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ESCOLA SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO, MARKETING E COMUNICAÇÃO DE SOROCABA

Henrique Strombeck da Silva


Leandro Rinaldo da Ressurreição
Melissa Oliveira Campos

Softwares Livre e Aberto

SOROCABA
2011
Tecnologia da Gestão da Informação
Prof. Ms. Calixto Silva Neto

Henrique Strombeck da Silva


Leandro Rinaldo da Ressurreição
Melissa Oliveira Campos

SOFTWARE LIVRE E ABERTO

Seminário da disciplina de Teoria da


Gestão da Informação para os cursos de Ad-
ministração com ênfase em Finanças e de Ci-
ências Contábeis pela Escola Superior de Ad-
ministração, Marketing e Comunicação de So-
rocaba.
Orientador: Prof. Ms. Calixto Silva Neto.

SOROCABA
2011
DEDICATÓRIA
Aos nossos familiares, aos nossos cole-
gas de vida acadêmica e a todos que colabo-
ram de alguma forma com a nossa formação.
AGRADECIMENTOS
A Deus, aos nossos familiares, àqueles
que nos apoiam e ao professor que se empenha
em nos fazer verdadeiros profissionais.
Sumário
1. Definindo software. ......................................................................................................................... 6
1.1. Componentes da infraestrutura de TI. ..................................................................................... 6
2. Softwares Livre e Aberto. ............................................................................................................... 7
2.1. O que é software livre?............................................................................................................ 7
2.1.1. História do software livre. ............................................................................................... 8
2.1.2. História do Projeto GNU. ................................................................................................ 8
2.1.3. As quatro liberdades que caracterizam o software livre (segundo a Free Software
Foundation). .................................................................................................................................... 9
2.1.4. Quais as vantagens de se utilizar software livre? ............................................................ 9
2.1.5. Diferença entre software livre e software em domínio público. ................................... 10
2.1.6. Distribuição de software livre. ...................................................................................... 10
2.2. O que é código aberto? .......................................................................................................... 10
2.3. Software livre X Código aberto............................................................................................. 12
3. Copyright....................................................................................................................................... 13
4. Copyleft. ........................................................................................................................................ 13
5. Domínio Público. .......................................................................................................................... 14
6. GNU. ............................................................................................................................................. 14
7. GPL. .............................................................................................................................................. 15
8. Grátis. ............................................................................................................................................ 15
9. O que é Linux? .............................................................................................................................. 15
9.1. Como nasceu o Linux................................................................................................................ 16
9.2. Partindo para Sistema Operacional GNU/Linux. ...................................................................... 16
9.3. Quem utiliza Linux? .................................................................................................................. 16
10. Livre x Freeware x Shareware .................................................................................................. 18
10.1. Livre. ................................................................................................................................. 18
10.2. Freeware. ........................................................................................................................... 18
10.3. Shareware. ......................................................................................................................... 18
11. Programas de Inclusão Digital do Governo Brasileiro. ............................................................. 18
Conclusão. ............................................................................................................................................. 28
Referências Bibliográficas. ................................................................................................................... 28
1. Definindo software.

1.1. Componentes da infraestrutura de TI.


Como é demonstrado na figura abaixo, um dos componentes da infraestrutura de TI é
o software. Este componente abrange softwares de sistemas e softwares aplicativos, sendo
que:
Software de sistema é aquele que administra os recursos e atividades do computador;
Softwares aplicativos “aplicam” o computador a uma tarefa específica solicitada pelo
usuário final.
Componentes da infraestrutura de TI

A infraestrutura de TI de uma organização é composta por hardware, software, tecnologia de


gerenciamento de dados, tecnologia de rede e serviços de tecnologia.

Segundo Sistemas de informação gerenciais, de Kenneth C. Loudon e Jane P. Lou-


don, para a utilização de hardware, é necessário o software, pois é ele que oferece instruções
detalhadas para guiar o trabalho do computador. O conceito de software engloba software de
sistemas e software aplicativo, sendo que estes dois elementos estão inter-relacionados e po-
dem ser imaginados como um conjunto de caixas alojadas uma dentro da outra, cada uma
delas interagindo intimamente com as demais. A explicação para isso é: o software de siste-
mas (composto de sistemas operacionais, tradutores de linguagem e programas utilitários)
controla o acesso ao hardware. Para operar, os softwares aplicativos (linguagens de progra-
mação e as linguagens de “quarta geração”) devem trabalhar por meio do software de sistema.
O usuário interage primeiramente com o software aplicativo.

2. Softwares Livre e Aberto.

2.1. O que é software livre?


“Software livre, segundo a definição criada pela Free Software Foundation é qualquer
programa de computador que pode ser usado, copiado, estudado, modificado e redistribuído
com algumas restrições. A liberdade de tais diretrizes é central ao conceito, o qual se opõe ao
conceito de software proprietário, mas não ao software que é vendido almejando lucro (soft-
ware comercial). A maneira usual de distribuição de software livre é anexar a este uma licen-
ça de software livre, e tornar o código-fonte do programa disponível.”

Quando se fala em software livre, aceitavelmente ocorrem intuições erradas no que diz
respeito a sua definição. Muitos podem relacionar este termo com gratuidade, mas, na verda-
de, não é disto que se trata. A causa para este engano pode estar no fato de a expressão “soft-
ware livre” ter sua origem no termo inglês free software e a palavra free apresentar dois signi-
ficados. No entanto, Richard Stallmann os distingue da seguinte forma: free as in free beer
(free como em cerveja de graça) e free as in freedom (free como em liberdade). Assim, defi-
ne-se que software livre diz respeito à liberdade e não a gratuidade. Reforçando esta defini-
ção, a página oficial da GNU descreve o software livre da seguinte forma: “Software livre” é
uma questão de liberdade, não de preço. Para entender o conceito, você deve pensar em liber-
dade no sentido de “liberdade de expressão”, não de “gratuidade”.
Ainda numa outra definição, tirada de uma cartilha disponibilizada por uma página
governamental brasileira da internet, “software livre é um programa de computador que per-
mite escrever textos, planilhas, navegar e se comunicar pela internet, entre tantas outras fun-
ções. Ele faz as mesmas coisas que os programas que você usa cotidianamente no seu compu-
tador. As características que o tornam livre são que, além de usá-lo, você também pode copiá-
lo distribuí-lo e alterá-lo”.
Alguns dos benefícios de um software livre se encontram nas possibilidades de pes-
quisar, estudar, mudar e aperfeiçoar os programas, com o intuito de adaptá-los cada vez mais
á realidade de cada um dos usuários. E estas possibilidades se tornam possíveis pelo fato de o
software livre possuir o código-fonte aberto o que faz com que ele se torne publicamente a-
cessível.

