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GESTÃO FINANCEIRA
Prof.: Sidney Tavares
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO
ADM115
GESTÃO FINANCEIRA
Professores:
Gilberto Jorge
Marcela Lobo
Sidney Tavares
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a) Juros comerciais;
b) Juros exatos;
2.2.3 - Fórmulas e Exemplos
EXERCÍCIOS
2.3 – Juros Compostos:
2.3.1 - Fluxo de Caixa e Simbologia;
2.3.2 - Fórmulas; Exemplos e Exercícios;
4 - RISCO E RETORNO:
4.1 – Fundamentos de Risco e Retorno:
4.1.1 - Definição de Risco;
4.1.2 - Definição de Retorno;
4.1.3 - Preferências com relação ao risco;
4.2 – Conceito Básico de Risco:
4.2.1 - Risco de um Ativo Individual;
4.2.2 - Análise de Sensibilidade;
4.2.3 - Probabilidades;
4.2.4 - Distribuição de Probabilidades;
4.2.4.1 - Distribuição normal de probabilidade;
4.2.5 - Variância;
4.2.6 - Desvio Padrão;
4.2.7 - Coeficiente de Variação;
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5 – AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS
8 - ALAVANCAGEM:
8.1 – Alavancagem Operacional;
8.2 – Alavancagem Financeira;
8.3 – Efeito Combinado.
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1 – PRINCÍPIOS, OBJETIVOS E FINALIDADES DA ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA
Gitmam (1997),define Finanças como “a arte e a ciência de administrar fundos” e que: “ Finanças
ocupa-se do processo, instituições, mercados e instrumentos envolvidos na transferência de fundos entre
pessoas, empresas e governos”.
. ÁREA CARREIRA .
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CARGO .
Analista financeiro: Responsável pela preparação e análise dos planos financeiros e orçamentos da
empresa;
Previsão financeira;
Análise financeira de desempenho baseada em índices e trabalho em conjunto
com a contabilidade.
Analista/Gerente de
Orçamento de capital Responsável pela avaliação e recomendação de propostas de investimentos.
Gerente de projetos
Financeiros Responsável por obter financiamentos para investimentos em ativos;
Coordenar consultores, banqueiros de investimentos e assessores jurídicos.
Gerente de Tesouraria /
Caixa Responsável por manter e controlar os saldos diários de caixa ;
Gerenciar procedimentos de cobrança;
Gerenciar investimentos de curto prazo;
Gerenciar as transferências e desembolsos;
Coordenar os empréstimos de curto prazo e relacionamento com bancos.
Analista / gerente
de crédito Administra a política de crédito da empresa;
Concede crédito e monitora a cobrança das contas a receber.
Administrador de
Fundo de pensão Responsável pela coordenação dos ativos e passivos do fundo de pensão dos
empregados;
Desempenhar tanto as atividades de administração de investimentos, quanto
contratar ou supervisionar o desempenho dessas atividades (se realizadas por
terceiros).
Antes de conceituarmos o que seja administração financeira, nos termos em que hoje se situa,
devemos, antes de tudo, conhecer algo sobre o desenvolvimento do contexto onde ela teve origem e se
estruturou, assumindo o papel relevante que hoje ocupa na Administração das Empresas.
Podemos dizer que seu desenvolvimento acompanhou a crescente importância da empresa como
integrante do sistema de livre iniciativa.
A pequena unidade produtora, de características artesanal, encontrou na divisão do trabalho a única
maneira de aumentar a produção e assim enfrentar a concorrência que se tornava dia a dia mais acirrada,
em função da expansão dos mercados.
Assim, o proprietário da pequena unidade produtora, que antes a dirigia e controlava sem grandes
problemas, passou a ter dificuldades para administrar seu crescente negócio, sendo obrigado a dividir com
seus empregados determinadas funções que antes exercia. Com o passar do tempo, maiores e mais
complexas tornaram-se essas unidades produtoras, exigindo cada vez mais, conhecimentos específicos por
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parte daqueles que a dirigiam. Com o advento da revolução industrial, surgiram as primeiras unidades
industriais, precursoras das organizações de grande porte que hoje conhecemos. Afigurava-se assim,
praticamente impossível aos proprietários dessas organizações exercerem todas as tarefas administrativas
relativas aos diversos departamentos ou órgãos de que as mesmas se compunham, tais como: produção,
finanças, comercialização, etc., não só pelo volume de trabalho envolvido, mas também pelos
conhecimentos especializados que tais tarefas exigiam. No que diz respeito às finanças da organização,
mais se fazia necessário serem tais funções exercidas por alguém que fosse capaz de manter o fluxo de
recursos necessários à manutenção das atividades da em presa, bem como atingir seu objetivo de obtenção
de lucro. Essas funções, que atualmente são desempenhadas, numa empresa de pequeno porte, pelo
próprio dono ou pelo contador (já que a função financeira está intimamente associada à contabilidade),
exige, numa organização de grande porte, uma ou mais pessoas com os conhecimentos técnicos
necessários e uma visão da empresa como um todo, bem como do contexto econômico onde ela se situa.
Condições sem as quais não teria sido possível a subsistência e desenvolvimento das grandes
organizações, que constituem a coluna mestra do sistema capitalista.
Daí a grande importância atribuída à gerência financeira na administração empresarial, pois, como
veremos adiante, dela depende muitas vezes não só a existência ou não de lucros, mas a própria
sobrevivência da empresa.
1.1.2 Conceito
TOMADA DE DECISÃO
“Chegamos, agora, à segunda grande diferença entre Finanças e
Contabilidade: a tomada de decisão. Enquanto o contador volta sua atenção
para a coleta e apresentação dos dados financeiros, o administrador
financeiro analisa os demonstrativos contábeis, desenvolve dados adicionais
e toma decisões, baseado em suas avaliações acerca dos riscos e retornos
inerentes. O papel do contador é fornecer dados consistentes e de fácil
interpretação sobre as operações passadas, presentes ou futuras da
empresa. O administrador financeiro utiliza esses dados, na forma como se
apresentam ou após realizar alguns ajustes, e os toma como um importante
insumo ao processo de tomada de decisão. Obviamente, isso não significa
que os contadores nunca tomem decisões ou que os administradores
financeiros nunca coletem dados; mas, as ênfases principais da
Contabilidade e de Finanças são muito distintas”.
Até recentemente era o objetivo mais aceito no processo de decisão financeira, ou seja, dentre
várias alternativas possíveis seria escolhida a que representasse o maior lucro.
É uma extensão dos lucros satisfatórios. No entanto, mais do que reconhecer o interesse das outras
partes, neste caso, o objetivo da tomada de decisão financeira é atingir um equilíbrio entre as partes
envolvidas (proprietários, funcionários, público em geral, governo, etc.).
Onde o objetivo da tomada de decisão financeira seria, muitas vezes, somente o de perpetuar os
administradores profissionais nas suas posições.
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Dentre os objetivos da tomada de decisão financeira apresentados até aqui, encontramos algumas
dificuldades de conceito, são elas: os lucros satisfatórios ou o equilíbrio de interesses como objetivos de
tomada de decisão financeira representam pretensões sociais e políticas, não fornecendo critérios bem
definidos, acarretando o problema adicional de definir qual o lucro satisfatório ou qual o ponto de equilíbrio.
Mesmo assim, não poderíamos abrir mão da determinação do lucro máximo para poder julgar o que é
satisfatório ou qual o ponto de equilíbrio.
Já o interesse administrativo como objetivo da tomada de decisão financeira seria uma distorção não
devendo ser considerado seriamente.
Diante disso, a maximização de lucros seria, dentre os já apresentados, o único objetivo aceitável
no processo de tomada de decisão financeira. Todavia, apresenta problemas ou dúvidas que não o tornam
plenamente satisfatório. são eles:
Entende-se como valor a ser maximizado no processo de tomada de decisão financeira, o valor em
longo prazo representado pelo investimento dos acionistas, ou seja, as ações ou quotas representativas do
capital. Neste caso, as flutuações verificadas no mercado acionário não seriam consideradas, pois
dependem de fatores fora do controle do executivo financeiro, tais como ondas de otimismo / pessimismo ou
outros fatores externos.
