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SUMÁRIO

Prefácio
Dedicatória e Agradecimento
IDEIAS BÁSICAS
COMO FAZER PERGUNTAS PARA OS ESTUDOS
DINÂMICAS DE APLICAÇÃO DO ESTUDO
APRESENTAÇÃO DE 1º PEDRO
MEDITAÇÃO 1
A RESPEITO DA SALVAÇÃO FUTURA
ESTUDO 1
MEDITAÇÃO 2
APRENDENDO A SER SANTOS
ESTUDO 2
MEDITAÇÃO 3
VIVER EM AMOR
ESTUDO 3
MEDITAÇÃO 4
A CASA DE DEUS
ESTUDO 4
MEDITAÇÃO 5
QUEM SOU EU?
ESTUDO 5
MEDITAÇÃO 6
UM EXEMPLO A SEGUIR
ESTUDO 6
MEDITAÇÃO 7
O RELACIONAMENTO MATRIMONIAL
ESTUDO 7
MEDITAÇÃO 8
NA PRÁTICA
ESTUDO 8
MEDITAÇÃO 9
RAZÕES DO SOFRIMENTO
ESTUDO 9
MEDITAÇÃO 10
O EXEMPLO DE CRISTO
ESTUDO 10
MEDITAÇÃO 11
O FIM DE TODAS AS COISAS
ESTUDO 11
MEDITAÇÃO 12
MOTIVO CORRETO DE SOFRIMENTO
ESTUDO 12
MEDITAÇÃO 13
MODELOS DO REBANHO
ESTUDO 13
MEDITAÇÃO 14
HUMILHAR-SE E RESISTIR
ESTUDO 14
APRESENTAÇÃO DE 2º PEDRO
MEDITAÇÃO 15
Os Elos do Crescimento Espiritual
ESTUDO 15
MEDITAÇÃO 16
Testemunho Pessoal
ESTUDO 16
MEDITAÇÃO 17
Cuidado Com os Falsos Mestres
ESTUDO 17
MEDITAÇÃO 18
Castigo aos Avarentos e Enganadores
ESTUDO 18
MEDITAÇÃO 19
A Vinda de Jesus
ESTUDO 19
MEDITAÇÃO 20
Empenhai-vos na Verdade
ESTUDO 20
Sobre o autor
PREFÁCIO

Um dos melhores métodos para o crescimento da igreja é a utilização de


nossas próprias casas como ponto de evangelização.

O estudo da Palavra em pequenos grupos possibilita o ensino personalizado,


quase individualizado que, além de ser edificante é eficiente.

Há muito que as igrejas espalhadas em todo território brasileiro carecem de


materiais para ajudar obreiros que se dedicam ao ensino da Palavra, não
apenas em pequenos grupos nos lares mas também em escolas bíblicas
dominicais ou outros encontros semanais.

Graças a Deus que agora surge um trabalho que serve de guia para
professores que valorizam e se dedicam a esse ministério.

As epístolas de Pedro são fontes de conforto, consolo, orientação, edificação


para todos os cristãos e ensino para não cristãos.

Este livro é um excelente manual de estudo dessas epístolas. Será uma grande
ferramenta nas mãos daqueles que se dispuserem a utilizá-lo.

Experimente seguir as recomendações e orientações do autor na forma


didática a que se propõe e você ficará impressionado com os resultados.

Agradecemos a Deus pela vida do autor que apesar de grandes dificuldades


materiais consegue se superar pelo poder de Deus, e produzir grandes coisas
para o reino. Esse irmão tem se revelado um servo útil e que já demonstra um
grande potencial através da literatura cristã que vem produzindo.
Oremos pelo irmão João Cruz e pela aceitação de mais esta obra.

Walter Lapa
Presbítero da Igreja de Cristo no Jabaquara, SP.
DEDICATÓRIA E
AGRADECIMENTO
Dedico esta obra a todos os que estudam sinceramente a Palavra de Deus. Ao
irmão e amigo Vanderson que apoiou de todas as maneiras principalmente
usando o material para a edificação da igreja no Cajuru, em Curitiba. Ele
também é responsável pela produção deste material pensando na edificação
das igrejas de Cristo espalhadas pelo Brasil.

Dedico esta obra às igrejas do centro de Curitiba, Jabaquara, Vila Maria, Vila
Guilherme, Vila Nova Cachoeirinha e tantas outras congregações em que tive
a oportunidade de servir e crescer. Também aproveito para agradecer a estas
congregações. Estes estudos, de uma forma ou de outra, foram formados nos
tempos em que tentei servir aos irmãos. Foi edificante para mim antes de
qualquer pessoa.

Agradeço a Deus que me deu este privilégio de, mais uma vez, produzir uma
obra. Nunca se faz nada sozinho e este é o caso novamente.

Dedico esta obra à minha irmã. “Não sei tudo o que se passa na sua cabeça,
mas acho que você pensa com o coração.” Obrigado, Tita, por me amar.
IDEIAS BÁSICAS
O estudo é composto de 3 partes básicas: Introdução, Discussão e
Conclusão. Planejado para ser simples.

Você deve usar na seguinte ordem: Você fará uma boa introdução, a
leitura do texto bíblico, as perguntas do conteúdo do estudo e a conclusão
usando tanto a introdução quanto o conteúdo do texto para aplicar a lição.

A introdução tem como função 'quebrar o gelo'. Se não souber fazer boas
perguntas e aplicar a introdução, congela o grupo. Humor funciona muito
bem. Veja como fazer boas introduções no próximo capítulo: “Dinâmicas
de aplicação do Estudo”.

A intenção das perguntas gerais, tanto na introdução quanto na discussão,


é fazer as pessoas pensarem e participarem. Evite, então, perguntas
simples demais que sejam respondidas por 'sim' ou 'não'. Leve o
estudante/participante a ler o texto novamente.

Se você não lê grego fluentemente para a preparação de estudos bíblicos,


use várias versões da Bíblia para definir bem o texto e cercar as eventuais
perguntas e respostas durante a aplicação do mesmo. Só assim você terá
domínio sobre o texto, contexto e outras traduções de palavras e a
mensagem exata.

As perguntas deste estudo usaram como base a versão de Almeida


Atualizada. Você deve estudar antes o texto bíblico e as perguntas aqui
sugeridas. Usando uma versão diferente, você tem a liberdade de fazer
perguntas conforme a versão usada pela maioria dos participantes do
grupo ou fazer perguntas usando as palavras específicas de uma versão.
Uma boa dica é ler o mesmo texto em várias traduções.

A ideia é estimular a participação das pessoas com conversas em redor do


texto que está sendo estudado. Evite estímulos repetitivos como a frase:
“E o que mais?”. Pense antes como estimular a participação das pessoas.

Quando alguém fala em público, deve evitar cacoetes como ‘né’, ‘é ou não
é?’, etc. Isso vai acontecer se você conseguir gravar você falando durante
uma aula e depois ouvir de uma maneira crítica a si mesmo. Se você é
casado, aceite as críticas e com elas construa aulas melhores ainda. Você é
que faz das críticas construtivas ou destrutivas.
COMO FAZER PERGUNTAS
PARA OS ESTUDOS
Usar Palavras Mágicas

Pense consigo mesmo e note que palavras são consideradas mágicas numa
pergunta. Existem ocasiões em que estamos participando de uma palestra ou
de um seminário em que temos vontade de responder às perguntas retóricas
que são feitas. Por que temos vontade de responder? Provavelmente o
palestrante usou palavras mágicas que nos aguçam a vontade de participar.

O que fazem as perguntas serem mágicas? O que fazem as perguntas serem


mágicas são as boas combinações de palavras. Todo mundo tem que
reconhecer que são perguntas desde que iniciam as frases. Bom seria poder
reconhecer uma pergunta mesmo antes de terminar a frase, antes de
empregar-se a entonação vocal. Faça um teste com crianças, se elas não
entendem a pergunta, provavelmente é melhor refazer a frase. Uma boa dica
é: perguntas não precisam de explicação e sim aguçam a vontade de
responder. Se precisar explicar a pergunta, com certeza você tem que
formular a frase para que seja, de fato, identificada como pergunta.

Muitas vezes você tem que contextualizar a pergunta colocando uma breve
explicação antes da pergunta. Faça isso!
Exemplo de contextualização da pergunta: Os gálatas estavam sendo
persuadidos a serem circuncidados para serem salvos. Se uma pessoa
fizer mesmo que só uma coisa do Velho Testamento, qual o valor de
Cristo? (Gálatas 5:2)

Palavras mágicas para uma boa composição de perguntas são: por que,
quando, será, qual a sua opinião, onde, etc.

Evitar a Lógica
A intenção num encontro bíblico, é fazer com que os participantes pensem
por si mesmos sobre a verdade e aprendam a fazer isso sozinhos na vida
espiritual mesmo fora de um grupo de estudos. A função da pergunta é
conduzir para que todos possam ser aguçados e mesmo incomodados pelo
assunto que se está discutindo. Ao fazer perguntas evite a lógica. Veja os
exemplos abaixo:

Texto bíblico:
“Pedro, apóstolo de Jesus Cristo, aos eleitos que são forasteiros da
Dispersão no Ponto, Galácia, Capadócia, Ásia e Bitínia” (1 Pe 4:1)

Perguntas com respostas lógicas a serem evitadas:

Quem escreveu este texto?


Quem era Pedro?
Para quem ele escreveu esta carta?

Perguntas que levam o participante a pensar:

De onde vinha a autoridade de Pedro para escrever?


Qual era a situação das pessoas para quem Pedro escreveu esta carta?

É claro que às vezes você vai precisar usar da lógica para ensinar.
Principalmente quando está no começo de um livro ou para um grupo
inexperiente na fé.

Conduzir em Direção à Verdade

Nos estudos em grupo a intenção principal é conduzir as pessoas para o


conhecimento da verdade. Por isso mesmo, é tão importante fazer perguntas
apropriadas. Uma pergunta mal colocada pode gerar uma conclusão errada e
confusão.

Um grande trunfo de se estudar e ensinar através de perguntas é fazer as


pessoas terem a sensação de que elas descobriram a verdade por si mesmas. É
um trunfo porque ninguém gosta que ditem um conceito em qual viver. Mas
quando eu descubro por mim mesmo o que devo fazer, não preciso ser
forçado por ninguém para me convencer da verdade. Por isso, novamente
repito, é importante trabalhar com muita dedicação nas perguntas tiradas do
texto em que se vai estudar. Se a pessoa entende o que a aula quer transmitir
sem que você a tenha feito chegar lá, dê o crédito à pessoa. Afinal, como
professor, você atingiu o objetivo.

Outra forma fantástica de conduzir as pessoas do grupo à verdade é deixar


que elas sintam a liberdade de responderem o que quiserem, mesmo as
opiniões mais controversas. Se elas sentirem esta liberdade e usarem dela,
você tem outro trunfo no estudo: aponte para o versículo tal da passagem que
foi lida. Tente ficar o máximo possível dentro do texto e deixe que o texto
corrija a pessoa. Com você, as pessoas podem até se indispor, mas com a
Palavra elas não têm poder porque o poder para salvar vem da Palavra. Então,
use constantemente a frase: “Olhe para o versículo”. Assim você estará
ensinando a pessoa que ela precisar estar sempre de olho na Palavra de Deus.

Lembrar do Contexto

Todo texto tem seu próprio contexto. No caso da Bíblia, para que qualquer
um possa entendê-la da forma pretendida por Deus, precisamos conhecer o
seu contexto. O contexto da Bíblia pode ser imediato ou expansivo. Chamo
de contexto expansivo o que se leva em conta, em primeiro lugar, em que
Testamento situa-se o texto. Esta informação é muito relevante já que o
Testamento em questão pode influenciar grandemente na conclusão e
aplicação do texto lido. Depois tem que se levar em conta o que o resto da
Bíblia diz sobre o assunto, só depois, passa-se para o contexto mais imediato.
Imediato é aquele texto maior (o que vem antes e depois do texto lido) que
explica o que o texto quis dizer na ocasião em que foi lido pelos primeiros
receptores. Faz parte do texto imediato quem escreveu, quem recebeu, por
que foi escrito, quando foi escrito, etc.

Antes de fazer um estudo baseado em perguntas, certifique-se que você tem


domínio do contexto expansivo e imediato. Tendo posse destas informações
importantes, você poderá fazer perguntas sem o medo de chegar a uma
conclusão inédita e errada. Todas as doutrinas humanas são baseadas na falta
de informação sobre o que o contexto, o texto e as palavras dizem. Não se
deve fazer conclusões de um versículo isolado. Por isso o contexto num
estudo de perguntas se faz tão importante. Se você estuda sem contexto, logo
encontrará um pretexto.

Bom seria se cada vez que lemos a Bíblia sentíssemos como se fosse a
primeira vez e assim pudéssemos ler sem pré conceitos. Mas isso talvez
também não seria bom. Teríamos que começar do zero a cada vez que
fossemos fazer a leitura. Então já que é impossível ler a Bíblia sem pré
conceitos, que eles sejam corretos, que tenham bases na verdade, então.
Alguns pré conceitos são necessários. Eis alguns: Quem é Deus, o Espírito
Santo e Jesus? O que é autoridade de Jesus, dos apóstolos, da Bíblia? O que é
a igreja, a oração, a fé, etc.? Estes pré-conceitos são necessários e inevitáveis,
pois eles farão parte da definição do contexto que buscamos.

Como Fazer Perguntas

Antes de fazer perguntas do texto, é necessário algumas atitudes para estar


pronto. Veja alguns passos para chegar na conclusão:

Leia o texto várias vezes e em várias versões da Bíblia. Responda às


perguntas que compõem o contexto do texto que se está estudando.

Em que Testamento o texto se encontra?


Quem escreveu o texto?
Por que escreveu?
Para quem escreveu?
• País • Cidade • Cultura • Crenças • Geografia, etc.
Quando o texto foi escrito?

Quanto mais informações cercar o seu estudo, mais eficiente ele será. Mesmo
que o seu esforço não apareça na apresentação do estudo.
Faça várias perguntas sobre o texto, tanto perguntas com respostas lógicas
quanto que levem a pensar (Neste ponto as perguntas não têm regras. Depois
você vai trabalhar na seleção das melhores perguntas).

Faça perguntas usando as outras versões para ir comparando e aprimorando


as perguntas.

Deixe a introdução por último. A introdução tem que conduzir a pessoa para
o assunto, então, deve ser muito bem planejada. A introdução serve para
“quebrar o gelo” mas se não for bem feita, pode congelar qualquer conversa e
participação.

Não deixe de indicar, também no seu estudo, os versículos onde achar a


resposta às perguntas.

Formate as perguntas em 3 divisões principais. Sempre que conversamos com


uma pessoa, ou mesmo quando lemos um texto, encontramos as três divisões
principais. Numa conversa, por exemplo, temos a seguinte divisão natural:

a) introdução;
b) discussão; e,
d) conclusão.
Ou seja: começo, meio e fim.

Na introdução levamos a pessoa a pensar no assunto lembrando das próprias


experiências, usando ilustrações e perguntas. Na discussão, conduzimos as
pessoas a descobrir por si mesmas o que o texto diz e já ir pensando na
aplicação para a sua vida. A conclusão só vai reforçar o que já foi visto por
todos tanto na introdução quanto na discussão.

A Estrutura do Estudo

Toda boa conversa tem um começo meio e fim, não é diferente num estudo
da Bíblia. “Ao escrever a declaração de independência dos Estados Unidos,
Thomas Jefferson escolheu três palavras/sentenças as quais se tornaram
provavelmente as mais marcantes e influenciadoras da história americana:
vida, liberdade e busca da felicidade. O lema da França, por exemplo, é
liberté, égalité e fraternité (liberdade, igualdade e fraternidade). De acordo
com estudos, nós (seres humanos) conseguimos memorizar facilmente
informações curtas — em caso de números, por exemplo, a quantidade
mágica gira em torno de três ou quatro”1. Quando fizer as perguntas antes
pense na estrutura do estudo. O estudo tem que ter começo (introdução),
meio (discussão) e fim (conclusão). Uma dica: deixe para formular a
introdução por último na hora da preparação do estudo, e neste caso você não
corre o risco de se perder na direção do estudo e vai ser muito útil para a
apresentação do mesmo.
DINÂMICAS DE APLICAÇÃO DO
ESTUDO
Faça uma introdução para a introdução. Não comece 'à seco' as perguntas da
introdução. Introdução é como usar óleo para encaixar uma peça de metal
com outras peças de metal.

Fazer uma introdução para a introdução é muito produtivo para o estudo. Não
se deve começar ‘à seco’, sem mais nem menos, sem pé nem cabeça. Se já
tem uma pergunta introdutória (todos os estudos contidos neste material
trazem perguntas introdutórias), comece conversando sobre aquilo, contando
uma história, fazendo uma introdução antes da pergunta introdutória.
Lubrifique a conversa antes de começar o estudo. Crie um contexto para
envolver as pessoas. Faça de contas que você está conversando
informalmente.

Exemplo: A sua pergunta introdutória é: “O que você pensava sobre o futuro


quando era criança?” para tirar o máximo de participação e boas respostas
você pode começar a conversar sobre o assunto: “Todo mundo já foi criança!
Todo mundo já deve ter pensando sobre o futuro, pois todos imaginamos ter
um futuro. O futuro é fascinante, nos dá vazão aos sonhos, nos dá a
impressão de liberdade, etc.” Neste ponto, então, vem a primeira pergunta
introdutória para o estudo: “O que você pensava sobre o futuro quando era
criança?”

Por experiência a participação é muito mais efetiva quando se faz a


introdução para a introdução. Tente e verá os resultados.

A introdução deve ser íntima do conteúdo do estudo e também na aplicação e


na conclusão do assunto. A introdução deve ser reconhecida no estudo
através de comentário ou mesmo da aplicação. Deve mostrar que você tinha
objetivo no preparo da aula.
Fique somente dentro do texto. Ouça as outras ideias mas resista à tentação
de responder a tudo. Aproveite a oportunidade para marcar um dia e horário
para estudar o que a Bíblia diz sobre o assunto.

Como pregadores da palavra, muitas vezes queremos mostrar nosso


conhecimento e acabamos mostrando nossa falta de sabedoria para lidar com
a situação. Se você responder a tudo, perde a oportunidade de ter um novo
contato com aquela pessoa e dar-lhe a mesma chance de aprender mais no
próximo estudo. Que tal marcar uma aula particular neste momento.
Aproveite a oportunidade.

Diga: “Interessante esse ponto que você levantou. Vamos conversar mais
sobre isso mais numa outra ocasião”.

Este e outros estudos devem durar, no máximo, 45 minutos. Se houver


cânticos e orações, então você deve fazer de tudo para que seja feito em no
máximo 1 hora (EXAGERANDO!). Comunhão, depois do estudo, à vontade!

Um evangelista novo chegou à cidade pequena, para o seu primeiro dia de


trabalho. Estava nevando e encontrou no prédio apenas um membro da igreja.
Começou o culto querendo mostrar pontualidade e serviço. Foi o 'showman'
do dia. Dirigiu os cânticos, fez a ceia e a coleta, uma pregação de uma hora,
mais cânticos e os avisos e oração final. Depois perguntou ao único membro
o que ele achou do culto. O homem, sendo explicitamente simples disse:

Sabe, irmão, eu sou um homem do campo. Todos os dias eu tenho que


alimentar o meu rebanho. Mesmo em dias frios como esse, eu tenho que ir lá,
bater no cocho, levar uma quantia suficiente para cada uma. Se todo o meu
rebanho aparece, eu dou toda a ração. Se apenas uma ovelha aparece, eu dou
o suficiente só para ela.