2.1.1. História do software livre.


O software livre teve início como movimento organizado no ano de 1983, quando o
hacker americano Richard Matthew Stallman (muitas vezes abreviado para “rms”) iniciou o
Projeto GNU e, posteriormente, em 1985, a Free Software Foundation. Stallman foi quem
introduziu os conceitos de software livre e copyleft objetivando garantir que a liberdade dos
usuários fosse preservada.
Este conceito de software iniciou-se em cima de uma ideologia em que a liberdade é
valiosa, mas não somente do ponto de vista técnico, e, sim, também sob a ética moral e técni-
ca. Para o Movimento do Software Livre (um movimento social) é antiético aprisionar conhe-
cimentos científicos, pois eles devem estar sempre disponíveis para, dessa forma, permitir a
evolução da humanidade.

2.1.2. História do Projeto GNU.


Trata-se de um projeto na área de computação projetado por Richard Stallman em
1984, com o intuito de criar sistemas livres que as pesso-
as pudessem utilizar, estudar, modificar e redistribuir o
programa e seu código-fonte. O nome foi escolhido por-
que além do significado original que representa o mamí-
fero gnu, é um acrônimo recursivo de GNU is Not Unix
(GNU não é Unix – um sistema operacional com o qual o
GNU seria compatível, porém não deveria utilizar seu
código-fonte).
Em 1984, Stallman e amigos programadores abraçaram a causa e deram início a cria-
ção de um sistema operacional. Quando no ano de 1991, este sistema já estava quase pronto,
faltando apenas o principal: o núcleo do sistema operacional. No entanto, neste mesmo ano,
apareceu um jovem finlandês, Linus Torvalds, que havia criado um núcleo que poderia usar
todas as peças já criadas pelo projeto do sistema operacional GNU. E com este núcleo que
ficou conhecido como Linux (contração de Linus e Unix) se concretizou o sistema operacio-
nal hoje conhecido como Linux.
2.1.3. As quatro liberdades que caracterizam o software livre (segundo a Free
Software Foundation).
A liberdade de se executar o programa para qualquer propósito;
A liberdade de se estudar como o programa funciona e adaptá-lo para as suas necessi-
dades. Acesso ao código-fonte é um requisito para esta liberdade;
A liberdade de redistribuir cópias de modo que você possa ajudar seu próximo;
A liberdade de aperfeiçoar o programa e liberar os seus aperfeiçoamentos, de modo
que toda a comunidade se beneficie. Acesso ao código-fonte é um requisito para esta
liberdade.
Com todas estas liberdades espera-se que haja uma evolução constante e compartilha-
da, o que faz com que o software livre seja uma opção cada vez mais adequada e eficiente
para o governo federal, estadual e municipal.

2.1.4. Quais as vantagens de se utilizar software livre?


Quando na utilização de softwares livres, não ocorrem gastos a título de pagamento de
licenças de uso e nem envio de royalties ao exterior pelo Brasil. Na não efetuação deste de-
sembolso, gera-se uma verba com disponibilidade para ser redirecionada a investimentos em
Tecnologia da Informação (TI), treinamento de profissionais e aquisição de melhores equipa-
mentos.
No entanto, volta-se a reforçar a não confusão dos conceitos: o não gasto com licenças
não dá noção de gratuidade ao software livre, já que as modificações e melhorias realizadas
no código de um destes podem ser repassadas, copiadas livremente e até mesmo vendidas.
Existe um número de empresas brasileiras que adotaram um modelo de negócio baseado na
inovação permanente e na prestação de serviço em cima dos softwares.
Há, também, uma palavra-chave para levantar outra vantagem: flexibilidade. Os pro-
gramas de característica livre se permitem ser adaptados de acordo com as necessidades espe-
cíficas de cada usuário ou empresa. Posto que as melhorias promovidas sejam disponibiliza-
das e tornadas públicas via internet, os usuários podem buscar atualizações de código direta-
mente com a comunidade de desenvolvedores de determinado aplicativo ou sistema.
Além disso, espera-se um melhor aproveitamento de hardware, partindo do princípio
que os desenvolvedores de software livre têm como prática aproveitar ao máximo a capacida-
de das máquinas, prolongando, dessa forma, a vida útil dos equipamentos. Sendo que no caso
de software proprietário, as novas versões muitas das vezes obriga o usuário a adquirir má-
quinas mais sofisticadas pelo fato de os novos programas apresentarem tendência a ficarem
mais pesados.
Fala-se, também, em segurança garantida uma vez que os códigos e as rotinas de pro-
cessamento de um software livre são liberados à comunidade e conhecidos por um número
grande de pessoas, o que faz com seja mais fácil a detecção de problemas e, até mesmo, a
antecipação a eles. Isso gera maior integridade e segurança aos aplicativos.

2.1.5. Diferença entre software livre e software em domínio público.


Este tipo de software se difere de software em domínio público. O software livre,
quando utilizado em combinação com licenças típicas (como as licenças GPL e BSD), dá ga-
rantia de direitos autorais ao programador/organização. Já o software em domínio público
ocorre na situação em que o autor do software renuncia à propriedade do programa (e todos os
direitos associados) o que faz com que o mesmo se torne um bem comum.

2.1.6. Distribuição de software livre.


A forma usual de um software ser distribuído de maneira livre é sendo acompanhado
por uma licença de software livre que pode ser, por exemplo, a GPL e BSD, e, também, com a
disponibilização do seu código-fonte.

