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FACULDADE DAS AMERICAS

FRANCISCO FAUSTINO
LUCIANA SALOMÃO
LETICIA COSTA
WANDERSON PERDIGÃO

PSICOLOGIA SOCIAL:
SOCIEDADE E COMUNIDADE

SÃO PAULO-SP
2019
FACULDADE DAS AMERICAS

PSICOLOGIA SOCIAL:
SOCIEDADE E COMUNIDADE

Trabalho desenvolvido no Curso de Psicologia FAM


para a disciplina/pratica Psicologia comunitária sob
orientação do prof. Zé Henrique.

SÃO PAULO-SP
2019
Sumário
Introdução...........................................................................................................................................5
Psicologia Social...............................................................................................................................5
Práticas da psicologia em comunidade nas décadas de 1960 a 1990 no Brasil................6
Psicologia Social e seu papel.........................................................................................................6
Bibliografia..........................................................................................................................................9
Resumo
O texto apresentado busca trazer uma breve história da formação da Psicologia
Social no Brasil, e o reconhecimento da Psicologia como ciência e instrumento de
pesquisa. Apresentando os momentos de conflitos em meio a sua formação e
divergências por parte dos profissionais na questão metodológica e abordagens,
além de nos apresentar qual o papel da Psicologia Social em meio a sociedade e
quais são seus benefícios para a mesma, além de mostrar que a questão de
individualidade e o viver em grupos são aspectos primordiais a serem discutidos
pela Psicologia Social.
Introdução
A Psicologia Social no Brasil se construiu de forma rudimentar, e com muitos
impasses, seja a elitização da mesma ou o cenário em que se deu o reconhecimento
da profissão e sua área de atuação enquanto ela se fazia reservada as salas de
aulas das universidades brasileiras. Com alterações ocorridas no decorrer da
história da psicologia e do cenário brasileiro (seja no atendimento precário às
necessidades básicas da população ou no cenário ditatorial de 64 e elitização da
área) podemos então conhecer uma psicologia voltada às questões sociais e que
buscam dar voz à classes menos favorecidas, buscando assistir os mesmos em
favor de seus direitos sociais e políticos.

Psicologia Social
O reconhecimento oficial da profissão de psicólogo no Brasil se dá em meio a uma
conjuntura político-econômica que fomenta as disposições legais para a
regulamentação e criação dos cursos de psicologia em meados da década de 60.
Entretanto a metodologia e os modelos teóricos  nesse período inicial priorizavam
aspectos práticos que se estruturaram em torno da Psicologia Clínica e em
ambientes educacionais, o que contribuiu para a noção preliminar de elitização da
psicologia, noção essa posteriormente reformulada através de esforços de diversas
instituições, dentre elas a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, com
trabalhos que visavam tornar a psicologia mais próxima das demandas da
população, sobretudo das classes menos privilegiadas, que no contexto específico
era o contingente populacional expressivo. A preocupação fundamental, portanto,
era o desenvolvimento de tarefas que permitissem a aproximação da psicologia da
população e ao mesmo tempo que as pessoas se organizassem e reivindicassem
por suas necessidades básicas e melhores condições de vida. Aos poucos, a
descaracterização da psicologia como uma profissão elitista foi sendo concretizada.
Nesse contexto e com participação também de profissionais liberais e intelectuais de
diferentes áreas do conhecimento o enfoque das problemáticas com que a
psicologia trabalhava foram sendo ampliadas. Os profissionais de psicologia
começaram a marcar novos espaços de prática diferentes, saindo dos consultórios,
das empresas e indo para bairros populares, para favelas, para associações, com
um evidente envolvimento e participação política. As atividades desenvolvidas
tinham como tema central reuniões e discussões em torno das necessidades vividas
pela população, com coletas de dados sobre suas condições de vida e deficiências
educacionais e saúde. Isso possibilitou que o resultado dessas atividades fossem
levadas para dentro das faculdades. Mas é a década de 80 com o advento da
democracia que a denominação Psicologia Comunitária ganha força tornando-se
tema de uma conferência proferida pela Profa. Doutora. Silva T. Maurer Lane
durante o primeiro Encontro regional de psicologia na comunidade, na PUC-SP. A
relevância de todos esses trabalhos configurou a psicologia comunitária como uma
prática engajada e indispensável como disciplina da psicologia .

