DCET – Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas.

ROTEIRO Nº1: Introdução à CFD e utilização do SolidWorks para sua análise.

 Objetivos:
Compreender o uso das principais ferramentas da extensão SolidWorks Flow simulation para
análise de dinâmica dos fluidos computacional.

 Introdução:
A Dinâmica dos fluidos Computacional (ou CFD), é, segundo Versteeg e Malalasekera, a
análise de sistemas envolvendo escoamento de fluidos, transferência de calor e seus fenômenos
associados, como reações químicas, por meio de simulações computacionais. O custo mais
baixo comparado a experimentos realizados em laboratórios de simulações e a criação o de
softwares de interface intuitiva faz com que o CFD seja uma ótima técnica de resolução de
problemas da engenharia.
O software que será utilizado durante as aulas é o SolidWorks, conhecido pela criação e
modelagem de projetos CAD 3D, o programa conta com uma extensão chamada Flow
Simulation que permite a simulação e analise de aspectos como o regime de escoamento,
escoamento interno externo, troca de calor e etc.

 Requisitos Necessários:
Para melhorar a compreensão da aula o estudante precisa ter o conhecimento prévio da
interface básica do SolidWorks, bem como criação e montagem de peças.

 Conhecendo as principais ferramentas do Flow Simulation:

Create Lids: Ferramenta utilizada para criar “tampas” nas extremidades abertas da peça.
Wizard: É onde nomeamos e definimos parâmetros básicos do projeto, como unidade de
medidas, tipos de análises, elementos físicos a serem considerados, o fluido a ser utilizado e
também o tipo de escoamento.
Computational Domain: Aqui definimos a região de interesse da peça a ser analisada.
Boundary Conditions: Onde definimos as condições de contorno da nossa análise.
Goals: Aqui são definidos os objetivos de nossa análise, tais objetivos podem ser definidos
globalmente, em um ponto especifico, em uma determinada superfície e volume.

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 Global Mesh Settings: Essa ferramenta permite a criação automática ou manual da malha a
ser estudada.
Mesh Settings: Essa aba de ferramentas permite a visualização da malha e de suas células
em diferentes cores e a edição da malha em um local especifico do projeto.
Run: Ferramenta que permite dar início aos cálculos e simulações com os parâmetros
previamente definidos.

 Utilizando as ferramentas do Flow Simulation:

Create Lids:
1. Na aba Tools seleciona-se “Create Lids” e após isso podemos escolher as
extremidades abertas do projeto que serão fechadas.
Wizard:
1. Project Name: Aqui damos nome ao projeto e descrição do que será feito.
2. Unit System: Aba onde escolhemos o sistema de medidas, e também escolhemos o
número de casas decimais de cada parâmetro da simulação.
3. Analysis Type: Definimos aqui o tipo de análise de escoamento a ser realizado,
externo ou interno.Logo abaixo em “Physical Features” definimos parâmetros
físicos a serem considerados.
4. Default Fluid: Etapa onde definimos o fluido a ser utilizado. Em “Flow
Characteristics” podemos escolher o regime de escoamento do fluido.
5. Wall conditions: Definimos aqui as condições térmicas da parede e a sua
rugosidade.
6. Initial Conditions: Nesta página definimos os parâmetros iniciais da análise a ser
feita.
Computational Domain:
1. Types: Definimos aqui em quais dimensões a simulação será feita.
2. Size and Conditions: Definimos o tamanho do nosso domínio em relação aos eixos
de coordenadas.

Boundary Conditions:
1. Selection: Selecionamos a face onde a condição de contorno será aplicada.
2. Type: Onde podemos definir o campo da condição de condição de contorno
(escoamento, pressão e parede) e seus parâmetros.

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Goals:
1. Global Goals: Selecionamos os parâmetros a serem analisados em relação a
todo o projeto e definimos quais valores entre máximo, mínimo, ou a media são
de nosso interesse.
2. Point Goals: Aqui escolhemos em “Parameters” quais parâmetros serão
avaliados em relação e em “Points” qual será o local do projeto onde a análise
será feita.
3. Sufarce Goals: Escolhemos em “Selection” a superfície especifica na qual a
análise dos parâmetros definidos será efetuada.
4. Volume Goals: Escolhemos, em projetos envolvendo várias peças, qual o
volume de interesse da nossa análise.

Global Mesh Settings:

1. Type: Escolhemos se a nossa malha será gerada de maneira automática ou
manual.
2. Basic Mesh: Em caso de escolha da opção manual, nessa seção definimos o
numero de células em relação aos eixos de coordenadas.
3. Refining Cells: Aqui definimos o nível de refinamento das células fluidas,
sólidas e no contorno entre fluido/solido.
4. Channels: Definimos um refinamento especifico para canais estreitos.
5. Advanced Refinement: Aqui podemos escolher o refinamento especifico para
células curvas, sólidos pequenos e o critério de tolerância do refinamento.

Mesh Settings:
1. Local Mesh Settings: Em “Selection” escolhemos entre Referência, onde
podemos selecionar um componente ou face, e Região, onde podemos
selecionar uma região de interesse com tamanho e geometria que podem ser
definidos. Após isso seguimos os mesmos passos aplicados no refinamento
global.

Run:
1. Mesh: Geramos e visualizamos a malha previamente definida e refinada
2. Solve: Iniciamos os cálculos com base nas condições e parâmetros previamente
definidos e visualizamos seus gráficos e simulações resultantes.

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 Bibliografia:
Versteeg, H K; Malalasekera, W. Na Introduction to Computational Fluid Dynamics. 2ªEd.
Pearson Pretence Hall.

Pereira, M. Ebook Flow Simulation.