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Centro Universitario Do Leste de Minas G
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Centro Universitario Do Leste de Minas G
Coronel Fabriciano
2016
CLÁUDIA PEREIRA BORBA
KEILA DE SOUZA
OTÁVIO TEIXEIRA FARIA
Coronel Fabriciano
2016
CLÁUDIA PEREIRA BORBA
KEILA DE SOUZA
OTÁVIO TEIXEIRA FARIA
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Marcos Ribeiro Macedo – Esp. Unileste
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Fabrício Moura Dias, Dr. - Unileste
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Esp. Flávio Souza Silva, Esp. - Unileste
RESUMO
This research aims to present the constructive system of reinforced concrete structures,
proposed by the engineer Jorgen Breuning, called Bubbledeck. Since this system is an
innovative technology in the civil construction sector, which benefits from the principle that,
within the slabs there is a concrete zone that has no structural function, in front of this, this
concrete zone can be overlooked. By adding empty bubble beads, there is a reduction in the
slab's own weight and can reach a reduction of up to 35%. In addition, the constructive
technique allows the slabs to be prefabricated, so the execution time of the work is reduced,
and it can even manufacture the slabs in the construction site. The "Bubbledeck" system
behaves like a massive slab without having the negative characteristics of the ribbed slabs.
Therefore, this constructive system allows for significant reductions in material costs, labor,
savings in the execution time of projects and better applications in civil construction.
Although it appeared in 1990, this system is little known in Brazil. In view of this, it was
decided to deepen the studies on this system as a way of disseminating it, emphasizing above
all, its main advantages and disadvantages. Researchers bought this system in comparison to
other methods, it becomes competitive and attractive.
1 INTRODUÇÃO
1.1 OBJETIVOS
Promover através deste trabalho o conhecimento técnico e a busca sobre novas tecnologias
para a construção civil.
Elaborar um estudo de caso sobre o sistema Bubbledeck.
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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Neste capítulo serão apresentados todos os tipos e características das lajes Bubbledeck,
apresentando as vantagens e desvantagens das lajes, e uma comparação com as lajes
tradicionais do mercado nacional. Expondo alguns trabalhos sobre o tema e uma breve
introdução sobre a história do concreto armado.
inadequado. Joseph Monier era um dos visitantes da feira, não era engenheiro, era um
comerciante de plantas ornamentais, horticultor e paisagista. Monier utlizava em seus
negócios vasos cerâmicos e de madeira, e por causa disso tinha muitos problemas com
umidade e durabilidade (CARVALHO, 2008).
Ao observar a invenção de Lambot, decidiu fabricar vasos cerâmicos e caixas de
concreto armado. A partir de então, Monier comercializou durante anos as caixas e vasos de
formas variáveis, obteve um alto rendimento, chegando a abandonar sua antiga profissão e a
se dedicar de forma total para a nova atividade. Mas ele utilizava o concreto armado apenas
para fins em que o material tivesse contato com a água (CARVALHO, 2008).
Monier fabricava caixas d’água, tubos para encanamentos e bacias e,posteriormente,
ampliando suas ações construiu, três reservatórios, suportado por colunas, em Nogentsur-
Marne. Finalmente, em 1875, construiu uma ponte de vão de 16,5m e 4m de largura. Portanto,
Joseph Monier foi o grande idealizador, o criador (CARVALHO, 2008).
2.4 Lajes
No Brasil as lajes mais usadas pelo mercado são as lajes nervuradas e as lajes maciças.
Embora sejam as mais utilizadas, elaspossuem desvantagens. Como exemplo podemos citar
as lajes maciças que são de fácil execução, podem ser moldadas em vários tamanhos e
formatos de acordo com a necessidade do projeto, possui um custo relativamente baixo,
porém apresentam desvantagens em edifícios de grandes vãos. Uma vez que, na utilização de
um volume de maior concreto, elas apresentam alto custo quando empregadas em edifícios.
As lajes nervuradas, por sua vez, surgiram para reduzir os custos com o volume de
concreto, pois, o elimina abaixo da linha neutra reduzindo assim, o peso próprio e permitindo
um melhor aproveitamento do aço e do concreto. No entanto, ela também apresenta
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2.5 Punção
Trata-se de um fenômeno que ocorre na ligação da laje com pilar. Neste fenômeno, as
tensões de cisalhamento provocadas por uma força de grande intensidade e concentrada em
uma pequena área, podem ocasionar a perfuração e a ruptura das lajes levando as estruturas à
ruína. Os sistemas estruturais que não possuem vigas podem sofrer esse fenômeno, porque os
pilares aplicam nas lajes as cargas concentradas de alta intensidade de maneira direta. Este
fenômeno ocorre sem qualquer aviso prévio, levando a estrutura ao colapso progressivo.