O valor de um ativo resulta da expectativa de que propiciará um fluxo de benefícios que, no caso
das ações, são os dividendos e, também, um aumento das cotações no mercado.
Numa abordagem mais específica, podemos identificar dois, objetivos no processo de tomada de
decisão financeira na empresa, que são:
Convém esclarecer, de início, que as funções da gestão financeira na empresa não são
independentes das demais funções administrativas, mas, ao contrário, elas acham-se intimamente
relacionadas à administração das suas diversas áreas.
Pode-se mesmo afirmar que qualquer decisão tomada na empresa terá seu reflexo sob o ponto de
vista financeiro. Assim, por exemplo, se o gerente de vendas planeja aumentar as vendas através de
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lançamentos de novos produtos, isso provavelmente envolverá a compra de novas máquinas e expansão
das instalações, acarretando investimentos em ativos fixos, além do aumento das despesas com a
distribuição dos novos produtos. Esse inter-relacionamento com as demais áreas ou departamentos,
traduzido pelo reflexo das decisões nelas tomadas sobre os recursos financeiros disponíveis, fazem com
que a gestão financeira situe-se como de primordial importância na empresa moderna.
Sabemos que a empresa recorre ao mercado quando necessita adquirir matéria-prima para seu
processo produtivo. Da mesma forma, quando sua previsão de saídas de caixa em determinado momento
for superior às entradas previstas, deverão ser conseguidos recursos fora da empresa, nos diversos
mercados de capitais. Nesses mercados encontrará as mais variadas opções de financiamentos e
empréstimos, dentro dos prazos e montantes necessários, cabendo à empresa alcançar o compromisso
entre captar recursos ao custo mais baixo possível, ou simplesmente não conseguí-los, dependendo seu
sucesso, muitas vezes, das condições vigentes nesses mercados e da sua própria situação, como empresa.
Deduz-se daí a relevância da capacidade de negociação da organização, quanto ao aspecto de obtenção de
fundos para fazer face às suas necessidades, muitas vezes imprevistas, sendo a função de levantar esses
recursos uma das mais importantes na administração financeira de qualquer organização.
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MOBILIÁRIO
SOBRA/SUPERÁVIT
Mercado
de Capitais
IMOBILIÁRIO
Investimento de ampliação ou
Implantação de novo
empreendimento
CRÉDITO
FAMÍLIA FAMÍLIA
POUPANÇA CRÉDITO
EMPRESA M.F. EMPRESA
AG. Econômico AG. Econômico
GOVERNO Superavitário Deficitário GOVERNO
Como vimos, a obtenção de recursos financeiros externos depende em grande parte de fatores
alheios à empresa.
Uma vez conseguidos esses recursos, caberá à administração decidir de que forma ele será
aplicado, ou seja, quais os investimentos que deverão ser feitos, de modo que melhor atenda aos interesses
da organização como um todo.
É provável que parte seja aplicada em estoques, outra parte talvez investida em máquinas que
proporcionarão uma redução nos custos. Qualquer que seja sua aplicação deverão eles ser empregados de
forma a proporcionar o maior retorno possível, em termos de lucros, exigindo para isso urna análise
criteriosa das necessidades existentes. Já que esses recursos são limitados, caberá à administração
estabelecer critérios de prioridades face às necessidades de recursos dentro da organização, de forma a
torná-los produtivos.
Exemplo de Investimentos:
Investimento de Expansão
- Podem ser qualitativos e/ou quantitativos.
Investimentos Estratégicos
- são aqueles que se destinam a reduzir os riscos das empresas.
Exemplo:
O planejamento envolve a identificação dos objetivos, seleção de alternativas possíveis para atingi-
los e escolha da melhor ou melhores alternativas, dentro das possibilidades existentes.
a) Planejamento Empresarial
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Elaborado a partir do orçamento econômico, representa uma estimativa das entradas e saídas de
recursos, ou seja, do fluxo de recursos necessários para atingir os objetivos orçados. Permite identificar as
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necessidades de recursos extras, possibilitando obter-se os recursos necessários nos termos mais
favoráveis. Se ao contrário, as previsões indicarem que vai sobrar caixa no período considerado será
possível fazer planos para aplicar lucrativamente o excesso de caixa.
O conceito de controle, em linhas gerais, envolve o procedimento de comparação entre o que foi
planejado e o que foi realmente alcançado.
O controle financeiro, de certa forma, complementa o planejamento, já que seria de pouca validade
planejar sem aferir se o que foi planejado foi realmente atingido. O controle financeiro, executado
basicamente através de relatórios contábeis, permite a tomada de decisões no sentido de prevenir
tendências ou mesmo corrigir desvios e distorções entre o planejado e os resultados reais. Devemos
enfatizar o fato de que as funções de planejamento e controle dependem para obtenção de resultados úteis
à administração, das informações e dados contábeis, bem como de sua correta e judiciosa utilização.
Para um desempenho satisfatório das funções de captação e distribuição dos recursos, além do
planejamento, é necessária a existência do controle financeiro, que consiste no registro das operações
realizadas pela empresa, gerando as informações necessárias ao processo administrativo e decisório que
aquelas duas funções representam.
OBS.: Os conceitos apresentados nos itens 1.3.3.1 até 1.3.3.7, também podem ser vistos
nas disciplinas: Orçamento Empresarial e Gestão Orçamentária.
1.3.3.1 Objetivo
O objetivo fundamental de qualquer empresa é a obtenção do maior lucro possível, compatível com
o bem-estar da coletividade e com o crescimento sadio de seus negócios. Assim sendo, qualquer técnica
que para isso possa contribuir, deverá ser usada. O planejamento financeiro é um dos instrumentos mais
úteis, visto servir de base para se analisar o comportamento futuro da empresa.
O sistema orçamentário auxilia a empresa a conseguir o rendimento máximo dos recursos
existentes. A flexibilidade, simplicidade e rapidez, indispensáveis na implantação, execução e controle
orçamentário constituem exigências fundamentais para que a empresa atinja seus objetivos.
Naturalmente, mecanismo algum de trabalho, por mais eficiente que seja, jamais substituirá a
capacidade ou o talento do administrador. Apesar disso, dadas às limitações naturais do elemento humano,
é para ele indispensável a técnica de planejamento e controle financeiro para alcançar suas metas.
Uma empresa, que não possua um sistema adequado de planejamento e controle, está condenada
a situações desvantajosas, por vezes fatais.
Um plano financeiro a curto ou em longo prazo serve de guia para futuro comportamento da
empresa. Entretanto, a projeção pura e simples da situação presente para o futuro tem sido motivo de
grandes decepções na avaliação de um planejamento feito. Portanto, a projeção das condições atuais para o
futuro desconhecido, deve ser devidamente reajustada, tendo em vista as novas condições de trabalho
previamente estimadas.
b) Flexibilidade na aplicação
Nenhum plano deve ser considerado imutável. Mesmo durante seu desenvolvimento, se as
condições de mercado sofrerem bruscas e violentas transformações, os planos da empresa deverão ser
rapidamente alterados.
Um plano imposto nunca poderá dar o mesmo resultado que um plano estudado, analisado e
aprovado por todos os setores. O fator psicológico constitui a mola mestra para a consecução de bons
resultados.
Uma vez que o plano financeiro da empresa esteja expresso sob a forma de orçamento, válido para
determinado período futuro, todos os funcionários procurarão atingir os objetivos nele contidos. A avaliação
periódica do resultado atual também será feita baseada nos valores orçados. Esse alvo comum, propicia o
trabalho em equipe e aprimorados meios de comunicação entre os elementos que trabalham para atingi-lo
No planejamento financeiro, deverá haver uma demarcação entre o necessário e o supérfluo. Toda a
aplicação de recursos que não redundar em maior rentabilidade a curto ou a longo prazo, deverá ser
considerada supérflua. Apesar de nem sempre ser possível distinguir o supérfluo do necessário, o
planejamento oferece melhores condições para esse julgamento, em benefício da empresa.
