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ESCOLA SUPERIOR DOM HELDER CÂMARA

PROGRAMA DE GRADUAÇÃO EM DIREITO

Lídian Maria Coelho Castro

Violência psicológica feminina no trabalho

Belo Horizonte

2017
Lídian Maria Coelho Castro

Violência psicológica feminina no trabalho

Trabalho de Metodologia da Pesquisa apresentado ao


programa de Graduação em Direito da Escola Superior
Dom Helder Câmara como requisito parcial de avaliação.

Orientador: Prof. Rogério Monteiro Barbosa.

Belo Horizonte

2017
1. INTRODUÇÃO

O trabalho em questão visa apresentar as conseqüências da violência psicológica na

vida profissional da mulher, e deixando claro que tanto o assédio moral quanto o assédio

sexual afetam o psicológico do sujeito passivo da ação, além de demonstrar a persistência de

tal problema na sociedade brasileira.

Para exemplificar o problema e provar seu constante aparecimento na sociedade,

apresento um caso que demonstra a violência sexual como forma de agredir o psicológico e a

integridade física da mulher em seu ambiente de trabalho, sendo o caso do ator José Mayer e a

figurinista Suslen Forani, que sofreu assédio sexual com força moral durante o seu período de

trabalho na emissora Globo no inicio do ano de 2017, provando também os motivos pelos

quais os homens cometem tais assédios no ambiente do trabalho, sendo mais decorrentes por

se acharem superiores pela sua classe social e pelo seu cargo de renome na empresa.

Além do caso concreto, serão apresentados três tópicos para provar a tese investida no

trabalho, sendo o conceito de violência psicológica, além de sua aplicação no ambiente de

trabalho, como também seus reflexos na vida profissional da mulher, sendo o ponto principal

do trabalho em questão.

Em síntese vale ressaltar que atualmente a mulher tem conquistado um grande espaço

no mercado de trabalho, porém em meio a essa conquista ainda sofrem preconceito moral, e é

essa persistente presença do assédio (violência psicológica) que despertou um interesse em

pesquisar e aprofundar os conhecimentos no assunto.


2. A VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA FEMININA NO TRABALHO

2.1. Definição de violência psicológica

A violência psicológica é um conceito amplo que abrange vários tipos de agressão


sendo também conhecida com assedio moral, entretanto é de suma importância citar que o
assédio moral é uma derivação, pois ele só é considerado como tal ao ser praticado e forma
repetitiva e constante, já a violência em questão não necessariamente precisa ser repetitiva
para ser constatada.
A violência psicológica, assim teve os estudos específicos iniciados na Suécia no ano

de 1980, e desde então a importância do desenvolvimento do estudo em questão cresceu a

cada ano. Segundo o artigo 7º da Lei nº 11.340/2006, a violência psicológica é:

Ação ou omissão destinada a degradar ou controlar as ações, comportamentos,


crenças e decisões de outra pessoa por meio de intimidação, manipulação, ameaça
direta ou indireta, humilhação, isolamento ou qualquer outra conduta que implique
prejuízo à saúde psicológica, à autodeterminação ou ao desenvolvimento pessoal
(BRASIL.2006).

Sendo assim, pode-se considerar como violência psicológica o ato que de certa forma

atinge o desenvolvimento pessoal do sujeito passivo da ação, tanto dominando suas ações

como as rebaixando, o fazendo como insignificante e represável utilizando de várias formas

violentas, sendo mais freqüente a verbal e até mesmo comportamental, através de gestos e

expressões que regride a estima do sujeito. Além disso, o código penal brasileiro aponta a

violência psicológica ou a ameaça como uma possível caracterização da violência sexual,

assim como a agressão física, o estupro, a tentativa de estupro, o atentado violento ao pudor e

o ato obsceno.

Ainda sobre o artigo 7º da Lei nº 11.340/2006, vale ressaltar:


II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano
emocional e diminuição da autoestima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos,
crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação,
isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem,
ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio
que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação (BRASIL.2006).

Em relação ao prejuízo a saúde psicológica descrita na lei, a psicóloga Deise Cristina

Gomes, pós-graduada em Psicologia Jurídica, adverte que o chamado assédio moral pode

causar danos irreversíveis a saúde da vítima, pois quando submetido a humilhações, o

individuo tem a possibilidade de desenvolver doenças através do alto nível de estresse

causado pelo sofrimento e sentimento de inferioridade, além de fazer com que o assediado

pense ser impotente objetivando a um declínio na saúde física e mental. Dentre as doenças

causadas vale ressaltar os distúrbios psicossomáticos, cardíacos, digestivos, respiratórios,

endocrinológicos, entre outros. 

