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Belo Horizonte
2017
Lídian Maria Coelho Castro
Belo Horizonte
2017
1. INTRODUÇÃO
vida profissional da mulher, e deixando claro que tanto o assédio moral quanto o assédio
apresento um caso que demonstra a violência sexual como forma de agredir o psicológico e a
integridade física da mulher em seu ambiente de trabalho, sendo o caso do ator José Mayer e a
figurinista Suslen Forani, que sofreu assédio sexual com força moral durante o seu período de
trabalho na emissora Globo no inicio do ano de 2017, provando também os motivos pelos
quais os homens cometem tais assédios no ambiente do trabalho, sendo mais decorrentes por
se acharem superiores pela sua classe social e pelo seu cargo de renome na empresa.
Além do caso concreto, serão apresentados três tópicos para provar a tese investida no
trabalho, como também seus reflexos na vida profissional da mulher, sendo o ponto principal
do trabalho em questão.
Em síntese vale ressaltar que atualmente a mulher tem conquistado um grande espaço
no mercado de trabalho, porém em meio a essa conquista ainda sofrem preconceito moral, e é
Sendo assim, pode-se considerar como violência psicológica o ato que de certa forma
atinge o desenvolvimento pessoal do sujeito passivo da ação, tanto dominando suas ações
violentas, sendo mais freqüente a verbal e até mesmo comportamental, através de gestos e
expressões que regride a estima do sujeito. Além disso, o código penal brasileiro aponta a
assim como a agressão física, o estupro, a tentativa de estupro, o atentado violento ao pudor e
o ato obsceno.
Gomes, pós-graduada em Psicologia Jurídica, adverte que o chamado assédio moral pode
causado pelo sofrimento e sentimento de inferioridade, além de fazer com que o assediado
pense ser impotente objetivando a um declínio na saúde física e mental. Dentre as doenças
USP, atuando na área Saúde & Trabalho, como professora universitária, psicóloga clínica,
perito judicial e consultora em organizações, afirma que o assédio moral é a forma mais
descritos a seguir:
claramente ser considerados como atos de agressores diretos mesmo se não forem praticados
da UFPR defende que os comportamentos violentos mais frequentes tem relação com a
exigência de resultados impossíveis de serem alcançados no tempo em que é exigido pelo alto
exposição dos membros e a comparação entre os tais, além da recompensa pelo resultado e
não pelo complexo processo até a conclusão do serviço, e também humilhações por não
Em uma pesquisa feita por Gustavo Henrique Alves Lima e Santana de Maria Alves
conclusão que 87% dos trabalhadores da área da enfermagem que sofrem com a violência
psicológica, são do sexo feminino. Isso mostra que o assédio moral e sexual no trabalho está
agressões vindas de seus chefes e autoridades, mas também de colegas de trabalho, devido a
certa hierarquização dos serviços. Ressaltando que tal violência pode ser moral ou sexual,
pois ambas afetam a saúde psíquica da mulher, sendo sexuais as que autoridades da hierarquia
sofrimento emocional.