Por isso, há uma necessidade de que os projetistas tenham conhecimento da
ductilidade dos materiais empregados na construção das lajes, devido ao fato de que, a
ductilidade é uma característica dos materiais que permite que eles se deformem sem atingir o
limite de ruptura. Além disso, outros fatores influenciam na resistência das lajes de concreto
armado, que são: resistência à compressão do concreto, tamanho e geometria do pilar,
considerando a altura útil da laje, a armadura de cisalhamento e a armadura tracionada. Sabe-
se que a resistência à punção é diretamente proporcional a resistência de flexão, no entanto, a
resistência à punção não aumenta quando se concentram armaduras de flexão próximas aos
pilares, no entanto, esta técnica é recomendável, pois, há uma melhora no desempenho a
flexão da laje (FIGUEIREDO et al, 1989).
2.8 Dimensionamento
O Bubbledeck pode ser aplicado em qualquer estrutura que se possa utilizar uma laje
maciça e apresenta uma solução de engenharia que melhora os projetos de construção e
desempenho, com redução de custos da obra, de materiais e mão de obra. Não havendo a
necessidade de vigas (exceto, quando é painel acabado), número de pilares reduzidos e as
instalações podem ser embutidos na laje e, pela característica da laje plana, proporciona ganho
expressivo de pé direito (BUBBLEDECK BRASIL, 2015).
Os diâmetros padronizados das esferas e alguns valores relacionados a cada diâmetro
são apresentados na Tabela 1. Dependendo do número de esferas projetadas por metro
quadrado, tanto a capacidade de redução de carga quanto os intereixos das esferas podem
variar (BUBBLEDECK BRASIL, 2015).
Mas, deve se ressaltar que, a distância entre as bolhas deve ser maior que 1/9 do
diâmetro da bolha. A tabela abaixo demonstra as dimensões das esferas utilizadas no mercado
(TEREC, 2013).
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Especificações Dimensões
Diâmetro da Esfera (cm) 18,00 22,50 27,00 31,50 36,00 40,50 45,00
Mínimo Intereixos das 20,00 25,00 30,00 35,00 40,00 45,00 50,00
Esferas (cm)
Máximo Número de Esferas 25,00 16,00 11,11 8,16 6,25 4,94 4,00
(1/m²)
Espessura Mínima da Laje 23,00 28,00 34,00 40,00 45,00 52,00 58,00
(cm) 0,08 0,15 0,26 0,41 0,61 0,87 1,19
Redução de Carga por
Esfera (KN) 1,91 2,39 2,86 3,34 3,82 4,29 4,77
Red. Máx. de Carga/m²
(KN/m²) 0,88 0,87 0,87 0,88 0,87 0,88 0,88
Fator para Rigidez (-) 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60 0,60
Fator para Cortante (-)
Elemento formado pelas esferas, treliça e telas metálicas. São posicionados sobre
formas convencionais de madeira (assoalho), com posterior armadura complementar e
concretagem, conforme a figura 03. Esse tipo de laje é ideal para obras de pequeno e médio
porte ou com difícil acesso e movimentação, podendo ser distribuídos e posicionados
manualmente. A concretagem é realizada em dois estágios, sendo a primeira camada com a
espessura de no mínimo seis centímetros com no máximo até metade da altura da laje, devido
ao fato que, a tensão superficial tende a levantar as esferas plásticas, tornando as esferas
plásticas flutuantes. Por isso, a concretagem não pode ser realizada em um só estágio, pois, as
esferas plásticas estão ancoradas com fio na armadura inferior da laje. E caso não seja
respeitado este processo, tem o risco de que as armaduras inferiores se elevem, reduzindo
assim a profundidade efetiva gerando um efeito negativo na deflexão das lajes (SILVA,
2016).
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2.9.2 Pré-lajes
bolhas. Estas barras possuem a função de unir os elementos em conjunto, e esta técnica
permite que haja continuidade estrutural em toda laje (BUBBLEDECK UK, 2015).
2.10 Sustentabilidade
Ecologicamente correto;
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Economicamente viável;
Socialmente justo;
Culturalmente aceito;
A tecnologia apresenta “Selo Verde” com prêmios internacionais, não só por reduzir
as quantidades de materiais empregados em uma mesma área, mas também por reduzir a
emissão de CO2 na atmosfera e utilizar plástico reciclado em substituição ao concreto. A alta
produtividade do sistema proporciona contribuição significativa para obtenção do certificado
verde, conforme a Tabela 3. Quantidades de redução representativa para uma laje Bubbledeck
BD280 é de 10.000 m², quando comparada com uma laje maciça de mesma espessura
(BUBBLEDECK BRASIL, 2015).