2.2. A violência psicológica no ambiente de trabalho

Segundo Lis Andréa P. Soboll, Psicóloga (UFPR), Especialista em Psicologia do

Trabalho - UFPR, Mestre em Administração - UFPR, Doutoranda em Medicina Preventiva -

USP, atuando na área Saúde & Trabalho, como professora universitária, psicóloga clínica,

perito judicial e consultora em organizações, afirma que o assédio moral é a forma mais

extrema da violência psicológica no ambiente de trabalho. São ações que se repetem e

persistem em existir, e visam o isolamento e a exclusão do trabalhador, utilizando

comportamentos repetitivos que isola, humilha, constrange, persegue, manipula e prejudica o

desenvolvimento do trabalhador. O assédio moral então pode ser descrito como um


comportamento de uma pessoa que visa rebaixar um indivíduo ou um grupo, por meios

maliciosos, afirma a Organização Internacional do Trabalho (OIT, 2003).

Em uma pesquisa feita pela psiquiatra francesa Marie-France Hirigoyen (2002),

apontou alguns comportamentos que caracterizam a violência psicológica no trabalho, sendo

descritos a seguir:

LISTA DE ATITUDES HOSTIS OU COMPORTAMENTOS DESTRUTIVOS


1) Deterioração proposital das condições de trabalho
• Retirar da vítima a autonomia.
• Não lhe transmitir mais as informações úteis para a realização de tarefas.
• Contestar sistematicamente todas as suas decisões.
• Criticar seu trabalho de forma injusta ou exagerada.
• Privá-lo do acesso aos instrumentos de trabalho: telefone, fax, computador...
• Retirar o trabalho que normalmente lhe compete.
• Dar-lhe permanentemente novas tarefas.
• Atribuir-lhe proposital e sistematicamente tarefas inferiores às suas competências.
• Atribuir-lhe proposital e sistematicamente tarefas superiores às suas competências.
• Pressioná-la para que não faça valer seus direitos (férias, horários, prêmios).
• Agir de modo a impedir que obtenha promoção.
• Atribuir à vítima, contra a vontade dela, trabalhos perigosos.
• Atribuir à vítima tarefas incompatíveis com sua saúde.
• Causar danos em seu local de trabalho.
• Dar-lhe deliberadamente instruções impossíveis de executar.
• Não levar em conta recomendações de ordem médica indicadas pelo médico do trabalho.
• Induzir a vítima ao erro.

2) Isolamento e recusa de comunicação


• A vítima é interrompida constantemente.
• Superiores hierárquicos ou colegas não dialogam com a vítima.
• A comunicação com ela é unicamente por escrito.
• Recusam todo o contato com ela, mesmo o visual.
• É posta separada dos outros.
• Ignoram sua presença, dirigindo-se apenas aos outros.
• Proíbem o colega de lhe falar.
• Já não a deixam falar com ninguém.
• A direção recusa qualquer pedido de entrevista.

3) Atentado contra a dignidade


• Utilizam insinuações desdenhosas para qualificá-la.
• Fazem gestos de desprezo diante dela (suspiros, olhares desdenhosos, levantar de ombros).
• É desacreditada diante de colegas, superiores ou subordinados.
• Espalham rumores a seu respeito.
• Atribuem-lhe problemas psicológicos (dizem que é doente mental).
• Zombam de suas deficiências físicas ou de seu aspecto físico; é imitada ou caricaturada.
• Criticam sua vida privada.
• Zombam de suas origem e de sua nacionalidade.
• Implicam com suas crenças religiosas ou convicções políticas.
• Atribuem-lhes tarefas humilhantes.
• É injuriada com termos obscenos ou degradantes.

4) Violência verbal, física e sexual.


• Ameaças de violência física.
• Agridem-na fisicamente, mesmo que de leve, é empurrada, fecham-lhe a porta na cara.
• Falam com ela aos gritos.
• Invadem sua vida privada com ligações telefônicas ou cartas.
• Seguem-na na rua, é espionada diante do domicílio.
• Fazem estragos em seu automóvel.
• É assediada ou agredida sexualmente (gestos ou propostas).
• Não levam em conta seus problemas de saúde.

Em relação ao psicológico do individuo, os comportamentos citados acima podem

claramente ser considerados como atos de agressores diretos mesmo se não forem praticados

frequentemente, sendo assim chamados de violência psicológica, diferentemente do assédio

moral, que é caracterizado pela frequência dos atos agressivos.