Sendo o plano elaborado com a colaboração de todos os setores da empresa, cada indivíduo sentirá
uma parcela de responsabilidade na realização do lucro final. A conscientização deste objetivo faz com que
tudo seja feito em favor da rentabilidade da empresa.
A comparação entre o REAL e o ORÇADO indica as deficiências que por ventura possam existir.
Sem o sistema orçamentário os fatos contábeis de natureza estática não permitem, a primeira vista,
distinguir os pontos de estrangulamento da empresa. Em nossos dias, as decisões empresariais precisam
ser rápidas; nenhuma delas, porém, poderá ser tomada sem conhecimento de causa. A técnica do
planejamento permitirá identificar os pontos fracos da empresa, possibilitando imediata correção.
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a) Apoio da Administração
Uma recomendação especial para o futuro executivo: antes de introduzir qualquer inovação no
sistema de planejamento e controle financeiro em sua empresa, é indispensável conseguir a anuência e o
apoio efetivo do presidente (alta administração). Sem esse apoio, mesmo que o sistema de trabalho seja
ótimo, dificilmente obterá o resultado almejado.
b) Organização adequada
Em princípio o planejamento financeiro implica no seu controle posterior. Como os fatos financeiros
referem-se a todas as áreas da empresa (Produção, Vendas e Administração), a amplitude do planejamento
financeiro é bastante extensa e exige um preparo especial. O sucesso depende, em grande parte, do
método usado e dos executantes, devidamente preparados, para sua aplicação.
Para análise e comparações posteriores, o plano de contas da empresa, com todos os seus
pormenores, deverá servir de base para o planejamento. Sem esse entrosamento, a contabilidade poderá
registrar dados que não correspondam aos valores estimados, o que tornará errônea toda comparação e
conduzirá à decisões falhas. È aconselhável que todos os funcionários da área de planejamento façam um
treinamento na área de contabilidade, antes de desempenharem suas funções específicas.
d) Sistema adequado
Cada empresa tem suas necessidades específicas, porém em qualquer circunstância, o sistema de
planejamento deverá ser simples, objetivo e elaborado para ações efetivas e, também, o mais econômico
possível.
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Dada à grande variedade de situações as quais lida o Administrador Financeiro, torna-se algo difícil
definir exatamente suas atribuições, isso porque é bastante extensa a sua atuação na empresa, envolvendo
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contatos e relacionamento com todas as áreas ou departamentos da organização, além do fato de que as
empresas têm estruturas e tamanhos diferenciados. No entanto, podemos dizer que de modo genérico, sua
função é prover a organização dos recursos financeiros necessários ao desempenho de suas atividades,
bem como fazer com que seja maximizado o lucro dos proprietários.
Na realidade, suas funções básicas são as mesmas da gestão financeira, abordadas no tópico
anterior, ou seja, planejamento e controle, o levantamento de recursos financeiros e a aplicação desses
recursos na empresa. Outras tarefas poderão ocupar-lhe a atenção, tais como a liquidação da empresa e
sua fusão ou incorporação a outras organizações, porém tais atribuições têm caráter excepcional, não
fazendo parte do seu trabalho quotidiano.
O Planejamento Financeiro talvez seja o que mais atenção solicite, não só pela importância que
assume na elaboração dos seus instrumentos básicos, os orçamentos, mas também por força do volume de
recursos envolvidos, como é o caso do orçamento de capital, que geralmente abrange um período de vários
exercícios, além ser sua elaboração, geralmente complexa, já que envolve aspectos econômicos de difícil
mensuração.
As funções de levantamento de recursos e sua aplicação dentro da empresa exigem por parte do
administrador financeiro um amplo conhecimento não só do mercado de capitais e da economia do Pais,
mas também de toda a empresa seus problemas organizacionais e do contexto em que se situa.
É sua função estar atento às exigências do mercado e sua influência sobre organização, sugerindo
medidas que possibilitem o atendimento dessas exigências.
A função de controle financeiro é de capital importância na empresa moderna. Pouca utilidade teria
um Planejamento Financeiro bem elaborado se não houvessem meios de comparar os resultados obtidos,
no transcorrer das atividades da empresa com aqueles antes planejados.
Dada sua importância, nas grandes organizações existe um órgão denominado Controladoria, cuja
função é exclusivamente exercer o controle das atividades da empresa, em todos os níveis hierárquicos,
abaixo da cúpula administrativa, emitindo relatórios à direção da organização sobre o desempenho de todos
os departamentos, serviços, etc., e sugerindo as medidas corretivas que se façam necessárias. Geralmente,
a Controladoria está diretamente subordinada ao Diretor Financeiro da empresa, o que permite a esse
executivo manter sob controle todas as atividades organizacionais que envolvem aspectos financeiros.
Cabe acrescentar, finalizando esse ítem, que todas as funções exercidas pelo Administrador
Financeiro, especialmente as de planejamento e controle financeiro da empresa, somente serão possíveis
se houver um sistema de informações contábeis efetivo e adequado às necessidades da empresa e que
possa fornecer os dados e informações que se tornem necessários.
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DIRETORIA FINANCFEIRA
TESOURARIA CONTROLADORIA
Esta é uma estrutura simples, não se pretende afirmar, que seja necessário a dotar-se este tipo de
estrutura para que se tenha uma boa administração financeira.
OBS.:
a) É possível haver casos em que uma só pessoa é, ao mesmo tempo, DIRETOR FINANCEIRO,
TESOUREIRO e CONTROLADOR. Basta que seja responsável pela supervisão de todas as
subáreas indicadas na estrutura acima.
b) Em outros casos, um Diretor Administrativo, por exemplo, pode exercer toda essas três funções,
além de cuidar de problemas de pessoal, salários, etc.
c) O Diretor Financeiro deve preocupar-se com a coordenação das áreas em que se subdivide a
administração financeira. Cabe-lhe, como membro da diretoria da empresa, participar da
formulação de políticas para toda a organização e, em sua área, supervisionar a execução dás
atividades necessárias à execução dessas políticas.
O importante, no presente caso, é verificar como essa forma de estruturar a função financeira
diferencia as atividades com dois enfoques distintos, contribuindo para maior especialização e eficiência:
A área do TESOUREIRO tem contato com o público e a área do CONTROLADOR, possui tarefas
quase que exclusivamente voltadas para dentro da empresa.
Concluindo, podemos dizer que a área de TESOURARIA está mais preocupada com os aspectos de
OBTENÇÃO DE FUNDOS, enquanto a de CONTROLADORIA, dedica-se à ANÁLISE DA EFICIÊNCIA
RELATIVA COM OUE OS RECURSOS OBTIDOS SÃO APLICADOS PELA EMPRESA.
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Empresa individual é aquela cujo proprietário é uma única pessoa e que opera em seu próprio
benefício. Essencialmente, tal pessoa é seu próprio empregador. Geralmente, o proprietário, juntamente
com alguns empregados, opera a propriedade. Em geral todo o capital da empresa advém de seus recursos
próprios ou de empréstimos, e ele é responsável por todas as decisões.
- Mercearia
- Oficina de automóveis
- Sapataria, etc.
a) Responsabilidade ilimitada
A riqueza total do proprietário, e não só o montante que ele originalmente investiu, pode ser utilizada
para pagar os credores.
b) Limitações na dimensão
A capacidade de financiamento do proprietário individual está limitada ao montante que uma única
pessoa pode conseguir. Geralmente, esse montante não é suficiente para possibilitar operações em
larga escala.
c) Outras desvantagens
Dificuldades na administração, resultantes da necessidade do proprietário ser um "pau-para-toda-
obra".
Falta de oportunidade para os empregados.
Falta de continuidade quando o proprietário morre.
Uma sociedade de pessoas consiste em dois ou mais proprietários que levam adiante o mesmo
negócio com o objetivo de obter lucro.
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CONTRATO SOCIAL
- A maioria das sociedades de pessoas é estabelecida mediante um contrato escrito entre os sócios.