2.11 Aplicabilidade
documentos resultantes dos ensaios realizados por entidades estrangeiras já foram suficientes
para as comprovações deste comportamento. No Brasil, os projetos são baseados em normas
brasileiras que abrangem o comportamento das lajes planas convencionais, aplicando-se
recomendações das normas internacionais citadas acima e fatores de redução de peso próprio
e inércia, já comprovados nos testes realizados (BUBBLEDECK BRASIL, 2015).
A execução de uma laje com painéis Bubbledeck é simples:
2.12 Benefícios
a) Módulos
A utilização do sistema Bubbledeck, por apresentar etapas de industrialização, permite
planejamento e logística favorecendo a boa execução e evitando interferências com as demais
etapas. Este processo industrial possibilita redução de mão de obra alocada na obra, alterando
o dimensionamento das áreas de vivência e custo indireto, com provável redução de acidentes
e passivos trabalhistas (BUBBLEDECK BRASIL, 2015).
b) Pilares
Possibilidade do uso de elementos pré-moldados ou “in-loco” (BUBBLEDECK
BRASIL, 2015).
e) Flexibilidade
Utilização de painéis ou módulos adequando a necessidade da obra (BUBBLEDECK
BRASIL, 2015).
f) Mão de Obra
Simplicidade de execução. Facilidade de aprendizado e aumento de produtividade em
função da repetição/industrialização do processo. Proporciona melhor distribuição dos
recursos de MDO resultando em baixa ociosidade (BUBBLEDECK BRASIL, 2015).
g) Pontos Relevantes
Eliminação da forma assoalho (painel BD); redução em até 60% do escoramento; até
80% da armadura está no Módulo; produção em série e escala; maior controle de qualidade;
otimização da mão de obra; paralelização das etapas executivas. redução dos serviços “in-
loco”; menos caminhões na concretagem e na entrega de materiais (BUBBLEDECK
BRASIL, 2015).
h) Ciclos
Ganho de velocidade na construção de um pavimento, tendo como referência uma
obra do Brasil com seis dias para uma laje de 1.000 m² (BUBBLEDECK BRASIL, 2015).
No ciclo de produção das lajes Bubbledeck em apenas seis dias, conclui-se todo
processo inicial, passando pela armação e forma dos pilares, concretagem dos pilares e
colocação do escoramento, posicionamento dos painéis, armação complementar e formas
laterais, finalizando na concretagem, conforme apresentado nas Figuras 6 a 10
(BUBBLEDECK BRASIL, 2015).
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Armação e formas dos pilares. No primeiro dia é realizada a armação e as formas dos
pilares.
2.14 Vantagens
Figura 14 – Protensão
Redução peso próprio – Até 35% menor, permitindo redução nas fundações,
reduzindo o custo da obra. A combinação de redução de peso e eliminação de vigas
possibilita aumento de pavimentos (BUBBLEDECK BRASIL, 2015).
Escavações – Redução de escavações de subsolo devido ao ganho de pé-direito útil
(BUBBLEDECK BRASIL, 2015).
Permite uma quantidade maior de luz natural, pois, possui um menor número de
colunas (IVRIM, 2009).
32
2.15 Desempenho
Figura 17 – Fôrmas
As lajes são elementos planos com duas direções, comprimento e largura, onde se
apresentam na mesma ordem de grandeza. As lajes são também chamadas elementos de
superfície, ou placas (BASTOS, 2013).
As placas de concreto como sendo elementos de superfície plana sujeitos a ações
normais a seu plano, recebendo cargas verticais em suas estruturas, e, portanto, transmitindo
para os respectivos apoios – vigas localizadas em seus bordos ou pilares (apoios pontuais).
Essas placas de concreto são denominadas de lajes. A NBR 6118 (ABNT, 2003) determina
que as lajes que tenham 1/3 do vão devem ser estudadas como placas espessas.
Estas placas, então chamadas de lajes, destinam-se a receber a maior parte das ações
aplicadas numa construção, como pessoas, móveis, pisos, paredes, e os mais variados tipos de
cargas a depender da finalidade arquitetônica do espaço a que faz parte.
Existem diferentes tipos de lajes que são empregadas nas obras, e podem ser
classificadas da seguinte forma:
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Segundo a NBR, lajes nerviradas são lajes moldadas no local com nervuras pré
moldadas, cuja zona de tração é constituída por nervuras entre as quais pode ser colocado
material inerte (NBR-6118: 2003).
