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A dignidade da pessoa humana é expressa no inciso III do art. 1º, e esta configura uma
característica inerente ao ser humano, que garante o absoluto respeito aos direitos
fundamentais de todo ser humano, além de condições mínimas para a sobrevivência. Depois,
o inciso IV do art. 1º exprime o princípio dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa,
que são aqueles que visam estabelecer uma harmonia entre o capital e trabalho, protegendo os
direitos trabalhistas, o trabalhador autônomo e o empregador. O art. 3º da Constituição revela
alguns objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil que são metas a serem
atingidas como, construir uma sociedade livre, justa e solidária, garantir o desenvolvimento
nacional, erradicar a pobreza e a marginalização, reduzindo as desigualdades sociais e
promover o bem de todos, sem quaisquer preconceitos ou outras formas de discriminação.
Esses objetivos fundamentais por visarem o bem-comum proporcionado pelo Estado, assim
como os princípios dos incisos III e IV do art. 1º caracterizam esses princípios como
fundamentais da Estrutura Social do Estado.
Com isso, define-se os direitos fundamentais como nada mais sendo do que os direitos
subjetivos que possuem maior carga valorativa e compõem o núcleo da proteção da dignidade
da pessoa humana. O jurista Canotilho apresenta como função desses direitos fundamentais,
duas finalidades, sendo uma delas negativa e outra positiva sobre as relações entre os poderes
públicos e os cidadãos. A visão negativa para o jurista, se baseia em defender a esfera jurídica
dos cidadãos diante da intervenção ou agressão dos poderes públicos. Já a visão positiva,
determina essa relação cedendo aos cidadãos o poder de exercer positivamente a liberdade
positiva e de exigir omissões dos poderes públicos, evitando assim agressões lesivas por parte
dos mesmos (liberdade negativa).
O Capítulo IV, nos seus arts. 14 ao 16 trata dos direitos políticos expressos da
Constituição. Podemos afirmar que esses têm como finalidade, concretizar a soberania
popular, bem como dar o direito de intervir na condução das políticas públicas de diversas
formas. Entre esses direitos, os arts. 14 ao 16 expressam o direito de sufrágio universal, do
voto direto e secreto e o da participação em plebiscitos, e de referendos ou iniciativas
populares. O capítulo seguinte é o último do Tema II da Constituição, sendo ele o Capítulo V,
onde aborda os direitos dos partidos políticos. Esse capítulo compreende apenas o art. 17 da
Constituição Federal, onde é abordado a liberdade de organização partidária. No caput desse
artigo é expresso “a livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos”,
sendo necessário a resguarda da soberania nacional, do regime democrático, do
pluripartidarismo, dos direitos fundamentais da pessoa humana, entre outros aspectos. Com
esses cinco capítulos, se encerra a divisão sobre os direitos e garantias fundamentais proposta
pela Constituição Federal.