A psicóloga e doutora em Medicina Preventiva Lis Andréa Pereira Soboll, professora

da UFPR defende que os comportamentos violentos mais frequentes tem relação com a

exigência de resultados impossíveis de serem alcançados no tempo em que é exigido pelo alto

da hierarquia da dada empresa, também a supervisão acirrada em momentos oportunos, a

exposição dos membros e a comparação entre os tais, além da recompensa pelo resultado e

não pelo complexo processo até a conclusão do serviço, e também humilhações por não

alcançar a meta esperada em determinado tempo (SOBOLL, 2006).


2.3. Os reflexos da violência psicológica na vida profissional da mulher

Em uma pesquisa feita por Gustavo Henrique Alves Lima e Santana de Maria Alves

de Sousa da Universidade Federal do Maranhão, Centro de Ciências Biológicas e da Saúde,

Programa de Pós-Graduação em Enfermagem em São Luís, Maranhão, Brasil, chegaram à

conclusão que 87% dos trabalhadores da área da enfermagem que sofrem com a violência

psicológica, são do sexo feminino. Isso mostra que o assédio moral e sexual no trabalho está

contribuindo para a disseminação do preconceito contra as mulheres (SILVA, 2014).

A violência psicológica contra as mulheres no ambiente de trabalho não se resume em

agressões vindas de seus chefes e autoridades, mas também de colegas de trabalho, devido a

certa hierarquização dos serviços. Ressaltando que tal violência pode ser moral ou sexual,

pois ambas afetam a saúde psíquica da mulher, sendo sexuais as que autoridades da hierarquia

trabalhista obrigam-nas a cometer atos libidinosos, e moral os que humilham e causam

sofrimento emocional.

Devido à globalização e a industrialização, a divisão do trabalho ficou ainda mais

desigual e precária, aumentando as más condições de trabalho e a exigência de resultados

impossíveis ao ser humano, e assim intensificou a violência psicológica no trabalho, e nos

últimos anos foi ainda maior com as mulheres por estarem em massa ingressando na área

trabalhista, e mesmo tendo alcançado níveis maiores de estudo, as mulheres ainda tem a maior

taxa de desemprego (SILVA, 2014).


É de conhecimento geral que as mulheres possuem uma dupla jornada de trabalho,

tendo o papel doméstico e trabalhista, dessa forma se sentem ainda mais sobrecarregadas, tais

condições contribuem para o desenvolvimento da alienação e dominação no mundo do

trabalho, que exige excelência, conhecimento e entrega total dos trabalhadores, diz Rosane da

Silva, secretaria Nacional da Mulher Trabalhadora. Como exemplo dessa pressão, podemos

citar as empresas multinacionais de supermercado, que controlam ate mesmo o tempo que as

funcionarias utilizam o sanitário, chegando ao ponto de obrigá-las a usar fraldas.

Em um ambiente de trabalho onde as pessoas são tratadas como coisas ou objetos a

probabilidade de se adquirir doenças como, stress e depressão aumenta em níveis drásticos,

em decorrência do assédio moral que ganha um espaço ainda maior mediante a essas

condições. Infelizmente a sociedade não entende isso e trás argumentos para acobertar tais

comportamentos, mostrando como essa ação tem se tornado um costume, principalmente

quando é o sexo feminino que é o passivo da ação, pois é fato que está enraizado na sociedade

desde a antiguidade que trouxe uma idéia de que as mulheres são inferiores, e dessa forma,

muitas mulheres não reconhecem sua vitimização e não procuram recursos para mudar essa

realidade (SILVA, 2014).

2.4. Descrição do “Case”

A violência psicológica atualmente se alastrou devido ao ingresso das mulheres no

mundo do trabalho, conquistando seu espaço pela sua força de trabalho e dedicação, porem

essa violência tem o poder de oprimir e isolar a mulher a impedindo de comunicar o que esta

acontecendo por medo de perder o seu emprego e ainda atrapalhando de se desenvolver e se

promover no seu trabalho. Um exemplo ressente é o caso do ator José Mayer e a figurinista
Susllen Fonani, a qual é observável uma opressão e um incômodo causado pelo assédio

sexual, apresentando então uma interferência na dignidade da pessoa humana.

O caso em questão teve repercussão quando a figurinista Susllen Forani, deixou de

lado o medo e a vergonha causada pela violência e assim denunciou o ator a policia. Ela teve

uma coragem que a maioria das mulheres não possui, e é por isso a violência persiste em

existir na sociedade, pois sem a denúncia não há como punir e sem punição não há certa

coerção social causada pela propagação de valores através de um exemplo concreto de que tal

ato é ilícito, estando descrito na lei (art. 216-A, do Código Penal, com redação dada pela Lei

nº 10.224, de 15 de maio de 1991).