A objetividade é uma grande virtude. Você tem que deixar sempre um


gostinho de: “quero mais” e “já acabou?”. Se alguns ficam bocejando,
meneando a cabeça, olhando no relógio, etc, então você já extrapolou.
Planeje momento da comunhão também. Você pode rechear com açúcar ou
sal através de doces ou salgados. Mas pense sempre em coisas simples:
bolachas e biscoitos simples, suco ao invés de refrigerantes. Pode-se
inclusive revezar com os participantes inclusive os visitantes.

Estimule a participação. Se não há respostas às perguntas, chame a


participação pelo nome dos participantes.

Quando ouvimos, aprendemos um pouco mais; quando escrevemos,


aprendemos mais; quando somos nós que fazemos a aula e falamos,
aprendemos 100%. Participação efetiva e guia até à verdade, é o que fará a
pessoa aprender. Quando foi a pessoa que 'disse' aquilo que colabora com o
aprendizado de todos, ela sente-se bem em aprender através da sua
participação.

Você estará conduzindo as pessoas a aprender pelo menos 70% através de um


grupo de estudos e discussão da Palavra de Deus. Abrindo também as portas
para elas mesmas se desenvolverem mais ainda faltando apenas
experimentarem por si mesmas e ensinarem a outras pessoas.

Enquanto você está lendo este texto, você só está absorvendo somente 10%.
Se você ler em voz alta, passa para 20%. Se você tivesse visto este estudo
sendo aplicado, você teria aprendido 30%. Se você participar, seu nível de
aprendizado passa de 50 a 70% e quando você mesmo decide ensinar outras
pessoas então você vai aprender de 80 a 95%. Quanto você quer aprender e
fazer as pessoas absorverem a Palavra de Deus? O primeiro passo é decidir
isso. Quem ensina, como você está se propondo, aprende pelo menos 95% do
que está ensinando.

Perguntas interessantes estimulam a participação. Prepare-se, prepare o


estudo, adapte-o para o grupo que você vai usar.

Quando eu estava no exército fui ensinado a ter estratégia para vencer. Antes
de agir eu deveria perguntar para eu mesmo: Para onde vou? Como vou?
Quando vou? Perguntas interessantes, geram interesse e participação,
estratégia e ação. O papel de quem dirige o estudo é estimular as pessoas e
criar nelas uma vontade de participar. A intenção das perguntas é gerar
conversa (muitos chamam os estudos em grupo de 'bate-papo'). Pense em
perguntas que façam refletir mas não filosofar. A resposta tem que estar
dentro do texto ou dentro da lógica, porém, fuja do 'sim' ou 'não' como
resposta. Perguntas simples geram respostas lógicas e curtas e empobrecem o
estudo.

Não esqueça que estudo em grupo não é pregação e pregação geralmente é


retórica, isto é, você tem as perguntas e respostas e não espera participação.

Num estudo bíblico, você não é o convidado especial. Você é o 'mestre de


cerimônias' para que vejam o principal participante através da Palavra de
Deus. Você é o catalizador que fará as transformações através do
aprendizado. Você é um instrumento nas mãos de Deus. Deixe Ele te usar.

Seu principal papel é a direção de todos à vontade de Deus de acordo com o


texto inspirado das Escrituras.

Lembre-se sempre de ficar no texto bíblico proposto não aceitando desafios


para sair ou responder perguntas que possam surgir que o afastem do objetivo
proposto. Esteja preparado para responder mais do que as respostas que estão
no texto, mas tente marcar em particular ou em grupo para conversar depois
para aproveitar a oportunidade. E, basicamente, este é o propósito de reunir:
estudar a palavra de Deus.
Você já estudou, você preparou o estudo, você tem as respostas, então, você
deve saber já como mostrar as verdades expressas na Palavra e como fazer as
pessoas convencerem-se, como você, pela Palavra.

Seu papel é guiar, da melhor forma possível, as pessoas na Palavra de Deus.


Lembre-se sempre: “A fé vem pela pregação da palavra de Jesus” (Rm
10:17). Você tem que estar pronto na Palavra para convencer. As qualidades
de um futuro presbítero devem ser as qualidades de qualquer discípulo hoje:
“…apegar à mensagem tal como lhe foi ensinada, pois ela é de confiança.
Assim poderá não só encorajar os outros pelo verdadeiro ensino, como
também convencer aqueles que se opõem a esse ensino.” (Tito 1:9).

Dica: Na preparação do estudo, deixe para fazer a introdução sempre por


último. Desta forma, não tem como não fazer conexão com o estudo. Com a
experiência e estudo, cria-se a possibilidade de antecipar às perguntas e
estimular as participações.
APRESENTAÇÃO DE 1º PEDRO
Em Tempos de Sofrimento

Pedro foi testemunha ocular dos sofrimentos de Cristo (1 Pe 5:1). Ele estava
lá no pátio da casa do sacerdote enquanto Jesus estava sendo arbitrariamente
julgado e condenado. Ele negou Jesus e, no momento em que o galo cantou,
ele olhou para Jesus e Jesus já estava olhando no fundo dos seus olhos. Isto
lhe causou profundo arrependimento e saiu chorando amargamente.

De uma certa maneira o apóstolo Pedro representa todos nós que fazemos
Jesus sofrer e ainda o negamos. Agora também este mesmo ato deve nos
levar ao arrependimento e choro sincero de mudança para também nos tornar
testemunhas do sofrimento de Cristo e da Sua Glória.

O apóstolo Pedro nos ensina o motivo do sofrimento mesmo sendo injusto.


Deus se agrada daquele que sofre porque quem sofre, como Jesus sofreu,
deixa o pecado (4:1). Quem evita o sofrimento está geralmente abraçando o
pecado e querendo viver uma vida servindo suas paixões através da
prosperidade (avareza) e paixões carnais (falta de mudança de vida). Quem
segue Jesus deve estar pronto para sofrer por causa da mudança que isso trará
para a vida.
MEDITAÇÃO 1
A RESPEITO DA SALVAÇÃO FUTURA
1 PEDRO 1:1-12

Uma mulher na casa dos trinta anos, ficou chocada com a perda de seu
marido de 32 em um acidente de carro. Sua raiva e decepção foi mais
profunda do que uma expressão mais típica de tristeza. Ela tornou-se uma
seguidora de Cristo em seus vinte e poucos anos, mas seu marido não
compartilhava do seu interesse nas coisas espirituais. No entanto, ela
começou a orar por ele febril e incessantemente pra que ele viesse a conhecer
o Senhor Jesus. E um dia, quando ela estava orando, ela sentiu uma repentina
onda de paz sobre ela, e que marido ficaria bem. Ela aguardava ansiosamente
o dia em que seu marido entregaria sua vida a Jesus. E agora isso?

O que você faz quando a fé não faz sentido? Quando Deus parece não estar
respondendo ou as portas não se abrem ou Deus não pode ser encontrado?
Aquela mulher parou de viver para Deus.

A nossa fé e esperança será testada constantemente. Pedro, sabendo disso,


alertou aos irmãos que mantivessem firme a confiança. A vida no estrangeiro
era difícil para aqueles irmãos e agora eles estavam enfrentando a resistência
da fé e a perseguição. Por que o que já era difícil tinha que ficar pior?

A fé em Cristo nos regenerou por sua ressurreição. Foi a regeneração que os


apontou para o céu e garantiria para eles, e para todos que ainda hoje crêem, a
salvação eterna. A salvação trará alegria permanente, mas enquanto isso não
acontece, nossa fé é provada como pelo fogo o ouro. Em comparação com o
ouro, a fé é “muito mais preciosa do que o ouro perecível” (1:5-7).

Todos os discípulos, desde então, esperam a revelação de Jesus “a quem, não


havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com
alegria indizível e cheia de glória” (1:8). Ele é quem vai dar a recompensa da
fé.
O amor de Deus é tão grande que comparado com os profetas devemos nos
sentir muito privilegiados. Eles também tiveram contato com a Palavra da
salvação, mas ao contrário de nós eles não viram e nem experimentaram o
que experimentamos. Então eles, depois de ouvirem as palavras que a nós
foram destinadas, ficaram investigando e talvez até fazendo as contas quando
Jesus viria: “A eles foi revelado que, não para si mesmos, mas para vós
outros, ministravam as coisas que, agora, vos foram anunciadas por aqueles
que, pelo Espírito Santo enviado do céu, vos pregaram o evangelho, coisas
essas que anjos anelam perscrutar” (1:12).
ESTUDO 1
A RESPEITO DA SALVAÇÃO FUTURA
1 PEDRO 1:1-12

INTRODUÇÃO:

1. O que você pensava sobre o futuro quando era criança?


2. Como você acha que o mundo vai estar daqui há 100 anos?
3. Que coisas você gostaria de ver sobre o futuro?

DISCUSSÃO:

1. De onde vinha a autoridade de Pedro para escrever esta carta e ser


aceito? (v. 1)
2. Na sua opinião, como devia ser a vida na Dispersão? (v. 1)
3. Quem eram estas pessoas da Dispersão? (v. 1, 2)
4. O que aprendemos com aqueles irmãos?
5. Por que a regeneração em Cristo? (v. 3, 4)
6. Quando a salvação será definitiva? (v. 5)
7. A salvação traz alegria, porém, o que vem junto? (v. 6)
8. Qual a fonte da provação? (v. 6)
Tentação vem da cobiça, provação vem de Deus (Tg 1:12-15)
9. Por que Deus nos prova? (v. 7)
10. De que forma uma pessoa ama a Jesus sem vê-lo? (v. 8)
11. Pela fé vemos e amamos Jesus, e qual a conclusão da fé? (v. 9)
12. Qual a diferença entre nós e os profetas em relação à salvação? (v. 10)
13. De acordo com o verso 10, 11 e na sua opinião, o que eles gostariam
de saber sobre o futuro?
14. Quem os profetas gostariam de ser, se pudessem escolher? (v. 12)
15. Em que mensagem está a salvação revelada pelo Espírito Santo? (v.
12)

CONCLUSÃO:
1. Esta carta é um exemplo para ser aplicado a nós hoje em dia também.
2. Aprendemos que os discípulos de Jesus são forasteiros aqui neste
mundo.
3. A pátria dos discípulos de Jesus é nos céus, de onde são
embaixadores.
4. Pela ressurreição de Jesus é que renascemos. Isto é, a nossa 2ª chance
que tanto precisamos.
5. As provações são coisas boas, se continuarmos fiéis.
6. A provação é que aumenta o valor da nossa fé.
MEDITAÇÃO 2
APRENDENDO A SER SANTOS
1 PEDRO 1:13-21

Um menino foi até a Escola Dominical em um país pagão. O menino disse:


“Eu gosto do que você diz sobre o Deus da Bíblia, mas eu não posso vê-lo.
Mas se eu for para o templo do meu deus eu posso ver o meu deus.”

O missionário disse para o menino: “O seu deus sangra?” O menino disse:


“Eu não sei.” - O missionário deu-lhe um alfinete e disse: “Da próxima vez
que você for ao templo, quando ninguém estiver vendo, alfinete ele e veja o
que acontece.”

Na semana seguinte, o menino voltou para sua classe da Escola Dominical.


Ele disse para o missionário, “eu fiz, eu fiz, eu piquei o ídolo.” - O
missionário disse: “E o que aconteceu?” O menino respondeu: “Nada, meu
deus não sangra.” - Imediatamente o missionário afirmou: “Mas, meu Deus
sangrou! Ele sangrou por mim e ele sangrou por você!”.

Jesus se tornou um de nós e foi reconhecido em forma de servo, isto é, em


figura humana; para que nós pudéssemos ter a chance de saber que podemos
nos tornar iguais a Ele.

Para começar a transformação, precisamos vestir nosso entendimento, depois


devemos nos comportar diferente da maioria e então “segundo é santo aquele
que vos chamou, tornai-vos santos também vós mesmos em todo o vosso
procedimento” (1:13-16).

O discípulo de Jesus precisa entender que, como Jesus, estamos de passagem


por este mundo. Somos peregrinos, não viemos aqui para ficar. Como Ele, o
nosso reino não é deste mundo (1:17).

Foi pago um alto preço para que pudéssemos ser resgatados do pecado e do
medo da morte. O preço pago não se compara a ouro, prata ou coisas
corruptíveis, mas pelo sangue de Jesus (1:18, 19).

Afinal a mensagem de amor se tornou real: “conhecido, com efeito, antes da


fundação do mundo, porém manifestado no fim dos tempos, por amor de
vós”. E por Jesus é que conseguimos agradar a Deus pela fé e esta fé e
esperança estejam em Deus (1:20, 21).
ESTUDO 2
APRENDENDO A SER SANTOS
1 PEDRO 1:13-21

INTRODUÇÃO:

1. Você confiaria num motorista bêbado? Por quê?


(ref. ao vs. 13)
2. Qual atitude de criança você ainda tem com você?
3. Amadurecendo, quais qualidades destacam-se mais em você que o faz
parecido com seus pais?

Discussão:

1. Você está pronto para a volta de Jesus?


2. Como preparar-se e sentir-se pronto? (v. 13)
3. Todos temos paixões, como administrá-las? (v. 14)
4. Quem vive as paixões, em que situação está vivendo? (v. 14)
5. O que é contrário de viver nas paixões? (v. 15)
6. Como, na prática, ser santo? (v. 15)
7. Por que e como ser santo? (v. 16, 17)
8. Olhe outra dica no verso 17. Como ser santo?
9. O que deve nos motivar a ser santos? (v. 18, 19)
10. Desde quando Deus planejou a nossa salvação e santidade? (v. 20)
Uma nota sobre predestinação: Quem acredita na predestinação, admite não
saber nada sobre salvação e não pode dizer que é salvo ou até qual igreja
(religião) salva, pois, afinal não sabe se está salvo ou não, pois tudo já está
predestinado…
11. O que isso nos ensina sobre Deus?
12. O que isso nos ensina sobre a urgência em ser santos? (v. 21)

CONCLUSÃO:
1. Jesus vai voltar, é uma realidade inevitável, prepare-se para aquele
dia para não ser pego de surpresa.
2. Saiba 'administrar' suas paixões, quem vive em função das paixões,
está vivendo em desobediência.
3. Ser santo precisa ser na prática, isto é, no procedimento.
4. A motivação da santidade vem de sermos parecidos com Deus, nosso
Pai; porque não pertencemos a este mundo e porque Deus pagou um
alto preço por cada um de nós.
5. Deus planejou nossa salvação pela santificação antes da fundação do
mundo.
MEDITAÇÃO 3
VIVER EM AMOR
1 PEDRO 1:22-25

Um beija-flor fez muita amizade com um corvo. Com o passar do tempo


aquela amizade foi se fortalecendo, chegando a ser como um laço de família.
O beija-flor e o corvo quase não se separavam e tinham uma confiança
enorme um no outro.

Certo dia o beija-flor resolveu convidar o corvo para comer em sua casa. O
corvo aceitou o convite. Então, no dia marcado, o beija-flor aprontou uma
bela mesa repleta com o néctar de várias espécies de flores, mel e tudo que
ele tinha de melhor. O corvo chegou na hora combinada e se alimentou tão
bem que ficou muito satisfeito com todo alimento servido. Era tudo natural!

O corvo ficou tão contente que resolveu retribuir o gesto do amigo beija-flor,
de maneira que o convidou para ir almoçar em sua casa também e o beija-
flor, claro, aceitou prontamente. No dia marcado o beija-flor chegou à casa
do corvo e viu que este também havia colocado o 'melhor' na mesa para
alimentar seu amigo: carniça, restos de animais em decomposição e todo tipo
de carne podre. Imagine a cena: vemos o beija-flor que, de tão envolvido que
estava naquela amizade, teve que comer todo aquele lixo para não magoar
seu amigo.

Se quisermos ser puros, precisamos tomar cuidado com quem andamos e


mesmo que precisemos continuar vivendo no meio da impureza no trabalho,
escola, vizinhança, na rua e tantos outros lugares. Por causa desta situação,
precisamos purificar a nossa alma pela obediência à verdade na prática, isto é,
“tendo em vista o amor fraternal não fingido, amai-vos, de coração, uns aos
outros ardentemente” (1:22). Isto porque Ele nos amou primeiro e nos
regenerou para sermos sua imagem e semelhança. Então, se Deus é amor, é
natural que devemos amar ao próximo.

Nosso coração é como um solo onde a boa semente foi plantada. É uma
semente incorruptível que é a “palavra de Deus, a qual vive e é permanente”
(1:23).

O que buscamos hoje é a vida nova e eterna que queremos e isto só é possível
pela purificação, porque se dependemos desta matéria, o corpo, só
experimentaremos envelhecimento e finalmente a morte “Pois toda carne é
como a erva, e toda a sua glória, como a flor da erva; seca-se a erva, e cai a
sua flor; a palavra do Senhor, porém, permanece eternamente. Ora, esta é a
palavra que vos foi evangelizada” (1:24, 15). Na prática o amor purifica
nossas vidas, primeiro por Cristo depois pelo amor ao próximo.

“Pois aquele a quem estas coisas não estão presentes é cego, vendo só o que
está perto, esquecido da purificação dos seus pecados de outrora.” (2 Pe 1:9).
ESTUDO 3
VIVER EM AMOR
1 PEDRO 1:22-25

INTRODUÇÃO:

1. Imagine se uma pessoa tivesse uma grande dívida e você a perdoasse.


Qual seria o sentimento daquela pessoa por você?
2. Havia dois servos devedores. Um devia 100 mil e outro 10 mil.
Ambos foram perdoados. Qual dos dois saiu mais grato ao senhor?
(Lc 7:36-50)

DISCUSSÃO:

1. Como purificar a nossa alma? (v. 22)


- Veja o que mais Pedro ensina como purificar a alma em 1 Pedro 3:20, 21.
2. Qual o resultado imediato de purificar a alma pela obediência? (v. 22)
Purificação é Deus nos perdoando a dívida dos pecados.
Quando a alma está purificada, você olha para as pessoas de uma
forma diferente.
Você ainda sente a dívida de amar como Deus te amou e perdoou
você purificando pela obediência.
3. Quais as características do amor que devemos ter pelos outros? (v.
22)
4. Usando o verso 22 complete: amai-vos:… O que significa de
coração? (v. 22)
5. 'Amai' é um imperativo. Imperativo é mandamento. Como devemos
obedecer o mandamento de amar? (v. 22)
6. Por que amaremos ardentemente aos outros depois da purificação da
nossa alma? (v. 23; Lembrar de 1º Jo 4:19)
7. Qual semente é esta que nos regenerou? (v. 23)
A semente é a própria palavra. Tiago 1:21 diz que se implantarmos a palavra
dentro de nós, como uma semente, ela salva a nossa alma.
Os evangelhos ensinam que a palavra é a semente.
8. Qual a característica desta semente? (v. 23)
9. Qual a diferença entre esta semente, que é sempre viva, com a carne?
(v. 23, 24)
10. Tudo o que é da carne passa, o que devemos fazer se quisermos ser
eternos? (v. 25)
- Jesus disse que tudo passaria, menos as suas palavras.
11. Como compartilhar a eternidade com alguém? (v. 25)

CONCLUSÃO:

1. Você já purificou a sua alma? Purifique pela obediência à palavra de


Deus.
- Plante a palavra no bom terreno do seu coração e ela salvará a sua alma (Tg
1:21)
2. A purificação é contínua, desde que precisamos obedecer sempre.
3. Se você quer ser uma pessoa amável e simpática, você precisa ser
purificado na alma.
- A velhice só acentua os seus defeitos. Só a Palavra pode mudar você em
qualquer idade.
4. Lembre-se que a beleza e a juventude passa, o que fica de você é o
amor e a simpatia, isto é, o trato para com os outros.
5. Amemos aos outros fraternalmente, sinceramente, de coração e
ardentemente.
Mesmo que você tenha sido maltratado pelos seus irmãos no passado, hoje
você os ama e até tem saudades daqueles tempos de infância e juventude.
O amor entre os irmãos deve ser assim, fraternal.
O amor deve ser ardente, isto é, alimentado como uma fogueira e que aquece
aqueles que amamos e quem passa por perto de nós.
6. Não espere ser amado para amar. Seja você a fonte do amor de Deus.
7. A palavra de Deus é esta semente sempre viva que, implantada em
nós, nos faz renascer.
8. Você vai passar por esta vida, se quiser ser eterno, obedeça à verdade
da Palavra de Deus a qual não passará jamais!
9. Compartilhe a eternidade através do amor pregando o evangelho.
MEDITAÇÃO 4
A CASA DE DEUS
1 PEDRO 2:1-8

Deus veio à Terra e comprou uma casa. Custou muito caro, mas ele amou a
casa tanto que a comprou e pagou por ela. O preço era realmente abusivo,
mas Ele é Deus.