Geralmente inclui:
1 - cláusulas referentes às atribuições dos sócios;
2 - salários/retiradas;
3 - maneira como os lucros e prejuízos devem ser divididos;
4 - procedimento a ser seguido, se um sócio se retirar do negócio ou a empresa for
dissolvida.
SOCIEDADES LIMITADAS
É o mais comum dos tipos especiais de sociedades de pessoas. Numa sociedade por quotas de
responsabilidade LIMITADA, um ou mais sócios podem ser designados como possuidores de
responsabilidade limitada, desde que pelo menos um sócio assuma responsabilidade NÃO-LIMITADA. O
sócio com responsabilidade limitada está normalmente proibido de cuidar da administração (GERÊNCIA) da
empresa.
a) Maior Capital
Os recursos financeiros de mais de um indivíduo normalmente possibilitam que se obtenha
maior capital do que o proprietário individual pode levantar.
O termo Sociedade Anônima foi oficialmente definido pelo juiz John Marshall da Suprema Corte
Americana em 1819.
"Uma sociedade anônima é um ente artificial, invisível, intangível, e que existe apenas
perante a lei".
Pelo fato de uma sociedade anônima ser um ente artificial, esta é muitas vezes chamada de
ENTIDADE LEGAL. Possui poderes de um ser humano, porquanto pode processar e ser processada,
elaborar e tomar parte em contratos e adquirir propriedades em seu próprio nome.
ACIONISTAS
Os acionistas são os verdadeiros proprietários da empresa. Já que os acionistas são os verdadeiros
proprietários da empresa, eles votam periodicamente para selecionar o Conselho de Administração e alterar
seus estatutos.
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1 - Grande Dimensão
2 - Possibilidade de Transferência de Propriedade
A propriedade é evidenciada por certificados de ações, que podem ser facilmente transferidos a
novos proprietários.
3 - Outras Vantagens
a) Perduram muito tempo, pois não se dissolvem com a morte ou retirada de um proprietário;
b) Administradores profissionais podem ser contratados para dirigir a empresa e, se eles
não mostrarem um bom desempenho nesta tarefa, podem ser substituídos;
c) Podem expandir-se mais facilmente.
1 - Custos de Organização
Os custos de incorporação e a emissão de ações muitas vezes são comprovadamente um
empecilho à sociedade anônima, especialmente para empresas pequenas.
2 - Regulamentação do Governo
Já que a sociedade anônima é uma entidade legal, está sujeita à regulamentação por vários
departamentos estaduais e federais.
3 - Outras Desvantagens
a) falta de interesse, pessoal na empresa por parte dos funcionários;
b) falta de sigilo, pois todo acionista deve conhecer o desempenho e a situação financeira da
empresa através de suas demonstrações anuais.
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INTRODUÇÃO :
Nos cursos de Matemática qualquer que seja o nível, costuma-se perguntar aos alunos quanto são
dois mais dois. Desconfiados, eles respondem que são quatro. São quatro na aritmética; na Matemática
Financeira depende, isto é, depende se estamos comprando ou vendendo. É claro que isto, é apenas uma
simples brincadeira, porém serve para deixar claro e sem margem de dúvidas que são diversas as formas de
cálculo e de convenções utilizadas, objetivando uma elevação de receitas ou uma redução de custos
financeiros, para as quais se deve atentar para não se incorrer na ilusão de ganhos ou perdas aparentes.
As instituições de ensino, com seu corpo docente e a experiência adquirida ao longo do tempo,
permite compreender as principais necessidades de profissionais e de estudantes universitários. Apenas
como exemplo de algumas dessas necessidades, pode-se citar as operações de curtíssimo prazo com
títulos públicos e a influência da tributação no custo efetivo de tomadores de empréstimos ou na
rentabilidade real de investidores de títulos privados de renda fixa, operações estas, de um modo geral
superficialmente abordadas.
Esta carência de informação em determinados assuntos, num mercado altamente sofisticado pelas
suas múltiplas modalidades de negociação tanto de captação como de aplicação de recursos financeiros,
aliada à permanente e cada vez mais complexa presença das Autoridades Governamentais regulamentando
e tributando as operações financeiras em si e os ganhos, sem falar na nova onda provocada, nos diversos
mercados, pela Globalização, induz às instituições de ensino a prepararem cursos onde toda uma prática de
mercado é informada, analisada e discutida à luz dos conceitos de Matemática Financeira.
Assim, o curso de Matemática Financeira tem boa acolhida pelos estudantes na sua maioria
interessados especialmente nas aplicações no Mercado Financeiro.
O principal conceito que orientará o nosso raciocínio ao longo do curso é o conceito do valor do
dinheiro no tempo (DINHEIRO = recursos reais disponíveis para consumo ou investimento ). Empréstimos
ou investimentos realizados no presente terão seus valores aumentados no futuro. Inversamente, valores
disponíveis no futuro, se considerados ou avaliados no presente, terão seus valores reduzidos.
DINHEIRO
1
Bibliografia: TEMPO
JUER, Milton. Matemática Financeira. RJ. IBMEC.
PUCCINI, Abelardo de Lima. Matemática Financeira. RJ. SARAIVA.
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Poderíamos perguntar ao aluno, que decisão ele tomaria diante das seguintes alternativas.
a) Receber $ 1.000.000 hoje ou esta mesma quantia no fim de, por exemplo, um ano.
Isto é, depende das demais alternativas possíveis, de mesmo risco e liquidez, no momento da
decisão.
Assim, já se pode observar a existência das variáveis com as quais estaremos nos preocupando,
tais como:
o valor aplicado;
o valor registrado;
o prazo expresso em períodos de tempo - também denominado de períodos financeiros ou
horizonte financeiro;
variação entre os valores investidos e resgatados.
S
j=S-C
0 n
Onde:
a) SETA PARA BAIXO = Indica valor es emprestados ou investidos que representaremos por:
. O Montante;
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. Valor de Resgate;
. Valor Futuro;
. Valor Capitalizado; ou
. qualquer outra denominação que nos indique claramente tratar-se de
um retorno ou refluxo.
OBS.:
Neste curso, a taxa de juros será sempre um parâmetro, ou seja, em nenhum momento ao longo do
texto estaremos preocupados em explicar como a taxa de juros é determinada no mercado.
J=S-C
j
i= J = Ci
C
2.1 Juros
2.1.1 Conceito
a) valor pago em dinheiro pelo uso de dinheiro que se toma emprestado, ou seja, custo do capital
de terceiros colocado à nossa disposição;
b) remuneração do capital empregado em atividades produtivas ou, ainda, remuneração paga pelas
instituições financeiras sobre o capital nelas aplicado.
a) CENTESIMAL OU PERCENTUAL :
Quando representar os juros de cem unidades de capital durante o período de tempo a que se
referir.
Exemplo:
Admitir um capital de $ 1.000 por unidade de tempo considerada. Aplicar às taxas de: 10%, 2%,
1,25% e 0,2% para a fórmula
J = Ci
10
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2
a2) j = 1.000 x = 20,00
100
1,25
a3) j = 1.000 x = 12,50
100
0,2
a4) j = 1.000 x = 2,00
100
b) UNITÁRIA :
Quando representar, nas mesmas condições anteriores, os juros de uma unidade de capital.
Exemplo:
Considerando o mesmo exemplo de “a “ , aplicar a forma unitária: 0,10; 0,02; 0,0125; e 0,002,
para
J = Ci
OBS.:
a) A taxa de juros, neste curso, será sempre indicada na forma CENTESIMAL OU PERCENTUAL
nos enunciados ou respostas dos exercícios quando estas forem, respectivamente, um dado ou
uma incógnita e sempre associada à unidade de tempo considerada.
b) Na forma UNITÁRIA quando inserida nas fórmulas.
Exemplo:
27
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Vejamos ocaso de um capital de $ 10.000 aplicado por 3 períodos de tempo à 10% por período.
