OBTENÇÃO DE MATÉRIA PELOS SERES VIVOS 1

HETEROTRÓFICOS
MEMBRANA PLASMÁTICA

(AE) Distinguir ingestão de digestão (intracelular e extracelular) e de absorção em seres vivos heterotróficos
com diferente grau de complexidade (bactérias, fungos, protozoários, invertebrados, vertebrados).
(AE) Interpretar o modelo de membrana celular (mosaico fluido) com base na organização e características das
biomoléculas constituintes.

Biologia e Geologia 10º ano Prof. Sónia Guimarães

 Em que consiste a heterotrofia ?
2

São seres
heterotróficos
todos os
organismos
que obtêm
matéria
orgânica e
inorgânica,
que lhes serve
de alimento, a
partir do meio.
 Processos de heterotrofia
3

O processamento de alimentos
pelos seres heterotróficos inclui
os seguintes processos:
 Ingestão
 Digestão
 Absorção

Todos os animais, todos os fungos e grande

parte dos protistas e das bactérias são
heterotróficos
 Processos de heterotrofia
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• Nos seres vivos unicelulares, a digestão ocorre dentro

da própria célula- digestão intracelular.
• A ingestão de alimentos pelos seres pluricelulares,
obriga a uma digestão extracelular, com transformação
de moléculas complexas em moléculas mais simples,
capazes de serem absorvidas pelas células.
• Pode ser digestão intracorporal ou digestão
extracorporal (não há ingestão).
• A absorção é a passagem de substâncias simples do
meio externo para o meio interno.
 Processos de heterotrofia
5

• Heterotróficos por ingestão ou macroconsumidores

(animais e protozoários)

• Heterotróficos por absorção ou microconsumidores

(fungos e bactérias)
 Membrana plasmática
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 Como todas as células se encontram definidas e

delimitadas por uma membrana plasmática, todos
os compostos têm que a atravessar.
 Funções da membrana plasmática
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 Mantém o meio intra e

extracelulares
independentes.
 Controla entrada e saída
de substâncias.
 Flexibilidade.
 Regeneração.
 Permeabilidade seletiva
de substâncias e
energia.
 Qual é a estrutura da membrana
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plasmática?

Nageli e Cramer (1885)

Descobriram a membrana plasmática

Overton (1899)

Subs. lipossolúveis  Atravessavam facilmente a membrana plasmática

Subs. lipoinsolúveis  Não atravessavam a membrana plasmática

A membrana era destruída sob a ação de substâncias solventes de lípidos

A membrana deveria ser constituída por lípidos

 Qual é a estrutura da membrana
9
plasmática?

Langmuir (início séc. XX)

Propôs o 1º modelo estrutural para a membrana plasmática

Monocamada
fosfolipídica
 Qual é a estrutura da membrana
10
plasmática?

Gorter e Grendel (1925) Bicamada fosfolipídica

Zona hidrofílica
Estudo com eritrócitos
▼
A quantidade de
Zonas hidrofóbicas fosfolípidos isolados da
membrana eram
Zona hidrofílica suficientes para formar
uma dupla camada
 Estrutura da membrana plasmática
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Davson e Danielli (1935)

A partir do conhecimento sobre o comportamento das
fosfolípidos em presença da água, Davson e Danielli
admitiram que a membrana deveria ter uma estrutura
complexa, na qual os fosfolípidos formariam uma bicamada.
As zonas hidrofílicas dos fosfolípidos estariam ligadas a
proteínas, formando uma camada contínua, quer na
superfície externa, quer na interna.
 Estrutura da membrana plasmática
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Davson e Danielli (1935)

No entanto…
Esse modelo não explicava a permeabilidade das membranas
a iões e a substâncias polares.
 Como é que as moléculas polares (água, aminoácidos e

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monossacarídeos) atravessam a membrana plasmática
?
Davson e Danielli (1954)

Substâncias apolares atravessavam

Os poros permitiam as passagem de
a membrana diretamente através da
substâncias polares
bicamada fosfolipídica.
 Estrutura da membrana plasmática
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Anos 50 – Microscopia eletrónica

O microscópio electrónico permitiu a observação da ultra-estrutura

de membranas, que surge formada por duas zonas escuras,
separadas por uma banda clara.
Microfotografia obtida por fixação de tetróxido de ósmio

Apoia o modelo proposto por Davson e Danielli

 Estrutura da membrana plasmática
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Segundo o modelo de Davson e Danielli

• as bandas escuras corresponderiam às proteínas e

aos pólos hidrofílicos dos fosfolípidos

• banda clara corresponderia às zonas hidrofóbicas

dos fosfolípidos.
Em consequência de novas pesquisas, outros dados
foram surgindo, os quais não eram conciliáveis com o
modelo adotado.
 Estrutura da membrana plasmática
Singer e Nicholson (1972)
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Dados quantitativos  As proteínas não podem revestir toda a bicamada lipídica

Membrana sujeita à ação de enzimas  Camada lipídica mais danificada que as

proteínas
Algumas proteínas destacam-se mais facilmente da bicamada lipídica que
outras

Modelo do mosaico fluido

Modelo do
mosaico fluido

A membrana não é
uma estrutura rígida,
tem fluidez
 Modelo do mosaico fluido
17

O modelo da
ultra-estrutura da
membrana
plasmática aceite
atualmente é o
modelo do
mosaico fluido.
 Modelo do mosaico fluido
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Composição lipoproteica
 Lípidos
• Fosfolípidos com extremidade polar e apolar.
Cadeias hidrofóbicas voltadas umas para as outras.
• Existem também glicolípidos e colesterol.

 Proteínas
• Intrínsecas
• Extrínsecas
• Existem também glicoproteínas
 Modelo do mosaico fluido
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 Algumas proteínas apresentam mobilidade

enquanto outras são fixas.

 Proteínas:
 Periféricas ou
extrínsecas
 Integradas,
integrais ou
intrínsecas
 Modelo do mosaico fluido
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Proteínas
Proteínas periféricas ou extrínsecas
• Superficiais
• Facilmente isoladas da membrana (ligações electrostáticas fracas com a
zona hidrofílica dos fosfolípidos ou de proteínas)

Proteínas integradas ou intrínsecas

• Fortemente ligadas às zonas hidrofóbicas dos lípidos
• Penetram na bicamada fosfolipídica, podendo mesmo atravessar a
membrana de um lado ao outro – proteínas transmembranares
 Modelo do mosaico fluido
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Glicolípidos e glicoproteínas
 Na face externa da membrana existem glícidos
associados a lípidos (glicolípidos) e glícidos ligados a
proteínas (glicoproteínas).
 Modelo do mosaico fluido
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Glicolípidos e glicoproteínas
 Tais moléculas formam o glicocálix e estão envolvidas em
mecanismos de reconhecimento de substâncias do meio
envolvente.
 Modelo do mosaico fluido
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Colesterol
Macromoléculas hidrofóbicas, localizam-se entre a
bicamada fosfolipídica. Regulam a fluidez da
membrana.
 Modelo do mosaico fluido
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 Movimento dos fosfolípidos

Mobilidade lateral -rápido Movimentos transversais (flip-flop)- lento

 Modelo do mosaico fluido
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O modelo do mosaico fluido é considerado assim porque

a superfície se assemelha a um conjunto de pequenas
peças e devido ao movimento individual de moléculas que
constituem a membrana.