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FORTALEZA
2020
CAMILA ROCHA SANTOS
FORTALEZA
2020
CAMILA ROCHA SANTOS
BANCA EXAMINADORA
_____________________________________________
Prof.ª. Dra. Gilcenara de Oliveira
Orientador (a)
_____________________________________________
Prof.ª. Me. Adriana Pereira do Nascimento
Examinador (a)
Unifor
_____________________________________________
Prof. Dr. Ícaro José Fernandes Santos Bastos
Examinador (a)
Unifor
AGRADECIMENTOS
Primeiramente gostaria de agradecer à Deus, pela vida, pela minha família, e pelos
momentos de felicidade e tristeza durante esta jornada, que me moldaram ao que eu
sou hoje.
Agradecer também à minha família, especialmente aos meus pais, Sandra Betânia
Rocha e Abelmar Cacau, por todo apoio e amor incondicional em toda essa
caminhada, sem eles, com certeza não seria possível chegar a esse marco da
minha vida.
Agradeço ao meu noivo, Silvio Goyanna Jr., que me apoiou e levantou diversas
vezes durante o progresso deste trabalho.
Queria agradecer a todos os meus amigos que me apoiaram durante essa fase da
minha vida, em especial aos conquistados durante todo o período do curso, onde
não só me proporcionaram momentos de descontração e felicidade, bem como de
auxílio, nos momentos difíceis de trabalhos, provas e grupos de estudo.
Filipenses 4:13
RESUMO
For thousands of years, man has been building dams, initially with the idea of supplying
water, but over the years, these have been structured for other purposes, such as disposal of
mining waste. However, these structures have a certain potential for risk, which must be
considered, due to the damage they can cause not only to the economy, but also to the
environment and the community itself. The disasters and damage caused by the rupture of
the Mariana and Brumadinho Dams had repercussions not only in the country, but also in the
international press. Thus, given the environmental impact, at the end of the study we intend
to answer the following question: What are the environmental impacts caused by the rupture
of dams like Mariana and Brumadinho? As a general objective, we sought to analyze the
environmental impacts caused by the ruptures of the Mariana and Brumadinho Dams, aiming
to provide subsidies to improve the current legislation. As specific objectives, the following
were established: to verify how the classification of tailings dams is being carried out;
indicate the probable causes of the ruptures of the Mariana and Brumadinho Dams; and, list
the environmental impacts caused by the rupture of the tailings dams. To achieve this
proposal, the study was based on an exploratory research, in which books, magazines and
scientific articles were consulted, as well as documents referring to dams. At the end of the
study, it was found that the disaster caused by the rupture of the dams affected not only the
environment, but also affected human lives, leading to fatalities and chronic diseases.
Therefore, due to the magnitude of the damage, an analysis of the laws is suggested for
future research, to find out what has changed, what points have been improved to prevent
such disasters.
1 INTRODUÇÃO.........................................................................................................12
1.1 Justificativa.........................................................................................................13
1.2 Objetivos............................................................................................................13
1.2.1 Objetivo Geral..............................................................................................13
1.2.2 Objetivos Específicos..................................................................................13
1.3 Estrutura do Estudo...........................................................................................14
2 REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................15
2.1 Barragens: Abordagem Geral............................................................................15
2.1.1 Rejeitos........................................................................................................16
2.1.2 Barragens de Contenção de rejeitos...........................................................18
2.2 Métodos Construtivos........................................................................................20
2.3 Segurança das Barragens.................................................................................25
2.3.1 Cenário Internacional..................................................................................25
2.3.2 Cenário Nacional.........................................................................................27
2.3.3 Acidentes nas Barragens brasileiras...........................................................29
3 METODOLOGIA.......................................................................................................31
3.1 Desenho da Investigação..................................................................................31
3.2 Enfoque..............................................................................................................31
3.3 Coleta dos Dados..............................................................................................32
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES.............................................................................33
4.1 Barragem de Mariana........................................................................................33
4.2 Barragem de Brumadinho..................................................................................35
4.3 Avaliação dos Danos Provocados com os Desastres das Barragens de
Mariana e Brumadinho.............................................................................................39
5 CONCLUSÃO...........................................................................................................46
REFERÊNCIAS...........................................................................................................48
12
1 INTRODUÇÃO
Durante séculos, para que houvesse a regularização dos rios, utilizou-se e tem
se utilizado as Barragens. Estudos evidenciam que as civilizações antigas as
construíam para controle de inundações, irrigações e abastecimento de água
potável. Contudo, as conquistas alcançadas pela sociedade moderna, trouxe
consigo uma maior responsabilidade e preço, pois tem relação com o meio
ambiente, e com todos os efeitos provocados pelo homem que resultam dessa ação.
