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Marcelo Andrade Camacho

Matricula: 120160005

Trabalho Avaliativo de

Macroeconomia do segundo período

da Universidade Candido Mendes

Prof.ª Marcos Rosa

Campos dos Goytacazes

2020
Conceito de inflação
A inflação essencialmente é um conceito econômico, que simula o aumento
persistente e generalizado do preço de uma cesta de produtos em um país ou
região durante um período definido de tempo. Se, por exemplo, uma cesta de
produtos custa R$ 200 reais em fevereiro e passa a ser vendida por R$ 250
reais em março, verifica-se uma inflação de 50% no mês. Ela também concebe
a queda do poder aquisitivo do nosso dinheiro em relação a elevação dos
preços de bens e serviços. Quando a inflação está em um nível muito baixo,
ocorre a estabilização dos preços, desse modo, o valor dos produtos não
aumenta.
A inflação já foi o grande episódio da economia brasileira, mas sempre merece
grande atenção e acompanhamento do governo e sociedade. A partir dos anos
1980, vários planos falharam na tentativa de impedir o seu crescimento. Mas,
desde 1994, com a implantação do Plano Real, ela está relativamente sob
controle. A inflação brasileira em 2008 foi de 5,9 % (IPCA).
É valido também lembrar que, que esse enorme conceito não diz respeito ao
aumento de apenas um bem ou serviço específico, e sim a uma média da
maioria dos produtos e serviços consumidos ao longo de determinado período.

Tipos de Inflação:

Inflação de demanda: ocorre quando a demanda (procura) por bens e


serviços é superior a quantidade ofertada dos mesmos. Seguindo a lei da
oferta e procura, quando a procura está em um nível muito acima do que a
oferta, há um aumento de preços. Este tipo de inflação foi observado no
começo do Plano Real, quando a estabilidade da economia levou a um
aumento real dos salários e as famílias aumentaram significativamente o
consumo de diversos produtos que até então tinham uma oferta estável,
gerando um aumento de preços.

Inflação de custos – também conhecida como inflação de oferta. Ocorre


quando há um aumento dos custos de produção como mão-de-obra (salários e
encargos trabalhistas), matéria-prima, taxas de juros, combustíveis, tributos,
fontes de energia. Com isso, não há incentivo para produzir, gerando uma
redução da oferta em relação a procura. É o que ocorreu, por exemplo, quando
houve um aumento da tarifa de energia elétrica há anos atrás, levando a um
aumento dos custos de produção da indústria.
Inflação inercial – não é causada pela relação entre demanda e oferta e sim
pela perspectiva de inflação, amparada pelo histórico da economia. Esta falta
de confiança leva a um círculo vicioso em que há a indexação da economia, ou
seja, são criados índices de inflação que servem de reajuste de preços e
salários e causam uma espiral inflacionária. Neste tipo de inflação,
mensalmente há um reajuste salarial acompanhado do reajuste dos preços de
bens e serviços, contratos e aluguéis. Os índices de inflação de períodos
anteriores são utilizados para reajustar os valores presentes, trazendo uma
inflação futura. Um processo que se retroalimenta indefinidamente.

O controle da inflação pelo Governo

O controle da inflação passa por medidas de aperto fiscal e monetário. Ou


seja, gastos públicos mais baixos, impostos mais elevados e juros mais
altos.
No curto prazo, essas decisões ajudam a conter a demanda por bens e
serviços – e uma demanda mais baixa para uma dada oferta no curto prazo faz
com que o ritmo de aumento dos preços seja menor. Isso quase sempre tem
um impacto recessivo na economia.
Portanto, controlar a inflação tende a envolver sacrifícios no curto prazo,
como crescimento mais baixo e desemprego mais alto.
Esse remédio é bem doloroso quando um país se defronta com inflação de
curto prazo causada por aumento de custos – por exemplo, se ocorreu
aumento no preço da energia. Nesse caso, podemos ter o fenômeno conhecido
como estagflação. Trata-se da combinação de inflação alta com recessão.
Já no longo prazo, a inflação alta é resultado de problemas fiscais. E eles
fazem com que o país recorra à impressão de moeda para fechar suas contas.
Então, para controlar a inflação, o governo precisa reduzir a necessidade de se
financiar com emissão de moeda. Para isso, precisa ajustar suas finanças,
cortando gastos e/ou aumentando impostos, num processo permanente.
Há tentativas de governos de controlar a inflação “na marra”. É o tal
do congelamento de preços de bens e serviços.
Durante o Plano Cruzado, em 1986, diversos bens e serviços tiveram seus
preços tabelados pelo governo brasileiro. As empresas não podiam cobrar
valores maiores que os pré-estabelecidos em Brasília. Essa estratégia, como
foi visto, fracassou. Não funciona por não atacar a causa do problema (a
questão fiscal), mas apenas o efeito (a subida contínua dos preços).
Se o governo continua a imprimir moeda e a pressionar a demanda, os preços
precisam subir para equilibrar oferta e demanda. Se eles não sobem, as firmas
não têm incentivo a produzir. O resultado: escassez. De maneira mais clara,
começam a faltar produtos nas prateleiras. Incluindo os essenciais, como leite,
ovos e outros alimentos.
Impacto da pandemia do COVID-19 na Inflação brasileira

O Brasil registrou o segundo mês consecutivo de queda de preços em maio.


De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a
inflação brasileira já havia recuado 0,31% em abril, mas caiu mais 0,38% em
maio deste ano por conta dos impactos econômicos da pandemia do novo
coronavírus. Foi a menor variação mensal da série histórica desde agosto de
1998 (-0,51%).

O resultado do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de


maio foi divulgado nesta quarta-feira (10/6) pelo IBGE e reflete o movimento
desinflacionário causada pela pandemia do novo coronavírus, que reduziu a
demanda das famílias brasileiras ao provocar o fechamento do comércio e
reduzir a renda de milhões de trabalhadores. Segundo o IBGE, cinco dos nove
grupos de produtos pesquisados tiveram deflação em maio. E até os preços
dos alimentos, que estavam em alta desde o início da pandemia, perderam
força.

A maior contribuição negativa da deflação de maio, contudo, veio novamente


do grupo de transportes, que recuou mais 1,9% em maio devido à redução de
4,56% do preço dos combustíveis. Só a gasolina, que já havia caído 9,31% em
abril, ficou 4,35% mais barata em maio. Ainda houve queda de preços do
etanol (-5,96%) e do óleo diesel (-6,44%). E esse movimento desinflacionário,
associado à baixa demanda por voos, também provocou um baque de 27,15%
no preço das passagens aéreas.

Referências bibliográficas

 https://www.oeconomista.com.br/inflacao-o-que-e-e-como-se-
forma/
 https://jurosbaixos.com.br/conteudo/conheca-os-tipos-de-inflacao-
e-como-afetam-o-seu-bolso/
 https://porque.com.br/cards/como-o-governo-pode-controlar-a-
inflacao
 https://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2020/0
6/10/internas_economia,862682/com-coronavirus-brasil-tem-menor-
inflacao-dos-ultimos-22-anos.shtml

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