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Prefácio de
1 Deuteronômio
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1. P
or que os textos a seguir só têm sentido no contexto da liberdade e do
risco que envolve o amor? Is 14:12-14; Ez 28:12-17; Ap 12:7
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Ezequiel 28:15 mostra que, embora o anjo Lúcifer fosse um ser perfeito,
criado pelo Deus perfeito, encontrou-se iniquidade nele. Criado com a ca-
pacidade de amar, ele tinha verdadeira liberdade moral e, a pesar de tudo o
que havia recebido (ele “se cobria de todas as pedras preciosas”), o anjo re-
belde queria mais. Uma coisa levou a outra até que houve “guerra no Céu”.
Há lugares em que se pode comprar cães-robôs, que obedecem aos comandos, n unca
sujam o tapete, nem roem os móveis. Porém, você teria um relacionamento significa-
tivo com esse “cachorro”? Como sua resposta ajuda a entender por que Deus criou se-
res que pudessem amá-Lo em resposta ao Seu amor?
1 A queda e o dilúvio
2. L
eia Gênesis 2:16, 17 e 3:1-7. Como esses versos sobre seres perfeitos, em
um ambiente perfeito, criado pelo Deus perfeito, também revelam a po-
derosa verdade sobre a liberdade inerente ao amor?
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Após a queda, as coisas foram de mal a pior, até o ponto em que o Se-
nhor concluiu sobre as pessoas “que todo desígnio do coração delas era con-
tinuamente mau” (Gn 6:5). E, se seus pensamentos eram ruins, suas ações
também eram, até que o Senhor destruiu o mundo inteiro com um dilúvio,
dando à humanidade uma chance de recomeçar, numa espécie de segunda
criação. No entanto, como mostra a história da torre de Babel (Gn 11:1-9),
a humanidade ainda parecia decidida a desafiar Deus. “Quando a torre es-
tava parcialmente pronta, parte dela foi ocupada como habitação de seus
construtores, e outros compartimentos, esplendidamente aparelhados e
ornamentados, eram dedicados aos seus ídolos. O povo se alegrava com
seu êxito e louvava os deuses de prata e ouro, colocando-se em oposição
ao Governador do Céu e da Terra” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas,
p. 119). Além de confundir sua linguagem, Deus espalhou a humanidade
caída pela face da Terra.
Considere seus pensamentos ao longo do dia. O que eles dizem sobre o estado do seu
coração?
| 8 | A verdade presente em Deuteronômio
■ Terça, 28 de setembro Ano Bíblico: Ageu
O chamado de Abraão 1
A brão (mais tarde chamado Abraão) aparece pela primeira vez na ge-
nealogia de Gênesis 11, logo após a menção da dispersão de Babel.
3. L
eia Gênesis 12:1-3. Olhando para a cruz, a morte de Jesus e a pregação
do evangelho, como entendemos o que Deus prometeu fazer por meio
de Abraão?
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1 A aliança no Sinai
5. Leia Êxodo 19:4-8. Por que o Senhor chamou Seu povo do Egito?
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Apostasia e punição 1
“T udo o que o Senhor falou faremos” (Êx 19:8; 24:3; 24:7). Embora, sem
dúvida, era isso mesmo que o povo queria dizer, a história sagrada
mostra que, infelizmente, suas ações, vez após vez, contradisseram suas
palavras. Eram o povo escolhido, fizeram aliança com o Senhor, mas não
cumpriram sua parte no acordo.
6. Qual foi o componente crucial para Israel em relação à aliança com Deus?
Êx 19:4, 5
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O chamado para obedecer a Deus, guardar Sua lei, não era legalis-
mo naquele tempo tanto quanto não o é agora (ver Mt 7:24-27; Jo 14:15;
Tg 2:20; Rm 6:11, 12), e ainda assim repetidamente os filhos de Israel fa-
lharam em cumprir sua parte.
De fato, logo no início, mesmo com a visão do próprio Monte Sinai, eles
caíram em apostasia total (ver Êx 32:1-6). Infelizmente, a infidelidade pa-
recia ser mais a norma do que a exceção e, portanto, em vez de entrarem
logo na terra prometida, vagaram pelo deserto por 40 anos.