2.2. O que é código aberto?


Open Source em inglês, é uma criação da Open Source Initiative e faz referência tam-
bém a software livre. A definição para código aberto se baseia nos seguintes critérios:
1. Distribuição livre.
A licença não deve restringir de nenhuma maneira a venda ou distribuição do
programa gratuitamente, como componente de outro
programa ou não.
2. Código-fonte.
O programa deve incluir seu código fonte e deve
permitir a sua distribuição também na forma compilada
(linguagem de programação em que o código-fonte é
executado por um programa compilador dentro do
sistema operacional). Se o programa não for distribuído
com seu código fonte, deve haver algum meio de se obter o mesmo seja via rede ou com custo
apenas de reprodução. O código deve ser legível e inteligível por qualquer programador.
3. Trabalhos Derivados.
A licença deve permitir modificações e trabalhos derivados, e deve permitir que eles
sejam distribuídos sobre os mesmos termos da licença original.
4. Integridade do autor do código-fonte.
A licença pode restringir o código fonte de ser distribuído em uma forma modificada
apenas se a licença permitir a distribuição de arquivos patch (de atualização) com o código
fonte para o propósito de modificar o programa no momento de sua construção. A licença
deve explicitamente permitir a distribuição do programa construído a partir do código-fonte
modificado. Contudo, a licença pode ainda requerer que programas derivados tenham um
nome ou número de versão diferentes do programa original.
5. Não discriminação contra pessoas ou grupos.
A licença não pode ser discriminatória contra qualquer pessoa ou grupo de pessoas.
6. Não discriminação contra áreas de atuação.
A licença não deve restringir qualquer pessoa de usar o programa em um ramo
específico de atuação. Por exemplo, ela não deve proibir que o programa seja usado em um
empresa, ou de ser usado para pesquisa genética.
7. Distribuição da Licença.
Os direitos associados ao programa devem ser aplicáveis para todos aqueles cujo o
programa é redistribuído, sem a necessidade da execução de uma licença adicional para estas
partes.
8. Licença não específica a um produto.
Os direitos associados ao programa não devem depender que o programa seja parte de
uma distribuição específica de programas. Se o programa é extraído desta distribuição e usado
ou distribuído dentro dos termos da licença do programa, todas as partes para quem o
programa é redistribuído devem ter os mesmos direitos que aqueles que são garantidos em
conjunção com a distribuição de programas original.
9. Licença não restrinja outros programas.
A licença não pode colocar restrições em outros programas que são distribuídos juntos
com o programa licenciado. Isto é, a licença não pode especificar que todos os programas
distribuídos na mesma mídia de armazenamento sejam programas de código aberto.
10. Licença neutra em relação a tecnologia.
Nenhuma cláusula da licença pode estabelecer uma tecnologia individual, estilo ou
interface a ser aplicada no programa.
2.3. Software livre X Código aberto.
Foi no ano de 1988 que um grupo de pessoas da comunidade e do mercado que gira
em torno do software livre se fez insatisfeito com a postura filosófica do movimento existente.
Este grupo acreditava que a condenação do uso do software proprietário é um instrumento
que, ao invés de acelerar, retardava a adoção e o apoio ao software livre no ambiente corpora-
tivo. Pensando nisto, este grupo criou a Open Source Initiative que adota o termo Código A-
berto (open source) para se referir aos softwares livres e que tem um postura bem mais volta-
da ao pragmatismo, visando a adoção do software de código aberto como a solução viável,
com menos viés ideológico que a Free Software Foundation.
O código aberto não significa simplesmente ter acesso ao código-fonte dos softwares
(e não necessariamente acompanhado das “4 liberdades” do software livre). Na verdade, para
uma licença ou software ser considerado como Código Aberto, estes deverão, então, atender
aos dez critérios da Definição de Código Aberto como, por exemplo, livre redistribuição,
permissão de trabalhos derivados, não discriminação, distribuição de licença e outros.
De uma maneira geral, os softwares que obedecem às Definições de Software Livre
também obedecem às Definições de Código Aberto. Dessa forma, pode-se considerar que
sendo um software qualquer considerado livre, ele também será de código aberto. Pode-se
dizer que a diferença prática entre as duas entidades se encontra em seus objetivos: filosofia e
modo de agir, e não nos softwares ou licenças.
É interessante o esclarecimento dado pela Free Software Foundation em sua página
sobre o assunto: “o movimento Free Software e o movimento Open Source são como dois
campos políticos dentro da comunidade de software livre”.
Numa página da GNU Operating System existe a seguinte consideração sobre o assun-
to:
“Grupos radicais na década de 1960 desenvolveram uma reputação de facções: orga-
nizações que se dividem devido a discordâncias em detalhes das estratégias, e aí se tratavam
mutuamente como inimigas. Ou ao menos esta é a imagem que as pessoas têm delas, seja ou
não verdadeira.”

“O relacionamento entre o movimento Free Software e o movimento Open Source é justa-


mente o oposto deste. Nós discordamos nos princípios básicos, mas concordamos (mais ou
menos) nas recomendações práticas. Assim nós podemos e de fato trabalhamos juntos em
diversos projetos específicos. Nós não vemos o movimento Open Source como um inimigo. O
inimigo é o software proprietário.”
3. Copyright.
Copyright é uma prática que proíbe, com base na legislação internacional, que deter-
minados produtos que tenham sua licença sob esta condição sejam alterados ou copiados sem
a permissão do autor. Sua finalidade visa proteger o conteúdo de um determinado autor im-
pondo barreiras à sua reprodução.

4. Copyleft.
A origem do termo “copyleft” surgiu com um trocadilho em inglês, no qual é substitu-
ído o “right” (que significa direita, em inglês) de “copyright” por “left” (que significa esquer-
da, em inglês). Segundo um artigo da Folha Online, este trocadilho ocorre, também, pelo du-
plo sentido que a palavra “left” apresenta, uma vez que esta é o verbo “leave” (deixar, em
inglês) no passado e, portanto, torna “copyleft” um termo próximo a “cópia autorizada”.
Assim, softwares livres que contenham em sua licença a cláusula de copyleft oferecem
informação livre, conhecimento livre e divulgação livre, vindos de algum lugar. Isto é, existe
alguém que pensou, pesquisou, discutiu, reuniu dados, cruzou informações e gerou o conhe-
cimento. O autor, quando coloca na cláusula o copyleft, abre mão do retorno imediato que seu
produto poderia dar, mas não dispensa seu esforço e sua reputação.
5. Domínio Público.
Quando um software está na condição de domínio público, significa que este não pos-
sui copyright. Essa situação ocorre quando não há mais direitos autorais do autor em relação a
sua obra, uma vez que os direitos não são eternos.
Para que algo esteja em domínio público, este precisa ser assim definido por opção do
autor, ou determinado com base na lei.
Segundo a Lei dos Direitos Autorais (Lei 9.610/98), fica determinado que o prazo de
proteção de títulos acompanha suas respectivas obras. Desse modo, os direitos autorais sobre
os títulos perduram por 70 anos, contados a partir do dia 1º de janeiro do ano subsequente à
morte do autor (Art. 41). Esse prazo é o mesmo para obras publicadas postumamente (Art. 41,
parágrafo único). Decorridos 70 anos, as obras passam a pertencer ao domínio público.