Mesmo tendo pago tanto pela casa, ele precisou restaurar a casa baseado no
projeto original. Que parte da casa Ele mais precisou mexer? Veja Ele
olhando a casa de fora. Veja o rosto Dele. Ele está feliz ou desapontado? Veja
ele entrando naqueles cômodos que mais precisavam de restauração. Que
parte Ele precisa derrubar?

Somos a casa de Deus, mas fomos invadidos por alguém que nunca deveria
ter entrado no jardim desta casa. Ele não entrou pela porta e, quando menos
se percebeu, a casa tinha um novo dono. Nem os vizinhos ficaram felizes pela
invasão, pois junto o invasor trouxe todo tipo de pecados. Mas agora Deus
comprou a casa a preço alto.

Olhando para nós mesmos o que vemos? “toda maldade e dolo, de hipocrisias
e invejas e de toda sorte de maledicências” (2:1). A cena não é agradável de
maneira nenhuma! Precisamos de restauração através de um novo
nascimento. Nascendo de novo, nos tornamos crianças e precisamos aprender
tudo de novo: andar direito sem tropeçar, falar o que convém, pensar em
coisas boas e agir com boas obras. Tudo começa pelo alimento: “desejai
ardentemente, como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para
que, por ele, vos seja dado crescimento para salvação” (2:2).

Qualquer um de nós, depois de já maduros e tendo provado que o pecado não


presta mesmo, gostaríamos de voltar a ter aquela sensação da “experiência de
que o Senhor é bondoso” (2:3). Precisamos voltar às bases e saber que a
pedra deve ser colocada onde ela foi tirada. A pedra angular que dará direção
correta para tudo “a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para
com Deus eleita e preciosa” (2:4).

Agora a casa bem fundamentada somos nós, os discípulos de Cristo. Somos


um templo construído com um objetivo: “vós mesmos, como pedras que
vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de
oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus
Cristo” (2:5)

Nossa edificação espiritual está fundamentada na pedra angular, que é Cristo,


e deve nos levar até os céus e chegando lá, não seremos confundidos. Para
nós que cremos é preciosa pedra. Mesmo Jesus tendo sido rejeitado, tornou-
se o único nome no qual encontramos salvação, mas para os descrentes:
“Pedra de tropeço e rocha de ofensa. São estes os que tropeçam na palavra,
sendo desobedientes, para o que também foram postos” (2:6-8).
ESTUDO 4
A CASA DE DEUS
1 PEDRO 2:1-8

INTRODUÇÃO:

1. Você conhece a fábula dos 3 porquinhos?


2. Você lembra que casas que eles construíram?
3. Qual casa ficou firme contra os ataques do lobo?

DISCUSSÃO:

1. Qual a diferença do sentimento entre uma criança e um adulto


quando tiram a roupa?
- O adulto sente vergonha ou malícia
- A criança não tem nem vergonha nem malícia. Ela é pura.
2. Cinco coisas não combinam com os discípulos de Jesus. Quais são?
(v. 1)
- Maldade, engano, hipocrisia, invejas e maledicências
3. Crianças têm estas 5 coisas em suas vidas?
4. Ao invés de nos alimentar do pecado, do que devemos nos alimentar?
(v. 2)
- Do genuíno leite espiritual
5. O que o pecado traz para a nossa vida?
- Regresso, falta de crescimento, remorso, pesar, etc
6. O que o genuíno leite espiritual traz para as nossas vidas? (v. 2)
7. Pecado ou leite espiritual, qual você tem rejeitado? Por quê?
8. Ao contrário do mundo, que caminhos nos esforçamos para seguir?
(v. 4)
9. Por que nos associamos a Jesus? (v. 5)
- Dependemos dEle, nos parecemos com Ele e, nos associamos a Ele.
10. Que tipo de pedra Jesus é? (v. 6)
- O que quer dizer pedra angular, principal?
- Qual a função desta pedra?
- É uma pedra preciosa
11. O que Jesus é para os descrentes? (v. 7)
12. Por que parece às vezes que Jesus ofende? (v. 8)
13. Como tropeçar em Jesus? (v. 8)

CONCLUSÃO:

1. Tire da sua vida o pecado e torne-se como criança.


2. Deseje ardentemente o leite espiritual. Lembre-se: quem não chora,
não mama.
3. O pecado só trás remorso e vergonha para as nossas vidas.
Precisamos nos desfazer deles.
4. Como pedra viva, louve ao Senhor, se você não fizer, as pedras não
vivas farão.
5. Aproxime-se de Jesus porque Ele é pedra viva e nós o temos como
base para a construção eterna.
6. Jesus ofende e faz tropeçar os desobedientes.
7. O leite é liquido mas ele é quem nos deixa firmes como pedra.
Ilustração: Um sobrinho da minha esposa que estava na categoria de base do
Cruzeiro de MG não pôde continuar porque não gostava de tomar leite e
comer queijo. O leite e o queijo têm cálcio e deixam os ossos fortes. Se não
nos alimentarmos de leite, não vamos ficar firmes como pedras e não
poderemos continuar servindo ao Senhor.
MEDITAÇÃO 5
QUEM SOU EU?
1 PEDRO 2:9-17

Um vôo comercial lotado de Denver foi cancelado, e um único funcionário


remarcava uma longa fila de passageiros incomodados. De repente, um
passageiro irritado abriu caminho empurrando as pessoas e bateu o seu
bilhete no balcão e disse:
Eu tenho que estar neste vôo e tem que ser de primeira classe!
- Sinto muito, senhor - respondeu o funcionário - Eu vou ficar feliz para
ajudá-lo, mas eu tenho que atender essas pessoas que estavam na sua
frente primeiro.

O passageiro não se impressionou e insistiu:


Você tem alguma idéia de quem eu sou? Ele gritou em voz alta o suficiente
para os passageiros atrás dele para ouvir.

Sem hesitar, o funcionário sorriu e pegou o microfone e falou para todos:


Posso ter sua atenção, por favor? Ele transmitiu para todo o terminal.

- Nós temos um passageiro aqui no portão que não sabe quem ele é. Se
alguém pode ajudá-lo a encontrar sua identidade, por favor, venha para o
portão 1. O homem se retirou, as pessoas no terminal explodiram em
aplausos.

Quem é você? Com Deus você ganha uma nova identidade e ela não pode ser
secreta. Quando Deus olha para você Ele diz em alta voz: “Vós, porém, sois
raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva”.
Deus te capacitou com qualidades que você nunca teria conseguido sozinho,
mas também te deu uma responsabilidade: “a fim de proclamardes as virtudes
daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;” (2:9).

Você pode perguntar: “Quem, eu?” E Deus está disposto a declarar


novamente: “vós, sim, que, antes, não éreis povo, mas, agora, sois povo de
Deus, que não tínheis alcançado misericórdia, mas, agora, alcançastes
misericórdia” (2:10). Ele não tem vergonha de dizer isso para o mundo todo.
Então, nós também não devemos ter vergonha de ser o que somos.

E sendo tão especiais aos olhos de Deus, precisamos viver aqui enquanto
temos tempo como peregrinos, nos abster das paixões carnais e “mantendo
exemplar o vosso procedimento no meio dos gentios” porque isso é a forma
mais prática de falar de Deus, isto é, através do exemplo (2:11, 12).

Enquanto cidadãos deste mundo, devemos ser exemplares e nos sujeitar,


mesmo que nos castiguem com suas leis e procedimentos (2:13, 14). Vamos
lutar contra o mal pela prática do bem e “emudecer a ignorância dos
insensatos”. Sabendo que em Cristo somos livres, mas não libertinos e assim,
vivamos como servos de Deus (2:15-17).
ESTUDO 5
QUEM SOU EU?
1 PEDRO 2:9-17

INTRODUÇÃO:

1. Qual a sua profissão?


2. Qual a missão social desta profissão?
3. Quem te ajudou a ser profissional nesta área?
4. Como você reage quando falam mal de você no trabalho?
5. Como você trata os seus colegas e patrão?

DISCUSSÃO:

1. Qual o nosso valor para Deus? (v. 9)


2. Para qual missão Deus nos capacitou? (v. 9)
3. Por que motivo isto é tão especial e devemos ser gratos a Deus? (v.
10)
4. Qual a melhor forma de ser grato a Deus? (v. 9)
5. Para onde nos conduz o caminho ao qual fomos chamados? (v. 9)
6. Para onde nos conduzia o caminho que estávamos andando antes? (v.
10)
7. Como deve ser nosso comportamento agora que estamos na luz? (v.
11)
8. Somos forasteiros aqui, o que acontece se não nos comportarmos? (v.
11)
9. Qual o grande problema do pecado? (v. 11)
10. Qual deve ser a nossa defesa quando falam mal de nós? (v. 12)
11. Qual resultado terá um bom comportamento? (v. 12)
12. Qual deve ser o comportamento do discípulo neste mundo? (v. 13,
14)
13. Qual era a situação que os soberanos e autoridades impunham sobre
os discípulos naqueles dias?
14. Qual a vontade de Deus? (v. 15)
15. Jesus nos libertou das trevas, para o que esta liberdade não serve? (v.
16)
16. Como deve ser o nosso relacionamento neste mundo? (v. 17)

CONCLUSÃO:

1. Você tem muito valor para Deus, tanto que Ele te transformou em
raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade
exclusiva.
2. Você foi feito assim especial por Deus com a missão de proclamar as
virtudes de Deus.
3. Deus te chamou para a luz e este caminho te conduz ao céu. No
caminho da sua vida você estava indo para a perdição.
4. Você deve procurar ter um bom comportamento para que ninguém
duvide de quem te chamou e para onde você está indo. Afinal, você é
um forasteiro aqui.
5. O grande problema do pecado é a guerra destruidora que ele faz com
a nossa alma.
6. Tenha um bom comportamento para que isto seja a sua defesa se
tentarem te difamar.
7. Devemos respeitar mesmo aqueles que não nos respeitam.
8. A vontade de Deus é que pratiquemos o bem, no tempo certo
colheremos o que plantamos.
9. Em Cristo somos livres do pecado e não para pecar e viver na
malícia.
MEDITAÇÃO 6
UM EXEMPLO A SEGUIR
1 PEDRO 2:18-25

Por muitos anos, Monterey, Califórnia uma cidade costeira, era um paraíso
pelicano. Como os pescadores limpavam seu peixe e jogavam a miudezas
para os pelicanos, as aves cresceram gordas, preguiçosas, e contentes.

Eventualmente, no entanto, o miudezas foram utilizado, e não havia mais


lanches para os pelicanos. Quando a mudança veio a pelicanos não fizeram
nenhum esforço para pescar por si. Eles esperaram e cresceram magros.
Muitos morreram de fome. Eles tinham esquecido como pescar por si
mesmos.

O problema foi resolvido com a importação pelicanos novos do sul que eram
aves acostumados a pescarem por si mesmas. Eles foram colocados entre os
seus primos morrendo de fome, e os recém-chegados começaram
imediatamente a captura de peixe. Em pouco tempo, os pelicanos famintos
seguiram o exemplo, a fome foi erradicada.

A melhor forma para aprender é pelo exemplo. Sabendo disso, Deus enviou
seu próprio Filho para mostrar como viver e vencer no meio da perdição. O
exemplo de servo nos faz ser servos também. Ele foi submisso, nós devemos
ser também. Ele foi submisso inclusive aos perversos (2:18) e Deus se
agradou Dele “isto é grato, que alguém suporte tristezas, sofrendo
injustamente, por motivo de sua consciência para com Deus.” (2:19). Porque
não há vantagem nenhuma se alguém merece ser castigado e assim suporta o
castigo com paciência. “Se, entretanto, quando praticais o bem, sois
igualmente afligidos e o suportais com paciência, isto é grato a Deus” (2:20).

Nosso chamado é para seguir o sofrimento e os passos de Jesus (2:21).


Mesmo que Ele não tivesse pecado algum, mesmo que nunca tenha enganado
ninguém, mesmo quando foi caluniado, xingado, ofendido “não revidava com
ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que
julga retamente” (2:22).

O ato de Jesus na cruz é que nos limpou do pecado e nos livrou do castigo.
Agora precisamos mirar no exemplo de Jesus e fazer o mesmo “para que nós,
mortos para os pecados, vivamos para a justiça; por suas chagas, fostes
sarados” (2:23).

Nós estávamos sozinhos no caminho da perdição, mesmo que acompanhados


pela maioria da humanidade. Queríamos voltar e Ele nos viu “desgarrados
como ovelhas; agora, porém, vos convertestes ao Pastor e Bispo da vossa
alma.” (2:24). Ele nos deu um Caminho, a Verdade e a Vida. Já não estamos
mais desgarrados, seguimos o exemplo do Pastor e Bispo que conduz nossas
almas.
ESTUDO 6
UM EXEMPLO A SEGUIR
1 PEDRO 2:18-25

INTRODUÇÃO:

1. Você já teve que suportar algum desaforo no trabalho, família, rua,


escola, etc.?
- Pode dar um exemplo?
2. Como você reage quando tentam te fazer de ‘palhaço'?
3. Você é do tipo que não leva desaforo para casa?

DISCUSSÃO:

1. O que esta passagem quer dizer com 'servo'? (v. 18)


2. Como um servo deve ser e por que motivo? (v. 18)
3. Na sua opinião, o que é submissão? (v. 18)
4. Por que uma pessoa precisa ser submissa? (v. 19)
5. Qual a vantagem de suportar com paciência o sofrimento? (v. 20)
6. Para o que você foi chamado ao se tornar um discípulo? (v. 20, 21)
7. Qual caminho devemos seguir? (v. 21)
8. Como deve ser o nosso comportamento neste mundo? (v. 22)
9. Como reagir quando somos xingados e maltratados? (v. 23)
10. O que Jesus fez para que nós vivêssemos na justiça e livres do
pecado? (v. 24)
11. Qual a nossa situação antes e depois de Cristo? (v. 25)
12. Como Supremo Pastor e Bispo das nossas almas, o que Jesus faz por
nós? (v. 25)

CONCLUSÃO:

1. Você tem sido um servo de Deus? Como Ele tem sido como Senhor?
2. Deus nos enviou a este mundo para servir. Se estiver servindo como
servo, sirva ao Senhor que te enviou.
3. A submissão tem mais resultados do que a força. Se você ainda não
viu os resultados, ainda não chegou ao fim da sua missão.
4. Suporte o sofrimento com paciência por motivo de consciência entre
você e Deus.
5. Se quiser saber o que Deus espera de você releia o versículo 21.
6. Jesus nos deu exemplo e nos mostrou como viver livres do pecado,
mesmo sendo escravos neste mundo.
7. Jesus é o único Pastor e Bispo das nossas almas. Ele fez por merecer
este lugar na sua vida.
MEDITAÇÃO 7
O RELACIONAMENTO MATRIMONIAL
1 PEDRO 3:1-7

Um homem no trabalho decidiu mostrar sua mulher o quanto ele a amava, e


antes de ir para casa, tomou banho, barbeou-se passou colônia e comprou-lhe
um buquê de flores.

Ele foi para a porta da frente e bateu. Sua mulher atendeu a porta e exclamou:
“Oh, não! Este foi um dia terrível! Primeiro eu tive que levar o Billy para a
sala de emergência para levar pontos na perna, em seguida, sua mãe ligou e
disse que está vindo passar 2 semanas, então a máquina de lavar quebrou, e
agora isso! Você chega bêbado em casa!

Muitas esposas não estão mais acostumadas a ouvirem ou verem o amor do


marido depois de algum tempo no casamento. Parecem dois estranhos que
vivem juntos. A vida matrimonial não é fácil, mas podemos tomar a decisão
de mudar para melhor a qualquer tempo.

Homens e mulheres foram criados para serem diferentes e as diferenças


devem ser bem vindas. Não foram criados para se entenderem e sim para se
aceitarem e aprenderem a viver juntos e unidos em casa e na mente.

Submissão pode parecer palavrão, mas não é, é palavra de amor de Deus para
conosco. Submissão é uma semente que a mulher planta e ela mesma colhe
os frutos com alegria. A mulher submissa é que tem o poder em seu coração
para transformar o marido e o mundo. Submissão transforma primeiro a
mulher, depois todos ao seu redor que a observam o seu comportamento (3:1,
2). A beleza não só é passageira como é perigosa e enganadora. A beleza
verdadeira deve estar dentro da pessoa, pois, no final de tudo, só vai restar o
nosso caráter perante Deus e não a nossa aparência. Sendo assim a mulher
não deve dar tanto valor para a beleza exterior. O que tem valor é o interior, o
coração, o incorruptível, um espírito manso e tranqüilo “que é de grande
valor diante de Deus.” Esta é a beleza é o bom exemplo de santas mulheres
do passado (3:3-5).

Se beleza fosse garantia de um bom casamento não veríamos tantos atores,


atrizes, modelos e milionários se divorciando.

O papel do marido deve ser o seguinte: “vivei a vida comum do lar, com
discernimento; e, tendo consideração para com a vossa mulher como parte
mais frágil, tratai-a com dignidade, porque sois, juntamente, herdeiros da
mesma graça de vida, para que não se interrompam as vossas orações” (3:7).

Vamos buscar ter os olhos do Senhor para amar. Vamos olhar para a beleza
real e não a passageira. Já nesta vida a beleza acaba, mas a beleza que agrada
a Deus é eterna.
ESTUDO 7
O RELACIONAMENTO MATRIMONIAL
1 PEDRO 3:1-7

INTRODUÇÃO:

1. Você sabe quantas palavras uma pessoa fala por dia?


2. Quem fala mais, na sua opinião, homem ou mulher?
3. - A mulher fala em média 6 a 8 mil palavras por dia.
4. - O homem fala em média de 2 a 4 mil palavras por dia.
3. Qual o problema de falar muito?
4. Qual o problema de falar pouco?