Nesse contexto, destaca-se a definição estabelecida pela Deliberação
Normativa COPAM nº 62 de 17 de Dezembro de 2002, que estabelece como sendo
barragem, qualquer tipo de estrutura que forme uma parede de contenção, que pode
ser de resíduos, rejeitos, e pode ser utilizada como reservatório de água.
No caso específico das Barragens de Contenção de rejeitos, estes são
acompanhados de uma preocupação maior, pois geram grandes impactos ao meio
ambiente. Diante desse problema, as empresas vêm sendo jugadas principalmente
pela gestão dos rejeitos, sendo estes, vistos como um dos principais critérios no
desempenho ambiental.
Estudos vêm indicando que tais falhas são provocadas pelo fato da operação
não está sendo realizada com base nos critérios estabelecidos para o projeto,
construção e operação, destruindo vidas e provocando danos ambientais
significativos.
As mineradoras responsáveis pelas barragens, proporcionam um
desenvolvimento econômico na região e no Estado, em contrapartida, a construção
dessas estruturas, devido aos danos provocados pelos desastres de Mariana (MG),
em 2015, e Brumadinho (MG), em janeiro de 2019, tem trazido uma grande
insegurança para aqueles que moram próximo e/ou estão preocupados com o meio
ambiente.
No intuito de evitar tais desastres, como os já citados, alguns órgãos, como a
Agência Nacional da Mineração (ANM), responsável pela classificação das
barragens e a Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM), que elabora os
relatórios e os divulgam anualmente com os resultados, trabalham para avaliar a
estabilidade das barragens construídas no Brasil, assim como os danos que podem
ser provocados com os rejeitos. No entanto, faz-se necessário desenvolver um
cadastro das barragens existentes no Brasil, dispondo de informações mínimas para
13
1.1 Justificativa
1.2 Objetivos
2 REFERENCIAL TEÓRICO
2.1.1 Rejeitos
Ainda sobre o descarte dos rejeitos, o autor supracitado explica que a decisão
a respeito da sua concentração de sólidos, fundamenta-se a partir dos critérios
técnico-econômicos, que nesse caso tem como vantagens, a redução da umidade
do rejeito.
O mineral, para que possa ser comercializado não pode ser usado em forma de
in situ. Para isso, é preciso seguir algumas etapas que são denominadas de
beneficiamento, podendo ser chamadas também de tratamento. Segundo Ribeiro
(2015) o rejeito é formado nessa fase do processo, sendo que para comercialização
não apresenta um valor satisfatório, sendo inviável nessa etapa. O rejeito, diferente
do que acontece com o material estéril, apresenta um volume de água maior, que é
dos processos químicos e físicos que então são submetidos no beneficiamento.
19
Soares (2010) menciona que nas décadas de 1960 e 1970 passou a ser usado
com mais ênfase na construção das barragens mecânicas dos solos. A premissa
principal era fazer uma avaliação dos possíveis impactos e estabilidade da estrutura
a partir do comportamento dos rejeitos. Segundo o autor foi na América do Norte, na
década de 1970 que foram realizados pelos técnicos de engenheiros civis e
geotécnicos os primeiros trabalhos sobre essa avaliação.
Mello e Piasentin (2011, p. 198) mencionam ainda que:
talude antigo, formando assim, o aterro. Seguindo esse procedimento, não se faz
necessário que o nível do reservatório seja rebaixado. Na sequência tem-se as
principais características das técnicas construtivas propostas por Espósito (2000, p.
76).
lançado o rejeito, para o próximo alteamento, criando uma praia que será a fonte de
material de construção.
Na sequência tem-se uma breve explanação das legislações que tratam sobre
o tema em alguns países. Na Europa, as atividades tiveram início em 2001 com o
grupo European Working Group. No mesmo ano Patrick Le Delliou presidiu o grupo
que preparou um relatório que foi utilizado para fazer uns comparativos das
legislações vigentes em outros países do mundo.
Em 2007 o grupo passou a contar com quatro países, que foram Portugal,
França, Noruega e Itália, sendo este presidido por Giovani Ruggeri, que ficou
responsável por gerar um relatório contendo informações sobre as barragens
existentes na Europa. Segundo Carvalho (2018, p. 96):
Tal incidente e suas proporções, fez com que fossem implementadas medidas
para garantir a segurança das barragens, sendo estas adotadas pelas agências
federais.