6. GNU.
No ano de 1984, o americano Richard Stallman, um destacado programador, tendo o
objetivo de criar um sistema operacional totalmente livre, que qualquer indivíduo pudesse
usar, estudar, modificar e redistribuir o programa e seu respectivo código-fonte, iniciou o Pro-
jeto GNU. O sistema sonhado por Richard deveria ser compatível com o sistema operacional
Unix, no entanto não deveria utilizar-se do seu código-fonte. Partindo deste contexto, Stall-
man deu o nome de GNU que, além de fazer referência ao mamífero de mesmo nome, tam-
bém era um acrônimo recursivo: GNU is Not Unix (GNU Não é Unix).
Desde então, Stallman e um grupo de professionais da área de programação se uniram
com a finalidade de criar o sistema operacional. Quando foi o ano de 1991, o tal software es-
tava quase que dado por finalizado. No entanto, faltava-lhe o principal: o núcleo do sistema.
Então, surgiu um finlandês chamado Linus Torvalds que apresentou um núcleo por ele criado
e que se adaptava às demais peças do sistema operacional GNU. Este núcleo recebeu o nome
de Linux (contração de Linus e Unix).
Nos dias de hoje, é conhecido o sistema operacional livre denominado Linux, que,
também é conhecido como GNU/Linux. E dessa forma, se cria a imagem de GNU como um
Projeto, num primeiro momento, que fomentou a ideia de software livre pregado pela Free
Software Foundation, e que gerou o sistema operacional, hoje, bastante popular e utilizado.
7. GPL.
GPL trata-se de da Licença Pública Geral GNU (GNU General Public License GPL)
que acompanha os pacotes distribuídos pelo Projeto GNU, e tantos outros softwares, como é o
caso do núcleo do sistema operativo Linux. A GPL, ao invés de limitar a distribuição do soft-
ware por ela protegido, ela de fato impede que este software seja integrado em software pro-
prietário. Ela tem embasamento na legislação internacional de copyright, o que deve garantir
cobertura legal para o software licenciado com a GPL. Ou seja, uma licença a favor dos soft-
wares livres a qual os acompanha e fomenta a expansão dos mesmos.

8. Grátis.
Software gratuito, também conhecido como freeware, como o próprio nome diz, é um
programa que pode ser utilizado sem custo de comercialização. Entretanto, seu código-fonte é
indisponível, ou seja, o usuário somente poderá utilizá-lo da forma como ele foi disponibili-
zado.

9. O que é Linux?
A história do Linux começa em 1991, quando Linus Torvalds, até então um estudante
finlandês, apresenta um kernel (ou núcleo) por ele criado e que comporia um sistema opera-
cional mundialmente conhecido de mesmo nome: Linux. Kernel é um componente do Sistema
Operacional de grande importância responsável pela interação entre as camadas: software e
hardware. Ou seja, ele gerencia os recursos do sistema e permite que os programas façam uso
deles. Sua funcionalidade tem início assim que o computador é ligado, pois neste momento
ele realiza a detecção de todo o hardware indispensável ao funcionamento da máquina. Em
seguida, o sistema operacional é carregado e, então, o kernel passa a administrar as principais
as suas funções, como gerenciamento de memória, dos processos, dos arquivos e dos demais
dispositivos periféricos.
A partir do Kernel Linux nasceu o Sistema Operacional Linux, que adota a GPL (li-
cença de software livre) e é aliado a diversos outros softwares livres, podendo, assim, formar
um ambiente moderno, seguro e estável para desktops, servidores e sistemas embarcados.
Este sistema operacional é gerador de debates quanto a seu nome. Até então foi men-
cionado neste trabalho apenas a nomenclatura Linux. Contudo, a Free Software Foundation
advoga que o mesmo, formado pelo seu núcleo Linux somado ao conjunto de utilitários e a-
plicativos (que incluem aqueles desenvolvidos pelo seu projeto GNU), deve ser chamado de
GNU/Linux, diferentemente de Linux apenas. Este debate persiste sem que haja um posicio-
namento definitivo.

9.1. Como nasceu o Linux.


Como um hobby, Linus Benedict Torvalds começou a desenvolver o kernel que daria
origem ao, então, sistema operacional livre. De início, este finlandês tinha o objetivo de de-
senvolver seu próprio sistema operacional: o “Unix-like”, o qual rodaria em processadores
Intel 80386.
O projeto Linux foi publicamente lançado no ano de 1991, quando Linus resolveu di-
vulgar em uma mensagem para a Usenet (um meio de comunicação onde usuários postam
mensagens de texto) sobre o que estava desenvolvendo e que ele se encontrava disposto a
disponibilizar o código-fonte para contar com a colaboração de outros programadores. Feito
isso, Linus recebeu ajuda de muitos hackers desde os primeiros dias e ainda continua rece-
bendo hoje a contribuição de milhares de programadores das mais diversas localidade do pla-
neta.

9.2. Partindo para Sistema Operacional GNU/Linux.


De início, Torvalds disponibilizava apenas o kernel Linux (núcleo de sua autoria) jun-
tamente com alguns utilitários básicos. Dessa forma, os primeiros usuários deste sistema ope-
racional eram, em sua maioria, técnicos já que cada um deveria encontrar os outros programas
que desejasse usar, compilá-los e configurá-los. Nestas circunstâncias, nasceu a primeira dis-
tribuição Linux: MCC (Manchester Computer Centre), feita pela universidade de Manchester,
na tentativa de poupar algum esforço com a instalação do Linux.
Somente a partir da segunda metade da década de 1990, as distribuições de
GNU/Linux começaram a ter maior popularidade. O sistema tomou notoriedade no mercado
de servidores, principalmente para Web e servidores de bancos de dados, também no ambien-
te corporativo (sendo adotado em desktops especializados).
Surgiram e desapareceram várias destas distribuições (um sistema operacional Unix-
like incluindo o kernel Linux e outros softwares de aplicação, formando um conjunto), já que
elas vão tomando características diferentes ao longo do tempo.