DISCUSSÃO:

1. Na sua opinião, o que é submissão da mulher ao marido? (v. 1)


2. Não parece que a Bíblia é partidária aos homens? (v. 1)
3. Por que uma mulher deve ser submissa ao marido? (v. 1)
4. O que a mulher deve 'pregar' para o marido? (v. 1)
5. Por que a mulher não deve pregar para o marido? (v. 1)
6. O que deve convencer ao homem sobre a fé? (v. 1, 2)
7. Que lugar deve ter a beleza no relacionamento matrimonial? (v. 3)
8. Por que, na sua opinião, a beleza não é importante para o
relacionamento?
9. O que o homem deve ver na mulher? (v. 4)
10. Qual deve ser o vestuário espiritual da mulher? (v. 4)
11. Quais exemplos as mulheres devem seguir? (v. 5, 6)
12. Qual deve ser o papel do marido cristão? (v. 7)
13. O que quer dizer ao marido 'igualmente'? (v. 7)
14. O que significa, na sua opinião, para o marido viver a vida comum do
lar? (v. 7)
15. O que significa ter discernimento? (v. 7)
16. Em que sentido a mulher é a parte mais frágil? (v. 7)
17. Que motivo divino o homem tem para tratar a mulher com dignidade?
(v. 7)
18. Que atitude espiritual e prática deve ter o marido com a esposa? (v. 7)

CONCLUSÃO:

1. A submissão da mulher tem um objetivo divino. Quando nos


submetemos de acordo com Deus, nos assemelhamos a Cristo.
2. Somente a submissão e humildade é que convence realmente a quem
precisa de Deus.
3. Quanto mais dura e tagarela for a mulher, pior será o relacionamento
com o marido e com a família.
4. A mulher não deve fazer do seu lar um púlpito para pregar sermões
aos maridos e à família. Deve pregar sem palavra alguma. A mulher
precisa entender que, quando o homem chega em casa, ele não quer
conversar muito.
5. O regime, a beleza e o adorno não devem ser essencial na vida da
mulher de Deus.
6. Ser santa vem de um comportamento santo.
7. O marido deve lembrar que tem que compartilhar a vida comum no
lar tratando a mulher com dignidade e cuidar dela. Somente a oração
pode transformar o seu casamento.
8. O marido precisa entender, que as mulheres têm necessidade de falar
quando se encontram.
9. Homem e mulher devem ceder às necessidades um do outro.
10. A mulher não deve pregar sermões ao marido que não tem crença mas
não deve esquecer de pregar a outras mulheres que não têm crença.
11. Lembremos que Jesus apareceu primeiro às mulheres porque sabia
que podia contar com elas e que elas não ficariam caladas. Com
Jesus, até os defeitos tornam-se em virtudes.
MEDITAÇÃO 8
NA PRÁTICA
1 PEDRO 3:8-12

Nós podemos viver apenas em relacionamentos. Precisamos uns dos outros.


Uma experiência bastante crua e cruel foi realizado pelo imperador Frederico,
que governou o Império Romano no século XIII. Ele queria saber o qual a
linguagem original do homem: hebraico, grego ou latim? Ele decidiu isolar
alguns recém nascidos do som da voz humana. Ele argumentou que eles
acabariam por falar a língua natural do homem. Amas de leite que foram
juradas de silêncio absoluto foram contratadas, e embora fosse difícil para
elas, elas respeitaram a regra. As crianças nunca ouviram uma palavra - nem
um som de uma voz humana. Dentro de alguns meses eles estavam todos
mortos.

Não basta ter relacionamentos, é preciso mantê-los saudáveis. Começa pelo


tratamento, mas o tratamento deve ser igual para com todos, devemos ter
compaixão, ter amizade de irmãos, ter misericórdia, ser humildes, se alguém
nos fizer mal, não pagar com o mal, se alguém nos xingar ou mesmo falar
mal de nós, devemos responder sempre com o bem, isto é, abençoar, porque
esta é a nossa missão aqui na terra se realmente quisermos receber a herança
lá nos céus (3:8, 9). Olhemos para o exemplo de Jesus que ficou calado
quando maltratado e xingado. Como vimos anteriormente nas palavras do
próprio Pedro que disse: “pois ele, quando ultrajado, não revidava com
ultraje; quando maltratado, não fazia ameaças, mas entregava-se àquele que
julga retamente” (1 Pe 2:23).

E enquanto estamos aqui, se quisermos aproveitar a vida “e ver dias felizes


refreie a língua do mal e evite que os seus lábios falem dolosamente” (3:10).
Conhecedores do bem e do mal, precisamos nos esforçar para nos afastar do
que nos impedirá de conquistar o nosso maior objetivo. O que é bom deve ser
uma prática constante em nossas vidas. A paz nos relacionamentos precisa de
empenho. Não é suficiente pedir por paz ou usar uma camiseta escrito paz é
preciso empenho (3:11). Paulo fala sobre este mesmo empenho que Pedro
dizendo: “se possível, quanto depender de vós, tende paz com todos os
homens” (Rm 12:18). A paz depende de cada um.

Nunca nos enganemos pensando que estamos sozinhos. Deus não serve só
para nos proteger e nos abençoar quando precisamos. Ele também vive em
nossas vidas e está olhando para nós. Quando precisar cuidar, ele cuida.
Quando precisa corrigir, ele corrige. “Porque os olhos do Senhor repousam
sobre os justos, e os seus ouvidos estão abertos às suas súplicas, mas o rosto
do Senhor está contra aqueles que praticam males” (3:12). Se agimos errado
sabendo o que é correto, o rosto do Senhor estará contra a nossa prática má.

Todos precisamos de relacionamentos saudáveis e santos. Começa com o


relacionamento com o Senhor e não existe outra forma de amar ao Senhor a
não ser através do próximo.
ESTUDO 8
NA PRÁTICA
1 PEDRO 3:8-12

INTRODUÇÃO:

1. Como você definiria o seu temperamento?


- Para ter uma noção mais clara, pense ou pergunte a alguém que te conhece
bem
2. Você consegue ouvir ofensas e não responder à altura?
3. Dependendo do seu temperamento, o mundo teria paz?

DISCUSSÃO:

1. Como devemos tratar a todos? (v. 8)


2. Como reagir se alguém, mesmo da igreja, nos fizer mal ou falar mal
da gente? (v. 9)
3. Qual o resultado quando agimos com o bem? (v. 9)
4. Qual tem sido o resultado, na prática, quando você tem agido com
vingança?
5. Onde está a felicidade? (v. 10)
6. Por que, na sua opinião, a felicidade está no domínio próprio? (v. 10)
7. O que mais precisamos fazer para sermos felizes? (v. 11)
8. Qual deve ser nossa atitude em relação à paz? (v. 11)
9. De quem depende a paz?
10. Por que devemos agir bem sempre? (v. 12)

CONCLUSÃO:

1. Trate todas as pessoas como você gostaria que tratassem você (Mt
7:12).
2. Seja uma pessoa de compaixão, amiga, misericordiosa e humilde.
Este é o segredo de um bom relacionamento.
3. Você já tentou o seu jeito de resolver as coisas e até agora não tem
dado tão certo. Tente o jeito de Deus.
4. Se você quer ser abençoado pratique o bem. O bem sempre vale a
pena.
5. Quer uma vida feliz e cheia de amor? Está dentro de você.
6. Refreie a língua (não fale mal de ninguém), aparte-se do mal, pratique
o bem e empenhe-se por alcançar a paz.
7. Deus está olhando para cada obra boa ou má que você fizer.
MEDITAÇÃO 9
RAZÕES DO SOFRIMENTO
1 PEDRO 3:13-22

Somerset Maugham, o escritor Inglês, escreveu certa vez uma história sobre
um porteiro, na Igreja de São Pedro, em Londres. Um dia um jovem vigário
descobriu que o porteiro era analfabeto e despediu ele. Desemprego, o
homem investiu suas escassas economias em uma minúscula loja de tabaco,
onde prosperou, comprou outra, ampliou, e acabou com uma cadeia de lojas
de tabaco no valor de várias centenas de milhares de dólares. Um dia gerente
da conta do homem disse: “Você prosperou bastante para um analfabeto, mas
onde você estaria se você pudesse ler e escrever?” “Bem”, respondeu o
homem, “eu seria zelador da Igreja de São Pedro, em Neville Square.”

O sofrimento na hora nunca nos parece uma boa coisa, mas é o tempo mais
fértil das nossas vidas. Só conseguiremos ver depois do tempo passar.
Anteriormente vimos que precisamos nos esforçar para fazer o bem e buscar
a paz, mesmo que sejamos vítimas do mal. E, olhando para Jesus, vemos o
que acontece com alguém que só faz o bem. E como Jesus devemos ter uma
outra forma de ver o sofrimento: “Mas, ainda que venhais a sofrer por causa
da justiça, bem-aventurados sois. Não vos amedronteis, portanto, com as suas
ameaças, nem fiqueis alarmados” (3:14).

Ao contrário de nos alarmar, o que só traria desânimo e perigo de desistência


da fé, o que devemos fazer é “santificai a Cristo, como Senhor, em vosso
coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos
pedir razão da esperança que há em vós” (3:15). O mundo vai querer saber
porque, mesmo sofrendo, agimos bem, estejamos preparados para responder
convincentemente. Para ser convincente, a forma é tão importante quanto o
motivo e esta é a forma de responder: “fazendo-o, todavia, com mansidão e
temor, com boa consciência, de modo que, naquilo em que falam contra vós
outros, fiquem envergonhados os que difamam o vosso bom procedimento
em Cristo” (3:16). A melhor forma de calar os que falam mal de um discípulo
de Cristo é santificar a Cristo no coração e se preparar para sofrer: “porque,
se for da vontade de Deus, é melhor que sofrais por praticardes o que é bom
do que praticando o mal.” (3:17).

O exemplo a seguir sempre é o exemplo de Jesus: “Pois também Cristo


morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-
vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito” (3:18). Pelo
nosso sofrimento podemos levar outros à luz.

E se queremos compartilhar a salvação precisamos levar as pessoas às águas


a exemplo do dilúvio. De um problema veio a salvação (3:19-21). A
recompensa do sofrimento pela fé é o exemplo de Jesus (3:22).
ESTUDO 9
RAZÕES DO SOFRIMENTO
1 PEDRO 3:13-22

INTRODUÇÃO:

1. Você já foi maltratado injustamente?


2. Sendo inocente, como reagiu?
3. Como uma criança reage quando é maltratada injustamente?

DISCUSSÃO:

1. Você tem algum motivo para ter medo de ser maltratado?


2. Que motivo se tem para não ter medo de ser maltratado? (v. 13)
3. Mas, se você é uma pessoa justa e ainda assim for maltratado, como
encarar esta injustiça? (v. 14)
4. Como responder à injustiça do maltrato? (v. 15)
5. Você está pronto a responder a razão da sua esperança? (v. 15)
6. Com qual comportamento responder aos maltratos? (v. 16)
7. Pensando neste versículo (v. 16), como não devemos responder aos
outros?
8. De que forma uma pessoa que fala mal de você ou te maltrata fica
envergonhada? (v. 16)
9. Mesmo sendo bons, Deus permite que soframos? Por quê? (v. 17)
10. Qual o nosso exemplo a seguir? (v. 18)
11. Até onde Jesus foi pregar estando morto na carne? (v. 19)
12. Quem eram estes espíritos em prisão? (v. 20)
13. A arca salvou 8 através da água, o que é isto figuradamente para nós
hoje? (v. 21)
14. Complete com as palavras de Pedro: “O batismo……” (v. 21)
15. Qual foi o resultado da vida santa de Jesus tendo sofrido mesmo que
injustamente? (v. 22)
16. Por que Deus permitiu Jesus sofrer injustamente? (v. 18)
17. Pensando no caso de Jesus, por que Deus permite que soframos
injustamente?

CONCLUSÃO:

1. A prática do bem é a defesa daqueles que têm fé.


2. Mesmo sofrendo, acredite que Deus está realizando sua vontade em
sua vida. Não existe acaso e algo que fuja do controle de Deus.
3. Enquanto não estiver sofrendo ou mesmo durante o sofrimento,
santifique a Cristo como Senhor antes de tudo no seu coração e
prepare-se para responder a todos sobre sua esperança.
4. Nunca deixe de ser manso, temeroso, e de boa consciência, mesmo
quando você estiver com a razão não perca a razão agindo de outra
forma.
5. Se você tem alguém na vida que fala mal de você injustamente, Deus
envergonhará aquela pessoa por sua boa atitude.
6. Se você não foi salvo ainda através da água, sempre há tempo
enquanto há vida.
7. Se Deus permitiu que seu Filho justo fosse maltratado injustamente,
entenda que ele pode permitir que você também seja maltratado.
Lembre-se da história de Jesus e saiba que Deus também quer te
usar.
MEDITAÇÃO 10
O EXEMPLO DE CRISTO
1 PEDRO 4:1-6

Morando em uma pequena comunidade rural há muitas fazendas de gado, e,


de vez em quando, uma vaca sai e se perde… Pergunte a um fazendeiro como
uma vaca se perde, e as chances são de que ele vai responder: “Bem, a vaca
começa mordiscando um tufo de grama, e quando termina, ele olha adiante
para o próximo tufo de grama e começa a mordiscar que um, e então
mordisca em um tufo de grama ao lado de um buraco na cerca. Em seguida,
ela vê um outro tufo de grama do outro lado da cerca, em seguida, vai para o
tufo seguinte. A próxima coisa que você sabe, a vaca mordiscou até se
perder.”

O pecado é desta forma também. Começa com uma pequena mordiscada até a
próxima e a próxima e assim vai. Quando abrimos os nossos olhos
novamente, nos encontramos perdidos, nem sabemos o caminho de volta.

Jesus deixou o exemplo a seguir. Precisamos olhar para a sua vida e assim
vamos saber encontrar o caminho de volta. Na luta contra o pecado, coisa que
não é fácil, precisamos nos preparar para sofrer. Este é o exemplo de Jesus:
“Ora, tendo Cristo sofrido na carne, armai-vos também vós do mesmo
pensamento; pois aquele que sofreu na carne deixou o pecado” (4:1). Uma
religião que prega o fim do sofrimento está levando o povo para a perdição.
O sofrimento vem por dizer não para as próprias paixões e sim para a vontade
de Deus: “para que, no tempo que vos resta na carne, já não vivais de acordo
com as paixões dos homens, mas segundo a vontade de Deus” (4:2).

O tempo que ainda nos resta é para agradar ao Senhor e não a nós mesmos ou
até outras pessoas: “Porque basta o tempo decorrido para terdes executado a
vontade dos gentios, tendo andado em dissoluções, concupiscência,
borracheiras, orgias, bebedices e em detestáveis idolatrias” (4:3). Não
querendo desagradar amigos, colegas ou parentes acabamos nos perdendo. E,
se você já mudou sua vida, sabe que no fundo não eram seus amigos, porque
depois da mudança começam a falar mal de você dizendo que está perdendo
tempo buscando ao Senhor: “Por isso, difamando-vos, estranham que não
concorrais com eles ao mesmo excesso de devassidão, os quais hão de prestar
contas àquele que é competente para julgar vivos e mortos” (4:4, 5). Mas no
julgamento você não estará no meio deles.

O evangelho é esperança para esta vida já. Não deixe para ouvir o evangelho
depois da morte, pois só resta salvação para os que o obedeceram e
condenação para os que o ignoraram. “pois, para este fim, foi o evangelho
pregado também a mortos, para que, mesmo julgados na carne segundo os
homens, vivam no espírito segundo Deus” (4:6)
ESTUDO 10
O EXEMPLO DE CRISTO
1 PEDRO 4:1-6

INTRODUÇÃO:

Um homem foi ao dentista e ao ser atendido o dentista perguntou:


- Com dor ou sem dor?
- Como assim doutor? - respondeu o homem.
- É que sem dor é mais barato que com dor. - informou o dentista.
- Ah! Então eu quero sem dor, doutor! - apressou-se em responder o homem.
Quando o tratamento começou, logo na primeira cutucada o homem gritou e
perguntou se o dentista não ia aplicar uma anestesia. O dentista perguntou:
- Por quê? Doeu?
- Claro que doeu, doutor
- Ah! Então vai ser mais caro.

1. Você já fez tratamento de dente?


2. Com ou sem anestesia?
3. Você é resistente à dor ou logo precisa tomar um remédio?

DISCUSSÃO:

1. Quantas vezes você já leu os evangelhos?


2. Você já ouviu falar sobre a 'paixão' de Cristo? Você sabe o que
significa?
3. - Muitas pessoas lembram do filme: “A Paixão de Cristo”. Aquele
filme retrata o sofrimento de Cristo. Paixão significa sofrimento.
3. Por que é importante conhecer sobre o sofrimento de Cristo?
4. O que o sofrimento de Cristo trouxe como resultado? (v. 1)
5. Já que Cristo sofreu, como devemos preparar nosso pensamento? (v.
1)
6. Cristo sofreu, isto nos isenta do sofrimento?
7. Na sua opinião, qual o problema da teologia: “Pare de sofrer?”
8. O que devemos fazer com o tempo de vida que ainda nos resta? (v. 2)
9. Qual é a vontade da carne? (v. 3)
10. O que falam os gentios dos que tentam aproveitar o tempo que ainda
têm de vida para fazer a vontade de Deus? (v. 4)
11. Você consegue lembrar de algumas frases que dizem ser perda de
tempo buscar a vontade de Deus?
12. Como devemos reagir quando desdenham da fé em Cristo? (v. 5)
13. O que acontecerá se nós também vivermos de acordo com os desejos
da carne? (v. 5)
14. Será que a morte vai nos livrar do julgamento? (v. 5)
15. Por que devemos acreditar no evangelho enquanto temos tempo? (v.
6)
16. O que este versículo ensina sobre julgamento e morte? (v. 6)

CONCLUSÃO:

1. Leia os evangelhos constantemente para não esquecer sobre os


sofrimentos de Cristo que nos perdoa dos pecados.
2. Os sofrimentos de Cristo é um exemplo para nós. Devemos nos
preparar para sofrer como Ele para que também possamos viver sem
pecado como Ele.
3. Quem não quer sofrer, está cultivando e abraçando o pecado.
4. Não tema as palavras dos homens, tema mais o julgamento de Deus.
5. Aproveite o tempo de vida que ainda resta para viver de acordo com a
vontade de Deus. Não se deixe levar pelas palavras de zombaria dos
que vivem de acordo com as paixões da carne.
6. Quem morreu já está julgado de acordo com o evangelho. Quem
ainda não morreu deve viver de acordo com Deus para não ser
condenado.
MEDITAÇÃO 11
O FIM DE TODAS AS COISAS
1 PEDRO 4:7-11

Escritor anônimo, sobre a visita ao rabino polonês Chaim Hofetz de um


turista americano no o século 19:

Espantado ao ver que a casa do rabino era apenas uma simples sala cheia de
livros, além de uma mesa e um banco, o turista perguntou:
- “Rabi, onde estão seus móveis?”
- “Onde estão os seus?” , respondeu o rabino.
- “Os meus?” perguntou o americano perplexo. “Mas eu sou um visitante
aqui. Estou só de passagem.”
- “Eu também”, disse Hofetz Chaim.

Todos nós aqui na terra, querendo ou não, somos passageiros e peregrinos.


Alguns de nós parecem que vieram fazer turismo e estão curtindo a vida e
não estão preparando nada para o fim dela. O fim da vida é inevitável e quem
nos conta isso são os nossos antepassados.

Desde crianças ouvimos a fábula da cigarra que ficava cantando enquanto as


formigas ficaram trabalhando. Chegando o inverno as cigarras não tinham
nada guardado e foram pedir ajuda às formigas. Desde crianças somos
avisados a ser criteriosos e sóbrios. Agora que estamos acordando
espiritualmente, precisamos ouvir novamente, mas não através de uma
fábula: “Ora, o fim de todas as coisas está próximo; sede, portanto, criteriosos
e sóbrios a bem das vossas orações” (4:7).

O caminho para que tenhamos êxito é o amor. Precisamos mudar


urgentemente de comportamento para com o próximo e começar a amar sem
reservas: “Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros,
porque o amor cobre multidão de pecados” (4:8).

Para nos estimular ao amor precisamos começar a manter mais contato


através de uma caminha juntos. Procure desenvolver amor fraternal com
alguém para orar juntos e confessarem os pecados mutuamente. Você precisa
ir mais na casa dos seus irmãos e seus irmãos precisam que você abra mais
sua porta para amá-los: “Sede, mutuamente, hospitaleiros, sem murmuração.
Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons
despenseiros da multiforme graça de Deus” (4:9, 10). Abra sua casa sem
receio da bagunça ou dos bens que você tem. Abra sua casa para servir aos
outros e permita que as pessoas te sirvam. O que você tem foi Deus quem te
confiou para servir ao próximo e mostrar a graça de Deus que tem muitas
formas.