É fato que estamos tratando no referido trabalho a respeito da violência psicológica no

trabalho, o caso em questão é visto, grosso modo, como somente violência sexual, haja vista

que o ator colocou sua mão sobre a genitália da figurinista sem o seu consentimento, porém

há outra visão do caso, que o vê como um assédio sexual e moral, pois além de violar a

intimidade da mulher com insistência, ele também afeta o psicológico com uma conduta

abusiva que intencionalmente agride a dignidade e a integridade física ou psíquica da

figurinista, apenas por se achar superior por ser rico e ocupar uma posição social maior, e

assim volta questão da hierarquia como forma de critério para justificar a violência, e vista em

âmbito trabalhista, por ter um papel mais importante na emissora o ator se sentiu no direito de

fazer o que quiser com a mulher a tratando como objeto. Entretanto ele não saiu impune, e é

através de tais exemplos que a sociedade deve se atentar, como disse a atriz Astrid Fontenelle:

"Às vezes começa com um olhar, passa pro 'como você é linda', depois coloca a mão na sua

cintura... São piadinhas, situações constrangedoras... Chega!", escreveu a atriz. "Fale com seu

chefe superior e se ele for o causador do seu incômodo. Sim, o assédio incomoda, oprime...

Procure o RH”.
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A sociedade sempre viveu em um contexto de discriminação contra as mulheres

decorrente de uma raiz histórica, a qual prega que a mulher deve se submeter ao homem e

apenas cuidar do seu lar e de seus filhos, não possibilitando as tais uma vida profissional de

qualidade.

Após freqüentes lutas as mulheres conquistaram seu lugar no mundo do trabalho,

entretanto ainda limitadas, pois são freqüentemente expostas a violências que afetam o seu

psicológico, não só as de natureza psíquica como também o âmbito sexual, que as atrapalham

de desenvolver o trabalho e crescer na empresa, tendo que se submeter a recorrentes

humilhações e exclusões, além de abusivas ameaças de perca de emprego se não se renderem

aos assédios sexuais e morais dos seus superiores.

A persistência da violência psicológica feminina contra as mulheres no ambiente de

trabalho ocasiona no alastramento do preconceito em toda a sociedade e reforça que a luta

para a equidade de direitos entre homens e mulheres só está começando, todavia é necessária

a intervenção de toda população fazendo seu papel e denunciando os casos de assédio, só

assim haverá um melhor controle da situação.

4. REFERÊNCIAS

http://www.cut.org.br/artigos/a-violencia-contra-as-mulheres-e-o-mundo-do-trabalho-3111/
por Rosane da Silva, acesso em 28 de abril de 2017.
http://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/lei-maria-da-penha/formas-de-violencia acesso em
28 de abril de 2017.

http://www.scielo.br/pdf/rae/v48n2/v48n2a12.pdf acesso em 28 de abril de 2017.

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-
71672015000500817&lng=pt&nrm=iso&tlng=en por Gustavo Henrique Alves Lima e
Santana de Maria Alves de Sousa, acesso em 28 de abril de 2017.

http://www.revistaforum.com.br/2013/12/11/a-violencia-psicologica-contra-mulheres-e-um-
problema-naturalizado/ acesso em 29 de abril de 2017.

http://www.sasp.org.br/convenios/70-violencia-psicologica-no-trabalho.html por Lis Andréa


P. Soboll, acesso em 29 de abril de 2017.

BARRETO, M. Assédio moral: o risco invisível no mundo do trabalho. In: Jornal da Rede
Feminina de Saúde, n. 25, jun. 2002 a. Disponível em
http://www.redesaude.org.br/jr25/html/body_jr25-margarida.html

DEJOURS, C. A banalização da injustiça social. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1999.

FREITAS, M.E. Assédio moral e assédio sexual: faces do poder perverso nas organizações.
RAE - Revista de Administração de Empresas, v. 41, n. 2, Abr./Jun. 2001.

HIRIGOYEN, M.F. Mal-estar no trabalho: redefinindo o assédio moral. Editora Bertrand do


Brasil, São Paulo, 2002.

LEYMANN, H. The mobbing Encyclopaedia. (www.mobbing.nu). 1996.

SOBOLL, LAP. Violência psicológica e assédio moral no trabalho bancário. FM/USP. (Tese
de doutorado). Cap. 4. Violência psicológica no trabalho. (Defesa: dezembro/2006)

http://www.normaslegais.com.br/trab/Mulher-assedio-ambientetrabalho.htm acesso em 29 de
abril de 2017.

http://domtotal.com/noticia/1140641/2017/04/atrizes-se-unem-em-campanha-contra-o-
assedio-sexual/ acesso em abril de 2017.

BRASIL. Presidência da República. Secretaria Especial de Políticas para as


Mulheres. Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. Brasília,
2011.

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