7. L
eia Números 14:28-35. Qual foi a punição imposta à nação por sua recusa
em confiar no que o Senhor lhe disse que fizesse?
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1 Estudo adicional
1 Prefácio de Deuteronômio
ESBOÇO
Temas da lição
• O Deus da história. Quando Moisés se dirigiu ao povo, ele relembrou os eventos his-
tóricos passados quando Deus os salvou da escravidão, os tirou do Egito e os conduziu em
meio às adversidades do deserto.
• O Deus de amor. Porque Deus é amor, Ele alcança Seu povo e luta por ele. Em res-
posta, o povo aprende a amar o seu Deus.
• A aliança de Deus. Essa relação recíproca entre Deus e Seu povo assume a forma de
um acordo, uma aliança entre o Senhor e Israel.
• O povo de Deus. Israel é o povo da aliança. De forma alguma essa designação suge-
re que ele era superior aos outros povos. Essa aliança, iniciada com Abraão, implica a san-
tidade de Israel e seu compromisso por meio do amor e do temor a Deus e da obediência
aos Seus mandamentos.
COMENTÁRIO
Todo o Israel
Deuteronômio é endereçado a “todo o Israel” (Dt 1:1), expressão que se refere à to-
talidade do povo pouco antes de entrar na terra prometida (Dt 34:12; 27:9; Dt 31:1, 7).
O apóstolo Paulo usa a mesma expressão em um sentido escatológico para se referir
à totalidade dos salvos (incluindo judeus e gentios): “E, assim, todo o Israel será salvo”
(Rm 11:26). Embora a expressão “todo o Israel”, na oração de Daniel, possa se referir ao
povo exilado em Babilônia, sugerindo a esperança de restauração, é claro que há tem
um escopo universalista, abrangendo “tanto os de perto como os de longe” (Dn 9:7).
Perguntas para discussão e reflexão: Por que o livro de Deuteronômio fala ao povo
de Israel como uma corporação? Por que as mensagens desse livro são mais bem
1
se aplica à igreja atual?
Deuteronômio
A palavra “Deuteronômio”, o título do livro, deriva da tradução grega (a Septuagin-
ta) de uma frase de Deuteronômio 17:18, “uma cópia desta lei”, que significa literalmen-
te “uma segunda apresentação [isto é, uma repetição] desta lei”. A palavra hebraica para
“lei” é Torá, que, em sentido jurídico, se refere a algo mais abrangente do que nossa pa-
lavra “lei”; significa “ensino”, no sentido geral do termo, e inclui todas as instruções divi-
nas. A frase “uma cópia desta lei” descreve de fato o conteúdo do livro (Dt 28:61; 29:21,
etc.), não apenas por ser a repetição da lei originalmente dada no Monte Sinai, mas por-
que é uma revisão dos ensinamentos divinos. É importante observar que o título hebrai-
co do livro, Debarim, “palavras” ou “são estas as palavras” (Dt 1:1), refere-se às palavras
proféticas de Moisés, “segundo tudo o que o Senhor lhe havia ordenado a respeito deles”
(Dt 1:3). Esse título ecoa as últimas palavras do livro de Números: “São estes os manda-
mentos” (Nm 36:13; compare com Dt 1:6).
Pergunta para reflexão: Por que Moisés precisou repetir a Lei?
Quatro discursos
Moisés se dirigiu ao povo em quatro grandes discursos. Cada um deles começa com a
mesma frase: “são estas as palavras” ou seu equivalente (Dt 1:1; 4:44; 29:1; 31:1). O pri-
meiro discurso é um prólogo histórico (Dt 1–4) em que Moisés reconstituiu a viagem de
Israel do Sinai a Canaã (Dt 1–3). O segundo é uma revisão da Lei (Dt 4:44–28:68). O ter-
ceiro é um apelo para guardar a aliança (Dt 29–30). E o quarto discurso é um apelo final
para ler a Lei e lembrar dela, seguido do cântico de Moisés, sua bênção e despedida an-
tes de morrer (Dt 31–34).
