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O Comité Consultivo SciELO Portugal avalia as revistas científicas a integrar na coleção SciELO Portugal de
acordo com os critérios que a seguir se transcrevem. Existem itens obrigatórios e, em geral, aceita-se
como mínimo o cumprimento de 80% das características. Os critérios não cumpridos deverão ser objeto
de recomendações.
1 – Periodicidade
Não serão aceites periódicos com periodicidade anual. Os periódicos deverão ter no mínimo duas
publicações por ano (periodicidade semestral). A periodicidade deverá vir expressa no periódico e ser
pontualmente cumprida.
2 – Prova de resiliência
Não serão aceites periódicos com menos de quatro números publicados para ser considerado para
avaliação.
É obrigatória a inclusão do DOI nos artigos indexados na coleção SciELO. A crescente interoperabilidade
da Rede SciELO com outras bases de dados internacionais reforça a necessidade de adoção de medidas
como o DOI, um sistema de identificação numérico único para os artigos científicos, que permite uma
certificação digital dos mesmos.
4 – Conteúdos predominantemente originais
Aceitação, por parte das revistas, de artigos inéditos previamente depositados em servidores de preprints,
com identificador DOI e em acesso público (aceleração da comunicação científica). As revistas deverão
especificar nas instruções aos autores os critérios de aceitação de pré-prints.
A revisão e a aprovação das contribuições devem ser realizadas por pares. A revista deve especificar,
formalmente, qual o procedimento seguido para a aprovação de artigos, nomeadamente sobre a escolha
dos revisores e o tipo de critérios que os pareceres devem respeitar.
Para além do Conselho de Redação, a revista deverá ter um Conselho Editorial e/ou um Conselho
Científico responsável pela avaliação dos artigos. A composição dos referidos conselhos do periódico deve
ser pública e pluri-institucional. Os seus elementos devem ser especialistas reconhecidos, nacionais ou
estrangeiros, devidamente identificados na publicação, com nome e afiliação.
8 – Endogamia
A tendência de concentração institucional ou geográfica dos elementos dos vários conselhos, ou dos
próprios autores, é considerada negativamente para a admissão do periódico na coleção.
Os artigos devem conter informação completa sobre a afiliação de todos os autores, incluindo o nome da
instituição de origem a três níveis (ex: Universidade, Faculdade e Unidade de Investigação), código postal,
cidade, país e endereço de email. No caso do autor de correspondência, deverá acrescentar-se a respetiva
morada completa.
O periódico deve especificar as normas seguidas para a apresentação e estruturação dos textos, das
referências bibliográficas e dos descritores, de modo que seja possível avaliar o cumprimento das normas
indicadas.
13 – Informação em inglês
Os artigos devem conter título, resumo e palavras-chave no idioma do texto do artigo e também em inglês
e português, quando estes não sejam o idioma do texto.
Será valorizado o facto de a revista estar incluída em algum serviço de indexação, repositório ou base de
dados, de âmbito nacional e/ou internacional, de reconhecido prestígio científico.
As revistas devem tender para a publicação dos artigos logo que aprovados e editados, com o objetivo de
acelerar a comunicação científica.
As revistas devem instruir os autores para que depositem em repositórios próprios os dados,
metodologias, procedimentos e códigos de programas subjacentes aos seus artigos, de forma a potenciar
a garantia de preservação, reutilização, avaliação e verificação dos dados.
As revistas SciELO são publicadas em acesso aberto em modalidade dourada (todos os artigos, sem
qualquer embargo) e de acordo com o CC-BY: artigos como bens públicos, com o máximo de
possibilidades de acesso e reuso, sempre com identificação dos autores, das revistas e dos links para os
textos.
Gestão online dos manuscritos, com possibilidade de os autores acompanharem todas as fases do
processo, para uma maior transparência da avaliação dos manuscritos.
20 – Sistema de preservação digital (como recomendação)
a. A partir da admissão na coleção SciELO Portugal, o processo de arbitragem deve ser documentado. É
obrigatória a indicação das principais datas do processo de arbitragem, incluindo as datas de receção e de
aprovação dos artigos. Do processo de reavaliação das revistas, a efetuar periodicamente, deve constar a
lista dos revisores a cujo parecer se recorreu nesse período.
b. Os periódicos aceites na coleção SciELO Portugal devem demonstrar capacidade de dar resposta, em
tempo útil, aos requisitos técnicos inerentes à metodologia SciELO. A partir de janeiro de 2021 as revistas
têm de implementar a marcação em XML (SciELO Publishing Schema). O objetivo é maximizar a
interoperabilidade entre os textos provenientes de várias fontes.
Assim sendo, os periódicos só serão disponibilizados na Plataforma depois do envio regular dos ficheiros,
trabalhados segundo a metodologia SciELO, correspondentes a quatro números da revista consecutivos,
ou do número correspondente a um ano de publicação.
c. Os periódicos que forem aprovados pelo Comité Consultivo SciELO Portugal têm um prazo de seis
meses, após receção da comunicação oficial, para iniciarem o envio à FCT dos suportes necessários à sua
inclusão na coleção SciELO Portugal.
O incumprimento deste prazo determinará a sua reavaliação pelo Comité Consultivo SciELO Portugal. No
seguimento da reavaliação por incumprimento do prazo estabelecido, caso a revista seja novamente
aceite, será dado um prazo adicional de seis meses. Findo este prazo, se o periódico não tiver concluído o
processo de indexação, este será excluído e só poderá apresentar nova candidatura à plataforma após um
ano.
d. Os ficheiros respeitantes aos fascículos devem ser enviados de acordo com a periodicidade expressa.
O não cumprimento do envio regular e atempado, nos prazos definidos, dos fascículos trabalhados de
acordo com os procedimentos previamente estabelecidos e acordados, implicará a descontinuidade do
periódico na Coleção SciELO Portugal
e. O Comité Consultivo SciELO Portugal poderá emitir pareceres sobre o desempenho das revistas da
coleção, assim como, sugerir melhoramentos e modificações nos periódicos, que devem ser
implementados no período especificado no respetivo parecer.
f. A exclusão de um periódico da coleção SciELO deve ser feita após parecer do Comité Consultivo SciELO
Portugal, devendo o periódico receber uma notificação dos aspetos a serem melhorados, que deverão ser
atendidos no prazo estabelecido pelo Comité.
g. As decisões do Comité Consultivo SciELO Portugal são passíveis de recurso, a qualquer tempo, tanto
nos casos de não admissão como de exclusão da coleção SciELO. Os recursos serão examinados pelo
Conselho Científico da FCT relevante para reavaliar o periódico. O parecer final do Comité será enviado
ao diretor do periódico.
h. Os periódicos que forem excluídos da coleção SciELO poderão ser readmitidos sempre que voltarem a
cumprir os critérios de inclusão e permanência na coleção SciELO. A readmissão será avaliada pelo Comité
Consultivo SciELO Portugal. A readmissão não será efetivada imediatamente após a exclusão de um título
da coleção SciELO. Para ser reavaliado, um periódico deve demonstrar que cumpre novamente os
critérios, durante, pelo menos, 4 números consecutivos ou 1 ano.