Finalmente o apóstolo Pedro ensina: “4.11 Se alguém fala, fale de acordo


com os oráculos de Deus; se alguém serve, faça-o na força que Deus supre,
para que, em todas as coisas, seja Deus glorificado, por meio de Jesus Cristo,
a quem pertence a glória e o domínio pelos séculos dos séculos. Amém!”
(4:11).
ESTUDO 11
O FIM DE TODAS AS COISAS
1 PEDRO 4:7-11

INTRODUÇÃO:

1. Se esta semana fosse a última da sua vida, o que você faria?


2. Por que coisas você gostaria de ser lembrado?
3. Me diga três coisas que você acredita que deveria fazer antes de
morrer.

DISCUSSÃO:

1. O que Pedro quis dizer com: “O fim de todas as coisas está


próximo”? (v. 7)
2. O que pode significar o fim, na sua opinião?
3. Como aprendemos que devemos enfrentar o fim? (v. 7)
4. Em que, na sua opinião, a oração ajuda ao discípulo de Cristo?
5. Para pensar: Você tem amor intenso para com os outros? Como
demonstra isso?
6. Qual a função do amor intenso? (v. 8)
7. O que significa ser hospitaleiro? (v. 9)
8. Qual deve ser a atitude da hospitalidade? (v. 9)
9. Para que fazemos parte da igreja de Deus (v. 10)
10. Qual o dom que você recebeu para servir aos outros? (v. 10)
11. Por que devemos servir? (v. 10)
12. Por que devemos falar de acordo com a palavra de Deus? (v. 11)
13. Qual seriam as nossas capacidades de servir se não fosse Jesus? (v.
11)

CONCLUSÃO:

1. Se esta semana fosse a última da sua vida você deveria:


a. Se dedicar a oração
b. Amar intensamente aos outros.
c. Perdoar com amor a todas as pessoas que te fizeram mal
d. Chamar todas as pessoas que pudesse para sua casa e recebê-los bem
e. Servir aos outros com os dons que Deus te deu
f. Falar de Cristo aos outros de acordo com a palavra de Deus
g. Em todas as coisas glorificar a Deus.
2. Já que você não sabe qual vai ser a sua última semana ou dia, faça
sempre estas coisas.
MEDITAÇÃO 12
MOTIVO CORRETO DE SOFRIMENTO
1 PEDRO 4:12-19

O governo turco definiu 24 abril de 1896, como o dia para matar o resto dos
cristãos armênios. Cerca de 600 mil cristãos morreram naquele dia, mas
alguns escaparam. Um dos que fugiu foi uma jovem de 18 anos que fugiu
para um acampamento americano.

Você está com dor? uma enfermeira perguntou quando ela chegou.
Não, ela respondeu, mas eu aprendi o significado da cruz”.

A enfermeira pensou que ela estava mentalmente desorientada e a questionou


ainda mais. Puxando para baixo a roupa que ela usava, a jovem expôs um
ombro nu. Lá, queimaram profundamente em sua carne, era a figura de uma
cruz.

- Eu fui pega com os outros em minha aldeia. Os turcos ficaram me


perguntando: Maomé ou Cristo? Eu disse, ‘Cristo, sempre Cristo’. Durante
sete dias eles me perguntaram a mesma pergunta e cada dia quando eu disse
‘Cristo’ uma parte desta cruz foi queimado em meu ombro. No sétimo dia
eles disseram: ‘Amanhã se você disser ‘Maomé’ você vive, senão, você
morre. Então, ouvimos que os americanos estavam perto e alguns de nós
escapamos. Isso é como eu aprendi o significado da cruz.

Ela aprendeu através do fogo ardente e, é assim que nós também aprendemos
o significado da cruz.

Como já vimos antes, assim como o fogo purifica o ouro, nós também somos
purificados pelo sofrimento. Passar pelo fogo no tempo em que Pedro
escreveu esta carta era uma realidade. A perseguição era a mínima coisa que
acontecia a eles e por isso as palavras de Pedro eram tão consoladoras para a
ocasião: “Amados, não estranheis o fogo ardente que surge no meio de vós,
destinado a provar-vos, como se alguma coisa extraordinária vos estivesse
acontecendo” (4:12).

Sofrer era tão real quanto ser co-participantes dos sofrimentos de Cristo era
(4:13). Ser chamado de cristão começou pela boca do povo e logo era uma
forma de xingamento ou condenação. Então, já que virou uma palavra muito
comum para a realidade dos discípulos Paulo os exortou: “Se, pelo nome de
Cristo, sois injuriados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o
Espírito da glória e de Deus” (4:14). O motivo de sofrimento que não deve
ser real na vida dos discípulos é “como assassino, ou ladrão, ou malfeitor, ou
como quem se intromete em negócios de outrem” (4:15). O único sofrimento
que tem sentido é por Cristo: “mas, se sofrer como cristão, não se envergonhe
disso; antes, glorifique a Deus com esse nome” (4:16).

Se Deus permite que os justos sofram é porque Ele tem um propósito. Um dia
alguém perguntou a C.S. Lewis, o renomado autor cristão: “Por que Deus
permite que os seus sofram?” Ele respondeu da seguinte forma: “Porque eles
são os únicos que aguentam tanto sofrimento”. O sofrimento é uma forma de
juízo, ou seja de limpeza. Como vimos antes nas palavras de Pedro que
“aquele que sofreu na carne deixou o pecado” (4:1). Então Deus já começou
a fazer o julgamento e limpeza por sua própria casa: “Porque a ocasião de
começar o juízo pela casa de Deus é chegada; ora, se primeiro vem por nós,
qual será o fim daqueles que não obedecem ao evangelho de Deus?” (4:17).

A salvação é muito difícil. Jesus falando sobre a necessidade e o perigo do


dinheiro, que é uma necessidade inevitável para todos, deixou os discípulos
confusos a ponto de concluírem: “Sendo assim, quem pode ser salvo?” Jesus
deu a resposta consoladora: “Isto é impossível aos homens, mas para Deus
tudo é possível” (Mt 19:25, 26). A salvação está nas mãos de Deus, mas é
difícil até para quem a está buscando verdadeiramente: “E, se é com
dificuldade que o justo é salvo, onde vai comparecer o ímpio, sim, o
pecador?” (4:18).

O sofrimento faz com que os que sofrem só tenham uma saída: colocar suas
almas nas mãos de Deus. Está em Deus todo o alívio: “Por isso, também os
que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem a sua alma ao fiel
Criador, na prática do bem” (4:19). E o caminho mais prático de encomendar
sua alma a Deus é praticando o bem.
Se você sofrer, então é porque Deus quer te purificar para que você um dia
possa alcançar a salvação e só alcançam a salvação aqueles que foram
purificados pelo sofrimento. O sofrimento nos faz entender a história da cruz.
ESTUDO 12
MOTIVO CORRETO DE SOFRIMENTO
1 PEDRO 4:12-19

INTRODUÇÃO:

1. Você já foi castigado por seus pais?


2. Você não se sentiu bem na hora, mas e agora, se não tivesse sido
corrigido naquele tempo?
3. Qual a intenção, dos pais que amam, quando corrigem?

DISCUSSÃO:

1. Qual é o acontecimento menos estranho na vida de um cristão? (v.


12)
2. O que devemos lembrar quando Pedro fala sobre “fogo ardente
destinado a provar-vos”? (v. 13; Cf. 1:7)
3. Como devemos nos sentir com a provação? (v. 13)
4. A quem o sofrimento nos faz comparar? (v. 13)
5. Quando teremos o fim do sofrimento? (v. 13)
6. Qual o motivo pelo qual nunca devemos sofrer? (v. 14, 15)
7. Segundo o verso 16, Deus permite que o cristão sofra? Por qual
motivo Deus permite que soframos?
8. O que é o sofrimento hoje (durante a vida) para os cristãos? (v. 17)
9. Como você responderia a pergunta do versículo 18?
10. O sofrimento já nos julga. Você já conheceu alguém que desistiu do
caminho por causa do sofrimento?
11. Você entende a dificuldade, por causa do sofrimento, para o justo ser
salvo? (v. 18)
12. Sofrimento pode ser segundo a vontade de Deus. O que devem fazer
os que sofrem segundo a vontade de Deus? (v. 19)
13. Como se encomenda a alma enquanto se está vivo? (v. 19)
CONCLUSÃO:

1. Devemos lembrar que aqueles que querem viver vidas piedosas serão
perseguidos como Jesus foi perseguido e sofreu.
2. O sofrimento tem como objetivo provar a nossa fé que é mais valiosa
do que o ouro. Assim como o fogo prova o ouro, o sofrimento prova
e dá valor a nossa fé.
3. Nunca devemos sofrer pela prática do pecado e se sofrermos que seja
por causas externas.
4. O sofrimento é uma forma de julgamento para os justos e por isso é
difícil andar no Caminho, na Verdade e na Vida de Cristo. Todo
discípulo é chamado para carregar a sua cruz.
5. Enquanto está vivo, encomende a sua alma a Deus, o Criador, pela
prática do bem.
MEDITAÇÃO 13
MODELOS DO REBANHO
1 PEDRO 5:1-4

Certa vez um membro da igreja desapareceu sem deixar aviso. Após algumas
semanas, o presbítero da igreja decidiu ir visitá-lo. Era uma noite muito fria e
o bispo o encontrou em casa sozinho, sentado ao lado de um fogo bonito. Já
sabendo a razão para a visita, o homem deu boas-vindas ao irmão e o
convidou para se assentar ao lado da lareira e ficou quieto, “esperando o
sermão”.

Mas o pastor nada disse. Tão somente ficou contemplando a dança das
chamas em volta da lenha ardente, como que ensaiando algumas palavras que
nunca vinham. Após alguns minutos, ele tirou uma brasa ardente com uma
tenaz e deixou-a de lado. Voltou ao seu lugar e continuou em silêncio.

Quando a brasa já ia se apagando, o pastor jogou-a de volta na lareira e ela se


reacendeu. O dono da casa, que também tinha ficado calado até então, a tudo
observava. Antes de ir embora, o presbítero fez uma oração e despediu-se. E
o homem disse-lhe à porta:
- Até domingo!
Até domingo, meu irmão.

Precisamos de homens sábios e experimentados para auxiliarem o Supremo


Pastor das nossas almas. Pessoas que têm tato mesmo quando não falam
nada. Pessoas que saibam aconselhar, de fé, oração e ação. Homens para
“pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por constrangimento, mas
espontaneamente, como Deus quer; nem por sórdida ganância, mas de boa
vontade” (5:2). Desta exortação de Pedro vemos que a igreja precisa de
homens voluntários que queiram servir ao Senhor e não a si mesmos tentando
satisfazer sua própria ganância.

Precisamos de homens que não queiram tomar o lugar de Jesus como


‘pastores’, mas que queiram ser como Jesus na terra como servo. Homens
que não sejam “dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-
vos modelos do rebanho” (5:3). Homens que servem a ganham autoridade
pelo exemplo e não pelo tom da voz ou por atitude autoritária. Que sejam
modelo para para ensinar que ser presbítero não é um cargo, mas uma função
no corpo de Cristo.

Como diz uma frase: “Venham trabalhar para o Senhor. Os dias são longos, o
trabalho é duro, a recompensa é baixa, mas a aposentadoria é coisa de outro
mundo”. Homens que esperam receber a gratidão do Supremo Pastor: “Ora,
logo que o Supremo Pastor se manifestar, recebereis a imarcescível coroa da
glória” (5:4).
ESTUDO 13
MODELOS DO REBANHO
1 PEDRO 5:1-4

INTRODUÇÃO:

1. Se você fosse pedir um conselho, quem escolheria?


2. Por que jovens não são bons para dar conselhos?

DISCUSSÃO:

1. Além de apóstolo, qual era a função de Pedro na igreja? (v. 1)


2. Qual deve ser a função de um presbítero (ancião)? (v. 2)
3. Qual uma das qualificações que este texto ensina para pastorear o
rebanho de Deus? (v. 1)
4. Como esta função não deve ser exercida? (v. 2, 3)
- Não por constrangimento (por obrigação) e sim espontaneamente
- Não por causa do desejo de ficar rico e sim de boa vontade
- Nem como dominadores do rebanho e sim como modelos
5. O que um presbítero, bispo não é para a igreja? (v. 3)
6. Os presbíteros da igreja devem pastorear o rebanho, mas a quem ele
pertence? (v. 2)
7. Os presbíteros da igreja devem pastorear o rebanho, mas quem é o
único e Supremo Pastor? (v. 4)
8. Quem vai pagar o que os pastoreadores do rebanho merecem por este
trabalho tão importante? (v. 4)
9. Você já leu sobre alguém em todo o Novo Testamento ser chamado
de pastor?

CONCLUSÃO:

1. Presbíteros pastoreiam a igreja de Deus. Pastorear não é cargo


(pastor) e sim qualificação. Não existe curso para formação de
pastor.
2. Para ser um pastoreador do rebanho de Deus, é necessário que seja
ancião. Mais qualificações você pode encontrar em 1 Tm 3:1-7; 2 Tm
1:5-9.
3. Os presbíteros da igreja não devem fazer por obrigação, por ganância
ou por poder (dominadores do rebanho).
4. Os presbíteros da igreja devem pastorear o rebanho de Deus
espontaneamente, como Deus quer, de boa vontade e como modelos
do rebanho.
5. O único Pastor da igreja é Jesus (Jo 10:1-16). Todo o rebanho,
inclusive os presbíteros, são dependentes do Pastor. Quem quer ser
'pastor' quer também tomar o lugar de Jesus.
MEDITAÇÃO 14
HUMILHAR-SE E RESISTIR
1 PEDRO 5:5-14

Wakefield conta a história do famoso inventor Samuel Morse, que uma vez
foi questionado se ele já encontrou situações em que ele não sabia o que
fazer. Morse respondeu: “Mais de uma vez, e sempre que eu não podia ver
claramente o meu caminho, eu me ajoelhei e orei a Deus por luz e
entendimento.”

Morse recebeu muitas honrarias por sua invenção do telégrafo, mas sentia
indigno: “Eu não fiz uma aplicação valiosa de eletricidade, porque eu era
superior a outros homens, mas somente porque Deus, que quis isto para a
humanidade, quis revelar a alguém e Ele teve o prazer de revelar isso para
mim.”

Na teoria sabemos bem que precisamos nos humilhar e resistir ao diabo.


Estas duas coisas andam juntas. Nos humilhamos sob a poderosa mão de
Deus e resistimos o poder ludibriador do diabo. A maioria de nós gostaria de
fama e fortuna ilimitada para ter a sensação de liberdade e exaltação, mas a
verdadeira exaltação vem das mãos de Deus: “Humilhai-vos, portanto, sob a
poderosa mão de Deus, para que ele, em tempo oportuno, vos exalte” (5:6).

Afinal de contas Deus é o único que pode resolver os nossos problemas.


Satanás também se candidata para isto, mas ele é mentiroso e sua intenção é
só desviar do caminho. Deus quer que confiemos Nele: “lançando sobre ele
toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (5:7). Já contra o
diabo devemos ser “sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em
derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar” (5:8). A
defesa contra o diabo é a humildade sob a mão de Deus e a resistência pela
fé: “resisti-lhe firmes na fé, certos de que sofrimentos iguais aos vossos
estão-se cumprindo na vossa irmandade espalhada pelo mundo” (5:9).

O sofrimento faz parte desta caminhada. Enquanto por um lado está satanás
pronto a nos oferecer todas as riquezas e prazeres transitórios agora, Deus
está nos oferecendo a salvação a longo prazo através do sofrimento: “Ora, o
Deus de toda a graça, que em Cristo vos chamou à sua eterna glória, depois
de terdes sofrido por um pouco, ele mesmo vos há de aperfeiçoar, firmar,
fortificar e fundamentar” (5:10). Assim, devemos dar a Deus todo o louvor
para sempre (5:11).
ESTUDO 14
HUMILHAR-SE E RESISTIR
1 PEDRO 5:5-14

INTRODUÇÃO:

1. Qual a sua atitude se você fosse pedir um emprego?


2. Como você tentaria agir para conseguir o que quer e agradar?
3. Que atitude não agradaria quando você vai pedir alguma coisa que
realmente precisa?

DISCUSSÃO:

1. Por que devemos ser submissos aos mais velhos? (v. 5)


2. Na sua opinião, o que é submissão?
3. Como ser submisso quando os mais velhos estiverem errados ou no
pecado?
4. O que significa humildade, na sua opinião?
5. Como ser humilde, na prática, quando você é quem está certo?
6. Por que é tão importante ser humilde? (v. 5, 6)
7. Como devemos tratar das nossas ansiedades? (v. 7)
8. Qual a melhor defesa contra o diabo? (v. 8, 9)
9. O que nos anima na luta contra o diabo? (v. 9)
10. Qual a segurança na luta contra o diabo? (v. 10, 11)
11. Na sua opinião, quem o diabo usa: o humilde ou o soberbo? Por quê?
12. Em que a submissão e a humildade ajudam na luta contra o diabo?

CONCLUSÃO:

1. Você tem sido uma pessoa submissa e humilde com os mais velhos?
2. Como você encara quando recebe um conselho ou mesmo uma
correção dos mais velhos?
3. Submissão é estar sujeito a Deus e, por isso, respeitar as pessoas.
Humildade é força sob controle.
4. Devemos ser submissos e humildes para o nosso próprio bem.
5. Ansiedades se tratam com a fé de que Deus está ajudando.
6. O diabo prefere o soberbo e o poderoso ao humilde e submisso.
7. A submissão e humildade parecem fraqueza, mas é o poder de Deus
em nós.
APRESENTAÇÃO DE 2º PEDRO
EM TEMPOS DE PERIGO

Nesta série de estudos da segunda carta escrita por Pedro teremos vários
assuntos que abordam perigos sempre presente na vida espiritual dos
discípulos de Jesus. Logo no começo da carta Pedro incentiva o crescimento
espiritual, posteriormente ele fala sobre o testemunho pessoal e nota os
perigos a que todos estamos expostos o tempo todo até o ponto de ameaçar a
esperança que devemos ter de sermos libertos. Falsos mestres estarão usando
argumentos e recursos humanos para tentar enganar os eleitos de Deus, mas,
como disse Jesus: “Estai vós de sobreaviso; tudo vos tenho predito” (Mc
13:21-23). Pedro ainda nos incentiva a ficar firmes na fé e não cair no engano
das pregações de doutrinas e heresias.

Como usar este estudo

Você pode consultar o sumário para ser guiado e ler alguns comentários do
texto. Abaixo dos títulos dos textos você verá a o trecho do livro a que se
refere o comentário. Para facilitar foram citados somente os capítulos e
versículos comentados correspondentes. Conto com a lógica para identificar
que se refere a segunda carta de Pedro, capítulos e versículos. Outras
passagens, quando usadas, estarão com referências abreviadas dos livros.

Cada trecho comentado trará uma ilustração para auxiliar ou facilitar o


entendimento do trecho.

Em cada parte, depois do texto, você encontrará estudos em forma de


perguntas para grupos pequenos. As perguntas são sugestões. Você deverá ler
cada estudo e fazer adaptações. Os estudos têm como base os mesmos três
pontos principais apresentados nos estudos “Em Tempos de Sofrimento”
baseados na primeira carta de Pedro. Os três pontos principais são:

Introdução
Discussão
Conclusão

Você também pode usar como introdução as ilustrações nos comentários de


cada trecho e os comentários podem enriquecer o seu estudo. Na hora de
apresentar o estudo para o grupo é bom ter todos os recursos e até mesmo
respostas a perguntas que você não imagina que podem ser feitas.