CAPITALIZAÇÃO SIMPLES
PERÍODO PRINCIPAL JUROS MONTANTE
0 10.000 - 10.000,00
1 10.000 1.000,00 11.000,00
2 10.000 1.000,00 12.000,00
3 10.000 1.000,00 13.000,00
ACUMULADO 10.000 3.000,00 13.000,00
OBS.:
No regime de capitalização simples, apenas o principal rende juros. Isto é, evolui segundo uma
Progressão Aritmética, evolui linearmente.
Exemplo:
CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA
PERÍODO PRINCIPAL JUROS MONTANTE
0 10.000 - 10.000,00
1 10.000 1.000,00 11.000,00
2 11.000 1.100,00 12.100,00
3 12.100 1.210,00 13.310,00
OBS.:
O regime de capitalização composta, evolui exponencialmente, ou seja, segundo uma Progressão
Geométrica.
Para um único período de tempo a que se refere uma determinada taxa de juros, o juro devido a um
capital por unidade de tempo considerada é igual ao produto do principal pela taxa. Assim, para “n “
períodos de tempo a que se refere a taxa, observada a proporcionalidade entre o valor dos rendimentos e o
capital cedido, teremos para o valor dos juros, a seguinte expressão:
J = Cin
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Onde:
j = Juros
C = Capital
i = Taxa
n = Tempo
Exemplo:
a) Calcular os juros devidos a uma aplicação de $ 5.000,00 por 3 meses a uma taxa simples de 3% a.
m.
3
j = Cin j = 5.000,00 x x 3 = 5.000,00 x 0,03 x 3 = 450,00
100
Convém notar que os períodos de tempo, a que se refere a taxa de juros, devem ser homogêneos.
Como segue:
Cin
j= onde “ n “ é o número de dias.
30
Cin
j= onde “ n “ é o número de meses.
12
Cin
j= JUROS COMERCIAIS, onde “ n “ é o número de dias.
360
Cin
j= JUROS EXATOS, onde “ n “ é o número de dias.
365
29
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Exemplo:
Dados:
C = $ 20.000,00
n = 5 m e 10 dias = 5 x 30 = 150 dias + 10 dias = 160 dias
i = 29 % a a
j = ?
JUROS COMERCIAIS:
29
20.000,00 x x 160
100 20.000,00 x 0,29 x 160
j= = = 2.577,78
360 360
JUROS EXATOS:
29
20.000,00 x x 160
100 20.000,00 x 0,29 x 160
j= = = 2.542,47
365 365
Dados:
C = $ 15.000,00
n = 10 m
i = ? % aa
j = $ 1.920,00
Cin 15.000,00 x i x 10
j= = 1.920,00 =
12 12
1.920,00 x 12 = 15.000,00 x 10 x i
1.920,00 x 12
i=
15.000,00 x 10
23.040,00
i=
150.000,00
i = 15,36% a a 30
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i = 0,1536 x 100 =
EXERCÍCIOS:
2.2.2 - Um indivíduo, em 31/12/xx, entregou $ 100,00 a um banco que lhe prometeu juros simples, à razão
de 10% ao ano. Qual será seu saldo credor no final de cada um dos próximos quatro anos?
( montar quadro auxiliar).
2.2.3 - Qual o valor dos juros de um capital de $ 200,00 aplicado durante 24 meses, a uma taxa de 10%
ao ano ?
2.2.4 - Quanto receberá de juros um capital de $ 500,00 aplicado por 1 (um) quadrimestre à taxa de 12%
ao ano ?
2.2.5 - Qual a taxa envolvida num investimento em CDB de 30 dias, que rende 120% ao ano?
2.2.6 - Compra de ações no valor de $ 100,00 que rendem dividendos de 25% ao ano. Qual o valor dos
rendimentos?
2.2.7 - Qual o montante acumulado no final de 12 trimestres, a uma taxa de 5% a . t. , no regime de juros
simples, a partir de um principal igual a $ 100.000,00 ?
2.2.8 - Qual o principal que deve ser aplicado, nesta data, para se ter um montante de $ 100.000,00 daqui
a 4 semestres, a uma taxa de 15% a . s. , no regime de juros simples?
2.2.9 - Uma Letra do Tesouro Nacional está sendo negociada com um prazo de 92 dias a decorrer até o
seu vencimento, à taxa anual de 36,00% . Calcular o valor da taxa de juros mensal do papel.
2.2.10 - Calcular o valor dos juros obtidos numa aplicação de um capital de $ 50, a uma taxa de 6% a . a .,
durante 2 anos.
2.2.11- Calcular o valor dos juros de um capital de $ 500 aplicado a uma taxa de 5% a . a ., rendendo
juros entre 15 de janeiro e 20 de abril.
2.2.12 - Calcular o capital que deve ser aplicado a uma taxa de 5% a . m., durante 4 meses para que se
tenha juros no valor de $ 80 neste período.
2.2.13 - Um capital de $ 700, aplicado durante 25 dias rende juros de $ 7. Qual a taxa de juros anual
envolvida na operação?
2.2.14 - Calcular em quanto tempo um capital de $ 4.000 aplicado a uma taxa de 3% a . a ., rende juros
de $ 120.
2.2.15 - Calcular o valor dos juros de um capital de $ 300, aplicado a uma taxa de 8% a .a ., durante um
período de 2 anos e 3 meses.
2.2.17- Calcular a taxa de juros de um capital de $ 210 que aplicado durante 4 anos gera um montante
de $ 280.
r
i =
100
Assim, se r = 10% a a , então i = 0,10 . Esta taxa i é que será usada no desenvolvimento
de todas as fórmulas, ao passo que a taxa r será aquela utilizada na fixação dos juros.
Geralmente, adota-se a convenção de fim de período, isto é, aquela em que os eventos financeiros
que ocorrem durante um período são automaticamente postecipados para o fim do período
correspondente. Assim, se a unidade de tempo for o mês, todos os pagamentos e recebimentos ocorridos
durante o mês serão colocados no fluxo de caixa como se tivessem ocorrido no último dia daquele mês.
As fórmulas e tabelas que serão apresentadas durante o curso, estão orientadas para o esquema
padrão aqui convencionado e qualquer problema real (envolvendo i, n, P, A, R e F, S ) que se enquadrar
exatamente no esquema terá solução imediata.
Entretanto, existem muitos problemas reais cujos fluxos de caixa não coincidem com esse esquema
padrão. Tais como:
a) financiamento com período de carência, isto é, cuja amortização da dívida não começa no final
do primeiro período;
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Não só os exemplos citados, como qualquer problema real será resolvido com o auxílio das fórmulas
e tabelas desenvolvidas para o esquema padrão aliadas à certos artifícios e passagens intermediárias que
permitam a manipulação de qualquer fluxo de caixa com a utilização das tabelas assim elaboradas.
Será desenvolvida neste item a expressão genérica do crescimento do dinheiro no regime de juros
simples e sua aplicação através de exemplos numéricos. Esse regime de juros é bastante utilizado pelo
mercado financeiro, em função da simplicidade dos cálculos.
a) Dedução da Expressão
Um indivíduo, em 31/12/xx, entregou $ 100,00 a um banco que lhe prometeu juros simples, à razão
de 10% ao ano. Qual será o saldo credor no final de cada um dos próximos quatro anos?
CAPITALIZAÇÃO SIMPLES
0 100 - 100,00
1º ano 100 10,00 110,00
2º ano 100 10,00 120,00
3º ano 100 10,00 130,00
4º ano 100 10,00 140,00
Vamos agora deduzir a expressão algébrica do montante, no regime de juros simples, sempre
tomando por base o exemplo numérico acima.
No regime de juros simples, cada período é obtido pela aplicação da taxa de juros sempre sobre o
principal, fazendo com que o valor dos juros seja o mesmo em todos os períodos. Assim, para um principal
P = $100,00 aplicado a uma taxa de juros simples de 10% ao ano (i = 0,10), o valor dos juros de cada
ano será igual a:
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e finalmente, S = P( 1 + i . n ) ou F = P (1 + i . n )
onde:
1) a unidade de medida do tempo n deve ser a mesma que a utilizada na medida da taxa de juros
i . Se o tempo n for expresso em meses, então a taxa i deve ser mensal;
2) a taxa de juros está expressa em fração decimal.
