sociais e o Estado- que passa a ser apenas um
administrador.
A propriedade dos meios de produção, como fábricas, fazendas, minas, deve ser
coletiva, e a riqueza, dividida igualmente. O governo controla as industrias, o comércio,
os meios de transporte, os bancos, mas as decisões políticas e econômicas são tomadas
democraticamente, com a participação popular.
Segundo Karl Marx e Friedrich Engels, o comunismo seria o estágio mais avançado da
evolução social, que teria início com o socialismo e a tomada do poder pelo povo. Seria
uma sociedade ideal, sem exploração, sem propriedade privada e isenta de diferenças
sociais.
O Manifesto Comunista, ou também chamado de Manifesto do Partido Comunista, foi
lançado em 1848 por Karl Marx e Friedrich Engels. Os autores descreveram como seria
a importância da união dos operários para a organização da luta de classes e da
propriedade coletiva dos meios de produção.
O ideal comunista nasceu muito antes de Marx. A idéia de propriedade comum, por
exemplo, remonta aos gregos. No séc. IV a.C., o filósofo Platão defendeu esse modelo
em seu livro A República. Platão propôs que uma classe dirigente administrasse os bens
comuns, colocando o bem-estar do Estado acima dos interesses pessoais.
Alguns dos primeiros cristãos adotaram uma modalidade de propriedade comunitária.
Na Idade Moderna, o estadista e filósofo inglês Thomas Morus sugeriu, em sua obra
Utopia, que todos os cidadãos tivessem uma parte igual da riqueza produzida. Alguns
líderes da Revolução Francesa, no fim do séc. XVIII, pregavam uma ditadura
revolucionária que abolisse a propriedade privada.
O Modelo Comunista da União Soviética. Segundo o modelo comunista implementado
por Lênin na Rússia e mais tarde no grupo de países que formou a União Soviética, o
Estado era dono de todos os meios de produção – fábricas, máquinas, matérias-primas,
terras, cultivos agrícolas, recursos naturais, comércio, sistemas de transporte. O Estado
também controlava os meios de comunicação de massa – rádio, TV, cinema,
publicidade –, além de centralizar e planejar toda a atividade econômica. As pessoas
podiam ser donas apenas de poucos bens, como móveis e eletrodomésticos, e de objetos
pessoais. O sistema político girava em torno de um partido único – o Partido Comunista
–, que na prática detinha o poder e exercia as funções do governo.
O Comunismo da China. Nos anos de 1970, o governo da China promoveu adaptações
no modelo econômico centralizado que caracterizava os regimes comunistas. A
centralização política foi mantida. Os chineses conservaram o controle do Estado sob a
produção e as diretrizes da economia, mas criaram zonas especiais onde empresas
privadas instalaram, com investimentos próprios, indústrias para a produção de bens de
consumo. A maior parte desses produtos é exportada. Alguns deles já são vendidos
também no mercado interno chinês, que aos poucos vai adotando certas regras da
economia de mercado dos países capitalistas.

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