9.3. Quem utiliza Linux?


Cada vez mais usuários aderem ao sistema, desde grandes empresas a pessoas em suas
casas. Alguns usuários conhecidos são: Governo da Itália, Governo da Califórnia, fábricas de
robôs na Suécia, hospitais na França, praticamente todas as Universidades, Ministério da Saú-
de, Correio Norte Americano, Mercedes Bens, Sony. Como mostra a tabela a seguir, o Linux
vem se adaptando de forma a se massificar entre as grandes empresas:

Nova imagem
Com o apoio de fornecedores tradicionais, o Linux tornou-se
palatável para grandes empresas
Antes Agora
O sistema era visto como Quem fornece Linux fala a
algo restrito aos aficionados língua das empresas, não ape-
de tecnologia nas jargões técnicos
Não havia fornecedores con- Alguns dos maiores fornece-
fiáveis que garantissem su- dores de tecnologia apóiam o
porte técnico e atualizações sistema
Faltavam produtos desenvol- Há milhares de equipamentos
vidos para rodar sobre o Li- e de programas desenvolvidos
nux para Linux
Não havia histórico de gran-
des empresas rodando siste- Cada vez mais, grandes em-
mas importantes sobre o Li- presas usam o Linux
nux

Hoje em dia, o Linux vem ganhando mercado e pode ser utilizado por qualquer inte-
ressado, através do download ou da aquisição dele. Mesmo que a forma mais fácil de obter o
Linux seja através dos CDs distribuídos como brinde em várias fontes, outra maneira de se
obter uma cópia sem desembolsar nada é através de download. Algumas distribuições como a
brasileira Kurumin são disponibilizadas de forma especial em CDs, capazes de rodar direta-
mente do CD, ou seja, dispensando instalação no disco do computador.
Uma reportagem da exame.com já falava no ano de 2005 que as empresas se rendiam
ao Linux o que o tornava um mercado bilionário, como mostra a tabela feita de previsão na
época:
Mercado bilionário
Quanto as vendas de Linux movimentam no mundo (em US$ bi-
lhões)
2002 8,5
2003 11,2
2004 14,5
2005 19,8
2006(1) 24,3
2007(1) 29,4
2008(1) 35,7
(1) Previsão
Fonte: IDC

Hoje o Linux é profundamente difundido a cada vez mais usuários aderem a este sis-
tema pela economia e adaptação cada vez mais verificada através dos avanços e melhorias.

10. Livre x Freeware x Shareware

10.1. Livre.
Software livre é qualquer tipo de programa passível de utilidade, modificações, cópias
e distribuições, por apresentar seu código-fonte aberto. Este tipo de software pode ser dispo-
nibilizado ou comercializado.

10.2. Freeware.
Apesar de ser chamado Freeware, o “free” que significa livre, em inglês, não indica
que é um software livre, pois pode não ter código aberto e pode ainda, acompanhar licenças
restritivas. Sua disponibilização é gratuita.

10.3. Shareware.
Quando um software indica que é Shareware significa que é permitido utilizá-lo gra-
tuitamente por um tempo determinado e, em seguida, deve haver o pagamento pela sua licen-
ça, ou seja, para a continuidade de seu uso. Este é disponibilizado com a permissão para que
seja redistribuído, mas as modificações são impossíveis, uma vez que seu código fonte não é
disponibilizado.

11. Programas de Inclusão Digital do Governo Brasileiro.


O governo brasileiro incentiva o uso de software livre, pois acredita que há uma cadeia
de benefícios para a indústria nacional. O início desta cadeia se dá com a diminuição dos gas-
tos com o pagamento de licenças e, consequentemente, o envio de divisas para o exterior.
Estes recursos poupados servirão como ferramenta para o governo fomentar a indústria brasi-
leira, com isso, geram-se mais empregos. Todos estes fatores contribuem para o desenvolvi-
mento da inteligência coletiva do país e para o surgimento de uma grande indústria nacional
de tecnologia da informação. Uma indústria preparada e qualificada para competir com o
mercado mundial que detém poder no quesito tecnologia.
Hoje, muitas empresas privadas e também, órgãos governamentais do Brasil e Interna-
cionais, utilizam softwares livres, como é o caso do Carrefour, Casas Bahia, Pão de Açúcar,
Nasa, Casa Branca, Câmara dos Deputados, Senado Federal, Supremo Tribunal Militar, Re-
ceita Federal, entre tantos outros.

Na prática, o Governo Federal oferece ações de inclusão digital por meio de diversos
programas e órgãos, os quais estão disponibilizados em sua home page, tais como:

Casa Brasil
“Em ação: Ministério da Ciência e Tecnologia, Instituto Nacional de TI, Mininstério do Pla-
nejamento, Ministério das Comunicações, Ministério da Cultura, Ministério da Educação,
Secom, Petrobras, Eletrobrás/Eletronorte, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal - Im-
plantação de espaços multifuncionais de conhecimento e cidadania em comunidades de baixo
IDH, por meio de parcerias com instituições locais. Cada unidade de Casa Brasil abrigará um
telecentro, com uso de software livre, e pelo menos mais dois outros módulos, que podem ser
uma biblioteca popular, um auditório, um estúdio multimídia, uma oficina de produção de
rádio, um laboratório de popularização da ciência ou uma oficina de manutenção de equipa-
mentos de informática, e um espaço para atividades comunitárias, além de um módulo de in-
clusão bancária nas localidades onde for possível. Atualmente são 56 unidades em funciona-
mento. Já foram capacitadas mais de 1.000 pessoas nas 48 oficinas livres oferecidas a partir
da plataforma de educação à distância construída pelo projeto.”
CDTC - Centro de Difusão de Tecologia e Conhecimento
“Em ação: Casa Civil - Instituto Nacional de Tecnologia da Informação - Criado em 30 de
agosto de 2004, o projeto visa qualificar por meio da Internet (ensino a distância) servidores
públicos e cidadãos em geral no uso de softwares livres. Atualmente o projeto atende mais de
70.000 alunos distribuidos em 2.400 cidades brasileiras. São ofertados gratuitamente mais de
270 cursos, dos quais introdução à informática, utilização dos softwares clientes mais comuns
de email, browser, comunicação etc, bem como linguagens de programação, suporte de redes,
administração de sistemas livres e muito mais. Além dos cursos, também são providos servi-
ços de videoconferência, streaming de vídeo e áudio (tv e radio web), servidor de vídeos (tipo
youtube) e o mapa do software livre latino americano.”

