Você está na página 1de 42

Ensaio de

compressão
PROFA. DRA HILLANE
LIMA
Generalidades
❑Relações entre tensão e deformação semelhantes à
tração;
❑Usual em materiais frágeis;
❑Pode ser utilizado em polímeros e compósitos;
❑Em materiais dúcteis: caracterização mecânica de
molas e tubos soldados;
❑Muito utilizado na indústria de construção civil
(concreto e madeira);
❑Caracterização das forças de compressão e taxas
mínimas de deformação envolvidas no forjamento →
ensaio de fabricação;

ENSAIOS DOS MATERIAIS 2


Aplicações

ENSAIOS DOS MATERIAIS 3


Generalidades

ENSAIOS DOS MATERIAIS 4


Generalidades
Tipos de Fratura

Embarrilhamento

ENSAIOS DOS MATERIAIS 5


Ensaio de compressão em materiais
dúcteis
❑Usualmente cilíndrico: curtos, médios e longos;
❑Fornece propriedades relacionadas a fase elástica: LP, LE, E

ENSAIOS DOS MATERIAIS 6


Flambagem em materiais dúcteis
Ensaio de compressão em
materiais dúcteis
❑O comprimento não pode ser muito grande para evitar
flambagem, e nem muito pequeno pois o atrito nas
superfícies de contato poderia invalidar os resultados.
❑Dimensionamento ideal: relação de comprimento e seção
transversal adequada para resistir a flambagem.
❑A redução da relação L / D implica em maiores esforços para
a deformação do corpo de prova
oDependendo da ductilidade a razão L / D deve ser 3 a 8
oPara materiais frágeis 2 a 3
➢ Flexão transversal devido à compressão

ENSAIOS DOS MATERIAIS 7


Ensaio de compressão em materiais
dúcteis
Flambagem
❑Instabilidade que ocorre em peças esbeltas quando submetidas a um
esforço de compressão axial.
❑Acontece quando a peça sofre flexão transversalmente devido à
compressão axial.
❑É considerada uma instabilidade elástica: o material perde
estabilidade sem que a tensão de escoamento seja atingida.
❑A tensão crítica para ocorrer flambagem não depende da tensão de
escoamento do material, mas da sua rigidez.
Flambagem local

ENSAIOS DOS MATERIAIS 8


Ensaio de compressão
em materiais dúcteis
Pode ocorrer devido:
❑Instabilidade elástica causada
pela falta de uniaxialidade na
aplicação da carga;
❑Comprimento excessivo do corpo
de prova;
❑Torção do corpo de prova no
momento inicial de aplicação da
❑ No caso de chapas, podem-se utilizar corpos de prova com carga.
dimensões retangulares ou quadradas;

ENSAIOS DOS MATERIAIS 9


Corpo de Prova
(a) Corpo de prova com
razão L0 /D0 inadequada.
(b) Flambagem para corpos
de prova dúcteis.
(c) Flambagem devida ao
desalinhamento das
placas de compressão.

ENSAIOS DOS MATERIAIS 10


Corpo de Prova
Atrito
❑As faces do CP que estão em contato direto
com as placas sofrem uma resistência que se
opõe ao escoamento do material do centro para
as extremidades devido à força de atrito nessas
interface;
❑A medida que se afasta das placas, o material
pode escoar na direção radial sem constrição,
atingindo o máximo escoamento no centro do
comprimento do CP
→ À medida que se afasta das placas o material
pode escoar na direção radial sem constrição.

ENSAIOS DOS MATERIAIS 11


Distribuição de tensões de compressão em
material dúctil

Corpo de Prova

Região não deformada

ENSAIOS DOS MATERIAIS 12


Corpo de
Prova
Redução do atrito
❑Colocação de placas de aço entre
o CP e os cabeçotes da máquina;
❑Uso de lubrificantes.

ENSAIOS DOS MATERIAIS 13


Corpo de
Prova

ENSAIOS DOS MATERIAIS 14


Corpo de
Prova
M ODOS D E D EFORMAÇÃO

ENSAIOS DOS MATERIAIS 15


Ensaios convencional e
real
❑Resultado do ensaio de compressão aplicado em um
cilindro de cobre fundido em condições de resfriamento
lento, com granulação grosseira, extremamente dúctil.
❑O cilindro foi comprimido em cerca de 40% do seu
comprimento original.
❑Materiais muito dúcteis dificilmente são submetidos ao
ensaio de compressão.

