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CORROSÃO I – MÓDULO 1

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https://www.manutencaoesuprimentos.com.br/beneficios-do-uso-de-inibidores-de-corrosao/

- Causas da corrosão
Aula 1

CORROSÃO I

MÓDULO 1 – TÉCNICO EM
QUÍMICA

– Apresentação dos conteúdos


– Causas da corrosão
Causas da corrosão

O que é corrosão final?


 
A corrosão é um fenômeno de deterioração e perda de material devido a
reações químicas e eletrônicas com o meio ambiente. É um processo espontâneo que
causa alterações nas estruturas dos materiais.
 
Tais alterações podem ser:
• Desgaste;
• Variações químicas;
• Modificações estruturais.
 
Metais passíveis de corrosão
 
Os metais reagem e apresentam tendência a perder elétrons, sofrendo
a oxidação, ou seja, a corrosão. É importante ressaltar que os metais se oxidam de
formas diferentes. Mesmo materiais considerados nobres podem ser corroídos em
meios específicos:
 
• Ouro e Platina: não resistem à mistura HCl e HNO3
• Aço INOX AISI 304: corrosão localizada na presença de Cl-
• Alumínio: não resiste ao HCl e NaOH
• Titânio: corrosão em HF.
 

Meios de Corrosão
 
A corrosão é causada principalmente devido ao contato com água e umidade.
Porém, outros fatores podem influenciar este processo natural:
 
• Atmosfera
• Principais Parâmetros:
- umidade relativa
- temperatura
- intensidade e direção dos ventos
- variações de temperatura e umidade
- chuvas
 
É preciso sempre considerar as condições em que o material ficará exposto,
selecionando o mais adequado para determinada aplicação.
A corrosão metálica pode ser definida como um processo espontâneo que
ocorre frequentemente na natureza por ação de muitos fatores.
O termo corrosão tem origem no latim “corrodere” que significa destruir
gradativamente. O fenômeno da corrosão pode ser entendido como uma deterioração
do material, devido às reações químicas e/ou eletroquímicas com o meio em que
interage. A corrosão está relacionada com a oxidação de um metal para a formação de
um composto mais estável termodinamicamente nas condições a que está submetido.
De modo mais específico, o fenômeno corrosivo representa uma situação em que duas
ou mais reações eletroquímicas diferentes ocorrem simultaneamente e de forma
espontânea, sendo pelo menos uma de natureza anódica e outra catódica. A reação
anódica de dissolução do metal fornece elétrons à reação catódica de redução. Para
que a reação de dissolução do metal tenha prosseguimento é necessário que os
elétrons produzidos sejam removidos, caso contrário ocorre equilíbrio eletroquímico.
Vale destacar os processos de desgaste por atrito, por erosão ou por outros
fatores mecânicos.
Um sistema de análise do processo corrosivo é composto de quatro elementos
básicos:
•    Anodo: eletrodo no qual ocorre a oxidação (corrosão) e de onde a corrente (na
forma de íons metálicos positivos) entra no eletrólito.
•    Eletrólito: meio condutor (geralmente líquido) que contém os íons que transportam
a corrente até o catodo.
•    Catodo: eletrodo onde ocorre a redução e o local onde a corrente sai do eletrólito.
•    Circuito metálico: elo de ligação entre anodo e catodo e por onde migram os
elétrons (no sentido anodo-catodo).

Uma característica importante dos processos de corrosão é que os eventos


acontecem espontaneamente, ou seja, a reação eletroquímica global que descreve o
processo é espontânea. Portanto, se considerados os aspectos termodinâmicos
observa-se que a variação da energia livre (ΔG) é menor que zero 1. Para se quantificar
a velocidade do processo mencionado considera-se os aspectos cinéticos:
Se a concentração do agente corrosivo for pequena, é possível que o processo
seja controlado por transporte de massa, ou seja, pela velocidade com que a espécie
agressiva chega aos sítios de ataque.
Se o ambiente ao qual o metal está exposto é um condutor pobre, o transporte
de íons para compensar as cargas geradas no processo corrosivo pode ser lento e
constituir um fator determinante no processo corrosivo.
Se o meio contém elevadas concentrações do agente agressivo e de íons, a
velocidade pode ser controlada pela cinética de uma ou outra reação de transferência
de carga.
Exemplificando o caso no qual a velocidade do processo é controlada pela
cinética da reação, pode-se empregar a equação de Tafel para estabelecer a correlação
corrente-potencial para cada um dos eletrodos.