Para se achar o principal P necessário para produzir o montante S, daqui a n períodos, a uma
taxa i de juros simples, basta inverter a relação obtendo-se:
S = P ( 1 +i . n )
S
P =
(1 + i.n )
Normalmente a taxa de juros é expressa em percentagem e não em fração decimal, como será
apresentado nas fórmulas. Assim é bom lembrar que:
b) Verificação da Expressão
P = $ 100,00
i = 0,10 ( pois a taxa de juros é de 10% a a )
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Exemplos:
a) Qual o montante acumulado em 24 meses, a uma taxa de 2% a m., no regime de capitalização simples, a
partir de um principal igual a $ 2.000,00 ?
DADOS:
P = $ 2.000,00
n = 24 meses
S=?
b) Qual o principal necessário para se ter um montante de $ 10.000,00, daqui a 6 semestres, a uma taxa
de 12% a s., no regime de juros simples ?
DADOS:
S = $ 10.000,00
n = 6 semestres
P = ?
S
Usando-se a expressão P= teremos:
(1+i.n)
DADOS:
S = 2P
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r = 2% a m ═► 2/100 a m = 0,02
Expressão : S=P(1+i.n)
d) Qual a taxa mensal de juros simples que faz um principal de $ 1.000,00 se transformar num montante
de $ 1.500,00 daqui a 20 meses ?
DADOS:
P = $ 1.000,00
S = $ 1.500,00
n = 20 meses
i= ?
Expressão : S=P(1+i.n)
EXERCÍCIOS:
2.2.1.1 Qual o montante acumulado no final de 12 trimestres, a uma taxa de 5% a . t. , no regime de juros
simples, a partir de um principal igual a $ 100.000,00 ?
2.2.1.2 Qual o principal que deve ser aplicado, nesta data, para se ter um montante de $ 100.000,00 daqui
a 4 semestres, a uma taxa de 15% a . s. , no regime de juros simples?
2.2.1.3 Uma Letra do Tesouro Nacional está sendo negociada com um prazo de 92 dias a decorrer até o
seu vencimento, à taxa anual de 36,00% . Calcular o valor da taxa de juros mensal do papel.
2.2.1.4 Calcular o valor dos juros obtidos numa aplicação de um capital de $ 50, a uma taxa de 6% a . a .,
durante 2 anos.
2.2.1.5 Calcular o valor dos juros de um capital de $ 500 aplicado a uma taxa de 5% a . a ., rendendo
juros entre 15 de janeiro e 20 de abril.
2.2.1.6 Calcular o capital que deve ser aplicado a uma taxa de 5% a . m., durante 4 meses para que se
tenha juros no valor de $ 80 neste período.
2.2.1.7 Um capital de $ 700, aplicado durante 25 dias rende juros de $ 7. Qual a taxa de juros anual
envolvida na operação?
2.2.1.8 Calcular em quanto tempo um capital de $ 4.000 aplicado a uma taxa de 3% a . a ., rende juros
de $ 120.
2.2.1.9 Calcular o valor dos juros de um capital de $ 300, aplicado a uma taxa de 8% a .a ., durante um
período de 2 anos e 3 meses.
2.2.1.11 Calcular a taxa de juros de um capital de $ 210 que aplicado durante 4 anos gera um
montante de $ 280.
Podemos afirmar, sem medo de errar, que todas as transações que envolvem dinheiro, ou
mais genericamente capital, devem ser analisadas considerando-se os juros envolvidos explicitamente ou
implicitamente. Uma compra a vista também é analisada considerando-se os juros.
Como já vimos no capitulo 3, no caso dos juros simples, apenas o principal rende juros,
isto é, os juros são diretamente proporcionais ao capital empregado. No caso dos juros compostos, após
cada período de capitalização, os juros são incorporados ao principal e passam a render juros também. Isto
é, depois de cada período, os juros são somados à dívida anterior, e passam a render juros no período
seguinte. Tudo se passa como se a cada período fosse renovado o empréstimo, mas no valor do principal
mais juros relativos ao período anterior.
0 1 2 3 4 5
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3.000
0 1 2 n
A série gradiente G é definida como sendo uma série de pagamentos que inicia no
período 2 e termina no período n. Logo, ( G, 2G, ... (n-1)G.
0 1 2 3 4 n
G
2G
3G
(n-1)G
Conclui-se, então, que uma série G de n períodos tem n-1 termos. Esta é a grande
dificuldade da série G.
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Objetivo: Transformar um valor presente em um valor futuro (ou montante ) equivalente, o que permite
resolver problemas do tipo:
a) Qual valor deverá ser investido hoje a determinada taxa de juros para se obter uma quantia F
após certo tempo ?
b) Investindo hoje uma quantia P a uma taxa, qual a quantia F obtida após n períodos ?
Dedução:
Se foi emprestada uma quantia P, após o primeiro período de capitalização, a dívida será:
PRINCIPAL + JUROS = P + i P = p ( 1+ i )
n
F = P ( 1+ i )
OBS.: Esta é a única fórmula que é necessário decorar em matemática financeira. Convém, fazer um
sacrifício.
a) Fator de Valor Atual para pagamento único. DADO “F” ACHAR “P”.
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1 F
P= F ou P=
n n
( 1+i) ( 1+i)
b) Fator de Valor Futuro de uma série uniforme. DADO “R” ACHAR “S”.
n
(1+i) - 1
S= R
i
i
R= S
n
(1+i) - 1
d) Fator de Valor Atual para série uniforme. DADO “R” ACHAR “P”.
n
(1+i) - 1
P= R
n
(1+i) . i
n
(1+i) . i
R= P
n
(1+i) - 1
40
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Exercícios:
c) Caso a inflação esteja estabilizada em 20% ao ano calcule em quantos anos os preços triplicam.
3% am
2.3.3.4 Quanto se terá daqui a 26 trimestres ao aplicar $ 100.000,00 nesta data, a uma taxa de
2,75% a m., no regime de juros compostos ?
$ 829 817,87
2.3.3.5 Uma pessoa deseja fazer uma aplicação financeira, a juros compostos de 2% ao mês, de
forma que possa retirar $ 10.000,00 no final do sexto mês e $ 20.000,00 no final do décimo
segundo mês. Qual o menor valor da aplicação que permite a retirada desses valores nos
meses indicados ?
$ 24 649,57
41
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2.3.3.6 Determinar o valor atual do fluxo de caixa a seguir, para uma taxa de 3% ao mês, no regime
de juros compostos.
Total -8.000,00
2.3.3.7 Determinar os valores atuais dos seguintes fluxos de caixa, para uma taxa de 10% ao ano, no
regime de juros compostos.
2.3.3.8 Um Banco de Investimento deseja realizar um empréstimo para uma determinada empresa, que
deverá liquidá-lo no final do nono mês pelo valor de $ 1.304.773,18 . Determinar o valor que
deve ser abatido no ato da contratação, uma vez que a empresa deseja limitar esse pagamento
final em $ 1.200.000,00, sabendo-se que o banco opera no regime de juros compostos, à taxa
de 3% ao mês.
$ 80 299,92
2.3.3.9 Determinar o montante de uma aplicação de $ 6.000,00 pelo prazo de 5 meses a uma taxa
composta de 4% ao mês.
$ 7 299,92
2.3.3.10 Por quanto deve ser adquirido um título de $ 10.000,00 disponível no fim de 4 meses para
uma taxa de juros composta de 3,5% ao mês ?
$ 8 714,42
2.3.3.11 Sabendo-se que a quantia de $ 18.000,00 se transformou após 15 meses em $ 24.765,56,
determinar a taxa mensal aplicada.
2,15 %
2.3.3.12 Determinar o prazo necessário para que uma aplicação de $ 20.000,00 à taxa composta de
6% ao mês se transforme em $ 64.142,70.
