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Aqui ele faz uma Citação sobre os espanhóis que realizaram uma viagem ate o pacifico via
estreito de Magalhães com um sentido de chegar às ilhas Molucas, o que permitiu aos reis
manterem um melhor controle e domínio sobre uma grande porção da faixa terrestre
abrangendo territórios e ilhas, tanto no pacifico quanto na América sob a sua jurisdição, coisa
que dá a entender quando diz que essas regiões foram “pacificadas”;
Afirma ainda que os espanhóis sob o comando de Orellana exploraram a região do novo
mundo e descobriu o rio da prata, tendo em vista também uma necessidade de ganhar glórias
e riquezas na região com a exploração e o comercio, mas também com a necessidade de
marcar seu nome com estes feitos já que parecia ignorar todos os perigos evidentes de uma
jornada deste tamanho;
Descrição do rio Orellana (rio amazonas) como sendo o rio mais largo do mundo, recebendo
até o nome de mar doce, que nasce na mesma fonte, numa montanha, daquela do rio
maranhão, mas que se dividem em certo percurso; ele faz um paralelo com o rio Nilo no Egito
que é grandioso em volume e que também nasceria em montanhas; e termina dizendo que o
rio é perigoso em todo o seu percurso, pois a despeito de sua correnteza e outros fluxos que
possam surgir no rio, ele é povoado em suas margens por diversos povos indígenas que são
canibais e repudiam os estrangeiros, fazendo questão de ataca-los sempre que os veem, em
decorrência dos maus tratos que sofreram, e é dito que quando capturam algum europeu
matam-no e fazem-no ser assado ou cozido para ser devorado.
E termina essa parte dizendo que quando os espanhóis desembarcaram naquela região
procurando um lugar para descanso essas “amazonas” ficaram bem curiosas e interessadas
nas bagagens que eles traziam e por este motivo reuniram em pouco tempo uma grande
quantidade de guerreiras, de diversas idades, com armas em punho, que partiram para o
ataque com flechas de gritos, obrigando os espanhóis a embarcarem e zarparem para longe
daquela região a fim de salvar suas vidas.
C67 passagem pela ilha dos ratos (segundo as notas Fernando de Noronha)
Aqui o autor relata a sua Passagem pela ilha dos ratos cuja aproximação era muito perigosa em
vista da sua distancia do continente, mas também da grande quantidade de recifes de corais
que se encontravam em seu entorno, tanto na superfície quanto abaixo dela, e que
constituíam uma armadilha para os barcos; ele conta que a ilha ganhou esse nome dos dois
náufragos portugueses que sobreviveram por dois anos naquela ilha, comendo ratos, e por
conta da enorme quantidade destes animais por lá, cujos bichos encontravam alimento
abundante nos ovos de tartarugas e das aves que se espalhavam pela ilha, se reproduzindo de
tal forma por não terem um predador que os detivesse; ele também diz que a ilha é carente de
água de forma que nessa passagem eles não encontraram nenhuma; ele descreve a ilha como
lindíssima e coberta de árvores que dão a visão de um grande prado verde e que quando
estiver povoada, pelos europeus, poderá ser uma das mais belas e ricas ilhas do mundo,
podendo produzir produtos de grande rendimento monetário e para a habitação dos colonos;
ele termina dizendo que ali existe uma espécie de peixe perigoso e temido por todos os
selvagens da América, por ser voraz como um leão, pois come os outros peixes da região e que
quando vê um indígena metido na água pescando ele tende a mordê-lo e arrastá-lo para o
fundo da agua ou arrancar um pedaço na mordida, o que faz os indígenas o matar, com
flechadas, por vingança. Eles o chamam de uperu e consta nas notas que “Uperu é o peixe a que
os portugueses chamavam tubarão”