Aliança
Uma análise mais cuidadosa da estrutura do livro de Deuteronômio à luz da literatura
do antigo Oriente Próximo revelou uma organização sofisticada, que segue o padrão dos
antigos tratados de aliança entre o suserano e seu vassalo (egípcio e especialmente hiti-
ta, do segundo milênio a.C.) e que exibe as seguintes características:
• Prefácio (Dt 1:1-5)
• Prólogo histórico (Dt 1:6–4:49)
• Estipulações gerais (Dt 5–11) e específicas (Dt 12–26)
• Bênçãos e maldições (Dt 27–28)
• Lealdade à aliança e testemunhas (Dt 29–30)
Deus na história
Essa estrutura de aliança, que confirma a antiguidade do livro e sua autoria mosaica,
sugere a intenção de enfatizar a aliança de Deus com Seu povo. Os eventos históricos, um
lembrete das obras de salvação de Deus em favor de Seu povo, precedem e estabelecem
1
uma teologia bíblica da história que é essencialmente diferente das modernas concep-
ções ocidentais de história. Para a Bíblia, a história não é o fluxo mecânico de eventos de
causa e efeito; em vez disso, é o resultado da presença divina e de Suas ações contínuas.
O Senhor faz a aliança por meio de sua ação na história. Ele é o primeiro a mover-Se e agir.
E esses atos na história são a base da aliança. Deus fez a aliança com Seu povo (Dt 5:3)
porque Ele é o Senhor que os tirou da terra do Egito (Dt 5:6). A palavra hebraica debarim,
“palavras” (dabar é o singular de debarim), o título hebraico do livro de Deuteronômio, tam-
bém significa “eventos” e se refere à história sagrada das obras divinas de salvação. O livro
de Crônicas, que narra essa história no Antigo Testamento, é chamado em hebraico dibrey
hayammim, que significa “as palavras dos dias”. As palavras de Deus também devem ser li-
das por meio desses eventos históricos.
Perguntas para discussão e reflexão: Que lições sobre Deus podemos aprender do fato
de que a mesma palavra hebraica dabar significa “palavra” e “história”?
O princípio do amor
O princípio fundamental da aliança de Deus com Seu povo é o amor. O verbo “amar”
aparece muitas vezes no livro, não apenas para se referir ao amor de Deus por Seu povo
(Dt 4:37; 7:8; 10:15; 23:5, etc.), mas também ao amor de Israel em resposta ao amor divino
(Dt 6:5; 7:9; 10:12). No livro de Deuteronômio, o amor divino não é descrito apenas como
uma emoção. O amor de Deus é intenso e infinito e se manifesta por meio de eventos que
expressam a intensidade, a autenticidade e a natureza infinita desse amor. Por causa des-
se amor, que criou os céus e a Terra (Dt 10:14; 4:35, etc.), Deus também entrou na arena
dos eventos humanos e salvou Seu povo (Dt 1:27-31; 4:20). Em resposta ao amor divino,
Israel, o povo da aliança é exortado por Deus: “Portanto, ame o Senhor, seu Deus, de todo
o seu coração, de toda a sua alma e com toda a sua força” (Dt 6:5). O amor implica, en-
tão, que eles devem se lembrar de Deus (Dt 7:18; 9:7; 24:9, etc.), ouvi-Lo, esforçar-se para
compreender e obedecer às Suas palavras (Dt 4:1; 6:4; 20:3, etc.), temê-Lo (Dt 4:10; 5:29;
17; 19; 31:12, etc.) e servi-Lo (Dt 6:13; 28:47, 48, etc.).
Perguntas para discussão e reflexão: Por que o amor é mais do que uma emoção pas-
sageira? Por que os mandamentos de Deus são “uma expressão do princípio do amor”?
(Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 607).
Apelo ao estudo
O livro de Deuteronômio é um apelo para se estudar e ensinar as palavras de Deus (Dt 6:7)
e tem sido estimado nas comunidades judaica e cristã como um dos mais importantes de seus
escritos sagrados. É o livro que contém o Shema Israel, “Escute, Israel” (Dt 6:4), que moldou a
identidade religiosa judaica. É também um dos livros do AT mais presentes no NT, onde é ci-
tado 80 vezes. É um dos livros mais importantes da Bíblia, de relevância para o povo de Deus
no fim dos tempos, quando estão prestes a entrar na terra prometida que o Senhor lhes pre-
parou (Jo 14:2). “O livro de Deuteronômio deve ser estudado cuidadosamente pelos que vivem
na Terra hoje” (Ellen G. White, Advent Review and Sabbath Herald, 31 de dezembro de 1903).