Segundo Vasconcelos, a laje nervurada é constituída por um conjunto de vigas que se
cruzam, solidarizada pela mesa. Esse elemento estrutural tem comportamento intermediário
entre o de laje maciça e o de grelha.” Os tipos de lajes nervuradas são:
As lajes nervuradas surgiram em função dos aumentos dos vãos nas obras
arquitetônicas, tornando as lajes maciças desfavoráveis frente aos custos das formas. Por
possuírem espaços vazios ou possíveis de serem preenchidas por outros materiais leves, as
lajes nervuradas permitiram uma maior economia de materiais, de mão-de-obra e de formas.
Outro fator que permite economia é o reaproveitamento das formas com sistemas de escoras
metálicas, Proporciona redução no peso da laje, melhor aproveitamento do aço e do concreto.
Sua resistência à tração está nas nervuras, e os materiais de enchimento substituem o
concreto. A intenção do seu uso é simplificar a execução e permitir a industrialização, com
redução de perdas e aumento da produtividade, racionalizando a construção e proporcionando
economia.
Sua resistência à tração está nas nervuras, e os materiais de enchimento substituem o
concreto, conforme as Figuras 18, 19 e 20. A intenção do seu uso é simplificar a execução e
35
Na evolução das lajes, a laje lisa sempre foi um anseio na construção civil por causa
de suas vantagens: maior racionalização, melhor condição estética, rapidez na execução, pois
simplifica diversas etapas - produção e montagem das fôrmas, confecção das armaduras,
concretagem e execução das instalações, veja a Figura 21. Nos aspectos arquitetônicos, as
vantagens da laje lisa são: maior pé direito, presença de tetos permitindo melhor definição dos
espaços, maior esbeltez e melhores condições de ventilação e iluminação (MELLO, 2005).
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Existemtrês problemas em trabalhar com lajes planas advindos da ausência das vigas,
que são: punção da laje pelo pilar, deslocamentos transversais excessivos das lajes e pequena
rigidez às ações laterais (MELLO, 2005).
A comparação das Lajes Bubbledeck X Laje lisa, foi realizada para comparar as taxas
de concreto armado em cada uma, identificando a melhor opção baseada em uma solução
qualitativa adequada.
A laje Bubbledeck pode gerar uma economia de 18% em relação à laje lisa de 18
centímetros, e de 32% com relação à laje lisa de 23 centímetros. Na Tabela 4 encontram-se os
dados do volume deconcreto e flecha máxima.
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A laje sob o sistema Bubbledeck, conforme verificado na tabela 05, pode resultar em
um menor consumo de aço, menor consumo de concreto e menor flecha máxima. Diante
desses resultados, é descartado o uso da laje lisa de 18cm. É importante esclarecer que além
dos fatores econômicos, a Bubbledeck mostra-se de uso bastante simples em seu
dimensionamento quando adaptado à norma brasileira e demonstra uma facilidade
construtiva, havendo formas diferentes de execução para cada caso específico.
Ainda relacionado ao aspecto financeiro do empreendimento, o sistema Bubbledeck
apresenta um custo menor ao final da obra, pois, com menos consumo de material,
transmitindo menos carga ao solo, precisará de fundações menores. Portanto, apesar de exigir
um grau de sofisticação maior em sua execução, como mão-de-obra mais especializada, as
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3 MATERIAIS E MÉTODOS
Para Cervo e Bervian (2002) o método é a ordem necessária que deve ser colocada aos
diferentes processos para que se possa alcançar o resultado desejado. Portanto, este trabalho
utiliza a pesquisa exploratória, que permite realizar descrições precisas para descobrir a
relação entre os elementos.
A fim de divulgar as informações técnicas do sistema construtivo Bubbledeck esta
pesquisa também tem caráter descritivo. E com o auxílio de materiais publicados: livros,
jornais, catálogos e endereço eletrônico essa pesquisa também é bibliográfica. Diante disso,
foi realizado um estudo de caso no laboratório da Unileste com intuito de verificar a
quantidade de concreto reduzido pelas lajes Bubbledeck em comparação ao método de laje
maciça que é uma laje tradicionalmente utilizada pelo mercado. Além disso, foi verificado se
a capacidade de suportar os esforços de compressão foi significativamente alterada.
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4 ESTUDO DE CASO
Nesta pesquisa foram fabricadas duas lajes, sendo uma laje maciça e a outra fabricada
utilizando a tecnologia Bubbledeck do tipo módulo reforçado. A laje maciça foi denominada
de LM, e a laje Bubbledeck foi denominada de LB.