ENSAIOS DOS MATERIAIS 16


Ensaio de compressão em produtos
acabados
ENSAIOS EM TUBOS ENSAIOS EM MOLAS

❑A carga é aplicada ao CP até o achatamento; ❑Determinação da constante de mola;


❑A severidade do ensaio é determinada pela ❑Comprime-se a mola três vezes até
distância final entre as placas e pelo fechamento total e na quarta compressão
aparecimento ou não de fissuras, fendas ou mede-se as deformações de altura;
trincas na zona tracionada;
❑Constrói-se um gráfico tensão-deformação →
o coeficiente angular da curva é a constante da
mola

ENSAIOS DOS MATERIAIS 17


ENSAIOS DOS MATERIAIS 18
Ensaios convencional e real

Deformação convencional Características obtidas em compressão:


❑Limite de escoamento à compressão;
Deformação real ❑Limite de resistência à compressão;
❑Dilatação transversal (ϕ). ϕ =

ENSAIOS DOS MATERIAIS 19


Ensaio de compressão x ensaio de tração
Comparação entre os comportamentos à tração e à compressão de dois materiais frágeis

ENSAIOS DOS MATERIAIS 20


Comportamento elástico
Comportamento elástico linear Comportamento elástico não linear
❑O comportamento elástico de materiais cristalinos em ❑Materiais não cristalinos como vidro e alguns polímeros, na
condições de compressão é o mesmo que em condições de maioria dos casos, apresentam maiores níveis de resistência
tração. mecânica em compressão.

ENSAIOS DOS MATERIAIS 21


Comportamento
elástico
Substâncias celulares
❑Apresentam razoável rigidez em condições de
compressão até que a tensão suficiente alta
para causar um empilhamento elástico das
paredes da células, verificando uma deformação
considerável sem aumento significativo da
tensão, voltando a aumentar a rigidez quando as
células ficarem bem compactas.

ENSAIOS DOS MATERIAIS 22


Ensaio de compressão
em madeira
❑Um dos materiais mais importantes
na indústria da construção civil →
muito utilizado como material de
acabamento, revestimento e
fabricação de móveis;
❑Cada vez mais preferido pelos
arquitetos e engenheiros devido:
o Material de custo relativamente baixo,
o Fácil aplicação e flexibilidade
o Relações de resistência/peso bastante
interessantes

ENSAIOS DOS MATERIAIS 23


MEDULA

Ensaio de compressão
em madeira
❑Comparada a outros materiais em construção
civil se destaca pela maneira como é formada.
❑Crescimento vertical acompanhado de um
transversal.
❑Pode ser vista como um compósito de fibras
complexas e reforçadas, onde uma série de
tubos concêntricos de material polimérico se
ajusta em uma matriz também polimérica
❑Fibras de celulose e lignina.

ENSAIOS DOS MATERIAIS 24


Ensaio de
compressão em
madeira
Estrutura da madeira:
(a) macroestrutura, apresentando as
camadas de anéis em crescimento anual;
(b) detalhe interno da estrutura das
células com um ano de crescimento
(observar a diferença de granulometria
entre a primavera e o verão);
→ As fibras
(c) a estrutura de uma célula mostrando
longitudinais são as camadas compostas de microfibras de
os principais celulose e lignina; (d) uma microfibra
elementos alinhada, apresentando a estrutura
resistentes da cristalina das cadeias. (Segundo
Askeland, 1996.)
madeira.

ENSAIOS DOS MATERIAIS 25


Ensaio de compressão em madeira
❑Existem no Brasil normas padronizadas pela ABNT que regulamenta os testes aplicados em
madeira → realizados em laboratório com máquinas especiais que possibilitam aferir o grau de
resistência a um determinado esforço.
➢Resistência a compressão axial;
➢Flexão estática;
➢Resistência à tração;
➢Cisalhamento.
➢Compressão perpendicular: valor máximo da carga que a amostra suporta sem ser esmagada.
➢Resistência à flexão dinâmica: capacidade de suportar esforços mecânicos ou choque;
➢Dureza superficial.

ENSAIOS DOS MATERIAIS 26


ENSAIOS DOS MATERIAIS 27
Morfologia do pau-rosa (Dalbergia latifolia) 0,85-1 g/cm3, 100x. Ensaio de
(b) Morfologia da madeira balsa (Ochroma lagopus) 0,1-0,2
g/cm3 , 1 0x.
compressão em
madeira
Fatores que influenciam a
resistência mecânica da madeira
❑Massa específica: relação entre o
volume verde (amostra saturada
em água) e o peso da madeira
seco em estufa.
• A medida que a massa específica
aumenta, eleva resistência
mecânica e diminui
trabalhabilidade e usinabilidade.

