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AULA 02 – Motores Elétricos

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Conjugado

• O conjugado, também conhecido como torque, é


a medida do esforço efetuado para girar um eixo.
Por experiência prática, para levantar um material
contido em um balde, a força F aplicada à
manivela depende do comprimento d da
manivela. Para uma manivela maior, menor será a
força F necessária.
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• Para medir o “esforço” necessário para girar o eixo não basta somente
definir a força empregada: é preciso também dizer a que distância do
eixo a força é aplicada.

• O “esforço” é medido pelo conjugado (ou torque), que é o produto da


força F pela distância d de sua aplicação ao eixo de rotação, para uma
força aplicada perpendicularmente ao eixo de rotação.

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• Dobrando o tamanho d da manivela, a força F necessária será
diminuída à metade.
• Sendo o peso do balde de 20 N e o diâmetro do tambor de 0,20 m, a
corda transmitirá uma força de 20 N na superfície do tambor, isto é, a
0,10 m do centro do eixo.

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Energia, Potência Elétrica e Potência Mecânica
• A potência é a grandeza que mede a “velocidade” com que a energia
é aplicada ou consumida.
• No exemplo da seção anterior, para um poço com 24,5 metros de
profundidade, a energia gasta, ou trabalho realizado para trazer o
balde do fundo até a boca do poço é sempre a mesma.

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• A unidade de medida de energia mecânica, Nm, é a mesma que
usamos para o conjugado - trata-se, no entanto, de grandezas de
naturezas diferentes, que não devem ser confundidas.

• Em termos de potência elétrica, no caso, a potência requerida a um


motor elétrico para suspender o balde do exemplo, a sua unidade é o
Watt, que é derivada de uma taxa relacionando o trabalho realizado
em um determinado intervalo de tempo.

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• Fazendo uso da Equação se for utilizado um motor elétrico capaz de
erguer o balde de água em um tempo de 2,0 segundos, a potência
elétrica desenvolvida por este motor será:

• Se outro motor elétrico consegue erguer o balde em metade do


tempo, tem-se:

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Potência Mecânica em CAVALO-VAPOR (CV) e
em HORSE-POWER (HP)
• Em termos de potência mecânica (no caso de um motor elétrico,
disponível em seu eixo), a sua unidade mais usual é o CV (cavalo-
vapor), equivalente a 736 W.

• Há também o HP (horse-power, unidade de origem inglesa), com uma


pequena diferença: equivalente a 746 W.

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Potência Aparente, Ativa e Reativa
• Um motor elétrico, como se sabe, absorve energia elétrica da rede de
energia (monofásica ou trifásica) e a transforma em energia mecânica
disponível no eixo.
• A potência elétrica é dividida em três componentes:

• 1) Potência Aparente (S), em kVA – é a potência entregue pela


concessionária aos consumidores.

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• 2) Potência Ativa (P), em kW - é a parcela da potência aparente que
realiza trabalho, ou seja, que é transformada em energia. Veja a
Equação a seguir, potência ativa trifásica.

• O ângulo θ, nesta equação, é a defasagem entre a corrente e a


tensão.

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• 3) Potência Reativa (Q), em kVAr – é a parcela da potência aparente
que “não” realiza trabalho. A Equação seguinte descreve
matematicamente este tipo de potência elétrica (em sistemas
trifásicos).

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• Conhecendo as três parcelas da potência elétrica, o próximo passo
para descrevê-la graficamente é construir o “triângulo de potências”.
Este é facilmente obtido do “triângulo de impedâncias”, “Impedância
de Circuito CA”. Na Figura a seguir, é apresentada o diagrama fasorial
de impedância.

• Ao multiplicar cada lado do triângulo pela corrente ao quadrado,


obtêm-se os lados do triângulo de potências.

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Fator de Potência
• O Fator de Potência de um circuito é a razão entre a potência média
(ou ativa) e a potência aparente.

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• Para uma carga puramente resistiva (R): cos θ = cos 00 = 1. Daí o FP é
unitário.
• Um motor é uma carga essencialmente indutiva. Logo o FP de um
motor é sempre menor do a unidade (carga RL, onde a indutância L
predomina).
• Para uma carga trifásica, é melhor escrita como:

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• As principais causas do baixo FP são:
• 1) Motores elétricos superdimensionados ou com carga abaixo da
nominal;
• 2) Lâmpadas de descarga: fluorescentes, vapor de sódio, vapor de
mercúrio e outras (com reatores de baixo FP, inclusive os eletrônicos);
• 3) Instalações de ar-condicionado;
• 4) Máquinas de solda;
• 5) Equipamentos eletrônicos (conhecidos como “cargas não-lineares”)
como TVs, computadores etc.;
• 6) Transformadores superdimensionados.

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• - o FP de um circuito determina que parcela da potência aparente é
potência real, podendo variar entre 1 e 0 (zero), quando θ = 900;

• - o fator de potência de uma carga é um dos indicadores que afetam a


eficiência da transmissão e geração de energia elétrica;

• - é possível corrigir o fator de potência para um valor próximo ao


unitário

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• - No Brasil, a Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL - estabelece que
o FP nas unidades consumidoras deve ser superior a 0,92 capacitivo
durante 6 horas da madrugada e 0,92 indutivo durante as outras 18 horas
do dia.
• A mesma resolução estabelece que a exigência de medição do fator de
potência pelas concessionárias é obrigatória para unidades consumidoras
de alta tensão (supridas com mais de 1 kV) e facultativa para unidades
consumidoras de baixa tensão (abaixo de 1 kV, como residências em geral).
• A cobrança em baixa tensão, na prática, raramente ocorre, pois o fator de
potência deste tipo de unidade consumidora geralmente está acima de
0,92.
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Rendimento
• O motor elétrico absorve energia elétrica da rede de alimentação e
transforma esta energia em energia mecânica, disponível no eixo,
para a realização de trabalho (erguer um peso, movimento de um
braço de robô etc.). O rendimento é o parâmetro que define o quão é
eficiente esta transformação.

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• Em termos percentuais:

• À medida que se aplica carga ao eixo do motor, o rendimento

aumenta (veja que a potência mecânica desenvolvida no eixo

aumenta). O rendimento pode atingir valores em torno de 95 % em

máquinas elétricas de grande potência.

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Exercícios de Fixação
• 1 – O que é potência reativa? Que equipamentos trabalham com este tipo
de potência? Exemplifique.
• 2 – Um MIT onde a potência é de 20 CV e o rendimento é de 85 % opera
com um FP de 0,86. Encontre a potência aparente e a potência reativa.

• 3– Seja uma instalação elétrica, com dois motores de indução de 10 CV, FP


de 0,8.
• a) Calcular a potência ativa deste grupo de motores, em kW?
• b) Qual é a potência aparente entregue pela concessionária a estes
motores?

• 4 – Quais são as vantagens da correção do FP? Quais são os benefícios


desta técnica para a concessionária de energia elétrica?
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