Centros de Inclusão Digital


“Em ação: Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) - A implantação de Centros de Inclusão
Digital é uma ação que compõe o Programa de Inclusão Digital do MCT. O Programa consti-
tui-se em um instrumento de promoção da inclusão social, cuja responsabilidade é da Secreta-
ria de Ciência e Tecnologia para Inclusão Social (SECIS) e tem como objetivo proporcionar à
população menos favorecida o acesso às tecnologias de informação, capacitando-a na prática
das técnicas computacionais, voltadas tanto para o aperfeiçoamento da qualidade profissional
quanto para a melhoria do ensino.”

Computador para Todos


“Em ação: Presidência da República, Ministério do Desenvolvimento, Ministério da Ciência e
Tecnologia e Serpro - Voltado para a classe C, permite à indústria e ao varejo a oferta de
computador e acesso à Internet a preços subsidiados, e com linha de financiamento específica,
além da isenção de impostos PIS/COFINS. PCs de até R$ 1.200 que obedeçam à configuração
mínima podem ser parcelados em prestações de R$ 50. O equipamento deve utilizar obrigato-
riamente software livre e contar com um processador de 1,4 GHz, disco rígido de 40 GB,
memória RAM de 256 MB, monitor de 15 polegadas, unidade de disco flexível, unidade de
CD-ROM (RW)/DVD-ROM (combo), modem de 56 K, placas de vídeo, áudio e rede on-
board, mouse, teclado e porta USB e 26 programas. Notebooks de até R$ 1.800, que atendam
a configurações mínimas descritas no portal do programa, também possuem isenção de im-
postos e têm financiamento facilitado.”
CVT - Centros Vocacionais Tecnológicos
“Em ação: Ministério da Ciência e Tecnologia - Os Centros Vocacionais Tecnológicos
(CVTs) são unidades de ensino e de profissionalização, voltados para a difusão do acesso ao
conhecimento científico e tecnológico, conhecimentos práticos na área de serviços técnicos,
além da transferência de conhecimentos tecnológicos na área de processo produtivo. Os CVTs
estão direcionados para a capacitação tecnológica da população, como uma unidade de forma-
ção profissional básica, de experimentação científica, de investigação da realidade e prestação
de serviços especializados, levando-se em conta a vocação da região onde se insere, promo-
vendo a melhoria dos processos. Até o momento o Ministério da Ciência e Tecnologia apoiu a
criação de 236 CVTs, instalados em todo o Brasil desde 2003.”

GESAC
“Em ação: Ministério das Comunicações - O Programa GESAC provê conexão Internet banda
larga, predominantemente via satélite, para escolas e órgãos públicos, sindicatos, aldeias indí-
genas, comunidades quilombolas e ribeirinhas, zonas rurais, periferias urbanas, telecentros
comunitários e pontos remotos de fronteira, sedes de organizações não-governamentais e/ou
onde já existam outros projetos de inclusão digital do Governo Federal. Além da conexão,
oferece ainda alguns serviços através de um portal voltado diretamente ao uso pelas comuni-
dades atendidas. Dentre esses serviços, destacam-se a Teia (área pública para divulgação de
ideias), o correio eletrônico e as listas de discussão. O Programa conta com cerca de 11.000
Pontos de Presença em funcionamento, atendendo mais de 4.750 municípios brasileiros (da-
dos de Dez./2009). É parceiro de diversos programas de inclusão digital do Governo Federal.
Atualmente o GESAC está dando início à implantação de um projeto chamado: Projeto For-
mação GESAC, que busca a capacitação de monitores para a formação de multiplicadores nos
Pontos GESAC. Em sua fase inicial, serão atendidos 739 Pontos GESAC previamente sele-
cionados por não possuírem atendimento educacional em Tecnologia de Informação e Comu-
nicação (TICs). O projeto não visa somente uma educação técnica, mas também o desenvol-
vimento de habilidades voltadas para inclusão social das comunidades. Com apoio de institui-
ções de educação, o projeto ganha um caráter científico e profissional, e sua avaliação resulta-
rá em um trabalho crítico capaz de sustentar uma política pública de formação em inclusão
digital e social. O projeto é realizado por meio de parceria entre os Ministérios das Comuni-
cações e da Educação, e o CNPq.”
Kits Telecentros
“Em ação: Ministério das Comunicações – A doação de kits telecentros para prefeituras brasi-
leiras é uma iniciativa do Programa de Inclusão Digital do Ministério das Comunicações que
tem como meta instalar telecentros em todos os 5,5 mil municípios do país até junho de 2008,
com investimentos totais de R$ 134 milhões do governo federal. Quase 5 mil prefeituras já
estão cadastradas para o recebimento de equipamentos de informática e mobiliários que pro-
porcionarão a montagem de espaços de acesso gratuito à população, onde serão realizadas
atividades, por meio do uso das TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação), que pro-
movam a inclusão digital e social. Cada kit possui: 01 servidor de informática; 10 computado-
res; 01 central de monitoramento com câmera de vídeo de segurança; 01 roteador wireless; 11
estabilizadores; 01 impressora a laser; 01 projetor multimídia (data show); 21 cadeiras; 01
mesa do professor; 11 mesas para computador; 01 mesa para impressora; 01 armário baixo.”

Maré - Telecentros da Pesca


“Em ação: Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) - Implantação de telecentros em comu-
nidades de pescadores, fornecendo equipamentos, conexão via Gesac, formação e manutenção
de agentes locais para monitoria e uso de software livre. Há 29 unidades em funcionamento e
outras 36 em implantação.”