últimos anos foi ainda maior com as mulheres por estarem em massa ingressando na área
trabalhista, e mesmo tendo alcançado níveis maiores de estudo, as mulheres ainda tem a maior
tendo o papel doméstico e trabalhista, dessa forma se sentem ainda mais sobrecarregadas, tais
trabalho, que exige excelência, conhecimento e entrega total dos trabalhadores, diz Rosane da
Silva, secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora. Como exemplo dessa pressão, podemos
citar as empresas multinacionais de supermercado, que controlam ate mesmo o tempo que as
em decorrência do assédio moral que ganha um espaço ainda maior mediante a essas
condições. Infelizmente a sociedade não entende isso e trás argumentos para acobertar tais
quando é o sexo feminino que é o passivo da ação, pois é fato que está enraizado na sociedade
desde a antiguidade que trouxe uma idéia de que as mulheres são inferiores, e dessa forma,
muitas mulheres não reconhecem sua vitimização e não procuram recursos para mudar essa
mundo do trabalho, conquistando seu espaço pela sua força de trabalho e dedicação, porem
essa violência tem o poder de oprimir e isolar a mulher a impedindo de comunicar o que esta
promover no seu trabalho. Um exemplo ressente é o caso do ator José Mayer e a figurinista
Susllen Fonani, a qual é observável uma opressão e um incômodo causado pelo assédio
lado o medo e a vergonha causada pela violência e assim denunciou o ator a policia. Ela teve
uma coragem que a maioria das mulheres não possui, e é por isso a violência persiste em
existir na sociedade, pois sem a denúncia não há como punir e sem punição não há certa
coerção social causada pela propagação de valores através de um exemplo concreto de que tal
ato é ilícito, estando descrito na lei (art. 216-A, do Código Penal, com redação dada pela Lei
trabalho, o caso em questão é visto, grosso modo, como somente violência sexual, haja vista
que o ator colocou sua mão sobre a genitália da figurinista sem o seu consentimento, porém
há outra visão do caso, que o vê como um assédio sexual e moral, pois além de violar a
intimidade da mulher com insistência, ele também afeta o psicológico com uma conduta
figurinista, apenas por se achar superior por ser rico e ocupar uma posição social maior, e
assim volta questão da hierarquia como forma de critério para justificar a violência, e vista em
âmbito trabalhista, por ter um papel mais importante na emissora o ator se sentiu no direito de
fazer o que quiser com a mulher a tratando como objeto. Entretanto ele não saiu impune, e é
através de tais exemplos que a sociedade deve se atentar, como disse a atriz Astrid Fontenelle:
"Às vezes começa com um olhar, passa pro 'como você é linda', depois coloca a mão na sua
cintura... São piadinhas, situações constrangedoras... Chega!", escreveu a atriz. "Fale com seu
chefe superior e se ele for o causador do seu incômodo. Sim, o assédio incomoda, oprime...
Procure o RH”.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS
decorrente de uma raiz histórica, a qual prega que a mulher deve se submeter ao homem e
apenas cuidar do seu lar e de seus filhos, não possibilitando as tais uma vida profissional de
qualidade.
entretanto ainda limitadas, pois são freqüentemente expostas a violências que afetam o seu
psicológico, não só as de natureza psíquica como também o âmbito sexual, que as atrapalham
para a equidade de direitos entre homens e mulheres só está começando, todavia é necessária
4. REFERÊNCIAS
http://www.cut.org.br/artigos/a-violencia-contra-as-mulheres-e-o-mundo-do-trabalho-3111/
por Rosane da Silva, acesso em 28 de abril de 2017.
http://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/lei-maria-da-penha/formas-de-violencia acesso em
28 de abril de 2017.
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
71672015000500817&lng=pt&nrm=iso&tlng=en por Gustavo Henrique Alves Lima e
Santana de Maria Alves de Sousa, acesso em 28 de abril de 2017.
http://www.revistaforum.com.br/2013/12/11/a-violencia-psicologica-contra-mulheres-e-um-
problema-naturalizado/ acesso em 29 de abril de 2017.
BARRETO, M. Assédio moral: o risco invisível no mundo do trabalho. In: Jornal da Rede
Feminina de Saúde, n. 25, jun. 2002 a. Disponível em
http://www.redesaude.org.br/jr25/html/body_jr25-margarida.html
FREITAS, M.E. Assédio moral e assédio sexual: faces do poder perverso nas organizações.
RAE - Revista de Administração de Empresas, v. 41, n. 2, Abr./Jun. 2001.
SOBOLL, LAP. Violência psicológica e assédio moral no trabalho bancário. FM/USP. (Tese
de doutorado). Cap. 4. Violência psicológica no trabalho. (Defesa: dezembro/2006)
http://www.normaslegais.com.br/trab/Mulher-assedio-ambientetrabalho.htm acesso em 29 de
abril de 2017.
http://domtotal.com/noticia/1140641/2017/04/atrizes-se-unem-em-campanha-contra-o-
assedio-sexual/ acesso em abril de 2017.