Ambas as lajes possuem a mesma taxa de armadura, e as mesmas dimensões. Sendo
40x40x20 centímetros (comprimento, largura e altura, respectivamente), as Figuras de 22 a 29
representam as etapas realizadas para o estudo.
Os materiais utilizados foram:
As fôrmas de madeira são revestidas com uma camada de óleo queimado para
facilitar o processo de desmoldagem.
Figura 23 - Armaduras
A armadura superior foi posicionada na laje LB, sendo a armadura superior fixada na
armadura inferior por intermédio de ganchos. A fixação se fez necessária para que não
ocorresse a flutuabilidade das bolhas.
As armaduras de flexão inferior e superior das lajes foram constituídas com fios de aço
CA-50. O diâmetro da armação utilizada é 6,0 mm e o espaçamento de dez centímetros.
Foram utilizadas fôrmas de madeira fabricadas no laboratório do UNILESTE, assim como
toda a pesquisa.
Devido à escassez de esferas plásticas no mercado nacional, as esferas plásticas foram
substituídas por esferas de isopor, e devido ao peso de uma laje em tamanho real e logística
para execução do trabalho, as lajes foram dimensionadas em escala 1:3.
Ambas as lajes possuem a mesma taxa de armadura, e as mesmas dimensões: 40x40x20
centímetros (comprimento, largura e altura, respectivamente). A concretagem das lajes LB e
LM foram realizadas em duas etapas. Na primeira etapa, teve uma camada de dois
centímetros de concreto, e na segunda etapa a concretagem total das lajes foi realizada.
Ao todo foram utilizados aproximadamente 0,07 m³ de concreto. Sendo utilizado o
mesmo concreto fabricação das lajes LM e LB . Foi especificado 32 MPA de resistência para
28 dias. A brita 0 foi selecionada para ser o agregado graúdo para compor o concreto.
Seguiram-se as seguintes etapas: Prmeiro separou-se os materiais. Sendo o traço
escolhido 1,2,3:0,49 . O procedimento utilizado foi conforme a NBR 12.821 (ABNT, 2009) e
NBR 6118 (ABNT,2014) o equipamento utilizado foi uma betoneira de 150L. Cada uma com
um tamanho de 40x40x20cm. O slump do concreto, no qual o procedimento foi realizado de
acordo com a NBR NM 67 (1998) foi de 8,5 cm. Foram colocadas quatro esferas de isopor de
diâmetro de 150 mm no interior da laje LB. É importante ressaltar que a armadura superior e
armadura inferior foram travadas com ganchos. A ancoragem foi realizada p devido à
densidade menor das esferas de isopor, elas tendem a flutuar na camada de concreto, por isso
o travamento se faz necessário.
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5 CONCLUSÃO
Esta pesquisa buscou analisar e avaliar a quantidade de concreto reduzido pelas lajes
Bubbledeck em comparção com método da laje maciça. Foram confeccionados duas lajes,
LM e LB e realizado o ensaiono laboratório da universidade. Realizou tambémuma pequisa
bibliografica com o objetivo de aprofundar o conhecimento sobre o tema em pesquisa. Pode-
se veriifcar que esse método é consideravelmente inovador, embora seja pouco conchecido e
divulgado. Ele proporciona a confeccção de lajes mais leves e resistentes. Conforme descrito,
por meio de esferas plásticas entre telas de aço se elimina o concreto que não tem função
estrutral, com isso ocorre uma sgnificativa diminuição do peso. O Bubbledeck oferece muitas
vantagens para construção civil, além da redução do peso próprio, ficando 35% menor, há
também aumento dos inter-eixos das colunas em até 50% a mais que outras estutruras, e ainda
eliminação de vigas, de paredes de apoio, considerável redução no volume do concreto e
ainda é um método sustentável.
Notadamente pode-se perceber que o sistema construtivo Bubbledeck oferece muitas
vantagens econômicas, viabilizando o custo-beenificio da obra. Sendo esse,um dos
quisitosconsiderados de suma importancia na execução de um projeto.
Através do estudo de caso ficou comprovado que o sistema Bubbledeck oferece uma
considerável redução do peso, não havendo alteração em sua capacidade de resistir à flexão,
devido ao fato que o concreto exerce a função de resistir à compressão.
Essa tecnologia não oferce apenas vantagens economicas, mas tambem na execução
do projeto e sobretudo para o meio ambiente, uma vez que reduz a energia e emissão de CO2
na atmosfera.
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