ENSAIOS DOS MATERIAIS 28


Relação entre teor de água e tensão de ruptura em
compressão longitudinal de madeiras Ensaio de compressão
em madeira
Fatores que influenciam a resistência mecânica da
madeira
❑Umidade: teor de água na madeira.

❑Madeira encharcada: tensão que se mantém


constante com níveis mais elevados de umidade.

ENSAIOS DOS MATERIAIS 29


Ensaio de compressão em madeira
Fatores que influenciam a resistência mecânica da madeira

ENSAIOS DOS MATERIAIS 30


Ensaio de compressão
em madeira
Fatores que influenciam a resistência mecânica da madeira
❑Quantidade e tipos de defeitos;

ENSAIOS DOS MATERIAIS 31


❑ A madeira é um material anisotrópico e as condições de resistência
mecânica devem variar em função da direção de aplicação de
esforços → indispensável um padronização. Ensaio de
compressão em
madeira
❑Norma utilizada no Brasil NBR 7190:1997
❑Foi estabelecido um padrão de 12% de
umidade para a realização dos ensaios
mecânicos.

ENSAIOS DOS MATERIAIS 32


Ensaio de compressão em madeira
Caracterização completa dos parâmetros da madeira (sempre referidas à umidade de 12%):

ENSAIOS DOS MATERIAIS 33


Ensaio de compressão em madeira
ENSAIOS DOS MATERIAIS 34
Ensaio de compressão em madeira
Coeficiente de ponderação das propriedades da madeira
Ajuste de segurança que é representativo da direção de aplicação do esforço

ENSAIOS DOS MATERIAIS 35


Denominações dos concretos e os ingredientes primários de sua
composição. (Adaptado de Manual ABESC, 2007.) Ensaio de
compressão em
concreto
❑Componente básico da indústria de
construção civil
❑Considerado o material mais utilizado
no planeta;
❑Compósito cerâmico-cerâmico,
compósito fibroso cerâmico-metal
(concreto armado)
❑As propriedades mecânicas,
especialmente a resistência à
compressão são fortemente afetadas
pela relação água-cimento, idade ou
tempo de cura da estrutura.

ENSAIOS DOS MATERIAIS 36


ENSAIOS DOS MATERIAIS 37
Ensaio de compressão em concreto
Água na mistura do concreto
Funções:
1) reagir quimicamente com os álcalis do cimento, dando origem às propriedades
desejadas do concreto;
2) fornecer trabalhabilidade à mistura.
❑Na prática, os maiores defeitos provenientes da água têm maior relação com o excesso
de água empregada do que propriamente com os elementos que ela possa conter.
❑A reação química do cimento com a água é fundamental para dar ao concreto as
propriedades de resistência, durabilidade, trabalhabilidade e impermeabilidade, entre
outras.
❑Pesquisadores afirmam que todas as propriedades do concreto melhoram com a redução
da água aplicada. desde que a massa continue plástica e trabalhável.
❑A razão entre o peso da água e o peso do cimento é chamada de "fator água-cimento".

ENSAIOS DOS MATERIAIS 38


Consulta de normas técnicas para preparação e execução padronizada dos
testes mecânicos:

ABNT NBR 5738:2003 - Concreto - Procedimento para moldagem R e cura de


corpos de prova.

ABNTNBR5739:2007 - Concreto - Ensaio de compressão de corpos de prova


cilíndricos

Ensaio de ABNT NBR 7211:2005- Agregados para concreto - Especificação - (Errata 29/07
/2005)
compressão em
concreto ABNT NBR7212:1984- Execução de concreto dosado em central

ABNT NBR7217:1987- Concreto - Determinação da composição granulométrica.

ABNT NBR 7223:1994 - Concreto - Determinação da consistência pelo


abatimento do tronco de cone.

ABNT NBR 12655:1996 - Concreto - Preparo, Controle e Recebimento.

ENSAIOS DOS MATERIAIS 39


Ensaio de compressão em
concreto
❑A curva é composta por uma parábola de 2º grau que passa pela
origem e tem seu valor máximo no ponto deformação igual a 2%,
dada por:

❑O valor da resistência de cálculo do concreto (σcd) é dado por


❑ Módulo de elasticidade - quando não uma relação com a resistência característica (σck)
forem feitos ensaios e não existirem
dados precisos:

❑Em condições normais o coeficiente de minoração é dado por


1,4.
ENSAIOS DOS MATERIAIS 40
ENSAIOS DOS MATERIAIS 41
Ensaio de compressão
transversal (diametral)
❑Corpo de prova cilíndrico
semelhante ao do ensaio de
compressão longitudinal;
❑Relações entre a resistência a
tração medida em diferentes
ensaios

ENSAIOS DOS MATERIAIS 42

Você também pode gostar