27
elaboração do Estudo do Impacto Ambiental (EIA), conforme texto dos arts. 5º e 6º,
em que são destacados:
Desde 2011, quando o primeiro relatório foi produzido, até 2017, a ANA
registrou 24 acidentes. Contudo, o número real é maior: a própria agência
reconhece que há acidentes não relatados e mesmo barragens que não
foram informadas ao governo federal.
3 METODOLOGIA
Em complemento, Kerlinger (2002, p. 34) diz que neste tipo de pesquisa “não é
possível manipular as variáveis ou distribuir aleatoriamente os participantes ou
tratamentos. De fato, não há condições ou estímulos para expor os indivíduos do
estudo, eles são observados em seu ambiente natural.”
Desse modo, é um tipo de estudo em que a pesquisadora não participa da
amostra populacional, não aplica um instrumento de coleta de dados que envolva
outras pessoas, nem interfere nesta coleta, atuando como uma observadora.
3.2 Enfoque
Justifica-se a opção por esse tipo de pesquisa, por ser o tema deste estudo
bastante delicado, necessitando, assim, utilizar uma metodologia na qual os sujeitos
não sejam reduzidos a variáveis isoladas ou a hipóteses, mas vistos como parte de
um todo, em seu contexto natural, habitual.
Para o estudo em questão, foi feita uma análise dos impactos ambientais
provocados pelos rompimentos das barragens de Mariana e Brumadinho. Para isso,
foi feito um levantamento bibliográfico para analisar o que os especialistas alertam
sobre as ações, e para evitar esses tipos de desastres, bem como reportagens para
saber a opinião de especialistas e dos próprios moradores que sobreviveram ao
desastre. Além disso, foi feito um levantamento sobre a quantidade de rejeitos e
assim, avaliar melhor seus impactos ambientais.
33
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
A barragem 1 da Mina do Córrego do Feijão, como pode ser visto na figura 10,
tinha a capacidade de 12,7 milhões de m 3 de rejeitos, sendo essa, na Mina do
Córrego do Feijão, a mais antiga, tendo sido construída em 1976. No momento do
rompimento, a lama de rejeitos alcançou uma velocidade de 80 quilômetros por
hora, e continha ferro, sílica e água.
Na figura 13, é possível ver o caminho da lama até atingir o rio Paraopeba. Na
rota da lama estava a pousada Nova Estância, que foi completamente destruída, e
de acordo com as apurações do corpo de bombeiros, no dia do rompimento estima-
se que havia 35 pessoas.
O bairro Parque da Cachoeira, foi outro local bastante afetado. Estima-se que a
onda de lama levou cerca de 24 minutos a uma velocidade de 80 quilômetros por
hora. De acordo com a figura 13, além desses pontos, a lama atingiu no meio do
caminho plantações, casas. Com base na sua rota, o maior número de vítimas fatais
concentrava-se na área administrativa da mina, entre funcionários e terceirizados.
38
Fonte: G1 (2019)
39
Turbidez X X
1 Água Ecotoxicológicos (metais) X X
Nascentes X
Ictiofauna (peixes) X X
Herpetofauna (répteis e anfíbios) X X
2 Biodiversidade
Avifauna (aves) X X
Mastofauna (mamíferos) X X
Erosão X
Compactação X
Contaminação por xenobiontes (metais e aminas) X
Vegetação/ Queda da fertilidade das várzeas e áreas alagáveis X
3
Solo Fragmentação de hábitats X
Perda de conectividade nos ecótonos transicionais
X
terra-água
Perda generalizada de serviços ecológicos X X
Áreas de Preservação Permanente – APPs X
Unidades de
4 Parques Estaduais e Nacionais (PE Rio Doce -
conservação X
PERD e PN Sete Salões)
Fonte: Pinto-Coelho (2015, p. 23)
5 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
CECÍLIO JR., M. O.; NAMBA, M.; NEGRO JR., A. O Estudo de Caso da Barragem
Itabiruçu: Gestão de Risco Geotécnico de Barragens de Rejeito. Inscrição ao
49
Prêmio José Machado. ABMS: Vale S. A./ TÜV SÜD / Bureau de Projetos e
Consultoria Ltda, 2018.
FONSECA, B. Brasil registra mais de três acidentes em barragens por ano. Agência
de Jornalismo Investigativo. 30/01/2019. Disponível em:
https://apublica.org/2019/01/brasil-registra-mais-de-tres-acidentes-em-barragens-
por-ano/. Acesso em: 25 nov. 2019.
GIL, Antônio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2001.
OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratado de Metodologia Científica. São Paulo: Pioneira,
2001.
VICK, S. G. Planning, design and analysis of tailing dams. New York: John wiley &
sons, 2013.