A principal ideia é fazer o grupo conversar e até mesmo testemunhar em


redor da Palavra de Deus. Esta é a melhor forma de aprender. Você deve ser
um facilitador da conversa e do aprendizado.

Nos estudos da primeira epístola de Pedro você encontrará mais recursos para
os grupos como:

Ideias básicas
Como fazer perguntas para estudos
Dinâmicas de aplicação do estudo
Consulte o sumário para encontrar os recursos…

Cada volume pode ser usado individualmente, mas trazem particularidades


entre si.

A intenção é servir o corpo de Cristo para que se prepare e proteja-se dos


tempos de perigo que sempre passamos. A segunda carta de Pedro tem a
intenção de nos avisar contra os falsos mestres religiosos e nos dar recursos
para fortalecer a fé.
MEDITAÇÃO 15
Os Elos do Crescimento Espiritual
2 Pedro 1:1-11

Um ferreiro, depois de viver toda a sua vida entregue à libertinagem, decidiu


servir a Deus. Ele passou a viver em função 47 da sua fé, trabalhando com
afinco na obra do Senhor, mas sua situação pessoal ia de mal a pior, a ponto
de um amigo lhe falar:

É realmente estranho que, justamente depois de você ter se tornado crente, as


dificuldades em sua vida aumentaram. Eu não pretendo enfraquecer sua fé,
mas, honestamente falando, nada melhorou para você.

O ferreiro não respondeu imediatamente, mas pediu a Deus entendimento do


assunto, pois queria uma resposta, para si e para seu amigo. E a resposta veio,
exatamente quando seu amigo voltou a visitá-lo e o observava enquanto
malhava o ferro. Ele disse:

- O aço chega às minhas mãos ainda não trabalhado e eu preciso transformá-


lo na ferramenta desejada. - E continuou - Primeiro, eu o aqueço a uma
temperatura muito alta. Em seguida, sem qualquer piedade, pego o martelo
mais pesado e aplico vários golpes nele, até que comece a adquirir a forma
planejada. Depois o mergulho rapidamente em um tanque de água fria e a
oficina inteira se enche com o barulho do vapor, enquanto a peça estala e
grita por causa da súbita mudança de temperatura. Tenho que repetir este
processo até conseguir o formato final, pois apenas uma vez não é suficiente.
Às vezes, o aço não aguenta esse tratamento e fica todo rachado. É reprovado
e eu o coloco no monte de ferro velho que você viu na entrada da loja.
- Sei que Deus está me provando com fogo. Não é fácil, mas tenho aceitado
as Suas marteladas, pois sei que Deus está me moldando. Só lhe peço que
jamais desista de mim, até que eu consiga tomar a forma que Ele espera de
mim, pois não quero ser colocado no monte de ferro velho da alma.

Um escravo era uma propriedade valiosa, por isso mesmo ele era preso com
correntes. Cada elo da corrente era fortemente construído para preservar o
investimento. Um bom escravo representava um grande lucro. Hoje em dia
uma empresa de tecnologia faz de tudo para ‘prender’ seus funcionários pelo
valor de mercado que eles têm, isto é, pelo lucro que eles geram para a
empresa. Os elos dessa corrente para os prender são forjados com bons
salários, benefícios e qualidade de trabalho e de vida.

Como são forjados os elos da sua fé? Dependendo da sua fé, quanto você vale
para a sua família, para a sociedade e para Deus? Bem, lógico que você vale
muito! Vale tanto que Ele deu a vida do seu filho para comprar a sua
liberdade. Em contrapartida, você consegue medir o tamanho da sua fé? O
que você tem feito com ela? A fé não é uma virtude divina isolada é como
uma corrente em que cada elo é forjado para fazer a corrente forte e efetiva.
A fé é como Jesus que nunca andava sozinho. A fé vem sempre acompanhada
de muitas virtudes, mas a fonte é Jesus e, assim, podemos crer “na justiça do
nosso Deus e Salvador Jesus Cristo” (1:1).

A exemplo das ilustrações acima, Deus molda a nossa fé como o ferreiro


molda os elos de uma corrente com muitas marteladas. Ele nos doou “todas
as coisas que conduzem à vida e à piedade, pelo conhecimento completo
daquele que nos chamou para a sua própria glória e virtude” (1:3). Desta
forma “nos tornamos co-participantes da natureza divina, livrando-nos da
corrupção das paixões que há no mundo” (1:4). Mas nada vem ‘de graça’
apesar de vir pela graça de Deus. O preço é nos esforçar e associar com a fé a
virtude, a virtude com o conhecimento; o conhecimento com o domínio
próprio; o domínio próprio com a perseverança; a perseverança com a
piedade; a piedade com a fraternidade; e, a fraternidade com o amor (1:5-7).
Estas são as marteladas do ferreiro que é Deus nos moldando a fé em meio às
dificuldades criando cada elo da corrente da fé. São marteladas doídas de fé,
virtude, conhecimento, domínio próprio, perseverança, piedade, fraternidade
e amor. Cada palavra é como um elo de uma corrente. Cada elo é forjado
cuidadosamente. É uma corrente fortalecida por Deus e, dia após dia, nos
puxa sem romper até o céu.

Você já deve ter visto, talvez até em si mesmo, depois de tantos anos na fé
não ter resultados visíveis e concretos da vida espiritual. Qual o problema? O
que está faltando? Está faltando as marteladas de Deus, como vimos
anteriormente. Não será de vidas espirituais fáceis, confortáveis e prósperas
que virá o crescimento espiritual. Uma vida sem dificuldades é uma vida
vazia. Quem se diz cristão, discípulo de Cristo, e não existe, e,
consequentemente não aumenta na vida estes elos espirituais fica inativo e
infrutuoso (1:8). Aí está o motivo da falta de frutos espirituais na vida. Mas,
pelo contrário, se você tiver estas coisas já citadas acima e se esforçar para as
aumentar “fazem com que não sejam nem inativos, nem infrutuosos”. Quem
não tem cada um desses elos da fé presentes na vida “é cego, vendo só o que
está perto, esquecido da purificação dos seus pecados de outrora” (1:9).
Quando esquecemos da purificação dos pecados do passado, começamos a
reparar nos pecados dos outros ao invés de ajudá-los a livrarem-se deles ou
começamos a praticar tais pecados novamente. Desta forma vem a
inatividade e a falta de frutos.

O importante é o esforço para confirmar o chamado e escolha. Quem não se


esforça, tropeça (1:10). Assim, com os elos da corrente da fé é que temos a
garantia da “entrada no reino eterno de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo”
(1:11).

Você sente que está sofrendo mesmo quando mais se esforça para aumentar a
sua fé? Deus está agindo em você como um ferreiro moldando o aço. Como
se estivesse forjando os elos de uma corrente reforçada, a corrente da fé.
Sente que está faltando frutos espirituais na sua vida? Agora é hora de se
esforçar mais ainda, pois está construindo a sua entrada no reino eterno de
Jesus, ou não?
ESTUDO 15
OS ELOS DO CRESCIMENTO ESPIRITUAL
2 PEDRO 1:1-11

INTRODUÇÃO:

1. Descreva, resumidamente, como você gostaria que fosse sua atuação


na igreja.
2. O que falta para que você seja mais ativo?
3. O que você faria para ter o que falta?

DISCUSSÃO:

1. De onde vem a fé? (v. 1)


2. Todos nós queremos graça e paz. Como a graça e paz podem ser
multiplicadas? (v. 2)
3. O que nos falta para ser eternamente santos? (v. 3)
4. O que mais nos tem sido doado? (v. 4)
5. Para que Deus nos doa tudo? (v. 4)
6. Já que podemos nos tornar co-participantes da natureza divina, do
que devemos nos livrar? (v. 4)
7. Para pensar: Quais corrupções e paixões das quais você precisa se
livrar?
8. O que significa diligência? (v. 5)
9. Quais associações devemos fazer com todo esforço em nossas vidas?
(v. 5-7)
10. Por que estas coisas (diligência, fé, virtude, conhecimento, domínio
próprio, perseverança, piedade, fraternidade e amor) devem existir na
vida de todo discípulo de Cristo? (v. 8)
11. Como é a vida daquele que não tem estas coisas presentes em sua
vida? (v. 9)
12. Em que mais precisamos nos esforçar? (v.10)
13. Como, na sua opinião, a gente confirma o chamado?
14. Qual o resultado quando confirmamos o chamado? (v. 10)
15. Por que é tão importante não tropeçar em tempo algum? (v. 11)

CONCLUSÃO:

1. A nossa fé depende inteiramente de Deus. Ele é quem nos dá a fé e


aumenta a nossa fé.
2. Se você quer mais graça e paz precisa se esforçar mais para conhecer
a Deus.
3. Você notou quantas vezes o texto fala sobre conhecimento? (v. 2, 3,
6, 8). Conhecer a Deus e o que Ele tem feito é imprescindível.
4. Para termos vida eterna e sermos co-participantes da natureza divina,
precisamos lutar contra as corrupções e paixões que há no mundo.
5. Seja esforçado e junte com o esforço a fé, virtude, conhecimento,
domínio próprio, perseverança, piedade, fraternidade e amor.
6. Somente com estas coisas você poderá ser ativo e frutífero. Sem estas
coisas você será cego e limitado.
7. Quando tiver o seu chamado confirmado e não tropeçar poderá entrar no
reino eterno.
MEDITAÇÃO 16
Testemunho Pessoal
2 Pedro 1:12-21

Anos atrás as autoridades comunistas da China encarregaram um de seus


escritores de escrever uma biografia “oficial” de Hudson Taylor um
missionário pelo qual muitos chineses tinham grande apreço, com o objetivo
de denegrir a figura deste grande missionário, desacreditando-o perante os
chineses nos quais perdurava a lembrança das abnegadas atividades daquele
homem de Deus. À proporção que o escritor ia escrevendo seu livro,
impressionava- se cada vez mais com o caráter e a vida realmente piedosa de
Hudson Taylor. Finalmente, não resistindo mais, o escritor abandonou sua
tarefa, renunciou a seu ateísmo e se tornou um cristão.

Imagine alguém escrever sua biografia. De quais fatos da sua vida você se
envergonharia. Quais serviriam de exemplo e testemunho pessoal? Quais
seriam seus sentimentos se soubesse que ia morrer em breve? Com certeza
você não teria muito temor se seu corpo já fosse templo do Espírito Santo. O
apóstolo Pedro carregava esta certeza.

Já sabemos que precisamos associar com a fé a virtude, a virtude com o


conhecimento; o conhecimento com o domínio próprio; o domínio próprio
com a perseverança; a perseverança com a piedade; a piedade com a
fraternidade; e, a fraternidade com o amor (1:5-7). São estas coisas que
garantem que, existindo e aumentando em nossas vidas, não sejamos inativos
nem infrutuosos. Se não tivermos essas coisas seremos considerados cegos e
o próximo passo será esquecer da purificação e tropeçaremos (1:8, 9). Estas
coisas se desenvolvem com esforço cada vez maior e confirmam nossa
vocação e eleição e garantem que não tropecemos e a entremos no reino de
Cristo (1:10, 11). É a partir deste ponto que Pedro diz: “Por esta razão…” A
razão de Pedro estar pronto para pregar a palavra, mesmo que novamente
para as mesmas pessoas, era que ele associava com sua fé e esforço todas as
coisas necessárias para produzir frutos (1:14).
Pedro era um tabernáculo útil nas mãos de Deus (1:13). Ele sabia que
deixaria o corpo em breve (1:14), mas ele não desanimava, não ficava
melancólico, pelo contrário, sabendo que partiria em breve, se esforçava com
todo empenho pela manutenção da fé dos irmãos (1:15).

Pedro sempre pregou o evangelho com confiança. Ele sabia que falava do
nome daquele sobre o qual importa que sejamos salvos (At 4:12). Sua
segurança vinha de fatos e não de fábulas, por isso ele estava tranquilo
quanto à sua partida. Ele viu a salvação com seus próprios olhos (1:16). A
garantia de que as pessoas podem confiar na mensagem vem do alto onde
Deus está, não do horizonte por mais engenhosa que possa ser. Os que usam
de fábulas para criar o que chamam de fé, vão só gerar discípulos de si
mesmos. Há os que usam das fábulas da segurança financeira, da felicidade,
do sucesso e demais heresias. Fazem uso da fé subjetiva baseada em sonhos,
anjos e visões e não na palavra escrita inspirada por Deus. A vida de Pedro é
lembrada como exemplo a ser seguido porque ele baseou sua mensagem na
verdade.

Não devemos enfeitar a pregação do evangelho. Falar sobre Jesus é o que


basta. A pregação da palavra de Cristo produz a fé verdadeira que precisamos
(Rm 10:17). Falar de Jesus é o suficiente porque Ele tem honra e glória.
Quem nEle não crê, será desacreditado não importa que recursos use para o
contradizer (1:17). Inicialmente Pedro foi instruído por Jesus a não revelar os
acontecimentos no monte santo (Lc 9:28-36). Porém depois tinha este recurso
de ter ouvido a voz divina confirmando a divindade de Jesus (v. 18). Esta era
a certeza de Pedro em pregar e deixar uma herança espiritual imutável para os
irmãos.

A responsabilidade de cada discípulo de Jesus é aceitar somente a palavra de


Cristo como ela é originalmente descrita nos evangelhos, pois ela é palavra
profética como uma luz que brilha no escuro. O salmista disse: “Lâmpada
para os meus pés é a tua palavra e, luz para os meus caminhos” (Sl 119:105).
Precisamos da palavra como luz para o nosso caminho até que um dia
possamos ver claramente. Quando fecharmos os olhos para esta vida,
abriremos os olhos para a eternidade (1:19).
A palavra pura em que cremos nos defende a fé e a fé verdadeira nos preserva
a alma. Se você acredita em profecias, que sejam as registradas na palavra
inspirada pelo Espírito Santo. A primeira coisa que precisamos saber é que as
profecias não são coisa particular (1:20), isto é, não é produto da
engenhosidade humana ou como disse Pedro: “Porque não vos demos a
conhecer o poder e a vinda de nosso Senhor Jesus Cristo seguindo fábulas
engenhosamente inventadas, mas nós mesmos fomos testemunhas oculares da
sua majestade” (1:16). Se acredita em profecias, que sejam as que foram
confirmadas pelas testemunhas oculares de Jesus, que é o motivo e o
cumprimento de todas as profecias. Não deixe que as pessoas usem suas
experiências particulares como sonhos ou mesmo visões para que conduzam
a sua vida a uma fé duvidosa com bases humanas.

Se há um testemunho que precisamos, Deus já providenciou na Bíblia. A


inspiração hoje não é para alguém em especial que se auto intitula ungido.
Devemos duvidar de todos os homens, mas já aquele que nunca teve
interesses humanos, Jesus Cristo, este merece nossa fé. Ele deixou suas
testemunhas. Homens santificados “falaram da parte de Deus, movidos pelo
Espírito Santo” (1:21).

No final das nossas vidas ao fecharmos os olhos para a luz deste mundo o que
iluminará a nossa eternidade? Eu lhe digo que é a luz da palavra de Deus,
mas você deve acender a luz agora. Seu testemunho pessoal só vai ficar se
você colocar sua vida na base sólida da eternidade da Palavra de Deus. Não
coloque sua fé nas palavras e revelações dos homens. Uma revelação
precedida pela frase: “Assim disse Deus…” não a qualifica como
divinamente inspirada. Aquele que acredita em qualquer um que vem dizendo
ter o Espírito de Cristo, corre o risco de ser enganado. Aquele que só dá
crédito à palavra registrada na Bíblia, nunca será enganado, pois esta é a
palavra a qual temos certeza que Deus disse. Isto vai nos servir de
testemunho pessoal na presença de Deus.
ESTUDO 16
TESTEMUNHO PESSOAL
2 PEDRO 1:12-21

INTRODUÇÃO:

1. Que sentimentos a morte lhe causa?


2. Que preocupações você teria se você morresse hoje?
3. Que certeza ou segurança você teria se morresse hoje?

DISCUSSÃO:

1. Que coisas são necessárias para sermos espiritualmente frutíferos e


atuantes? (v. 5-8)
2. Como é a vida espiritual de uma pessoa que não tem isto na sua vida?
(v. 9)
3. Qual é o papel de cada discípulo de Cristo sabendo disso? (v. 10)
4. Qual o resultado de uma vida com esforço espiritual? (v. 11)
5. Pedro, sabendo que a vida cristã necessita de tudo isto, como agia na
igreja? (v. 12)
6. Nas palavras de Pedro, qual é o prédio da igreja? (v. 13, 14)
7. Que certeza Pedro tinha? (v. 14)
8. Na sua opinião, qual o sentimento de Pedro sabendo que ia encontrar
Jesus?
9. Na sua opinião, qual o sentimento de Pedro sabendo que ia deixar os
irmãos?
10. Como Pedro sentia-se em com seu ministério? (v. 15)
11. O que Pedro fez que o deixava tão confiante em deixar os irmãos? (v.
16)
12. Em quem Pedro de fato confiava? O que garantiria que eles não
esqueceriam? Quem garante que as pessoas não esquecerão os
ensinamentos?
13. O que teria acontecido, na sua opinião, se Pedro usasse os recursos
das fábulas para falar sobre Jesus?
14. Por que não se deve enfeitar o evangelho? (v. 17, 18) Por que o
evangelho não necessita de enfeites?
15. Por que é tão importante aceitar a palavra como ela é? (v. 19)
16. Até quando nos será necessário apoiar nossa fé na palavra? (v. 19)
17. Por que, segundo Pedro, a Palavra é confiável? (v. 20)
18. Se fosse imaginação humana, mesmo seguindo fábulas engenhosas,
poderíamos confiar? Por quê?
19. Os profetas eram homens comuns, em que eles eram diferentes?
20. Por que motivo devemos confiar na Bíblia? (v. 21)

CONCLUSÃO:

1. Não negligencie o esforço para ser frutífero e operante na sua vida. Se


as coisas necessárias estão faltando, você não verá o Senhor porque é
cego.
2. O prédio da igreja somos nós. A igreja está dentro de nós. Lembre-se
de que sozinho você não é a igreja, apenas um membro do corpo de
Cristo (1 Co 12:27).
3. Pedro estava tranquilo em deixar a igreja porque ele confiava em
Jesus. Somente a Palavra de Cristo é que vai dar verdadeira firmeza
espiritual que as pessoas precisam.
4. Não devemos enfeitar ou adicionar nada ao evangelho porque
estamos falando de alguém que foi confirmado por Deus.
5. Deus quer usar pessoas santificadas como os profetas. Só seremos
usados se formos santos.
6. Confie e apoie a sua fé somente nas Escrituras porque ela é confiável.
Se você acredita no Espírito Santo, acredite que foi Ele quem moveu
os profetas e garante a veracidade da Palavra de Deus ainda hoje e
para sempre.
MEDITAÇÃO 17
Cuidado Com os Falsos Mestres
2 Pedro 2:1-4

Esta é a história de um médico escocês, notável pelo seu espírito caridoso e


piedoso. Segundo se narrava, depois de sua morte, quando os seus livros
estavam sendo examinados, foram encontradas muitas contas sobre as quais
estava escrito em letra vermelha o seguinte: “Perdoado (muito pobre para
pagar)”.
Sua esposa, de espírito diferente, disse:
- Estas contas precisam ser pagas.
E começou a tomar providências jurídicas para receber o dinheiro. O juiz
perguntou-lhe:
- São de seu marido estes dizeres escritos a tinta vermelha?
- Sim, disse ela.
- Então não há tribunal na terra que possa obrigar os perdoados a pagarem-
lhe, pois o seu marido escreveu “Perdoado”.

