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- Causas da corrosão
Aula 1
CORROSÃO I
MÓDULO 1 – TÉCNICO EM
QUÍMICA
Meios de Corrosão
A corrosão é causada principalmente devido ao contato com água e umidade.
Porém, outros fatores podem influenciar este processo natural:
• Atmosfera
• Principais Parâmetros:
- umidade relativa
- temperatura
- intensidade e direção dos ventos
- variações de temperatura e umidade
- chuvas
É preciso sempre considerar as condições em que o material ficará exposto,
selecionando o mais adequado para determinada aplicação.
A corrosão metálica pode ser definida como um processo espontâneo que
ocorre frequentemente na natureza por ação de muitos fatores.
O termo corrosão tem origem no latim “corrodere” que significa destruir
gradativamente. O fenômeno da corrosão pode ser entendido como uma deterioração
do material, devido às reações químicas e/ou eletroquímicas com o meio em que
interage. A corrosão está relacionada com a oxidação de um metal para a formação de
um composto mais estável termodinamicamente nas condições a que está submetido.
De modo mais específico, o fenômeno corrosivo representa uma situação em que duas
ou mais reações eletroquímicas diferentes ocorrem simultaneamente e de forma
espontânea, sendo pelo menos uma de natureza anódica e outra catódica. A reação
anódica de dissolução do metal fornece elétrons à reação catódica de redução. Para
que a reação de dissolução do metal tenha prosseguimento é necessário que os
elétrons produzidos sejam removidos, caso contrário ocorre equilíbrio eletroquímico.
Vale destacar os processos de desgaste por atrito, por erosão ou por outros
fatores mecânicos.
Um sistema de análise do processo corrosivo é composto de quatro elementos
básicos:
• Anodo: eletrodo no qual ocorre a oxidação (corrosão) e de onde a corrente (na
forma de íons metálicos positivos) entra no eletrólito.
• Eletrólito: meio condutor (geralmente líquido) que contém os íons que transportam
a corrente até o catodo.
• Catodo: eletrodo onde ocorre a redução e o local onde a corrente sai do eletrólito.
• Circuito metálico: elo de ligação entre anodo e catodo e por onde migram os
elétrons (no sentido anodo-catodo).
CORROSÃO I
MÓDULO 1 – TÉCNICO EM
QUÍMICA
Isso nos mostra que o maior prejuízo e a mais conhecida corrosão é a que
ocorre com o ferro, formando a ferrugem.
A corrosão tem um elevado impacto econômico, ambiental e de segurança na
sociedade, que pode ser quantificado através da análise dos seus custos diretos e
indiretos.
Os custos diretos são os custos atribuídos aos proprietários ou operadores das
estruturas, fabricantes de produtos e fornecedores de serviços, relacionados com:
• seleção de materiais mais resistentes e aumentos de espessuras;
• utilização de revestimentos, inibidores de corrosão, técnicas eletroquímicas;
• inspeção, manutenção e reparação;
• controle das condições ambientais;
• perdas de produtividade.
Os custos indiretos são os custos não pagos pelos donos ou operadores e
frequentemente ignorados, relacionados com:
• o impacto no ambiente, na qualidade da água e do ar;
• a preservação de monumentos;
• a segurança das pessoas e bens;
• a saúde pública;
• sustentabilidade dos recursos naturais.
Um estudo encomendado pelo Congresso Americano, realizado de 1999 a 2001
nos EUA, estimou que os custos diretos da corrosão são 3,1% do PIB americano e que
20% a 30% desses custos são evitáveis.
Em 2015, ferrugem custou R$ 236 bilhões ao país. Litoral sofre 150 vezes mais do que zona
rural. Equipamentos públicos protegidos são instalados em São Paulo. Santa Catarina é o
primeiro Estado a exigir tecnologia eficiente em edital.
O impacto é maior nas áreas litorâneas, onde os níveis de corrosão podem ser até 150 vezes
superiores aos da zona rural. “Em um país como o Brasil, com extensão litorânea de mais de 7
mil Km, o impacto é bastante significativo”, afirma Ricardo Suplicy de Araújo Góes, gerente
executivo do Instituto Brasileiro de Metais Não-Ferrosos (ICZ).
O relatório indica que a corrosão poderia ser facilmente atenuada com as tecnologias já
existentes para proteção de estruturas metálicas. A proporção de ganho x custo de
investimento para aplicação reduziria o impacto na economia em cerca de 25%. A construção
de uma ponte ou viaduto em um ambiente de nível moderado de corrosão (em uma cidade
como São Paulo, por exemplo), utilizando-se vergalhões galvanizados por imersão a quente,
isto é, revestidos com zinco, poderia se chegar a uma obra com vida útil estendida em 110
anos. O custo de manutenção seria muito menor e mais econômico, mesmo com um
acréscimo de 3% no custo inicial do projeto.
O aumento da vida útil das obras com a utilização de sistemas de proteção contra corrosão
vem na esteira da evolução do setor na busca de menor impacto ao meio ambiente. Muitas
certificações internacionais para obras de infraestrutura já exigem aplicação de alguma
tecnologia para evitar a ferrugem, e a indústria vem investindo para desenvolver sistemas mais
acessíveis. “Boa parte dos vergalhões utilizados em estruturas expostas a intempéries ainda
utiliza aço sem proteção. A galvanização a fogo traz resultado muito mais perene”, afirma.
O Parque do Ibirapuera, por exemplo, instalou algumas das academias ao ar livre – que são de
uso público – de aço galvanizado, sem a pintura final. A ação aconteceu em parceria com o
Instituto Brasileiro de Metais Não-Ferrosos (ICZ) e a empresa GINAST, para que futuramente
possa ser percebido que não houve corrosão desses equipamentos. “Em muitos parques
públicos a corrosão é maquiada pela pintura. Brinquedos que crianças utilizam acabam
severamente corroídos, o que é justificado pela falta de manutenção. Isso não aconteceria
com o aço galvanizado, já que a manutenção poderia ser programada para mais de 40 anos
adiante”.
Na vanguarda, o Estado de Santa Catarina, que tem boa parte da sua população vivendo em
cidades litorâneas, lançou edital via Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte (SOL) para
instalação de academias ao ar livre com a exigência da tecnologia de aço galvanizado. O
certame demanda 50 academias, com detalhamento completo dos equipamentos em função,
cor e medidas, e indicação da tecnologia seguindo a norma da galvanização: a ABNT NBR
6323/2007, “com função de proteção contra intempéries climáticas / corrosão”.
O processo reduz os custos de médio e longo prazo das estruturas porque diminui a
necessidade de manutenção ao longo do tempo e contribui com menores riscos de impactos
ambientais advindos da corrosão do aço, uma vez que tanto o zinco quanto o aço são 100%
recicláveis.
Aula 3
CORROSÃO I
MÓDULO 1 – TÉCNICO EM
QUÍMICA