1
te importante da vida espiritual dos adventistas do sétimo dia? Encontre na Bíblia exem-
plos de pessoas que enfatizaram o valor do estudo como um dever religioso.
Não basta ouvir e estudar as palavras de Deus, temos que viver de acordo com o que
ouvimos e entendemos. Quando criança, Jacques Doukhan ouviu de seu rabino uma len-
da sobre um homem que encontrou um trompete milagroso no mercado. O vendedor se
gabou de suas qualidades mágicas: “Este trompete”, disse ele, “tem um poder maravilho-
so. Se você o tocar, o fogo será imediatamente dominado”. Assim que o homem chegou
em casa, quis testar o poder do instrumento. Ele colocou fogo em sua casa e começou a
tocar o trompete. Quanto mais tocava, mais o fogo crescia e queimava a casa. O homem
ficou furioso com a pessoa que lhe vendeu o trompete e correu de volta ao mercado para
reclamar. O vendedor explicou que a função do trompete não era apagar o fogo, mas aler-
tar as pessoas que ao avistarem o fogo viriam apagá-lo.
Uma das diferenças mais importantes entre Deus e o ser humano é que, quando Deus
fala, as coisas acontecem. Encontre exemplos na Bíblia que ilustram esse princípio. Em
comparação, encontre na história, na vida política e em sua própria vida casos que ilus-
tram as discrepâncias entre palavras e ações.
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1 não podem guiar outros à fonte da vida. Esse amor no coração é um poder
que incentiva e que leva homens e mulheres a revelar Cristo na conver-
sação, no espírito terno e compassivo e no reerguimento da vida daque-
les com quem se relacionam. Para ter êxito em seus esforços, os obreiros
cristãos devem conhecer Jesus; e, para conhecê-Lo, precisam conhecer
Seu amor. No Céu, sua aptidão como obreiros é medida pela habilida-
de de amar como Jesus amou e trabalhar como Ele trabalhou (Atos dos
Apóstolos, p. 550, 551).
1 que praticam a justiça e o juízo, desviando sua mão de praticar algum mal,
a promessa é: Aos que “abraçam a Minha aliança, darei na Minha casa e
dentro dos Meus muros, um memorial e um nome melhor do que filhos
e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se apagará”
(Is 56:4, 5; Maravilhosa Graça [MM 74], p. 140; Comentários de Ellen G.
White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 1, p. 1103).
Se os israelitas tivessem obedecido aos requerimentos de Deus, teriam
sido cristãos praticantes. Teriam sido felizes, pois estariam andando nos
caminhos de Deus, não seguindo as inclinações naturais do próprio cora-
ção. Moisés não deixou que interpretassem erroneamente as palavras do
Senhor nem que empregassem mal Seus requerimentos. Ele escreveu to-
das as palavras do Senhor em um livro, ao qual poderiam recorrer mais
tarde. No monte, escreveu como o próprio Cristo havia ditado.
Corajosamente, os israelitas pronunciaram as palavras, prometendo
obediência ao Senhor, após terem ouvido Sua aliança lida na congregação
do povo. Disseram: “Tudo o que o Senhor falou nós faremos e obedecere-
mos” (Êx 24:7). Então o povo foi separado e selado para Deus. Um sacrifício
foi oferecido ao Senhor. Uma parte do sangue do sacrifício foi aspergida
sobre o altar. Isso significava que o povo tinha se consagrado – em corpo,
mente e espírito – a Deus. Uma porção foi aspergida sobre o povo. Isso sig-
nificava que, por meio do sangue de Cristo, Deus o aceitava graciosamente
como Seu tesouro especial. E assim os israelitas assumiram uma alian-
ça solene com Deus (Jesus Meu Modelo [MM 2009], 45; Comentários de
Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 1, p. 1107).