Para quem crê, se arrepende, confessa Jesus como seu Senhor, nasce de novo
da água e do Espírito e é fiel, na Bíblia está escrito com o sangue de Jesus:
“Está perdoado”! Devemos viver, então, uma vida livre do pecado e da
escravidão de leis e regulamentos que não têm efeito nenhum contra o pecado
(Cl 2:8, 16-23).

O céu é o objetivo, Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Não entre numa


denominação que queira ser o pedágio para chegar até o seu objetivo. É pela
graça que somos salvos, não por doações financeiras, não por obras. Claro
que devemos ser bons, praticar o que devemos (fomos criados para isso), mas
não devemos nos deixar escravizar por homens.

Os textos do Novo Testamento são suficientes em si para que


compartilhemos a verdadeira fé e com a fé a virtude, a virtude com o
conhecimento; o conhecimento com o domínio próprio; o domínio próprio
com a perseverança; a perseverança com a piedade; a piedade com a
fraternidade; e, a fraternidade com o amor (1 Pe 1:5-7). O homem de Deus
tem suas bases em Jesus Cristo somente. Sua pregação não tem enfeites de
fábulas engenhosas. Ele tem bases em testemunhas oculares da majestade de
Jesus Cristo como os discípulos e apóstolos que viram a glória de Deus na
pessoa de Jesus Cristo. Jesus é o cumprimento das profecias. As profecias
não são coisas particulares, “porque nunca jamais qualquer profecia foi dada
por vontade humana; entretanto homens [santos] falaram da parte de Deus
movidos pelo Espírito Santo” (1 Pe 1:16-21).

Nem todo profeta do Velho Testamento era de Deus. No meio do povo


surgiram falsos profetas. Isto é uma dica do passado para nós de hoje em dia
sabermos que surgirão falsos mestres. Eles podem ser reconhecidos por
introduzirem com jeitinho heresias que destroem a fé verdadeira em Cristo
Jesus. Muitos hoje duvidam de uma doutrina pura por causa deles. Mas estes
mestres serão castigados (2:1). Jesus, falando sobre a porta estreita, alertou:
“apertado o caminho que conduz para a vida, e são poucos os que acertam
com ela” (Mt 7:14). Porém o caminho da prosperidade, fruto de doutrinas que
pregam a avareza e não a fé em Cristo, são frequentados por muitos que
seguem as práticas libertinas: “larga é a porta, e espaçoso, o caminho que
conduz para a perdição, e são muitos os que entram por ela” (Mt 7:13), por
isso o caminho verdadeiro cai em descrédito (2:2). Enquanto o homem de
Deus é movido pelo Espírito Santo e produz a palavra de Deus, o homem do
mundo, mesmo sendo religioso, é movido por avareza e tem interesse em
produzir dinheiro para si mesmo fazendo comércio da fé com “palavras
fictícias”. Porém não escaparão impunes, pois Deus já registrou há longo
tempo o juízo deles e a palavra de Deus não se deixa de cumprir (2:3).

Não devemos ser cúmplices das obras infrutíferas das trevas. Aceitar a
pregação da avareza por querer ficar rico às custas da fé mesmo em tempos
difíceis, é tão culpado quanto os que pregam a prosperidade a qualquer custo.

Deus é quem vai castigar os falsos mestres. Enganam-se os que pensam


escapar do castigo de Deus. Nossa oração deve ser para que se arrependam
enquanto têm tempo, isto é, enquanto estão vivos. E qual é a garantia de que
Deus vai julgar? Deus não poupou anjos que se rebelaram contra Deus, o
mundo antigo que rejeitou a pregação de Noé e reduziu a cinzas as cidades de
Sodoma e Gomorra (2:4-6). Acredito que estes três exemplos são bem
conhecidos e suficientes tanto para nos alertar a não praticar a pregação
inadequada da palavra que traz benefícios momentâneos para esta vida
somente. Lembrando para os que crêem nesta doutrina do agora e para os que
pregam as palavras de Paulo:

“Se a nossa esperança em Cristo se limita apenas a esta vida, somos os mais
infelizes de todos os homens” (1 Co 15:19).

Se queremos a justiça para eles, é justo também recebermos o mesmo de


Deus. Por isso, não vamos orar para que sejam justiçados, mas para que se
arrependam e ainda nesta vida encontrem o perdão. Assim como nós
queremos misericórdia, é o que devemos desejar para eles também.

Vivamos na graça e não permitamos que ninguém nos venda a qualquer


preço o sangue remidor de Jesus. Se profetas e mestres desviaram-se no
passado, devemos ficar atentos às nossas vidas. Temos várias dicas nesta
leitura para não cair da fé. Observemos o comportamento e pregação dos
falsos mestres: Vão dizer que é em nome de Deus, vão apelar para a emoção
(2:1); Renegam o Soberano Senhor Jesus (2:1); São libertinos, não respeitam
a Palavra de Deus, não têm respeito religioso por nada, fazem muitas
mudanças (2:2); Serão maus exemplos e escandalizarão os que não crêem
(2:2); São movidos por avareza. Querem ficar ricos. Supõem que a piedade é
fonte de lucro (2:3); comercializam a fé das pessoas. Pedem grandes quantias
fazendo promessas espirituais (2:3); e, usam de palavras fictícias e não da
Palavra de Deus (2:3).

A voz do povo não é a voz de Deus. Uma igreja cheia não significa que todos
estão certos e que um grande número não pode errar.
ESTUDO 17
CUIDADO COM OS FALSOS MESTRES
2 PEDRO 2:1-4

INTRODUÇÃO:

1. Você já ouviu falar sobre falsos funcionários das empresas


fornecedoras de energia e água?
2. Como você reconhece que uma pessoa não é funcionário da
companhia de água ou elétrica? Quais dicas a empresa dá?
3. Qual o interesse de uma pessoa se disfarçar de funcionário daquelas
empresas?
4. O que tal pessoa faz para te convencer de que ela é um verdadeiro
funcionário?

DISCUSSÃO:

1. Haviam profetas no V.T., todos eram homens de Deus? (v. 1)


2. O que isto nos ensina? (v. 1)
3. Qual a dica para reconhecer que um homem não é de Cristo? (v. 1)
4. Por que é tão difícil para alguns reconhecerem as heresias? (v. 1)
5. O que deve servir de advertência aos homens sem Deus? (v. 1)
6. Quantos seguirão a libertinagem dos falsos mestres? (v. 2)
7. Pensando nisso, será que uma igreja cheia de gente é prova de que ela
é de Deus?
8. O que as pessoas de fora falarão mesmo dos que estão fazendo o que
é certo? (v. 2)
9. Qual o interesse dos falsos mestres? (v. 3)
10. Qual a diferença entre o homem de Deus e o homem religioso do
mundo? (v. 3; Cf. 1:20, 21)
- Ambos são religiosos?
- O que move o homem de Deus? (1: 20, 21)
- O que move o homem religioso deste mundo? (2:3)
11. Como eles tratarão as pessoas, mesmo as sinceras que querem seguir a
Deus? (v. 3)
12. Como nós devemos reagir? (v. 3)
13. A quem cabe castigar os falsos mestres? (v. 4)

Conclusão:

1. Mesmo profetas de Deus se desviaram no passado. Devemos sempre


ter cuidado.
2. Prestemos atenção nas dicas dadas neste trecho para proteger a nossa
fé. Os homens religiosos do mundo:
3. - Introduzirão heresias destruidoras (v. 1)
4. - Serão dissimulados nas suas ações, não serão diretos. Vão dizer que
é em nome de Deus, vão apelar para a emoção (v. 1)
- Renegam o Soberano Senhor Jesus (v. 1)
- São libertinos, não respeitam a Palavra de Deus, não têm respeito religioso
por nada, fazem muitas mudanças (v. 2)
- Serão maus exemplos dando motivos para falarem mal do caminho (v. 2)
- São movidos por avareza. Querem ficar ricos. Supõem que a piedade é fonte
de lucro (v. 3)
- Comercializam a fé das pessoas. Pedem grandes quantias fazendo
promessas espirituais (v. 3)
- Usam de palavras fictícias e não da Palavra de Deus (v. 3)
3. A voz do povo não é a voz de Deus. Uma igreja cheia não significa
que todos estão certos e que um grande número não pode errar.
4. Precisamos pregar e agir em prol da união, sem união as pessoas têm
razão para falar mal do caminho (Jo 13:34. 35)
5. Religião que só prega bens materiais não é de Deus.
MEDITAÇÃO 18
Castigo aos Avarentos e Enganadores
2 Pedro 2:4-22

Um médico mandou seu filho para a capital estudar medicina para seguir a
tradição da família. Nas férias o filho veio visitar seu pai. Ele ainda estava
estudando. Quando chegou em casa, seu pai não estava. Estava atendendo a
um paciente fora. Nesse meio tempo surgiu um homem que era empregado
do ‘coronel’ da região que estava sentindo muita dor. Ele mesmo resolveu
atender o ‘coronel’. Chegando lá viu uma ferida na perna do homem e fez o
curativo e receitou um remédio que, segundo ele, a ferida estaria curada em
um mês. Saiu da casa do ‘coronel’ todo satisfeito de ter cumprido sua missão.
Chegando em casa o seu pai já o esperava. Contou tudo para o pai o qual
ficou desesperado. Então lhe explicou a razão da sua reação:

- Meu filho - disse ele - este ‘coronel’ já estava com aquela ferida na perna há
muito tempo. Eu fazia o curativo, mas não estava trabalhando para curar, pois
aquela ferida pagou todos os seus estudos até agora. A cura do ‘coronel’
significa o fim da sua carreira e o sacrifício da minha.

No trecho anterior das palavras inspiradas a Pedro somos alertados a notar


sinais que protegem a fé verdadeira. Somos guiados pela palavra de Deus a
notar que os homens religiosos deste mundo são movidos pela avareza e
fazem comércio da fé das pessoas, ao contrário dos homens de Deus que são
movidos pelo Espírito Santo e produzem a palavra de Deus sem
engenhosidade. Precisamos ter calma e orar para que se arrependam e não
para que sejam castigados, mas a garantia do castigo dos avarentos e a
preservação dos justos vem de Deus (2:3-7).

Jesus comprou nossa liberdade e salvação com o seu sangue. Mas muitos
homens se aproveitam da culpa que o pecado deixa para explorar as pessoas
que nunca saem da escravidão. Escravizam as pessoas pelo desejo de uma
vida melhor através da prosperidade, felicidade e todos os desejos que as
pessoas têm. Nunca trabalham para curar a ferida e sim para se manterem,
cobrando para mantê-la. São homens religiosos avarentos e enganadores.

Os verdadeiros discípulos de Jesus sentem-se indignados e não são cúmplices


destas obras infrutíferas das trevas. É o mesmo espírito que incomodou Ló
“afligido pelo procedimento libertino daqueles insubordinados” (2:7). O que
Ló via e ouvia, mesmo sem o sistema de comunicação que temos hoje, “
atormentava a sua alma justa, cada dia, por causa das obras iníquas daqueles”
(2:8). A melhor parte da história é que Deus o livrou, mas castigou os
injustos (2:9). Os principais que serão castigados serão os que obedecem suas
paixões e desprezam a ordem da própria criação. Se desprezam o gênero o
qual foram criados e é visível, como vão honrar a Deus a quem não vêem?
Estão desafiando, inclusive, os poderes espirituais.

Vemos religiosos desafiando os poderes espirituais, amarrando satanás com


suas palavras, entrevistando e dando ibope aos feitos dele. Estes religiosos
são chamados de atrevidos e ignorantes (2:10). “…anjos, embora maiores em
força e poder, não proferem contra elas juízo infamante na presença do
Senhor.” (2:11). Pedro ainda chama estes exorcistas de “…brutos
irracionais… ignorantes” (2:12).

Jesus estava na cruz quando viu a atitude dos que o crucificavam. Jesus
poderia ter proferido maldição contra os malfeitores tanto ao seu lado como
os que, mesmo sendo religiosos, meneavam a cabeça contra ele proferindo
insultos. Porém Jesus apenas disse: “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o
que fazem” (Lc 23:34). O pecado nos cega. Nós não estamos em sã
consciência espiritual.

Pedro é tão duro neste trecho que é melhor deixar ele falar para que a palavra
tenha efeito de arrependimento e ao mesmo tempo para nós que procuramos a
verdade possamos ser instruídos a desviar deste caminho pelo qual andam
estes líderes religiosos. Leia com atenção o que Pedro diz:

“recebendo injustiça por salário da injustiça que praticam. Considerando


como prazer a sua luxúria carnal em pleno dia, quais nódoas e deformidades,
eles se regalam nas suas próprias mistificações, enquanto banqueteiam junto
convosco; tendo os olhos cheios de adultério e insaciáveis no pecado,
engodando almas inconstantes, tendo coração exercitado na avareza, filhos
malditos” (2:13, 14).

Quando Pedro escreveu, sabia que poderia apelar para algumas histórias que
sua audiência conhecia e entenderia. No Velho Testamento encontramos a
história de Balaão. Resumidamente este profeta abandonou o reto caminho e
extraviou. Em outras palavras, Balaão fazia profecias por dinheiro. (2:15, 16)
O comportamento humano não traz nenhuma novidade. Quando damos mais
créditos a profetas, pastores, mestres e líderes ou mesmo às paixões deste
mundo e aos nossos desejos de uma vida mais fácil através da prosperidade
também abandonamos o reto caminho e extraviamos.

Olhe bem para estes religiosos ou este comportamento. São vazios, como
uma fonte onde não tem água, são levados pelo vento como névoa. Não têm
onde se segurar, não criam raízes. O aviso no caminho os leva para as trevas,
mas o pecado cega a qualquer um (2: 17).

Quando eles sobem no púlpito ou no palco dos seus shows eles pregam
orgulhosos da vaidade, enganam “com paixões carnais, por suas
libertinagens”. As pessoas vão atrás das igrejas e de homens religiosos
porque acreditam que lá encontrarão fuga do pecado, mas muitas vezes
acabam encontrando o caminho do engano (2:18). Nas pregações eles
prometem liberdade, mas estes religiosos não podem ajudar as pessoas a
fugirem do pecado porque eles mesmos são escravos da corrupção porque são
vencidos e escravizam-se pela avareza (2: 19).

A princípio quase todas as igrejas oferecem uma teologia libertadora para


aqueles que querem fugir do erro. No decorrer do tempo as verdadeiras
práticas e ocultas intenções se revelam. Este trecho que segue é um alerta
para todos nós:

“Portanto, se, depois de terem escapado das contaminações do mundo


mediante o conhecimento do Senhor e Salvador Jesus Cristo, se deixam
enredar de novo e são vencidos, tornou-se o seu último estado pior que o
primeiro.” (2:20)
Você já deu um presente para alguém e depois se arrependeu de ter dado?
Nós somos fracos e humanos, não se sinta mal. Eu tomo o primeiro passo e
admito que já passei por isso. No passado Deus ‘se arrependeu’ de ter criado
o homem. Não creio que eu possa explicar o que esta frase quer dizer em
profundidade, mas eu entendo que Deus tem toda razão. Ele já deu tudo para
as pessoas fugirem das contaminações do mundo e ainda as pessoas se
deixam enredar de novo e são vencidas. Imagine um pecador agir da seguinte
forma: pisoteia os pés de Jesus, profana o sangue da aliança e ofende o
Espírito da graça. Em que estado você acha que essa pessoa se encontra?
Pedro diz: “tornou-se o seu último estado pior que o primeiro”. E com toda
razão Pedro conclui o sentimento de Deus:

“Pois melhor lhes fora nunca tivessem conhecido o caminho da justiça do


que, após conhecê-lo, volverem para trás, apartando-se do santo mandamento
que lhes fora dado.” (2:21)

Nojento! É a descrição da cena que imaginamos das palavras de Pedro. E esta


é a situação espiritual em que nos encontramos quando nos deixamos enredar
de novo e nos deixamos vencer e nos tornamos escravos do pecado. Quando
ao invés de dar ouvidos às palavras de Deus, damos atenção às palavras de
mestres deste mundo que nos enganam com palavras bonitas:

“Com eles aconteceu o que diz certo adágio verdadeiro: O cão voltou ao seu
próprio vômito; e: A porca lavada voltou a revolver-se no lamaçal.” (2:20)

Muitos se dizem médicos da alma, mas continuam mantendo as feridas para


que possam explorar a dor do pecado. Jesus cura de uma só vez te dá
liberdade para mostrar amor para com a bondade Dele.

Abra os olhos e veja quantas palavras Pedro usou para descrever os religiosos
dos quais precisamos nos desviar: libertinos, insubordinados, iníquos,
injustos, atrevidos, arrogantes, brutos irracionais, ignorantes, místicos,
adúlteros, insaciáveis, enganadores, filhos malditos, fonte sem água, névoas
impelidas por temporal, escravos da corrupção, escravos. Temos todos os
motivos para não considerar a liderança deles, pois para eles está reservada a
negridão das trevas.
Vários são os recursos para enganar as pessoas. Usa-se as emoções, apela-se
para os desejos, música, técnicas de persuasão e oratória, luzes, etc. Tome
cuidado com os enganadores que usam os recursos deste mundo. Neste texto
da segunda epístola vemos Pedro destacando os recursos que os enganadores
usarão: fábulas engenhosamente inventadas (1:16); particular elucidação
(1:20); introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras (2:1); práticas
libertinas (2:2); movidos por avareza, farão comércio de vós, com palavras
fictícias (2:3); andam em imundas paixões e menosprezam qualquer governo
(2:10); falando mal daquilo em que são ignorantes (2:12); eles se regalam nas
suas próprias mistificações (2:13); engodando almas inconstantes, tendo
coração exercitado na avareza (2:14); amam o prêmio da injustiça (2:15);
proferindo palavras jactanciosas de vaidade, engodam com paixões carnais
(2:18); prometendo-lhes liberdade, quando eles mesmos são escravos da
corrupção (2:19); escarnecedores com os seus escárnios (3:3); ignorantes e
instáveis (3:16); e, insubordinados (3:17).

Os recursos que Pedro usou foram diferentes. Ele baseou sua pregação no
evangelho e em fatos dos quais ele foi testemunha ocular. Ele apelou para o
intelecto das pessoas e não para fábulas, explicações particulares, doutrinas
ou desejos alheios ou pessoais. Pedro usou a palavra “conhecimento” sete
vezes no livro (1:2, 3, 5, 6, 8; 2:20; 3:18). Ele apela para o esforço dos irmãos
em buscar confirmar a salvação desenvolvendo a fé (1:10). Apelou para a
lembrança deles (1:12, 13, 15; 3:1). Para as profecias e promessas que podem
ser confirmadas pela Palavra de Deus (1:20, 21; 1:4; 3:4, 9, 13). Nada de
subjetivo.

Leia com atenção ao texto e observe os avisos.


ESTUDO 18
CASTIGO AOS AVARENTOS E ENGANADORES
2 PEDRO 2:4-22

INTRODUÇÃO:

1. Você já deu um presente a alguém e depois se arrependeu de ter


dado?
2. Pode contar o que aconteceu?