Parâmetros que afetam a velocidade de corrosão

A velocidade do processo corrosivo pode ser expressa em termos da corrente


de corrosão. É possível identificar e analisar os efeitos dos parâmetros que
afetam analogamente ao procedimento para eletrocatálise e utilização de diagramas
de Evans. Vale ressaltar: quanto menor for a corrente de intercâmbio, menor será a
magnitude da corrente de corrosão. Quanto menor a corrente de intercâmbio da
reação catódica, menor será também a magnitude da corrente de corrosão. Valores
elevados do coeficiente de Tafel para a reação catódica levam a uma menor corrente
de corrosão.
Outros fatores importantes que têm influência sobre a velocidade de corrosão
são a concentração do agente corrosivo e a condutividade do meio ao qual o metal
está exposto. Quando a concentração do agente corrosivo é pequena, a curva catódica
atinge o limite difusional e a velocidade de corrosão passa a ser controlada pelo
transporte do reagente ao centro de ataque no metal, sendo a corrente de corrosão
tanto menor quanto menor for a concentração. Um exemplo bem conhecido onde este
efeito acelera os processos de corrosão é observado em ambientes localizados perto
do litoral pois, devido à alta umidade e à alta concentração iônica da atmosfera
marítima, há uma maior corrosão dos metais.
Aula 2

CORROSÃO I

MÓDULO 1 – TÉCNICO EM
QUÍMICA

– Custos por corrosão


Aula 2

– Custos por corrosão


Custos por corrosão

A corrosão dos metais é um processo que ocorre espontaneamente e causa


anualmente grandes prejuízos econômicos para nossa sociedade. Objetos metálicos
nos lares são perdidos, tais como utensílios e eletrodomésticos; nas indústrias,
equipamentos e máquinas industriais precisam receber manutenção ou ser
substituídos; há o risco de vazamentos de materiais poluentes para o meio ambiente
em virtude da corrosão de tubulações e tanques, além de poder também ocorrer
acidentes. Nas cidades, ocorre a corrosão de estruturas de pontes, edifícios, carros,
navios e monumentos artísticos.
Calcula-se que 30% de todo o aço (liga metálica feita de aproximadamente
98,5% de ferro, 0,5% a 17% de carbono e traços de silício, enxofre e fósforo) mundial
seja produzido apenas para repor objetos que foram corroídos.

Isso nos mostra que o maior prejuízo e a mais conhecida corrosão é a que
ocorre com o ferro, formando a ferrugem. 
A corrosão tem um elevado impacto econômico, ambiental e de segurança na
sociedade, que pode ser quantificado através da análise dos seus custos diretos e
indiretos.
Os custos diretos são os custos atribuídos aos proprietários ou operadores das
estruturas, fabricantes de produtos e fornecedores de serviços, relacionados com:
• seleção de materiais mais resistentes e aumentos de espessuras;
• utilização de revestimentos, inibidores de corrosão, técnicas eletroquímicas;
• inspeção, manutenção e reparação;
• controle das condições ambientais;
• perdas de produtividade.
Os custos indiretos são os custos não pagos pelos donos ou operadores e
frequentemente ignorados, relacionados com:
• o impacto no ambiente, na qualidade da água e do ar;
• a preservação de monumentos;
• a segurança das pessoas e bens;
• a saúde pública;
• sustentabilidade dos recursos naturais.
Um estudo encomendado pelo Congresso Americano, realizado de 1999 a 2001
nos EUA, estimou que os custos diretos da corrosão são 3,1% do PIB americano e que
20% a 30% desses custos são evitáveis.

De acordo com a publicação da revista “Fator Brasil”, publicada e acessível no link


https://www.revistafatorbrasil.com.br/ver_noticia.php?not=334281 temos:

Brasil perde 4% do PIB com corrosão, diz estudo

Em 2015, ferrugem custou R$ 236 bilhões ao país. Litoral sofre 150 vezes mais do que zona
rural. Equipamentos públicos protegidos são instalados em São Paulo. Santa Catarina é o
primeiro Estado a exigir tecnologia eficiente em edital.

São Paulo — Um estudo da empresa norte-americana CCTechnologies


[www.corrosioncost.com] avaliou que entre 1% e 5% do PIB dos países é consumido pela
corrosão. No Brasil, o número é de 4%, o equivalente a R$ 236 bilhões em 2015, conforme,
com base neste estudo, aferiu a entidade International Zinc Association (IZA), com apoio da
USP-SP.

O impacto é maior nas áreas litorâneas, onde os níveis de corrosão podem ser até 150 vezes
superiores aos da zona rural. “Em um país como o Brasil, com extensão litorânea de mais de 7
mil Km, o impacto é bastante significativo”, afirma Ricardo Suplicy de Araújo Góes, gerente
executivo do Instituto Brasileiro de Metais Não-Ferrosos (ICZ).

O relatório indica que a corrosão poderia ser facilmente atenuada com as tecnologias já
existentes para proteção de estruturas metálicas. A proporção de ganho x custo de
investimento para aplicação reduziria o impacto na economia em cerca de 25%. A construção
de uma ponte ou viaduto em um ambiente de nível moderado de corrosão (em uma cidade
como São Paulo, por exemplo), utilizando-se vergalhões galvanizados por imersão a quente,
isto é, revestidos com zinco, poderia se chegar a uma obra com vida útil estendida em 110
anos. O custo de manutenção seria muito menor e mais econômico, mesmo com um
acréscimo de 3% no custo inicial do projeto.