Observatório Nacional de Inclusão Digital


“Em ação: Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e parceiros - Aglutina informa-
ções sobre todos os programas de inclusão digital do Governo Federal no portal
http://www.inclusaodigital.gov.br, com notícias, links, eventos e materiais de referência. Te-
lecentros de todo o país - espaços sem fins lucrativos com conexão à internet, acesso livre à
comunidade e capacitação - estão sendo cadastrados. Estima-se mais de 5.000 unidades de
telecentros em funcionamento no Brasil, articuladas no âmbito federal, estadual e municipal.
O ONID também trabalha na seleção de materiais de referência, tais como diretrizes, docu-
mentos, manuais, estudos e experiências de sucesso, para compartilhar melhores práticas entre
os interessados no tema. No site http://www.onid.org.br são feitos o cadastro e o mapeamento
dos telecentros.”

Pontos de Cultura - Cultura Digital


“Em ação: Ministério da Cultura - O Programa Cultura Viva apoia iniciativas culturais lo-
cais/populares e tem como ação prioritária o Ponto de Cultura que articula as demais ações do
Programa. A ação Cultura Digital, permite a implantação de equipamentos e formação de a-
gentes locais para produção e intercâmbio de vídeo, áudio, fotografia e multimídia digital com
uso de software livre, e conexão à Internet. Diversos projetos culturais de todo o Brasil são
apoiados financeiramente pelo programa Cultura Viva.”

Programa Banda Larga nas Escolas


“Em ação: Presidência da República, Casa Civil, Secretaria de Comunicação (Secom), Agên-
cia Nacional de Telecomunicações (Anatel), os Ministérios da Educação, das Comunicações,
Planejamento e Ciência e Tecnologia - Programa Banda Larga nas Escolas vai beneficiar cer-
ca de 55 mil escolas até 2010, atendendo 84% dos estudantes do ensino básico do país. As
concessionárias de telefonia deverão levar, até dezembro de 2010, a rede de banda larga até a
sede de todos os 5.565 municípios brasileiros. O programa terá duração até 2025. Nesse perí-
odo, as empresas devem aumentar periodicamente a velocidade de conexão. A meta é que
40% das escolas públicas de educação básica previstas pelo programa tenham laboratórios de
informática com internet banda larga ainda em 2008. No ano seguinte, mais 40% das escolas
serão beneficiadas e, em 2010, serão atendidas as 20% restantes. O serviço vai beneficiar 37,1
milhões de estudantes quando estiver plenamente implantado.”

Programa Computador Portátil para Professores


“Em acão: Presidência da República, Ministérios da Educação, Ministério da Ciência e Tec-
nologia e Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos - ECT. O Programa visa criar condi-
ções para facilitar a aquisição de computadores portáteis para professores da rede pública e
privada da educação básica, profissional e superior, credenciadas junto ao MEC, a baixo custo
e condições diferenciadas de empréstimo, com vistas a contribuir com o aperfeiçoamento da
capacidade de produção e formação pedagógica dos mesmos, através da interação com a tec-
nologia da informação e comunicação.”

Programa Estação Digital


“Em ação: Fundação Banco do Brasil - Sempre com o apoio de um parceiro local, sendo a
maioria organizações não governamentais, desde 2004, a iniciativa busca aproximar o compu-
tador da vida de estudantes, donas-de-casa, trabalhadores, populações tradicionais e coopera-
tivas, economizando tempo e dinheiro, criando novas perspectivas e melhorando a qualidade
de vida da população. Já são 243 unidades em funcionamento pelo Brasil. Cerca de 56% das
unidades estão localizadas na região Nordeste, 16% no Centro-Oeste, 15% no sudeste, 11%
no norte e 2% no sul, com a capacidade para atender de 500 a 1.000 pessoas por mês, e inte-
gradas a arranjos produtivos locais.”

Programa Nacional de Apoio à Inclusão Digital nas Comunidades - Telecen-


tros.BR
“Em ação: Ministérios das Comunicações, da Ciência e Tecnologia e do Planejamento. O
Programa é resultado de um esforço do Governo Federal, sob orientação da Presidência da
República, de coordenação do apoio aos espaços públicos e comunitários de inclusão digital.
O apoio será em conexão, computadores, bolsas de auxílio financeiro a jovens monitores, e
formação de monitores bolsistas e não-bolsistas que atuem nos telecentros. O objetivo é ofe-
recer condições ao aperfeiçoamento da qualidade e à continuidade das iniciativas em curso,
assim como à instalação de novos espaços.”

Programa SERPRO de Inclusão Digital - PSID


“Em ação: Serviço Federal de Processamento de Dados - SERPRO - Programa SERPRO de
Inclusão Digital - PSID promove a inclusão digital e social das comunidades excluídas do
universo das Tecnologias da Comunicação e Informação - TIC. Implantado em 2003, o PSID
é uma das ações amparadas pela política de Responsabilidade Social e Cidadania da Empresa,
em sintonia com o Programa Brasileiro de Inclusão Digital do Governo Federal.”

ProInfo - Programa Nacional de Informática na Educação


“Em ação: Ministério da Educação – O ProInfo é desenvolvido pela Secretaria de Educação a
Distância (SEED), por meio do Departamento de Infra-Estrutura Tecnológica (DITEC), em
parceria com as Secretarias de Educação Estaduais e Municipais. O programa funciona de
forma descentralizada, sendo que em cada Unidade da Federação existe uma Coordenação
Estadual do ProInfo, cuja atribuição principal é a de introduzir o uso das tecnologias de in-
formação e comunicação nas escolas da rede pública, além de articular as atividades desen-
volvidas sob sua jurisdição, em especial as ações dos Núcleos de Tecnologia Educacional
(NTEs).”
Projeto Computadores para Inclusão
“Em ação: Ministério do Planejamento, MEC e MTE - Implantação de um sistema nacional
de recondicionamento de computadores usados, doados pelas iniciativas pública e privada,
recondicionados por jovens de baixa renda em formação profissionalizante, e distribuídos a
telecentros, escolas e bibliotecas de todo o território nacional. Existem quatro Centros de Re-
condicionamento de Computadores – CRC funcionando em caráter piloto em Porto Alegre
(RS), Brasília (DF), Guarulhos (SP), Belo Horizonte (MG) e Recife (PE), e dois em implanta-
ção nos estados do Pará e Bahia. Até agosto de 2008, o projeto recebeu mais de 15 mil equi-
pamentos usados e doou 3.025 computadores recondicionados a 347 escolas públicas, biblio-
tecas, telecentros e outras iniciativas de inclusão digital selecionados pela Coordenação Na-
cional. Atualmente o Projeto CI atende as demandas por equipamentos recondicionados do
Programa Telecentros.BR.”