20 meses
42
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2.3.3.14 Uma pessoa toma emprestada a quantia de $ 500.000,00 a uma taxa composta de 6,30% ao
mês e pelo prazo de 10 meses. Se o credor deseja uma rentabilidade de 6,80% ao mês,
pede-se indicar por quanto tempo o empréstimo deve ficar retido.
+ 24 dias
2.3.3.15 eterminar o valor de resgate de uma aplicação de $ 190.000,00 pelo prazo de 180 dias, a uma
taxa composta de 5,5% ao mês, pela convenção exponencial.
2.3.3.16 Um débito de $ 350.000,00 contraído há 60 dias está sendo amortizado com um pagamento
de $ 45.000,00 hoje, $ 130.000,00 de hoje a 3 meses e $ 85.000,00 de hoje a 8 meses.
Que pagamento no fim de 5 meses, contados de hoje, ainda é necessário ser feito para uma
taxa de juros composta de 2% ao mês ?
$ 137 006,94
2.3.3.17 Um investidor aplicou $ 400.000,00 pelo prazo de 12 meses à taxa de 88% ao ano,
composta trimestralmente. Necessitando de dinheiro 3 meses antes do vencimento resgata sua
aplicação. Quanto apurou na ocasião ?
2.3.3.18 Uma empresa levanta um financiamento a ser amortizado segundo o seguinte esquema: $
100.000,00 no fim de 2 meses; $ 200.000,00 no fim de 5 meses, mais dois pagamentos
com vencimento para 6 meses no valor de $ 244.000,00 e $ 244.931,00 para 10 meses.
Um imposto de operações de crédito de 0,6% ao mês contido em cada um dos pagamentos é
exigido por ocasião da liquidação das parcelas do empréstimo. Se o financiador cobra uma
taxa de juros composta de 7% ao mês, pede-se indicar:
2.3.3.19 Você dispõe de $ 1.000.000,00 para empregar em duas situações, a prazo fixo, por 3 anos.
2.3.3.20 A juros compostos, quanto devo depositar hoje para ter o direito de receber $ 10.000,00
dentro de 2 anos a juros de 9% ao mês ?
$ 1 264,05
2.4.1 Conceito
Taxa de retorno ou taxa interna de um fluxo de caixa é a taxa de juros compostos que anula
o seu valor atual, sendo necessário observar o valor algébrico das suas parcelas dentro do seguinte critério:
a) os recebimentos terão sinal positivo, por representarem entradas de dinheiro;
b) os desembolsos (pagamentos) terão sinal negativo, por representarem saídas de
dinheiro.
A taxa de retorno é normalmente obtida pelo processo das tentativas, isto é, arbitramos uma
taxa de juros e calculamos o valor atual do fluxo de caixa para essa taxa. Se o valor atual for nulo, então a
taxa utilizada para o desconto é a taxa de retorno, caso contrário devemos arbitrar nova taxa de juros e
repetir o processo até encontrarmos uma taxa que satisfaça essa condição. A determinação exata da taxa
de retorno é, portanto, bastante trabalhosa, e por isso adotamos com freqüência um valor aproximado que é
obtido por interpolação linear entre duas taxas de juros que delimitam o valor procurado.
EXEMPLO:
2.4.1.1 Vejamos o caso da compra de uma máquina que custa no mercado, $ 10.000,00 e será financiada
para pagamento em 6 (seis) parcelas mensais no valor de $ 1.846,00. Calcular a taxa de retorno
ou rentabilidade do financiador e o custo do financiamento para o comprador.
3% a m.
2.4.1.2 O preço a vista de um determinado equipamento é de $ 5.000,00. Uma loja o está vendendo a
prazo, em quatro prestações mensais de $ 1.400,00. Qual a taxa de retorno Des operação?
4,69% a m.
2.4.1.3 O estudo de viabilidade econômica de um determinado projeto conduziu aos seguintes fluxos de
caixa:
ANO RECEBIMENTOS PAGAMENTOS SALDOS
ANUAIS ANUAIS ANUAIS
0 5.000,00 (5.000,00)
1 1.800,00 800,00 1.000,00
2 2.250,00 1.000,00 1.250,00
3 2.600,00 1.200,00 1.400,00
4 3.000,00 1.400,00 1.600,00
5 3.400,00 1.600,00 1.800,00
44
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Tipos de propostas:
a) Conflitantes:
São mutuamente exclusivas, isto é, a escolha de uma elimina a outra.
b) Concorrentes ou Independentes:
A escolha de uma não elimina as outras, que deverão ser guardadas para outra ocasião. Faz-se a
opção para a proposta mais necessária, deixando as outras aguardando oportunidade.
Os fluxos de caixa relevantes utilizados para se tomarem decisões de orçamento de capital incluem:
a) O investimento inicial;
b) As entradas de caixa operacionais; e
c) Um fluxo de caixa residual.
Investimento Inicial:
É a saída de caixa relevante no instante zero, para o investimento proposto.
45
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O investimento inicial é a saída de caixa relevante ocorrida no instante zero para a implementação
do investimento proposto a longo prazo. Refere-se á saída de caixa relevante que deve ser considerada ao
se avaliar um possível dispêndio de capital. É calculado obtendo-se a diferença entre todas as saídas e
entradas que ocorreram no instante zero (o momento em que o investimento é feito).
As variáveis básicas que devem ser consideradas ao se determinar o investimento inicial
relacionado a um projeto são: a) os custos de instalação do novo ativo; b) os recebimentos (se houver) pela
venda do ativo velho depois de descontado o imposto de renda; e c) as mudanças (se houver) no capital
circulante líquido.
Pode-se verificar que se não existirem custos de instalação e a empresa não está substituindo um
ativo existente, o preço de aquisição do ativo, acrescido dos ajustes devidos a eventuais mudanças no
capital circulante líquido, resulta no investimento inicial.
O quadro acima nos mostra que o custo de um novo ativo instalado é obtido através da soma de seu
custo de aquisição com os respectivos custos de instalação:
Custo do novo ativo: é a saída líquida de caixa que sua aquisição exige. Normalmente, estaremos
considerando a aquisição de um ativo imobilizado, pelo qual um preço de compra definitivo é pago.
Custo de instalação: são quaisquer custos adicionais necessários para se colocar o novo ativo em
funcionamento. São considerados parte do dispêndio de capital da empresa. Cada decisão de dispêndio de
capital deveria ser re-examinada para se ter certeza de que os custos de instalação não foram esquecidos.
A legislação do Imposto de Renda exige que a empresa adicione os custos de instalação aos custos de
aquisição do ativo, para se determinar o seu valor depreciável, o qual será baixado ao longo de um período
de tempo.
Custo do novo ativo instalado: é calculado através da adição do custo do ativo ao seu custo de instalação,
equivale ao seu valor depreciável.
Os benefícios que devem resultar de um investimento devem ser medidos após o imposto de renda,
pois a empresa não fará uso de nenhum benefício antes de ter satisfeito às exigências fiscais do governo.
Tais exigências dependem do lucro tributável da empresa, assim, é preciso deduzir o imposto de renda
antes de se fazerem comparações consistentes entre as propostas de investimento de capital, pois a
intenção é comparar os benefícios.
Todos os benefícios esperados de um investimento proposto devem ser medidos na forma de fluxo
de caixa. As entradas de caixa representam dinheiro que pode ser gasto, não simplesmente “lucros
contábeis”, que não estão necessariamente à disposição da empresa para pagamento de suas contas. Uma
técnica simples para converter o lucro líquido após o imposto de renda em entrada de caixa operacional
consiste em adicionar ao lucro líquido após o imposto de renda quaisquer encargos que não representam
saídas de caixa e apareçam como despesas na demonstração do resultado. O encargo mais comum que
não envolve desembolso, presente na demonstração de resultado, a depreciação, será o único item a ser
considerado.
As técnicas de análise de investimentos (ou orçamento de capital) são utilizadas pelas empresas para
a seleção de projetos que irão aumentar a riqueza de seus proprietários.
È a taxa de desconto que iguala o valor presente das entradas de caixa ao investimento inicial
referente a um projeto, resultando, desse modo, em um: VPL = $ 0.