Para o executivo do ICZ, existe um gap no conhecimento sobre as tecnologias, principalmente


em relação às obras públicas. “Considerando que os municípios brasileiros localizados na faixa
litorânea concentram 95% PIB, e que mais de 70% da população brasileira vive em cidades a
até 200 km da praia, todas as obras expostas deveriam ter sistemas de proteção mais
eficientes”, explica. “A tomada de preço das obras públicas deveria considerar não apenas o
investimento inicial, mas também a durabilidade e o ganho de investimento ao longo do
tempo”.

O aumento da vida útil das obras com a utilização de sistemas de proteção contra corrosão
vem na esteira da evolução do setor na busca de menor impacto ao meio ambiente. Muitas
certificações internacionais para obras de infraestrutura já exigem aplicação de alguma
tecnologia para evitar a ferrugem, e a indústria vem investindo para desenvolver sistemas mais
acessíveis. “Boa parte dos vergalhões utilizados em estruturas expostas a intempéries ainda
utiliza aço sem proteção. A galvanização a fogo traz resultado muito mais perene”, afirma.

Ameaça invisível - Quando se trata de vergalhão de aço em concreto armado – estrutura


aplicada em obras elevadas como pontes, viadutos etc. – a corrosão é uma ameaça silenciosa,
pois ocorre de dentro para fora e só é percebida quando já atingiu outros elementos da obra.
“É o que ocorre quando estruturas de grande porte desabam, o que seria evitado se o
vergalhão fosse galvanizado a fogo”, diz Góes.

Equipamentos Públicos - Em algumas cidades os equipamentos públicos de aço galvanizado


são comuns, como é o caso das academias ao ar livre localizadas em alguns parques no
município de São Paulo.

O Parque do Ibirapuera, por exemplo, instalou algumas das academias ao ar livre – que são de
uso público – de aço galvanizado, sem a pintura final. A ação aconteceu em parceria com o
Instituto Brasileiro de Metais Não-Ferrosos (ICZ) e a empresa GINAST, para que futuramente
possa ser percebido que não houve corrosão desses equipamentos. “Em muitos parques
públicos a corrosão é maquiada pela pintura. Brinquedos que crianças utilizam acabam
severamente corroídos, o que é justificado pela falta de manutenção. Isso não aconteceria
com o aço galvanizado, já que a manutenção poderia ser programada para mais de 40 anos
adiante”.

Na vanguarda, o Estado de Santa Catarina, que tem boa parte da sua população vivendo em
cidades litorâneas, lançou edital via Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte (SOL) para
instalação de academias ao ar livre com a exigência da tecnologia de aço galvanizado. O
certame demanda 50 academias, com detalhamento completo dos equipamentos em função,
cor e medidas, e indicação da tecnologia seguindo a norma da galvanização: a ABNT NBR
6323/2007, “com função de proteção contra intempéries climáticas / corrosão”.

Entenda o que é a Galvanização —A galvanização por imersão a quente é um dos mais


eficientes processos para a proteção de aço/ferro fundido contra a corrosão, oferecendo
maior resistência e durabilidade a estes metais. O processo compreende a imersão de
aço/ferro fundido em um banho de zinco fundido a 450ºC. Após a remoção da estrutura de
aço/ferro fundido, uma camada de zinco, mais as camadas intermetálicas de zinco/ferro
subsequentes, passa a recobrir sua superfície, produzindo uma coloração acinzentada. A
camada de zinco sob a estrutura impede a corrosão do aço com o passar do tempo.

O processo reduz os custos de médio e longo prazo das estruturas porque diminui a
necessidade de manutenção ao longo do tempo e contribui com menores riscos de impactos
ambientais advindos da corrosão do aço, uma vez que tanto o zinco quanto o aço são 100%
recicláveis.
Aula 3

CORROSÃO I

MÓDULO 1 – TÉCNICO EM
QUÍMICA

– Apresentação dos conteúdos


– Causas da corrosão
Aula 3

– Casos benéficos de corrosão


Casos benéficos de corrosão

 Lado positivo da corrosão: Oxidação de aço inoxidável (formação de película protetora do


Cr2O3 ) e de titânio (forma-se TiO2 ); Anodização do Al ou ligas (oxidação de peças de Al)
formando Al2O3 , protetor, conferindo aspecto decorativo; Fosfatização de superficies
metálicas  permite melhor aderência à tintas (tratamento com solução contendo ácido
fosforico e íons de ferro e zinco); Proteção catódica para aço carbono em instalações
submersas ou enterradas (formação de pilha galvânica no qual o material – aço carbono – é o
material protegido).

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