Quiosque do Cidadão
“Em ação: Ministério da Integração Nacional - O Projeto Quiosque do Cidadão instala com-
putadores conectados à internet banda larga em bibliotecas públicas, escolas ou em outros
espaços públicos. O sistema computacional conta com softwares livres educativos, tais como
meio ambiente, relacionamento racial, direitos e deveres do cidadão, prevenção às drogas,
alcoolismo e doenças sexualmente transmissíveis, guia de profissões, entre outros. O projeto
foi implantado em 100 comunidades carentes dos estados GO, MG, MS, MT, PE, BA, e tam-
bém em outras comunidades tradicionais como os Kalungas, Quilombolas e diversas etnias
indígenas no Parque Indígena do Xingu-MT, atendendo cerca de 150 mil usuários.”

Telecentros Banco do Brasil


“Em ação: Banco do Brasil - O Programa de Inclusão Digital do Banco do Brasil é uma ação
que se alinha com a política de responsabilidade socioambiental da empresa e começou com o
processo de modernização de seu parque tecnológico, com a doação dos equipamentos susbti-
tuídos para comunidades carentes, visando a implantação de Telecentros Comunitários. O
Programa não se restringe à doação dos micros, pois o Banco também cuida do treinamento
dos monitores e da articulação de parceiras, fomentando o desenvolvimento local. O BB já
implantou mais de 2.000 telecentros e salas de informática em todo o país, totalizando mais de
40.000 computadores doados. Os telecentros disponibilizam o acesso às novas tecnologias
digitais, treinamentos em informática, cursos à distância, serviços do Governo Eletrônico,
digitalização e impressão de documentos, além de incentivar a pesquisa para preparação de
trabalhos escolares. As entidades contempladas se reponsabilizam pela gestão e administração
dos espaços.”

Territórios Digitais
“Em ação: Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) - Núcleo de Estudos Agrários e
Desenvolvimento Rural (NEAD). Com o objetivo de oferecer gratuitamente o acesso à infor-
mática e internet para populações rurais, por meio da implantação de Casas Digitais, o Pro-
grama Territórios Digitais foi criado em 2008, e visa contribuir para o desenvolvimento rural
sustentável, o fortalecimento da agricultura familiar e o reconhecimento do acesso legítimo à
terra por comunidades tradicionais. As Casas Digitais são espaços públicos localizados nos
Territórios da Cidadania, que devem dispor de energia elétrica e segurança adequada para
receber os equipamentos de informática (computadores, servidor, antena via satélite, roteador
wireless, datashow e mobiliário). São escolhidas pela própria comunidade e tornar-se-ão pon-
to de acesso comunitário gratuito de assentados e assentadas, agricultores e agricultoras fami-
liares, comunidades ribeirinhas, indígenas e quilombolas. A idéia central é garantir ao públi-
co-alvo a universalização do acesso às tecnologias de informação e comunicação e à rede
mundial de computadores.”

TIN - Telecentros de Informação e Negócios


“Em ação: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior - Apoio à implan-
tação de telecentros e salas de informática em associações empresariais, prefeituras, entidades
sem fins lucrativos e instituições do terceiro setor, entre outras. Articula doação de equipa-
mentos, apóia sua implantação junto aos projetos cadastrados, e disponibiliza conteúdos vol-
tados a estes públicos por meio de portal na web. As instituições contempladas devem viabili-
zar a implantação dos equipamentos, bem como a gestão e administração dos espaços por
meios próprios. O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome estabeleceu par-
ceria para que estes telecentros apóiem famílias beneficiárias ou público-alvo dos programas
sociais. A rede possui cerca de 3 mil entidades apoiadas em todos os 27 Estados brasileiros.”

UCA - Projeto Um Computador Por Aluno


“Em ação: Ministério da Educação e Casa Civil - O Projeto Um Computador Por Aluno
(UCA) tem a finalidade de promover a inclusão digital, por meio da distribuição de 1 compu-
tador portátil (laptop) para cada estudante e professor de educação básica em escolas públicas.
Durante o ano de 2007 foram selecionadas 5 escolas, como experimentos iniciais, em São
Paulo, Porto Alegre, Palmas, Piraí e Brasília. Para o ano de 2008 está prevista a compra de
150 mil laptops para projeto piloto em 300 escolas públicas em todos estados-membros. Cada
escola terá um número médio de 500 alunos e professores beneficiados. Além dos computa-
dores portáteis serão adquiridas umas séries de outros equipamentos que permitam o acesso à
internet. A distribuição será da seguinte forma: 5 escolas estaduais por estado, indicação do
Conselho Nacional de Secretários de Educação Estaduais – CONSED, e 2 a 5 escolas munici-
pais, de acordo com o número de alunos, indicadas pela União Nacional de Dirigentes Muni-
cipais de Educação – UNDIME. O projeto será replicado, também, para efeito de avaliação,
em 5 cidades cujo número máximo da população educacional pública, professores e alunos,
não passe de 3 mil.”
Conclusão.
Com término de toda esta pesquisa pudemos avaliar o quanto conhecimento ela nos
agregou, uma vez que o assunto não era de domínio dos integrantes do grupo. Foi possível
conferir a importância dos conteúdos tratados, já que se refere a tendências que muito interfe-
rem no mundo corporativo. Vimos que, cada vez mais, um número maior de empresas utiliza
os softwares livres. Isto, além do governo que também ostenta apoio a programas de difusão
dos mesmos.

Referências Bibliográficas.

LAUDON, Kenneth C. e LAUDON, Jane P. Sistemas de Informação Gerenciais. 7 ed. São


Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

Fontes da Internet.

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