Taxa de retorno ou taxa interna de um fluxo de caixa é a taxa de juros compostos que anula o seu
valor atual, sendo necessário observar o valor algébrico das suas parcelas dentro do seguinte critério:
c) os recebimentos terão sinal positivo, por representarem entradas de dinheiro;
d) os desembolsos (pagamentos) terão sinal negativo, por representarem saídas de dinheiro.
n
FC t
$0 = ∑ - P
t
i=1 (1 + TIR)
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Assim, a taxa de retorno é normalmente obtida pelo processo das tentativas, isto é, arbitramos uma
taxa de juros e calculamos o valor atual do fluxo de caixa para essa taxa. Se o valor atual for nulo, então a
taxa utilizada para o desconto é a taxa de retorno, caso contrário devemos arbitrar nova taxa de juros e
repetir o processo até encontrarmos uma taxa que satisfaça essa condição. A determinação exata da taxa
de retorno é, portanto, bastante trabalhosa, e por isso adotamos com freqüência um valor aproximado que é
obtido por interpolação linear entre duas taxas de juros que delimitam o valor procurado.
EXERCÍCIOS:
1 Vejamos o caso da compra de uma máquina que custa no mercado, $ 10.000,00 e será financiada
para pagamento em 6 (seis) parcelas mensais no valor de $ 1.846,00. Calcular a taxa de retorno
ou rentabilidade do financiador e o custo do financiamento para o comprador.
3% a m.
4,69% a m.
Por considerar explicitamente o valor do dinheiro no tempo, o valor presente líquido é considerado
uma técnica sofisticada de análise de orçamento de capital. Esse tipo de técnica, de uma forma ou de outra,
desconta os fluxos de caixa da empresa a uma taxa especificada, que pode ser: o custo de capital, custo de
oportunidade ou taxa de desconto, refere-se ao retorno mínimo que deve ser obtido por um projeto, de forma
a manter inalterado o valor de mercado da empresa.
n FCt
VPL = ∑ - P
i=1 t
(1+k)
Onde:
VPL = Valor presente líquido;
FC = Entrada liquida da caixa no tempo t;
K = Taxa de desconto, custo de capital, custo de oportunidade, TMA;
P = Investimento inicial.
Decisão:
Se o VPL for maior que zero, a empresa obterá um retorno maior que seu custo de capital. Com isto,
estará aumentando o valor de mercado da empresa e, conseqüentemente, a riqueza dos seus proprietários.
Tx = (IL – 1) x 100 =
Segundo Gitman (1997) os períodos de payback são geralmente usados como critério para
avaliação de investimentos propostos. O período de payback é o período de tempo exato necessário para a
empresa recuperar seu investimento inicial em um projeto, a partir das entradas líquidas de caixa.
No caso de uma anuidade, o período de payback pode ser encontrado dividindo-se o investimento
inicial pela entrada de caixa anual.
Para uma série mista, as entradas de caixa anuais devem ser acumuladas até que o investimento
inicial seja recuperado.
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Embora seja muito usado, o período de payback é geralmente visto como uma técnica não-
sofisticada de orçamento de capital, uma vez que não considera explicitamente o valor do dinheiro no tempo.
Decisão:
O critério de decisão baseia-se no menor tempo. Isto é, se o período de payback for menor que o
período exigido (ou o máximo aceitável), aceita-se o projeto. Se o período for maior que o período aceitável,
o projeto será recusado financeiramente.
Projetos independentes são aqueles cujos fluxos de caixa não estão relacionados ou independem
um do outro, de modo que a aceitação de um deles não exclui a consideração dos demais.
Exemplo:
Determinada empresa está avaliando duas propostas de investimento: uma delas é a compra de
uma nova empilhadeira; a outra é a aquisição de um novo sistema de gestão integrada ERP. Neste caso a
empresa pode aprovar as duas propostas simultaneamente.
Exemplo:
Uma indústria produz 500 toneladas/dia, e está analisando a compra de um equipamento. Duas
propostas foram apresentadas: a) a compra de um equipamento com dez anos de uso, capaz de produzir
800 toneladas/dia, que custa $ 250.000,00; b) Um equipamento novo que produz 1.000 toneladas/dia que
custa $ 500.000,00 e cujo fabricante aceita sua máquina atual por $ 100.000,00.
Obs.: A empresa irá optar por um ou outro, pois o espaço físico a ser utilizado é o do atual equipamento.
Exercícios:
PROJETO “A”
Uma máquina pode ser comprada ao preço de fatura de $ 9.500,00, mais um frete de $ 500,00. Sua
vida útil estimada é de 8 (oito) anos, sem nenhum valor residual no fim deste período. O incremento na
receita anual de caixa é da ordem de $ 3.750,00. Para a depreciação da nova máquina, a empresa utiliza o
método da linha reta horizontal. A empresa está enquadrada na alíquota de 50% para pagamento do
Imposto de Renda. A taxa mínima atrativa (TMA) representada pelo custo de capital é de 12%.
Pede-se:
a) Montar o fluxo contábil e o fluxo de caixa do projeto;
b) Montar o diagrama do fluxo líquido de caixa;
c) Calcular a taxa interna de retorno (TIR);
d) Calcular o valor atual e o valor presente líquido;
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PROJETO “B”
Uma máquina pode ser comprada ao preço de fatura de $ 8.000,00, mais um frete de $ 400,00. Sua
vida útil estimada é de 8 (oito) anos, sem nenhum valor residual no fim deste período. O incremento na
receita anual de caixa é da ordem de $ 4.000,00. Para a depreciação da nova máquina, a empresa utiliza o
método da linha reta horizontal. A empresa está enquadrada na alíquota de 50% para pagamento do
Imposto de Renda. A taxa mínima atrativa (TMA) representada pelo custo de capital é de 12%.
Pede-se:
a) Montar o fluxo contábil e o fluxo de caixa do projeto;
b) Montar o diagrama do fluxo líquido de caixa;
c) Calcular a taxa interna de retorno (TIR);
d) Calcular o valor atual e o valor presente líquido;
e) Calcular o Payback simples;
f) Calcular o índice de lucratividade;
g) Calcular a taxa de rentabilidade.
h) O projeto deve ser aceito financeiramente? Justifique.
i) Se você tivesse de decidir, por qual projeto optaria “A” ou “B”? Justifique.
PROJETO “C”.
Um gerente pretende adquirir uma máquina nova para seu departamento. Esta máquina nova lhe
custará $ 100.000,00 e terá vida útil de 8 anos, sem nenhum valor residual ao final deste período. Esta
máquina tem a capacidade de produzir 68.000 unidades físicas de produtos ao ano, que serão vendidas ao
preço unitário de $ 0,50. O método de depreciação utilizado pela empresa é o da linha reta. A taxa de
impostos (IR) está estimada em50%. Na sua empresa, três artifícios são utilizados na seleção de projetos
para investimento de capital:
Tendo em vista o desejo de adquirir a referida máquina por qual dos três artifícios deveria o gerente
optar? Justifique a sua conclusão.
PROJETO “D”.
Uma empresa pretende investir em um projeto. Este novo projeto exigirá um investimento inicial de
$ 200.000,00 e terá vida útil de 8 anos, sem nenhum valor residual ao final deste período. Isto é, o projeto
será depreciado integralmente em 8 anos.
Este projeto proporcionará (segundo os cálculos), uma receita anual antes da depreciação e do imposto
de renda, da ordem de $ 70.000,00. O método de depreciação utilizado pela empresa é o da linha reta. A
taxa de impostos (IR) está estimada em50%. A taxa mínima atrativa, representada pelo custo de capital é da
ordem de 12%. A empresa utiliza três artifícios na seleção de projetos para investimento de capital:
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0 5.000,00 (5.000,00)
1 1.800,00 800,00 1.000,00
2 2.250,00 1.000,00 1.250,00
3 2.600,00 1.200,00 1.400,00
4 3.000,00 1.400,00 1.600,00
5 3.400,00 1.600,00 1.800,00
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