DISCUSSÃO:

1. O que move os homens religiosos deste mundo? (v. 3)


2. Movidos pela avareza, como tratam a fé das pessoas? (v. 3)
3. Qual a certeza de que serão castigados? (v. 4-6)
4. Como Deus trata os justos? (v. 5, 7)
5. Em que os discípulos de Cristo de hoje são parecidos com Ló? (v. 7,
8)
6. Por que a nossa única esperança está no Senhor? (v. 9)
7. Quem corre o maior perigo de ser castigado? (v. 10)
8. Como devemos tratar as autoridades, inclusive os poderes espirituais?
(v. 11) Por quê?
9. O que é, baseado no verso 11 e 12, desafiar satanás?
10. Quando é que eles serão castigados? (v. 12)
11. Conforme os versos 13 e 14, qual seria mais uma dica para identificar
os falsos mestres?
12. Qual o esforço deles? (v. 14)
13. Por que são comparados com Balaão? (v. 15)
14. Como Deus tenta ajudá-los? (v. 16)
15. O que quer dizer a descrição do verso 17?
16. Qual é a intenção de uma pessoa que procura uma igreja ou procura a
Deus?
17. Como um falso mestre pode atrapalhar por ser avarento? (v. 18)
18. Quais são as promessas religiosas de hoje e por que as pessoas não
podem cumprir? (v. 19)
19. Qual o estado de uma pessoa que escapou do pecado pelo
conhecimento de Jesus e desistiu? (v. 20)
20. Por que é melhor não conhecer o caminho da justiça? (v. 21, 22)

CONCLUSÃO:

1. A Bíblia é suficiente para nos advertir contra a religião de forma


humana.
2. A avareza é um ídolo que muitos adoram.
3. Deixe o castigo nas mãos de Deus.
4. Não devemos jamais desafiar satanás, nosso papel é estar o lado de
Deus e falar sobre Ele, não dar lugar a satanás e nem entrevistá-lo
5. A Bíblia serve para identificar os falsos mestres.
6. Quem se diz servo de Deus com interesse apenas financeiro, deve
lembrar da história de Balaão.
7. Não desistamos da salvação que conquistamos por conhecer a Cristo
para que nosso estado não seja pior do que quando estávamos no
pecado.
MEDITAÇÃO 19
A Vinda de Jesus
2 Pedro 3:1-13

“A Tempestade de Isaac” é um livro muito interessante sobre o furacão que


eliminou Galveston, Texas em 1900. Uma das tramas principais do livro é
sobre como todo mundo estava convencido de que um furacão nunca poderia
atingir Galveston, mesmo com um se aproximando. O autor descreve
vividamente como as ruas começaram se encher de pessoas indo para os seus
compromissos como se nada estivesse errado. As crianças brincavam na
água, os homens reuniram-se para o pequeno almoço no restaurante local, e
ninguém fugiu da tempestade que estava prestes a atacar.

Alguns não se preocuparam, porque Isaac Cline, o oficial de serviço nacional


de clima em Galveston, garantiu que não seria-lhes uma forte tempestade.
Outros, simplesmente acreditavam que Galveston era invencível. Alguns
pensaram que desde que eles nunca tinham visto um furacão em Galveston
aquilo nunca poderia acontecer. Assim, por uma série de razões, as pessoas
estavam seguras que nada de ruim iria acontecer. E, como resultado mais de
6.000 pessoas morreram em um dia de setembro de 1900.

Hoje podemos ver nuvens de tempestade se formando no horizonte. Há um


declínio moral e espiritual que continua a corroer a nossa vida. Os sinais de
alerta estão lá para que possamos ver - os sinais de que Jesus virá em breve.
Eles convidam-nos a voltar ao Senhor e buscar refúgio nele. Como a história
vai olhar para trás sobre o que fizemos com a tempestade que se aproximava?

Uma forma de aprender é pelo aviso e repetição. Diz-se que a primeira


palavra que as crianças precisam aprender é ‘não’. Esta palavra deve ser
repetida várias vezes até que tenha sido aprendida, pois todas as pessoas vão
precisar muito desta palavra para a vida.

Pedro escreve a sua segunda carta. Em ambas as cartas para os irmãos Pedro
procura ter certeza de que estava despertando a “mente esclarecida” deles. Já
notamos anteriormente que este é o recurso que Pedro, como toda a Bíblia,
usa. Ele apela para o entendimento, para a mente esclarecida (3:1).

Os discípulos de Cristo têm uma necessidade urgente de terem mentes


esclarecidas. Devem desprezar as fábulas, palavras fictícias, mistificações,
etc. Estes são os recursos dos religiosos deste mundo. Os discípulos de Cristo
devem colocar fé nas bases sólidas das palavras dos profetas, dos
mandamentos do Senhor e Salvador e dos ensinamentos dos apóstolos (3:2).

No princípio os discípulos e Cristo enfrentaram heresias e não é nenhuma


novidade o aparecimento delas. Precisamos estar prontos e avisados de que
“virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias
paixões” (3:3). Mesmo pessoas religiosas virão com suas teologias que
enviarão os pecadores para os céus e os fiéis para o inferno. A salvação tem
um preço que eles estão dispostos a cobrar e os que se iludem estão dispostos
a pagar. A velha indulgência voltou em forma de dízimos.

O benefício da dúvida ou mesmo a ignorância voluntária é a desculpa para


que as pessoas continuem em seus pecados e protelem o arrependimento. A
mensagem que ouvimos e pregamos é: Jesus foi sepultado e ressurgiu.
Depois Jesus prometeu que voltaria uma segunda vez. Onde está o
cumprimento da promessa? Ele está demorando, não? Substituem a
mensagem de Jesus por qualquer teoria para justificarem a si mesmos (3:4).

Um país sem memória não é nada. Imaginemos uma pessoa que esquece de
propósito. E qual seria o propósito em esquecer algo tão importante quanto
um encontro inevitável? Nem a morte vai mudar aquele encontro.

Quando eu estava na faculdade um professor que lecionava filosofia e


filosofava sobre a inexistência de Deus. Eu não consegui ficar calado. Ele
tinha suas teorias, mas eu não poderia deixar de oferecer aos meus colegas
pelo menos uma outra opção. Todos os argumentos eram aparentemente
ineficazes. Ele usava a ‘lógica’ e a ciência como recursos da sua defesa
contra a fé. Um dia eu perguntei:

- Professor, o senhor acredita que a história é uma ciência?


- Sim, acredito - respondeu ele.
- O senhor já ouviu falar sobre o dilúvio?
- Sim, é claro!
E o senhor acredita que existiu alguma coisa pelo menos similar?
Sim, alguma coisa aconteceu similar ao que conta-se como o dilúvio.
Então, segundo este raciocínio, a história, que é uma ciência, registra a ação
das mãos de Deus.

Eu sabia que o professor não poderia negar os acontecimentos do dilúvio,


pois é uma história que todos os povos da humanidade aceitam e acreditam.
Mas, mesmo já tendo ouvido esta história, as pessoas esquecem
intencionalmente que este evento foi o castigo do pecado (3:5,6).

Então, já que podemos lembrar do evento do dilúvio e do motivo pelo qual


ele aconteceu, precisamos ouvir o que acontecerá em evento futuro e o
motivo:

“Ora, os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra, têm sido
entesourados para fogo, estando reservados para o Dia do Juízo e destruição
dos homens ímpios” (3:7)

A primeira vez que Deus decidiu acabar com a libertinagem foi com água. A
promessa para o segundo evento é fogo que trará juízo e destruição dos
homens ímpios. No tempo de Noé as pessoas usaram a mesma lógica que
usamos hoje: “Isso nunca aconteceu, então nunca vai acontecer”. É o que
dizem hoje em dia. Primeiro ignoram que o mundo já acabou uma vez
mesmo sendo impossível para a época, pois nunca tinha acontecido.

Apelando novamente para o que tem valor, isto é, a memória, o apóstolo


Pedro lembra a todas as gerações que o lêem sobre a questão da volta de
Jesus estar sendo demorada. Deus não tem um relógio ou um calendário. Ele
é o dono do tempo, Ele é a própria eternidade. Para Deus um dia e mil anos
não têm diferença. Se contamos mais de dois mil anos o tempo da promessa
da sua vinda ou se vivemos mais um dia acreditando na promessa ou não,
para Deus “um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia.” (3:8).
Então, por que Jesus não voltou ainda? Se nós pudéssemos fazer com que a
paz fosse a ordem normal de cada dia até completar a eternidade, se
pudéssemos vencer a morte, a distância, os acidentes, por que motivo não o
faríamos? Na verdade Deus quer instaurar seu Reino eterno, mas ele só pode
se tornar realidade para os que se arrependem. Por isso Jesus não voltou
ainda. Ele está sendo paciente para com todos querendo que um maior
número de pessoas cheguem ao arrependimento (3:9). Se você ainda não se
arrependeu aproveite a oportunidade que Deus está dando. Se você é
daqueles que tem o coração contrito, leve outros ao arrependimento.

A mensagem do arrependimento é urgente, precisamos estar preparados, pois


o Senhor não avisou o dia que virá. Se você soubesse o dia e a hora que seria
roubado, não tomaria precauções? O Dia do Senhor virá como vem um
ladrão, de surpresa. Ao mesmo tempo que será uma surpresa todos ficarão
sabendo. O som e a visão será inconfundível: “os céus passarão com
estrepitoso estrondo”. Imagine tudo aquilo que você conhece desde que
nasceu desaparecer. Assim acontecerá com o céu. Tudo entrará em aparente e
espontânea combustão. O fogo será tão intenso que a água se incandescerá
juntamente com todos os elementos e todas as edificações sobre a terra
(3:10).

O fim nos traz receio, medo, apreensão e muitos outros pensamentos que não
podemos descrever. Por medo do fim é que muitos se convencem da sua
impossibilidade. Porém até mesmo a ciência contempla a possibilidade
prevendo o fim dos recursos naturais e a questão da termodinâmica.

A única fonte de paz e tranquilidade com o fim está dentro de nós. Começa
pelo arrependimento e continua com um santo procedimento e piedade
(3:11). Deus é tão misericordioso que nos doou “todas as coisas que
conduzem à vida e à piedade” (1:3). Sozinhos não conseguiríamos ser
piedosos. Bilhões de pessoas estarão lá perante o trono de Deus apresentando
suas vidas. Deus já as conhece. Você também estará lá e o que você está
fazendo hoje está contando:

“Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo,


para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do
corpo” (2 Co 5:10).

Por um lado a vinda de Cristo traz temor, por outro alguns apressam este
evento. Se não se está preparado o temor é patente, enquanto se está
preparado você espera e apressa (3:12). Os que estão preparados não se
acostumam com esta terra e a libertinagem que aqui vemos cada vez mais em
dia claro. Os homens, inclusive os religiosos, estão adorando a criatura ao
invés do criador, são avarentos, fundam igrejas para aceitarem o pecado
como se já não o fosse. Perturbam a fé e querem perverter o evangelho de
Cristo usando a Bíblia, como nos tempos de Paulo (Gl 1:6-9). Fazem
interpretações e usam revelações de anjos, sonhos e visões para se apoiarem
nela esquecendo o que a própria palavra ensina; guardando, antes, as
tradições dos homens (Cl 2:18-23).

A boa e a má notícia está numa só: Jesus vai voltar. Especialistas estão
dizendo que isto não vai acontecer. Eles se infiltrarão, inclusive, na fé e
“introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras, até ao ponto de
renegarem o Soberano Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos
repentina destruição” (2 Pe 2:1). Como no tempo de Noé e em Galveston as
pessoas vão tratando dos seus negócios diários e estão deixando de cuidar da
alma. O Dia se aproxima e a santidade tem sido deixada de lado. Não
aproveitam da misericórdia de Deus que ainda retém a volta de Cristo para o
arrependimento dos que ainda estão longe.
ESTUDO 19
A VINDA DE JESUS
2 PEDRO 3:1-13

INTRODUÇÃO:

1. Você tem uma boa memória?


2. Qual história você nunca esquece?
3. Por que você não esquece certas coisas?

Discussão:

1. Qual a intenção de Pedro em escrever esta segunda carta? (v. 1)


2. Nas palavras de quem devemos basear a nossa fé? (v. 2)
3. Qual o aviso que as palavras dos profetas, de Jesus e dos apóstolos
nos alertam? (v. 3)
4. Qual a desculpa para as pessoas continuarem no pecado? (v. 3, 4)
5. Por que não acreditam na segunda vinda de Jesus? (v. 5, 6)
6. Qual é mesmo a história que estão esquecendo?
7. O que precisamos saber sobre este mundo? (v. 7)
8. Por que é importante saber sobre o fim desta terra?
9. O que jamais devemos esquecer sobre a vinda de Jesus? (v. 8)
10. Quais são os dois motivos pelos quais Jesus não voltou ainda? (v. 9)
11. Por que é importante saber que Jesus virá como um ladrão? (v. 10)
12. Como serão os acontecimentos da vinda de Jesus? (v. 10)
13. Sabendo que o mundo vai ser destruído, como devemos viver até lá?
(v. 11)
14. Em que um procedimento santo ajuda na vinda de Jesus? (v. 12)
15. Que elemento Deus usará para a destruição da terra? (v. 12)
16. O que devemos esperar com maior ansiedade? (v. 13)

CONCLUSÃO:
1. Deus tem uma intenção para você para saber, leia o Novo
Testamento.
2. Não esqueça das palavras de Deus, para não esquecer, leia
constantemente.
3. Quando esquecemos das palavras de Deus, esquecemos das intenções
de Deus para conosco.
4. Não tem desculpa para continuar no pecado, não se deixe enganar
pela paciência de Deus.
5. Não esqueça das antigas e verdadeiras histórias, as histórias da Bíblia
não perdem seu valor.
6. Este mundo não tem futuro, você pode ter. Aproveite que Deus está
sendo paciente e arrependa-se.
Empenhe-se para ter uma vida santa, só assim Jesus voltará mais rápido. Só
ele pode te levar aos céus.
MEDITAÇÃO 20
Empenhai-vos na Verdade
2 Pedro 3:14-18

Betty Carlson, autora norte-americana, conta a história de um pai que estava


preparando a lição da Escola Bíblica Dominical sobre o tema “As Marcas de
Um Verdadeiro Cristão”.

Antes de ir ensinar sua classe, decidiu rever os pontos principais com a


esposa, quando o filho menor estava por perto.

Após ouvir atentamente o pai, o menino de repente disse: - Papai, eu acho


que nunca vi um cristão em minha vida.

Quais os pontos que descrevem um verdadeiro discípulo de Jesus?


Provavelmente são muitos pontos e ao mesmo tempo podem ser descritos em
poucas palavras. Se dissermos o amor, estaremos certos, mas ao mesmo
tempo poderemos descrever as atitudes de amor que pontuam a vida de um
discípulo. Neste último trecho da carta do apóstolo Pedro veremos algumas
características que pontuam a vida dos discípulos de Jesus.

A nossa esperança é a volta de Jesus para nos resgatar de uma vez por todas,
do pecado. Agora, vamos nos purificando domingo a domingo no sangue de
Jesus. Naquele dia seremos santos Nele e o pecado já não terá mais domínio
sobre nós. Esperamos e apressamos com santidade a volta do Senhor Jesus.

Por esta razão, por estar esperando a volta de Cristo, precisamos lutar pela
santidade e pela paz com Deus, lutando contra o pecado e que nada possa ser
usado para vos acusar na luta a favor destas virtudes (3:14).

Vimos anteriormente que Deus tem sido paciente por adiar a vinda de Jesus.
A paciência de Jesus deve ser motivo não de enfraquecimento da fé ou de
perda da esperança, pelo contrário, deve ser motivo de salvação (3:15).
O apóstolo Paulo também escreveu sobre a volta do Senhor Jesus. Um
assunto que dá medo ou desperta esperança! Neste assunto “há certas coisas
difíceis de entender” por isso muitos, mesmo na ignorância e instabilidade,
tentam deturpar. São os mesmos que encontramos na leitura desta carta que
Pedro escreveu, os quais deturpam as demais Escrituras. Os que assim agem,
não estão fazendo nada mais do que acumular provas contra si mesmos, pois
será “para a própria destruição deles” (3:16).

A intenção de Pedro ao escrever, como já vimos anteriormente, foi prevenir e


avisar os fiéis “não suceda que, arrastados pelo erro desses insubordinados,
descaiais da vossa própria firmeza” (3:17). Várias são as doutrinas que são
deturpadas pelos homens, mesmo religiosos. Ao invés da benção da salvação
pregam a prosperidade; ao invés de ressurreição pregam reencarnação; ao
invés de liberdade pregam libertinagem; ao invés de submissão pregam
arrogância; ao invés de santidade do templo do Espírito Santo pregam
liberdade sexual; ao invés de generosidade pregam barganha com Deus
através de grandes ofertas. Estamos sendo bombardeados o tempo todo e por
todos os lados por todos os ventos de doutrina. Elas mudam conforme a
moda. Como o crime, as doutrinas migram para onde não encontram
resistência. Cuidado para que não seja arrastado pelo erro desses
insubordinados e caia da fortaleza que deve ser a fé.

Nosso comportamento deve ser contrário a dos homens que são ignorantes e
instáveis. Precisamos crescer “na graça e no conhecimento de nosso Senhor e
Salvador Jesus Cristo” (3:18). Para isso mesmo precisamos dar ênfase e
importância aos encontros da igreja além dos cultos. Na pregação temos
pouco tempo para esclarecer qualquer dúvida ou mesmo ensinar aos irmãos a
crescer na graça e no conhecimento sobre Jesus. A Escola Dominical e os
encontros bíblicos semanais servem para isso. Na pregação temos o recurso
da retórica, mas nos demais encontros devemos usar o recurso da
participação.

“A ele seja a glória, tanto agora como no dia eterno”


ESTUDO 20
EMPENHAI-VOS NA VERDADE
2 PEDRO 3:14-18

INTRODUÇÃO:

1. Você é uma pessoa paciente?


2. Como você se comporta quando tem que esperar?
3. O que pensa quando está esperando?

DISCUSSÃO:

1. O que esperamos (Qual a nossa esperança)? (v. 13, 14)


2. De que forma devemos esperar? (v. 14)
3. O que devemos aproveitar da parte de Deus? (v. 15)
4. Quem e como confirmam a volta de Cristo e sua paciência? (v. 15)
5. Quantas vezes Paulo escreveu sobre esse assunto? (v. 16)
6. Como trataram este assunto, os escritos de Paulo e as demais
escrituras no passado? (v. 16)
7. Por que as pessoas desprezam a palavra? (v. 16)
8. Qual o perigo de não dar importância a um erro somente? (v. 16)
9. Qual o fim de quem deturpa e de quem aceita a deturpação das
Escrituras? (v. 16)
10. Pedro e Paulo preveniam os irmãos. Qual é a nossa prevenção hoje?
(v. 17)
11. Como devemos reagir às deturpações da palavra? (v. 17) (3 atitudes)
a. Acautelai-vos
b. Não ser arrastados
c. Não cair da firmeza
12. Qual é a melhor defesa contra as deturpações da palavra? (v. 17) (2
atitudes)
a. Crescer na graça
b. Crescer no conhecimento
Conclusão:

1. Espere a volta de Jesus com empenho para ser achado irrepreensível.


2. Deus é paciente, não se deixe enganar pela paciência divina.
3. Os escritores do N.T. inspirados confirmam a volta e a paciência de
Deus.
4. Não perca o que conseguiu até agora, não se deixe arrastar pelas
deturpações da palavra.
5. A deturpação das Escrituras trazem destruição. O mundo vai passar a
Palavra é que fica.
6. Cresça no conhecimento e na graça para não cair.
7. Conheça outra obra do mesmo autor
1. “Mesa Redonda”
Sobre o autor
João Cruz é formado em teologia pelo Instituto de Estudos Bíblicos de São
Paulo e em Publicidade. Trabalhou com a igreja do Paraná e São Paulo por
mais de 20 anos. Atualmente ajuda no crescimento estratégico de várias
congregações, é editor e publicitário.

Outras funções exercidas são: palestrante, conferencista, radialista,


webdesigner, editor, apresentador, etc. Tem sido convidado para palestrar em
vários Estados para famílias, casais, jovens e congregações. Para entrar em
contato use o formulário da loja virtual:

www.resgatelivros.com
1http://macmagazine.com.br/2012/07/03/dica-de-leitura-steve-jobs-e-a-regra-
do-numero-3/

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