Práticas da psicologia em comunidade nas décadas de 1960 a 1990


no Brasil
Para entender o que caracteriza as práticas da psicologia em comunidade, é
necessário recuperar o processo desse tipo de prática em dois aspectos principais:
processo histórico, e aspectos que podem dizer como a profissão do psicólogo foi
sendo elaborada. O nome trabalhos em comunidade é uma expressão relativamente
antiga, que surgiu entre 1940 e 1950 período em que o Brasil passava por
mudanças em seu modelo produtivo. A Identificação de “ na “ comunidade veio em
um momento em que a psicologia vivia uma dicotomia em relação aos modelos
alheios a realidade brasileira, para isso incluiu uma proposta de se tornar mais
ligada as condições de vida da população.Também nessa mesma década, a
exigência feita para a psicologia, se trata mais de trabalhos práticos, com interações
de qualidade, e competência suficiente para atender às demandas da comunidade.
O autor ressalta a importância de questões sócio históricas e políticas, destacando a
necessidade de entrar nessas questões, para explorar como ocorreu, não só na
estruturação da psicologia social, mas também a psicologia como um todo e a
Constituição da profissão no Brasil.

Psicologia Social e seu papel


Em meio aos conflitos e dificuldades da Psicologia Social no contexto brasileiro, foi
necessário pensar qual seu papel na conscientização e organização da sociedade,
sendo desenvolvida uma reflexão critica dentro das universidades brasileiras, sobre
o ensino e o papel da Psicologia Social, reconhecendo que a mesma não poderia se
tornar uma disciplina ou ferramenta isolada dentro das universidades naquele
contexto. A Psicologia Social no Brasil sempre vinha com uma tentativa de tentar
aproximar a prática da mesma à população ( e comunidades), sendo a questão da
educação uma das questões mais importantes, surge então uma “campanha” de
alfabetização dos adultos, sendo Paulo Freire um dos destaques das práticas em
favor da educação e alfabetização para todos, é importante destacar que tanto Paulo
Freire como os outros profissionais não tinham preocupação em limitar sua área de
atuação e especificidades, buscando o melhor para as camadas sociais mais baixas.
Em meio a história da Psicologia Social no Brasil houveram discussões se era
possível viver em sociedade em um sistema de competição ou seria mera utopia?
Foram feitos alguns encontros para se discutir sobre o assunto. Foram realizados
dois encontros, em 1981 e 1988, em 1981 houve pesquisas de campo e estudos
sobre o viver em comunidade e suas alterações, sendo detectado vários problemas,
desde problemas físicos e baixa infraestrutura de moradia, à problemas psicológicos
como a perca da identidade cultural, após isso era necessário consciencializar a
população sobre o viver em comunidade, deixando de mão a individualidade que
permeava a muito tempo entre eles, a questão da comunidade é bastante
importante, desde a organização dos trabalhadores a favor de melhorias para sua
classe até a questão da busca pela representatividade através do grupo e melhorias
em serviços prioritários como as creches. Vale trazer um recorte dos dois tipos de
atuação mais importantes para a Psicologia Social: O desenvolvimento de trabalhos
educacionais buscando a mobilização e organização de grupos para facilitar a busca
por soluções e assessoramento para grupos existentes.
Após sete anos houve outro encontro, sendo esse em busca da sistematização em
meio a comunidade, ou melhor a especialidade da prática. As atividades
desenvolvidas para apresentação estavam relacionadas com uma questão de
autonomia dos indivíduos, lembra a questão da conscientização que foi falada agora
pouco, porém aqui é visado uma auto organização do grupo para se ter melhoras na
qualidade de vida, isso se dá pelo fato que Elizabeth Bomfim acredita que haja
autonomia do sujeito para que o mesmo exerça sua saúde plena, já a Ângela
Caniato acredita que é necessário buscar a individualidade do indivíduo em
comunidade para atender as demandas sociais, além da subjetividade do psicólogo
em meio ao problemas apresentados, a contraponto William Pereira acredita que a
individualidade na verdade é um produto da modernidade e nada mais. Por tanto, é
visto que a Psicologia Social Comunitária tem um grande ramo de atuação em meio
às classes mais baixas, tratando desde problemas físicos como infraestrutura a
problemas psicológicos e psicossociais, ela vem tentando dar conta de toda essa
demanda buscando melhorias para a população e ajudando na luta pelos seus
direitos. A Psicologia Social Comunitária já não é restrita a salas de aula e
universidades, agora ela se faz mais presente no âmbito social e sendo usada como
principal instrumento de conscientização e organização dos grupos, buscando a
autonomia e identidade para que cada um venha exerce seus direitos e papéis.
Bibliografia
CAMPOS, R.H. F (org.).et al. Psicologia Social Comunitária: da solidariedade á

autonomia.20°ed. São Paulo. Editora Vozes. 1996. Cap.2; Pag15;27. Cap.4;

Pag44;58. Cap.1; Pag9;13.

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