Você está na página 1de 17

Pesquisa de

Anticorpos Anti-estreptolisina “O”


Streptococcus pyogenes

• O Streptococcus pyogenes do grupo A é um dos


principais agentes causais de infecções bacterianas do
trato respiratório superior.

• Possuem como principal fator de virulência a produção e


excreção de enzimas citotóxicas e hemolíticas. .

Estreptolisina “O” e “S”


Streptococcus pyogenes

• Cocos Gram-positivos

• Parede formada por três camadas:

Mais interna: mucopeptídios responsáveis pela rigidez e forma


Média: contém diferentes carboidratos imunologicamente distintos
(grupos A, B, C)
Externa: presentes as proteínas M, R e T
Streptococcus pyogenes excreta toxinas importantes no
mecanismo patogênico da infecção

▪ Estreptolisina “O” corresponde a um imunógeno potente que


induz a produção de anticorpos específicos, principalmente nas
infecções crônicas e recorrentes.

▪ Hialuronidase.

▪ Toxina eritrogênica.

▪ Nicotinamida adenina dinucleotidase (NADase)

▪ Desoxirribonuclease (DNase)

▪ Estreptoquinase.
Streptococcus pyogenes – Fatores de virulência

Ácido hialurônico (cápsula) dificulta a fagocitose por


neutrófilos e macrófagos.

Proteína M diretamente relacionada com sua virulência


(inibir a fagocitose)
Resposta imunológica ao S. pyogenes

• Essa propriedade de inibição é suprimida pelos anticorpos


específicos anti-proteina M.

• Os anticorpos específicos (opsonizantes) só aparecem no


sangue, 4 a 8 semanas depois de instalada a infecção.

• Na fase aguda da doença, em indivíduos não imunes,


o principal mecanismo de defesa antiestreptocócica é a
fagocitose, cuja eficácia é limitada na ausência de
opsonização.
Resposta imunológica ao S. pyogenes

▪ Antiestreptolisina O (ASO/ASLO)

▪ Antiestreptoquinase (ASK)

Possíveis anticorpos ▪ Anti-hialuronidase (AHAD)


detectáveis
▪ Antidesoxirribonuclease-B (ADNase-B)

▪ Antinicotinamida adenina dinucleotidase


( (NADase)

▪ Antiesterase (ASE)
Streptococcus pyogenes - Transmissão

A transmissão ocorre de forma direta, através de gotículas de


saliva ou secreções nasofaringeas de pessoas infectadas, sendo
favorecida por aglomerações em ambientes fechados.

As infecções por Streptococcus pyogenes são mais comuns na


infância e na adolescência (entre 5 e 18 anos de idade), devido
ao fato de que infecções sucessivas (sintomáticas ou
inaparentes), vão conferindo imunidade específica e duradoura
contra o patógeno.
Formas clínicas de infecções causadas por
Streptococcus pyogenes

Faringite é a forma clínica mais comuns da doença

Na tentativa de bloquear a invasão tecidual do S. pyogenes,


colonizado nas mucosas, desenvolve-se uma reação inflamatória
no tecido linfoide da orofaringe.
Formas clínicas de infecções causadas por
Streptococcus pyogenes

• Algumas toxinas agem como superantígenos, interagindo com


as moléculas do complexo principal de histocompatibilidade
(MHC) de classe II na região externa, ativando
inespecificamente um grande número de células T CD4+

• Esta ativação libera uma grande quantidade de interleucinas e


outras citocinas inflamatórias como o TNF-α e o IFNɤ que são
potentes mediadores da resposta imunológica e inflamação que
contribuem para o estabelecimento da doença estreptocócica.
Complicações de infecções causadas por
Streptococcus pyogenes

Diagnóstico correto das infecções estreptocócicas é importante pela


possível evolução para Febre reumática aguda (FRA) e
Glomerulonefrite difusa aguda (GNDA)

A FRA é a consequência mais grave da infecção

Resulta frequentemente em lesões do miocárdio e das válvulas


cardíacas.

O dano renal na glomerulonefrite


aguda é causado pelo depósito
de complexos imunes nos
glomérulos e pela subsequente
ativação do complemento.
Fig.: Princípios de Anatomia e Fisiologia, 2019
Streptococcus pyogenes – Diagnóstico laboratorial

• Isolamento em culturas bacterianas: O procedimento gold-


standard: isolamento, identificação da cepa bacteriana e o
antibiograma
Streptococcus pyogenes – Diagnóstico laboratorial

Testes sorológicos

Cerca de 85% dos


indivíduos infectados
por Streptococcus
pyogenes

São encontradas elevadas concentrações


séricas de anti-estreptolisina “O” (ASLO): uma
a quatro semanas depois da fase aguda da
doença.
Streptococcus pyogenes – Diagnóstico laboratorial

São observados títulos elevados de


Na FRA
ASO em 80 a 85% dos pacientes

São observados títulos elevados


Na GNDA
de ASO em 95% dos pacientes
Streptococcus pyogenes – Diagnóstico laboratorial

• Reação de Neutralização da Hemólise.

• Testes automatizados: Nefelometria e Turbidimetria.

• Reação de Aglutinação em látex.

▪ Atualmente os testes sorológicos mais utilizados: aglutinação


(manual) e automatizados (turbidimetria e nefelometria)
Neutralização da hemólise

1932: Todd padronizou ensaios de neutralização da hemólise

• Unidades Todd
Reação de Aglutinação do látex

Sensibilidade: 200 UI/mL

Você também pode gostar