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Tema da aula: MECANISMOS DE LESÃO CELULAR

Objetivos:
1. Compreender as etapas da resposta celular ao estresse
2. Reconhecer os agentes causadores de lesão celular
3. Compreender os mecanismos bioquímicos de lesão celular

Referência Bibliográfica para estudo:


• Patologia - Bases Patológicas das Doenças - Robbins & Cotran - 9
Edição - Capítulo 2 (Respostas celulares ao estresse e às agressões
tóxicas: Adaptação, lesão e morte celular)

Observações
1. As adaptações do crescimento e diferenciação celulares não estão incluídas
neste módulo, porém constam no capítulo indicado
2. Os slides são apenas ilustrativos

Profa. Renata Nunes

ETAPAS DA RESPOSTA CELULAR


AO ESTRESSE Endógenas ou
exógenas

INCAPACIDADE DE SE ADAPTAR
ADAPTAÇÃO LESÃO CELULAR

“Conjunto de alterações bioquímicas e morfológicas


que podem ocorrer quando o estado de homeostasia é
perdido devido ao efeito de uma agressão”

QUAIS OS TIPOS DE AGRESSÕES QUE PODEM CAUSAR O


DESEQUILÍBRIO HOMEOSTÁTICO DA CÉLULA?

1.Hipóxia (privação de oxigênio reduzindo a respiração oxidava aeróbica):


• Redução do fluxo sangüíneo (isquemia)
• Insuficiência cardiorrespiratória
• Redução da capacidade de transporte do O2 pelo sangue (anemia)
• Perda de sangue

2. Agentes físicos
• Traumas mecânicos (facada, fratura)
• Extremos de temperatura (queimaduras e frio intenso)
• Alterações bruscas da pressão atmosférica
• Radiação
• Choque elétrico
3. Agentes químicos e ambientais:
• Poluentes ambientais
• Drogas sociais
• Drogas terapêuticas
• Inseticidas e herbicidas
• Perturbações do equilíbrio eletrolítico da células (glicose e sal)

4. Agentes biológicos (vírus, bactérias, fungos e parasitas)

5. Reações imunológicas (reações lesivas aos autoantígenos endógenos


são responsáveis por doenças autoimunes)

6. Alterações genéticas - doenças congênitas (lesão celular devido à


deficiência de proteínas funcionais)

7. Desequilíbrios nutricionais (deficiência e excesso nutricionais)

HIPÓXIA E DEPLEÇÃO DE ATP

INFLUXO E PERDA DA HOMEOSTASE DO CÁLCIO


ACÚMULO DE RADICAIS LIVRES
(ERO - espécie reativa de oxigênio)

ESTRESSE OXIDATIVO: ocorre


quando a geração de ERO excede a
capacidade do corpo de neutralizar
estas moléculas (aumento na
formação ou diminuição na inativação)

(SOD = superóxido dismutase)

danificar os sítios ativos das enzimas, romper


a conformação de proteínas e intensificar a
degradação

AUMENTO NA PERMEABILIDADE DA MEMBRANA

Consequência dos danos as membranas:


1. A abertura dos poros de transição de permeabilidade mitocondrial leva a diminuição do ATP e
a liberação de proteínas que disparam estímulos para a morte celular por apoptose

2. Perda do equilíbrio osmótico da célula e influxo de líquidos e íons, bem como a perda do
conteúdo celular

3. Lesão as membranas dos lisossomos: resulta na liberação de enzimas digestivas que


promovem a digestão enzimática de proteínas, RNA, DNA e glicogênio

LESÃO MITOCONDRIAL

Influxo de Ca++
ERO
ATP

Poro de transição de
permeabilidade mitocondrial

Enzimas
indutoras

APOPTOSE
CORRELAÇÃO CLINICO-PATOLÓGICA

LESÃO ISQUÊMICA-REPERFUSÃO
A restauração do fluxo sanguíneo para os tecidos isquêmicos
pode promover a recuperação de células, mas
paradoxalmente, pode exacerbar a lesão e causar morte
Estresse oxidativo celular

ERO
Sobrecarga de
cálcio intracelular
Abertura do poro de transição
de permeabilidade mitocondrial
Inflamação
e depleção de ATP
Lesão tecidual Ativação do
adicional
sistema
+ complemento
Depósito de IgM em tecidos isquêmicos - proteínas
do complemento se ligam aos anticorpos

CORRELAÇÃO CLINICO-PATOLÓGICA
LESÃO QUÍMICA (TÓXICA)
Toxicidade direta
Metabólitos tóxicos reativos

• Tetracloreto de carbono (CCl4 -



CCl3) - causa esteatose

Combinação com componentes • Acetoaminofeno (analgésico)


moleculares
Radiais livres
• Envenenamento
• Cloreto de mercúrio: se liga
as proteínas da membrana
celular (aumento da
Conversão em
permeabilidade e inibição no
metabólicos tóxicos
transporte de íons)

• Cianeto: inibe a fosforilação


oxidativa

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